George Washington Carver: o gênio negro da botânica que revolucionou os EUA
0[Música] George Washington Carver nasceu na época da escravidão no Missouri, no começo da década de 1860. Sua data de nascimento é incerta porque foi antes da servidão ser abolida no estado, o que ocorreu em janeiro de 1865 durante a Guerra Civil Americana. [Música] Descendente de uma família de imigrantes, o proprietário de terras Mes Carver comprou os pais de George Mary e Giles em outubro de 1855. O pai morreu antes de ele nascer, quando tinha uma semana de vida. George, a irmã e a mãe foram sequestrados por bandidos que vendiam escravos. Seu irmão mais velho, James, foi escondido às pressas. Os sequestradores venderam os três no Kentuck. Mouses contratou um homem para encontrá-los, mas ele só resgatou o bebê. Após a abolição, Mouses e a esposa Susan criaram os dois irmãos como filhos. Como as escolas próximas não aceitavam crianças negras, Susan ensinou mais novo a ler e a escrever. George era uma criança frágil que vivia doente. Em vez de trabalhar na fazenda, ajudava a mãe de criação em tarefas domésticas e também aprendeu a cozinhar, costurar, lavar roupa e bordar. O irmão ajudava mouses na fazenda. Naquela época, George ficou fascinado por plantas e coletáveis péssim das florestas próximas. Um hobby que prenunciaria suas futuras realizações. Anos depois, estudou em uma escola só para crianças negras a 16 km da fazenda. Aos 13 se mudou para a casa de uma família adotiva no Kansas. Para se sustentar, trabalhou como cozinheiro, lavador de roupas e lavrador. Ao deixar o Kansas, foi para Minápolis, no estado de Minnesota, onde frequentou várias escolas até se formar no ensino médio. Na cidade havia outro George Carver, o que causou confusão na entrega da correspondência. No entanto, nunca usou o nome do meio. Assinava como George W. Carver ou apenas George Carver. Ele tentou ingressar em várias faculdades antes de ser aceito na Highland University no Kansas. Quando chegou, eles se recusaram a deixá-lo frequentar por causa de sua raça. Em 1886, George voltou para o Kansas. Lá, reivindicou ao governo um lote de terra que era dado a ex-escravos, onde manteve uma pequena estufa de plantas e flores. Plantou arroz, milho e produtos de jardim, além de vários tipos de árvores. Ganhava algum dinheiro com bicos na cidade e trabalhando como peão de fazenda. Dois anos depois, começou a estudar artes e piano numa faculdade em Iowa. Uma das professoras reconheceu seu talento para pintar flores e plantas e o incentivou a estudar botânica em uma faculdade de agricultura, hoje à Universidade Estadual de IoA. Em 1891, foi o primeiro aluno negro da faculdade. 3 anos depois, sua tese foi sobre plantas modificadas pelo homem. Dois professores o convenceram a continuar lá o mestrado. Nos dois anos seguintes, Caver fez pesquisas na estação experimental de Iowa. Seu trabalho em patologia vegetal e fungos lhe rendeu reconhecimento nacional e respeito como botânico. Recebeu seu título de mestre em ciências em 1896. Foi o primeiro professor negro da instituição. Carver nunca se casou. Aos 40 anos, começou a namorar Sara Hunt, uma professora de ensino infantil por 3 anos até ela se mudar para Califórnia. Carven morreu em 1943 aos 78 anos. [Música] Em 1896, Booker Washington, o primeiro diretor e presidente do então Instituto Tuck, convidou George Carver para chefear o Departamento de Agricultura. Lá ele lecionou por 47 anos e transformou o departamento em um importante centro de pesquisa. Foi num instituto situado na cidade de Tuxkig, no Alabama, que mais tarde se tornaria uma universidade, que George Carver começou suas pesquisas em produtos agrícolas e ensinou técnicas agrícolas para autossuficiência a várias gerações de alunos afro-americanos. Nessas quase cinco décadas, Carver lecionou métodos de rotação de culturas, introduziu várias alternativas comerciais para agricultores que também melhoravam o solo de áreas praticamente só cultivadas com algodão, que exigia muitos nutrientes. Após descobrir que o solo da região era ideal para o cultivo de amendoim e batata doce, começou a ensinar aos agricultores que ao alternar o cultivo com leguminosas e batata doce, eles poderiam aumentar a produtividade do algodão. Em 1906, criou uma sala de aula móvel em um vagão que ensinava técnicas de agricultura a colonos pobres. Para recrutá-lo, Booker ofereceu um salário acima da média e 2 qu4. Nos primeiros anos do instituto, geralmente professores solteiros tinham que dividir quartos com duas pessoas. Além disso, por causa do mestrado em uma área científica, em uma instituição para brancos, alguns colegas o consideravam arrogante. Uma de suas funções era gerenciar a produção e a venda de produtos agrícolas das fazendas da estação experimental para gerar receita ao instituto. Não demorou muito para que revelasse dificuldades com a burocracia e entrasse em conflito com outros membros do corpo docente. Em 1900, Carver reclamou que o trabalho físico e a quantidade de relatórios eram demais para ele. Por causa disso, nos últimos 5 anos em Tuxkig, Carver ameaçou se demitir várias vezes. Em cada caso, Booker suavizava a situação. Booker elogiava as habilidades de Carver no ensino e na pesquisa, mas criticava suas habilidades administrativas. Mesmo assim o considerava um dos cientistas negros mais completos que conheceu. Apesar de ter criado centenas de produtos à base de amendoim, George Washington Carver não inventou a famosa manteiga muito consumida nos Estados Unidos e outros países. Embora os agricultores estivessem satisfeitos com os resultados de seu novo método de cultivo, muitos se depararam com um excedente de amendoim batata doce e não sabiam o que fazer com eles. De 1915 a 1923, ele se concentrou na pesquisa de novos usos para essas culturas. Foram 325 produtos à base de amendoim, incluindo farinha, cosméticos, leite, óleo de cozinha medicinal, papel, sabão e tinta para madeira. Seu extenso trabalho com esse produto lhe rendeu o apelido de O Homem do Amendoim. criou 75 produtos feitos de nozes pecã e 108 a partir da batata doce, como farinha, vinagre e até tintas e corantes. Este trabalho e seu depoimento perante o Congresso em 1921 para apoiar a aprovação de uma tarifa sobre o amendoim importado, lhe trouxeram muita publicidade. Na época, Carver se tornou um dos afro-americanos mais conhecidos de seu tempo. Quando Carver chegou a Tuxkig em 1896, o amendoim nem era reconhecido como uma cultura oficial nos Estados Unidos. Em 1940 já estava entre as seis principais culturas do país e se tornou a segunda cultura comercial mais popular no Sul, atrás apenas do algodão. Hoje, tanto a menduim quanto a batata doce são consumidos regularmente por milhões de pessoas naquele país. Por meio de suas pesquisas e descobertas, Carver ajudou a elevar o padrão de vida de agricultores pobres do Sul, melhorando tanto a produção de algodão quanto sua dieta. Muito consumida nos Estados Unidos, Canadá e países baixos, a manteiga de amendoim foi criada em 1884 pelo canadense Marcelos Guilmore Edson a partir da moagem de amendoim torrado. Em 1895, o Dr. John Harvard Kellog, criador do famoso cereal, patenteou um processo para produzir a manteiga a partir de amendoim cru. [Música]