Hypera Pharma: a estratégia por trás da MAIOR FARMACÊUTICA brasileira

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Você já imaginou que uma simples esponja de aço poderia dar origem à maior farmacêutica do Brasil? Pois é, a Hiperafarma, dona de marcas que com certeza você tem aí na sua bolsinha de remédios, nasceu justamente da Asolan, aquela esponja de pia muita gente ainda lembra e com saudade. Essa história é bem peculiar, já que o fundador começou com a ideia de criar um grande grupo de consumo, mas acabou virando um verdadeiro império na saúde. Hoje a Hiper é líder em valor de mercado no setor farmacêutico, mas a sua trajetória tem de tudo, desde aquisições gigantescas até um rebranding que virou a aula de estratégia empresarial. Seja muito bem-vindo ao canal. Eu sou Júlia Petrônio e você está na UVP Capital. [Música] A história da Hiperfarma não começa em um laboratório cheio de dialecos brancos, mas sim em algo muito mais simples, a Asolã. Em 2001, João Alves de Queiroz Filho, mais conhecido como Júnior, decidiu comprar uma pequena fábrica chamada Prática Industrial. Essa fábrica era da Unilever, uma empresa multinacional de bens de consumo, mas a Unilever não dava muita importância para a esponja de aço, então acabou deixando o negócio de lado. E foi aí que Júnior viu uma oportunidade e não deixou passar. Ele adquiriu a operação e reconstruiu a empresa do zero. Júnior tinha uma enorme visão estratégica e não queria apenas ressuscitar a Asolã e sim construir um império de marcas fortes como a Unilever, algo que ele mesmo chamava de versão brasileira daquelas multinacionais gigantes do consumo. E assim iniciou o que era para ser uma reconstrução de uma marca, mas acabou sendo o início da hiperafarma. [Música] Depois de recuperar a Solã, Júnior não quis ficar só na esponja de aço. Nos anos de 2002 até 2005, ele iniciou uma maratona de aquisições. O cara parecia estar em um supermercado de negócios colocando tudo que ele via pela frente no carrinho. Foram dezenas de marcas adicionadas ao portfólio nesse curto período e a ideia era muito simples, construir um grupo nacional forte em consumo, tendo a presença de vários setores que não dependessem apenas de um produto. Essa fase foi tão intensa que muita gente começou a comparar o júnior com os grandes magnatas varajistas. A lógica era bem simples. Quanto maior o número de marcas na prateleira, maior o poder de negociação, distribuição e nome do mercado. E o engraçado é que no meio dessa expansão louca estava sendo criada a base para algo muito maior. Porque por mais que parecesse uma coleção aleatória de negócios, Júnior já estava pensando em um futuro em que a empresa teria um foco mais definido. E esse futuro se iniciaria ali em 2007, quando a companhia deixou de ser a dona da Assolan e de várias marcas. para virar oficialmente a hipermarcas. [Música] No mesmo ano de 2007, rolou o movimento mais ousado até então, que foi a entrada no mercado farmacêutico com a compra da DM Industria Farmacêutica. Pode parecer só mais uma aquisição, mas na prática foi como se a hipermarcas tivesse descoberto o ouro. Até porque, pensa comigo, produtos de limpeza higiênic costumam ter uma margem apertada, concorrem com gigantes multinacionais e a fidelidade do consumidor é bem baixa, já que esse cardápio de produtos é muito longo e competitivo. Mas e o setor farmacêutico? Alta margem, consumo recorrente e uma barreira de entrada gigantesca. Não basta querer, tem que ter um monte de coisas como regulamentação, licenças, noow e bastante dinheiro. E foi com essa jogada que Júnior colocou a hipermarcas em um mercado promissor, dando a oportunidade da empresa montar um verdadeiro império no Brasil nos anos seguintes. [Música] No ano de 2008, a Hipermarcas abriu seu capital na B3, o famoso IPO, sendo negociada pelo ticker HPE3. Essa entrada no mercado de ações rendeu cerca de R$ 820 milhões deais, um valor enorme para a época e que não foi guardado para render juros. Colocaram a grana diretamente na expansão da empresa enquanto animavam os investidores com novas aquisições. E se você quer saber se compensa comprar essa ação ou quer saber como comprar uma ação e buscar multiplicar o seu dinheiro, saiba que não é da noite pro dia. O que acontece, galera, é que todo mundo quer fazer dinheiro, e isso é um fato, mas ninguém quer ficar rico devagar, né? Todo mundo quer só apertar um botão e pronto, o dinheiro tá na conta. Mas adivinha só? Esse botão não existe. Pelo menos eu nunca vi. Você já viu, Luiz? Nunca vi. Não. Então, se a gente não viu, quem me dirá vocês. Diga aí nos comentários se vocês já viram. Agora, se você quer aprender do jeito certo, sem mágica e sem promessas vazias, entra no site vp.com.br, clica no botão e faz a sua análise de perfil. É um questionário bem simples e bem rapidinho, com poucas perguntas. E olha, se você tiver coragem de investir agora, mesmo quando o mercado tá cheio de gente com medo, a UVP vai te mostrar uma estratégia sólida, passo a passo para você construir um patrimônio de verdade. Mas vamos ser realistas, né? Se você ganha um salário mínimo e você acha que você vai sair da plataforma direto para uma Ferrari, não vai rolar. Agora, se você ganha mais de R$ 4.500 por mês, dá pra gente construir algo. Com 15.000 ou 50.000, o processo é ainda mais rápido. Mas lembre-se, não é loteria, é estratégia. Clica lá e preenche o questionário e começa agora, porque a gente tá começando uma turma nova e pode te ensinar a investir com estratégia no Brasil e no mundo inteiro. E voltando para o IPO, deu muito certo. Os investidores compraram a ideia do modelo da empresa de pega e cresce, que era basicamente comprar marcas conhecidas, integrar a operação e ganhar espaço no mercado. Era tipo jogar aquele jogo monópolis, sabe? só que na vida real, com vitaminas e remédios no tabuleiro. Acredite ou não, o mercado gostou do jogo e logo depois do IPO, as ações chegaram a se valorizar em mais de 50% nos primeiros 2 anos, impulsionadas pelo ritmo de aquisições. Entre 2008 e 2011, a hipermarcas engoliu gigantes do mercado, como a farmácia, que trouxe uma linha enorme de medicamentos genéricos e de prescrição, a neoquímica, que até hoje é um dos maiores trunfos da empresa, tendo medicamentos acessíveis, e a enorme Mantecorp, uma farmacêutica tradicional que tinha marcas líderes em prescrições médicas e produtos dermatológicos renomados. Assim, a hipermarca se transformou de vez em uma empresa respeitada no ramo farmacêutico. E assim a empresa multiplicou sua presença nas farmácias, ganhou autoridade em genéricos, medicamentos de marca e dermocosméticos, um portfólio que ia do paracetamol ao creme para pele fina. Ou seja, em menos de 5 anos, a empresa que saiu da Esponja de Aço já disputava espaço no balcão das farmácias, tendo medicamentos líderes de mercado. Tudo isso sendo financiado pelo bolso do investidor que acreditou no IPO lá em 2008. [Música] Depois da maratona de aquisições, veio a etapa que separa os garotos dos homens arrumar a casa. Entre 2012 e 2016, a companhia começou a se desfazer dos negócios que não faziam mais sentido com as suas estratégias. Saiu o que era puramente consumo, linhas de cosmético, higiene, descartáveis e preservativos. E ficou o que tinha margem alta, barreira de entrada e receita previsível, que eram os medicamentos. Não foi só vender ativos, foi direcionar o foco. A empresa simplificou a operação, reduziu complexidades e concentrou energia onde realmente fazia diferença. Genéricos, medicamentos de prescrição e produtos farmacêuticos de consumo, como vitaminas, antigripais e analgésicos. O portfólio ficou ainda mais enxuto, as marcas mais fortes e a operação mais direta. O ponto de virada veio em 2017. A antiga hipermarcas deixou de ser o grupo das grandes marcas para assumir no nome e na prática aquilo que já estava acontecendo. Nascia a hiperofarma. A mudança de nome não foi cosmética, foi estratégica. Mandou um recado claro para o mercado. Agora nós somos uma farmacêutica. Com esse novo capítulo, vieram três ajustes importantes: foco em pesquisa e qualidade regulatória, integração industrial e a consolidação das principais marcas que eram focadas em linhas de prescrição, produtos de balcão e itens para pele. Esse movimento mostrou que a empresa não queria ser só grande, queria ser relevante em um setor só. [Música] Hoje a Hiperfarma é simplesmente a maior farmacêutica do Brasil em valor de mercado, que é de incríveis 14.6 bilhões deais. A companhia tem um portfólio que preenche a prateleira de uma farmácia inteira, de genéricos da neoquímica, passando por vitaminas como Benegrip, Eng, até medicamentos de prescrição e dermocosméticos que disputam espaço nos consultórios médicos. E não é exagero, quase todo brasileiro já usou, mesmo que sem perceber algum produto da Ipera. O Ingve depois da festinha, o Benegrip no resfriado, o Neusaldina na dor de cabeça e até mesmo o Adera, que é uma vitamina D. Se juntar tudo é praticamente uma farmácia dentro de casa, só que com receita bilionária. E por falar em bilionária, a Hipera lucra mais de R$ 1 bilhão deais por ano de forma recorrente, tem margens robustas e distribui dividendos generosos. Enquanto suas concorrentes jogam pesado em frentes específicas, a MS apostando no volume de genéricos, a Eurofarma mirando expansão internacional e a Achê focando em inovação e prescrição médica, a Ipera segue outro caminho. Ela prefere dominar o território brasileiro, unindo duas armas poderosas: distribuição ampla e marcas fortes que já fazem parte do dia a dia do consumidor. É aquele tipo de empresa que não precisa se explicar muito, todo mundo já conhece os nomes que estão no seu portfólio. No fim das contas, a Ipera conseguiu transformar produtos que parecem simples em verdadeiras máquinas de faturamento. Porque quando o consumidor pede pelo nome da marca e não pelo princípio ativo, é senal que a empresa já ganhou a batalha. [Música] Nenhum gigante cresce sem tropeçar e a Ipera não é exceção. Ao longo dos anos, a empresa já enfrentou problemas regulatórios e até questionamentos de governança. Nada que a derrubasse, mas o suficiente para lembrar que o jogo da saúde é cheio de lupa e fiscalização pesada. Além disso, a dependência do mercado brasileiro ainda é um ponto sensível. Enquanto concorrentes como a Eurofarma buscam diversificação lá fora, a Hipera concentra boa parte da força aqui dentro. é ótimo para manter a liderança e as margens, mas também deixa a companhia mais vulnerável a mudanças de política de preços nos medicamentos ou regulações internas. E claro, não dá para esquecer o peso da inovação. No mundo onde a biotecnologia e a digitalização prometem revolucionar a saúde, a Ipera precisa mostrar que consegue não só manter as suas marcas fortes, mas também entrar em novas fronteiras. Afinal, de nada adianta ser a dona da Dorflex hoje, se amanhã o cliente resolver que vai aliviar a dor com outro tipo de solução mais moderna. Parece que investir na hipera é acreditar que remédio ainda vai ser um negócio de bilhões e que o brasileiro, quando sentir dor de cabeça, vai continuar pedindo dor flex e não genérico do genérico do concorrente. Se a Ipera conseguiu sair da pia de cozinha direto pro topo da B3 no setor farmacêutico, quem imagina o que mais que ela pode fazer? Como investidores devemos fazer o papel de nos manter sempre informados. E adivinha como você pode ficar sempre informado? Isso mesmo, se inscrevendo aqui no canal. Basta se inscrever aqui e ficar de olho nos próximos vídeos. Hoje eu fico por aqui e até a próxima.

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