HÁBITOS COMUNS mas que te colocam em ALTO RISCO DE CÂNCER

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Como realmente evitar o câncer? Um estudo inédito de 2024 mostrou que 4 a cada 
10 casos de câncer poderiam ter sido evitados. E no vídeo de hoje, eu vou te ensinar como. O câncer é uma doença grave e que 
mesmo com o avanço da ciência, ainda mata quase 10 milhões 
de pessoas por ano no mundo. Mas o que as novas pesquisas vêm mostrando é 
que existem pelo menos 5 hábitos muito eficazes que você pode adotar para evitar essa doença. Quais tipos de câncer são mais evitáveis? E que medidas preventivas são essas? O primeiro passo para descobrir é 
entender que câncer não é tudo igual. É comum falar do câncer como se ele fosse uma 
única doença, mas não é tão simples assim. Câncer de mama, de próstata, de pele… cada um é uma doença diferente 
que evolui e afeta a saúde de um jeito. Eu expliquei isso em detalhes 
em outros vídeos da playlist de câncer que eu criei aqui no canal e 
que vale a pena você maratonar depois. Mas existe uma regra que todo câncer 
obedece: ele sempre aparece a partir de alterações irreversíveis no DNA, 
as famosas mutações genéticas. O DNA serve como um manual de instruções que 
diz o que a célula deve fazer e em que momento. Mutações no DNA que acumulamos ao longo 
de anos e até décadas de vida podem mudar essas instruções. Com o tempo, 
a célula deixa de fazer suas funções, passa a se multiplicar descontroladamente e até 
manipula o sistema imune para não ser destruída. Essas são as principais 
alterações que definem um câncer. E as mutações até podem surgir ao acaso, mas 
normalmente precisam de algum empurrãozinho, como uma predisposição genética 
passada de pais para filhos. Ou o simples fato de você 
ter vivido mais de 50 anos, o que aumenta a probabilidade de alguma célula 
ter conseguido acumular as mutações erradas. Todo esse papo de mutações dá impressão 
de que o câncer é algo inevitável, que não há nada que você possa fazer. Ou mesmo uma roleta russa em que alguns, 
infelizmente, não têm tanta sorte. Mas não é bem assim. A Associação Americana de Pesquisa do Câncer 
acabou de revelar que 40% dos cânceres lá nos Estados Unidos estão ligados a 
fatores que você consegue evitar. E no Brasil não é diferente, mais de um 
terço dos casos poderiam desaparecer se nós evitarmos 6 hábitos que nos colocam em risco. Estou falando de hábitos que dão aquele 
empurrãozinho no acúmulo de mutações e, por isso, predispõem ao câncer. Olha que incrível, mais do que nunca, o poder 
de se proteger do câncer está nas suas mãos. O fator de risco evitável número 1 do câncer é 
o uso de cigarro, responsável por 20% dos casos. Muita gente já sabe dos 
riscos do cigarro e, com isso, o número de brasileiros que fuma está diminuindo. De 35% de fumantes em 1989, 
nós passamos para 13% em 2019. Mas agora com os vapes parece que 
esse progresso está sendo revertido. Existem mais dados novos sobre vape que a galera 
tá começando a se ligar que podem fazer mal. Então comenta aqui se você gostaria que eu 
fizesse mais um vídeo sobre o perigo dos vapes. Apesar do hábito de fumar ser 
bem conhecido como cangerígeno, os outros 5 fatores evitáveis do câncer 
parece que continuam subestimados, por isso eu vou focar neles, a 
começar pelo excesso de peso. Só para deixar claro, o problema do excesso 
de peso não tem a ver com a aparência. Muita gente confunde e acha que falar 
sobre excesso de peso é gordofobia, quando na verdade é uma questão de saúde pública. Todos nós temos células que guardam gordura. Mas a verdade é que essas células 
têm um limite de armazenamento. E ultrapassar esse limite significa acumular 
muito mais gordura do que o organismo suporta. O resultado é um estado de estresse das 
células de gordura, produzindo radicais livres, um lixo reativo e instável que quebra 
estruturas importantes e causa um caos. Toda a morte e o estresse dessas 
células chama atenção do sistema imune. O organismo obeso libera moléculas 
inflamatórias 24 horas por dia, é uma inflamação crônica que 
gera danos inclusive no DNA. O corpo entra num estado de reparação constante, 
o que aumenta o risco de mutações ao acaso. E o excesso de gordura no organismo ainda 
atrapalha a ação de hormônios como insulina, estrogênio e vitamina D, todos responsáveis por regularem em algum grau o crescimento e morte de células 
e o próprio sistema imune. É daí que vem o risco de pelo menos 13 tipos de câncer, incluindo o de mama, de 
pâncreas, colorretal e de esôfago. A boa notícia é que ao perder só 10% do peso, o risco de desenvolver 
qualquer câncer fica 10% menor. O que faz muito sentido considerando que diminuir 
a gordura do corpo normaliza a função hormonal e diminui a inflamação crônica. O sistema imune finalmente pode 
focar em eliminar células defeituosas e até vírus e bactérias 
potencialmente cancerígenos. Você não ouviu errado. Certos vírus e bactérias podem disparar 
um câncer por mais bizarro que pareça. Esse é o terceiro fator de 
risco que você pode evitar. Já ouviu falar que uma gastrite 
mal-tratada pode virar câncer de estômago? Isso não é mito. Tem a ver com a bactéria Helicobacter pylori, 
que é a principal causa da famosa gastrite, como eu contei nesse vídeo aqui. Assim como outras doenças terminadas 
em “ite”, a gastrite é uma inflamação, que surge para tentar eliminar a bactéria, 
mas acaba ferindo o próprio estômago. Se a gastrite não for tratada 
adequadamente, ela fica recorrente e obriga o estômago a produzir novas células 
tentando fechar feridas que continuam aparecendo. Isso durante uma inflamação que, como eu 
expliquei agora há pouco, pode gerar mutações. É assim que uma simples gastrite 
pode evoluir para um câncer gástrico. Esse é só UM exemplo de como uma infecção 
pode contribuir indiretamente para o câncer. Existem também alguns vírus 
que têm o péssimo costume de inserir seu material genético no nosso DNA. Fazendo isso, eles se protegem 
do ataque do sistema imune, mas por outro lado, podem induzir mutações. É o caso dos vírus da hepatite B e C, que infectam o fígado e aumentam o 
risco de câncer de fígado, e do HPV, que infecta a boca e os genitais 
e causa câncer de colo de útero, além de aumentar o risco de câncer peniano, retal e de cabeça e pescoço. Existem dezenas de vírus e 
bactérias que se relacionam com o câncer de formas ainda misteriosa para nós. Mas só esses que eu citei aqui, HPV, vírus da hepatite B e C e H. pylori, juntos, causam mais de 2 milhões de 
casos de câncer no mundo. A boa notícia é que dá para 
prevenir essas infecções e o risco de câncer que elas trazem de várias formas. A principal é a vacinação, olha só: em Taiwan, o risco de câncer de 
fígado caiu 88% de 1984 a 2005, à medida que a vacina da hepatite B 
ficou mais acessível para a população. E na Inglaterra, os casos de câncer do colo do útero diminuíram 84% entre as 
mulheres vacinadas contra HPV. Quanto mais pessoas vacinadas contra 
o HPV, menos câncer teremos no futuro. Já manda esse vídeo no grupo 
da família para todo mundo saber que manter a carteirinha de vacinação em dia é uma arma poderosa contra o câncer. Quanto às outras infecções 
sexualmente transmissíveis, a camisinha é a chave da prevenção. Assim como o tratamento adequado dos infectados. Quanto antes se inicia o tratamento, menor 
é o risco de complicações, incluindo câncer. E bora para o nosso quarto fator de risco evitável 
do câncer: o consumo de bebidas alcoólicas. Não é novidade que a maior parte do álcool 
que você bebe é metabolizada no fígado. Mas o que pouca gente sabe é que 
esse processo gera acetaldeído, uma substância tóxica que danifica tudo o que 
toca, desde a estrutura das células a hormônios e outras moléculas que circulam no sangue. É o acetaldeído, por exemplo, que causa a 
ressaca depois de uma noite de bebedeira. Se você tá com ressaca é porque 
você está com acetaldeído no sangue. Mas o mais perigoso do álcool são os 
danos a longo prazo, já que o acetaldeído também pode atacar diretamente o 
DNA, gerando… adivinha?… mutações. Como é o fígado que transforma 
o álcool que você ingere, ele é o primeiro a sofrer esses danos que 
podem disparar um câncer. Mas não é o único. Os órgãos que entram em contato direto 
com o álcool, como boca, garganta, esôfago e intestino também ficam 
vulneráveis ao risco de câncer. E os cientistas estão descobrindo que o 
álcool também é perigoso para as mamas. Estudos mostram que as células das mamas 
podem metabolizar uma pequena parte do álcool, ou seja, o acetaldeído atuaria 
de forma local nas mamas. Além disso, existem estudos mostrando um aumento 
do hormônio estrogênio em mulheres que bebem. Esse é um hormônio que estimula a 
proliferação das células das mamas e junto com o acetaldeído pode 
ajudar a disparar o câncer de mama. Considerando tudo isso, a OMS 
coloca as bebidas alcoólicas no grupo das substâncias cancerígenas para humanos, junto com o cigarro. Só em 2020, nós tivemos 740 mil casos de câncer 
associados ao álcool e eles não estão restritos só entre a galera que bebe muito. Quanto mais álcool você ingere, maior é o risco. Mas estudos mostram que o consumo leve a moderado, algo como menos de 10 latinhas 
de cerveja por semana, é responsável por 13% dos cânceres 
atribuídos ao álcool. Não existe risco zero. Muita gente nem sabe disso e 
o pior é que álcool, cigarro, vape e outras drogas entram 
muito fácil na nossa rotina. Será que vale a pena continuar 
usando uma substância que além do risco de cirrose e vício, 
ainda está ligada ao câncer? Será que vale correr esse risco por um hábito 
ou só para se sentir aceito em um grupo? Deixo essa reflexão no ar junto com o desafio 
para você diminuir o consumo de álcool. Topa? Enquanto você pensa, já deixa seu 
like aqui embaixo e bora para o quinto fator evitável do câncer, o sedentarismo. Ficar horas parado no mesmo lugar 
não faz parte da natureza humana. Não é a toa que quem pratica exercícios físicos 
tem um menor risco de morte por qualquer causa. Considerando só a morte por câncer, 
um estudo viu que o risco cai 56% com uma combinação de musculação 
e exercícios aeróbicos, que são aqueles que aceleram a 
respiração e os batimentos cardíacos, como caminhar, correr e pedalar. O que explica esse benefício dos exercícios 
é que, ao contrário do que parece, os músculos não servem só para fazer movimentos. Ao movimentar os músculos com exercícios físicos 
regulares, eles passam a liberar moléculas que estimulam o sistema imune ao mesmo 
tempo em que diminuem a inflamação. Justamente os fatores que estão desregulados 
na obesidade, olha que fantástico. No estudo que eu comentei, o menor risco de 
morte por câncer veio com 2 sessões de musculação por semana mais 5 horas de aeróbico moderado que deixa ofegante e até 75 
minutos de aeróbico intenso que te impede de conversar. Peraí, são 2 idas na academia, 5 horas de cardio 
moderado + 1 hora de cardio intenso por semana? É, foi um prazer apresentar esse canal 
pra vocês, mas acho que não deu pra mim. Calma, essa rotina intensa de exercícios 
reduziu 66% do risco de morrer por câncer. Mas uma rotina com 1 horas de 
cardio moderado + 1 hora de cardio intenso indo menos de 2x na academia já consegue reduzir o risco em 30%. Eu defendo bastante que para ser saudável não 
é preciso você ser um atleta de fisiculturismo, um corredor de maratona ou 
um ser humano sem defeitos. É com conhecimento que eu passo pra vocês aqui 
nos vídeos que a gente vai aos poucos melhorando… Eu já vou fechar a nossa lista com o sexto 
fato de risco, mas fica com essa mensagem… qualquer exercício é melhor do que nada e 
você já pode começar a se exercitar hoje. E inclusive, se você está em busca de 
melhorar a sua alimentação ou o seu sono, bora para o sexto fator de risco, 
se expor ao sol de forma inadequada. A luz do sol faz mais do que só 
esquentar e iluminar o ambiente, ela é um tipo de radiação chamada de ultravioleta. 
Ao tomar sol, você se expõe a essa radiação, o que pode ser bom ou ruim… O lado bom é a produção de vitamina 
D a partir da exposição ao sol, como eu expliquei em detalhes aqui. O lado ruim é que os raios UV 
penetram na pele e podem causar danos que aumentam o risco de mutações no DNA. O organismo consegue lidar 
facilmente com esses danos se a exposição ao sol durar só alguns minutos no começo da manhã ou fim da tarde. Nesses horários, a radiação chega com 
intensidade baixa, então os poucos danos que aparecem são rapidamente 
reparados pelas próprias células. E tem a melanina que dá cor à pele 
e que barra parte da radiação. Por outro lado, o sol vira uma bomba relógio 
para quem se expõe de forma frequente, por tempo prolongado ou entre 10 e 16 horas, que 
é quando os raios UV chegam com maior intensidade. Mais ainda se gerar queimaduras que deixam a 
pele vermelha, ardendo e, depois, descascando. Parece um problema passageiro e sem importância, mas essa exposição inadequada ao sol 
aumenta o risco de câncer de pele, principalmente o do tipo melanoma, que mata quase 60 mil pessoas no mundo por ano. A solução é simples: protetor solar. Me conta nos comentários… você é do time 
que não sai de casa sem protetor solar ou do que só lembra do 
protetor quando pega uma praia? A Sociedade Brasileira de Dermatologia 
recomenda usar protetor solar em todas as partes expostas do corpo diariamente, mesmo quando está nublado, já que as nuvens não barram 100% da radiação. Procure um protetor que age 
contra UVA e UVB e que tenha fator de proteção solar, o FPS, de no mínimo 30. Só está liberado ficar sem protetor por alguns 
minutos nos horários de menor risco que eu falei, para manter a vitamina D em dia. Viu só como evitar o câncer 
não é tão complicado assim? A verdade é que prevenir o câncer é nada mais do 
que cuidar do seu corpo da melhor forma possível. E para você que tá buscando se 
cuidar, eu recomendo esse vídeo aqui, sobre hábitos que podem atrapalhar 
o seu sono sem você perceber. Um grande abraço, não deixe o medo do câncer 
te paralisar e diga Olá Ciência. Tchau.

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