INVESTIR NO EXTERIOR DÁ MAIS DINHEIRO? A verdade em números!

0
Share
Copy the link

Você realmente precisa investir no exterior? Alguns vão dizer que sim, que é indispensável dolorizar o patrimônio. Outros vão garantir que não, que dá para ganhar muito dinheiro ficando só no Brasil. O que eu quero te mostrar nesse vídeo é que por trás das opiniões existem números e fatos que explicam por investir lá fora é essencial, diria até obrigatório. E quantas maiores oportunidades também estão aqui, né? Porque você pode investir lá fora, questão de diversificação, proteção, mas pode ser que o Brasil tenha um desempenho melhor do que o mercado americano. A gente vai ver que já aconteceu. Esses dados eles vão muito além de câmbio ou simplesmente performance da bolsa em um único ano. E já que estamos falando sobre o assunto, o cenário 2025 é um ótimo exemplo para começar essa conversa. O dólar já recou 14.21%. Enquanto isso, o IBOV para nosso principal índice subiu 13.86%. E olhando em dólar, aqui eu vou utilizar o ETF EWZ como referência. É tipo um Ibovespa listado na bolsa americana, né? A nossa bolsa, ela tá subindo 25.1%, ela tá superando o SNP e o NASDAQ 100. O mais curioso é que tudo isso está acontecendo mesmo em um cenário que pelo menos na teoria deveria jogar contra, porque a gente tem posição de tarifas pelos Estados Unidos, risco fiscal crescente aqui no Brasil com governo que gasta mais do que arrecada, criação de novos impostos e todo o caldeirão político que só Brasília sabe cozinhar. Tudo isso ao longo de um ano em que a Selicu para 15%, que é o maior patamar desde 2006, deixando o Brasil atualmente com o segundo maior juro real do mundo. Mas como todo investidor deveria saber, a memória do mercado e do brasileiro em geral é curta. Eu não tô falando aqui de política nesse esquisito, a memória costuma ser pior ainda. Basta lembrar que em 2024 a bolsa caiu cerca de 10%, enquanto o dólar disparou mais de 27%. Com o cenário visto no último ano e não apenas nele, digase de passagem, a narrativa sobre ter exposição exterior ganhou força. Agora, porém, muita gente se apega às quedas atuais do dólar para dizer que a decisão de dolarizar o patrimônio foi um erro. Afinal, nada impede que o dólar continue caindo, o mercado lá fora pode cair. E aí você ouve isso e pensa, né, afinal, quem está certo? Será que realmente faz sentido dolarizar? Ou será que isso não passa num discurso exagerado? A verdade é que essa não é a primeira vez que eu vejo o discurso mudar tão rápido. Em alguns momentos até com razão, porque gosto de você ou não, o Brasil já viveu fases em que parecia muito difícil perder dinheiro investindo por aqui. Ao longo das últimas décadas, a gente foi chamado muitas vezes de, entre aspas, o país das oportunidades. Em alguns momentos, essa forma parecia fazer sentido. a gente pega de 2000 até mais ou menos ali maio de 2008, quando a bolsa brasileira em dólares, né, que eu vou utilizar o EWZ de novo, atingiu o seu pico histórico, o desempenho do Brasil superou amplamente o do S&P 500. Enquanto o índice americano andou de lado, acumulando apenas 8.2% no período, o EWZ subiu impressionantes 421,48%. Esse salto foi impulsionado por uma combinação rara de fatores. Lá fora, os Estados Unidos recuperavam do estudo daabolha.com e também dos atentados de 11 de setembro, o que fez bastante capital internacional buscar oportunidades em mercados emergentes. Ao mesmo tempo, a explosão da demanda chinesa por minério, soja e petróleo inaugurou um super ciclo de commodities, levando a balança comercial brasileira, um país exportador de commodities, a recordes históricos. Internamente, o país acabou quitando antecipadamente sua dívida com a FMI. Acumulou reservas internacionais que saltaram de menos de 40 bilhões de dólares em 2002 para mais de 200 bilhões em 2008 e conquistou o tão cobiçado grau de investimento semanas antes do pico da bolsa em 2008. Nesse período, realizou fortemente. O dólar que rondava R$ 4 no auge da incerteza de 2002, época da primeira eleição do Lula, caiu para cerca de 1,57 em junho de 2008. Era um período que o Brasil estava no centro das atenções. As reservas internacionais batiam recordes, dívida pública caia em relação ao PIB e a percepção de risco do nosso país despencava. Mercado interno crescia, o consumo também, o agronegócio, a mineração, surfando preços históricos. Lá fora você tinha relatório de bancos e casos de análise chamando o Brasil de estrela dos emergentes. Investidores estrangeiros disputavam espaço na nossa bolsa em grandes projetos de infraestrutura. Para quem investia aqui, tudo indicava que a gente estava no caminho certo para finalmente nos consolidar como o país do futuro. E por um breve momento, os números reforçavam essa percepção. Era o tipo de cenário que enchia de confiança a qualquer investidor. Afinal de contas, você tinha crescimento econômico, capital estrangeiro entrando, consumo interno aquecido, dólar controlado, nossa bolsa entregando o desempenho de dar inveja a qualquer mercado. Parecia que finalmente a gente estava entrando em um ciclo sustentável de prosperidade. E essa não foi a última vez que o Brasil viveu algo assim. Mais recentemente, entre 2016 e o início de 2020, a época da pandemia, a gente teve o fim do governo Dilma, a entrada do Temer, eleição do Bolsonaro e uma agenda muito mais prócado. Com isso, Bovespa saltou de cerca de 43.000 pontos para mais de 118.000 pontos antes da pandemia. Uma alta de um pouco mais de 181% impulsionada por reformas que acabaram levando à queda de juros aqui no Brasil. Porém, mesmo com esses momentos de euforia, se a gente pega os últimos 25 anos, eles mostram que o Brasil nunca deixou de ser um mercado marcado por forte volatilidade. No início dos anos 2000, quando a economia ainda se recuperava da crise do fim da década de 90, daquela época de paridade entre dólar e real ali em 98, por exemplo. E o bom das Comotes apenas começava a ganhar força quando as eleições presidenciais chegaram. E nós vimos o Lula sendo eleito e o começo do seu primeiro mandato. Aquilo provocou uma turbulência muito forte nos mercados, a maior desde o plano real. Entre janeiro e outubro, a bolsa caiu 31.8%, acompanhando o avanço do Lula nas pesquisas. O dolor, no mesmo período, ele disparou 56.24%, saindo de 2.41 para alguma coisa próxima de R,50 e chegando a atingiu uma máxima de R,99 em 27 de setembro. O crime era de nervosismo extremo. Goldacak chegou inclusive a criar um lulômetro que estimava o câmbio conforme o resultado das urnas. Eles previam 3 e4 caso o Lula vencesse e 2,52 se o Serra ganhasse. Em 14 de outubro, o Banco Central numa reunião extraordinária, elevou a Seri de 18% para 21% para tentar conter a fuga de capital do país. A pressão, ela só arrefeceu de forma mais consistente depois da divulgação da chamada carta ao povo brasileiro, em que o presidente Lula na época se comprometeu com a estabilidade econômica e a manutenção do tripé macroeconômico, aquele onde a gente preza por controle da inflação, responsabilidade fiscal e manter um câmbio flutuante. Isso acabou abrindo o caminho por uma trégua com o mercado. Quando o cenário parecia mais estável, veio aquele de 2008 que derrubou o nosso principal índice Ibovespa. Ele caiu 41% naquele ano e o dólar saltou de 1.62 para bater 2.31. Foi uma alta de 31.9%. Ou seja, em dólares a queda do Ibovespa foi ainda mais acentuada e o índice nunca mais recuperou o pico alcançado naquele ano, sendo que isso foi em 2008, ou seja, há 17 anos. Na época, o então presidente Lula minimizou o impacto e chamou a crise simplesmente de uma marolinha, né? O que na prática não é verdade. Foi uma tempestade muito grande nos mercados. Avançando mais um pouco no tempo, poucos anos depois, entre 2014 e 16, a gente viu a pior recessão da história recente do país. Uma queda do PIB por dois anos seguidos, maior do que a da época da pandemia, inflação de dois dígitos, desemprego recorde e o real entre as moedas que mais perderam valor no mundo. Nessa época o dólar saiu da casa de 2.04. Isso lá em 2013 para bater R$,94 no fim de 2015, a partir de 16 pós impeachment. Aí a gente começou a ter uma agenda mais para o mercado, mais otimismo. Nós tivemos a subida da bolsa que eu falei anteriormente, mas em 2020 a gente teve a pandemia que paralisou o país. Novamente a bolsa caiu 47%, isso em único mês e o dólar saiu de R$ 4 para alguma coisa próxima de R$,80 num movimento que foi tão rápido quanto também histórico, né? Depois disso, o dólar nunca mais voltou a ficar abaixo do patamar de R$ 4 em 2022, com eleições polarizadas, que reacenderam a tensão e provocaram mais fuga de capital. E agora, no terceiro mandato do governo Lula, a gente tem uma combinação de risco fiscal elevado, aumento constante de impostos, mudança o tempo inteiro nas regras do jogo, né? Ou seja, muita incerteza do ponto de vista jurídico. O que, apesar da queda do dólar no mundo inteiro, ainda mantém nossa moeda pressionada. Basta lembrar que recentemente, 2024, ela chegou a bater pela primeira vez o patamar dos R$ 6. Portanto, repare que esse vai e vem de confiança, depois vem crise, recuperação, mas depois tem uma outra crise que não afeta apenas o câmbio, ele é só um termômetro de tudo isso, acaba se refletindo diretamente na bolsa brasileira e nos ativos que a gente tem aqui no país. E aí em comparação com outros mercados, a gente vê que o Brasil é um bicho diferente. Se por um lado esses ciclos mostraram que é possível ganhar bastante dinheiro aqui, por outro cada euforia foi seguida de quedas abruptas e demoradas recuperações. Se é que teve recuperação, né? Basta lembrar que o topo de 2008 em dólares nunca mais foi atingido. A gente tá coisa de 70% abaixo. Se colocarmos tudo em perspectiva, olhando desde o ano 2000, nós vemos que a bolsa brasileira teve períodos de altas muito fortes, inclusive superando em certas épocas o mercado americano, como por exemplo no Bundas Commodities. Mas no acumulado essa MP500 entregou um resultado muito mais consistente. De 2000 até hoje, o Ibovespa em reais se valorizou 707.9%. Um número bem interessante, ele salta aos olhos. seu patrimônio teria multiplicado por oito. Mas quando a gente olha o mesmo período em dólar, o cenário muda de figura. O SNP entregou 608.26%, enquanto a nossa bolsa convertida para dólar avançou cerca de 168.16. Sendo que esse contraste fica ainda mais evidente ao perceber que o mercado americano não apenas subiu mais, ele também apresentou quedas menos profundas e recuperações mais rápidas, ou seja, ele oscilou menos. Mas tem uma coisa que joga a pessoa física para fora do mercado é a oscilação. Quando o mercado cai demais, ela simplesmente vende, captula, desiste e nunca pega mais a recuperação porque ela tá fora do mercado. De modo que enquanto o Brasil viveu ciclos de otimismo, seguido de fortes correções, o investidor americano poôde se beneficiar de uma trajetória muito mais previsível e tranquila, com maior valorização, porque lá fora existem setores que simplesmente não existem por aqui. A gente tem muita tecnologia, semicondutores, biotecnologia, par de defesa. Tudo isso puxou valorização global nas últimas duas décadas. E se a gente pega uma janela mais curta de 2015 a 2024, período em que provavelmente muitos de vocês já tem um histórico como investidor aqui no país, nessa janela, a diversificação internacional ganhou ainda mais relevância. Se a gente pega diferentes em termos de rendimento, ela ficou gritante. Quanto é 100500 subiu 242.61%, a nossa bolsa em dólares avançou apenas 7.83. Pô Bruno, mas eu fiquei só na renda fixa, então esse retorno da bolsa aí que foi ruim, eu não peguei. OK. Então, pegando os últimos 10 anos, quem ficou no CDI acumulou cerca de 142% nominais, ou seja, sem descontar inflação. Esse desempenho é muito próximo do desempenho do Ibovespa no mesmo período em reais. E esse é o problema, né? A gente tá vendo somente em real e se ótica local. Quando ajustamos para dólar, esse retorno cai para apenas 4%. Ou seja, em 10 anos, em dólares, você teve um retorno de apenas 4%. O que dá para você ganhar hoje em um único ano comprando título público americano de curto prazo. Não há nada mais seguro no mundo em termos de risco de crédito. Ou seja, você até evitou a volatilidade da bolsa, mas no final você não se protegeu da perda de valor frente a moedas fortes. E é por isso que eu sempre defendo, né, que todo investidor precisa ter exposição internacional, o que também não significa não ter exposição ao Brasil. Você pode ter exposição aos dois. Mas o que eu diria é que enquanto a exposição lá fora é estratégica, alguma coisa voltada para longo prazo e na qual você não tem que pensar muito para ter, aqui no Brasil ele é muito mais tática devido aos ciclos que a gente tem, né? meu juro sai de dois para 15, aí depois pode cair novamente, enquanto lá fora os movimentos são muito menores. E aí, para quem quiser aprender mais disso, eu vou lembrar que no viver de Renda a gente ensina a investir, ainda que você seja um completo iniciante. Você vai aprender a se expor a diferentes classes de ativos, moedas e países, até porque nessa turma eu decidi fazer algo inédito. Além do viver de renda, inclui também o treinamento Viver de Renda no exterior, que é um curso completo para residentes e não residentes aqui no país que querem se aprofundar nas oportunidades que existem lá fora. pelo preço de um treinamento, você vai ter acesso aos dois, mais 12 meses de suporte com time pronto para responder suas dúvidas, aulas ao vivo, também tem aulas gravadas, lives e muito mais. Você pode conferir todos os detalhes, entrar na lista de pré-matrícula agora no link está aqui na descrição. Lembrando que a abertura será no dia 1eo de setembro. E não importa se você pretende viver no Brasil para sempre ou se pense em morar fora. É importante que você passe a pensar com uma cabeça mais internacional, porque patrimônio se mede em dólares. Essa é a regra usada por investidores, empresas e até governos para comparar riqueza. Isso se você tá em São Paulo, Nova York ou Tóquio. De modo que nada adianta você ficar rico em moeda emergente enquanto fica mais pobre em dólares. E aí, ao investir lá fora, além de ter acesso a uma moeda mais forte, você também vai acessar mercados mais líquidos, com mais segurança jurídica, mais previsibilidade. Isso mesmo em anos de estabilidade política. Até porque se você pega o S&P 500, ganha democratas ou republicanos, a tendência é que ele continue subindo. Isso que eu tô falando do S&P 500, né? Mas você pode também ser muito mais específico em escolhas, porque lá fora tem setores inteiros que no Brasil eles ou não existem ou são muito pequenos. Já citei aqui semicondutores, biotecnologia, defesa. Agora nós temos inteligência artificial que deve puxar boa parte dos ganhos de produtividade do mundo nas próximas décadas, que é só uma continuação do boom tecnológico que já fez isso anteriormente. E esse boom foi liderado por empresas que não estão aqui, elas são americanas. É uma Apple da qual você provavelmente é cliente ou conhece muita gente que é cliente. Uma Microsoft, Nvidia, Amazon, Google. São companhias que não apenas criaram produtos revolucionários, eles também reinventaram indústrias inteiras e geraram valor em escala global. Toda essa inovação ecossistema sustentam tanto o valor do dólar quanto a força de um mercado, que se a gente olha capitalização ultrapassa 65 trilhões de dólares. Comparado com a B3, isso dá 83 vezes a mais. Só a Apple, por exemplo, tem mais valor do que as companhas brasileiras todas somadas. Portanto, depois de olhar para todo esse panorama que eu coloquei aqui entre crises e recuperações, fica muito claro que o Brasil apresenta ciclos onde você pode ter uma forte valorização. Aqui tem oportunidade também, sobretudo para quem acertou o momento. Mas esses ganhos geralmente tiveram acompanhados de muita volatilidade e da devolução de boa parte deles para quem não sabe quando sair. Por isso que eu falei que aqui no Brasil as coisas são mais táticas, né? Porque acertar o momento certo pode significar a diferença entre multiplicar ou perder o patrimônio. Já nos Estados Unidos, por outro lado, o simples ato de investir e permanecer investidor por longo prazo tem sido suficiente para superar praticamente qualquer crise. Um mercado com menos quedas profundas e mais previsibilidade, invariavelmente, desde que ele se mantenha assim, tende a superar o nosso no longo prazo. E é exatamente por isso que eu sempre falo que você deve tirar uma parte do seu patrimônio do país antes que o país tire o seu patrimônio de você, via, por exemplo, mais impostos, inflação mais elevada. Noem histórico tem até um confisco, né? Mas algo que a gente não deve ver no futuro, pelo menos não enquanto a lei se mantiver do jeito que é. Mas de toda forma, eu espero que nesse vídeo você tenha visto que faz sentido diversificar internacionalmente e que, apesar do Brasil ser um mercado com oportunidades, ele também carrega bem mais risco. Sendo que no mundo dos investimentos você corre mais risco, você deveria esperar mais retorno. Porém, em várias janelas, ao investir lá fora correndo menos risco, é aí que você tem mais retorno. [Música]

Comments

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *