História do Egito | Documentário Histórico (Povos, Pirâmides, Eras e Dinastias)

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[Música] Nossa história começa há mais de 30.000 anos atrás, quando os primeiros povos chegaram as terras que hoje conhecemos como o Egito. Esses corajosos nômades da cultura Hfan viviam caçando animais e coletando frutas para sobreviver. Eles vagavam entre o Egito e a Núbia, sem casas fixas, apenas seguindo os animais e as estações. Com o passar dos milênios, algo incrível começou a acontecer. Por volta de 10.000 antes de Cristo, seus descendentes, os povos da cultura Candã e Sebilian, começaram a se cansar da vida nômade. Eles decidiram criar acampamentos mais duradouros, plantando as sementes do que seria uma das maiores civilizações da história. Em 9000 antes de Crist, próximo a um belo oasis, o povo da civilização Faium criou algo revolucionário. Pela primeira vez, eles descobriram como plantar os seus próprios alimentos. Construíram casas de junco com pequenos porões subterrâneos. Essas eram as primeiras dispensas para guardar comida. Eles também aprenderam a criar gado, ovelhas e cabras e começaram a fazer cestas e potes de cerâmica. Com isso, surgiram os primeiros chefes tribais que passaram o poder para os seus filhos. O rio da vida. Por volta de 5000 anes de. Cristo, o povo da cultura merinde descobriu o verdadeiro tesouro do Egito, o majestoso rio Nilo. Esse rio inundava todos os anos, deixando para trás uma terra rica e fértil, perfeita para o cultivo. Eles se estabeleceram no Delta do Nilo e aprenderam a plantar trigo, lentilhas e cevado, criando uma sociedade próspera. As casas evoluíram de simples cabanas de junco para construções extremamente elaboradas. Em 4000 a.C. Crist. O povo da cultura E Omari já construía casas circulares com pares de barro bem trabalhadas e celeiros engenhosos feitos de potes enterrados no chão. O despertar da alma egípcia. Em 3500 a de. Cristo, no sul do Egito, o povo da cultura badariã fez algo profundamente impressionante. Eles começaram a mumificar os seus entes queridos e colocar objetos preciosos em seus túmulos. Esse era o início da crença egípcia na vida após a morte. Uma fé que se tornaria o coração da civilização egípcia. Nessa mesma época, a cultura girzian revolucionou a região, o comércio floresceu e as cidades cresceram. Eles construíram casas de tijolo cozido ao sol e grandes túmulos de pedra começaram a surgir, antecipando as famosas pirâmides que viriam depois. A magia da escrita. Entre 3400 e 3200 a. Cristo, os egípcios criaram algo verdadeiramente único, a primeira escrita da humanidade. Os hieróglifos são desenhos misteriosos que eram esculpidos em cerâmica, ossos e marfim, permitindo que as pessoas registrassem suas histórias, leis e conhecimentos para as gerações futuras. Em 3000 a de. Cristo aconteceu um dos momentos mais dramáticos da história antiga. O Egito estava dividido em dois reinos. O alto Egito no sul com a coroa branca e o baixo Egito no norte com a coroa vermelha. Um rei chamado Narmer decidiu unir essas terras em uma só nação. Após algumas batalhas, Narmer conquistou ambos os territórios e criou a coroa dupla, o símbolo de poder sobre as duas terras. E assim nasceu o Egito unificado. Os primeiros faraós. Com essa unificação começou a era dos faraós. Os registros indicam que o primeiro faraó se chama Menes e muitos historiadores acreditam que ele é o próprio Narmer. Para fortalecer a paz, ele se casou com uma princesa do norte, mostrando que às vezes o amor pode ser mais precioso que a guerra. Seu filho Orhaá, continuou a obra do Pai em 3100 aes de. Crist, expandindo o reino e desenvolvendo o comércio. Ele era fascinado pela vida após a morte e durante seu reinado foram construídas as primeiras tumbas especiais chamadas mastabas. Uma história particularmente emocionante aconteceu por volta de 3.000 a de. Cristo. Quando a princesa Merneit se tornou a primeira mulher conhecida a governar o Egito, ela assumiu o poder após a morte do seu marido, possivelmente cuidando do seu filho bebê até que ele pudesse reinar. O faraó Den foi considerado o maior da primeira dinastia, reinando por 50 anos. Ele foi o primeiro a usar oficialmente as coroas do norte e do sul juntas, mostrando que o Egito estava verdadeiramente unificado. A segunda dinastia foi uma época turbulenta, cheia de conflitos e rebeliões. Muitos registros se perderam, criando mistérios que os arqueólogos ainda tentam desvendar até hoje. Um faraó chamado Rotepsekwi, cujo nome significa dois poderosos em paz, tentou trazer harmonia ao reino, mas a instabilidade persistiu. Outro rei interessante foi Peribsen, que causou polêmica ao escolher o deus Set como a sua divindade principal, ao invés do tradicional Horus, o nascimento das pirâmides. Tudo começou quando o faraó Joser, junto com seu arquiteto Imotep, ele decidiu construir algo que nunca havia sido visto antes, uma tumba que tocasse o céu. Em Sakara, eles ergueram a primeira pirâmide da história, a pirâmide escalonada com 6 degraus. Essa obra prima não era apenas um túmulo, mas um símbolo da crença egípcia de que o faraó subiria aos céus para se juntar aos deuses. Imotep era mais um simples arquiteto. Era sábio, médico, astrólogo e conselheiro real. Era tão admirado que depois da sua morte foi transformado em um deus da medicina. Os gregos mais tarde o associaram ao seu próprio deus da cura, Asclépio. Essa pirâmide de 6 degraus ainda existe até hoje. O monumento de pedra mais antigo do mundo. A pirâmide escalonada começou como um monumento básico, com o topo plano e dois lados inclinados, similar às tumbas de muitas dinastias anteriores. Imotep, porém, tinha planos maiores para a morada eterna do seu rei. Quando terminada, a pirâmide tinha 62 m de altura, tornando-se o edifício mais alto do mundo naquela época. Para impedir os ladrões e proteger o corpo do rei e os bens funerários, as câmaras reais da tumba foram cavadas sob a fundação como um verdadeiro labirinto com passagens secretas e armadilhas. Foi nessa época que nasceram as construções que conhecemos hoje, as grandes pirâmides de Gisé. Os documentos escritos nessa época são raros. Então os historiadores tiveram que desvindar por conta própria e através de algumas pistas e das próprias pedras, como as pirâmides, conectavam os seus segredos. O faraó estava no topo de tudo, considerado o dono de todas as terras do Egito por direito divino. Logo abaixo dele estava o vizir, uma espécie de primeiro ministro que cuidava dos detalhes do governo, controlava o exército, supervisionava os governadores das províncias, organizava obras públicas e coletava impostos. A sociedade se dividia principalmente entre os que sabiam ler e escrever e os que não sabiam. Mesmo sendo poucos, os alfabetizados moldavam a cultura egípcia. Todos os egípcios, ricos ou pobres, compartilhavam as mesmas crenças religiosas. Mas havia uma diferença importante. Apenas os ricos poderiam ter túmulos elaborados. Para todos, porém, existia uma regra fundamental. Quem morasse fora do Egito não poderia renascer na vida após a morte. Por isso, as famílias faziam grandes esforços para trazer de volta ao Egito os corpos de parentes que morriam em terras distantes. A quarta dinastia. Uni, o último rei da terceira dinastia, é considerado o iniciador das grandes construções do reino antigo. Mas o responsável pela primeira grande pirâmide foi Snéfero, o primeiro rei da quarta dinastia e filho de Uni. Snefero deu início à era dourada das pirâmides. Não foi fácil. Ele teve que aprender na prática, construindo três pirâmides diferentes até conseguir o resultado perfeito. Ele começou seu trabalho completando a pirâmide em Meidum, conhecida hoje como pirâmide falsa. Por conta da sua forma estranha. Ela parece mais uma torre cercada por uma montanha de pedras do que uma pirâmide. Foi essa tecnicamente a primeira pirâmide verdadeira do Egito, mas não durou muito tempo. O problema foi que os construtores mudaram o design original de Imotep e criaram um revestimento exterior, mas com o tempo tudo desabou. Ele não desistiu. Snefero construiu a pirâmide torta de Da Shur. Ela recebeu esse nome porque sobe em um ângulo de 55º até a metade. Depois muda bruscamente para 43º, parecendo que está dobrando em direção ao topo. Snefero aprendeu com os erros anteriores. Quando viu que a pirâmide torta não ficou como ele queria, simplesmente começou uma nova pirâmide do zero. A pirâmide vermelha recebeu esse nome por causa do calcário avermelhado usado em sua construção. Dessa vez, ele construiu sobre uma base bem firme. Com 105 m de altura, a pirâmide vermelha se tornou a primeira pirâmide verdadeira bem-sucedida do Egito. Originalmente, ela era coberta com calcário branco brilhante, como as pirâmides posteriores. Mas com o tempo, essas pedras caíram ou foram roubadas. O trabalho de Snéfero abriu caminho para os seus sucessores, que construíram as famosas pirâmides que conhecemos hoje. Snol deixou toda a sua riqueza e conhecimento para o seu filho Kelps. Na verdade, durante o reinado de Kelps, o Egito ficou ainda mais próspero. Ele venceu batalhas contra a Núbia e a Líbia, fez acordos comerciais, investiu em cidades como Biblos e criou grandes melhorias para o seu povo. A primeira barragem documentada do mundo foi construída durante o seu governo, melhorando o fornecimento de água pr as fazendas da região. A grande pirâmide é a última das antigas sete maravilhas do mundo que existe até hoje, localizada no Planalto de Gisé, perto do Cairo, e levou 20 anos para ser construída. A ideia é que ela fosse uma gigantesca tumba para Kelps. E apesar de muitas teorias e explicações, a verdadeira forma como ela foi construída continua um mistério. Os historiadores ainda debatem teorias sobre rampas ao redor do edifício e inundações para mover os enormes blocos de pedra para o lugar certo. Nós do canal Econos Simples fomos atrás de engenheiros experientes para debater sobre isso. A resposta foi a seguinte: Com os guindastes, caminhões, pedreiras mecanizadas e planejamento computadorizado, o projeto hoje com certeza seria possível. Uma réplica dessa pirâmide teria um custo estimado de 2.5 bilhões de dólares e o tempo de construção seria de aproximadamente 12 anos. O maior desafio atualmente seria manter a precisão milimétrica em uma estrutura de 147 m de altura. Lembrando que encontramos muita dificuldade em produzir uma réplica com toda a tecnologia atual e recursos disponíveis. Portanto, a verdadeira lógica por trás da construção da grande pirâmide permanece sem nenhuma explicação. Uma figura importante dessa época foi emuno, vizir e parente de Kelps, que supervisionou toda a construção da grande pirâmide. Ele foi enterrado próximo a essa pirâmide. Uma honra reservada apenas aos mais próximos do faraó. E ao contrário do que muitos pensam, as pirâmides não foram construídas por escravos. Os trabalhadores das pirâmides eram pagos pelo governo. Alguns eram especialistas em ser bem remunerados. Outros faziam serviços comunitários, cedendo o seu trabalho por fé em seu Deus. Mas nenhum trabalhou de forma forçada. Durante a enchente anual do rio Nilo, quando era impossível trabalhar na agricultura, o governo oferecia trabalho na construção dos monumentos. Assim, os fazingueiros tinham uma renda durante o ano todo e o faraó conseguia a mão de obra pros seus projetos. Por muito tempo, acreditava-se que as obras eram erguidas por escravos e isso foi muito ensinado. Mas descobertas arqueológicas de documentos recentes mostram verdadeiras folhas de pagamento com cada funcionário envolvido. Após a morte de Kelps, houve uma disputa pela sucessão. Primeiro governou Jeddefre, depois seu irmão Cfre. Essa é a esfinge, o maior monumento esculpido em uma única pedra em todo o mundo. Ela tem uma forma de um leão com uma cabeça humana. Alguns acreditam que esse seja o rosto de Kelps, mas a maioria dos estudiosos pensa que foi Cfrey quem a construiu, já que ela está perfeitamente alinhada com a sua pirâmide e o rosto se parece mais com ele. Há ainda alguns pesquisadores que dizem que a esfinge é mais antiga do que tudo o que conhecemos. Cafre construiu a segunda maior pirâmide de Gisé e governou seguindo o modelo do seu pai, mantendo o poder e concentrando a família real. Após a sua morte, houve uma nova disputa sucessória. Baca, que governou por menos de um ano e depois Mencauri assumiu o trono. Mencauri era elogiado tanto pelos gregos quanto pelos egípcios, mas enfrentou um grande problema. Os recursos do Egito estavam diminuindo. Sua pirâmide é bem menor que as outras duas de Gisé, um sinal de que a era dourada estava chegando ao fim. Durante os 30 anos do seu reinado, ele não conseguiu terminar a sua pirâmide. Seu filho e herdeiro Kuen morreu durante a construção e o próprio morreu antes da obra ficar pronta. Shepsescaf, o sucessor, terminou a pirâmide, mas escolheu ser enterrado em uma tumba simples. Outro sinal de que os tempos estavam mudando. Durante a época de Mencuri, Gisé não era apenas um local de túmulos, era uma cidade completa, com casas para sacerdotes, acomodações para trabalhadores, lojas, fábricas, cervejarias e tudo o que uma pequena cidade precisava. A maioria da população era formada de fazendeiros que não possuíam terra e sempre começavam o dia dizendo: “Vamos trabalhar para a nobreza”. Os camponeses plantavam e colhiam, entregando a maior parte da produção para o dono da terra e ficando com uma pequena parte para si. As mulheres cuidavam dos jardins particulares, enquanto os homens trabalhavam nos campos. O trabalho nos monumentos oferecia uma chance única de melhorar de vida. Pintores e gravadores eram muito procurados e ganhavam bem mais do que os trabalhadores braçais comuns. Fazendeiros podiam aprender ofícios como olaria, carpintaria ou pintura para ganhar ainda mais dinheiro. Cervejeiros eram especialmente respeitados e bem pagos. A cerveja era a bebida mais popular do Egito. Os casamentos eram arranjados pelos pais. As meninas se casavam aos 12 anos e os meninos aos 15. Os filhos dos faraós eram frequentemente prometidos a governantes estrangeiros, ainda bebês, selando acordos comerciais. Mas a vida desse povo não era só trabalho. Os egípcios praticavam esportes como tiro de arco e flecha, natação, cabo de guerra, ginástica e remo, além de jogarem jogos de tabuleiro e outras atividades de lazer. A quinta dinastia. Essa dinastia começou com uma figura importante chamada Kentos. Ela foi chamada de mãe de dois reis do alto e baixo Egito e teve a quarta pirâmide de Jé construída para ela. Uma honra que jamais havia sido concedida a uma mulher. Depois disso, o rei Userkof construiu o primeiro templo do sol em Abusir, marcando uma mudança fundamental na religião egípcia. Agora o povo adorava ao deus R diretamente através dos sacerdotes, diminuindo o poder do faraó como o representante divino na terra. Durante os reinados seguintes, os sacerdotes de Ra ganharam cada vez mais influência. Os templos custavam fortunas para serem mantidos, deixando o tesouro real cada vez mais vazio. Logo eles perceberam o problema e tentaram reformar o governo para economizar dinheiro. Pararam de construir templos do sol, reduziram o número de sacerdotes e deram mais poder aos governantes locais. Também organizaram uma segunda expedição para as terras mais distantes. Sexta dinastia. Quando essa dinastia começou, o poder real já estava muito enfraquecido. O rei atual, Tete, foi morto pelo seus próprios guardas, algo que era impensável nos tempos de Kelps, por exemplo. E o guarda, responsável por isso, tomou o trono. Seu nome era Usercari. Os próximos registros históricos falam sobre o rei Pepe I, que subiu ao trono ainda criança e reinou por quase 100 anos. O reinado documentado mais longo da história egípcia. Durante essas várias décadas, ele assistiu o reinado antigo desmoronar gradualmente. Os governadores locais e sacerdotes ganharam tanto poder que o governo central perdeu completamente a utilidade. Quando Pep finalmente morreu, não haviam herdeiros fortes para assumir o trono. O primeiro período intermediário. Por 140 anos, o Egito se fragmentou em várias regiões independentes. Não havia mais um faraó forte, capaz de construir grandes monumentos, e cada região cuidava de si mesma. O país sofreu com secas e fome e não havia para quem reclamar. Não tinha um governo central para resolver os problemas. A sétima e oitava dinastias foram tão fracas que os seus nomes praticamente foram esquecidos na história. A cidade Memphis foi abandonada como capital. Diferente do reino antigo, os novos faraós conseguiam manter o poder centralizado enquanto permitiam que as regiões prosperassem. Os egípcios desenvolveram sistemas mais avançados de irrigação e construíram nilômetros, instrumentos capazes de medir o nível das enchentes do Nilo e calcular impostos com base na produtividade esperada. Há quase 4000 anos atrás, existia um faraó chamado Senusreto, conhecido como o construtor de sonhos. Durante seus 45 anos de reinado, ele desenvolveu complexos sistemas de irrigação, fazendo com que as colheitas ficassem abundantes. E o povo prosperou como nunca. Ele também foi o responsável por construir a Capela Branca, um templo especial que guardava registros detalhados de todas as regiões do reino. Uma verdadeira biblioteca de pedra que os historiadores valorizam até hoje. Depois dele veio I, que governou por 34 anos. O próximo rei foi Sunzret II, que reinou por 19 anos e tinha um talento especial. Ele sabia como se relacionar perfeitamente com governadores locais. Diferente das épocas anteriores, quando governadores poderosos causavam problemas, ele manteve todos unidos e o reino prosperou. Mas foi o seu sucessor, Sunuzet i que se tornou uma verdadeira lenda em seus 18 anos de reinado. Ele foi tão poderoso, bem-sucedido e admirado que o povo começou a adorá-lo como um Deus vivo. Esse grande rei era conhecido como um guerreiro absolutamente invencível. Liderava pessoalmente seus exércitos e nunca perdeu uma única batalha. expandiu as fronteiras do Egito, conquistou territórios na Núbia, ergueu fortes ao longo da fronteira e fortaleceu o comércio. Ele foi o primeiro a conduzir expedições militares até a Palestina, abrindo novas e lucrativas rotas comerciais. Suas conquistas trouxeram riquezas inimagináveis e o Egito começou a se tornar internacional. Seguindo essa tradição de grandeza, veio Amenehat I. Esse foi um construtor excepcional, um verdadeiro gênio da engenharia antiga. Entre as suas várias obras, ele criou a primeira barreira do mundo, uma obra prima da engenharia antiga que controlava as enchentes do Nilo e otimizava o sistema de irrigação, protegendo tanto o país das secas quanto das inundações que eram destrutivas. Mas a sua obra, verdadeiramente mais impressionante foi o complexo funerário de Hawuara. Um labirinto tão complexo, magnífico e intrincado, que se tornou uma das maravilhas do mundo antigo. A Menut governou por apenas 8 anos, mas manteve todas as políticas dos seus antecessores. Mas ele não teve filhos para sucedê-lo. Após o seu reinado, sua irmã, Sobec Nefero, assumiu o trono por 5 anos. E como ela não tinha herdeiros, essa dinastia também chegou ao fim, encerrando a 12ª dinastia do Egito, depois de mais de 200 anos no poder. Durante esses séculos dourados, os egípcios desenvolveram técnicas incríveis de agricultura. Todo o mês de novembro, quando as águas do Nilo começavam a abaixar, os fazendeiros se preparavam para plantar, reparavam os sistemas de irrigação, reajustavam as fronteiras das propriedades e se preparavam para mais um ciclo de abundância. Eles cultivavam trigo para fazer pão e cerveja, uvas para fazer vinhos, além de tâmaras, figos e a lendária produção de papiro, que servia para fazer papel, velas para barcos, cordas e até tapetes. Com o tempo, o controle do governo novamente foi se enfraquecendo. O baixo Egito começou a desenvolver seus próprios grupos politicamente independentes. Aproveitando-se dessa fraqueza, um povo estrangeiro chamado Ixus começou a ganhar poder no Delta do Nilo. Eles se estabeleceram inicialmente na cidade de Avares, que tinha sido fundada por Amenehat I no início da 12ª dinastia, como um pequeno posto comercial, mas que cresceu até se tornar um importante centro de comércio. Osistos eram comerciantes e imigrantes semitas que inicialmente vieram em paz. Eles vieram através de rotas comerciais e gradualmente foram assumindo o controle político da região. Eles adotaram muitos costumes egípcios, vestiam as roupas dos egípcios, adoravam os mesmos deuses, mas ainda assim eram taxados como invasores estrangeiros. Enquanto isso acontecia no norte, algo similar acontecia no sul. Os reis egípcios pararam de enviar soldados pro sul e os soldados, que já estavam lá há um bom tempo, nunca voltaram pro Egito. Eles se tornaram comerciantes, deixaram de ser militares e perderam um interesse em defender a fronteira. E foi exatamente nesse momento que surgiu a Pep. Numa atitude absurdamente provocativa, a Pep enviou uma mensagem ao rei egípcio. A mensagem dizia: “Resolva agora mesmo essa lagoa cheia de hipopótamos no leste da cidade, pois ela me impede de dormir.” Isso foi um insulto claro. Os hipopótamos eram sagrados. A caça aos hipopótamos era vista como uma ofensa religiosa. O rei do Egito, na época se chamava Tal e ele entendeu perfeitamente a provocação. Em vez de se submeter à humilhação de responder, ele decidiu marchar paraa guerra. Assim, por volta de 1580 a de. Cristo. O Egito estava completamente dividido. Os invasores e quissos controlavam o norte, tinham seu próprio rei. Os núbios dominavam o sul e os verdadeiros faraós egípcios ficaram exprimidos no meio em Tebas, lutando para reconquistar a sua própria terra. Mas tal perdeu a batalha. Os egípcios foram completamente derrotados, deixando o reino em uma situação muito difícil. Camsi, o filho de Tal, não conseguia aceitar essa derrota. Ele se lamentava por ter que pagar impostos aos invasores e estava circado por inimigos de todos os lados. Cheio de coragem e talvez um pouco de loucura, ele atacou os ele conseguiu realizar alguns ataques tão violentos e rápidos que muitos ficaram apavorados com a sua capacidade. Porém, mesmo depois de três anos de ataques, os estrangeiros ainda permaneciam no Egito. Quando Kose morreu, seu irmão Amoose assumiu o trono por volta de 1550 antes de Cristo. e finalmente conseguiu o que a família tanto sonhava. Ele expulsou os estrangeiros do Egito e destruiu as suas cidades. Os iquiços que sobreviveram fugiram para uma cidade chamada Sharoin, na região da Palestina. E a Mosse não desistiu. Ele ainda cercou essa cidade por seis longos anos até a maior parte dos invasores serem destruídos. O que restou fugiu paraa Síria, onde se perderam completamente na história. Essa vitória foi tão importante que marcou o início de uma nova era, o novo reino do Egito, um período de riqueza e poder sem igual. Esse era o nascimento da 18ª dinastia e o surgimento do primeiro exército profissional e formal do Egito. Agora, eles estavam determinados a nunca mais permitir que estrangeiros dominassem o Egito. Foi criado um rigoroso sistema de defesa nas fronteiras e aconteceram incontáveis batalhas desde a Palestina até a Síria. E por um bom tempo, o Egito ficou seguro. O sucessor Amotep I primeiro continuou as campanhas militares do seu pai, especialmente no sul. Depois dele veio Tutimosses, que expandiu o império, derrotou uma revolta Núbia, eliminou um rei rebelde e também reformou alguns templos. Depois veio Tutimosses I, que governou por pouco tempo após ser ofuscado pela rainha Hapsetsut, uma das rainhas mais poderosas do Egito. Habshatsut construiu monumentos magníficos e organizou várias expedições e também criou muitas obras importantes. O seu sucessor, Tutmosses I assumiu o controle de um país em paz e próspero. Durante mais de 20 anos, ele liderou 17 campanhas e criou um verdadeiro império egípcio usando carruagens de guerra, armas de bronze e novas estratégias. Sua primeira grande batalha acontece quando o rei de Cades subestimou o jovem faraó e organizou uma revolta em Canaã. Os rebeldes se reuniram, mas o faraó os pegou de surpresa. Ele criou uma emboscada e pegou os inimigos pelas costas e os derrotou completamente. O povo ficou tão orgulhoso dessa vitória que ela ficou gravada nas paredes do templo Carnak. Após essa batalha, ele conquistou Cades, conquistou toda a Síria e alguns territórios da Mesopotâmia. Quem herdou esse trono foi Amenotep II. Ele fez muitas outras construções e assinou tratados de paz com vários países. Depois veio Tutimosses, aquele que restaurou a grande esfinge de Gisé. E finalmente veio a Meerotepir, considerado um dos governantes mais eficazes da história do Egito. Ele governou durante um auge artístico, político e econômico do país. Seu reinado foi um dos mais luxuosos da história e ele frequentemente usava sua riqueza para impressionar e convencer outras nações a fazer exatamente o que ele queria. Durante esse reinado, os chamados sacerdotes de Amon começaram a acumular riquezas. Alguns já possuíam mais propriedades que o próprio faraó e usavam suas riquezas para se tornarem ainda mais poderosos. O faraó até tentou diminuir o poder deles, mas o plano não funcionou. Quando seu filho Aquenaton subiu ao trono, ele fez algo nunca visto antes. Abandonou todos os deuses do Egito e declarou que Atom era o único Deus verdadeiro. Ele mandou fechar todos os templos, proibiu outras religiões e outros deuses e mudou a capital de Tebas para a nova cidade que hoje chamamos de Amarna. A esposa dele era a famosa Nefertite, conhecida pela escultura que existe até hoje. Talvez a escultura mais famosa de todo o antigo Egito. Quando ele morreu, o seu filho bem pequeno assumiu o trono com apenas 9 anos. O menino se chamava Tutancamon. O jovem faraó percebeu que as mudanças que o pai fez tinha causado problemas em todo o país. Tutankamon nasceu com o perturo, uma fenda no céu da boca e uma doença degenerativa nos ossos. Esses problemas foram causados pelo casamento entre irmãos, o que era muito comum na família real egípcia. Ele voltou à capital para Memphis, reabriu os templos e trouxe de volta os deuses antigos do tradicional Egito. Tutankamon também era casado com sua meia irmã. Apesar de ter sido reconhecido como um faraó muito sábio, ele morreu com apenas 18 anos. Após a morte do jovem rei, a sua meia-irmã desapareceu misteriosamente. O generaleb assumiu o controle e decidiu apagar completamente o período do antigo governo. Ele queimou estátuas, escritos, demoliu templos, trabalhou duro para restaurar as tradições egípcias. Ele morreu sem herdeiros e o seu vizir para m se tornou Ramsés primeiro, fundando a 19ª dinastia. O novo faraó já era idoso e rapidamente nomeou seu filho 7. Juntos eles continuaram reconstruindo o Egito e reconquistando territórios perdidos. Entre os milhares de trabalhadores viviam os descendentes de Jacó, que haviam chegado ao Egito durante uma grande época de fome. Esses hebreus agora eram tratados como escravos. Suas famílias cresciam rapidamente e isso preocupava os faraós que temiam uma rebelião interna. Por isso, Sete I ordenou trabalhos cada vez mais duros. Foi nessa época que nasceu uma criança especial. Quando o faraó ordenou que todos os bebês hebreus do sexo masculino fossem eliminados, uma mãe corajosa escondeu seu filho por três meses. Depois, desesperada, colocou o bebê num cesto e deixou ele flutuar nas margens do Nilo. Justamente a filha do faraó encontrou a criança durante o seu banho matinal. Ela se compadeceu do bebê chorando e decidiu adotá-lo, dando-lhe o nome de Moisés, que significa tirado das águas. Ironicamente, o menino que deveria ter morrido por ordem do faraó cresceu no próprio palácio real, aprendendo toda a sabedoria e conhecimento dos egípcios. Aos 40 anos, Moisés presenciou um soldado egípcio maltratando um hebreu. Dominado pela raiva. Ele atacou o soldado e teve que fugir para o deserto, onde se tornou um pastor, e se casou. Quando chegou o fim do reinado de 7 I, o seu filho Hamsés II assumiu o trono em 1279 aes de. Cristo. Ele se tornou o faraó mais famoso da história, construindo templos que impressionam até hoje. Enquanto ele governava, Moisés estava refugiado no deserto e viu uma sarça de fogo. E dela ouviu a voz de Deus, dizendo: Vai, liberta o meu povo voltou ao Egito com o seu irmão Arão e se apresentou diante do poderoso Ramsési II, com um pedido impossível. Deixa o meu povo partir. O faraó riu da proposta: Quem é esse Deus dos hebreus para que eu lhe obedeça? Então começaram os sinais mais impressionantes que o Egito já presenciou até hoje. 10 pragas terríveis atingiram a terra. A água ficou vermelha como sangue. Aconteceram infestações de rãs, piolhos, moscas e gafanhotos. Doenças tomaram o gado. As pessoas tiveram úlceras diversas. Aconteceram chuvas de granizo destrutivas e alguns dias foram tomados pela escuridão, até que finalmente todos os filhos primogênitos do Egito morreram, até mesmo o filho de Ramisséi. I, os egípcios se renderam, mas o faraó estava enfurecido. Era o fim de 430 anos de escravidão. Cerca de 2 milhões de hebreus saíram do Egito carregando seus pertences e rebanhos. Os próprios egípcios estavam aterrorizados e deram aos hebreus joias, ouro e itens de valor para eles irem embora logo, o mais rápido possível. Mas quando Ramsei II se recuperou do choque, ele reuniu 600 carruagens de guerra e mandou seu exército persegui-los. Quando esse exército alcançou os hebreus, junto ao Mar Vermelho, aconteceu o maior milagre da história. As águas do rio se abriram. Os hebreus passaram e as águas se fecharam, destruindo todo o exército de Ramisés. Segundo, o faraó estava humilhado e derrotado. Ele havia perdido toda a sua força de trabalho e também o seu exército. O faraó, que se considerava um deus, havia sido vencido pelo Deus dos Hebreus. Nos documentos egípcios escritos por Mernepta, esses eventos estão registrados como a maior derrota que o Egito já havia sofrido em todos os tempos. Enquanto isso, mais uma prova veio para Ramsési I em 1274 aes de. Crist, na famosa batalha de Cades. Os ititas, um povo poderoso da Anatia, vinham crescendo em força e ameaçavam as fronteiras egípcias. Hamse I, depois de alguns anos, conseguiu reunir um novo exército. Com 20.000 soldados, ele os dividiu em quatro grupos e marchou para Cades. Porém, era uma armadilha. 37.000 soldados os aguardavam. Ramsés I havia avançado tão rapidamente que acabou se separando do resto do exército. Quando os ititas começaram a atacar o acampamento, ele enviou mensagens desesperadas para outras divisões e a força de Hamsési II foi praticamente toda aniquilada. Antes de uma derrota total, o próprio Hams I liderou alguns contra-ataques, empurrando os inimigos de volta. Ramsei I declarou uma grande vitória, mas quem realmente tinha vencido era o rei e Tita. Na verdade, nessa batalha nenhum dos dois conquistou nada decisivo, mas o resultado levou a algo ainda maior. O primeiro tratado de paz da história. Todos os 11 filhos de Hamsés morreram, menos o 12º chamado Mernepta. Ele também escreveu sobre os hebreus, o povo de Deus, e os chamou pela primeira vez de israelitas. Além de ter que liderar ataques documentados, eles tiveram que enfrentar o povo do mar, invasores misteriosos que historiadores dividem opiniões de quem realmente eram. Em 1180 a de. Crist, esses invasores atacaram o Egito com navios de guerra e, segundo os registros egípcios, eles eram imparáveis. Ramses I sabia que não podia enfrentar os povos do mar em campo aberto e em vez disso usou táticas militares preparando emboscadas principalmente na costa do Nilo. Seus arqueiros ficavam escondidos, tinham sinais combinados e faziam chover flechas sobre os navios inimigos. Essas flechas eram incendiárias e destruíam completamente as embarcações de madeira. Em 1178 aes de.coist, está documentado que os povos do mar foram finalmente derrotados. Mas essa vitória custou muito caro. O tesouro real se esgotou e os trabalhadores que construíram as tumbas não puderam ser pagos. Eles fizeram a primeira greve da história, parando o trabalho até receberem os seus salários. O próprio Ramsés I foi ferido em uma tentativa de golpe tramada por uma das suas esposas. Depois dele, Ramsés assumiu o poder, mas teve um reinado muito curto até passar o trono pro seu filho Ramsés V, que tentou lutar e manter o controle dos sacerdotes e segurar o reino. Mas o grande império egípcio estava chegando ao fim. Uma série de reis, na sequência, tentou desesperadamente manter o país unido, incluindo Ramsés 9, Ramsés 10º e Ramsés 11º. Todos esses faraós enfrentaram uma luta constante, invasores estrangeiros que atacavam suas fronteiras, enquanto dentro do próprio país os sacerdotes ganhavam cada vez mais poder e desafiavam a autoridade real. O que sabemos, com certeza é que esses sacerdotes se tornaram tão poderosos e tão ricos que eventualmente chegaram ao trono do Egito. O terceiro período intermediário. Em 107 antes de Cristo, um homem chamado Smeds se tornou o governante do baixo Egito, estabelecendo sua capital em Tes. Segundo um costume egípcio, ele enterrou Hamsés 11º, provando assim o seu direito legal de governar. Para mostrar seu poder, ele mudou a capital. Mas nessa época os sacerdotes de Tebas já eram fortes o suficiente para reivindicar o seu próprio direito de governar. Então, mais uma vez, o país se dividiu. Smednava o norte, enquanto Tebas governava o sul. Curiosamente, essa divisão nunca resultou em guerra. Smeds governou até 1051 antes de. Crist, mais ou menos na mesma época que Erihor, o sumo sacerdote de Tebas, reinou de 1080 a 1074 antes de. Crist, Erihor era um general, como todos os sumo sacerdotes de Anum. Sua influência não se estendia muito além de Tebas. Esse modelo de governo dividido dominou a maior parte do terceiro período intermediário. Governadores locais se fortaleceram às custas do governo central. A chegada dos Líbios, a 22ª dinastia. Em 943 anes de. Crist, algo aconteceu. Sosenk primeiro, um líbio, conseguiu unificar o Egito e estabelecer uma nova dinastia. Ele não apenas uniu o país, mas também lançou campanhas militares que lembravam os dias gloriosos do império egício. Ele foi inteligente nas suas reformas e organizou tanto a administração quanto o clero. Os cargos religiosos não seriam mais hereditários. Agora o rei os escolheria. Suas operações militares trouxeram a riqueza de volta ao Egito e o país começou a se parecer novamente com o poderoso reino do passado. O Sorcon chegou ao trono em 872 e também manteve o país unido. Mas após ele, o Egito se fragmentou novamente, dessa vez em vários pequenos reinos, cada um governado pelas suas próprias cidades. E isso durou até 750 aes de. Cristo, quando um rei Núbi chamado Casta percebeu a fraqueza do Egito e decidiu aproveitá-la. Ele mantinha fortes relações comerciais com algumas cidades do Egito e conhecia de perto a cultura egípcia. E logo ele deu lugar a seu filho Pie. Ele fortaleceu o domínio Núbil sobre o alto Egito. E quando os reis do baixo Egito protestaram, Piou um grande exército contra eles. Assim, ele conquistou o baixo Egito e capturou, subjulgando as principais cidades. Legalmente, todo o Egito agora estava sob o controle dele. Durante esse período de enfraquecimento, o Egito perdeu seus territórios de proteção. O império persa, o mundo assistia ao crescimento de uma força imparável. Ciro I, rei Persa, invadiu a Babilônia no fim do verão de 539 a. Crist, ele proclamou-se como legítimo governante da Mesopotâmia. Com essa conquista, o exército Persa tinha chegado até as fronteiras do Egito, mas alguns conflitos internos adiaram temporariamente a invasão egípcia. O Egito estava na 26ª dinastia, chamado de período tardio, liderados pelo faraó Psantic I. Então, Cambés II her e heritou do seu pai Ciro I, o maior império que o mundo jamais veu. E ele encontrou uma tarefa inacabada, a conquista do Egito, o último grande reino independente do mundo. A situação se complicou quando o faraó morreu. O novo faraó herdou não apenas um trono, mas também uma situação bem delicada. O conflito entre a Pérsia e o Egito começou de forma curiosa. O rei Persa pediu a Amasses, o faraó regente, que ele enviasse um médico. O médico foi, mas ele estava descontente e aproveitou para se vingar. Ele aconselhou o líder persa a pedir a filha do faraó em casamento, mas o faraó não queria entregar a sua filha para um estrangeiro inimigo. Então ele enviou outra mulher chamada Nitetes. Quando o líder persa descobriu a fraude, ele decidiu se vingar. Ao mesmo tempo, o conselheiro do faraó desertou, traindo o Egito e indo pro lado Pérsia. Depois dele, dois líderes do exército também se aliaram aos persas, todos com medo de uma grande invasão. Então, o faraó, mesmo com tantas perdas, decidiu atacar. Ele reuniu aliados e decidiu atravessar o deserto de Sinai. Para esse ataque, o faraó contou com ajuda de tribos árabes que garantiam água e suprimentos para os soldados. Os dois exércitos se encontraram no Delta do Nilo. A batalha foi brutal. O faraó tinha um exército enorme, os persas apenas 7.000. Mas naquele dia 7.000 persas derrotaram 50.000 egípcios em batalha. A tática dos persas foi suja. Eles trouxeram animais sagrados para os egípcios e os colocaram como o escudo, a ave ibis e alguns gatos. Como esses animais simbolizavam os deuses egípcios e eram extremamente sagrados, os soldados não sabiam se atacavam ou se não atacavam. E assim, cada um persa derrotou cerca de sete egípcios. A derrota foi incrível e o Egito caiu. O faraó foi eliminado e o Egito se tornou uma província do império persa, dando origem à 27ª dinastia. O império persa não destruiu o local e nem a cultura, mas ele manteve e até respeitou as tradições religiosas. Essa conquista marcou o fim da independência egípcia depois de 2000 anos. Em 480 a de. Crist, Sherches I mobilizou todo o poder do Império Persa para sua segunda investida contra a Grécia. O Egito, como parte desse vasto império, contribuiu com recursos e soldados, mas eles foram derrotados. Após essa derrota, Sheres voltou pro seu reino e nunca mais ousou entrar em batalha, até que foi substituído por Arta Xertches I. Enquanto isso, o Egito não aceitava passivelmente o julgo persa. Entre 460 e 454, os descendentes do faraó fizeram várias rebeliões. Eles conseguiram apoio de Atenas e os egípcios resistiram por seis longos anos, transformando o vale do Nilo em um campo de batalha que testou a paciência e os recursos dos persas. Até o momento, o Egito prosperava, mesmo sendo parte do império persa. A 28ª dinastia havia aberto caminho paraa independência, mas foi entre a 29ª e a 30ª dinastia que o Egito reviveu a sua glória. Sob o comando do faraó Nectanebo II, que comandou exércitos, ergueu templos e conduziu o país com uma autoridade que já não era vista desde os tempos antigos. Esse faraó conseguiu libertar o Egito do domínio persa. Ele aproveitou um momento que eles estavam enfraquecidos por conflitos internos e com o apoio dos gregos e outras alianças externas, conseguiu expulsar as forças persas, restaurar a independência egípcia. E esse período marcou a última fase de liberdade do Egito antes da conquista definitiva pelos estrangeiros. Enquanto os egípcios saboreavam sua renovada independência, nas terras do norte crescia um novo poder. Felipe II na Macedônia havia unificado as cidades estado gregas e planejava derrubar o império persa. Em 336 aes de.co Cristo, ele transferiu a sua determinação e a sua visão para seu filho Alexandre, que um dia seria conhecido como Alexandre, o Grande. Em poucos anos após o seu governo, ele iniciou intensas campanhas militares contra os persas, que já estavam fragilizados pelos seus problemas internos. Alexandre ocupou a Babilônia, Sussa, Persépolis e outras capitais. Ou seja, ele não só venceu os persas, ele destruiu o império deles, criando o maior império da sua época. E, é claro, o Egito estava lá dentro. O fim da soberania política egípcia não significou o fim da civilização egípcia. Ao contrário do que poderia esperar, o legado continuou. Quando Alexandre, o grande conquistou o Egito em 332, ele foi recebido quase como um libertador, já que o povo estava cansado do domínio persa. Ele fundou a cidade de Alexandria, que se tornaria um dos maiores centros culturais do mundo. Depois de Alexandre, o Egito ficou sob o comando de um dos seus generais, Ptolemeu, dando origem à dinastia Ptolemaica. Essa família governou por quase 300 anos e teve como a figura mais importante a rainha Cleópatra, que tentou manter a independência diante do crescente poder de Roma, mas acabou vendo o Egito virar uma província romana no ano 30 aes de. Cristo. Sendo liderado por Roma, o Egito foi essencial para o abastecimento de grãos desse império até ficar incorporado mais tarde ao império bizantino. No século VI, os árabes conquistaram a região, trazendo o islamismo e a língua árabe, que moldaram o país como é hoje. Ao longo dos séculos, o Egito passou por dinastias islâmicas como Fatímidas e depois pelos mamelucos até ser conquistado pelos otomanos em 1517, permanecendo parte do império turco por séculos. No final do século XVII, Napoleão invadiu o Egito, mas também não conseguiu mantê-lo. Em seguida, o albanês Mohamed Ali tomou o poder e iniciou uma dinastia que modernizou o país, tornando-o praticamente independente do Império Otomano. No século XIX, a construção do canal de Suez atraiu o interesse europeu. Em 1882, os britânicos ocuparam o Egito, mantendo o país sob controle até a independência em 1922. Foi em 1952 que um movimento militar derrubou a monarquia, proclamou a república e deu início a um período de nacionalismo árabe e reformas. O Egito enfrentou guerras contra Israel, assinou acordos de paz e se tornou o primeiro país árabe a reconhecer Israel. Desde então, o Egito viveu sob governos autoritários, passou por revoltas e rebeliões. Em 2011, um líder foi derrubado. Ele se chama Mubarak. Porém, a instabilidade política continuou. Aconteceu a breve ascensão da liberdade muçulmana e os militares também voltaram ao poder, que inclusive governam o Egito até hoje. O país permanece no mundo árabe, enfrentando desafios econômicos, sociais e políticos. mas mantendo sua essência milenar como uma das civilizações mais marcantes da história. O rio Nilo continua sendo venerado pelo povo egípcio moderno e celebram festivais às margens do Nilo, que são da época dos antigos faraós. A culinária atual egípcia também carrega tempos antigos. Copta é a última forma de língua registrada dos faraós e ela ressoa como orações nas igrejas e é um dialeto que se mistura ao árabe falado nas ruas. Apesar dos desafios, o Egito moderno continua sendo um dos países mais influentes do Oriente Médio. Sua população ultrapassa 100 milhões de habitantes, o que faz dele o país mais populoso do mundo árabe. O canal de Suez, extremamente importante, garante uma posição estratégica na geopolítica mundial. A economia egípcia é baseada no turismo, mas eles também têm petróleo, gás natural e agricultura às margens do Nilo. A nação atual sofre com crises, desigualdade e pressões internacionais. Com uma história tão rica, o Egito atrai milhões de visitantes do mundo todo os anos e poucas nações têm histórias tão grandiosas como essa. Agora eu recomendo que você veja um outro documentário onde nós contamos uma história que não perde muito para essa, a história completa dos Estados Unidos da América. Veja nosso próximo documentário histórico na sequência e não deixe de se inscrever no canal Econos Simples para receber novos vídeos. M.

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