GUERRA CIVIL AMERICANA: THOMAS CONTI, VITOR VOGEL E CAIO PEDROSA – Inteligência Ltda. Podcast #1599
0[Música] Olá, terráqueos, como é que vocês estão? Eu sou Rogério Viler, tá começando mais um Inteligência Limitado, programa onde a limitação da inteligência acontece somente por parte do apresentador que vos fala. Sempre trago pessoas mais inteligentes, mais interessantes e com a vida muito mais aguerrida do que a mim e do que a sua, Romer. Ah, com certeza, hein? Meu final de semana é sempre uma guerra. E o seu, cara? Ah, o meu também, viu? Guerra para levantar, guerra para tomar banho. Nesse frio ainda. Você é casado, né? Eu sou. Então você tá em tempos de paz às vezes, né? O que? Rola. Rola umas guerras. Opa, deixa a toalha em cima da cama para você ver se a porrada não come. São três coisas que você não pode deixar em cima da cama. Você que tá casando agora, quanto tempo você tá junto? Eu 2 anos e meio. Então é pouco tempo. Três coisas não pode deixar em cima da cama que a mulher ficar brava. Toalha molhada, cueca e a vizinha. Pois é, eu aprendi isso. Então já passo esse ensinamento para você, tá? Bom, muito obrigado pela dica. Tá certo? E como que o pessoal vai participar dessa live maravilhosa? Hoje uma live maravilhosa para pessoas especiais que são os nossos membros. Então se você não é membro, torne-se membro. Importante aí para deixar a sua pergunta e saber também quem vai est aqui com antecedência. Pois é. Então você pode até mandar seu super chat, mas hoje a gente dá preferência para os membros, não é isso? É isso aí. Lembrando que não vale a pena ficar mandando salve lá pra tua tia Carapíba, né? Deixa o cara mandar. A gente só não vai ler, né? É, mas deixa o cara mandar um salve. Salve pra Massachus. É, e também agradecer nossa parceirona de longa data que é a Insider, que tá com essa promoção incrível aí. Nosso cupom tá dando 20% de desconto. É isso mesmo? É isso mesmo. Já vou comprar minha peita, hein? É isso aí. 20 20% de desconto, link na descrição que é recode na tela e ela proporciona episódios especiais como esse. Vamos deixar o povo e se apresentar, né? Começa com você que já é velho de guerra aqui. Aquela câmera é a sua. Se apresente pro povo. E está tudo bem? Aqui é o Voggel do Vogalizando a história. Tô muito feliz de estar aqui de novo na companhia do meu amigo Caio, do Thomas que tô conhecendo hoje, mas tô bem ansioso aí pra gente poder falar de guerra civil. Quem quiser saber mais sobre o meu trabalho, confere ali o vogalizando a história no YouTube, no Instagram, no TikTok. Tem um podcast também, tem um monte de coisa, tem bastante material. Quem gosta de história vai gostar do canal. Thomas, seja bem-vindo aqui. Sua câmera é essa, se apresente. Eu quero meu presente. Opa. Então, meu nome é Thomas Conte, um prazer estar aqui. Vilelo, Víor, Caio. Eh, eu sou economista de formação, graduação, mestrado, doutorado, mas meu mestrado e doutorado é de história econômica da guerra. Então, estudei preparação pra guerra e tecnologia de guerra. E aí o presente tem a ver com isso, né? Uma granada. Brincadeira. É, abre o abrir. Que que você acha, hein, R? Abro ou não abro? É mais impactante que abre jogo. Vamos ver, né? Vai que tem uma granada aí, né? Vamos lá. Eita, é uma latinha aqui, ó. Opa. Ué. É uma uma latinha de milho em conserva. Então, o tema o tema do Pois é. O o tema de hoje é Guerra Civil Americana, certo? E a guerra civil americana é uma das primeiras guerras onde se tem comida enlatado, né? E os exércitos do norte eles perderam dezenas de milhares de soldados a menos por conta de ter o acesso à comida enlatada na logística militar, né? A maior parte das pessoas nas guerras antigas morriam de diarreia e de malnutrição. Então você poder acesso à comida fresca, né? Tudo bem que eles E é verdade aqui mesmo, ó. Pois é, dá para comentar bonito. Milho. Não tinha visto embalagem. Era milho. Eles comiam milho. É um dos alimentos. Eu escolhi o milho porque era, ele era milho, alguns tipos de feijão, carnes. O pessoal hoje vai saber muita coisa que eles não fazem nem ideia do de como foi a guerra. É isso. Algumas curiosidades. Inclusível. É algumas curiosidades como como essa aí. Mas na época a tecnologia do metal era muito ruim. Então eles colocavam tinha chumbo no meio, que não é a coisa mais saudável, mas melhor do que tomar um tiro, né? E eles podiam pegar salmonela também porque não era muito bem vedado às vezes, mas assim fazia parte, né? Mas salvou dezenas de milhares de pessoas. Mas não botulismo que nem os caras no navio não, né? Também podia ter. Também podia ter. Também enquanto eu como aqui meu milho, ó. Caio você sua câmera aquela lá e também quero o meu presente, hein. Espero que seja ketchup agora com manteiga, né? É. Por que falar milanteiga, pô? Melhor que quando os cara pede. Você quer milho na manteiga, você fala que ele coloca margarina, cara. O cara quer cortar custos. É bom. Sou o Caio Pedrosa, sou professor da Universidade Estadual de Londrina, também produzo o podcast Hora Americana. É um prazer estar aqui, né? Agradeço muito aí o convite e também um prazer conhecer aí o Thomas, o Víor, que eu já conheço trabalho. Eh, enfim, vai ser ótimo falar da da guerra. E eu trouxe como presente uma coisa bem de nerd, eh, que é um cartão da biblioteca da biblioteca de Nova York. Olha, é um dos lugares onde eu eh me diverti muito, né, como eh minha mãe ser minha mãe que é bibliotecária, ela biblioteca já aconteceram várias tragédias dos filmes lá na biblioteca. Exato. Muito filmada, né? Biblioteca central ali. É que tem uma rede grande nova arque várias, mas tem essa central ali que tem os leões, que é o símbolo aí famosa, é que tem o centro ali. Minha mãe, minha mãe é bibliotecária, então também e me ensinou a não ter vergonha de ser nerd, de gostar de de livros e tudo mais. Então você, você tá entre inerdes, fica tranquilo aí. Então eu não sei o que vocês acham. O pessoal eh coloca nerd só o pessoal que gosta de quadrinhos, de bonequinhos. Acho que nerd nerd é todo mundo que sabe muito de algum assunto, é muito eh eh o cara se aprofundou muito num assunto. Qualquer assunto já acho que é nerd. Tem músico nerd, tem pintor nerd, tem nerd é um sentimento. É um sentimento. Exatamente. Tá dentro de nós. Mas como a gente começa a falar de guerra civil? Vog quer dar o contexto da época? Como que a gente, você acha que a gente começa, cara, eu dizer assim, por começou a guerra civil americana é é muito complicado de se dizer, porque muitos historiadores dão inícios diferentes de aonde essa causa está, mas eu gosto muito de quando se diz que começou na declaração de independência do país. Ué, quando o país foi declarado uma república, onde todo cidadão seria livre, mas manteve a escravidão como parte do seu sistema. Então, a escravidão ela foi mantida. Havia dentro alguns dos pais fundadores dos Estados Unidos que eram contrar essa prática, mas para que não se perdesse o apoio do Sul, aonde era uma prática muito comum e uma prática onde se entendia que não, a nossa economia depende da escravidão, os Estados Unidos manteve a escravidão enquanto assim que se conquistou a sua independência da Inglaterra. E a escrevidão, ela continuou sendo uma questão muito debatida nos anos seguintes, né? Os Estados Unidos, de 1861, que é o ano que de fato inicia a guerra, e de 1776, era muito diferente. Começou com 13 colônias na costa do Atlântico e o país foi se expandindo. E na década de 1830, no final dela, teve uma guerra contra o México, onde uma série de territórios foram sendo conquistados. Teve toda uma questão o Texas. O Texas era um território mexicano, passou a ser uma república independente, foi anexado como parte de um um estado dos Estados Unidos, a compra da Luisiana, que era um território espanhol, depois foi comprado da França, então territórios indígenas foram sendo conquistados. Então o século XIX, a primeira metade dele, foi um processo de expansão muito grande e muito rápida dos Estados Unidos. E com isso se veio aquela dúvida. Esses novos territórios que a gente tá conquistando e que tá e que estão sendo integrados ao nosso território, vão ser territórios onde a escravidão vai ser proibida, como ela de fato é no norte do país, ou a escravidão vai ser permitida como ela é no sul do país? Cara, que confusão. Porque havia essa o o pensamento de que se se tivermos muito mais estados que são livres, como se fala, os free states, logo as questões políticas de quem defende a abolição vão ser vão ter tantos políticos com peso maior que logo a escravidão vai acabar. E se entendia que caso tivessem muitos políticos defendendo a escravidão, porque muitos estágios escravistas, a escravidão ia se expandir. Mas essa essa conta era era quantos estados versus quantos estados mais ou menos, cara? Não não não não sei te dizer agora de cabeça assim, mas chegou um momento, dependia mais para que lago. Era equilibrado. Chegou um momento que tinha 10 e 10. Por exemplo, quando o Missouri foi ser um estado dos Estados Unidos, ele ia ter um estado escravista a mais, tá? Então, nesse momento, o main se separa, eu acho que de Massachusets. Difícil falar esse negóci, é difícil. Main é muito mais fala aí o Max. Aí, ó, o main se separa para quê? Não, porque agora a gente vai ter então um estado livre a mais, ou seja, fica equilibrado, mas conforme mais estados vão surgindo, vai se tendo essa balança. Teve o acordo do Missouri em 1820, onde ficou estabelecido que, ó, a partir dessa linha aqui em paralelo no meio dos Estados Unidos, acima dela não vai ter escravidão, mas caso algum escravizado fuja e acima dessa linha, o seu senhor pode persegui-lo aqui. Então tinha sempre aquele morde a sopra entre, né, abolicionistas tentando serem e colocar suas políticas à frente e aquela de também não podemos desagradar os escravistas. Então foi por algumas décadas uma questão de ora se agradava os escravistas, ora se agradavam os abolicionistas. E quando o Kansas, o território do Kansas foi se tornar também um um estado, se colocou aqui, não. Então vai ser um um referendo, vai ter uma votação popular para se decidir se ele vai ser um estado livre ou se ele vai ser um estado escravista. E com isso, mas quem quer dizer, são os colonos que vivem lá. E uma série de escravistas foi pro estado para fazer peso e votar como se o estado fosse um estado escravista. E uma série de abolicionistas foi também. O que deu início a uma guerra civil que durou 7 anos no Câncer. que é o bleeding cansas, culminando com ele, com o câncer, tornando um estado livre. Mas haviam tensões entre escravistas e abolicionistas de ali que elas foram escalando de 1820 até quando foi assinado o acordo do Missouri, que se tornou uma uma lei nos Estados Unidos até o início da Guerra Civil. Em 1861 foi um momento de escalada de tensões entre estados abolicionistas e e estados livres. No final já se tinha 18 estados livres para 15 estados abolicionistas. Então, tinham estados mais livres e o receio de que em algum momento alguém vai invadir o sul e vai tornar, vai acabar com toda a escravidão, vão tiraros escravizados de nós. Havia no Sul esse pânico de que está crescendo tanto o movimento abolicionista de que os caras vão acabar com o nosso estilo de vida aqui no Sul. É, complementando, né, o que o Vogel falou, concordo bastante com essa ideia. Eu acho que isso de que a questão volta lá na época da independência, na época da formação da Constituição, né? Porque os Estados Unidos fica independente em 1776 e a Constituição vem depois disso, né? Ela é escrita em 1787 e quando ela é escrita, já tem uma polêmica ali na na escrita dela que é justamente a questão da escravidão, né? A escravidão já aparece ali nesse nesse momento porque eh eles têm que decidir quanto, como que você calcula o número da população para para definir o número de deputados, né? Então, como quanto quanto quando como que a gente conta isso? e os estados escravistas queriam contar os seus escravos como eh parte da população para ter uma representação maior no Congresso. E aí, inclusive, até hoje tem na Constituição Americana, que ela já não tem mais escravidão, mas tá lá uma cláusula que define que se contaria os escravos como dois eh eh 3/5 de uma pessoa livre. Olha só, né? Então tem na Constituição esse essa definição. Então eles calculariam para definir assim quantas quantos representantes teriam nos estados escravistas. Então, foi um foi um acordo que eles fizeram e ao mesmo tempo eles eles embutiram na própria Constituição já uma lei para eh para capturar eh fugitivos, né? Porque esse era um problema. Os escravizados fugiam do sul pro para estados livres no norte. Então, já colocaram na Constituição esse acordo, mas os estados eh os deputados que defendiam, né, a a liberdade, eles acabavam eh colocando também uma cláusula que dava uma um uma data pro fim do tráfico atlântico, né, para que não entrassem mais escravizados nos Estados Unidos, projetando que com isso a escravidão porque ainda continuava a entrar escravizado. Sim, sim. Até a e termina em 1807, se eu não me engano, 1807, 188 é que entram os últimos africanos, né? É, o que eles não esperavam é que a escravidão iria se reproduzir mesmo sem o tráfico atlântico, né? Porque pelo nascimento de de escravizados, porque entraram nos Estados Unidos 400.000 escravizados, não é? Mais ou menos africanos. E eh na época da guerra civil tinham 4 milhões caramba, escravizados. Então se reproduziu eh naturalmente, né? Às vezes não tão naturalmente, que eles tinham incentivo ali no e a a reprodução, né? O que tornava também às vezes as pessoas falam, né? que a escravidão no Brasil foi menos violenta que nos Estados Unidos, eh, em certos sentidos, até o contrário, né? Porque nos Estados Unidos a mão de obra é, como não tinha não entrava africanos, era muito mais custoso adquirir escravizados. Então, o que acontecia é que eh tinha tinha uma reprodução interna, então a gente tinha que cuidar um pouco melhor do do escravo inclusive, né? Você não podia deixar ele morrer tão facilmente. Então tinha essa essa reprodução interna e aí cresce a população escrava e cresce a escravidão também, né? Num processo que não era o que eles estavam esperando na época da independência. Você estavam esperando que muita gente ali esperava que a escravidão fosse declinando, né, no início do século XIX. E vai acontecendo o contrário. A escravidão se fortalece nos Estados Unidos no início do século XIX. Então, até a época da guerra civil, a escravidão tá em expansão nos Estados Unidos, com a com o crescimento da população, com o crescimento de terras que são eh utilizadas como uma mobra escrava, especialmente por conta do fenômeno do da explosão, né, da das fazendas de de algodão, né, que que crescem muito no período depois da das plantations lá, é, das plantations de algodão que vão se expandindo por esse sul que essas terras novas do oeste, né, eh, a parte do oeste do sul, né, do sudoeste vai sendo ocupada por essas fazendas, especialmente de algodão, mas de outros produtos também. E e ali vai se expandindo então a escravidão no no início do século XIX, que que era uma coisa que no na na época da independência muito, eles acreditavam que com o tempo a escravidão deixaria de existir, como deixou de existir no norte, né? No norte tinha escravidão na época da independência. E qual foi o motivo de ir lá acabar antes? Porque ela era minoritária, né? Não era tão central, né? Na economia, né? No norte não era não. A escravidão não tinha esse aspecto tão central na economia e no sul foi que foi crescendo, né? E e o algodão deu esse impulso, né? E aí depois não sei se a gente já já entra nisso, mas tem toda a questão de como que aconteceu esse fenômeno do algodão, né? Que isso é uma uma história bem interessante também. Não sei se pode entrar, pode entrar. Vamos já falar. Então é que eh em 1790 no num um no norte dos Estados Unidos vai ser fabricada a primeira máquina de o descaraçador de de algodão, porque antes você tinha que colher o algodão e tinha que tirar o caroço de dentro, né? Na mão, na mão. Então isso demorava horas, né? E aí o e eli Whitney, né, ele cria uma máquina que tira o caroço do do algodão, então é passava o fio pelo um por um caninho assim e ficava o caroço. E isso tornou o algodão muito mais produtivo, né? Então é muito curioso isso porque a gente pensa que a industrialização tá em contradição com a com a escravidão, mas a invenção de uma máquina que é típica daquele momento de criação de tecnologia da revolução industrial, ela impulsionou impulsionou a escravidão no sul dos Estados Unidos, deixou muito mais lucrativo, muito mais viável explorar a mão de obra escrava ali no sul dos Estados Unidos nesse período e vai levar esse crescimento da escravidão. Ao mesmo tempo que o norte abandona a escravidão, né? É, o Sul vai ter uma uma escravidão super eh, vai enriquecer muitos fazendeiros, vai ser muito difundida ali no no sul do dos Estados Unidos. Para tu ver, só para ter uma ideia da noção da quantidade da quão grande era a escravidão, o Sul se estimava que ele tinha uma população de 9 milhões de pessoas. Esses 9 4 milhões eram escravizados. Se estima que nos Estados Unidos da época, um a cada sete americanos pertencia a um outro americano. Um a cada a cada sete a cada sete americanos nos Estados Unidos pertencia a outro. Então era muita gente escravizada. E uma diferença muito grande do sistema dos sistemas econômicos entre sul e norte. O norte já tinha um sistema de serviços de industrialização, enquanto o su foco ainda era o as plantations, grandes plantações de algodão e algumas assim que podia, sei lá, melão, abacaxi, melancia, trigo, fumo, mas de açúcar, não, can de açúcar, mas o algodão ainda era o grande forte e era vendido principalmente pra França e Inglaterra no momento em que se alimentava muito ainda o os primeiros passos da revolução industrial. Então, o Sul tinha uma força econômica muito grande, tem uma força política muito grande dentro dos Estados Unidos. Então, e num momento de independência, no claro, a gente pensa, pô, faz quase 100 anos que a independência dos Estados Unidos tinha sido proclamada, mas ainda o país estava se encaminhando para ser o que ele era hoje. E dentro do Sul tinha uma questão onde os grandes fazendeiros se identificavam muito mais com seus governos locais e estaduais do que, de fato ao estado dos Estados Unidos da América. Então, não era muito claro ainda naquele momento aonde terminava o poder dos governadores e começava o poder dos presidentes. Então, não se entendia exatamente dentro do muito desses grandes fazendeiros do Sul, eh, o quão bom seria ter um estado forte, sabe, de temer, inclusive de que um estado forte pudesse vir a prejudicar esse as grandes plantações. Então, havia uma identificação muito maior com o governo dos estados do que, de fato com o governo nacional dos Estados Unidos no Sul. Entendi. É, eu acho que interessante comentar assim aqui, como eu não sou o historiador da mesa, eu vou comentar mais na parte questões militares, enfim, né? E e preparação paraa guerra, que é o que eu estudei. Então, acho que o interessante essa pergunta do de antecedentes da guerra é por que uma guerra, né? que é o o tema, sem dúvida. A princípio tem os estados que tão eh que são que usam escravizados e outros não. Ele por que teria uma treta entre eles? É, e assim e no norte tinha alguns estados que ainda tinham escravizados. Delaware é um estado do norte ainda tinha Maryland ainda tinha também. O o atrito veio por quê? Pois é, o atrito aparecia de várias formas, assim, tem as que são mais comumente retratadas nos filmes e depois as que a gente vai falar mais para frente. Eu acho que não são tão bonitas assim, mas na época os estados do Sul usavam muito o argumento de que eles eh não queriam, digamos assim, passar algum tipo de legislação do fim nacional com relação à escravidão com questão de direitos dos estados, não, porque a gente é uma federação, cada estado decide o seu, a gente tá decidindo aqui, então não tem conflito aqui, é uma questão de direito dos estados. Os historiadores mostram, né, como que na verdade isso era só uma fachada, porque antes da da guerra civil tinha os comissários da secessão, que eles chamavam, teve todo um trabalho, esqueci o nome historiador agora, depois eu pego, onde ele mostra os documentos dos caras que iam paraos estados do sul para tentar convencer os líderes políticos de lá a entrar numa guerra de secção, de realmente se organizar e falar, vamos pedir independência e vamos separar. E nessas conversas documentais, cartas que eles mandavam para tentar convencer eles que olha, não vai ter jeito, a gente não vai ter solução pacífica, isso de cada estado decidir por cita com os dias contados, isso vai cair. O tema que eles sempre traziam era a escravidão, de tipo, olha, você vai perder suas coisas, sua fazenda não vai mais dar certo, a produção era o tema que sempre aparecia. Então isso meio que ajudou a derrubar de vez essa tese de que poderia ser um outro motivo, né? escravidão é o grande motivador. Mas além disso, n vai falar, tá, os estados do norte a população era muito maior, três, quatro vezes maiores. Economicamente a economia durante a guerra civil, a economia do sul vai definhando e a do norte vai expandindo, né? Então ela eles começam ali com uma economia três a quatro vezes mais rica no norte do que no sul e durante a guerra civil chega a ser 10 vezes. Então você pensa, pô, você vai começar uma guerra onde você tem uma população muito menor, você tem muito menos recurso e você vai puxar a guerra, quer dizer, você vai puxar a independência e provocar é isso, né? O por eles fariam isso, qual o racional? E aí parte do racional ele justamente por eles venderem algodão pra França e e para pro desculpa, pro império britânico e pro império francês. Tem eram os impérios na época, né? Pero, eu falei Inglaterra aqui, mas já regim, a gente vai errar muito isso ao longo da conversa. Uma coisa outra que a galera vai dar uma colher de chá para dar uma colher de chá. Eh, eles achavam que justamente para eles venderem, principalmente pro Império Britânico, que era a grande potência da época, eles iam entrar ajudando isso. Então, por exemplo, eles achavam que, olha, a gente não corre risco aqui, por exemplo, de tomar um bloqueio naval dos estados do norte, porque a gente vai ter a marinha britânica que vai vir dar suporte pro nosso lado da guerra, porque eles precisam do nosso algodão. Ah, se eles tentarem de alguma forma atacar a gente de outro jeito, a gente pode comprar a tecnologia inglesa. Isso não aconteceu, né? Então eles simplesmente também eles são cometeram um erro de julgamento nessa parte de achar que eles iam ter ajuda externa para essa guerra e na verdade não tiveram nada, né? Porque a guerra não é automática, né? A guerra é relativamente rara comparado com as outras soluções de conflitos que a gente tem. A guerra é esporádica e ali foi uma guerra muito grande. É, a guerra sub-americana se via que ela podia acontecer. Não foi uma coisa que de repente, caraca, entramos em guerra civil. Não, não. As tensões eram escaladas a ponto de que se imaginava de que podia acontecer e os políticos do SUS já estavam se arquitetando de, ó, caso aconteça, a gente pode ficar tranquilo porque a gente vai ser apoiado pelo Império Britânico. Por quê? A gente alimenta a máquina industrial dos caras. Então, podemos ficar tranquilo que eles estão com a gente, o que não se não vê se concretizar. É, e só retomando acho que essa questão que o Thomas colocou, né, de que a existe essa essa história, a guerra civil foi por conta do direito dos estados, tudo bem, mas era o direito de estado de fazer o quê? De ter escravos, né? Hoje em dia nenhum historiador sério sustenta essa ideia. Isso foi sustentado por um tempo. Ah, não, não, não. O pessoal até diz que a escravida, mas é exagero. Foi para defender o direito dos estados. Hoje em dia, nenhum historiador sério defende isso mais, justamente com isso que o Caio falou. Beleza, que direito que vocês queriam defender? É o de ter escravizados. Pô, e documentos deles mesmos falando exatamente isso. Eles não tocavam em outro assunto quando eles conversavam de forma privada. Era um monte de coisa. E também isso era só isso pegava. Se quiser eu posso até ler o o o vice-presidente da confederação. Ele disse o seguinte ali na na época da da secessão, né? Ele falou: “As fundações do nosso governo estão lançadas. Sua pedra fundamental repousa sobre a grande verdade de que o negro não é igual ao branco, que a escravidão, a subordinação à raça superior é sua condição natural e normal. Este nosso nosso novo governo é o primeiro na história do mundo baseado na grande verdade, nessa grande verdade física, filosófica e moral, né? Essa isso foi o que o vice-presidente da confederação falou na época. E todos os estados ali da do do momento, quando eles fazem a sessão, quando eles rompem com a união, né? Depois a gente explica um pouco melhor isso. Eles eh para eles é muito claro que a questão da escravidão é central. Eles estão defendendo a escravidão. E essa ideia de que a escravidão ela não é mais como se pensava antes, como mal necessário. A escravidão é positiva. A escravidão é a melhor forma de lidar com a diferença racial da sociedade e a melhor forma de construir a liberdade e a igualdade. A escravidão é a melhor forma de construir o sonho dos pais frudadores, o sonho dos Estados Unidos de uma pátria livre, porque com a escravidão você eh você iguala os brancos. Os brancos entre eles são são iguais, né? Então, é esse princípio que que no Sul vai se fortalecendo, na verdade, no início do século XIX e vai tornando eles tão tão defensores, tão e e defendendo tão tão fortemente, tão raivosamente a escravidão, eles não toleravam qualquer tipo de crítica à escravidão, né? Vai ser proibido abolicionismo no sul dos Estados Unidos, vai ser perseguido. Tem um grande abolicionista do norte, né, o William Lloyd Garrison, que vai ter eh vai ter recompensa para quem capturar ele e levar pro sul para ele ser ser preso, né? Então vai, eh, eles realmente tinham uma eh um uma grande coalizão no Sul defesa da escravidão e de barrar qualquer tipo de iniciativa que direcionasse pr pra abolição. Então tinha essa e eles tinham essa força no Congresso, né, que era desigual, porque como eles falaram, a a população do norte ela era maior, né, a economia do norte era maior, mas no Congresso como tinha igualdade no número de senadores, você tinha uma igualdade entre estados escravistas e estados do norte. E como tinha a recompensa dos dois dos dos 3/5, né, de escravizados, você tinha um equilíbrio também no Congresso. Então os os estados escravista existiam um poder político muito muito grande nos Estados Unidos no no início do século XIX. E isso, ao mesmo tempo isso vai irritando muitos políticos do norte, vai tornando, eh, muita gente do Norte muito reativa a essa a essa política eh escravista e esse domínio do sul, né, da política americana. vai gerar tudo uma um discurso não só abolicionista, né? Os evolucionistas são uma uma parte minoritária ali, mas um discurso é especialmente em torno aí da expansão pro Oeste, de que olha, eh, nós queremos as terras, né, os pessoal do norte, nós queremos as terras para que elas sejam para pessoas livres, não para que se leve escravidão. Nós queremos a terra para pessoas como nós, pessoas livres que vão lá para plantar, para desenvolver essas terras e não para que eh esses brancos bárbaros do sul, e começa também esse discurso muito negativo, né, dos sulistas, eh vão e levem seus escravos lá para para expandir a escravidão. Nós queremos essas terras para que elas sejam terras realmente livres. Então, e esse esse dilema em torno das novas terras, né, que são adquiridas, é que vai ser eh vai ser o foco ali de que vai levar essa essa richa também, né? Porque tem novas terras e o que que vai ser? Porque você também decidir o que que são essas novas terras é decidir o futuro do país. Esse país tá se direcionando para para o quê? Para se tornar mais escravista ou mais livre? Para onde que vai os Estados Unidos, né? Para eh é é possível continuar nessa situação de conviver, né? Aí vem o discurso famoso do Lincoln, né? que é a casa dividida, que ele vai dizer, olha, uma casa dividida não fica em pé, né? Citando a a Bíblia ali no discurso muito famoso dele, que é justamente essa ideia. Olha, é, não dá para continuar nessa convivência. A gente precisa decidir se nós vamos ser um um país de de escravos e aí vai espalhar a escravidão pelo país inteiro ou se nós seremos um um país livre, né? E claro que na no momento desse discurso o Lincol tava defendendo que eh que se caminhasse pro fim da escravidão, né? Então é essa ideia de eh de pensar o futuro do do dos Estados Unidos. Por isso que uma ideia é é pensar o que que é essa liberdade. Essa liberdade que os brancos sulistas defendiam, né, que é completamente absurda pra gente, né, de que com escravizados você é mais livre ou é um outro sentido de liberdade aí que eh que pensa o trabalho livre, a terra pro trabalho livre. Então, tem essas esses princípios, essas lógicas filosóficas também que baseiam o sentido da nação americana do futuro. Eu acho que essa é uma questão importante. Eh, aí além desse conflito de grande escala, no meio do século XIX também começou a aumentar, começou a virar um tema cotidiano também, que você pens, por exemplo, na época da independência dos Estados Unidos, você já tinha jornais, por exemplo, mas não era uma coisa tão generalizada, a população alfabetizada não era tão grande. No meio do século XIX, você já tem muitos dos jornais que a gente lê hoje. O a T Economia na Inglaterra, ou acho que o New York Times já existia também, se não me engano. Você já tinha grandes jornais de grande circulação, as pessoas se informando pela mídia de tudo quanto é coisa. Aí você imagina, eh, foge, porque o, o, a população escravizada tentava fugir, tentava resistir do jeito que podia e tinham estados que estavam justamente na fronteira. Aí a pessoa consegue fugir, foge pro norte. Ela chega no norte, ela encontra pessoas negras que vivem normalmente e tem filhos e põe o filho na escola e vai na mesma igreja e tudo normal. Ela chega lá como uma refugiada, as pessoas podem acolher, né, o sentimento de parte de vai, com certeza vai ter gente lá que vai querer acolher essas pessoas que elas estão fugindo. Só que a constituição do seu país diz que a pessoa tem que ser devolvida pro estado escravista para voltar para ser escravo lá. E isso vai aparecer no jornal. Isso começa a aparecer na capa do jornal, começa a aparecer tudo e a e a população vai falando, cara, isso é revoltante, como assim, né? O são pessoas como a gente, eles estão fugindo para cá e a nossa polícia, eu sou obrigado a ajudar a devolver a pessoa para ela ser torturada todo dia. Como assim? E isso virou tema que é todo dia, você não consegue mais porque as pessoas estão tentando fugir o tempo todo. A notícia de que e por mais que eles tentassem não alfabetizar o a as a população escravizada do Sul, eles acabavam tendo acesso. Você queria que eles acessassem a Bíblia, tem a questão de que olha, precisa ter filho, né? Então a informação ia chegando e as pessoas iam tentando fugir. E esse conflito passou a fazer parte da vida cotidiana de muita gente do norte também. fala: “Cara, eu vivo num país que eu tenho que de alguma forma ser um colaboracionista de da tortura dessa gente, né? Pros abolicionistas da época, isso era um absurdo completo, né? É. E entrava no próprio direito dos estados do norte, né? Se se no norte a gente não tem escravidão, como que uma você vai você vai uma pessoa que entra aqui vai ser capturada como escrava?” Então, você vai me obrigar a devolver pro cara? Como assim? Então eu tô, eu tô eu sou obrigado a concordar com a escravidão mesmo. Concordo. Ex. Exatamente. É. Aí como que você foge disso? A opinião pública começa a mudar. Isso já se via isso na década de 1840, mas fica muito forte na década de 1850. Teve um caso muito famoso, foi o caso Dread Scott. Dread Scott era um escravizado no Missouri e aí ele com o seu senhor, seu senhor se mudou, se eu não me engano, pro Main, onde não tinha escravidão. Scott, então entendeu? Então agora o senhor me livre aqui no existe escravidão, mas se o senhor volta para pro sul, aonde ele volta a ser escravizado, Scott então entra com uma ação judicial, perde, entra no âmbito nacional, perde de novo e apela pra Suprema Corte. E o resultado é que a Suprema Corte escreve que não, um cidadão, uma cidadã não, uma pessoa descendente de africanos, livre ou não, ela não tem os mesmos direitos de uma pessoa branca. Ele não, ele esse cara nem devia est procurando justiça porque ele não é cidadão. Isso foi um revejo muito grande no pensamento abolicionista e chocou a comunidade dos Estados Unidos. Até hoje é considerar a pior decisão da história do pracorde dos Estados Unidos, que é tu afirmar que um preto é inferior a um branco, um absurdo gigantesco. E isso aumentou, exacerbou os ânimos da galera na época. Ah, nunca se teve no Sul alguém defendendo que a ideia da da guerra civil era ideia a favor da escravidão. Sempre dizam que era o direito dos estados, que quando eles entraram na guerra na na confedera, na nos Estados Unidos, tava dizendo que eles não podiam sair quando eles quisessem, defender esse tipo de coisa. Só que era muito comum o medo do haitianismo. O primeiro país da América tornar independente foi os Estados Unidos. O segundo foi o Haiti. O Haiti era um dos países que mais recebia escravizados na época, na região do Caribe. E lá os escravizados se revoltaram e saíram matando todo mundo. Enforcavam seus senhores, até mesmo brancos que não eram donos de escravos. Os caras não queriam nem saber e tomaram o poder. E esse medo dos escravizados se organizarem e tomarem o poder se espalhou por toda a América, inclusive dos Estados Unidos. Então, o que que o pessoal no Sul defendia? Esses abolicionistas no norte, o que eles estão querendo é enforcar a gente, é que os nossos escravizados se reúnam para que venham assassinar todos nós. Nós é que seremos os escravizados. Então, tinha esse esse medo do movimento abolicionista, porque nós temos os próximos. Se não for a gente a escravizar, nós é que temos os escravizados. E tudo isso ficou pior ainda, esse sentimento quando um escravista chamado John Brown, ele junto com uma uns filhos dele, mais alguns aliados, invadiram um arsenal de arma nos Estados Unidos, que hoje fica na Virgínia Ocidental, né, porque o estado da Virgínia em Harpers Ferry, com a ideia de invadir esse arsenal e distribuir as armas para os escravizados que iam se unir a ele na luta. Era incitar uma revolta e assim iniciar uma uma revolta de escravizado. som poder no país. Não deu certo. A execução acabou não sendo boa. Um dos abolicionistas principais da época, Freder Douglas, ele até foi, pô, não faz isso, não vai dar certo, não vai ser bom pro movimento abolicionista. O John Brown seguiu em frente, foi capturado, foi julgado por traição e foi enforcado. E aí o que que aconteceu depois disso? A galera no Sul entendeu: “Ol, a gente tem razão e defender a escravidão porque eu sou que esses caras querem. Esses caras querem revolta, esses caras querem baderna”. Então, o movimento abolucionista é, a gente tem que ser contra isso aí mesmo. Então, os nervos foram cada vez mais, decorrer da década de 1850, eh, ficando cada vez mais exacerbados até que chega a eleição de 1860. A eleição de 1860 tinha um partido novo na jogada, que era o partido republicano. O partido republicano ele foi fundado da da divisão de um outro partido. Hoje em dia a gente vê que nos Estados Unidos os principais partidos são partido republicano e partido democrata. Na época era o Democrata e o Zuig. Osig se dividiram a respeito da questão da escravidão. Tinha uma galera mais eh que tocava mais nessa fid abolição tem que ser uma pauta nossa. Entre essa galera tava um político do Kentuck chamado Abraham Lincoln. E entre esses que eram considerados abolicionistas radicais, não eram, eles só defendiam a abolição do escravidão. O Linco inclusive nem defendia a abolição, mas sim o controle dela. E essa galera se separou do partido do IG e montou parte republicano. Republicanos ficaram muito conhecidos e o Lincoln se tornou um porta-voz tão famoso dessa desse novo partido que ele foi escolhido para ser o candidato à presidência na eleição de 1860. Ele tinha um discurso que dizia que os Estados Unidos não é maor liberdade. Fingem a má liberdade que vivia na hipocrisia. E nessa eleição o Lincol ganha. E assim foi uma eleição complicada porque nos estados do Sul em 10 deles nem colocaram o nome do Lincoln a cédula. Ele nem tava, ele não, ele era considerado uma bolista tão radical que não, esse cara nem vai aparecer. No Sul, praticamente ninguém votou no Abraham, só que no norte a votação do cara foi muito expressiva. Ele ganhou tanto no colégio eleitoral quanto no número de votos. Sim. Então o Lincol foi eleito presidente e a partir do cara ser eleito, aí os políticos do Sul disseram: “Então, gente, chegou a nossa hora, como nunca foi estabelecido de que a gente não poderia sair da União quando a gente decidiu entrar paraos Estados Unidos da América, é hora da gente sair.” A Carolina do Norte convocou seus congressistas, os congress do Sul, perdão, Carolina do Sul convocou seus congressistas, os congressistas votaram então para deixar a União. E assim que a C aqu do Sul faz isso, Mississippi, Alabama, ah, a Flórida, no Texas o S Houston era contra. Não, gente, a gente não vai deixar os Estados Unidos e formar um novo país dos Estados, não vamos fazer isso aí. Fizeram então um congresso estadual, depuseram o Sen Hilston, depois ele veio apoiar os confederados, claro, mas assim, ó, não tem essa. Todos os estados do Sul, sete deles, Carolina do Sul, Georgia, Flórida, Alabama, Mississippi, Luisiana, qual que é o outro? Um outro, eles decidiram formar então os Estados Confederados da América. Tencios. Po, pode ser, pode ser. E aí no Alabama, na cidade de Montgomery, os caras se reuniram e elegeram um senador do Mississippi, que é o Jefferson Davis, para ser o novo presidente desse país, que é os Estados Confederados da América. E a partir da então inicia o movimento de expulsão de tropas dos Estados Unidos da América, que é outro país de nosso território, que agora não é mais território dos caras. Que que essas tropas estão fazendo aqui? o vas foi então a a sisão, momento de separação, quando esses estados decidem que agora eles vão ser um país independente, os estados confederados da América. Quem esse cara aí? Robert, esse daí é o Sam Hilston. Ah, tá. É, esse cara aí é um dos fundadores do Texas. Ele, ele e o Austin são os principais políticos da época, né? O Sen Hilston, em determinado momento, ele veio a apoiar os confederados, mas no início ele se mostrou oposto, gente. A gente tem que permanecer junto com os Estados Unidos. E o cara foi deposto por defender essa ideia. Ah, o Paulo não começou a tourar de imediato, né? O Lincoln quando ele, porque ele foi eleito em novembro, se eu não me engano, ele ia assumir em março. E o presidente James Benan fica naquele momento assim: “Pô, eu tô doido para largar essa presidência, mas essas tensão estão crescendo, guerra civil vai começar.” O cara não queria se incomodar. Teve alguns arranjos políticos que tentaram ainda dar um controle da escravidão assim para de modo a tentar agradar os estados do Sul para que eles não deixassem a União. Não teve jeito. Lincoln chegou em Washington de trem, não teve uma grande chegada como ele queria ter feito. Veio disfarçado inclusive com o receio de que o cara já, pô, tacassem pedra nele e tudo mais. E assim que ele chegou, ele direcionou um discurso para os estados do Sul, dizendo: “Ó, a gente não é inimigo, nós somos amigos, tentando apaziguar toda a questão para que a guerra civil não acontecesse.” Só que em abril, no Fort Center, na Carolina do Sul, tropas confederadas, porque veja bem, porque tropas confederados, o cara já tinha um exército desde o Bleeding Kansas, quando teve toda aquela guerra civil no Kansas para ter uma maioria escravista, uma maioria livre, milícias favoráveis à escravidão já começaram a ser montadas. Então, já tinham fazendeiros que armavam ali os seus cupinchas e essas milícias acabaram dando origem ao que seria o exército confederado. Então, já tinha uma galera defensora da seceão, da separação, a guerra civamericana chamada de guerra de secessão, guerra da da separação, que desde muito antes da guerra já defendiam de que o que deve acontecer é uma separação dos estados do sul, dos estados do norte. Então quando essa galera armada chega no Fortunter, pede não educadamente, mas de que se retirem dali tropas dos Estados Unidos. Os caras se negam a sair e o forte é bombardeado. A partir do momento que o forte é bombardeado, se entende que então a guerra de fato começou com um ataque do Sul. E o Abraham Lincoln, então, ele convoca eh 75.000 homens para que venham atuar nessa guerra contra o Sul por 90 dias, porque ambos os lados acharam que ia ser uma guerra rápida. Esse é o Fort Center. Isso é, eu vou pegar uma imagem melhor. Não, tranquilo. Na Carana do Sul tem até imagens da época que mostram o ataque a Fortunter que o pessoal fez assim. Então, se o ataque ao Fortuner é o que dá início de fato à guerra civil, né? onde se inicia o Lincoln, faz um chamado, conclama 75.000 pessoas para atuar por 90 dias, vai ser uma guerra rápida e a galera atende em massa esse pedido. Por quê? Porque se entendeu que, pô, o Sul iniciou essa agressão, então é o momento de que a gente vai resolver as coisas. 90 dias é mais do que suficiente e a vida vai seguir depois. Se mostrando aí o contrário do que do que se imaginava. O ataque a força não foi uma grande batalha, mas foi o primeiro movimento armado de tropas do Sul contra tropas da União. Então é considerado o momento em que de fato começa a guerra civil. Teve um deputado republicano na época que disse o seguinte, que o Sul tinha saído, tinha ia tomar dois drinques e depois ia voltar pr pra União, né? Ele subestimou o a resistência etílica aí do dos confederados, né? Então tem essa essa questão deles achavam que a guerra era muito curta. Mas só retomando, acho que um um ponto que o que o Víor comentou, né, da questão do do Frederic Douglas, acho que esse é um personagem que a gente conhece muito pouco no Brasil. Não sei se eh vocês já eh queem vai para Nova York, né, sabe que lá as ruas são numeradas, né, as ruas tem tem números e tal e as avenidas também, né, tem do um a, né, 10. Então tem tem uma da Só que quando chega no Harlem, algumas ruas t nome, né? Então, a principal ali que é a 125 é a rua Martin Luther King e tem a, se não me engano, a venida, a sexta avenida, ela é a Frederick Douglas. Ele é um dos principais afro-americanos da história, Frederic Douglas. E ele é um tem uma história de vida fantástica, né? Ele foi, ele era escravizado, ele tinha sido escravizado, ele era filho de uma, de uma mãe, mãe escrava com um pai que era o senhor, né? Então, ele nasce escravizado, ele eh aprende a ler pela própria esposa do Senhor dele, ensinou ensinou ele a ler. Eh, e aí ele ele foge, né? É, inclusive ele tem a biografia dele, hoje em dia se encontra em português, é um livro fantástico assim da biografia dele, contando a história de vida dele. E ele fala, né, que eh esse braço, essa cabeça, eu roubei do meu senhor, né? Eu roubei meu próprio corpo do meu Senhor. Ele é um sujeito que escrevia muito bem, muito eloquente, muito, assim, escreveu sobre tudo também, né, do século XIX no nos Estados Unidos. É fantástico. E ele vai justamente fundar um jornal, né? Ele vai fundar um jornal que chama North North Star, né, Estrela Estrela do Norte. E esse jornal ele é muito representativo do que eles comentaram, dessa questão da opinião pública da época. porque ele juntava tanto essa questão da da abolição com a questão também eh do sufrágio feminino que aparecia e tava já junto com isso, como o talvez o grande impulsionador da opinião pública dessa época, que vai ser o chamado segundo grande despertar, né, que é um novo movimento religioso que tem na época, que vai incentivar muito a leitura da Bíblia, vai incentivar muito a atuação política e e vai incentivar muito essa reforma social. Vai ter vários sentidos, né? Tem vai gerar vários vários reformadores, entre eles esses abolicionistas mais radicais. Então, eh, e eles vão ter um espaço na na na opinião pública do do norte muito grande e eles vão incentivar, né, a partir desse abolicionismo radical aí que que vai incentivar aí a a o fim da escravidão eh instantâneo, né? E o John Brown é justamente isso, né? Ele era um homem muito religioso, né? Assim como o o Frederic Douglas, né? Como o Lord Gerson que eu comentei. Então, tinha esse esse evolucionismo que era muito religioso, né? no século XIX, que achava que eh Jesus iria voltar e que eh você tinha que extirpar os pecados do mundo paraa volta de Jesus. E o e um pecado que tava se batendo sobre os Estados Unidos era escravidão, né? Então era preciso a abolir a escravidão quanto antes, né? Para eh para tornar o mundo mais puro pra volta de de Jesus. Então tinha esse esse sentido muito religioso e isso é realmente e levou muita gente a aderir fortemente ali o abolicionismo nesse momento. E o Frederic Douglas é é um exemplo disso também, de uma coisa que tem nos Estados Unidos, que a gente tem nos Estados Unidos, uma coisa que muitos historiadores invergem aqui no Brasil, que a gente tem esses relatos de vários escravizados que foram que viveram a escravidão e contam a história da escravidão, né, e contam e eles foram muito incentivados a narrar isso no norte, justamente para criar essa opinião pública evolucionista. Então tem o Frederick Douglas, tem o texto que depois virou o filme, né, Os 12 anos de escravidão, que é um um sujeito que foi preso no norte dos Estados Unidos. Solomonta. É, que que é isso? Esse daí é um trecho do North Star, né, o newspaper que ele falou. Ah, tá. Você conseguir achar a foto e imagem do do Fredck Zouglas, tem uma coisa curiosa que ele é o ele é o homem mais fotografado nos Estados Unidos no século XIX. Nossa. E ele é um homem negro que é o homem mais fotografado. Por que ele fazia isso? fazia isso intencionalmente, porque ele tá justamente querendo construir essa imagem digna do negro, né, em oposição à aquela imagem negativa, aquela imagem depreciativa que tinham nos Minstry Shows, né, aqueles shows de Vodeville que tinha de que pintava o rosto de negro, né, que chama o Black Face, que era uma coisa muito popular nos Estados Unidos inteiro, inclusive no norte, né, o Norte não era, é, tinha tinha muito, o norte era muito racista também, né? A gente não pode esquecer isso. E aí uma das imagens, ele acho que tem mais de 160 fotos dele no século XIX, era um dos homens mais fotografados ele fazia iso lugar que ele ia, ele se deixava fotografar. de uma forma com boas roupas, né, de uma forma digna assim para para criar essa imagem de um de um de um homem negro diferente, né? Ele queria projetar essa outra outra ideia e ele se correspondeu com Abram Lincoln, eh tentou eh eh defendeu a ideia da entrada dos negros na guerra. Ele foi um sujeito muito importante ali no no século XIX, é considerado um dos principais nomes do afro-americanos, a gente conhece muito pouco. No Brasil, nos Estados Unidos, ele é esse grande herói que inclusive o nome de uma avenida em Nova York ganhou o nome dele, né? Acho que é o grande nome da abolucionismo no século XIX, né? E também ajudou a popularizar isso aí. um livro chamado Cabana do Pai Tomás. Hoje, pô, a gente for ler esse livro, ele é cheio de estereótipos. É um livro que tem trechos assim que são considerados racistas e tudo mais, só que ele se popularizou muito nos Estados Unidos e fora dele. Então, ajudou a trazer essa ideia que a escravidão era um mal terrível, porque de fato era, cara, o escravidão 14 horas por trabalho, quando tinha lua cheia trabalhava até à noite, porque aí tava iluminado, podia trabalhar mais tempo. Então era de fato um negócio muito horroroso. Tem relatos que dizem que a rainha Vitória leu esse livro e chorou. Pa, rainha Vitória chorar, mas eu acho que é mentira também, né? R Vitória. E na Índia as crianças estão trabalhando com fome. O que que fazemos? Nada. Não tem, não li um livro sobre ainda. Quando escreverem um livro choro, nada. Então, rola isso aí também. É, mas com todo esse movimento crescendo de abolicionismo na e o medo no sul de que a escravidão vai acabar com a família, de que esse pânico, muita gente no Sul também a abraçou essa ideia de que não, a gente tem que lutar contra o norte. a gente tem que separar, não tem jeito. Tinha gente, tanto no norte quanto no sul, que defendi uma ideia de que essa questão racial a gente vai resolver da seguinte maneira. Nós vamos pegar os negros, colocar num barco e devolver pra África. Pro Brasil, a Libéria foi fundada dessa maneira. Era um território africano que foi comprado pelos Estados Unidos e levou paraa lá terra para pessoas livres. A capital é Monroeve em homenagem a James Monro, presidente dos Estados Unidos da época. E por variadas razões as pessoas fazem isso. A gente que fazia isso com uma ideia religiosa nobre de que a religião que a religião de fato ela ela preza pela igualdade, nós podemos fazer essa maldade com os outros. E tinha gente que fazia não, eu não quero essas pessoas perto de mim. E tem alguns escritos que defendem até uma ideia de que, pô, gente, as mulheres brancas estão preferindo namorar os homens negros do que nós. Então, a gente nem precisa tirar esses caras daqui. Então, tinha uma série de razões que levavam as pessoas a defender as ideias abolicionistas e as ideias escravistas. Mas eh iniciando a guerra, se inicia o processo de vamos armar nossas tropas, vamos organizar esse exército. Os Estados Unidos não tinha grandes homens no no momento, no exército, mas o principal general que se tinha um grande nome, era o Winfield Scott. Ele tinha atuado na guerra mexicana, que tinha terminado ali em 1848, se eu não me engano. O Infeld Scott tava tão gordo que ele não conseguia montar num cavalo mais. Então beleza, o Lincoln não tinha gente no exército dele para que ele pudesse liderar os seus homens. Então beleza. O Winfield Scott declarou uma vez, ó, então se eu pudesse dizer pro Lincol um general respeitado aqui dentro que fosse liderar, então seria um tal de Robert e Lee. O Lee era o cara que tinha sido mandado pro para conter o John Brown quando ele fez aquele ataque ao Arsenal. E o Robert Lee se encontrou com Lincoln. Só que na conversa ele decidiu: “Não, então não vou ajudar porque era nesse momento de e os e outros estados do sul vão aderir à confederação ou não?” E ele era da Virgínia, que era o mais rico, estado do Sul e que abraçou a os estados confederados e o Li escolheu defender o seu estado ao invés de defender o seu país, defender os Estados Unidos. Então ele decidiu então atuar para os confederados. O Lincoln não tinha um grande general para chamar de seu naquele momento. Então foi muito complicado nesse momento, contando com poucos homens. A maioria no oeste inclusive nem tava na região. A Washington de si a capital fica entre Marland e a Virgínia, fica perto do território dos confederados. Então ele não tinha quem que é esse? É o Sherman, né? É, esse é um dos generais eh do da união. Esse é o William com Serman. Ele depois veio a ter uma atuação na guerra muito memorável. E nesse primeiro momento, o Sherman foi um dos poucos generais que disse: “Galera, vocês estão achando que essa guerra vai durar 90 dias? Vocês estão doido, essa guerra vai durar anos. Ô, ó, aí ó, velho caduco, sabe nada. Achando que a guerra vai durar muito tempo. Esse cara aí, esse cara aí tava certo. Então o Lincol teve nesse primeiro momento uma questão de organizar o seu exército. Beleza, chamou 90.000 cara, chamou 75.000 cara, era um recruta, gente que não tem experiência de guerra, não. Não, o que que vai fazer? Então era necessário então organizar esses homens, treinar os caras, armar os cara. O Sul fez a mesma coisa. Quando o Norte começou a chamar essa essa grande quantidade de gente para atuar na guerra, também chamou uma grande quantidade de pessoas para se alistar. E veio tanta gente que eles não tinham como alimentar essas pessoas, não tinham como vestir essas pessoas. Eles dispensaram uma galera, muita gente e a maioria gente que não possuía nenhum escravizado. Ué, é gente que só foi lá. Eu não vou, mas eu vou defender isso aí. Ah, gente que foi para fazer essa defesa. E a primeira grande batalha da guerra acontece na cidade de Manaças, quando exércitos do Sul percebem que ô tá vindo um ataque pra região de Richmond, Virgínia, da o presidente confederado Jefferson Davis foi eleito em Montgomer, Alabama, mas a capital foi transferida pra Virgínia que era o magico dos estados. Então, quem compensou, vamos conquistar a Virgínia, conquistar o Richmond e aí resolvemos a coisa rápido. O exército confederado então vai até Manaças e ali tem o grande encontro de primeiro grande encontro de tropas confederadas e tropas da União, se eu não me engano são 30.000 homens para cada lado, assim, tá até meio meio parelho. E gente que assim, pô, gente, vai ter a grande batalha que os caras vão se encontrar. Vamos, vamos lá ver, pô. Montaram um piquenique, foram lá assistir, porque vai acontecer na planície, cara. Tem as montanzinha aqui, a gente senta, estende a toalha aqui e foi uma pancadaria generalizada que aí todo mundo viu, gente, essa guerra aqui não é normal, não vai ser isso aqui. Nossa guerra vai ser isso aí. Foi uma guerra muito braba. Um dos caras, um fazendeiro chamado Wilmer McLein, liberou a casa dele para ser um quartel general. Tacaram uma granada na casa do cara, explodiu tudo lá, o velho vazou. Não chega, eu vou fugir dessa guerra para ir para um lugar mais calmo. E foi para a Pomatox, um outro lugar. assim, pelo temor que o que o Willer Mclin teve de que, cara, essa guerra de fato vai ser uma guerra muito violenta. Essa o norte chama essa batalha de como é que é o nome? Não é Raging Bull é o filme Ring Bull é tourom filme Bull Run. Primeira batalha de BL Run. O sul chama de batalha de Manaças. Então a gente já vê aí que o quê? Tanto o norte quanto o sul tem visões diferentes acerca do mesmo conflito. Uma coisa que acontece em outras guerras também, mas a partir dessa batalha de Buran se vê. Não, essa guerra não vai durar 90 dias. Essa guerra vai ser mais violenta do que do que já foi. E se viu que o quê? As táticas militares não tão acompanhando a evolução do armamento militar, do desenvolvimento. Ainda acontecer aquelas batalhas que o quê? Uma fila de um cara aqui, outra fila de outros caras aqui, vocês atiram e depois nós atiramos. Gente, esse tipo de tática tava totalmente obsoleta em 1861. Totalmente. Então morreu muita gente e a medicina não tava desenvolvida ao ponto de tratar os feridos. Tomou um tiro no braço, meu amigo, [ __ ] Tiro na perna, corta fora. Tiro na barriga, tem que fazer. Tu vai ficar sangrando aí até morrer. Então, tem fotos depois da guerra que mostram o quê? Que no fim da batalha os mortos estão deitados e com a camiseta para cima assim. E aí você pensa, pô, talvez os caras foram lá revirar os mortos para saque tudo, mas não, não é que o cara tomava um tiro e ele mesmo tentava procurar onde é que ele tava ferido para ver se ele ia morrer ou não. [ __ ] Então foi um se viu que essa guerra ia ser uma guerra extremamente violenta a partir da batalha de Bran por conta do desenvolvimento do armamento que tava sendo muito mais rápido do que de fato as táticas militares do período. Será que é uma representação essa da dessa batalha? É isso daí é batalha de bow run. Cavalo, canhão. Eh, o que que é? Baioneta que os caras usavam. É um mosquete. Mosquete. Mosquete. Exato. Como que é o funcionamento? Cara, most ele tem é exato. Tem que recarregar. Ele tem uma lança na frente. Aí a lança é por quê? Porque primeiro pode chover. É. Então a pólvora na época eles iam carregar em saquinhos. Você vê isso nos filmes, né, cara? Que que coisa primitiva, né? Pois é. Aí o aquela lança na frente é porque, cara, eu tô carregando minha pólvora aqui. São vários saquinhos. Aí para dar um tiro, o que que você tem que fazer? Você tem que é uma arma enorme, né? Você põe ela de pé. Sei. Aí você tem que abrir esse saquinho de pólvora, jogar dentro daquilo. Tem um tipo, é, tem um pistãozinho para você pressionar um pouco. Não pode pressionar demais, né? Mas pressionar a pólvora ali. Tem que tirar depois o cano de novo, acender com um fósforo ou alguma coisa o o cano da arma, né? E aí atira. Aí depois que atira, às vezes você tem que limpar porque pode ficar um monte de estilhaço naquilo. Você tem que pôr a bolinha, né, do tiro. Você pode ter que limpar aquilo para colocar o outro saquinho de pólvora, etc. Nossa! E aí nesse meio tempo, se alguém muito bem treinado no uso desses mosquetos, conseguiria dar quatro tiros por minuto se o cara fosse muito bom no que ele tá fazendo. Tem que ser muito muito bom. Só só o tempo que você demorou para falar. Exatamente. Já veio um cara que com uma faca e já te matou já. Exatamente. Mas era e é por isso que tinha essa ponta, porque pode acontecer duas coisas. Pode chover e aí todos seus saquinhos de pó, porque não existe o plástico, né? Você vai pôr a pólvora onde? Então vai molhar. Então se começar a chover a arma pode falhar, você não pode contar com ela. Aí você tem que espetar a pessoa. Ou se dependendo da distância entre você e eu, não dá tempo de eu recarregar a arma. E vai na espetada mesmo, né? Então esse mosquete é a tecnologia que começa a guerra, mas era o que eles tinham infraestrutura para produzir mais no começo da guerra. Mas já existia uma outra tecnologia muito mais sofisticada de armas, só que ela ainda era pequena, eram armas muito mais caras, então tinham poucas disponíveis, era uma tecnologia muito mais sofisticada, então você não contava com elas, mas ao longo da guerra civil elas vão ganhando cada vez mais espaço. E a os estados confederados, embora assim no começo, é isso, olha, eu tô pedindo independência. Ao pedir independência não era claro se ia ter guerra. Claro, já tinham vários vetores apontando pra guerra, não foi exatamente uma surpresa para ninguém, mas a princípio pode ser que os estados do norte, cara, fala: “Ó, não, não vamos puxar a guerra civil”, né? Poderiam decidir isso. Eh, inclusive o Brasil passou por isso também, né? Teve o quando teve a ditadura militar falar: “Olha, a gente sobe com os exércitos do Sul, se não me engano, né?” Mas aí decidiram, falando: “Não, eu não vou manchar minhas mãos de sangue”. Teve esse momento, né? Teve um acerto ali que o Tancredo Neves acertou com o Brizola ali e aí o Brizola Taberas falou que não vai não vai se envolver nisso, vamos resolver na maciota. Então poderia acontecer algo do tipo, mas eles já estavam se preparando pra guerra e uma evidência documental forte que tem disso é que ali aí que tá, né? Como a guerra é civil, antes da guerra começar, vocês estão compartilhando a mesmas instituições, os mesmos órgãos de governo, tá todo mundo ali misturado, mas se já tem alguém planejando a guerra civil, essa pessoa já pode ir tomando decisões como se fosse decisão de estado, mas na verdade é um preparativo pra guerra civil. E aí li em 1859, eh, o sobrenome é Floyd, eu acho que o primeiro nome é John, tenho quase certeza. Ele era um dos chefes do departamento de guerra, porque essa coisa de departamento de ministério da defesa é pós- Segunda Guerra, né? Que aí não tem mais ninguém atacando, tá todo mundo se defendendo, né? Mas na época era departamento, departamento de guerra. E aí ele era um dos chefes de departamento lá e ele toma a decisão de transferir um um armazém de de armas e munições do dos Estados Unidos que ficava nos estados do norte para passar pro extremo sul dos Estados Unidos. E ele transfere quase 110.000 desses mosquetes do norte pro sul, do anos antes da Guerra Civil começar. E ele vai, quando começa a guerra civil, ele vira um general dos confederados, né? Então aí você fala: “Tá, 110.000 mosquetos, quão relevante é isso?” Eh, o a produção militar americana, ela era concentrada em três grandes armorarias, né? Uma das maiores delas, na época pré-guerra, ela poderia levar um ano para produzir 15, 20.000 1 desses mosquetes. Então você tá falando de pegar quase 5 anos de produção da maior armoraria dos Estados Unidos e transferir isso pro Sul. Então é o o sul norte era muito mais rico, tinha muito mais gente, tinha muito mais capacidade de suprir armas e de restocar. Mas se você conseguisse, cara, porque você não tá só tirando 110.000 armas do inimigo, você tá ganhando 110.000 armas. O efeito líquido é de 220.000 armas a mais, não é? Porque o a menos pro outro e a mais para você. Então, a guerra do a guerra do norte é a guerra para buscar rendição. Olha, o Sul precisa se render, ele tem que desistir de lutar. A guerra do a guerra do Sul você não precisa ganhar. Você não precisa invadir um território do norte. Você só tem que fazer a guerra ser custosa o suficiente pro norte não topar mais, gastar bala e vida para vir para cima de você. Então você transfere essas armas e tenta resistir o suficiente para para abalar o a moral do norte, fazer eles falar: “Cara, não, o custo disso vai ser muito grande, não vale a pena”. Só que essas armas aí são muito aí a gente pode conversar isso. Então o cenário tava bem mais favorável pro sul. Então no começo aí aí essa ideia da guerra ser breve da perspectiva do sul era por conta disso. A gente vai trazer um monte de gente pega essas armas que a gente tem agora, vamos assustar no começo, porque é isso, você tá contra uma população muito mais forte e muito mais rica, o longo prazo não é favorável. Então você tem que tentar. O o Norte tinha 22 milhões de habitantes, enquanto o Sul tinha nove. Ah, desses nove, quatro eram escravizados. Aí o cara vai conseguir pôr ele, você não vai armar ele, vai na mão dos cara. Então não, ideia brilhante. Deia brilhante. Então não. Então era assim, o o Sul necessitava da vitória rápida, porque o que o Sul precisava era não perder. Se isso já não pode perder essa guerra. E o Sul o que que faz também, galera? Vamos deixar de mandar algodão pra Europa porque assim os caras vão sentir a nossa falta e vão reconhecer a gente rápido. Então tinha essa ideia. Um dos planos do norte, então é o plano Anaconda, vamos fazer um bloqueio continental que pega toda a parte do Atlântico, golfo do México, entra dentro do rio Mississippi para que o Sul não consiga ser abastecido pelas potências europeias. Desse jeito não vai entrar nenhuma arma venda da da do Reino Unido, não vai entrar arma francesa e a gente vai evitar que esses caras se armem. Mas o momento inicial da guerra, o sul tava com a vantagem e a ideia era assustar a população do norte para dizer o seguinte: “Olha só, vocês t muito mais gente, tudo mais, só que gente, vocês não precisam lutar essa guerra. Vocês estão lutando pelo quê? Por escravizados. Exato. Então, e muita gente no pensava isso. O Lincoln não começou a popular o governo dele. Então, muita gente teve dúvida assim, pô, a gente elegeu esse cara aqui que é um político, não era considerado tão experiente assim. O cara que perdeu para ele a primária do partido era o William Seward, o cara muito mais experiente politicamente. E o Seward tinha o desejo de tomar o o lugar do Lincoln, de ser o próximo presidente. Se é o cara que comprou a Alaska anos depois. Ah, tá. Então, pô, havia disputas políticas que o Lincol enfrentava. Ele não era bem visto pela população do do norte nesse assim, ó. Tinha quem amasse o cara, mas ele não era popular. E e a ideia assim, vai morrer gente nessa garinar isso aí? Deixa esses caras aí. a caveira deles no sul e a gente segue a nossa. Então se encontrou um momento complicado nesse início. Muita gente abraçou a guerra no primeiro momento quando o forter foi atacado pela questão do patriotismo. Não, a gente vai manter a união. Só que essa ideia do Lincolde a guerra ser por manutenção da União não ia durar tanto tempo. O Lincolou mudar os motivos da guerra dele. No começo era a gente tá entrando na guerra para manter os Estados Unidos da América do jeito que ele é. Chega uma hora que só esse argumento não se sustenta. Vou falar assim, que tem que fazer. A guerra passou a ter que ser o argumento é contra a escravidão. Porque aí e aí Reino Unido, vocês vão defender o estado que tá defendendo escravidão? Não. Então a partir desse momento, a opinião mundial passa. Não, não. A gente não vai poder defender a dos Estados Confederais da América. Não pode mais. E nessa hora, passa o momento, o Lincoln começa a aceitar que pessoas negras façam parte das suas forças. Você estima que 10% das forças da União determinamento eram de pessoas negras. E o homem negro naquele momento ele sabia porque ele tava lutando. Então o cara lutava com um afinco muito maior do que um soldado branco. Então a guerra depois de uma época ela passou a ser contra a escravidão. Esse é o objetivo. Mas até isso acontecer levou mais de um ano. Então por um por um período, a ideia o o Lincoln lutava pela manutenção da União, o que não fez ele um político tão popular ali por um tempo. É. E era muito polêmico, né, você ter negros lutando, né, mesmo no norte, né, porque é você lutar, você ter armas, você fazer parte do exército, era você participar nação, era você ter acesso à participação, era uma forma de cidadania, né? Então você estaria incluído no país. Então se você dá armas pros negros, se você dá uniforme, dá d instintivos, tá falando, olha, você é parte dos Estados Unidos, você dá uma dignidade, um prestígio, é reconhecer a cidadania deles. Por isso que muitos líderes negros, como o Frederick Douglas, defendiam isso. Não, Lincoln, vamos resolver o negócio, vamos colocar os negros para lutar. Vamos, vamos pra frente que a gente vai resolver o problema. A gente vai ganhar essa guerra. Então vamos chamar os negros para lutar porque a gente vai resolver. E o Lincoln não queria fazer isso. É um dos motivos é porque, como o Vog comentou, tinha e alguns estados da união que eram escravistas. Tinham esses quatro estados da União lá, Maryland, eh, Kentucky e e outros estados que eles continuavam tendo mão de obra escrav. Então, o Lincoln f também ficava assim, eu posso perder esses esses estados, eles podem passar para pro outro lado, eles podem também romper. havia o assédio nesses estados assim de que, pô, ô galera se une aqui a confederação aqui a nós. Alguns declaram neutralidade e e outros ficavam em cima do muro. Então era uma questão sensível pro Lincoln. Sim. Então aí tinha essa questão, né? Como que a gente lida com isso e e ao mesmo tempo a comunidade afroamericana pressionando Lincoln ali no norte, os abolicionistas pressionando, vamos, nós queremos entrar. E aí vai ter também a questão dos soldados negros do sul, né? Então e os escravizados do Sul, eles eh que que a gente faz com eles? que ele aconteceu uma começou a ter essa fuga em massa, né? Eh, conforme o exército ia avançando, como é que tinha as batalhas, especialmente nessa parte mais da fronteira, eles começavam fugir pro norte. E aí o que que você faz? No começo eles começaram a devolver devolver o o os próprios escravizados pro sul, né? Devolviam, mandavam de volta, porque eles falavam, né? Isso não é não é propriedade. Ainda eles estavam seguindo as leis do país, né? Porque tinha esse dilema no norte. Nós somos os mesmos mesmo país, né? Nós não queremos, não é? não é um inimigo aqui. Então eles continuavam devolvendo. Aí teve um general que resolveu: “Não, a gente vai vai receber esses esses afro-americanos aqui porque eh eles são um contrabando de guerra. É como um roubo da propriedade do do inimigo. Então como você pegar a propriedade do inimigo para você. Então você podia pegar e eles começaram a trabalhar na na eh na retaguarda ali, né? Cozinhando, construção e tal. ainda não sem arma, sem uniforme. Alguns generais tentaram fazer isso, coronéis tentaram colocar ali da dar da dar armamento pros negros e isso foi era rejeitado, porque isso era um tabu mesmo. É você eh você entrava numa outra questão. Uma questão era abolir a escravidão, que já era um problema. Uma outra questão é você conferir cidadania ao negro, conferir igualdade ao negro. Então colocar um um um homem negro para lutar ao lado do do dos brancos também era um enorme tabu, inclusive pros próprios eh brancos do norte, né? vou lutar ao lado dos negros. Tô lutando pelos negros. Não é isso que eu quero, né? Eh, e aí vem isso e o Lincoln vai sempre insistir nesse nesse ponto, né? A luta não é contra a escravidão, a luta é pela união. Eh, porque e aí tem um argumento que que é importante que é que é essa ideia. Se você aceita essa exceção, você aceita que qualquer estado em qualquer momento pode romper com os Estados Unidos. Então, qualquer crise futura que existir pode ter uma nova seceção. Então você aceita que os Estados Unidos não é mais um país unido, é mais só essa junção de estados, né? Então essa ideia de que Estados Unidos é um só. Nós somos um mesmo país, né? Os Estados Unidos, não é os Estados, né? É o estado os Estados Unidos. Então essa ideia de que é um país só e de que não pode romper. você romper é uma rebelião. Você romper é você romper com essa com essa união, você romper com a constituição, você romper com a com a com a lógica eh que que fundou o país. Então esse é argumento do Lincoln que que ele defendia eh tentando se distanciar dessa questão da escravidão e e para tentar atrair esses vários interesses. Então esse mapa aí, ó, é esse mapa é muito bom, pô, que aí mostra, por exemplo, como o Washington DC de C era perto de Richmond, a capital dos Estados Unidos era muito perto da capital dos confederados. 200 km, pô, pô, é pouca coisa. Então, um dos objetivos do Lincoln é o quê? A captura de Richmond. A gente tem que chegar até lá. Outro a gente vê o quê? Missouri Kentucky. Vermelhos são os confederados. Os confederados. Aqueles azul mais clarinho ali são os que ficaram meio em cima do muro. Sei. A aquele Virgínia ocidental, tá vendo? Tem Virg e V. É que é parte da Virgínia não aceitou se unir aos confederados. E durante a guerra teve a seceção do estado da Virgínia de que virou a Virgínia ocidental e a Virgínia. Sei. Então a gente vê que teve alguns front guerra, né? O primeiro buscava a captura de Richman, tinha um outro que mais ou menos ali na região do Kentuck, do Tennessee, é onde tava um general chamado Ulisses S Grant. Uiss Grant era o único general nesse início da guerra que conseguia as vitórias do exército da União, que é o cara que conseguia avançar de fato. Só que qual era a questão? Ele conseguia um grande custo humano. O Grant, ele já entendia que o quê? A gente vai ganhar as batalhas contra o exército do Sul, só que vai morrer mais cara nosso do que cara deles, só que a gente tem cara para substituir. Então ele foi chamado de carniceiro. Ele foi chamado às vezes de rendição incondicional grant, que ele não aceitava negociar com os caras, não é batalha. E é isso aí. Quem quem quem ficar de pé por último vai ganhar. Ele conseguia esses avanços. Enquanto em Richmond não se conseguia avanço nenhum. em Richmond era onde estava o Robert Lee, que era o o general mais era o cara que mais entendia da estratégia da guerra naquele momento. Ali na batalha de Buran tinha um outro general. Em Buran teve um ataque eh da União que avançou e as linhas de defesa confederada elas fugiam, elas não conseguiam manter, mas tinha uma linha que os caras permaneciam. E aí, tanto que gera uma história da época que fala que, pô, as tropas do Jackson parecem um muro de pedra, parece o Stone Wall Jackson. E aí esse general, Stone Wall Jackson se tornou um dos generais mais conhecidos da guerra civil dos Estados Unidos. E ele ajudou nessa defesa de que para que Ritm não conseguisse ser invadida. Então o exército da União ali não conseguiu os sucessos, o que era muito ruim porque ficava na capital. Então, a galera da capital do do país via que o Lincoln não conseguia os sucessos que se conseguia, por exemplo, na região do Tennessei, aonde o L segment tava conseguindo. Quem tava na na liderança desse exército, desército do Potomac era um cara de 34 anos de idade, o George McLean. O McLean, quando foi passado esse comando, o Lincoln e deu carta branca pro cara, vai lá e resolve. Ele recrutou muita gente, ele treinou seus soldados, organizou os caras e só galera, treinamento, recrutamento e depois não, mais treinamento e recruta mais, treina, recruta. E aí o Lincoln chegava, beleza McLilan e e o ataque? Não, não pode deixar que a gente vai atacar, mas vamos treinar nossos caras. Show de bola. Aí treina McLilan Richmond. O Richmond tá lá, McLan. Vamos lá, nós vamos atacar. Deixa eu ver um tempinho aqui. Treinar. Ele não se mexia. E aí o Lincoln, pessoal, nós estamos perdendo batalhas aqui perto. O Grant tá ganhando as batalhas lá no Tennessei, mas precisamos ganhar a batalha em Richmond. Treinamentos M não se mexia. Ele decidiu fazer um ataque Richman, não vindo pelo norte, mas vindo pela península da Virgínia. Não dá de ver por aqui, mas é entre os rios James e o rio Rio York. E chegando lá, ele tinha uma força, o dobro da força que tinha o Grant. Só que um dos generais que tava ali, um dos comandantes, fazia o seguinte, chamou uma tropa confederada, eles diz assim: “Ó, só do ponto A ao ponto B vocês andam e mostrem o tamanho da dessa tropa que é pouca, mas aí vocês dão uma volta por trás onde o Michel não consegue ver e vocês dão de novo”. E dá de novo. Dá de novo. Para quê? para passar a ideia de que é muita gente. Mas que ele era um cagão, ele não se mexeu, ele eu não vou atacar, não vou. Os caras são são muito maiores. E todo mundo diz: “Mcleillan não são.” A gente é muito mais numeroso que os caras. Vamos atacar. O Mcleillan só cercou e não atacou. Não atacou. O ataque não aconteceu. E tanto que assim, ó, tem generais da época que diziam assim, ó: “Cara, se o Milan ti tivesse 1 milhão de homens, ele ia dizer que os caras tinham 2 milhões. Então ele precisava de 3 milhões. E se dessem 3 milhões, ia dizer que os caras tinham 4 milhões, ele não ia atacar. O Mcan era muito querido pelos seus soldados. Os soldados entendiam que, pô, eles eram cuidados pelo McLillan, só que o que o Lincoln queriu era uma vitória e não conseguia. volta e meia rolava uns caramços, uma batalha e tal e davam, pô, uma vitória estratégica da União, mais soldados confederados morrendo que soldados da União, mas uma vitória significativa não veio nesse início de guerra, que pra popularidade do Lincoln era terrível. E aí se dizia: “Maclean, tu não tá ganhando não. Ó, só eu não perdi, eu falhei em ganhar.” Era o argumento do cara. E por muito tempo esse cara foi o comandante do exército do Potomac. Então ali em Richmond não se teve avanço nesse início de guerra. O Robert Lee é que era de fato o principal comandante, era o cara que aguentava os avanços e manteve a capital. Ah, e um outro ponto, eu acho que ela botar uma imagem do plano Anaconda, que foi o bloqueio. Mas esses territórios amarelos, o que que são? São territórios que não eram estados ainda na época. Então, então se tu vê aqui, ó, no território do Novo México, teve eh confrontos ali também, só que nessa região do oeste do Texas, o território indígena, que depois veio a ser Oklahoma, foram mais ataques de escaramuças, aonde, pô, tinha algumas milícias confederadas que faziam ataques rápidos. Não foi o local onde teve o pau torando de verdade. A guerra aconteceu ali, teve batalhas que que que aconteceram, mas não foi o grande peso da guerra. O principal peso da guerra foi do quê? do rio Mississippi pro leste, no estados confederados e na região da Virgínia, foi onde aconteceram as principais batalhas. O território só se tornava estado quando tivesse 40.000 pessoas, né, 40.000 votantes, cidadãos. Então, só quando tivesse da população, ele podia se tornar estado. Então, eram territórios que eles tinham conquistado do México, né, na guerra. Tinham derrotado do México na guerra, tinham adquirido. Então, esses territórios do do Oeste, outros tinham eh eh negociado com a Inglaterra ali mais ao norte. Então eles ainda não eram estados, não tinha deputado, não tinha representação ainda. Falando na conta, a ideia do do da União era fazer esse bloqueio naval e entrar pelo rio Mississippi, porque assim os caram estar completamente bloqueados. O objetivo do general Grant era chegar atrasar de Vixburg, que chegou um momento em que ali na Alabama, na Luisiana, o porto de Nova Orleans, que era um dos principais que os caras tinham já tinha sido tomado. Então, vitórias da União vinham, não exatamente onde os caras queriam, que assim não que eles não quisessem, vitórias no Sul e tudo mais, mas as principais em ritm não vinham, mas eles já tinham conquistado o Nova Orleans e já estavam seguindo em direção a Vixburg, aonde eles iam se encontrar e de fato dividir o exército confederado, ia ter aquele pedaço que ia ficar do Texas para lá pro oeste e o pedaço de cá era um dos grandes objetivos que os caras tinham. Então, quando se conseguiu a conquista da cidade de Wixburg pelo general Grant, o cara se tornou um dos grandes nomes da guerra. Foi feito esse bloqueio e assim, não é a todo momento, um dos casos mais da diplomáticos assim mais sensíveis foi quando um navio britânico foi parado pelo pela União e dentro do navio britânico tinha dois diplomatas confederados. E pô, que que esses caras estão fazendo aqui? E aí teve uma crise diplomática com o Reino Unido que ficou indignado. Pô, o que que o que que os Estados Unidos estão invadindo aqui navio do do Reino Unido? Mas o que que tem dois confederados no navio do Reino Unido? Não é para ter. No final o Lincoln disse uma guerra de cada vez. Solta os cara, resolve as coisas. Não vamos, não vamos trazer os estados, não vamos trazer o Reino Unido pra guerra, vamos deixar essa questão. Mas o plano Anaconda foi um dos, a concretização dele foi um dos principais fatores assim que levou de fato a à vitória da União. Entendi. E tudo isso era muito novo. O quando a gente fala das guerras anteriores que os Estados Unidos teve, por exemplo, a guerra com o México, né, a expansão pro Oeste, era tudo muito diferente. Não é uma guerra no sentido convencional de guerra que a gente imagina. Porque as pessoas que tinham interesse, né, em se assentar e e terras pro oeste, elas tinham armas de fogo, tá? A população que tava ali no na região do Oeste já era uma população muito reduzida e fragilizada, né? O os nativos, né? A população indígena americana já tinha sofrido com doenças por muito tempo, já tinha tido sido sociedade desestruturada por muito tempo, eles não tinham acesso a armas de fogo também. Então essa expansão foi uma expansão muito mais desorganizada de pessoas indo com armas de fogo e tomando território, cercando e levando produção, levando gado, etc. E só depois vinha um exército americano ou só se tivesse uma organização contrária. Então, por exemplo, a guerra com o Médico é um em grande parte um terreno descampado com muito pouco habitado, baixíssima densidade. As pessoas iam fazendo pequenos assentamentos, pequenas fazendas, etc. de forma totalmente dispersa. Aí como tão ocupando o território que não é deles, alguém se organiza para tentar ocupar de volta ou fazer alguma coisa e só aí você vai mandar uma carta falando para alguém do de um exército de um estado, porque eles desconfiavam de exército nacional, né? Então isso, essa ideia de você ter um exército nacional que tá ali o tempo todo sendo financiado e de pé para responder ataques, isso não é, isso é pós-guerra civil que eles vão se preocupar com isso, mas eles tinham muito receio disso antes. Então eram mais exércitos estaduais, então vai demorar para para chegar lá. E o exército chega muitas vezes depois que o conflito já tá resolvido. Então eles não tinham uma grande experiência de guerra nos territórios deles dessa forma, né? as grandes experiências de guerra que eles tinham, a guerra de independência, a guerra de 1812 contra o Reino Unido, mas é muita experiência naval, né, de guerra naval e que ficou no norte, a produção de navios, os encoraçados, nessa época já tinham encoraçados navios de metal com canoneiras. É, exato. Mas os navios eles tiveram que adaptar, né, navio de mercante para navio de guerra durante a guerra tiveram que adaptar porque não tinha o meric dos confederados foi um grande feito quando ele entrou em ação, né, que era um navio revestido com com ferro. Os cara, cara, que que que é isso aí? Batalhas assim de se os confederáis vão produzir, nós vão produzir também batalhas de dois navios de de ferro que se chocavam um com o outro, atiravam um canhão. Begou impressionante. Pra época não era uma coisa que se via. Sim, tudo muito novo, né? E então essa o o experiência naval eles tinham muito mais do que de ficar abastecer grandes exércitos dentro do próprio território. As guerras anteriores que eles passaram não precisaram tanto assim dessa experiência. Então, o Sul tinha os os que eram vistos com os melhores generais pra época. Eles tinham experiência, mas não tanto pro tipo de guerra que eles estavam lutando, pras armas que eles tinham. E isso eles vão meio que tentando aprender aos poucos, mas a cada ano que passava a situação piorava, né? O a tecnologia das armas vai mudar muito nos 5 anos da guerra civil. E o Sul, basicamente não tinha como acompanhar, era basicamente impossível. bloqueados, a economia solista ficou enforcada, não tinha mais o que fazer. Questão de era era exportação economia dos caras com o plano anaconda funcionando, os caras iam exportar para quem? Eles até vendiam algodão às vezes pro norte, que tinha interesse em comprar esse algodão para quê? Para fazer seus uniformes militares e tudo mais. Mas a economia solista foi pouco a pouco sendo sendo garroteada. E a população sulista, que nem sempre todo mundo abraçou essa ideia de guerra, não era um consenso também. Pulação solista começou a sentir os efeitos da guerra cada vez mais e isso refletia nos soldados. Soldados com passaram o tempo eram ficando eh mal armados, tinham soldados descalços, com pouca roupa e lutando no norte. Ass vezes era muito frio. Então se viu que a glorificação da guerra, muita gente entrou nela porque, pô, maneiro, vamos ver, é uma aventura diferente, né? um cara no interior do Mississippi que entendia, [ __ ] vou lá pro norte, vou matar os Yanks. Ele uma ideia gloriosa de guerra viu que não tinha nada de glorioso em morrer com a cara na lama. Então foi uma guerra que mudou bastante o pensamento de uma guerra também esse pessoal. E o da parte, eu não sei se tem as imagens, eu eu compartilhei duas imagens de da parte de como que funcionava a arma que eu expliquei para vocês, né, do mosquete, mas queria mostrar também o o que que vai mudar, né? Então esse é o mosquete, né? Então, é um skate típico dessa época da da guerra civil americana. Esse é um print do da minha tese do do doutorado, né, que eu trago isso como exemplo. Aí a parte de carregamento da da bala, eu acho que tem aí a outra imagem aí, né? O processo de carregar. Então, era isso, o a pólvora, né? O saquinho de pólvora, a bala, o projétil que era lançado, ele era aquela bolinha de metal. E aí, o que que o que que é importante aqui do ponto de vista econômico, né, dessa questão da logística da guerra, esse mosquete era feito à mão, né, e esses projéteis também era tudo feito à mão. Então, o que que acontecia se, por exemplo, tem uma batalha, vamos supor, 5.000 homens contra 5.000, eh, e um deles, um dos lados ganha de forma esmagadora sobre o outro, tá? Então, vai ter lá 5.000 mosquetes do outro lado. Você vai conseguir usar essas armas? Sim, porque é tudo feito à mão, né? É o mesmo saquinho de pólvora, né? É o mesma a bala, é essa bolinha de metal. Então você pegou os mosquetes, tá? 5.000 mosquetes a mais pro nosso lado. Você consegue ir escalando as vitórias, né? Transformar uma vitória em campo em uma força material maior ou um mais recursos pra próxima batalha. Então esse esse é um rifle henry de repetição. Então esse já foi uma arma que foi usada na guerra civil. eles não conseg mesmo, eh, eles produzindo isso durante a época da Giv, uma tecnologia nova que surge mais ou menos nesse período, eh era bem mais caro de produzir, então eles não tinham igual quantidade dos mosquetes. Mas o que que você já percebe aqui, olha o projétil dele, é o projétil dele é a cápsula de arma que a gente tá acostumado a ver, né, que é todo metálico, né, e aí a pólvora tá dentro da parte de trás e o projétil em cima ele não é uma bolinha, né? Ele ele tem um formato exato para prender aquela pólvora. Por que que isso é super relevante? Primeiro, esse rifle Henry, ele consegue disparar por volta de 20 tiros por minuto contra os dois a quatro do mosquete. Então, pros caras da época, que o conceito de metralhadora vai surgir na guerra civil americana também, né? Mas pros caras da época, isso aqui é quase um metralhador. E você não precisa de experiência de batalha nenhuma. Pro cara tirar quatro vezes mosquete, cara, ele tem que treinar quanto que o cara tem que treinar para conseguir dar quatro tiros de mosquete por minuto. Agora isso aqui você só coloca o rifle na sua mão e vai atirando. É só você não apertar rápido demais para travar o mecanismo. Ele vai atirando, né? é 20 tiros por minuto. E esse projeto, vamos supor que o e as fábricas que produziam isso ficavam no norte, a tecnologia disso ficava no norte, eles que sabiam produzir isso em escala, porque precisa de padronização, é uma fábrica que vai fazer isso, são moldes, é todo um processo industrial, o aço, ferro é um processo específico para construir esse negócio. Aí, vamos supor que tem uma guerra, tem lá alguns desse no campo do da União e os confederados estão lutando e os confederados ganham e aí eles pegam esse esse rifle hry e e saqueam, vai pro lado deles. Que que eles vão fazer com isso? Não vai fazer nada. Não tem como, não tem como. Você não consegue fazer o o projétil e não é e é, vou fazer a mão. Você não vai conseguir porque tem que ser exatamente o encaixe, é tudo padronizado. Então, como que você vai abastecer ele? você tem é os projétils que você conseguiu saquear, é, quando eles acabarem o seu rifle não serve para mais nada, né? Então isso é uma vantagem gigante na guerra, porque quando o norte ganhava o a partir do que tem essa tecnologia, qualquer vitória de batalha do norte, o norte ganha as armas do inimigo. Qualquer vitória que o sul ganha, ele não ganha todas as armas do inimigo, ele ganha só algumas que são as mais fracas. Então isso vai desbalanceando e cada ano que passa eles vão conseguindo produzir mais e mais armas, né? No final da mesmo aqueles mosquetes, no final da guerra civil americana, a maior armoraria do norte já tava conseguindo produzir 240.000 mosquetos por ano. De 20.000 para 240.000 é um ganho de escala gigantesco, né? Industrial ganharam muita grana nessa época aí, né? Sim. E todo o processo de licitação da época os Estados Unidos tem que fazer do zero. Começa ali, né? O o complexo industrial militar americano, ele começa ali na guerra civil. Como que você faz procuração de armas? Porque tinha desvio de dinheiro para todo lado e contrato fraudulento, né? Era um problemaço. E no Sul era pior ainda, porque você nem tinha um governo, né? Você fazer um processo de licitação tendo um governo é uma coisa, você nem tem o governo, você só tem os estados. Eles fala: “Car, e aí, né? Como que vai fazer? Onde que tá o caixa do do governo entre aspasço federal?”, né? Então, era um problemaço lá e e essa virada de tecnologia vai ser decisiva do durante a guerra, né? Porque você não precisa mais treinar as pessoas também. Você tem a velocidade do seu lado, você não precisa treinar, o seu inimigo não consegue capturar suas armas. É um, é realmente questão de tempo, né? É só a guerra, não, só você não perder rápido que está fadado a ganhar a guerra. A batalha mais sangrenta, o dia mais sangrento da história dos Estados Unidos aconteceu durante a guerra civil americana. foi a batalha de antíen. Morreu mais gente nesse dia do que morreu, por exemplo, no atade de 11 de setembro, quando foi mais uma uma batalha entre as tropas do General Lee, quando do George McLan foi uma vitória que Lee tentou um ataque. Que que lee pensou? É interessante que a gente ocupe o Washington de si. A gente vai tentar invadir o norte porque com a ideia de ocupamos a capital. Ocupando a capital, a gente vai conseguir o reconhecimento internacional. Primeiro reconhecimento dos Estados Unidos, depois reconhecimento do resto do do mundo. O L tenta essa invasão. Esse ataque é repelido pelo McLillan. Ele consegue então conter. Então, pô, na na na ideia, o cara conseguiu vencer a guerra. Há um custo humano altíssimo. Não me lembro agora de cabeça quantas pessoas morreram em antitem, mas é o dia mais sangrento da história dos Estados Unidos. E aí pra gente quanto quantas pessoas morreram aí, Homer. Batalha de Antittem. E mas o McLilan canta vitória. Olha só, conseguimos contra o general Le ganhamos aqui. Só que ele não persegue as tropas do General Lee. Ele nunca perseguia o cara. Então o era entendido pelo Lincoln que cara o Lee vai fazer um outro ataque depois. Esse cara atacou, tu conseguiu conter, o cara persegue, captura o cara e captura os soldados dele. O Mclila não fazia e é um costumo maior. Morreu mais gente da União do que dos confederados em antiten. Feito isso, Mill é tirado do comando. Mas o Lincoln ainda não tinha alguém do cacif do lee, não tinha um cara como o Stone Wall Jackson, não tinha um general que de fato se encaixasse nessa questão de liderança. até que chegam até no momento em que ele chama o Ulisses Z Grant, que é o cara que tá tendo as vitórias na margem do Mississippi e o e o Uliss Grant se torna de fato o grande comandante do exército da União. Enquanto isso não acontecia, foi quando aconteceu a principal batalha da guerra, foi a batalha de Gisburg. Ela já aconteceu em 1963, já tinha passado 2 anos da guerra. Foi mais uma tentativa de invasão, onde o Sul tentava invadir o Norte e a batalha durou três dias. era muito conhecida pelo seu terceiro dia, quando lei tentou ataques pelos flancos, foi repelido, então pensou, se os flancos estão fortificados, o centro aqui tá enfraquecido. Ele lançou uma grande carga de brigada e o o centro não tava enfraquecido. Então foi um massacre generalizado, assim, foi um uma grande derrota do generale. Ele assumiu a responsabilidade pela derrota e mas isso não acabou com a popularidade dele. O cara era popular entre seus nomes. Jefferson Davis ainda quis manter o cara no comando do do do exército confederado, mas depois da derrota em Geresburg, que até hoje é uma grande batalha que tá no imaginário assim da dos Estados Unidos, é uma cidade muito pequena, morreu mais gente na batalha do que tinha habitante na cidade. Então a partir dessa derrota, o Sul não se recuperaria mais. sendo derrotado em Gesburg, eles não iam mais conseguir chegar tão longe no norte e as esperanças de que o Sul teria alguma chance militar de ganhar essa guerra se acabar em 1963. E aí em 63 também que vai vir a a proclamation, né, a emancipation proclamation, né, que é o documento que que o em que o Lincoln eh estabelece, n muita gente vai confundir, vai dizer que ali é a abolição da escravidão, não é exatamente a abolição da escravidão. Ele, na verdade, ele aba escravidão nos estados do Sul. Ele diz assim: “Olha, eh, se vocês voltarem pra União, vocês podem continuar tendo tendo escravizados. Se vocês não voltarem até o dia 1eiro de janeiro de 63, vocês eh os os escravizados da eh estão livres, né? escravizado, dos seus estados estão livres. Então vai ser um é um passo importante, né, pro fim da escravidão, mas eh não é exatamente o fim da escravidão, né, um momento decisivo ali e que também dá esse esse passo pra entrada dos negros na guerra, né? Porque aí a partir desse momento eh eh começa a se avançar pra entrada dos dos negros na guerra. E aí você tem aí fica claro, né, esse esse processo que a gente falou de que a guerra eh tem a escravidão como um dos seus motes, né? e fica vai evidenciando isso. E aí então a partir de 63 a guerra já vai se decidindo e tendo esse esse caminho aí pro tanto para para terminar a escravidão no Sul, né? Porque conforme também nesse momento, conforme os exércitos do norte avançavam no sul eh os escravizados já iam se libertando e também começaram a se engajar, né? Vão começar a ser formadas as eh US Color Troops, né? As as tropas negras, né? De de homens de cor. eh, nesse momento. E aí vai começar também a ter esse essa entrada dos dos negros no exército, inclusive dos dos negros do Sul se organizando em em tropas, né? E vão ser um um uma força muito importante aí nessa nessa ocupação do sul que vai começar em 63 e vai até o final da guerra e até depois, né? O cupação militar do norte, né, no sul. E então é um passo também importante aí esse essa emancipation proclamation, né? Não é abolição, né? A bolição vai vir depois da guerra, né? Com a com a 13ª emenda da Constituição, mas é um momento muito importante aí pro pro desenrolar do do conflito. E aí vê como o sul tá na situação difícil. Foram 23.000 baixas em antitem. Os caras perderam em Garburg. A a moral dos caras começou a baixar o assim várias outras batalhas grandes, Chicanalga, a batalha de Shilo foi muito grande, Vixberg foi muito grande, então a moral começa a baixar, a economia do Sul começa a penar muito. Então as a proclamation, outros países do mundo não vão mais reconhecer agora o nosso estado por causa disso aí. Então chega um momento em que eles se agarram na única esperança que eles têm, que é a chegada do ano de 1964, porque era um ano eleitoral. Nesse ano, Lincoln ia enfrentar uma eleição. Fazia muitos anos que um presidente não era reeleito nos Estados Unidos. Então, vai que ele não é reeleito e o cara que é eleito decide encerrar essa guerra de uma vez e reconhece o nosso país. Então, o Sul ainda assim tinha esperanças de ganhar a guerra à sua maneira. E o Lincoln não era exatamente popular. O Lincoln, assim que ele chegou no à presidência, ele foi considerado até um cara autoritário para alguns críticos. Teve um jornalista que escreveu uma matéria deatória, Lincol prender o cara. Então teve alguns deputados que, pô, defenderam ali a secção e tal. Prendo cara também foi considerado um cara autoritário no primeiro momento e chega a o período da reeleição, o candidato que o cara vai enfrentar é o McLillan, é o general que ele botou no comando do da tropa do Potomac e demitiu o cara depois. Então pensou, pô, vai que o McLan ganha. O Sul não ia participar dessa eleição, claro, mas havia essa possibilidade do Lincoln de fato perder. se liberou que os soldados votassem nessa eleição e o Lincoln tem uma vitória a cachapante, assim, os soldados vão votar no cara e até um momento meio meio tocante porque o Lincoln também não vem de bons momentos. O filho dele mais novo morreu durante a guerra de febre Freud. Então, pô, todo o estresse que o cara enfrentava, ele emagreceu muito no período. Então, ele ter ganho essa eleição deu um ânimo de que, pô, a guerra vai ser vencida. Uliss Grant foi colocado no comando. E aí que o general Sherman, que aquele que a gente viu a foto ali, ele coloca em prática um pensamento que ele já defende antes de que, ó, que a base do exército confederado é a população civil. O que mantém a população de pé, o que mantém o exército de pé é a população. Nós vamos ter que atacar a população e assim a gente vai ganhar a guerra. Plana Anaconda já tinha bloqueado os cara, o rio Mississippi já tava controlado, mas o exército não caía. O Sherman então começa a conquista da cidade de Atlanta. Atlanta era uma das principais cidades do dos confederados, fica no estado da Geórgia. E no caminho até a Atlanta é queimar a plantação, é libertar escravizários, é destruir fazendas. Então é um é um estrago generalizado que é feito em várias cidades do sul dos Estados Unidos para de fato punir a população para que se perdesse o apoio do exército confederado. E a captura de Atlanta é uma coisa que dá uma grande moral e que ajuda o Lincoln a ser reeleito. E quando o Atlanta é conquistado, o Sherman não para. Ele continua o seu avanço até o litoral, até savana e continua nesse processo de ele corta sua linha de abastecimento, ele assim: “Não, a gente vai viver das fazenda que tem que nós vamos saquear tudo.” Então começa um grande processo de violência no Sul nas mãos do general Sherman e muitas vitórias do dos soldados da União começa a vir nesse momento e o sul mais desmoralizado. Começa desde o início da guerra já se tinha crianças que que atuavam na guerra também. do mais jovem soldado a ser ferido na guerra civil tinha 12 anos de idade. Mas chega o momento que se vê que o que que os caras que vão ser atacados por uma tropa ali eram joguri de 15, 17 anos. Então começa um grande momento de violência na guerra civil a partir da nos últimos anos dela, onde se viu que o sul não tinha mais chance de vitória. Era questão de tempo até que a derrota chegasse. E nesse avanço vai acontecer também uma coisa muito interessante que eles vão começar a eh o Sherman, especialmente no finalzinho, ele vai começar a distribuir terra para os negros. vai começar aquela causa dos e 40 acresem e uma mula, né, que é inclusive o nome da da produtora do Spike Lee, né, Forkers and Mul, que é a causa do dos negros no pós no pós abolição ali, né, a ideia de que você não quer só a liberdade, você quer também um pedacinho de terra e e é muito pouco, né, 40 acres ali e uma mula e vai vir a as ordenanças ali do do Sherman de distribuir a terra, de fazer uma reforma agrária, né? Por isso que tem um historiador que vai chamar esse momento, né, que vai, ele diz que ali já se inicia o processo de reconstrução, vai falar que esse é o momento de uma revolução não terminada nos Estados Unidos, que não só eh encerra escravidão, mas começa a projetar e pensar num outro sistema econômico, numa outra eh na na cidadania dos dos homens negros. Então tem um um início de um processo ali que depois vai ser encerrado, né, depois com a presidência do Andrew Johnson, ele vai acabar assim com esse com esse processo, mas que eh já tem um também esse princípio ali de distribuição de terras que é também era olha, a gente quer acabar de vez com isso aqui, não é só queimar e tudo mais, a gente vai inclusive dar empoderar, né, tanto nas tropas como na política, como na das terras justamente as vítimas do sistema escravista, né? E e o momento pós ali, eh, guerra civil vai ser um momento muito eh, n, hoje em dia a gente pensa muito maluco, porque vai ter eleição de deputado negro, vai ter eleição de governador negro, coisa que só vai voltar a acontecer nos Estados Unidos em 1989, que vai voltar a ter um governador negro. E teve um teve governador negro na Luziana em na em 1868, 70, teve governadores negros. Então, é é um momento de de eh de destruição, mas de destruição também daquela sociedade e um projeto que nunca se realizou de uma outra sociedade, né, de empoderar realmente os os homens negros, os exes escravizados, homens livres ali, né? E e uma das coisas que vai acontecer também, que é que é muito interessante aí nesse processo aí já caminhando já pro fim da guerra, é que e essa escravidão do início do século XIX, ela teve uma característica também que como ela era uma questão interna dos Estados Unidos, muitos escravizados do do deep south nissip, Alabama, eles vinham da da Virgínia, da eh da Carolina do Sul, Carolina do Norte. Então esse processo separou muitas famílias e no fim da guerra vai ter o escritório, né, o escritório dos dos libertos, né, o Freedman’s Bureau que vai juntar essas famílias também, né, então que vai eh buscar os familiares, os escravizados. Então vai ter um vai ter um um é um momento muito importante assim de de tentativa de superar aquilo, né? Então se no início da da guerra civil sequer se se pensava na abolição, no final da guerra já começa a pensar inclusive numa outra sociedade, né, mais mais igualitária, como com maiores direitos para homens negros. essa sociedade nunca vai, como a gente sabe, né, vai para um outro caminho depois. Mas é interessante pensar que esse momento é é e tem essa destruição, mas também tem essa tentativa de construir uma outra sociedade no sul dos Estados Unidos, né, com a a força e a com a força militar, ocupação militar ali do do exército do norte. Mas é é bem curioso e interessante pensar que tem um como a história não é linear também, né? A gente pensa a a evolução dos direitos, não teve um momento que foi teve mais direito pros negros e depois diminuiu, porque vai vir aqui pro teve um retrocesso brutal depois, né? Na década de 1870, 80 vai ter um retrocesso gigantesco, né? vai ter as leis de segregação, os negros vão ser impedidos de votar e tudo, mas teve um momento que eles foram votar, eh, sentaram na cadeira, foram senadores dos Estados Unidos, eh tiveram direito ali na nesse momento, porque se junta ali tem uma coalizão dos dos republicanos radicais que que apoia, né, que olha, eh, realmente tem que, eh, extirpar a escravidão, tem que estirpar os solistas e a gente tem que reformar muito fortemente isso. Claro que tinha um interesse econômico também, né, do norte, né? Então vamos lá investir, vamos colocar nosso dinheiro, vamos vamos reconstruir o Sul de outra forma, aproveitando também esse momento para enriquecer, né? Eh, mas vai ser um é um momento muito interessante, né? Não não perseverou, né, na história, mas é interessante como isso ocorreu ali na como a guerra civil teve esse caminho de uma uma transformação muito grande mesmo dos Estados Unidos. É, o primeiro senador negro dos Estados Unidos sentou na cadeira do Jefferson Davis, que era o senador do Mississippi, que foi o presidente dos Estados Confederados. Então, teve um grande momento assim em que se viu a população negra ocupando espaços políticos, mas com o tempo isso começou a ser perdido e o retrocesso voltou. Com o fim da guerra teve o início período de reconstrução, como é chamado no Sul. As tropas da União ocuparam os estados do Sul com a ideia de conter rebeliões e uma série de leis que visava integrar a população negra na na política dos Estados Unidos foi colocada. Só não teve andamento nisso aí. Então a gente viu a o estabelecimento das leis de Jean Crow, que eram leis que diziam, ó, iguais, mas separados. Então vai ter um ônibus e n os negros vão poder entrar, mas eles vão sentar lá no fundo e conforme os brancos vão sentando, acabou os passos negro, eles vão ter que ficar de pé. Então essas leis começaram a ser estabelecidas em vários desses estados, Mississippi, Alabama e essas leis só foram acabar com os movimentos civis nos anos 60. Nossa. Então historicamente é ontem, assim, elas vigoraram por muito tempo. Então é uma foi uma questão muito muito sensível. É assim que o exército do norte sai, né? Ele sai em 1877, então mas fica um tempo, né? A guerra termina em 65, fica até 77, né? Então fica ali um pouco mais de 10 anos, o exército fica no Sul, né? O mesmo militarmente essa região. Mas em 77 você tem uma eleição muito polêmica, em 1876 nos Estados Unidos. E aí com essa eleição, eh, se negocia a retirada do exército e realmente o o fim desse processo de reconstrução. E aí, com o fim desse processo, eh, vai ter a reação dos brancos do Sul, né? E, e o partido Democrata se reconstrói ali e vai eh massacrando aí os perseguindo mesmo. E aí vai surgir a Cucus Clan, vai surgir todas as milícias brancas ali que vão eh eh excluindo completamente esses avanços aí dos negros nos direitos dos negros no sul dos Estados Unidos. E aí vem esse período da Jan Crow e tudo mais que vai levar, né, a toda essa história de segregação e e tudo mais que vai mais paraa frente. E aí a partir disso também a gente pode pensar eh isso é importante porque o muitos negros vão começar a emigrar pro norte dos Estados Unidos, né? Vai formar formar todas as comunidades negras do norte dos Estados Unidos que são tão importantes, né? No Harlem, Chicago, eh, Detroit, que vão trabalhar nas indústrias, elas também são fugitivos, né? Vão fundar o o, né? O Blues, né? que saem do Mississippio, indo para para Chicago e tudo mais, eh, são formadas aí nesse processo de de fuga aí desse desse processo do pós eh pós-guerra civil. Mas é realmente tem esse esse retrocesso gigantesco aí com a com a Jan Crow, que é que é brutal e a realmente só se encerra na no nos anos 60 ali depois da luta dos direitos civis, o mar do Ten King e tal, aí que que esse processo eh os negros voltam a ter direitos políticos, voltam a ter direito a voto no Sul. Ainda assim tem vários mecanismos que até hoje se usa para para minimizar, né, a participação. Você sente lá nos Estados Unidos uma uma certa atenção até hoje, né? Sim, com certeza. Atenção racial, quando o Donald Trump foi eleito na primeira vez, teve vários protestos assim que era uma questão racial e gente com bandeira confederada no ombro. Ah, é? Que que essa galera defende, [ __ ] Ó lá, ó. O que que é isso? Jean Crow era tinha música muito popular da época que era Jump Jing Crow, que é, tem uma, tem uma imagem famosa, vê se acha aí do Crow quando você dá uma busca aparece aqui, que era um ator branco com black face, fazendo uma dança muito eh estereotipada assim do que seriam as pessoas negras da época assim. Então, ah, é por isso se tornou, essas leis de segregação foram chamadas de leis Jean Crow por conta desse nome popular que esse que essa música já tinha da época para caracterizar os negros dentro desse estereótipo. Isso alimentava uma ideia inclusive de que os negros eram felizes durante a escravidão. Pô, estão malucos. O norte veio para cá invadir o sul. Uma questão assim perguntar para um sulista, por que que tá lutando essa guerra? essa essa imagem, por que ela tão famosa? O que que é? Era uma música muito popular, que era um ator com black face uma dança muito estereotipada e que a música se popularizou. E aí se tem, ah, olha só, população negra, isso aí que que dançava no milhara enquanto colhia, colhia o milho, colhia o algodão, felizes, alegres. Isso é muito alimentado num filme chamado O Nascimento de uma Nação. É um filme do David Walk Griffith esse cara como cineasta foi um dos principais na história do mundo. Esse cara teve inovações assim, ó, cinematográficas inacreditáveis por período. Só que a ideologia do cara era uma ideologia de que o Sul tinha razão. Se perguntasse para um sulista, por que tá lutando na guerra? Porque o norte nos invadiu? E aí se defendia nesse filme de que os grandes heróis do sul era cook clan, de que de que o norte invadiu, de que todo mundo aqui era feliz, o nosso estilo de vida era esse. No filme tem pessoas, esse esse é do é do filme, é cena do filme, aonde mostrava, por exemplo, um ator branco com black facequestrando uma um ator branco com black faceando um homem negro. Ele sequestra uma moça branca e quem vai salvar elas são os nobres cavaleiros da Clux Clan. A clã no momento ela não utilizava ainda a queima de cruzes até então. Esse filme fez, a clã passou a fazer. Esse filme ajudou a popularizar de novo. Esse filme ajudou a popularizar de novo a Cuca Clã. Então ele tem uma grande responsabilidade nessa ideia racista que o seu diretor incutiu de que tentar reconstruir os motivos do Sul, de como era o estilo de vida do Sul nesse período pós reconstrução. Então a reconstrução tentou inserir a população negra na política. Isso foi eh podado depois de um período e através do do passar o tempo na década de 1910, 20, 30, isso foi sendo cada vez mais alimentado de população negra tinha que ser separada, principalmente no Sul. Esse filme na Sunda nação reforça muito isso. É um filme de 3 horas inclusive mudo. Não tem falas no filme ainda. É um pianinho. Então, mas é 1911, né, por ali, cara. Acho que é 1915 esse filme por ali. Vê que que data que é. Tem uma cena famosa do no do eh Todo mundo odeia o Cris que o Caruzo lá entrega um vai dar um presente pro Crris tem um presente para você e ele dá esse filme pro Cris, né? Talvez pessoas 1915 15, né? Então é um filme cinematograficamente ele revolucionou o cinema, mas a ideologia desse filme é uma coisa horrorosa. Tanto que ele foi muito criticado na época. na época, na época já foi. E aí o diretor como resposta fez um outro filme chamado Intolerância, dizendo que estão sendo intolerante com o filme dele. A galera aqui não não entendeu o que eu quis dizer. Dobrou aposta. Dobrou a aposta. A clã foi fundada por um general confederado que é o Nathan Bedford Forest, que também é o o cara que foi homenageado na pior estátua já feita. Se tu procurar aí a estátua do Nathan Bedford Forest, é a pior pior mais feia. Eu acho que o cara que fez era inimigo assim, não não gostava muito do cara. Então o nascimento da clã também tem muito a ver com a ideia da derrota dos confederados, de que não, a gente foi derrotado, OK? Nasce de um ressentimento. Um ressentimento. Isso se chama eh nos Estados Unidos ele chama de lost cause, né? A causa perdida. Essa ideia de de enaltecer o sul dos Estados Unidos, enaltecer a confederação como esse lugar idílico, que as pessoas eram livres, que era tudo bonito, que era pacífico, né? Não tinha desigualdade de classe, as pessoas viviam bem, né? Nas fazendas. Tem o filme, o também o O Vento Levon, né, que traz a ideia do Sul, é bem bem idílico assim e e tem tudo uma linha que vai até os anos 80 assim de de produção, eh, de história, de cinema, eh, que vai nessa linha aí do da Los C. Isso é, mas tem foto que pega a cara do cara, o que é o engraçado é a cara dele assim, que é uma cara muito ridícula. O Forest Gump tem esse nome em homenagem a esse cara. Por quê? O Forest Gump é em homenagem a Nathan Bedford Forest. Forrest. É, é homenagem a esses cara aí. Claro que o filme é uma ficção e tudo mais, mas ele é um cara do Alabama, né, o Forest Gump. Então, por ser do Sul, tem-se essa cultura de às vezes enaltecer esses heróis. A partir do fim da Segunda Guerra Mundial, os veteranos da guerra civil, sulistas começaram a morrer. Então, se começou, não, a gente tem que perpetuar a imagem desses caras. E se começou o quê? Construir estátua do general Lidon também de Volpô, esses de vários outros generais para enaltecer de que a causa do sul era uma causa justa. A gente não tava lutando por escravidão, tava lutando pelos nossos direitos, pela nossa cultura, o que hoje não é respeitado por nenhum historiador e só por maluco. E o general Lee e como que é a visão dele hoje? Então, o general Lee ainda é muito respeitosa. Teve um evento nos Estados Unidos em que queriam remover uma estátua dele e gerou um grande tumulto racial. Eu não lembro onde é que foi, mas um dos grandes tumultos recentes que aconteceu nos Estados Unidos foi por conta de uma estatua. Agora eu entendo o que você falou. Olha ali, cara. Meu Deus do céu, olha isso, cara. Não, cara. Ô, não. Sem contar que quebrou todo o corpo aí dessa virada de pescoço. Não é meu homem de lata. É. Não, vamos fazer diferente. Vamos. Não, não, com certeza o cara fez de propósito. Vamos fazer uma escultura depois dele cheirar uma carreira de pó. Vamos botar ali o general. O general ali ele se rendeu ele continua a luta dele. Richmond ela foi invadida em determinado momento, então a não conseguiu se manter. Depois que o Sherman conquista Atlanta, o Sherman vai até savdo mais, muitas vitórias com eh do da União vão vão vindo. Sul não tem mais praticamente nenhuma vitória em 65. Guerra começa em 61, em 65 quando ela termina. S não tem mais nenhuma vitória. Então a derrota, cara, era questão de tempo. Esse em soldados surrados que não tinham refeições direito mais. Stone Wall Jackson já tinha morrido Stone Wall Jackson ele uma noite tava chegando de cavalo sozinho e os soldados dele mesmo não sabiam quem era, deram um tiro no braço, mataram o cara. Então foram uma série de derrotas que o Sul foi tendo e mora o general Lívio e pô a gente não vai conseguir manter o Richmond fugiu. Ahã o Jefferson Davis, o presidente dos confederados, fugiu da cidade também. E os caras atiaram fogo em Richmond. Quando os soldados dan chegam, tá um incêndio generalizado na cidade cidade praticamente destruída. Eh, trabalho de contenção de danos, apagar o fogo. Jefferson Davis chegou a ser preso depois. Ah, criaram uma história que ele foi preso usando roupas de mulher para tentar tirar sarro do cara e tudo mais, não é verdade, mas ele foi preso e o general seguiu com os homens que ele tinha tentando ainda, pô, vamos tentar unir forças em algum lugar e tudo mais pra gente descer dar a volta por cima. Só que o general Grant tinha homens, então toda batalha que acontecia, mesmo que, pô, empatou, morreu mesmo quando de gente, o Grant tinha mais gente para botar e seguir em frente. E chega uma hora que o general Lee cansa e aí ele manda uma carta, ó, vai, vai lá, entrega lá pro Grant e diz que eu quero sentar com ele e negociar a rendição. O Grant era conhecido por gostar de tomar um mosquizinho. Ele era conhecido por gostar de tomar uma água que passarem não bebe. E disse que quando ele recebeu a carta, o cara tava com uma ressaca brabíssima assim, pô. Fala, Raldo, o que que tu quer? Não, a carta aqui do Grant. Não, não, eu vejo depois. Não, vê agora. Ele abriu, leu, melhorou na hora. Botou a melhor roupa que ele tinha e foi se encontrar. Eles tinham que ter uma casa para sentar e reunir. E assim, ó, na região da Virgínia, praticamente não tinha mais casa em algum estado. Foi em Apomatox. E lá encontraram uma casa legal, bateram na porta. Ô, quem que é o dono da casa? Era Wilmer Mcin. Era aquele cara que na primeira grande batalha da guerra tinha tido a cozinha explodío por uma granada e fugiu. Nossa, esse cara tem uma boato aí que diz que o cara depois falou: “Não, a guerra começou no meu jardim, terminou no meu quintal”. A casa desse cara. foram lá e aí falam: “Ó, o general Lee quer se encontrar com o general Grant, o senhor cede aqui a sua casa para que ele se encontre aqui.” Se for para acabar com a guerra, eu cedo, se encontraram e assim o Grant abatido, abatido, chateadíssimo. E aí não queria perder tempo. Diz que o Grant quando chegou não queria ir direto ao assunto também, mas o Lee o Grant não queria ir direto ao assunto porque o Grant, pô, ganhei a guerra. E e era e o Lee era um general respeitadíssimo. O Grant inclusive inclusive no pro no com Sim muito porque pô é o cara que deu um trabalho do [ __ ] pra teve batalhas em que ele tinha a metade dos homens do McLillan e ele ganhou. Então assim ó, [ __ ] tu tem 60.000 contra 120 e tu ganhar tu tem que ser muito bravo. Tem que ser muito bravo. E ele era com também um cara honesto. Então tinha toda uma aura em torno do general ali da época. Claro. O Grant depois falou que esse foi o general que escolheu lutar. por uma das causas mais horrorosas pela qual o exército já lutou. Então tem, não podemos esquecer disso aí, quando se fala do general Li, mas era respeitado. E aí quando eles assinam, tem conta um monte de história a respeito da assinata, diz que o escrivão nem conseguia assinar de tão choroso que tá. Outra pessoa teve que assinar a carta, mas ali se renderam. Ah, permitiu-se, não. Então, o seu volta com o seu cavalo, fica com a sua espada, tudo certo, em forma de pacificação. Então, assinaram ali o acordo, muito respeitado. O Lee era muito conhecido. O Grant falou: “Pô, a gente atuou junto na guerra mexicana-americana”. L nem lembrava. O Le pediu desculpa por ele tá com uma um uniforme meio surrado tudo. Quando Lee volta pros seus homens, os homens do Grant começam a celebrar. Eu quero tá celebrando o quê, cara? Olha quanto americano morreu aqui, pô. Um general desse aí ficou, o Grant ficou triste por um general daquele calibre, conforme ele considerava ter se rendido naquela situação. Então Lee volta e avisa: “Gente, acabou, volte para suas casas, não tem mais.” Chega um momento assim que o Li, ele conversa com o soldado dele e tal, pô, estamos lutando pelo nosso país. E aí, que país, general? Que país? Tu é o nosso país. Aí o cara, meu Deus, não tem mais causa, não tem mais causa. Jorge sendo queimada, cidade tudo destruída, Richmond em ruínas, gente, Lincoln ganhou. Os caras tinham que tiveram que aceitar isso aí. Grant retorna e claro, não é todo mundo que aceita rendição na hora. Então isso foi em abril, não, isso foi em maio. Acho que a guerra só vai terminar de fato mesmo em junho. O último general a se render é um indígena xero no Texas, se eu não me engano. Então muitos indígenas são coptados para atuar do lado dos dois lados da guerra. Teve indígena que atuou lutado do lado, aceitou lutar do lado dos confederados e que aceitou do lado da União, dependendo do que era negociado. Então muita gente continua a guerra e se os combates foram acontecendo até que uma hora, acabou. O exército da União ocupa o a região sul. O Lincoln é de fato reverenciado como [ __ ] cara que conseguiu manter os Estados Unidos unido e é o grande vitorioso da guerra. Teve os seus haters, mas chega o momento em que ele é aclamado. Então ele pode não ter começado bem, não começou autoritário, impopular, mas ele foi ganhando com o passar do tempo respeito. O próprio general Sherman no começo da guerra disse: “Pô, esse não vai ser o presidente que vai levar a gente a vitória”. No final ele diz: “Pô, esse é um Lincoln é o cara assim, Lincoln é um dos caras mais dotados de bondade que eu já vi na minha vida”. Tem relatos escravizados que dizem que choravam a ver e tocar papai Abraham, que esse foi o cara que de fato nos deu a liberdade. E o Lincoln depois da guerra diz: “Pô, eu sou o homem mais cansado do mundo. Então, termina a guerra, vamos dar sequência no governo. Um dia ele vai ao teatro e aí enquanto se ouve as risadas da plateia, um cara aparece atrás dele e dá um tiro na nuca. primeiro presidente do Estados Unidos a ser assassinado. Esse cara era o John Wilks Bootth. Ele era simpatizante, um supremacista branco, um simpatizante dos confederados, que ele já tinha escrito que ele era covarde demais para atuar na guerra e que desprezava a própria existência. Conta uma história de que ele tinha ido numa cartomante muitos anos antes e que ela disse: “Você um dia vai morrer jovem, mas vai fazer história”. E aí que o cara pode ter eh o John Wilks Booth era um do era um ator conhecido da época inclusive. E aí tem toda a perseguição esse cara assim que ele atira no linco, ele pula no em cima do palco, machuca a perna. Não falam que ele quebrou a perna, falam que torceu, saiu fugido, levou alguns dias, capturaram o cara e ele é morto depois. Mas o Lincoln se torna, no fim da guerra também o primeiro presidente a a ser assassinado por um cara supremacista branco, declaradamente racista, mas cagão demais para lutar na guerra civil do lado dos confederados. E o o mundo como reagiu a tudo isso? É, foi um horror, né? Mas ao fim da da guerra, a morte do Lincoln, não foi? Foi um horror. Foi visto como de fato, [ __ ] mataram o presidente de um cara que lutou por uma causa justa. Mas que que vão fazer? Ó lá, uma representação. É, não, eu tenho muitas imagens assim de do assassinato do Lincoln e foi uma e não tinha segurança, não tinha, não era era uma época diferente. Era uma época esse assassinato aí que da origem ator também, como ele era ator, ele entrou no teatro sem, né? Ele ele é conhecido ali do teatro e tal, então ele foi, teve essa facilidade. Mas sobre o pós-guerra tem uma história curiosa assim, não sei se vocês, né, sabe, mas eh uma parte dos confederados eh eh emigrou, né, saiu dos Estados Unidos e imigrou. Ah, é? E para onde que eles foram? Tinha que para um lugar onde tinha escravidão. É, onde tinha escravidão no século X, no Brasil. Então, é sério. Então, lá em, por exemplo, foram para vários lugares, mas um que prosperou foi ali em Santa Bárbara do Oeste e a cidade do lado, né, que é fundada por eles, que é americana. Então, é para muitos confederados foram para lá para continuar, né, tendo tendo escravizados e ali tem uma uma comunidade confederada, inclusive até poucos anos atrás tinha uma festa confederada. Bárbara dove uma festa ali que fazia um churrasco, não sei que e tal, porque eles sustentam, tem um cemitério lá dos confederados que tem a bandeira confederada. Então essa bandeira como que é hoje em dia nos Estados Unidos? Ela é proibida? Pode ser? Não, proibida não. E assim como colocar a bandeira, deixa eu ver se eu lembro como todo mundo já viu. Já deve ter visto, já é bem bem conhecida. Mas assim, ó, tu vai levantar uma bandeira dessa, todo mundo vai olhar para ti e vai saber. Tu és um racista, tu tá defendendo. Tem, tem, tem não. Quem, quem diz que não tá errado. Tem. Mas tem cara que coloca na casa assim, tem ô tem amigo meu que ele trabalha volta e meia no Tennessee, ele trabalha com com obra e tudo mais, vai parar de vez em quando e já mandou foto que ele tá parado no trânsito do carro da frente no adesivo. Aqui, olha, a bandeira confederada. É vocês vão ver aí, todo mundo conhece a bandeira, parecem várias vezes de rock, assim, as pessoas usam, algumas pessoas usam um pouco inadvertidamente. Mas ela foi criada na época da guerra ou já existia essa bandeira antes? Era bandeira militar, inclusive, não era nem a bandeira do estado, né? Era bandeira militar. E assim, ó, por exemplo, eu gosto muito de rock, me chateia muito saber que os caras do Pantera tem uma guitarra com a bandeira confederada. E se tu vê por que que esses caras, por que que eles estão com a bandeira dessa aí, que que esses caras estão defendendo? [ __ ] cara, é muito triste ver muitos artistas assim ainda usam essa causa confederada. Como não, gente, isso aí é a gente só tava defendendo o nosso direito de não participar da união. Por que a gente não queria participar da união? Não, porque a gente queria escrav escravidão. Putz, ainda é isso aí. Então, quem levanta a bandeira confederada não tá levantando liberdade de expressão, não tá levantando direito dos meus estados, tá levantando a bandeira do racismo. É essa bandeira que tá levantando. Ó lá. Ainda é bem comum, cara. Ainda é bem comum. No no sul ela é muito comum. Tem muit tem muita em alguns lugares eles tiraram símbolos confederados, status, depois voltaram, né? Tem até uma história, acho que na na Virgínia mesmo, de uma escola que chamava Stonewell Jackson, que tiraram o nome do Stonewell Jackson e depois votaram lá e o condado votou, tava teve tem até um discurso de uma menina negra falando: “Não, por favor, não coloque o nome da minha escola como Stonel Jackson”. E mesmo assim foi votarem, votaram. Então tem essa eh ainda tem um certo culto assim essas figuras da confederação. É, o general L assim que a guerra termina ele uma marca pede para ele general a gente quer fazer uma propaganda aqui só dizer que tu gosta do nosso produto. E ele se recusa. Ele diz: “Não, não, eu só vou me recusa a ganhar dinheiro por um serviço que eu não prestei”. Então, p só como os caras eram honesto. Os sulistas são assim, são honestos, eles são pelas coisas certas. Então, algumas atitudes nobres que o general lhe teve foram dados como uma nobreza da da do do povo do Sul, sabe? Como se o general Li, não, o Sul tinha os maiores estrategistas, os melhores guerreiros. A gente perdeu por quê? Porque nós tínhamos menos pessoas, porque fomos traídos, porque não ganhamos o apoio. Esse discurso ele ainda existe. Ele ainda é latente. Aquele evento do Capitólio tinha um pessoal, tinha tinha tinha caramba. Tinha bastante bandeira confederada. Que que é isso daí? É, é, Homer, sua imagem aí é mais uma bandeira dos confederados, né? E tem bastante imagem de pessoas fazendo manifestação com a bandeira dos dos. Eu acho que essa aí é da invasão do Capitólio, né? Parece ser, parece ser. Eu não consegui reconhecer quem é aquele cara que tá lá no fundo. Eu não sei se em outro momento seria tão fácil também entrar com a bandeira dos confederados. Eu acho que não. Acho que não. Acho que não. Apesar de não ser proibido também não pode. Eu acho. Não ia dar. Eu acho. Não ia dar muito certo. E aí o que que é? Também é uma ideia de pacificação. Então, pô, o generais confederados, vocês serão aceites de novo na União. Então, há uma questão de a gente vai, vamos esquecer que tudo isso aí aconteceu. Muitos políticos do Sul te apoiavam, os estados confederados. Existia geral. Não di que geral, porque por exemplo, Davis foi preso, passou um tempo preso, mas a ao para vários líderes do movimento dos Estados Confederados, os caras foram novamente admitidos na política americana, tá? Então houve uma questão de não, a gente vai pacificar aqui o país. Então o general Lei, por exemplo, não teve nenhuma punição contra o general Li, foi principal. Quanta gente morreu em ações do cara enquanto ele defendia o exército queava por escravidão? Nada aconteceu com ele. Viveu normalmente, normalmente ele trabalhou depois como reitor da Washington College, se eu não me engano. Então não teve nada. E o cara é referenciado até hoje como um grande líder militar, sabe? É porque o partido republicano também ele teve ele teve uma fase muito radical ali na guerra civil e depois ele vai também se se transformando. Na verdade sempre foi um partido de uma coalizão, né? Mas ele vai deixando de ser esse partido mais radical, anti escravista, eh, pelo direito dos negros e vai se tornando cada vez mais o partido do big business, né? dos grandes negócios, dos empresários e vai eh abandonando, né, deixando de lado essa essa essa causa aí, né? Então isso vai também deixando muito espaço aberto para pra volta para essa ideia de apaziguamento da da memória, da guerra e tudo mais. Então sem essa transformação também. E acho que é até interessante explicar, né, que eh às vezes as pessoas colocam: “Ah, na época quem defendia o a quem era a favor da escravidão era os democratas”. Então era esquerda, não, né? a gente tem essa eram completamente diferentes os partidos são os mesmos historicamente, mas eram tinham ideias e princípios muito diferentes, né? E o Partido Democrata, por exemplo, os negros votavam no partido republicano, né? Até a época do do Roosevell, né? até os anos 30, quando tem o o o Rosville, eles começam a passar a votar nos democratas e assim como os os brancos solulistas, o a base do partido deles era os democratas e eles vão passar pros republicanos depois da da época dos direitos civis, quando o Lindon Johnson, que era um presidente democrata, assina lei dos direitos civis, começa a ter uma debandada, né, do do Partido Democrata, do solista do Partido Democrata para o partido republicano. E aí vai vir uma nova fase partido republicano, né, mais conservadora ali, eh, ainda mais conservadora, né, a partir dos anos eh 70, tal, com com Nixon, depois com com Reagan e e até hoje, né, com teve uma grande transformação no partido republicano, no Partido Democrata. Então tem gente que usa de maneira muito na maldade assim, de dizer, não, o partido republicano é o partido que defende a a população negra, porque fomos foi o partido republicano que aboliu a escravidão, gente. Era um contexto completamente diferente. Conforme os republicanos do norte foram ganhando muita grana, os caras forçam grandes empresários gente dos defensores dos grandes negócios, como o nosso amigo Kek falou. Mas quando chega a década de 1930 e há os reflexos da crise, o Frank delano Roosevelt, democrata, ele coloca o Neil Deal em ação. E o partido republicano, esses esses grandes homens dos negócios defendem que, pô, uma grande atuação do Estado assim não é negócio, se torna então o partido que defende a diminuição do Estado. E quando Lindon Johnson, que é democrata também, assim na questão dos direitos civis, se viu essa grande debandada. A questão de as questões raciais nos partidos políticos não era tanto uma questão eh política de partido político, era mais uma questão local, porque tanto republicanos e democratas eram contrários à segregação no norte e tanto republicanos e democratas eram favoráveis à segregação no sul. É só depois do direito civismo que isso aí vai acabar mudando. Olha o Franklin Roosevelt. Esse é o cara do New Deal, que é o cara que tenta reconstruir com muitas ações do próprio estado dos Estados Unidos. Então, vão abrir estradas, vamos colocar energia elétrica em vários lugares aqui para colocar os trabalhadores para trabalhar. Eles vão ter um emprego trabalhando para o estado americano. E muitos homens de negócio se colocaram contrários a isso aí, porque se eles trabalham pro estado, não trabalham pros negócios. Então se torna partido republicano um partido com que defende a diminuição do estado. Então há uma grande transformação nos dois partidos no decorrer de um século. Entre 1860 e 1960. Os dois partidos vão mudando bastante, vai mudando bastante coisa. Mas a questão local ela era mais latente, aonde no norte ambos os partidos eram contrários a segregação e no ambos os partidos eram favoráveis. Um exemplo curioso citando todo mundo Chris, tem o episódio em que tem a eleição do Grêmio Estudantil. Sei. E aí Cris defendia suco de uva hoje, suco de uva amanhã, suco de uva sempre. Isso é uma paródia a um discurso do George Wallace, que era um candidato ao governo do Alabama, que ele dizia: “Segregação hoje, segregação amanhã, segregação.” Qual que é a tua pauta? Segregação? Nossa, a pauta do cara era separação entre pessoas negras e brancas. E é isso aí. E é o um dos jogadores que mais governou o estado na história do estado. Jorge Wal ficou muito tempo, foi quase queado presidencial, não foi porque tomou um tiro, tomou um tiro, ficou paraplégico e a carreira política deu uma estagnada nesse momento. Mas assim, ó, o cara era muito popular pela defesa da segregação. Então, no Sul isso continua existindo. É o um dessa história que acho que eu poderia acrescentar assim foi uma ba exposição super completa, né? Aprendi para caramba com vocês. Eh, acho que o que daria para complementar um pouco do que eu conheço é da do pós-guerra civil e mesmo um pouco antes da guerra civil, as diferenças entre ser contra a escravidão, que é uma coisa, e a parte de ser a favor da igualdade, que aí é uma entre brancos e negros, que é uma outra coisa, né? Então o Lincoln, ele teve muita dificuldade de conseguir formar uma coalizão grande contra a escravidão. Isso já foi difícil para caramba de mobilizar as pessoas e e convencer, né, e todos os setores diferentes, convencer ao ponto de se engajar numa guerra. E para fazer essa coalizão, ele teve que falar com pessoas que não eram exatamente a favor da igualdade. Eram pessoas que eram contra a escravidão, mas até aí você é contra a tortura sistemática de uma outra pessoa, mas você pode ser contra a escravidão e ainda assim ter visões, digamos, não muito bonitas, né? visões, não de igualdade dessa relação. E e is esse traço eu acho que é muito pouco representado nos filmes, nos filmes americanos ou nos filmes que a gente tem mais acesso sobre isso, porque é uma parte não muito eh agradável da história, mas que explica um pouco como que pode, que é estranho, né? um país que faz uma guerra civil com a motivação da escravidão no centro e acabar com a escravidão no centro e as pessoas morrem por isso. É uma é a maior guerra que o país já passou e ao mesmo tempo os negros só vão ter direito a voto. 1960 e tem toda uma uma luta para conseguir ter essa igualdade de direitos, né? Como que você concilia essas duas coisas? E aí tem os elementos de um pouco de continuidade nesse processo. Então, por exemplo, na mesmo antes da guerra civil, você tinha pessoas no norte, nos Estados Unidos, que eram contra a escravidão por motivos segregacionistas e contrários à igualdade. Então, por exemplo, parte da população branca dos Estados Unidos que ia pro oeste, eles falam: “Cara, se for permitida a escravidão aqui, eu vou ter concorrência, o meu salário vai ser mais baixo, né?” E aí ele não queria que tivesse escravidão lá porque ia jogar para baixo o salário dos brancos. Eh, tinha outras pessoas que achavam que não queriam ser vizinhos ou morar perto ou dividir espaço com a população negra. E aí eram contra a escravidão, porque se permitir a escravidão lá, ela vai ter que conviver com as pessoas. Então tinha essas pessoas lá também. Eh, tinha gente que era contra a escravidão porque defendia que os negros tinham que ser eh deportados de volta ou para algum país da África ou para algum outro país. E na época da guerra civil, o Lincoln, essas pessoas existiam, essas pessoas tinham associações, essas pessoas pressionavam e o Lincoln tinha que de alguma forma falar: “Olha, eh, eu não concordo com essas pessoas, mas elas são contra a escravidão. Eu tenho que de alguma forma dar um jeito de pôr todo mundo na mesma causa contra a escravidão.” Eh, o Lincol chegou a ser defensor do da da abolição colonialista, né? Dessa abolição que você manda os negros para fora. Ex. Exato. Essa ideia de você pensar que negros e brancos vão viver juntos, uma sociedade multiracial, multiétnica, não era uma questão do século X. El aceitar e na verdade ela começa ser imaginada na prática, na força nessa época. Nessa época. É, é ali que começa a se pensar, olha, acabou a escravidão, o que que a gente faz? Vai mandar todo mundo embora? Vai ficar, vive separado, vive junto? O que que a gente vai fazer? Que que país vai ser esse? Ali que começa a se pensar em alguma coisa e se imaginar um país diferente e aí vai pr pra segregação, por um lado, né? No norte vai também para um racismo muito forte também, uma segregação informal, né? Na verdade, exista, mas ela tá lá também. E o o essa visão do Lincoln, por exemplo, de olha, tem que colocar as pessoas em outro país, era a posição da maioria antes da guerra civil. E durante a guerra civil eles tentam fazer isso, eles mandam 400 e poucas pessoas, né? O Lincoln, inclusive com financiamento público, manda 400 e poucas pessoas pro Haiti, né, no tentativa dessas de recolonizar ou enfim, de repatriar essas pessoas para algum outro lugar. Só que dá tudo errado porque eram pessoas muito pobres, sem recurso nenhum. Eles colocaram dinheiro só para mandar elas para lá e depois que chegasse você que se vira. Então, deu tudo errado. Então, os experimentos que eles tentaram com essas com outras medidas não deram certo. Eh, e durante a guerra civil, algo foi muito transformador nos Estados Unidos e talvez por isso tenha tido esse movimento de, olha, parece que as coisas aceleraram no sentido da igualdade, de repente voltar. Foi a própria experiência da guerra. Porque como os negros lutaram na guerra, cara, você imagina, você acha que uma pessoa, pro pensamento da época, você tá com uma crença, você alguns deles nunca tinham visto uma pessoa negra, você tá com uma crença X de que por algum motivo não é igual e de repente você tá dividindo uma tenda e lutando no campo de batalha com uma pessoa negra do seu lado e os dois se defendendo e lutando, etc. Essas pessoas se conheceram e elas passaram a o os soldados que participaram da da guerra civil, né? Eles viraram dos maiores defensores da causa, abolicionistas e muito insistentes. Falaram: “Cara, a gente foi paraa guerra, eles lutaram do meu lado, cara, tem que ter igualdade.” Eh, só que no Sul não. Aí depois que tem a acaba a guerra civil, imagina a situação no Sul, 9 milhões, 10 milhões de pessoas, quase metade população escravizada, exescravizada. Que que essas pessoas vão fazer? né? Que que vai acontecer agora? E e o as pessoas brancas do Sul seriam as pessoas que tinham recurso, porque até então as pessoas são serem escravizadas. Que recursos que elas vão ter para ter uma casa ou onde que elas vão morar? O que que elas vão fazer, né? O recurso tá todo mal na população branca. Então o que que acontecia? Eles não tinham emprego. Porque também as população branca de lá não tava acostumada a pagar salário, respeitar, né? para você ser trabalhador a serado, tem que ter um mínimo de respeito pela sua integridade, etc. Então, essas pessoas viraram desempregados e aí dentro dessas leis de incro tem as leis de segregação que gerou mais filmes, né, de separação na escola, separação no ônibus, enfim, de separação espacial, mas teve algo foi muito pesado na época, foram as leis, eles chamaram isso, é terrível, né? antivadag, antivadiagem, antivagabundagem, que era você criminalizar o desemprego. É. E aí essas pessoas não tinham onde se empregar e aí eles tornaram o desemprego crime. Aí basicamente mandaram essas pessoas paraa cadeia e passaram leis falando que você podia usar trabalho de pessoas que estão na cadeia semulação carcerária. A 13ª emenda que termina a bolha a escravidão, ela ao mesmo tempo eh a a escravidão tá abolida com uma exceção quando as pessoas estão presas. Exato. É. Então pode ter trabalho forçado para pessoas na prisão, né? Então esse por isso que também no depois da das leis de direitos civis, uma das causas vai importantes vai ser essa, né? Questão das prisões, né? Porque nas prisões pode ser usado trabalho forçado. Exatamente. E na época isso tinha uma escala enorme. Então não foi a aparência inicial foi de uma ruptura gigante, mas uma série de mecanismos informais e regrinhas mais sutis foram sendo desenvolvidas para meio que manter pelo menos não tudo, mas parte das coisas funcionando não tão diferente assim de como era antes. estados do oeste americano que eh adotaram a perspectiva do norte contra a a escravidão, eles chegaram a passar leis proibindo a entrada de pessoas negras no estado, né? Então não é que a o não é que agora o o a as a população negra é livre aqui, não. Ela até é só não pode entrar aí, cara. Detalhe é um detalhe, é um detalhe. Olha lá, é, são iguais, mas só não pode entrar, né? Então você fala, pô, é um negócio assim, tem essa história que que não é muito agradável, não aparece muito nos filmes, mas que por trás ali foi se arrastando isso. E era muito difícil você falar que, por exemplo, a isso incomodava para caramba. Os abolicionistas achavam absurdo essa questão da da das leis antivadiagem, antivagabundagem, né? O o o redesenho da escravidão usando essas leis. É, a gente vê um tem um tem um filme eh sobre a as mulheres eh que trabalhavam na NASA, né, que esté lembra que elas tinham que andar para caramba para usar outro banheiro que era para para ela, só que era não era perto do local onde ela trabalhava. Então isso também tem naquele filme Green Book, né, que o cara é um pianista, [ __ ] bom para caramba. Tá, teu banheiro é lá lá na rua lá e ele chama um um branco para dirigir para ele, não é isso? É, o filme tem suas imprecisões históricas assim, mas é mais tem algumas, mas é mais ou menos isso assim de que esse cara é do norte, então ele tá habituado a um padrão de vida e um relacionamento diferente lá. E quando ele vai pro sul, ele é um servo. Tu tá aqui para tocar nossa música e se tu quiser mijar, tu vai mijar lá na rua. E aí, pô, cara, verdade, é onde se vê um choque cultural que continua existindo entre o norte e sul depois da Guerra Civil. Isso nos anos, sei lá, 50, 60, então 1960, 100 anos depois da guerra. Então, esses 100 anos seguintes, 100 anos depois, cara, é bem é bem impressionante. Aí essa essa parte da história assim é é muito complicada, porque aí o argumento abolicionista da época era: “Olha, do mesmo jeito que os caras não podiam usar essa ideia de que cada estado tem autonomia para manter escravidão, eles também não podem fazer usar essa ideia de cada estado ter autonomia para redesenhar algo que é quase escravidão e sair prendendo pessoas desempregadas e forçar essas pessoas a trabalhar porque agora elas estão presas.” Só que aí esses abolicionistas que existiram foram fortes e parte dos soldados que lutaram na guerra civil vão entrar nesse campo e falar: “Olha, isso aí é um redesenho, etc. Isso aí é errado, né? Tem tem que acabar”. Isso perdeu e a e o argumento de que cada estado tem autonomia para definir suas próprias leis, inclusive leis penais, etc., venceu, pelo menos venceu por muito tempo. Então aí vai vai ser possível recontar essa história como uma história mais bonita e de vitória nos direitos civis, né, no nos anos 60. Mas ali no século XIX, esse pessoal que era mais defensor da igualdade, de direitos iguais, eles perderam esse esse campo. Eles tiveram que aceitar a conciliação dentro daquilo, falar: “Cara, o que é possível? eh, tenta fugir. Eles passaram a ajudar, fazer ajudando essas pessoas a fugir. Cara, foge do sul, né? Vem, vem para cá, vamos tentar tirar você daí, né? E muitos desses trabalhadores construíram as ferrovias americanas, né? Agora tem todo movimento, né? Do que os Estados Unidos tem tanto ferrovia, o Brasil não. Um dos motivos é esse, né? Parte dessa população carcerária que vai construir as ferrovias e e morria gente a rodo para construir ferrovia, né? Porque é debaixo de sol, etc. Imagina a população ex-escravizada, eles não estavam muito preocupados as condições de trabalho, né? Mas aí às vezes tinha que construir uma ferrovia que passava pelo norte e os movimentos abolicionista fazia campanhas para tentar tirar essas pessoas de lá e desviar elas, né? E e conseguir tentar libertar essas pessoas. Mas aí vira esse movimento de resistência de pequena escala, às vezes até ilegal, formalmente ilegal, né? Moralmente é claro que meritório, né? Mas formalmente, às vezes até é legal, mas como não, eles não conseguiram ganhar a maioria, isso não é muito contado nos filmes, fica mais nos livros de história mesmo. Entendi. Ô, Homer, perguntas. Nós temos uma pergunta aqui do Igor Horta. Ele perguntou aqui, ó. Houve nos Estados Unidos a semelhança do Brasil, a adoção de leis abolucionistas como a do ventre livre ou não libertação de escravos até a edição, 13ª emenda? Se sim, movimentos abolucionistas. Abolicionistas é quase um travaalíngua, né? Abolucionistas como ferra ferrovia subterrânea tiveram peso político na elaboração e aprovação dessas normas. Então, não teve, né? Nos Estados Unidos não tem esse processo de de lei do ventre livre. Inclusive a lei do ventre livre do do brasileiro era posterior à guerra civil, né? Era de 701, né? Então é quando se vê que a escravidão também no Brasil vai pro vai pro vinagre, né? Fica claro ali depois da guerra civil, a guerra civil teve esse esse impacto, né? Como acabou escravidão nos Estados Unidos, fica muito mais difícil para quem sobrou no mundo escravista americano, né, que era o Brasil e Cuba naquela altura, eh se manterem como como escravista. Então lá não foi uma abolição, eh uma ruptura radical, né? Foi a guerra civil termina a escravidão. Então não tinha essas regras de de lei do vento livre, que que né é mais uma dessas bizarríces, né? imaginar que uma a o ventre da mulher é livre, a mulher não é livre, né? Essas essas coisas que que eles foram inventando justamente para pensar o final ali da escravidão. E aí a essa questão da ferrovia subterrânea eh era um sistema que tinha, né, que era chamada Underground Rail Road, que era um eh que não era nem uma ferrovia nem era subterrânea, né, mas era um sistema, é uma organização que tinha dos abolicionistas de grupos de resistência ali no no período da escravidão para eh levar as pessoas pro norte, né? Então, para eh eles tinham vários apoiadores que davam caminho pros escravos fugirem. Então, mais de 1000 escravos fugiram por meio da ajuda desses abolicionistas. A mais famosa ativista aí é é a Harry Tuban, né, que é uma uma mulher que era foi escravizada, conseguiu fugir e depois ela voltava pro sul, né, eh, correndo sérios riscos para resgatar pessoas no sul e levar pro norte. E isso foi importante porque isso eh gerou eh era uma atividade criminosa, alta altamente perigosa e que eh foi gerando essa essa essa instabilidade porque era era uma fuga organizada, né? Uma fuga organizada que foi gerando essa inclusive essa essa busca por eh leis mais duras para escravos fugitivos, né? Então foi desestabilizando a escravidão ali por dentro, né? Então é, se pensar 1000 pessoas, não é tanto no volume, mas eh tinha uma rede ali que é importante ali para tirar essas pessoas ali da escravidão. Tinha o contrário também, né? Tinha eh sequestro de homens negros livres do norte, né? Brancos iam pro norte, sequestravam criança negra e levavam pro sul para vender como escravizado. Então também tinha esse outro outro problema, né? Com 12 anos de escravidão ao livro. É isso, né? é um homem adulto, mas acontece essa questão. Eu tenho os Estados Unidos não é exatamente a mesma coisa, mas os Estados Unidos tem isso de uma forma implícita bem curiosa, porque a escravidão era um tema sensível inclusive pros fundadores, né? O então tinha entre os fundadores que escreveram a tinha fundador que tinha escravizado. Exatamente. Tinha os que tinham, tinha os que não tinham e eram radicalmente contras. tinha o agora eu tô com medo de confundir um nome importante, mas um deles chegou a ter centenas de de pessoas escravizadas no nome dele. Não era um vocal abolicionista, só que no testamento dele libertou todos e fez um discurso mais nesse sentido. Então era um tema não resolvido entre eles, mas eles sabiam que vocês falassem: “Cara, a gente só vai assinar se a gente resolver”. Vai, não ia dar dar consenso? Então o que que eles colocaram? Eles colocaram até, se não me engano, é, é 1808. Até fica o compromisso de que até 180, então seria 32 anos depois da da assinatura lá ou algo assim, até 180 não será passada nenhuma nova lei relacionando a restrições a à escravidão ou coisas do tipo. Então, quer dizer, eh não tinha uma lei desse tipo, que seria algo intermediário, mas eles já sabiam que poderia ter e eles falaram que até 180 não ia ter. Então eles já estavam imaginando que olha, isso aqui é para parar de ter e depois desse ano a gente começa a fazer algo. Eles já exatamente empurra pra frente. É, deixa para deixa pra próxima geração cuidar disso. Mas eles já imaginavam que poderia ter claramente para escrever isso. Eles já imaginavam que é, talvez no no norte, eu não sei exatamente o processo de abolição em vários estados do norte, que cada estado foi diferente, né? Os últimos escrav escravos do norte eh alcançaram a liberdade que na década de 1820. Talvez no norte tenha tido lei eh seguramente lá foi mais gradual, não sei se com leis do ventre livre, mas foi mais gradual na América Latina que muitos países fizeram isso, né? Lei do ventre livre para ir terminando aos poucos, né? Talvez no norte, mas no sul foi, né? onde era mais significativa esse escapidão foi foi na guerra civil mesmo. O Lucas Almeida ele perguntou por que que mesmo depois de independência dos Estados Unidos ficaram tão dividido entre norte industrial e sul agrário. Era tão era algo tão inevitável, cara? E falar de do que é evitável, inevitável em história é complicado, né? É bem bem complicado. É muito fácil a gente dizer olhando hoje. É, olhando hoje é um pouco mais fácil. Mas o que que dá pra gente dizer, cara, do ponto de vista econômico pra época, eh, parte do nível de controle do trabalho, parte do nível de redução de direitos, enfim, que que aconteceu no Sul, se tentou em algum momento fazer no norte também. A questão é que não deu certo, não conseguiram. Então, por que não? Porque por vários motivos. É, primeiro, ah, o norte tinha eh um clima similar ao clima da Europa. Isso atraía muito imigrante e aí esses imigrantes simplesmente iam ocupando territórios cada vez mais longe. Aí você até podia tentar passar uma lei falando que aquela pessoa, como o Brasil fez, né, de chamar um imigrante, falar: “Olha, você vem, mas você vai ficar 5 anos nesta fazenda trabalhando para esta pessoa que era um tipo de escravidão por dívida que o Brasil fazia com imigrantes, né? Eh, você podia tentar fazer algo assim, mas se os terrenos pro seu oeste estão todos livres ou quase livres, facilmente ocupáveis e não tem ninguém fiscalizando, na primeira oportunidade eu corro e monto minha própria fazenda. Então, eh, não foi possível fazer o mesmo tipo de controle e não faltou gente. E essas pessoas lá, elas tinham expectativa de que elas iam morar lá e continuar morando lá. Eh, muita gente que foi pro sul e foi com a expectativa de voltar paraa Europa, de tipo, olha, eu vou lá, eu vou ganhar dinheiro, eu vou voltar fazendo, certo? Mas então eu vou, quero voltar, não quero ficar lá muito tempo. Então isso muda também um pouco a as expectativas das pessoas, né? Estou falando da época antes, eh, antes do século XIX, bem antes do século XIX, depois que entra a cultura do algodão e aí vem com o trabalho eh de pessoas escravizadas e e trazendo do Comércio Atlântico, aí a trajetória já se define muito mais forte, né? Começa a ficar eh em parte incompatível. um parênteses curioso sobre isso tinha eh na época que tava começando algumas indústrias maiores do norte, tinha gente que argumentava, né, porque a maior parte das pessoas vinha do trabalho rural, né? Então tinha gente que argumentava que falava: “Cara, eu não vou pros Estados Unidos e não vou pro norte porque eu não quero ser escravo”. Pro norte. Exato. Aí, mas qual era o raciocínio do cara? Ele falava: “Cara, no campo eu controlo o meu tempo”. Se eu for para lá e for trabalhar nessa nessas manufaturas, nessas coisas, vai ficar alguém anotando cada coisa que eu faço, vai ficar alguém controlando o meu tempo, etc. Eu não quero me submeter a isso, né? Então, parte das pessoas também viam esse tipo de trabalho como algo muito puxado, né? muito mecânico, muito controlador e o que elas queriam mesmo era ir ocupando fazendas pro oeste e reproduzir a vida no campo. Então, um perfil muito diferente assim de ocupação do território para você falar como que você vai conseguir fazer eh isso no Sul, né? É bem mais complicado, porque as pessoas não iam lá com essa mesma expectativa. Fugir era muito mais difícil, ocupar outros territórios era muito mais difícil, não era o mesmo tipo de cultura, não era o mesmo tipo de terreno, a habilidade que elas traziam da Europa não era a mesma. Eh, então eles resolveram isso de outra forma, né? Eles até tentaram fazer alguns trabalhos parecidos e e reproduzir esse tipo de de estrutura lá também, mas as pessoas acabavam indo pro norte, elas emigravam, né? Então tá, vamos ter que trazer gente que é forçado a ficar aqui porque não não acharam outro jeito de fazer. Basicamente a Juliana Pires, ela perguntou além do fim da escravidão, quais foram as outras consequências políticas e sociais mais importantes da guerra civil? O norte, o Sul ainda hoje é muito mais pobre economicamente do que o norte. O índice de desenvolvimento humano do Sul é muito menor que os estados do norte. Tem toda uma questão moral que a gente olha hoje como o povo do norte, como é um povo muito mais preconceituoso, um povo muito mais conservador. Então se vê uma diferença cultural, não só climática, geográfica, econômica, mas tem toda uma questão social muito diferente que se vê no povo do sul e no povo do norte nos Estados Unidos. Então a eclosão da guerra com essa causa, esse estilo de vida de viver em função da terra e tudo mais. causa uma diferença social grande que se vê dos estados do sul e dos estados do norte. Eu acho acho que tem uma questão também que eh como o o Vog comentou, né, que o Li seguir a Virgínia quando se dividiu e não os Estados Unidos. Eh, então naquele momento ainda na guerra civil ainda tinha muito essa identidade do Estado e não a identidade da nação. Acho que a guerra civil ajudou a consolidar uma identidade dos Estados Unidos como essa nação mais coesa, né? Inclusive, tem vários símbolos disso, né? O próprio é o beisebol se populariza nessa época, era era um esporte do norte, os soldados levam pro sul e se populariza também no sul depois da guerra civil. O dia de ação de graças, ele vai ser implantado como política de de governo também, como feriado, eh, de forma mais intensa a partir desse período da guerra civil. É o próprio dólar, né? A nota, o dólar como uma moeda nacional, ele passa a ser implantado com a guerra civil. Então, é o momento em que se consolida essa essa visão mais nacional, né? o cresce muito o poder do Estado central, né, com o Lincoln, cria uma série de de prerrogativas aí pro poder central. Então, eh, eu acho que é um, a guerra civil tem essa característica mesmo de eh de criar um estado central muito mais forte nos Estados Unidos, né, muito mais coeso, uma identidade nacional também que a partir dali vai se vai se fortalecer, né? Eh, então acho que eu diria que esse esse fator também é muito muito relevante assim para para pensar guerra civil. E a partir dali é isso. Você tinha dois modelos de desenvolvimento. Acho que não não são dois modelos. Um é atrasado, o outro é é eh não era não era assim na época, né? Eh eh por mais que a gente evidentemente veja a escravidão assim, eram dois dois modelos que estavam em pleno desenvolvimento e e no final vai sobrar um desses modelos, que é modelo industrial do norte e ele vai se expandir pro país. Eh, então tem uma vitória de um de um desses dois modelos ali, né? É, o Ken Burns tem um documentário muito maneiro que é The Civil War. Tem nove episódios, deve ter o qu cada episódio assim. é realmente muito bom, é bem profundo, que fala bastante dessa questão no último episódio do sentimento sulista, de que, por exemplo, ah, quando termina a Segunda Guerra Mundial, você defende uma ideia de que os Estados, os americanos nunca perderam uma guerra, né? O cara da Luisiana perdeu, o cara do M se perdeu, então quer dizer que ele é menos americano que o que que os Yankees, sabe? Então se cria também um sentimento às vezes até meio derrotista pro pessoal do Sul deles se sentirem às vezes menos americanos do que o restante que nunca tinha perdido uma guerra. Mas houve movimento de pacificação quando teve os 50 anos da batalha de Gisburg em 1920 13 teve uma reinação da batalha com alguns veteranos e quando foi ter a Pickets Charge eles em vez de atirarem eles se abraçaram então tentou ter um movimento de aproximação de gente vocês são tão americanos quanto nós teve alguns movimentos assim que o documentário aborda. É bem interessante assistir. Fica aí a dica para quem quiser um material sobre a guerra civil americana assistir The Civil War do CBNs. e da perspectiva institucional, militar, eh é ali que o Paul Coisen, que é um dos maiores historiadores nessa área de como que os Estados Unidos se organiza para as guerras e como que foi sendo construído, né, toda a estrutura militar americana, ele coloca no na guerra civil americana o início do que a gente chama do complexo industrial militar, né, que é você ter grandes empresas focadas em produzir material para guerra. Eh, e você tem eh o governo de alguma forma ajudando a coordenar, dando dinheiro e e tendo uma estrutura permanente de preparação econômica paraa guerra e de como fazer isso. Porque antes da guerra civil era isso, eram guerras esporádicas que o exército chegava muitas vezes depois, né? Você vê isso nos filmes até em, não é de forma explícita, mas normalmente naqueles filmes de Fero Oeste ou eh filmes sobre ocupação do meio oeste americano, enfim, normalmente quando chega a lei, ela chega de trem. Uhum. Né? Ela chega de trem antes de vir o trem com o soldado ou com o xerife ou com não sei o quê. É, cara, cada um por si. Não tem muito, é bang bang bang, mas os indivíduos se virando. E a guerra civil que vai criar essa estrutura mais centralizada, grandes empresas que vão estar produzindo armas o tempo todo, um exército que vai estar sendo mantido o tempo todo, né? Todo ano vai ter lá um orçamento militar pro exército. O exército americano em si, eles continuam muito reticentes desse exército, o pessoal do Sul, principalmente, porque o exército tá ocupando o território deles, né? Mas a marinha americana vem da da Guerra Civil. americ ela desponta, ela fala: “Cara, marinha, sim, isso aqui é o coração do dos Estados Unidos enquanto uma potência.” E ali em 1870, 75 eles vêm com o primeiro grande projeto de falar: “Nós vamos ter a maior marinha do mundo, né? A gente vai construir uma marinha gigante no nível da do império britânico e e vem dessa experiência do do bloqueio naval da guerra civil”. É, o exército americano tinha acho que 16.000 homens quando a guerra começa. Pode 6.000 Nossa, hom, nada, é nada, é nada. E aí tem uma profissionalização muito grande do exército americano a partir dali. O general Lee, ele escreveu nas suas memórias que o grande erro da vida dele foi ter tido uma educação militar, mas se vê a partir da guerra civil uma profissionalização e em algumas perspectivas uma valorização do exército de que há uma nobreza em ser um militar dos Estados Unidos. O Lis S Grant, tanto que ele foi o general que ganhou a guerra, foi eleito presidente, foi reeleito, apesar de ser um governo conhecido pela sua corrupção e incompetência. Então se vê, pô, um general eleito presidente, já aconteceu várias vezes, o Jefferson Davis, por exemplo, atua na Guerra Mescana Americana, foi eleito presidente dos confederados por ser militar, mas é curioso de se pensar que esse cara ganhou tanto prestígio como militar que foi eleito presidente na década de 70. O André Santos, ele perguntou porque mesmo depois da 13ª emenda, os direitos civis dos negros só começaram a avançar quase um século depois. As lei de Crow, né? É porque os direitos civis eles vêm, eles são legais, né? Tem tem a 13ª, 14ª e 15ª emenda. Eh, elas estabelecem que não pode ter eh restrição por motivos raciais ali para as pessoas votarem. É, então você tem os direitos civis estabelecidos na Constituição Americana naquele momento. O que acontece é que é isso, vão surgir essas leis que burlam esse sistema e que vão acabar sendo legitimadas pela Suprema Corte americana no final dos anos do século XIX, né, que vai definir que é legal você é é o chamado eh separados mais eh iguais, né, que é é legal você separar, é é você pode deixar as pessoas separadas desde que elas tenham o mesmo serviço, né? Claro que na prática isso não acontecia, mas vai ser legalizada a segregação. Então você vai ter uns vários sistemas eh, por exemplo, né, o que que eles que que se faz para para eh eh vai se estabelecer, ah, não pode ter restrição de voto para negros, tá? Mas eu eu coloco regras de alfabetização, eu exijo certos documentos para votar, eu crio uma série de restrições que atingem mais a comunidade negra do que as outras comunidades. Então isso vai restringindo o direito ao voto dos negros. coloco as leis de segregação e também, como a gente falou, né, a pobreza do Sul, né, e a muitos negros vão ter que voltar a trabalhar eh para para brancos, às vezes pros próprios senhores. Então, vai se restabelecendo um sistema bastante excludente ali, embora na na legislação estivesse lá as duas emendas. E aí quando tem o movimento de direitos civis, ele começa pela questão da justiça, né? Então, a ideia das escolas, a escola não pode ser segregada e a e aí a Suprema Corte vai começar a dar ganhos de causa para eh eh para desegregar a sociedade americana. Então, tem uma mudança da sociedade americana, da própria Suprema Corte, eh, que vai, eh, deixando de aceitar e essa questão. E aí também a gente tem que entender, né, nos anos 50, o que que tava acontecendo no mundo, tava tendo a Guerra Fria. Então, pros Estados Unidos ser aquele país da segregação aos olhos do mundo, eh, não era interessante porque tava competindo com a União Soviética, né? Então, tinha que se mostrar como país da liberdade, né? Então, os Estados Unidos tinha um teto de vidro ali com a questão da da segregação. Então, isso também tem um impacto ali na aceitação dessas leis eh por por grandes políticos, né, que pensavam também nesse nesse ponto de vista. Então, acho que eu diria eh por aí assim. Sim. E e acho que a única coisa que eu destacaria que eu acho que para nós a gente tem muita, é uma dificuldade inerente mesmo da gente imaginar um um país grande, né, que nem a gente fala, o Brasil isso, o Brasil aquilo. A gente vê os Estados Unidos, a gente fala os Estados Unidos, mas essa coisa dos Estados lá é muito diferente, né? Eles têm uma autonomia muito grande mesmo, que não tem paralelo com funciona o estado de São Paulo, Minas Gerais, aqui. Então, se a gente fosse falar, por exemplo, se a gente fosse fazer essa mesma conversa, mas a gente focasse no nos estados do norte que primeiro passam todas essas legislações mais igualitárias, nossa, ia aparecer uma história totalmente diferente, né? uma uma história bem mais linear, bem bonita e e as coisas acontecendo super rápido, mas é que aquilo lá é um poço de diferenças incríveis, né? E de algum jeito eles tentam conciliar essa essa autonomia gigante dos estados. Então, parte desse dessa lentidão e desse arrasto, né, é justamente de ser um país muito desigual, muito diferente, com uma história muito particular e que permite que os estados tenham uma autonomia de legislação que no Brasil não existe. Então, para nós é muito difícil mesmo de imaginar como que você teria uma lei no Brasil que tá lá, mas que em São Paulo é completamente diferente de Minas Gerais, né? Mas nos Estados Unidos isso é o dia a dia deles. Ah, Priscila Mendes, ela perguntou: “Por que que a imagem de Lincoln é tão forte até hoje, mesmo com tantas críticas que ele recebeu na época?” Bom, é, foi uma construção da imagem dele, né? Acho que primeira coisa que eh ele mesmo, eles na presidência, né, como o Víor foi comentando, ele foi eh discursando, ele foi construindo essa imagem. Ele era muito criticado, mas ele tinha e uma coisa que é inegável do Lincoln, é a capacidade dele de fazer os discursos, né? Você lê os textos do Lincoln são impressionantes assim, né? É muito bonito. Ele ele tem uma uma eloquência ali que é fantástica. Então ele já foi construindo essa essa ideia e ele e ele conseguiu, eu acho que eu tenho um fator que é muito importante, que eu acho que ele conseguiu eh unir a questão da guerra civil com o a ideia do excepcionalismo norte-americano, com a ideia de que os americanos são um povo único, o povo escolhido, o povo que deve ficar junto dessa nação livre. Então ele conseguiu eh criar esse vínculo, né, nos discursos dele, o discurso de Gsburg, os discursos da da eh da casa dividida, os discursos dele tinham esse tom que ressoava na na sociedade americana, essa ideia de um país que deveria continuar unido, um país que deveria continuar junto. Então tem um eh por isso que ele é visto até como um pai fund quase que como pai fundador do dos Estados Unidos, né? Porque ele ele conseguiu nesse momento de divisão radical do país, eh, manter esse discurso de união, né? E claro, né? A imagem dele foi sendo construída posteriormente. O fato dele ter eh sido assassinado também tornou ele um mártir, né? Acho que é uma coisa sempre, né? Eh, que que é relevante, né? Ele foi um mártir daquele momento. Eh, e ele foi sendo construído a imagem dele. Tem até essa essa essa essa questão, né? A própria imagem do tio San, quando a gente pensa, né? Um sujeito de cartola, de barbicha, tal, parece muito a imagem do Abram Lincoln, né? Então essa imagem do americano, do símbolo dos Estados Unidos, foi muito construída em função dele, né? Então foi eh não sei de quando que exatamente é o Lincol, né? Acho que é da época do do Roosevelt. Eh, mas tem todos foi sendo construído monumentos monumentos de abolição, né, que são muito eh também hoje em dia muito criticado, mas que é o Lincoln e o e um escravizado sempre meio que revenciando ele, ajoelhado na frente dele, se espalharam pelo país. Então foi foi construindo esse esse mito. Mas ele tinha realmente uma habilidade política gigante. Ele foi mudando de posição. A gente falou aqui que ele era colonialista, abolicionista, colonialista, mas ele foi mudando essa posição, né? Ele tinha tinha contato com o Frederick Douglas, com muita gente, então ele tinha essa capacidade de de escutar, de mudar de opinião, de eh de se adequando também aos momentos e e seguramente é o momento que ele foi presidente, é um dos momentos mais dramáticos da história dos Estados Unidos, né? O país realmente poderia ter se separado ali e ele manteve essa ideia da união, né? Então acho que esse esse fator é bem relevante assim para para pensar nessa porque que ele é visto tanto como um herói nos Estados Unidos, né? Os discursos ecoam até hoje, né? uma nação para o povo, pelo povo e do povo, né? Que é o discurso do de quando foi inaugurado o cemitério de Gesburg, um ano depois da batalha, se eu não me engano, ele foi até lá, cara, falou pouquíssimo, 200 palavras, mas é uma palavra que ecoava tão grande nos ouvidos e no coração do povo americano da época que era muito difícil depois muito não gostar do cara. Então, ecoava assim no coração das pessoas das pessoas. E tu vai dizer hoje, não, não, não gostava do Lincoln, [ __ ] mas o cara que manteve a nação unida e é o cara que lutou contra a escravidão, é meio difícil não gostar dessas pautas, né? Então é natural que ele tem sonado essa figura tão popular e visto até hoje como dos melhores presídios do país de todos os tempos. Ele e o Franklin Delan Roosevelt estão no topo assim entre os mais queridos da história. Aqui foi foi. Senhores, alguma ponta solta, alguma coisa que querem completar? Olha, lembrando assim do, eu acho que tudo que eu lembrava da guerra civil, acho que foi dito assim, não, não tem nada que eu Cara, eu acho que não, porque o nível de detalhe das coisas que você lembrou, tem muito mais coisa aí, com certeza. Ah, não, assim, impressionante, muito legal de uma aula quando a gente faz convido de qualquer coisa, alguém comenta: “Faltou falar tal coisa”. Gente, é claro que faltou falar tal coisa. A gente tá aqui com a nossa cabeça, né? Não estamos lendo um roteiro nem nada assim. Então, pô, às vezes a gente erra ou não, mas eu eu digo no bom sentido, o tanto de coisa que você lembrou, cara, para você lembrar de tudo isso é porque deve ter um universo aí, sem roteiro. Não, mas eu estudei muito, pô. A gente tem um vídeo sobre a guerra civil que na nossos vídeos ali no canal tem 15, 20 minutos, a gente fez com 36 minutos assim, porque é um tema de fato muito estudado até hoje, é um dos temas mais estudados da da história dos Estados Unidos. é um tema que repercute até hoje as consequências da guerra e as causas ainda são temas atuais. Então é bastante estudado assim, a gente lemb bastante coisa, mas ah, errar a pronúncia de uma coisa ou outra, esquecer o nome de um general, pô galera, dá uma colherzinha de chá aí. A gente não vai lembrar de todos os detalhes, mas eu acho que os principais nomes, as consequências da guerra, as causas delas, eu acho que deu deu pra gente conseguir permear todos esses, esses momentos da guerra civil. Obrigado. Então, hora de dar redes sociais, canais, falar da das redes. Ah, quem quem gostou aí, quiser acompanhar, eu comento mais de de economia, mas economia temas contemporâneos, mas o professor Tomás Conte estão em todas as redes, Instagram, principalmente Twitter, eh, YouTube, tem um canalzinho bem pequeno lá com algumas aulas também, as tarifas do Trump, quem quiser dar uma olhada. Olha aí, ó. Tem uma aulinha, tem uma aulinha, tem uma aulinha de 3 horas lá para quem tiver um pouco de interesse no tema. E mas é isso, pessoal. Só tenho agradecer pelo convite, foi uma honra e aprendi demais hoje. Muito legal. Bom, eu sou, né, eh, professor da da tem o podcast, né, o H Americana. Quem quiser procurar, pode procurar na Spotify, no eh na no YouTube, né? Tem as redes sociais também no Instagram. Então, fiquem à vontade aí para procurar o nosso podcast que é História da América. Então, vocês vão encontrar episódio sobre Guerra Civil, sobre história dos Estados Unidos, né, do Independência. Então, quem quiser pode ir atrás aí que tem bastante material lá também. Isso aí. Quem quiser seguir vogalizando, não conhece, segue lá. Canal Maneiro, produz conteúdo pro YouTube, pro Instagram, pro TikTok. Tem podcast pouco, né? Oi. Trabalha pouco, né? Por caramba, você faz muita coisa, velho. Eu trabalho, cara. [ __ ] eu trabalho. Eu e o meu sócio, né? Não posso esquecer o trabalho do Marco. A gente, essa semana a gente tá de férias, aí tiramos uma semaninha de folga. O Marco foi lá pra Brasília, aí veio trabalhar aqui. Aí eu vim trabalhar aqui, vim trabalhar aqui. Mas eu gosto, venho para cá com com prazer. Sou bem feliz de vir aqui no Inteligência e um tema que eu tenho uma certa familiaridade, gosto bastante de estudar a Guerra Civil Americana. E para quem quiser conhecer mais do meu trabalho, confere lá, vogalizando a história. Tá no YouTube, tá no Instagram, tá no TikTok, tem podcast. Oxe, tem até mais coisa que eu nem lembro mais, mas procura aí no na tu achar. Então é isso aí, confere lá que é maneiro. Obrigado demais. Vocês pediram demais esse tema de guerra civil. Então a obrigação de vocês é o quê? Dar like, né? Dá o like, né? Dá o trabalho fazer essas coisas aqui, ó. Conhecimento, juntar esse pessoal. E você tem, qual é o seu trabalho agora? Pois é. Bom, agradecer a nossa parceirona que tá sempre aí com a gente, é insider. link na descrição pro desconto de 20% e Qode na tela. E agora é hora de você brilhar. Você que tava prestando atenção aí na história americana desse período, o que que o pessoal escreve nos comentários para provar que chegou até o final dessa conversa? Coloca aí pior estátua da história. Pior estátua da história. Acho que é melhor escrever é isso ou simplesmente estátua horrível, né, que é mais curto. Ou pior estátua da história ou estátua horrível. Aí você prova que chegou até o final. Fiquem com Deus, então. Beijo no Cotovil. Tchau. E que bom que vocês vieram. Valeu. As opiniões e declarações feitas pelos entrevistados do Inteligência Limitada são de exclusiva responsabilidade deles e não refletem necessariamente a posição do apresentador, da produção ou do canal. O conteúdo aqui exibido tem caráter informativo e opinativo, não sendo vinculado a qualquer compromisso com a veracidade ou exatidão das falas dos participantes. Caso você se sinta ofendido ou tenha qualquer questionamento sobre as declarações feitas neste vídeo, por favor, entre em contato conosco para esclarecimentos. Estamos abertos a avaliar e, se necessário, editar o conteúdo.