LIBERDADE DE EXPRESSÃO DEVE VALER PARA TODOS? com RUI COSTA PIMENTA e ENG. LÉO | Tubacast (662)

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Oi, fala tubarão. Tudo bom com você? Seja muito bem-vindo a mais um episódio Mega Especial. Hoje estaremos falando de tudo que está acontecendo aqui no Brasil, liberdade de expressão, até onde nós podemos falar, até onde nós podemos ficar com medo de falar também. Está acontecendo uma coisa muito interessante, né? E eu estou aqui com Léo, meu cohost preferido aí, Léo. Muito obrigado, viu? Como se se encontrava aqui, né? Só vejo você tirando selfie com uma pessoa, com outra pessoa e tal. Fazia tempo, né, Léo? Seja muito bem-vindo, viu? Ob. Obrigado, sempre um prazer. Sempre muito bom aí ter você. E hoje estamos aqui com Rui Costa. Seja muito bem-vindo, viu, Rui? Obrigado por você ter topado, vir aqui no podcast, né, para conversar com a gente, ver outro outro lado político seu. Eu eu sempre vejo você no Pânico, né, direto lá. O pessoal te trata muito bem, você faz ótimas colocações e hoje a gente vai fazer esse bate-papo com contigo. Obrigado pelo convite. Um prazer. Um prazer estar aqui com vocês. Quer começar? Pode não, pode. Pode começar. Vamos lá. Eu até R primeiro, um prazer ter aqui com a conversei com o seu filho. Seu filho é muito bom debatendo também, viu? A gente conversou, via de regra, o pessoal não me dá trabalho debatendo não, viu? Mas seu filho me deu trabalho. É difícil debater. Ele é bom. Gostei dele. Tá, eu queria já fazer uma provocaçãozinha do que a gente tava falando aqui. Rui, que que você acha de você muitas vezes nos seus posts você ser considerado um ícone da direita? É, nós vivemos uma situação muito original, né? Eh, mas não é não é difícil de entender o que tá acontecendo. A esquerda, o que a gente chama de esquerda, né, que não é esquerda é uma coisa muito genérica. A maior parte da esquerda é uma esquerda que apoia o que está aí, tá? É uma esquerda que é a favor do status qu. Muitos falam que eles são contra, eles querem mudar o Brasil, etc e tal, mas de fato, de fato, a oposição deles é a favor do status qu. Eh, a nossa posição eh não é essa, nunca foi, né? Nós somos um grupo que quer mudar radicalmente a situação. Sempre tivemos esse programa e eh não é porque existe aí um governo de esquerda que nós vamos nos conformar com a situação que o país tá vivendo, né? O, se você tem um governo de esquerda que que a gente falasse que, ah, não, eu tô satisfeito com o que tá acontecendo, ele precisaria fazer muita coisa. Aí o governo Lula não tá fazendo muita coisa, não tá fazendo quase nada, tá? Nós não vamos ficar aqui embelezando, elogiando uma coisa que a gente acha que não tem sentido. O povo tá numa situação muito difícil, né? A miséria no Brasil é enorme, né? Eh, eu fico até muito incomodado quando eu vejo o governo falando que o desemprego caiu e tal. Tá tudo bem, né? Tá tudo tranquilo. É a voz do Brasil. Você coloca 9 horas na rádio, tá tudo bem. É, se você anda na rua, você vê que a situação não tem nada a ver com isso. Tá cheio de gente dormindo na rua, tá cheio de de comércio fechado que faliu, né? A situação é uma situação dramática do povo brasileiro. Se você vai se conformar com isso, ô, então e não adianta você falar que os outros é que são conservadores, porque você tá querendo conservar uma situação muito ruim. A gente tava comentando aqui anteriormente, até no podcast anterior, com Adri Jorge, engenharia reversa, eh, falando sobre o que é o Brasil hoje, né, dentro do da plena democracia, se é que isso isso existe, e da mais opressora ditadura. Onde que a gente tá nesse intervalo? A gente tá do lado da perto da democracia, o Brasil já é uma ditadura. Onde você enxerga o Brasil entre democracia e ditadura? Bom, nós nunca tivemos a ideia de que o Brasil fosse uma democracia. né? Eh, perdão, a passagem da ditadura de 64 para a chamada democracia foi uma mudança muito superficial, né? Alguns aspectos muito gritantes da ditadura foram suprimidos. Censura direta imprensa, que agora já, né, já voltou. Não dá para você dizer que isso aí permaneceu em nenhum sentido. Eh, eh, uma certa violência do Estado contra o a oposição política, né, torturas, tal, apesar de que isso tinha, quando a ditadura acabou, já fazia anos que não existia mais também, né? Então, quer dizer, não houve uma mudança tão profunda. Eu acho que uma coisa importante para se eh assinalar é que a democracia ela não é um problema jurídico, ela é um problema econômico. Os países que tiveram na sua época democracia, eles tinham condições de ter esse tipo de regime. No Brasil, isso é uma é uma importação, como muita coisa. O Brasil é o país da importação de muitas coisas, né? Só que não há raízes no Brasil para o regime democrático. Então, ele nunca existiu de fato. O parlamentarismo brasileiro sempre foi uma coisa mais aparente do que real, né? As liberdades políticas sempre foram precárias. Eh, o estado de direito, que todo mundo fala tanto, né? Sim. Eh, no Brasil sempre foi uma ficção. A gente sabe disso. A gente sabe que existe um um um ditado que todo mundo usa há muito tempo, não começou com Alexandre Moraes e só levou as últimas consequências que da cabeça de juiz e bunda de neném ninguém sabe o que vai sair. Verdade. Quer dizer, o juiz é ele não atua de acordo com a lei, porque se ele atuasse de acordo com a lei, você saberia o que que vai sair. Sim. Sim. Então, a lei no Brasil, em grande medida, é uma ficção também. Quer dizer, é um regime político que foi transplantado para cá sem que ele tivesse crescido aqui, enraizado no país, né? Então agora, lógico, você deixando de lado esse problema mais geral, você tem momentos em que você tem uma maior liberdade política. E eu acho que nós estamos entrando numa fase onde essas liberdades políticas estão sendo destruídas e isso é uma coisa muito perigosa. Estão usando aí a o bolsonarismo à extrema direita como espantalho, como pretexto para destruir as liberdades políticas, né? Então é preciso combater o Bolsonaro, eles dizem, né? Sim. Aí para combater o Bolsonaro, você ignora totalmente a Constituição, a lei, censura, faz isso, faz aquilo. Bom, regime de exceção, né? Eles falam que é um regime de exceção. É um não, um regime de exceção absoluto. Que que o senhor achou de colocarem a tornzeleira eletrônica do Bolsonaro? Eu achei que foi uma retaliação a a o que o Trump, as ameaças do Trump, né? O que Mas o senhor acha correto? Não, acho que para que você Eu não sou favorável à tornoseleira eletrônica, mas não vem ao caso. É, você não gosta da ideia, viu? É muito 1984 para mim, mas digamos ele foi colocado num regime de restrição de liberdade, né, de movimentos. Eu acho que para ter isso daí você precisa ter causa, né? Eu concordo com o que falou o Fux. Não tem nada que indique que o Bolsonaro tava querendo fugir ou coisa parecida. Eu acho que é é uma utilização da justiça como uma arma política, né? O que você acha do Bolsonaro não poder falar e nem dar entrevista para ninguém? É espantoso. Espantoso. Não sei onde é que acharam isso daí. Alguém tem que me mostrar a lei que diz que é Pode falar com o filho, né? Que isso é possível. Isso já aconteceu no Brasil anteriormente. Alguém ser proibido de dar entrevista? que eu vejo presos dando entrevistas na ditadura. Então a gente tá numa o sistema de lei análogo à ditadura agora. Sent. Ah, com certeza. Se você pegar aí o I5 você vai ver que muita coisa que tá no I5 o Alexandre Mor tá fazendo. É, seria o A6 agora. Acho que entrou o A6 agora. Não é o o Alexandre Moraes é um juiz político, é um estado de exceção. Ele não seguia pela lei, é perseguição política. Eu falei isso aí inúmeras vezes. Muita gente discorda. Ah, mas o Bolsonaro ele não é assim, não é assado? Eu falei: “Olha, você você acha que porque você faz uma crítica à pessoa, a pessoa entra numa situação de vale tudo?” Não é assim, né? Inclusive, a pessoa pode até ser culpada e ser perseguida ao mesmo tempo, porque o fato de você ser culpado, vamos supor, não, eu não acho que o Bolsonaro é culpado de grande coisa do que ele foi acusado, mas você é culpado, você tem que ser tratado de acordo com a lei. Você não pode ser perseguido. Sim, claro, né? Então eu acho que nós vivemos uma situação absurda e perigosa. Eu queria aproveitar, ô Rui, eh sobre, por exemplo, você falou da do regime militar, regime militar, eu era muito criança, mas se eu não me engano era 1985 que acaba 1988 entra a constituição. Não que você entende agora, mas na época você que viveu, isso foi tão impactante que eu como falei, eu era criança, eu tinha 6 anos em 1985 e lembro bem, eu lembro muito bem do fim da ditadura. Eh, o que que você pensou na época, na época, que que você pensou com esse fim da ditadura? O que que você achou que ia acontecer? E o que que você pensou na época dessa nova constituição? O que que você achou que essa nova Constituição de 88 iria trazer? Bom, eh, eu atuo politicamente desde o desde 1979, de maneira organizada, né? E nós estivemos durante um longo período na luta pelo fim da ditadura. Então, eh quando, eh acontece em 1985 a eleição do primeiro presidente civil, eh o que nós vimos foi uma transação, um pacto entre os militares e a oposição. Governo do Sarnei, o governo do Sarnei foi um foi um pacto. Foi um, foi com toda certeza, porque o Sarnei era o o líder da ditadura no Congresso Nacional. É um pacto até escandaloso esse, né? Pegaram o Tancredo Neves, que era um dos elementos mais conservadores, mais direitistas do da oposição, montaram uma um bloco político com um setor da ditadura. Aí, logicamente que, né, a gente conhece bem como é que é a propaganda política. Ah, não, porque o pessoal é tá tá aí na democracia e tal. Mentira. Esse pessoal era mesmo pessoal de sempre da ditadura. Eles estavam fazendo aí uma manobra para evitar que a ditadura caísse de forma catastrófica, porque nós temos que lembrar que eh se a eleição no colégio eleitoral foi em 85, em 84, teve teve o movimento das diretas já. Sim. Né? onde milhões de pessoas foram às ruas. A ditadura ela tava balançando mais um pouquinho e ela poderia cair de maneira catastrófica, não através de uma negociação, um processo de transição. Então, eh, a transição foi feita para impedir a queda da ditadura, a queda catastrófica, porque a ditadura acabou caindo de qualquer maneira. Então o governo que entrou, num certo sentido, era a continuação do governo anterior. A constituinte de 88, ela foi dominada, né, em grande medida pelos partidos da própria ditadura. Eh, o Tudo bem, o MDB tava num senso, mas o MDB também era um partido da ditadura. O MDB ele vai, ele existe desde 66, se não me engano, quando os partidos são dissolvidos, né, e se estabelece o o bipartidarismo. Ele atravessou toda a ditadura. Ele teve aí o tempo todo, ele era um partido do regime. Quando, né, o regime militar entra em crise, que é a partir de 74, com a crise econômica mundial e o fim do milagre brasileiro, o um setor da oposição começa a falar em mudança do regime, mas eles começam a falar em mudança de regime aí, 10 anos depois do golpe. Quer dizer, era um partido do regime também. Então, muita gente fala assim: “Ah, democracia como se tivesse assim o o a luta do bem contra o mal. O mal foi derrotado. Não, não teve nada disso. Foi foi toda uma uma negociação por debaixo do pano, as costas do povo brasileiro. E a primeira constituição que o senhor achou, quando o senhor viu a Constituição de 88, o senhor acompanhou a formulação dela, né? acompanhei. Eu tava, eu era nessa época eu era militante do PT, né? Certo. E nós acompanhamos, nós criticamos muito a Constituição. PT também criticou. Não é que o PT agora fala não, porque a Constituição, mas o PT não assinou a Constituição. Ah, não, não. Quem que Quem era o o principal eh apoiador da Constituição na época? Era o partido da ditadura e o MDB. Entendi. Quer dizer, os dois partidos, na verdade, eram partidos da ditadura. Ah, é uma constituição, essa que a gente tem, é uma constituição resquício da ditadura. É uma constituição da ditadura militar que a gente tem. Seria, mas o que que o senhor achou assim mais errado? O que que te incomodava nessa Constituição? Primeiro que muita coisa era tudo conversa. É, por exemplo, falaram a taxa de juros não pode subir mais do que 12%. tá na Constituição até hoje, se eu não me engano. Mas é para inglês ver, tava lá escrito, todo mundo tem direito a a comer, né? Tipo uma umas coisas que é bem assim, bem não. E os o problema dos direitos também, porque ele falava o seguinte, eh, o truque era o seguinte, você, eh, é livre o exercício do direito de greve. É, não para todos, não. Não, na constituição ela é livre. É porque militar não pode, né? Ah, não, tudo bem. Militar é outra história. É, mas qual que é o truque? É que essa lei que é uma lei ampla, ampla, ela vai ser regulamentada. Hum. Quando você regulamenta uma coisa dessa, que que você tá fazendo? está diminuindo a constituição, o efeito dessa lei. Então, por exemplo, hoje o direito de greve no Brasil é praticamente inexistente. A regulamentação quase extinguiu o direito de greve. Você pode entrar em greve aí, vamos supor que o os trabalhadores de uma categoria X ou Y entra em greve. Aí um juiz qualquer, um juiz qualquer senta lá, é e fala: “Não, a greve é abusiva. Se você continuar com a greve, vai ter uma multa de R$ 10.000 por dia.” Então, não tem direito de greve. Se um juiz pode falar que você não pode fazer greve, não tem direito de greve. Se o juiz concordar, você poderá fazer a greve. Mas se o juiz não concordar, você não vai poder fazer a greve. E é tudo assim, a liberdade de expressão é a mesma coisa também. A constituinte fala: “É livre a a expressão do pensamento, vedado anonimato.” É só isso. É, mas a internet não é tudo anônimo. E aí, como é que fica? Porque a internet é meio mundo anônimo falando. Não, mas tudo bem, mas as pessoas a princípio têm Sim. Mas o senhor acha então que as pessoas deveriam ter o dever de colocar, você tem que ser registrado com CP, com CPF, RG, né, para poder falar na internet? Senhor acha que deveria ser assim? Não, não acho que deveria ser assim, não. O problema é o seguinte, toda regulamentação excessiva vai acabar tolhendo a liberdade da pessoa. Verdade. Não tem jeito. Ô, Rui, conta também por você saiu do PT. uma uma eu vi eu vi um pedaço do vídeo assim, nós tivemos nós fomos sempre fomos críticos do PT. Senhor tava na fundação do PT? Não. Sim. Desde o começo. Desde o começo. Quando o PT fez uma campanha de filiação para legalizar o partido, eu participei dessa campanha. Caramba, legal. Eu vou preocupado. Então, faz parte da história. Não, eu não sou culpado porque eu sempre tive uma concepção crítica, né? O PT que existe hoje não é o que a gente propunha. Ele mudou muito, muito. Foi mudando, foi sendo, na verdade, ele começou muito indefinido, então as pessoas tinham muitas expectativas, né? Vamos fazer isso, vamos fazer aquilo, partido vai ser de trabalhadores. Acabou não sendo de fato um partido de trabalhadores. O partido vai ser um partido democrático, não é democrático e assim por dentro. Nós criticamos muita coisa do PT, né, de acordo com as nossas concepções, mas criticamos de uma maneira leal. Sim, estamos criticando para ver se nós conseguimos melhorar o partido. Eh, isso sempre incomodou, né, a direção partidária, apesar de que eles não tinham como eh fazer nada sobre isso, porque o PT era uma verdadeira federação de grupos políticos. Havia dezenas de grupos diferentes, né? Agora, quando eh o PT começou a se aproximar da possibilidade de exercer o governo, aí é que a coisa começou a ficar mais complexa, porque o PT passou aquilo que ele faz hoje, ele passou a articular essa política de compromisso com outros setores da política tradicional, né? Eh, nós criticamos isso durante um período, ficou um pouco indefinido, mas na eleição de 89, o Lula, que foi a primeira eleição presidencial, né? Sim. Democrática, vamos dizer assim, né? O ponto primeiração pelo voto direto. Isso. Eh, nós propos que o PT tivesse uma o Lula saísse candidato, tivesse um vice que fosse do movimento camponês, né, representativo do povo, da luta do povo. E eles escolheram um senador do PSDB, o José Paulo Bsol. Igual agora. Então, não mudou nada. É, não mudou nada. igual agora não. Aí come essa política, ela começou a ser aplicada aí. Entendi, né? Você vê que agora tem o Alkmin, nós criticamos muito isso daí. Nossa, é foi totalmente absurdo essas críticas que levaram a nossa expulsão do PT. E o senhor falou que o PT mudou muito. O Lula mudou muito de lá para cá ou é ele sempre foi esse cara? O Lula é uma personagem difícil de você analisar, né? Porque não é uma personalidade, digamos assim, desconhecida. Eu já fiz a comparação aqui, muita gente acha estranha essa comparação. O Lula é como Getúlio Vargas, é o mesmo tipo político e também é o mesmo tipo social. Ele representa um setor de um nacionalismo brasileiro, eh, que é típico de países como o Brasil, né? Aí a pessoa fala: “Mas Getúlio Vargas, sério, alguém falou que o Lula, ah, o Lula tá tá muito próximo do imperialismo.” Jetur Vargas era nacionalista, ele foi nacionalista uma época, mas outra época ele foi a pessoa que fez aliança com os Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial. Ele cedeu três bases militares no Brasil para os Estados Unidos. Olha aí. Mas sem alternativa também, né? Ou não? Hã? Você não entende que sem alternativa? que o outro lado também ou você fica do lado dos Estados Unidos ou fica do lado da Alemanha ou fica neutro, né? Claro. Ou fica neutro. A Argentina, por exemplo, não foi por esse caminho, mas meio que acabou depois recebendo os alemães, né? Mas o o governo argentino era mais simpático a Alemanha. Sim, mas se manteve neutro durante a guerra. O Brasil poderia. O problema é o seguinte. O tipo de política que o Lula expressa, ela é socialmente fraca, porque ela não é nem a política das amplas massas trabalhadoras, não é a política da burguesia, dos capitalistas, não é a política dos capitalistas estrangeiros. Então ele se apoia fundamentalmente na classe média em um setor pequeno da burguesia. Sim. Então o que que acontece para se manter? Ele fica manobrando com todas essas forças, jogando uma contra outra, explorando as contradições, como o Vargas fazia. O Vargas jogava Alemanha contra os Estados Unidos e os Estados Unidos contra a Alemanha para ver se ele conseguia alguma coisa. Quando ele percebeu que a situação com a Alemanha ia ficar muito complicada, ele foi pro lado dos Estados Unidos, né? O que foi um erro, porque os Estados Unidos acabou derrubando o governo dele. Mas o senhor não entende que o Lula apresentou? Ele não mudou. Ele é ele sempre foi essa, essa pessoa que a gente vê hoje. Ele mudou no seguinte sentido, né? Quando o Lula começou, ele era um sindicalista, um operário, né? Sem experiência política nem nada, muito conservador, muito direitista. O Lula era direitista, não é? Pia, é sério mesmo? Mas diretista, em que sentido assim você diz? Ah, no sentido de que, por exemplo, ele nos no sindicato quando teve o movimento estudantil, Sim. Ele ele ele ficou totalmente contra os estudantes. Caramba, ele falava assembleia de operário não é lugar de estudante. Quer dizer, ele era contra o radicalismo político dos estudantes. Entendi. Eu vi ele numa assembleia, ele falar o seguinte: “Tem que pedir a carteirinha do sindicato para entrar na assembleia, que é um negócio muito antidemocrático.” Claro. Ou seja, é só o trabalhador sindicalizado que você aceita. O trabalhador não sindicalizado, não é? Tu acha certo ser obrigado a ser sindicalizado? A gente não é obrigado, é? Não, mas meio que você já é, se você não pegar uma fila de 500 km todo ano, todo ano é tirado o teu dinheiro e você é sindicalizado, entre aspas. Sen acha que tem que ser optativo mesmo o cara ir lá tem que ser ativo e não passivo pro cara ser sindicalizado? Não, eu acho que não, porque veja só, né? Isso em geral, eh, é que no Brasil, isso aí é uma coisa que veio da do Estado Novo, né? Mas, por exemplo, vamos pegar Inglaterra, que é um país democrático. Sim. na Inglaterra todo, eu não sei se continua assim até hoje a a situação, mas todos os trabalhadores eram obrigados a pagar uma uma espécie de mensalidade para o Partido Trabalhista. A Inglaterra sempre foi muito estatal, né? Ela tem isso até hoje, fortemente até hoje ela ela foi estatal, foi bastante estatal. É um estado bem forte. Mas você veja, num país democrático, isso foi uma conquista dos trabalhadores, não era um problema de legislação em geral, né? Isso até uma coisa curiosa, porque eh parece que a democracia, por exemplo, ela não é incompatível, ela não é compatível, tá na cabeça de muita gente com a monarquia. Então mesmo um país monarquista, ele pode ser democrático, no seu entender. Uma Inglaterra, por exemplo, com a monarquia, tudo bem, a monarquia daquele jeito. É aquela, é é uma, o problema é o seguinte, ele pode ser monárquico, mas a monarquia é uma instituição antidemocrática. Por natureza, ela é an Mas a Inglaterra a chor considera democrática? Não, na Inglaterra também ela é antidemocrática. Entendi. Porque a todo mundo fala, né, a monarquia na Inglaterra, a rainha renda mas não governa. Não, mas ela tem um poder muito grande, é que ela exercita agora é o rei, né? Sim. É que a monarquia exercita pouco esse poder. Sim. Mas, por exemplo, a monarquia britânica é ela que admite quem vai ser o primeiro ministro. Por exemplo, você elege o primeiro ministro, então todo mundo pensa assim: “Elegeu, ele vai ser o primeiro-ministro”. Não vai ser o primeiro-ministro quem? a monarquia convidar para ser primeiro-ministro, é que normalmente a monarquia vai convidar quem ganhou as eleições, mas isso não é obrigatório, entendi, né? Então, quer dizer, é mais do que, por exemplo, o imperador Dom Pedro I no Brasil tinha com o poder moderador, mais poder. E Rui, você acha que foi a partir daquele momento que o, eu até peguei aqui, né, que o Eduardo Bolsonaro falou, basta um soldado e um cabo para fechar o STF, que o STF começou a tomar essa proporção e esse e aparecer nas mídias, né, querendo tomar decisões. Você acha que foi aí que, tipo, ele foi provocado e e começou? Qual que foi sua visão? Eu acho que isso daí é uma bravata e uma coisa totalmente irresponsável de se falar, né? eh, mostra um pouco do primitivismo do filho do Bolsonaro, né? Agora, eu acho que os o bolsonarismo eles ele não entendeu o que que tá acontecendo com ST, tá perdido ainda. Eu já ouvi falar várias vezes o seguinte: “Ah, o Alexandre Moraes tem um problema de neurose com o Bolsonaro e tal”. Não, não é nada disso. Você acha que uma pessoa com motivações puramente pessoais consegue impor milhões de habitantes essa desordem jurídica que nós estamos vivendo aqui? Você precisa ter muito poder para fazer isso. Quer dizer, eles têm poder e não é o poder que foi dado a eles pela Constituição. É um poder que é dado pelos grandes capitalistas e pelo capital estrangeiro. Quer dizer, ele não é uma pessoa isolada. Eu acho que os bolsonaristas eles sobreestimam esse fator social. Mas senhor, o senhor diz que tem capital estrangeiro por trás do próprio STF, que a gente já ouviu falar isso em relação a juízes, por exemplo, e até presidentes, mas aí em tese não é para ter capital estrangeiro envolvido no STF, certo? Ah, mas é evidente que tem, né? Porque você viu o o Barroso na eleição passada entrou em contato com o Departamento de Estado para pedir apoio para, sei lá, garantir a democracia no Brasil. Sei lá o que que significa isso. É óbvio que o o estado norte-americano é um aliado. Os europeus também eles dão sustentação. Se amanhã você tentar fechar o STF, você vai ver a gritaria internacional que vai ter contra isso. Não é que o pessoal vai deixar passar batido. E aí a imprensa brasileira, em primeiro lugar a Globo, vai sair atirando também. Quer dizer, não é não são, porque se fosse aquelas pessoas lá, você até a frase do Bolsonaro podia ser verdade, você manda um cabo lá e fecha o STF, mas não são as pessoas, eles são representação de um sistema político. Mas você acha que vai ter uma reação internacional? que eu eu me dá a impressão, vamos supor que se alguém quisesse fechar o STF, me dá a impressão de que, por exemplo, seria bom pros Estados Unidos, que eles iriam apoiar. Você acha que teria uma reação internacional contra isso? Você tentassem fechar o STF? Bom, mas quando você fala Estados Unidos, o que que você tá dizendo exatamente? A figura do Donald Trump. Então, mas isso é uma é um setor minoritário, né, da burguesia norte-americana. O Donald Trump não tem o apoio dos bancos, dos grandes capitalistas, da indústria armamentista, nada disso. Toda essa gente, Hollywood, que é uma indústria poderosa também, a imprensa norte-americana, todo esse pessoal fez campanha pelo Partido Democrata. Sim, ele é minoritário nesse setor, ele tem apoio popular. É como o Bolsonaro. Vocês diriam que o Bolsonaro tem um grande apoio entre os grandes grandes capitalistas brasileiros? Não. O o Trump é muito parecido com Bolsonaro nesse sentido. Quer dizer, você elege o presidente, mas presidente é um é um aspecto do regime político. Ele não ele não tem poder absoluto. E o Trump, na verdade, vamos falar, vamos falar que nós estamos vendo, ele mal consegue governar. Você vê que ele você o o dado mais significativo na minha opinião é o seguinte. Ele falou: “A guerra da Ucrânia vou acabar em 24 horas”. Quanto tempo faz que ele foi eleito? Bastante tempo. E por que que ele não acabou com essa guerra? Porque o Zelensk, Zelensk, que é uma uma formiga lá, desafiou os Estados Unidos. Não é que a França não quer acabar, a indústria armamentista norte-americana não quer acabar. Não quer acabar. É dinheiro para caramba indo para lá, né? A indústria petroleira não quer acabar. Os eh todos os poderosos do mundo não querem acabar com essa guerra. Então o Trump tenta, tenta, tenta, mas não consegue nada. Indústria de aço geralmente gosta também de uma guerra. Não, os grandes capitalistas, né, né? Não é só que eles gostam da guerra, eles sabem que eles têm que deter, né, qualquer tipo de iniciativa que conteste o poder deles. O que o que o Putin fez foi um desafio à ordem estabelecida internacionalmente por esses monopólios, né? Eles fazem o que eles querem no mundo. Daí o Putin falou: “Não, aqui não.” Traçou uma linha divisão. Fala daqui não vou deixar passar. Transformar a Ucrânia numa base militar contra a Rússia não vai acontecer. E ele agiu e ele, isso foi um desafio gigantesco a essa ditadura, porque isso é uma ditadura. Mas o senhor seria contra, por exemplo, a Ucrânia, que até onde eu sei, não havia nenhuma intenção da Ucrânia, mas não seria direito da Ucrânia, por exemplo, entrar paraa OTAN, senhor seria contra? Veja, do ponto de vista do direito, é direito deles fazer o que eles quiserem, certo? Mas aí você não tá simplesmente no plano do direito, você tá no plano das relações políticas internacionais. Ao fazer isso, eles se transformam numa ameaça para a Rússia, né? Não é Ucrânia. Ucrânia não é nada. Eles eles são cabeça de ponte de todos esses países que dominam o mundo. Então os russos olharam e falaram: “Nós temos direito de nos defender”, né? Aí o direito internacional ele logicamente fica em segundo plano. Porque o direito, vamos ter claro, se no país o direito já é uma, em grande medida, uma formalidade, no terreno internacional é hum é quase que uma fantasia, né? do terreno internacional que vale a força. Pior que é verdade mesmo, né? Não, ninguém respeita o direito de ninguém. Então, o senhor a favor de liberdade de expressão irrestrita? Sim, sempreita. Irrestrita irrita. Monar que tava certo. Então, sim. É, nós estamos acordo nesse ponto, porque eu tenho algumas coisas, até perguntei pro pro Adriles aqui, fazer a mesma pergunta pro senhor. Uma coisa que eu que eu gostaria de fazer é, por exemplo, acabar com o crime de injúria. Para mim, injúria não tem que ser crime, não só porque é errado, né? Eu vou agora processar alguém porque xingou para mim chega a ser até infantil. E é mais uma coisa sobrecarregando o sistema judiciário brasileiro. Então, a gente resolve dois problemas, uma caja dada só. Eu imagino que o senhor também seja a favor do fim da injúria. Eh, mas e calúnia e difamação também acho que não tem que existir. Tem que ter uma lei que dê a pessoa vetada a possibilidade de responder. Então, por exemplo, que que nós enquanto partido, nós reivindicamos em todos os lugares? Legal, hein? É, nós estamos nesse momento, nós estamos aqui eh movendo um processo contra a revista Veja, certo? Nós não pedimos dinheiro, não pedimos para que o que eles falaram seja retirado do ar, nada, não pedimos para eles se retratarem também, nada. Nós falaram, falou, tá certo? O que nós pedimos é que eles concedam o direito de resposta, o mesmo espaço, né, que falaram lá. Exatamente. Isso é uma coisa legítima, sem dúvida. Agora, o problema é o seguinte, calúnia, deformação, injúria, apologia, não sei das quantas e tal, são truques que o pessoal vai inventando para impedir as pessoas de falarem. Tem que haver liberdade de falar em termos absolutos. Isso é uma O que como que o senhor definiria então democracia? O que que seria uma O que que seria o ideal de democracia pro senhor? O problema é o seguinte, né? Nós não trabalhamos com a ideia de democracia. Primeiro que nós somos socialistas, certo, né? Eh, nós defendemos um regime socialista, não um regime democrático. Democracia é uma coisa histórica, foi criada pela burguesia. O manifestação mais importante é a Revolução Francesa. Foi um grande progresso histórico na época, mas hoje em dia isso daí tá totalmente decadente, não existe mais na prática, né? Então nós não defendemos, né, a a regeneração desse regime que não vai existir mais. A nossa preocupação é defender o direito democrático das pessoas e do povo, porque isso é real. Por exemplo, garantir o direito de falar é real, certo? Agora o cidadão fala: “Não, tem que ter eh separação entre os poderes.” Isso é uma fantasia, isso é uma bobagem. Eu acho que tem que ter um poder só? Não, não, não, não acho. Eu acho, é a rigor, eu acho que deveria ter o poder do parlamento num regime republicano. É porque Roma se deu mal com isso. Inclusive, se eles tin dividiram poderes por causa disso, né? Eles se deram muito mal com isso aí. Aí eu acha, mas tudo bem, seria um poder só, vamos supor, um congresso, alguma coisa assim, mas um poder só, mas decidido por várias pessoas. Sim. é uma seria a casa de representantes do povo, né? E essas pessoas seriam eleitas diretamente pelo povo. Diretamente. E por que que isso seria socialismo e não democracia? Não, não. Isso seria o o que a gente propõe em termos de de regime democrático possível. Ah, então o senhor acha que a o socialismo mesmo que o senhor quer é impossível? Não, não. Eu acho que ele é possível, mas nós estamos vivendo numa situação onde existe o quê? um regime capitalista, certo? É, eu concordo, mas tudo bem. É, não, eu também não acho que é muito capitalista, talvez por motivos diferentes dos seus, mas eu também não acho que eu também acho que o capitalismo também é uma coisa decadente e vai ser ultrapassada. Você acha, você acha que o capitalismo ele vai ruir alguma em algum momento? Eu acho que ele tá tá ruindo. Se o mundo que nós vivemos não é uma um colapso, então não sei. A gente precisaria ter uma visão muito negativa do que pode acontecer, né? É. Veja a quantidade de guerras, os desastres, a fome, a destruição econômica, isso é uma um desabamento, um colapso. Então, mas é curioso associar isso ao capitalismo, que a história do da humanidade é uma história de guerras. História da Europa nem se fala, é uma história totalmente de guerra. E se o senhor ver, nunca existiu uma guerra entre dois países capitalistas liberais. nunca existiu, porque é ruim pro país capitalista liberal a na guerra ele tem prejuízo. Algumas, alguns setores ganham, mas no geral o país perde. É muito caro, é muito danoso, a reconstrução é custosa, desanima as pessoas. Então você nunca viu na história da humanidade uma guerra entre dois países capitalistas liberais. Sempre tem que ter um socialista de um lado, pelo menos, ou tem que ter uma teocracia, alguma coisa assim. É, eu acho que isso é uma é uma coincidência enganosa. Pode ser. Luan adora quando o Luan adora quando alguém dá uma resposta boa. O Lelo tá sempre torcendo contra. É, eu ten que ficar do lado do convidado. [Risadas] Não, mas eh o seu argumento de que as guerras sempre existiram, ele é correto, mas aí nós temos que analisar, né, a primeiro o sentido geral do desenvolvimento. Você pode ter uma, por exemplo, uma crise econômica e essa crise econômica não ser um sinal de que o regime tá desabando, pode ser uma crise de crescimento, né? Então é preciso qualificar nesse sentido qual é os qual é a qualidade dos acontecimentos. O que nós temos hoje é uma situação cada vez mais caótica, né? a o Brasil, por exemplo, que já foi num determinado momento assim quase que o modelo do que poderia ser um país não desenvolvido, digamos, né? Sim. Hoje o Brasil tá em pleno retrocesso. Se nós formos atingidos aí por alguma calamidade, o país pode se decompor. Sim. Eu nunca vi a situação do Brasil ser tão ruim como ela é hoje. E como é que acontece isso? Nós não temos recursos. O que que acontece? Qual é a causa disso? Nós não temos recursos naturais, nada. Não é que existe um sistema, né, que é como se fosse um polvo assim que agarrou o país e tá espremendo esse país. Sim. Perfeito. Então isso é um um sinal, né, da crise que o capitalismo tá provocando. Aí você fala: “Não, mas eh eles provocam a crise aqui, mas a situação deles está melhor”. Mas não é verdade. Eles provocam a crise no mundo inteiro e a situação deles é ruim também. Estados Unidos, eu acho que só na grande depressão de 1929 eles tiveram uma situação tão ruim quanto hoje. E 29, vamos falar que é verdade. Aquilo foi uma espécie de ataque do coração do sistema capitalista. Ele escapou por pouco daquilo. Mas o senhor não acha que o capitalismo ele aprende e se desenvolve? Porque coisas que foram feitas no passado, eh, e se gerou problemas, crises, como, por exemplo, impressão de títulos de empresa. A gente que fazia isso, impressão de títulos de empresa e e pronto, você diminuir o valor. É, é como impressão de dinheiro que estados fazem hoje. Por exemplo, isso é proibido, isso não pode ser mais. E muitas coisas quearam causaram crises no passado são proibidas hoje, que eu acho que a grande vantagem do capitalismo em relação ao socialismo que eu vejo, né? Então, o social, o que é chamado de socialismo, comunismo, tal, parece que toda vez que entra, em qualquer, em qualquer momento do tempo, em qualquer lugar, é sempre a mesma coisa e sempre fracassa. E que quero canão, o capitalismo parece que aprende com os erros e vai evoluindo. Sen, o senhor não não enxerga dessa maneira, não? A burguesia, quando você fala capitalismo são pessoas, Sim. Essas pessoas formam uma classe social. Claro, ela certamente é uma classe social inteligente e ela certamente procura evitar os problemas que ela tá enfrentando. Mas a questão para nós aqui seria, ela está conseguindo evitar? É possível isso? Eu acho que não. Nós temos uma economia hoje no mundo que é totalmente dominada pelo pela especulação financeira. Quem de san consciência que tenha dinheiro vai investir em abrir uma empresa quando ele pode colocar o dinheiro na especulação financeira sim e ganhar muito mais sem ter de dor de cabeça. Mas aí é culpa do estado aqui no Brasil, por exemplo, né? Não, mas é mundial esse fenômeno. É que aqui no Brasil tá valendo a pena demais eu botar meu dinheiro em investimento do que abrir uma empresa. 15%, né? Aqui aqui é aqui é aqui é a coisa delirante, mas isso é um fenômeno mundial. Eu tenho empresa porque eu sou um otário. Vender minha empresa, pegar o dinheiro e investir é muito melhor. É melhor paraa mãe, mãe ter dor de cabeça. É melhor. É que acontece o seguinte, se todo mundo só investisse no mercado financeiro, não, eh, o o investimento produtivo ficaria mais rentável, porque não tem, né? Sim. As pessoas precisam comer, precisam investir, precisam fazer as coisas. Se não tem ninguém oferecendo, vai vai ser muito lucrativo fazer. Então, há há um equilíbrio aí, mas o que domina a economia é o é o parasitismo financeiro. Hum. Esse negócio de você ganhar dinheiro no mercado financeiro, isso é parasitismo, porque você não tá fazendo nada, você não tá produzindo nada. Mas exemplo, você é como se você fosse aí um hum um criminoso profissional, você entendeu? Mas ol, muita gente vai ficar brava. Não, não. Eu vou dar um exemplo bom. Eu eu vou dar um exemplo bom. Vai. Ah, não. Aí eu fui a aí eu fui lá, ó. Não tô eu não eu não tô acusando ninguém. Não sei, sei, eu sei. Mas mas eu vou te dar um exemplo. Vai. Exemplo aqui eu tenho um canal aqui no YouTube aqui. Aí eu já tenho canal 6 anos. Aí nesses 6 anos aí eu ganhei 3 milhões de reais aí no canal. Exemplo, né? Aí eu coloco para render lá 15%. Vai me render aí uns R$ 30.000, um pouco mais de R$ 30.000 por ano. Eu sou um par. E se eu parar de trabalhar por mês, quer dizer, R.000 por mês, tr milhões e pouquinho. Aí fala assim: “Se eu parar de de trabalhar, eu sou um parasita financeiro, lógico, mas eu não trabalhei todo tempo, o que o que você construiu antes é uma coisa, o que você tá fazendo agora é outra.” Sim. Aí eu eu virei a partir do momento que eu fiquei parado, né? Veja, sociedade é assim, nós precisamos ter alguém que engarrafa essa água aqui pra gente tomar água. Sim, tá certo. É uma atividade produtiva. Alguém precisa produzir comida, precisa conduzir, precisa produzir uma casa. Então essa é a atividade produtiva. Claro. Claro. A pessoa que não produz nada e ainda assim vive muito bem, tá vivendo do trabalho olheio. Mesmo que você não seja marxista. É uma uma noção geral, né? Mas aí, por exemplo, meu caso, vamos lá. Eu sempre trabalhei trabalhar 31 anos, desde os 15 anos de idade. Eu sempre trabalhei para ganhar pelo menos. E eu sempre trabalhei, desde que eu me lembro por gente, é manhã, tarde e noite, enquanto a maioria das pessoas que eu conheço trabalham 8 horas por dia, tá? Eu eu dificilmente encontro uma pessoa na minha vida que trabalha mais horas do que eu. Eu sou viciado em trabalho. É, também. Mas eu sempre trabalhei para ganhar pelo menos o dobro do que eu preciso. Sempre. Então eu peguei, trabalhava, eu precisava de X, ganhava 2 X e o X que eu não precisava eu guardava. E agora, por exemplo, eu posso parar de trabalhar e vender do que eu e viver do que eu acumulei. Eu não tô tirando de outra pessoa, foi o que eu trabalhei mais, entendeu? Tu não acha justo? Lógico. Não, não acho justo. Você acha que eu devia dar esse dinheiro pros outros que eu acumulei? Mesmo tendo trabalhado mais não, não acho nada que você, eu acho que você tem que fazer o que for mais conveniente para você. Sim. O problema é que nós temos que analisar a sociedade de uma maneira objetiva, como um médico analisa uma doença, certo? Eu não tenho julgamento moral sobre do Quando eu falo parasitismo, não é um julgamento moral. Sim, entendi. É um fato, tá certo? Se você tiver uma lombriga, é um parasita. Agora a lombriga tem culpa de ser um parasita, não devemos condená-la moralmente, não é um fato. Ela vive no organismo alheio. Sim. Então, quer dizer, nós vivemos numa economia parasitária. Veja, eu não, lógico que eu não vou acusar cada pessoa que faz A, B ou C. Você concorda que eu não tô vivendo do organismo alheio, eu construí um excedente para mim. Não, você criou as condições para poder viver do organismo alheio. Não, porque agora eu tô vivendo do excesso que você que eu produzi. Mas você tá usando esse esse digamos que eu não aplique, que eu não aplique, não fique investindo em dinheiro e ganhando. É com só o que tá parado. Tá parado, tá? Você tá vivendo do dinheiro que você tem que eu ter isso, entendeu? Bom, não muda muito a situação, né? É que para mim no conceito é completamente diferente, porque não é o, por exemplo, se falou da lombriga e tal, ela é sempre parasitária, ela não tá produzindo, ela tá vivendo dos outros. Eu, por exemplo, eu produzi, eu gerei valor literalmente. Produziu, produziu isso. Mas eu operário, né, Léo? Fala, foi operário muito bom. Eu, aliás, eu carregava de quando eu comecei, né? Eu eu conversei assim, então assim eu produzi porque eu vamos vamos lá porque olha só como esse conceito no meu entender, ele não é válido, porque eu poderia, em vez de trabalhar 16 horas por dia, trabalhar oito. Então eu poderia trabalhar 8 horas por dia o resto da minha vida e viver. Eu preferi trabalhar 16 horas metade da minha vida e acumular mais. É a mes é a mesma coisa. Só que veio de trabalhar 8 horas a vida toda, eu trabalhei 16 metade da vida. Então, mas você sabe que sabe o que acontece? Você tá fazendo um julgamento da coisa que é moral. Entendi. Não entendi. Eu não entendi. É que não é é prático. É quase biológico do jeito que você tá falando. Temos que ver como se fosse um fenômeno geológico. Você entendeu? Porque no final das contas eu tô gastando esse dinheiro agora, movimentando a economia. Não que eu tô fazendo isso, que eu posso fazer isso, só dando um exemplo, né? Mas eu tô gastando esse dinheiro, movimentando a economia, gerando empregos, eu tô ajudando outras pessoas com o fruto do meu trabalho. Não, tudo bem. Tudo bem, eu não, eu não, eu não questiono isso. Não fique ofendido não, tá? Não fiquei ofendido, não. É só para entrar na parte. Eu não questiono isso. Não questiono isso. Entendi. O que eu tô dizendo é o seguinte. Se você tem uma sociedade onde uns trabalham e outros não trabalham e vivem, né, do trabalho da da outra pessoa, é uma sociedade onde uma parcela da população vive parasitariamente do esforço alheio. Então, mas é isso, eu concordo com o senhor quando é no caso do assistencialismo, porque o que eu faço é o que a formiga faz. Ela acumula a comida no verão para poder se resguardar no inverno. É isso que eu faço. E uma formiga não é uma parasita. Não, mas veja, no caso dela é um fenômeno sazonal. É como agricultura. Sim. Né? Nos países que tem muito contraste climático, você planta em determinadas estações e em outras você não tem condições de plantar. Sim. Perfeito. Então você vive do trabalho daquele a Ucrânia. Isso é uma coisa sazonal. Sim, mas aqui não. Aqui é um modo de existência. Pessoa para de trabalhar. Eu não consegui. Eu queria parar, mas ainda não consegui. Não é difícil. Não, não dá. E se o E se o cara Ô, ô, Rui, não, só mudando um pouco de assunto, vamos falar o que vocês veem da inteligência artificial tomando lugares de muitos operários, né, muitos trabalhadores. Como vocês enxergam? Eh, agora, né, principalmente com a com a vinda do da inteligência artificial, eu acho que isso é é o sentido da da tecnologia. A tecnologia, ela ela um um dos aspectos centrais do desenvolvimento tecnológico é que ela economiza o trabalho humano. Então, por exemplo, tava comentando esses dias aqui, né, que o eh o problema da passagem da manufatura para a grande indústria. Eh, eu acho que é o Adam Smith, ele descreve uma fábrica de alfinetes. Então, ele fala que para você produzir um alfinete nessa fábrica, ele ele é bem minucioso. Eh, você necessita executar 120 operações diferentes, tá? E na época da manufatura, cada uma dessas operações era executada por um ser humano. Então você tinha que reunir centenas de pessoas. E veja só, para fazer um alfinete. Qual o custo desse alfinete, né? É. Aí introduziram uma máquina movida a vapor. Que que aconteceu? Diminuiu a quantidade de pessoas tinha que trabalhar. Uma parte das operações foi automatizada. Sempre foi assim. Desde que o homem inventou aí a primeira instrumento aí de osso para caçar, ele tava diminuindo o esforço físico e, portanto, economizando o trabalho, o que significa que uma parte desse trabalho se transforma em superérflo. Perfeito, né? Nesse sentido, não há como você falar que isso é condenável, isso é natural e é uma coisa positiva. O mundo tem que progredir, tem que andar paraa frente. Eu acredito no progresso. Perfeito. Agora, o problema é que nós vivemos num sistema doento. Isso daí vai acontecer o seguinte, um monte de gente vai ficar sem emprego. Sim. Mas senhor não acha que vai surgir outros? Porque eu acredito noss tipos de empregos que nem existe hoje. Eu acredito assim que no futuro uma pessoa, porque a gente tá se tornando uma sociedade em tese, pelo menos do ponto de vista científico, tecnológico, cada vez mais eficiente. É esse o meu objetivo, um dos meus objetivos como engenheiro, por exemplo, aumentar a eficiência dos processos. Então, as coisas, por mais que tenha menos emprego, as coisas cada vez era para acontecer assim, cada vez ficarão mais baratas. Sim, sem dúvida, né? Só que eu acredito que vão surgir outros empregos, ainda mais nesse contexto social que a gente tá hoje com a internet. Por exemplo, alguém vai te pagar, no Japão já acontece coisa semelhante, alguém vai pagar o senhor, por exemplo, para ser amigo por um dia, vai ser pago para ser amigo dele, por exemplo. Você não acha que vai surgir empregos que a gente nem imagina? Empregos tipo mais sociais, empregos de relações humanas? Você não acha que isso vai acontecer? Não. Sem dúvida nenhuma. Toda invenção tecnológica cria novas formas e atividades do ser humano. Todas elas fizeram isso. Quando na renascença se descobriu aí a inventou-se, né, a imprensa, a máquina de imprimir de Gutemberg, a prensa de Gutemberg, a prensa de Gutemberg, surgiram várias profissões associadas com isso. vai aparecer o o cidadão que vai eh montar o livro, né? Apareceu um uma pessoa muito inteligente na Itália que começou a inventar tipos diferentes de letras, né? Inventou o itálico, por exemplo, Uhum. É o Aldos Manúcio, né? uma figura muito importante. Aí vai aparecer o encadernador, o outro tipo de ilustrador, vai outras coisas. Isso aí acontece. O problema é que nós vivemos num sistema que cujo processo de reprodução tá emperrado, né? O processo de reprodução capitalista tá emperrado. Então, logicamente que muita gente não vai progredir, vai ficar na rua da amargura, não vai ter jeito. E você acha que o que vai resolver vai ser aquela aquele aquele dinheiro universal, salário universal e renda básica universal? Que muita gente já falou? O que você acha disso também? O Musk já falou. Acho que isso é um paliativo, né? Uhum. O próprio fato de que pessoas estão propondo isso mostra que o sistema tá emperrado, né? É que eles falam assim, eles eh, no no meu ponto de vista, né? Vai ter essa renda básica universal, você vai ser obrigado a ter a receber quem não tem condições, mas também você vai obedecer. é uma maneira de pegar e controlar controlar a pessoa. A pessoa em geral, em geral, a assistência social, ela é acompanhada dessas ditaduras mesmo aqui no Brasil, você acha que tá assim? Todo lugar. Tem tese aqui até o que se reclama, né, que as pessoas recebem diversas assistências sem necessidade de contrapartida nenhuma. Como, como que essas pessoas? Mas por nós fizemos uma crítica quando o Lula restabeleceu, reformulou aí o Bolsa Família, que ele colocou a exigência de que os filhos têm que não sei o que na escola e tal. Eu o PSTB fez isso, né? PSTB fez isso lá atrás. O PSTB fez isso. Eu morei na Inglaterra uma época. É um pesadelo. É mesmo? Você não gostou de lá? Não, não, eu pessoalmente gostei, mas para as pessoas que vivem lá é um pesadelo, porque você tinha o melhor serviço de saúde do mundo, totalmente gratuito. Eu que estava lá como residente, né, podia fazer uso desse serviço a hora que eu quisesse, tudo. Serviço de qualidade, tá? Inglaterra. A Inglaterra da época que eu morei lá, que é antes da Toucher, era uma coisa antes da Toucher. Você morou lá? É antes da Tcher. Um pouquinho antes. Que que ano que o senhor foi lá? 74. Nossa, senhor foi lá pegar a crise lá do Eu cheguei, eu eu cheguei no Eu cheguei no ano, eu cheguei justamente no ano da crise. Vou contar para vocês uma coisa interessante. Eu eu tava lá, né? Aí eu eu sofri uma queda e quebrei meu óculos. Aí o pessoal chegou e falou: “Não, esso aí é tranquilo, vai na na cidade aqui perto, né? A gente ficava numa escola que era na zona rural, uma mansão lá daqueles castelos britânicos antigos. Muito bonito. Eles falaram: “Vai aqui na cidade, a cidade grande, mais próxima, era a cidade de Winchester e você vai lá na ótica, eles eles vão fazer tudo para você de graça. Vamos ver, né, se se é isso mesmo.” Aí eu olhei e falei: “Não, bom, né, que que é isso, né? Nunca tinha ouvido falar de uma coisa desse tipo.” Fui lá, aí o cidadão fez, tirou medida. Pá, pá, pá. e falou: “Bom, então você tem que escolher um uma armação para os óculos. Tem essas daqui que são do Serviço Nacional de Saúde e essas aqui são particulares.” Aí eu olhei, falei: “Essas particulares são melhores, né?” Falou: “Não, só um modelo diferente, é só modelo diferente. As melhores são do Serviço Nacional de Saúde, que são de graça. Nossa, quiser pagar, pode pagar, mas não vale”. O próprio oculista falou: “Não vale a pena”. Olha aqui, ó. Inglaterra era assim a coisa. É que também assim é de graça, mas com 50% de imposto, né, do cidadão, né? É, é um de graça bem caro lá. E a tratado até hoje lá, né, na Inglaterra. B, mas o serviço que eles prestavam era serviço assim de altíssima para comparar com o sistema brasileiro, uma coisa de louco. Então agora veja bem, vocês devem e eu sempre cito esse caso, vocês devem ter visto esse esse disco do do Pink Floyd, tem um filme inclusive The Wall. Sim, que é uma é uma cena assim de ditadura sombria, sinistra e tal. O que que é aquilo lá? Aquá é escola pública britânica. Another brook in the wall. Mas é uma crítica a uma coisa que seria um sonho pra gente. É, a escola pública deles é de muito maior qualidade do que a nossa. Não, mas o que ele tá denunciando é que é uma ditadura. We don’t need no education. Control. Só que assim, o que eu entendo dessa do do another brick Walls o que ele reclama é o até o a música é justamente isso, another brick in the wall, é que o sistema não dava individualidade, tanto que surge o movimento punk e tal, né? Então todo mundo é igual. Só que eu falo tudo bem, é uma coisa que eu também critico, acho que você tem que dar é espaço paraa individualidade, mas você faz um bom muro quando todo te deol igual. Então, errado, errado. Concordo, é errado, mas a Inglaterra é o que é também por causa disso. Então, tudo tem prós e contras, né? Não é o problema que ele, o que ele destaca na realidade é o seguinte, né? Que ele fala: “Nós não queremos mais controle da mente”. Sim. Perfeito. Não queremos ser escravizados mentalmente. Sim. Isso é o clima que tem na Inglaterra. Sim. É um clima muito Agora não sei porque agora tá um terror lá também. Agora deve ser que é prisões por crime de opinião o tempo todo. Tá um terror na Inglaterra agora. Mas você imagina, por exemplo, isso daí é a contrapartida do do que o povo recebe em termos de assistência social. você recebe, mas você vai ser controlado, vai ser, vai ser uma ditadura, você vai ser subjugado, não tem jeito. O livro do Orwell, que vocês devem ter lido aí, 1984, todo mundo fala que aquilo lá é União Soviética. O modelo principal não é a União, a União Soviética tá lá também, mas o modelo principal não é a União Soviética, Inglaterra. Muita gente não entende isso aí, mas é uma visão, né, que eles têm. Não, eu particularmente gosto bastante da questão cultural da Inglaterra, né, o país que conseguiu construir tanta coisa em relativo, porque diferente de outros países da Europa, a Inglaterra tá lá desde o século X, só é velho em relação ao Brasil, é, mas é novo em relação a outros países. E se você vê, por exemplo, a visão eh que o nazismo tinha da Inglaterra, era também exatamente essa que é apontada no livro. Eu entendo, posso estar enganado, obviamente, que é mais visão do que o que era propriamente a Inglaterra do War. Isso é sim. Não, o problema é que ele era ele era inglês. Sim. É, ele era inglês. Ele sabia, ele tinha passado por essas coisas. Sim. É uma sociedade que é muito repressiva, mas de uma maneira sutil. Sim, né? Você não verdade, a a sociedade britânica na época que eu morei lá era assim. Se você decidisse, né, eu morei em Londres uma época, se você se eu decidisse sair de casa completamente nu e andar pela cidade o dia inteiro, a maioria das pessoas não ia nem perceber que eu tava fazendo isso. As pessoas não, eles tenham como norma não se meter na vida de ninguém. Sim, né? Então assim, é sociedade onde o direito individual era muito valorizado. Sim. O que contrasta com esse clima de repressão total, de disciplina social, né? Então, normalmente, quando o estado capitalista dá alguma coisa para o povo, ele vai exigir essa escravidão. Não acho ruim, né, que, por exemplo, o estado dê Bolsa Família. Acho que é necessário a escravidão. Sim, eu acho ruim. Exato. Mas ninguém dá nada de graça. Essa que é a grande verdade. E o Lula agora falou que muitas famílias saíram do Bolsa Família por conta da alta renda. Então as pessoas estão tendo uma super renda e estão saindo do Bolso Família. É real. É uma fantasia do Lula. Não, e ele falou isso aí é o pente fino do Hadad que diminuiu como como eles sempre fazem, como da outra vez eles diminuíram a renda para ser considerado classe média para R$ 300 e aí todo mundo virou classe média. Até mendigo era classe média. Eles moram na rua, é sempre fazem isso. Eles mudam a régua. O problema é que não dá para você comer fantasia, né? Sim. Pessoa tem que comer comida de verdade, né? Sim. Eu falei no começo do governo Lu, eu falei: “Olha, pessoal vinha e falava assim: “Mas e os números?” Falei: “Olha, a população não vai comer número. Você precisa o número ah, aumentou tal coisa.” Você não sabe esse esses números. Estatística é uma coisa muito enganosa. E muitas vezes eles fazem matemáticas, né? É, sem falar que às vezes é totalmente deformada, mas é eh você não sabe o que que significam esses números, né? Por exemplo, nós estávamos discutindo hoje, o Brasil supostamente teria 70% de população urbana, não é verdade? Depende do que você considera como como população urbana. Verdade. É total sentido, né? Ô, desculpa. Você não acha que como político, eu acho, eu pessoalmente acho que o senhor tá muito certo na forma, mas pensando no Brasil, o senhor falha muito em explicar muito as coisas? Porque eu vejo os fenômenos, eu acho que tem que ser assim, vamos resolver o problema dos Brasil, por exemplo. Então, tem problemas que eu tenho que explicar porque as pessoas não entendem que eu preciso colocar dinheiro ali, né? A questão, por exemplo, geração de energia elétrica. Uma empresa grande não vai vir para cá, não vai abrir uma empresa aqui, porque eu não tenho garantia de fornecimento de energia elétrica. por exemplo, saneamento básico, que eu vou botar literalmente dinheiro debaixo da terra, entre outras coisas. Só que você vê todos os políticos desde a primeira eleição que a gente pode considerar democrática, color. Qual era a proposta do color? Nenhuma. Ele era o caçador de marajás. Não caçou marajá nenhum. Não, nenhum. Ele era o Mará. Ele era o Mará, né? Mas ele ficou conhecido como caçador de marajás. Então isso foi o foi o o color, o Fernando Henrique tudo bem, é muito mais intelectualizado, melhor, mas o Lula também as mesmas promessas, ele tá prometendo até hoje é a transposição do rio São Francisco. Não chega nunca essa água, né? Eu tô quase indo no balde levar essa água lá que vai ser mais rápido do que ele. Bolsonaro também é a mesma coisa. Sai um áudio lá vazado. Ah, não. O honesto é o Bolsonaro. Aí cresceu por isso. Parece que quem realmente tem condição de resolver os problemas, porque tem que ter a compreensão e a explicação, esse cara não vai ganhar nunca. Não, não dá, não dá um desespero. Não, tudo bem. Mas isso não tem a ver com o problema em si, né? tem a ver com o sistema de eleitoral, né, de escolha dos representantes, que é um sistema viciado. Mas não tem a ver também com o nível intelectual e educacional da população? Não creio não. População, porque para mim esse é um dos grandes problemas. A eleição, ela é uma a eleição no Brasil, eleição deveria ser assim: você faz um amplo debate democrático e a população escolhe. No Brasil é o contrário. Chega na hora da eleição, você não pode debater nada. É, não pode, não pode postar uma charge, não pode fazer nada. Maravilhoso isso. Pior que é assim mesmo, né? E piorou, né? Piorou não. Vem, vem piorando. Eu participei de várias eleições. É uma loucura isso. Até o Twitter foi tirado do ar na última eleição. Ué, né? É, foi, é o senhor Não, mas isso que eu tô falando, apesar de eu ser do do do lado oposto ao senhor politicamente, mas que nem os vejo com duas coisas que eu gosto tanto do senhor, conversei com o seu filho, tal, independente de eu discordar, o sentimento é honesto. E tá bom, eu acredito no que eu tô falando. Sim. Percebeu a mesma coisa do seu filho. Brinco com ele, falei: “Discorda de tudo, mas ele é honesto, né? E e tem um tem um estudo por trás disso, não é porque eu acho que eu acho, não é um monte de bravas, né? Eu gosto de conversar, primeira vez que tô conversando com o senhor, mas ouço o senhor várias vezes. Acho que o senhor é importante de aparecer porque primeiro o senhor faz parte da história e é importante a gente conhecer essa história e entender também. E o senhor não acha que isso é um problema? Que qualquer cara para ganhar no Brasil, ele tem que ter um uma coisa simples para passar pro povo? Se for qualquer coisa mais complexa, o povo não vai entender e não vai votar nele? O senhor entende isso como um problema? Não, não vejo. Eu acho que é um sistema totalmente deficiente e incapaz de permitir uma verdadeira escolha popular. Veja só, o Lula ganhou, se a gente contar as as duas eleições da Dilma, cinco eleições. Cinco eleições. É, não fez nada, não. Ele não fez nada. Mas o o interessante, o que eu queria chamar a atenção é o seguinte. Qual foi a maior bancada que o PT elegeu nessas cinco eleições? Em qual delas e qual dos Então, qual que passa pela cabeça de vocês teria sido a maior bancada da Dilma? Sinceramente eu não sei. Nunca passou de 80 pessoas. Caramba. Agora explica para mim, porque certas coisas são, é, você tem que colocar e falar isso. Daqui é um absurdo. Como é que uma pessoa ganha a eleição presidencial cinco vezes e não consegue passar de 20% no Congresso Nacional? Aí eu queria essa eu queria a resposta do senhor. Como é que o que que acontece? Não é um é um sistema viciado. É um sistema viciado. Teria que ser completamente reformulado. É porque também a gente tem muito mais, a gente vê isso. Eh, eu, eu, eu eu falo que eu acho que desde que eu voto, eu nunca votei em alguém para presidente. Eu sempre votei contra alguém. Eu nunca tive oportunidade de votar em alguém. Isso é importante, tá? Desde que eu voto, sempre votei contra. Eu vou votar nesse porque eu sou contra aquele. Só por isso eu nunca tive o direito paraa escolha. Só que para deputados, para vereadores, tal, você tem absurdamente mais opções. Para deputado, vereador, tal, eu sempre senador, eu senador também era uma tragédia aqui em São Paulo até pouco tempo atrás. Não tinha um candidato que prestava. Eu lembro que muitos anos atrás eu fui ler as propostas, muitos anos fui ler a proposta dos candidatos a senadores. É senador, eu preciso votar num com consciência. Bastante tempo lá. Aí tinha um índio lá, candidato. Aí eu fui ver a proposta do índio, a grande proposta desse índio, fazer chover era colocar amor na bandeira do Brasil, que, né, ordem, progresso e amor. Era essa a grande proposta. Era uma tragédia para senadora de São Paulo. Melhorou para caramba. Melhorou muito. Só que eu acho que isso também é é é uma coisa se analisar nesse sistema, porque para deputado, vereador, senador, você tem opções boas. Via de regra para presidente, para prefeito, pros cargos do executivo, você não tem. Difícil. Hum. Via de regra, né? Via de regra. Você não tem um cara que você quer, que te representa, você vota contra. Pr prefeito faz anos aqui que só se vota contra. Não se vota. O senhor acha, o senhor conhece os Você acha que alguém aqui em São Paulo veste, o senhor mora aqui em São Paulo mesmo. Alguém aqui em São Paulo veste a que meses do Ricardo Nunes? Eu sou Ricardo Nunes. É esse o prefeito que eu quero. Como é que o cara que ninguém gosta, ninguém gosta, mas ele foi eleito duas vezes. É. Então queria que o senhor me explicasse isso, como é que isso acontece, porque é uma é um mecanismo, não é escolha popular, é um mecanismo. O Ricardo Nunes deve ter sido deve ser uma das pessoas menos carismáticas que eu já conheci até hoje. E olha que a gente tem José Serra e você tem outro Geraldo Geraldo Al ou Hadad também que não é nem um pouquinho carismático. O, tem um assunto também legal paraa gente tocar da lei magnístic que o que você acha que pode acontecer se caso forem o Trump lá e os Estados Unidos aplicar contra os ministros do Supremo? Você acha que que vai ter uma crise institucional entre Brasil, entre os Estados Unidos? O que pode acontecer a sua visão, Rui? Olha, eu acho que isso é em grande medida é mais eh pirotecnia do que artilharia. É mesmo? Veja, você ministro do Supremo, aí o Trump fala que vai fazer no vai caçar o seu passaporte. Bom, tudo bem, caça. Que que ele vai fazer? Ele vai, ele vai, mas ele vai abaixar a cabeça porque ca sua passaporte dele paraos Estados Unidos. Mas ele não pode, por exemplo, operações financeiras, ele pode ser limitado também. É tudo no final das contas é tudo bobagem. Ele vai conseguir um cartão do amigo, do amigo do amigozinho. Ele não vai reagir. É isso. Reagir, eles vão reagir. Mas não há motivo nenhum pra pessoa abaixar a cabeça diante desse tipo de ameaça. Uma coisa você chegar no no Rio de Janeiro lá com uma frota de cruzadores e porta-aviões e falar: “Vou destruir a cidade se você não fizer agora. Vou vou caçar o seu visto pros Estados Unidos”. Você viu, você viu uma resposta besta, né, do do pessoal? Ah, mas então nós vamos sentir Paris, né? Vou sentir falta do Mik e tal. Não é, não é sério o negócio. Você acha que ele eles tende a dobrar a aposta Morais contra contra essas caçar oorte e contra tudo isso? Porque ele mandou a carta, né? O que o que aconteceu? Ele mandou a carta. Aí no outro dia lá ele colocou a tornzeleira no Bolsonaro, fizer uma foi uma retaliação a isso daí, né? Essa carta aí depois agora o passaporte. Você acha que que eles podem ir escalando ali dobrando a aposta de um lado, a posta do outro? Mas até até onde é que eles podem ir com isso? Ninguém vai começar uma é uma ruptura de relações ou uma um conflito real dessas coisas. Mas é porque sabe sabe o que eu vejo? Eu vejo que o que o maior de todos é esses tarifaço, ele não mudar ele não mudar essas tarifas aí, né? Sim. O tarifaço, sim, apesar que nós temos dizer o seguinte, fora o fato, né, que eu acho muito condenável e que todo mundo deveria rejeitar de que ele de que o Trump quer determinar a política brasileira por medidas econômicas dele, como essas econômicas, isso não pode ser aceito, mas também não vejo motivo para ninguém aceitar isso. O tarifá é um é um acontecimento aí comum da política econômica mundial. Por exemplo, o Brasil cobra tarifa de 50% sobre vários produtos norte-americanos e na média é 11 ainda. Ele tinha recebido 10, então tava legal, né? Tava bom. Pô, por exemplo, se for você for comprar um celular que foi produzido fora do Brasil, você vai pagar 50% de Eu quando eu compro, eu pago 100%, né? Na verdade, dá mais que 100% quando eu compro coisa de fora. A gente tá cobrando até mais. É, você compra da China, vem imposto mais de 100%. E o imposto em cima do frete, se você comprar de lá, mas digo, se você comprar aqui importado, você está pagando 50%. Empresa você disse. Entendi. É uma empresa. Entendi. Se você comprar um computador, você tá pagando que foi produzido fora do Brasil, 50%. Um automóvel. Automóvel, não sei se é 50 ou é 70%. Então, quer dizer, uma coisa relativamente normal que vai acontecer é que o os produtores aí vão perder dinheiro, eles, né? Ah, o Brasil vai entrar em crise. Não, não vejo isso. Principalmente exportadores de proteína, né, como a JBS. É que a indústria de a indústria de carne, indústria de aço, por exemplo, a indústria de carne, ela não tem como eh jogar é jogar todo esse esse produto pro mercado interno. Ou seja, empresas vão falir e aí algumas vão falir. Pode falir sim. E aí na hora que encontrarem outros mercados ou mudar essa taxação, que eu aumentar muito a demanda, que que vai acontecer? O preço aqui de carne vai explodir aqui. É com com as tarifas, o preço da carne tende a cair aqui. Não, a princípio sim, mas isso tô falando, até ele vai aumentar o o preço da carne lá vai de média de 5.500 a tonelada para 8.500. O americano não vai pagar esse preço, ele vai comprar de outros lugares. Então a gente vai pegar todo esse excedente e vai jogar no mercado interno. O preço vai cair, só que empresas vão falir e esse preço vai se estabilizar. Na hora que voltar o mercado, que aí aumentar a demanda lá fora, o Brasil vai preferir vender, os produtores vão preferir vender para cá em real ou para lá em dólar? Eles vão vender para lá em dólar e aí vai desabastecer aqui, o preço vai explodir. Esse é o problema a médio e longo prazo. Mas aqui já nós já estamos desabastecidos aqui. Sim, mas vai piorar. Mas vai piorar. Muito, muito. Nossa, se isso se manter piora bastante. Não, não veja não. Imagina tá desabastecido mesmo. A uma coisa que nós temos que entender é o seguinte, essa exportação, a da carne é bem característica. Sim. É um grande prejuízo pra população brasileira. A gente fica aqui com o pior da carne. O melhor é vendido lá, muito mais barato do que é vendido aqui. Inacreditável. É o imposto, né? É imposto sobre consumo. Eu eu eu tava vendo até o Luciano Rang publicou isso, fez um vídeo em collab com uma pessoa lá fora e o cara mostrou uma hora de trabalho nos Estados Unidos você compra duas calças jeans com uma hora de trabalho. Ou seja, se você trabalhar um único dia, você renova seu guarda-roupa, compra oito calças, oito camisa. Eu não tenho oito calça jeans, por exemplo. E é empresário ainda, hein? Já pensou se não fosse? Mas eu mais pago imposto que ganho, né? Então, um dia de trabalho você renova seu guarda-roupa inteiro para um homem, né, para uma mulher não. Vai precisar uns uns 15 dias, né? Aqui, ão, lá com uma hora de trabalho você compra duas calças. aqui com dois dias de trabalho você não compra uma calça. Então o o o custo eh do estado, eu não sou contra o estado, a a quero que ele seja obviamente menor, tal, mas uma coisa que eu gostaria de fazer, se eu tivesse lá dentro era revisar todos os contratos, porque aqui o PSDB em São Paulo ficou décadas pagando o índio para fazer dança da chuva, Instituto Cobra Coral, lá em Guarulhos. Eu tava pagando o índio para fazer dança da chuva. Se eu vejo um contrato desse, eu rasgo na hora. Mas você não tinha chuva? É, então tem. Então acho que era isso. Eu acho que eles duplicaram o contrato, por isso que tem um problema lá no o imposto também, né? Mas é o grande vilão no Brasil. Claro, não tem eu como empresário que tem indústria, as burocracias não é só as quantidade de taxas e licenças que eu pago. As burocracias relacionadas a ela, a elas me dão um custo absurdo que refletem no meu produto. Ele é muito mais caro. Então você tem um burocracia, redundância de vigilância. Então eu tenho um produto lá que tem três órgãos que vigiam aquilo. Eu tenho que pagar pros três. E nenhum tá fiscalizando, tá? Nenhum tá fiscalizando. Eles só querem o meu dinheiro. Dinheiro. Hã? que é o dinheirinho. Mas o problema é o seguinte, redundância tem que acabar, por exemplo, não tudo bem. Tem tem que teria que haver uma reforma fiscal que colocasse a coisa em termos racionais. Sim. Mas o problema central não é esse. O problema central é que o Estado brasileiro está hipotecado, porque nós estamos pagando esse ano aqui 1 trilhão de dívida pública. Nossa, isso isso não pode ser. Mas o estado vai fazer mais dívida agora. Como que eles vão? O Lula, por exemplo, prometeu que vai devolver o dinheiro roubado pelo do dos velhinhos do NCS que eles roubaram, né? Como é que ele vai devolver um dinheiro que ele não recuperou? Pode devolver algo que você não recuperou? É, vai ter que aumentar os impostos. Ele vai ter que aumentar impostos que já não dá mais ou ou emitir dívida. Ele vai emitir mais dívida. Tá, mas o problema que tem que ser enfrentado é a própria dívida pública. Sim, mas um país não pode existir e trabalhar para pagar dívida. para pagar a dívida. E o governo também não pode ficar gerando dívida para cobrir corrupção. Não, tudo bem, né? Mas o problema administrativo ele é inferior, porque o problema fundamental é que o estado foi sequestrado pelos bancos. Esse que é o problema fundamental, né? Vou vou dar um exemplo que mostra bem isso. O pessoal fala o seguinte: “Ah, mas se você não pagar a dívida pública, os pequenos eh credores e tal, pequeno credor nunca é um problema, porque o o pequeno credor, ele não vai chegar no governo federal e falar assim: “Você vai aumentar a taxa de juro para 15% que eu quero ganhar mais dinheiro”. Não. Sim. Ele vai aceitar a condição que o governo impuser. Claro, porque ele não tem poder. O problema é o poder, não é o credor. O problema do da dívida pública é que as pessoas que detém a dívida pública, elas controlam o estado de fora. Isso não poderia jamais acontecer, né? Nós estamos trabalhando aqui e gastando a maior parte do dinheiro que a gente ganha, o brasileiro ganha para pagar essa dívida pública. Sim, é um absurdo de dinheiro. Os serviços públicos são todos ruins. É o que uns 20% do PIB, trilhão só é o serviço da dívida, né? Ah, é verdade. Eu acho que é mais. Quanto que é o PIB brasileiro? 3 trilhões de dólares. É isso em dólar. Ah, tá falando em dólar. Será que dá? Já chegou tudo isso aí? É, precisava levar Rhão deais aqui. Rhãoais é 1 trilhão, perdão. Agora fechou. Mas o senhor, vamos supor, o senhor fosse presidente, o senhor poicotaria a dívida, não pagaria? Ah, sim. Tem que essa dívida tem que ser desconhecida, tem que Mas aí como é que o senhor não Porque se o senhor não paga a dívida, você acabou com a confiança do estado. E se acaba a confiança com o estado que tem uma moeda fiduciária, acabou o estado. Não, não é assim. Brasil já deixou de pagar dívida antes, mas toda a dívida que a gente tem, o o Sarnei fez fez acho que duas moratórias da dívida. Falou: “Não tenho como pagar, não vou pagar”. Mas ele ele ele consegue e deixar de pagar os títulos longos, né? Mas os títulos curtos ele ele tem que pagar porque se senão ninguém mais vai financiar o estado. Mas veja, eles não estão financiando o estado, eles estão vampirizando o estado. Ah, mas mas eles emitem o título público lá, investe quem quer, né? Ele coloca lá, fala 15%. Vamos supor que se mantivesse a atual arrecadação de impostos. É que o senhor vai tirar uns títulos do Luan, que ele tem uns títulos. É, então tem que quer quebrar o Luan. Você não vai pagar o Lando. Eu só pago imposto. E quando eu quero ganhar, quando eu quero ganhar, todo mundo quer tirar meus direitos. Na hora imposto direito do cidadão. Aí não, mas veja só, vamos supor que o governo não pagasse a dívida, o que que ia acontecer de imediato? Ele ia ter uma sobra de 1 trilhão de reais no caixo. Mas o que que acontecer com a inflação? Esse dinheiro ia valer muito menos. Porque se você perde a confiança num país que tem moeda fiduciária, a inflação vai pra lua. Todo mundo vai querer. Perder a O que seria perder a confiança? Exatamente. Então, investir num país, por exemplo, não botar dinheiro no país, trocar todo o real por outra moeda, por exemplo, a inflação dispara. Então, esse esse 1 trilhão que o senhor vai pegar agora, daqui a pouco não vale nada. Não, não é assim. Não, não funciona assim. O governo ficaria com super hábit de dinheiro, teria um poder muito grande. Quem pensou assim, desculpa, não pode, pode. É, quem pensou assim mais ou menos foi o o Paulo Guedes. Paulo Guedes falou assim: “Vou desvalorizar o real, aí eu tenho o dólar, vendo o dólar, pego muito real, olha que que deu. Deu muito errado. A nossa moeda foi a que mais desvalorizou na pandemia. Paulo Guedes fez um serviço péssimo aliado isso aí. Mas não é a mesma coisa que eu tô falando, né? É, não s claro, mas fazendo um paralelo, entendeu? Quando o Brasil saiu da ditadura, quando ele tava no fim da ditadura, mas estava endividado até aqui. Tava pior do que hoje. Tava pior que hoje. Tava pior. Tava pior porque o estado não conseguia mais funcionar. Entendi. Hoje encontrou-se um equilíbrio meio doentil, mas é um equilíbrio. Então, um dos maiores economistas brasileiros que já existiram, Celso Fortado, ele ele ele escreveu um livro onde ele fazia um diagnóstico perfeito da situação. falou: “Se o Brasil não se livrar da dívida que consome toda a poupança nacional, o país vai parar de se desenvolver completamente, vai começar a andar para trás”. É, ou no que ele estava absolutamente certo, porque nós estamos vendo a situação atual. Então ele falou o seguinte, a única solução e ele ele não era ele não era marxista, ele não era o Quinj tem que não pagar a dívida e estatizar os bancos a única solução pro país poder se desenvolver. E nós temos que pensar nesses termos, porque o problema aqui é para onde vai o Brasil. Esse que é o problema, não é um problema de flutuação econômica, de quem vai ganhar, vai perder, etc e tal. Um problema do destino do país. Sim. Porque se continuar do jeito que tá, o país só não vai desaparecer, porque isso aqui vai para uma explosão social. A explosão social vai ser uma coisa benéfica porque vai frear essa loucura. Certo? Mas o correto mesmo seria o falar, não tem que o sistema bancário nacional, internacional tá estrangulando o país. Então você tem que eliminar esse problema. Ah, mas você vai estatizar o banco. É, é uma medida drástica para um país que tá tá com tá no no leito lá, tá com um aparelho, não consegue respirar direito. Eu acho que o dono do Itaú não vai financiar sua campanha não, viu? Não vai não. Muito menos o do BTG. É, não vou ofereciar na campanha não, viu? Com certeza não. Tem muita gente que fala que o plano real, lógico, desde a redemocratização, o plano real foi a melhor coisa que aconteceu no Brasil. O senhor discorda, concorda? Por quê? Não, foi um momento de maior retrocesso da economia nacional. Sério? O plano real. Mas por que que ele estabilizou a moeda, deu deu condição da pessoa que o pobre não nunca teve condição de guardar dinheiro. Ele podia agora, ele não precisava trocar o dinheiro dele pro produto, ele podia guardar, acumular e comprar bens mais caros, abrir empresas, que, aliás, aconteceu bastante isso, abertura de pequenas empresas e até negócios informais, Lava-Jato, tal, né? Senhor acha que não foi bom pro Brasil o plano real? Primeiro, eu não, sem querer ser muito eh prepotente na discussão, eu vivi essa época aí. Não era não era assim, não. É, problema é o seguinte, eles equipararam o real com o dólar. Sim. Pela URV, unidade real de valor. URV. Isso nunca podia ter sido feito. Brasil não tem moeda para ser valer dó. Votou contra, né? Se eu não me engano, votou. Então, o que que aconteceu? Isso daí limpou bem uns 20% da indústria nacional. Foi a falência direto. Não começou aí já vinha de antes, mas aí foi o momento de maior queda. Eu, por exemplo, eu tenho uma experiência assim muito negativa com isso, né? Na nesse período eu atuava no movimento operário. Prejudicou realmente um pessoal prejudicou bastante, não foi horrível, né? Ó, a gente falava com maior orgulho, a grande São Paulo, grande São Paulo tem 2 milhões de metalúrgicos. A gente olhava do ponto de vista sindical, mas pensa do ponto de vista econômico, o que significa isso? Eu lembro da porque meu pai era metal metalúrgico e a gente ia pra região do ABC sempre. Se eu não me engano, eu lembro da Volkswagen com 35.000 funcionários. Volkswagen chegou a ter.000 funcionários. É, eu lembro ela com 35. Eu lembro ela com 35. E, pô, gente, é só lá em São Bernardo. Só lá em São Bernardo. 35.000. E aí eu lembro que eu fui anos depois, quando eu tava, acho que na faculdade eram 17.000 funcionários. Agora, agora que 15, 13. É, eu lembro disso. Lembro desses valores. Hum. Uma única empresa perdeu 30.000 funcionários. E não foi porque instalaram máquinas lá e não é a produção desabou. Caramba, Guarulhos era um centro industrial de alta tecnologia. Eu sou de lá. Fechou tudo. Todas as indústrias fecharam. Todas. Eram o sindicato de Guarulhos era poderoso, o sindicato de Osasco era poderoso, da ABC nem falar. Os três sindicatos. O sindicato do Metalurgio de São Paulo tinha 600.000 trabalhadores. São Paulo capital hoje deve ter 300.000. Daqueles 2 milhões de metalúrgicos, se a gente tiver 1 milhão é muito. E isso daí falando só de metalúrgico, que é uma um setor aí importante da economia. Você imagina que aconteceu na área têxtil de plásticos, de abrasivos, de tudo quanto? Porque São Paulo tem, sei lá, 40.000 tipos de indústria diferente. O que fechou de imprensa não é uma coisa de louco. Era uma coisa de louco. A classe trabalhadora em São Paulo era a coisa mais poderosa que existia, né? Eu me lembro que nós comentávamos bastante o seguinte: São a a São Paulo é a maior concentração de operários industriais do mundo. Foi mesmo? 3 milhões de operários industriais numa única cidade. Que Detroit, por exemplo, foi um fenômeno também de trabalhadores industriais, metalurgia principalmente. Ah, tá, entendi. Não chegou a superar Detroit ou chegou? Chegou. Não sei, não sei. Mas veja,ele, naquele momento era era o maior do mundo. Onde é que tá essa indústria? A gente importa tudo quanto é porcaria. Aí eu tava num num podcast, o Flow, né? Flow, burguês, né? Eles são burgueses, né? São burguês. Burguesia lá. É uma stream ali, né? O rapaz lá, como é que é o nome dele? Igor. Igor 3K. É. É. Ele mostrou um negócio assim, segurava o microfone. Sim. Falou: “Eu tive que ir no Paraguai para comprar isso daqui e tal”. Miguel, eles tm dinheiro lá. É, não. Pode ser. Mas é o seguinte, ele a a tese dele era o seguinte, que você tinha que importar isso daí, porque o Brasil é um país que não é não tem capacidade de produzir isso. Nossa, o que acontece é que não compensa produzir é ridículo de produzir esse tipo de coisa. Absolutamente ridículo. Eu conheci muito Operário que o cara em casa com torno ele fazia um negócio antes. Sim, sim. Eu tinha um amigo do meu pai que ele tinha uma marca de parafuso em casa. Ele fazia parafuso e vendia. Você conhece? É, eu conheci muitos operários que tinham uma indústria própria, que eles tentavam montar uma empresa, né? Sim. Operário assim mais técnico, né? Mais Sim. Muitos imigrantes. Conheci muitos imigrantes que tinham montaram assim pequenas empresas. Jomar, né? É, é Jomar que é o de parafuso. Tem uma bem grandona, né? Empresa que é Jomar. Jomarca alguma coisa. É, tem não, muita, muita empresa metalúrgica, as menores foram fundadas por operários. Por operários. Verdade. Aí eles se tornaram burgueses. Se tornaram burgueses. Olha aí. Mas eu vejo essa crítica. Eu tenho que votar contra ele. Ah, a como é que você diz? Ah, escapou a palavra, mas a a evolução social é uma coisa que acontece o tempo todo dentro da sociedade. Só não vai acontecer que toda a classe operária sim se transforme em capitalista. Isso aí não é possível. Mas a gente não quer que em tese todo mundo cresça e vire o chamado burguês. Mas se todo mundo for burguês, quem que vai trabalhar? Então, mas a gente caminha para uma evolução para cada vez mais coisas serem feitas por máquinas. E eu que me preocupo que a gente está fora dessa evolução, que para essa evolução funcionar, a população tem que ser melhor educada e mais intelectualizada. E isso não acontece no Brasil. Acho que tá acontecendo um fenômeno contrário. Não, o problema não é o problema cultural ele tem uma ele tem uma importância, sem dúvida, né? A população brasileira não é tão culturalmente atrasada assim. Eu conheço muitos países no mundo. O Brasil tá muito bem situado, inclusive, né? Sen acha com esse fenômeno do funk aí? É, é, mas toda a sociedade tem essas coisas. 83 de média de Qi. Não, mas até sociedades mais desenvolvidas tem esses fenômenos sociais eh meio regressivos, né? Isso aí, isso aí não tem a ver com o nível cultural geral. Eu acho que o problema é um problema econômico. É a economia que manda. A economia brasileira não cresce. Esse é o esse esse problema não tem como você de dizer, pelo amor de Deus. Ela cresce aí ela sobe dois, cai quatro. Não, não, não. Ela não cresce mesmo. Não cresce desde o fim da ditadura militar, desde o milagre econômico. Mas é que na verdade o que eu vejo é que também é muita burocracia, né? O cara, pro cara empreender, ele tem que ser um guerreiro. O estado não deixa eu me especializar no meu problem. Ele te puxa, ele te puxa para baixo, né? Não, ele puxa. Na situação atual dificulta a vida de todo mundo. Mas o problema central é que não há capital para dinamizar a economia capitalista. Então, capital a, mas não vale a pena eu investir para produzir. É isso. É isso que o estado atrapalha demais. Não, na nesse ponto é diferente. O o tem até bastante capital, o capitalista, o capitalista em geral, ele não é um bom investidor. Ele quer mais especular ali, né? Quer ganhar, ele ele quer ganhar dinheiro, ganhar renda. São poucos os capitalistas que t aquela, como é que se diz? gosta de produzir, que gosta de produzir, mas tem bastante, por exemplo, que nem o cidadão lá que tentou criar a fábrica de automóveis brasileiro, o Gorgel é, mas ele cometeu também alguns erros, né? Ah, não, tudo bem. Ele queria fazer tudo tudo dentro do Brasil, né? Ah, não, mas ele podia fazer, mas aí o custo saiu muito caro. Não, não foi esse erro dele. Conta lenda, ele foi torpediado, né? É, conta a lenda. Aí o senhor viveu lá, senhor talvez saiba. Eu já ouvi isso de mais lá da lenda do Gurgel. relevada a lenda do Gurgel. Por que que fali o Gurgel? Que era assim, um carro feio para [ __ ] Carro de fibra de vidro, então leve e tal, né? Mas tudo bem, o carrinho brasileiro, tinha um um ele era meio futurista, vai. Sim, sim. Tinha carro elétrico, tal. Ouvi essa lenda. Conta a lenda que as outras grandes empresas, Volkswagen, GM e tal, foram lá e boicotaram ele. Então, chegaram pras pros fornecedores, por exemplo, de farol, falou: “Ó, se você vender pro Gurgel, a gente não compra mais de você”. É, teve muito disso, entendeu? E aí os caras não vendiam pro Gorgel, porque é melhor, eu prefiro vender para Volkswag para GM do que para Gorgel, mas com a causa principal não foi essa. É, tem uma história aí. Qual que foi a história aí? Radeira, verdadeira históriadeira história do Gel. Tem a lenda e tem a verdadeira, a lenda e a verdadeira história do Gurgel. Verdadeira história é o seguinte. O Gurgel ele fez um acordo. Senhor conheceu ele? Desculpa. Senhor conheceu ele? Não, não, não, não. Mas nós fizemos uma pesquisa sobre isso, tá? Ah, que legal, né? Meu filho inclusive chegou a escrever matéria sobre isso. Pois ele sabe melhor que eu, inclusive do assunto. Não, o mais novo, o mais novo conhece esse assunto. O GLI fez um acordo com o governo do Ceará e com o governo de São Paulo para investir para ele finalmente eh nacionalizar toda a produção do automóvel. Toda. Era um nacionalista ele. É. Legal. Então ele comprou as máquinas para fazer o câmbio, motor, tudo aqui que seria um progresso extraordinário. Sim. Só que aí aconteceu o seguinte, eh, ele precisava receber, ele comprou o material tudo e ele precisava receber desse acordo que ele havia feito um dinheiro para tocar a empresa. E o governo do Ceará, que era o senhor Ciro Gomes, Ruorda. Nossa, o Ciro Gomes, o Ciro Gomes acabou com a Gorgel. Foi. Mas eu acordo em que sentido? Ele não deu, não deu dinheiro. Mas por por que que ele faria? Porque ele ele prejudicou o Brasil. Por que que um político prejudicaria o Brasil? Você acha que ele teve pressão de outras empresas? E aí o caraca, eu já vou muito com a cara do Ciro Gomes. Agora que eu sei dessa aí. Boa, pô. E o Itar, e o Itamar Franco também se negou a ajudar. E vocês devem se lembrar que na mesma época que o Gel faleu, vocês não não estabeleceram a conexão. Eu também não tinha estabelecido. Na mesma época que o Gorgel faliu, o Itamar Franco apareceu com a proposta do Fusca Fusca 93 94, porque o Gorgel ia lançar um carro popular. Verdade. Só que as grandes montadoras tinham não tinham não tinham carro popular mais. Sim, né? Então eles lançaram, relançaram o Fusca para fechar, não era o Fusca, porque todo mundo queria aquele Fusca. Hã, aquele Foi produzido pouco e todo mundo queria o Fusca naquela época, né? Acabou nem sendo um carro popular. Não, eu sei, mas eles fecharam a tinha uma brecha de mercado, você entendeu? Eles fecharam a brecha. Caraca, Ciro Gomes faliu a a Gel, ninguém sabia. Ciro Gomes e o Itamar Franco também, [ __ ] E por falar em político, que que você acha? Desculpa, te interromper. né? Isso daí é o é a pior eh faceta da dominação desses monopólios sobre países como o Brasil. Isso é verdade. Complicador. Eles corrompem os políticos, eles pressionam os fornecedores, eles usam os bancos para cortar o crédito, eles fazem isso, fazem aquilo e você não consegue. Tem uma história que eu vi muito a tempo, eu era moleque e ouvi de um professor, não sei se é verdade, o senhor viveu aí, talvez até saiba, que parece que lançaram leite em pó, acho que era ma coca, uma coisa assim, e era um leite bom e barato. E vendeu para caramba e tal. Aí conta a lenda, tô acusando ninguém de nada. Que a Nestlê pegou e jogou os preços do lente pó da Nestlê lá embaixo, né? Aí eu não conheço essa história, mas é isso aí faliu a moco depois que a foco faliu, eles subiram o preço de novo. É uma baita da sacanagem fazer o cara fazer isso. A empresa tinha que ser punida, né? Por isso ela baixa momentaneamente, fale o outro e aí sobe de novo. Se ele tudo bem, baixa, mas então vai manter o preço, já que baixou, não. Ah, mas é muito fazer. É um jogo sujo. É um jogo sujíssimo. É um jogo sujíssimo. Por exemplo, até na época da ditadura, por exemplo, uma uma história, milhares de histórias desse tipo. Quando o Brasil tava fazendo Itapu, os russos ofereceram as turbinas de Itapu por um preço que era 30% do que tava sendo oferecido no mercado. Ou seja, 70% mais barato. E aí que aconteceu? Os os Estados Unidos, os outros falaram: “Não, senhor, se comprar deles, nós vamos boicotar, você não vai nem terminar essa nossa. Mas é verdade isso? É verdade. E tem, ó, essas histórias são milhares de histórias. Fica se repetindo. Ô, tem uma história de Taipu que eu nunca fui atrás para confirmar, mas eu até já já conheço a gente de lá e tal e já me falaram isso. E Taipu é binacional. Taipu e Brasil e Paraguai. Nem sei por é binacional, porque o Brasil poderia fazer sozinho por não por causa do Rio. Então, mas aí que tá aí diz que Paraguai entrou, mas Paraguai não tem, não tinha dinheiro para Itaipu. Aí o Brasil emprestou e o Paraguai nunca pagou. O Paraguai nunca pagou, se sou eu presidente, eu tomo a Itaipu de volta. Não, mas é um é um acordo político, né? Não, mas pô, eles não pagaram. E aí eu tô comprando a energia deles agora. O rio Paraná, pela situação diplomática anterior, ele é um rio trinacional. Sim. Tá. Ele é brasileiro, argentino e paraguaio. Sim. Então, para usar o rio precisa de um acordo. Sim. Então, os brasileiros deram uma participação Itaipu para o Paraguai. Não. Sim, mas eles tinham que ter pago e eles não pagaram. É. E eu o senhor gosta de restatizar, hein? Essa aí tinha que restatizar essa. Tinha. E dizem ainda que taip é muito legal, porque taip, se você abrir todas as barragens lá, você afoga tudo. Os argentinos tem uma vantagem ainda. É, e a gente a gente tem uma vantagem com pô. Argentina, a Argentina não queria concordar por causa desse problema. Desse problema, né? Não. E tá por é uma coisa maravilhosa. Foi foi feito com esforço gigantesco dos brasileiros. Aí venderam as ações, prontos, acabou. Como? Como assim? Aí eu não posso ter um pedacinho da Itaporadão comprou uma uma ação e agora ele vai ficar recebendo dinheiro da Itaipu dividendo 1000 anos seguidos. Devia ter comprado e vi. E o que que o senhor acha da ação? Estão falando muito agora do do Eduardo Bolsonaro. O que que o senhor acha da ação do Eduardo Bolsonaro fora do país? Tem gente que fala que ele só tá passeando na Disney e levando os créditos pelo que tá acontecendo. Tem gente que fala que não, que ele que conseguiu a taxação de 50%. Aí eu falo, se foi ele que conseguiu, ele tinha que ser preso, que ele vai ferrar a indústria tal. Que que o senhor acha da ação do Eduardo Bolsonaro fora do Brasil? Eu acho que ele faz um lobby sim junto ao governo Trump. Você acha que ele faz? Bolsonaro tem. Os bolsonaristas têm relações com trampismo. Isso é muito evidente. Entendi. Mas senhor acha que o trabalho dele tá sendo um bom trabalho ou um trabalho ruim pro Brasil? Eu acho que não é a maneira que uma pessoa que seja nacionalista deveria agir, né? Sim, sem dúvida. Eu acho que um problema político, eu eu, por exemplo, abomino o Alexandre Moraes e o STF. Eu acho inclusive que o STF não deveria nem existir. Agora é um problema que tem que ser resolvido aqui pelos brasileiros, né? Se alguém falar assim: “Não, a a os Estados Unidos vai acabar com a STF, não, não vai acabar. Eu acho horrível, mas eles não vão acabar com nada. É um problema nosso do Brasil. Eu acho que é um erro gravíssimo uma política antinacional do bolsonarismo fazer isso. E eles se expuseram muito também, não sei por direito. Aumentaram a popularidade do Lula, inclusive aumentaram. Não foi também uma coisa do outro mundo, mas aumentaram. Um pouquinho. Aumentaram. O senhor falou que o senhor é socialista e eu já vi vários ideais de socialista. Se o senhor conseguisse implementar o modelo socialista no Brasil, ia continuar presente? a gente ia ter presidente, prefeito, governador, deputados ou ia mudar esse sistema? Olha o quando nós falamos em socialismo, não é um modelo de governo, certo? Não é nem um modelo de economia, né? O socialismo ele se baseia na seguinte ideia. Numa sociedade capitalista existe, numa sociedade em geral, sociedades que existiram até hoje, a sociedade tá dividida em classes, né? E essas classes estão permanentemente em luta, quer eu gosto, quer eu não gosto. É um fato objetivo. Essa luta em algum momento vai levar a que a classe trabalhadora, a classe oprimida chega ao poder. Não vai depender de mim que isso aconteça. Vai ser o resultado da situação cada vez mais crítica do país. Então, quer dizer, quando a gente fala em socialismo, estão falando nessas condições. Então, cidadão fala: “Ah, você vai eh perseguir os inimigos por nós não vamos perseguir ninguém. Isso é uma, nós estamos fazendo uma uma previsão do que vai acontecer e nos preparando para essa situação, né? Então, nós procuramos construir um partido político que numa situação como essa tenha um encaminhamento racional das coisas na medida do que a gente pode fazer, porque como a gente sabe, né, os grandes acontecimentos históricos ninguém controla direito. Você pode ter uma certa então nessas condições, né, o que que vai acontecer? Nós vamos ter que substituir toda a maquinaria do Estado. O Estado responde aos interesses dos capitalistas. Nós precisamos criar um estado que responda ao interesse dos trabalhadores. Qual forma que isso daí vai assumir? É difícil dizer. Nós temos um exemplo da Rússia, da revolução, onde os trabalhadores criaram conselhos operários, que era uma forma muito democrática de funcionamento. Então, nós trabalhamos com essa ideia em primeiro lugar. né, uma representação que venha bem debaixo da sociedade, né? O que que era o Conselho Operário na Rússia? O trabalhador era eleito na fábrica que ele trabalhava para um conselho municipal, vamos supor, chamado Sovietes, né? O chamado Soviets. Aí o Camponense era eleito no lugar onde trabalhava para o mesmo conselho. O no bairro se elegia, quer dizer, as pessoas vinham de onde elas viviam, trabalhavam, etc. técnicas do dos locais, assim, a gente é representantes diretos, né, da população. Então esse modelo que nós achamos que é que existe, né, a gente não criou da nossa cabeça, existiu, eh, seria o melhor modelo possível, né? Eh, agora, eu acho que o Brasil, por certas características políticas, eu acho que o Brasil precisa de um governo mais centralizado, menos federativo, né? Esse negócio do federativismo é uma doença nacional, é uma doença histórica do Brasil. Esse negócio de que o Lula se elege presidente não consegue eleger os deputados, é porque o país é composto de rincões. Você tinha que ter uma eleição nacional no na situação atual, tem que ter uma eleição nacional. Você, o partido lança os seus candidatos, que deveriam ser do partido, não individuais, e o povo vota no partido A ou B. O cidadão no Acre vota no partido Aub, o cidadão no Rio Grande do Sul vota no partido A, mesmo voto. Se isso acontecesse, vocês podem ter certeza absoluta aqui. Não sei se seria a melhor coisa possível, mas se o Lula ganhar a eleição para presidente, vai ter maioria no parlamento, como acontece na Inglaterra. A Inglaterra governa o país quem tem maioria no parlamento. Mas esse sistema que o senhor falou, por exemplo, dos dos chamados sovietes, se elege a pessoa na indústria, elege a pessoa no campo, tal, aí a gente, no meu entender, a gente ainda não fortalece uma característica péssima que a gente tem da democracia, que via de regra, as pessoas que vão vencer essas eleições são as pessoas que vão vencer por características eh por por não por características técnicas, mas por uma pessoa ser desenrolada também. É, me faltou essa palavra eh carismática. Então você lee pessoas por características de carisma e não por competência. Isso é uma coisa que é um para mim é um dos grandes problemas da democracia. Só que teria um detalhe, por isso que eu falo que eu sou um pouco mais aristocrata, né? Não, mas tem um detalhe que é o seguinte, não, tudo é um problema de funcionalidade, certo, né? A gente não, eu não tenho uma concepção religiosa da coisa. O senhor não tem religião? Não, não. Eh, o problema é o seguinte, você elegeria, você não elegeria e 500 pessoas num país como o Brasil, você provavelmente estaria elegendo 500.000 pessoas, certo? Então isso dilui o problema da personalidade. Quer dizer, eles vão eleger a pessoa que você tá numa fábrica, né? Você falou que é empresário, então você não tem experiência com movimento sindical. Mas tem que eu sou professor também. Tá bom. Como professor preconceito do senhor aí? Não é preconceito, é uma, é uma avaliação objetiva. Não é preconceito, é lógica indutiva, né? Eu falo isso também. É lógica indutiva. Eu briguei muito com muitos empresários aí, né? Sem Mas o professor senhor defende. Ah, professor defende. Então, metade de mim o senhor defende. O lado empresário ataca, o lado do professor defende. Não, da ataca depende, né? Depende da situação. Professor universitário, hein? Dei ela para engenharia há 15 anos. É um é um trabalhador, sem dúvida. Eh, você faz uma discussão num determinado ambiente de trabalho, as pessoas vão eleger aquela pessoa que representa melhor o que elas querem. Entendi. Não adianta fazer propostas mirabulantes. Tá, todo mundo se conhece ali, né? Aí o cara fala: “Vou lutar por aumento de salário. Eu quero aumento de tanto”. Eu vou defender que a gente tenha direito de greve. Vou defender isso. Vou aí o pessoal olha e fala: “É isso que nós queremos”. Então isso é mais real. Agora você eleger um cidadão que é uma uma personalidade fant é um é uma imagem que ninguém conhece aquele cidadão. É e o cidadão fala que ele vai fazer e acontecer e não sei o que lá. Isso é tudo é uma coisa muito fantasiosa. Mas esse negócio eu acho muito curioso no Brasil sempre do aumento de salário. Brasil sempre, todo grupo quer aumento de salário. E eu praticamente falei assim, eu não preciso de aumento de salário, porque se eu dou liberdade, se eu aumento a eficiência das empresas, os preços caem. É equivalente ter aumento de salário. Mas você deve receber o salário que corresponde a sua atividade econômica. É ou não é? Eu eu tenho que receber o salário de acordo com quanto eu consigo produzir, né? Não, com de acordo com, por exemplo, se você qual o retorno que eu dou, se você se você é um professor universitário, você tem curso universitário, tem mestrado, torác especialização, mestrado e tal. Esse investimento tem que ser remunerado. Então, depende se isso dá um retorno pra sociedade. Sim. Por exemplo, eu conheço gente que tem mão, lógico, né? Vamos pagar, gente, vamos pagar porque a pessoa tem um título. Mas eu tô dizendo, se você é um profissional capacitado, Sim. Isso, isso tem que ser remunerado, tem que ser, eu conheço gente que fez, por exemplo, eh, graduação em ciências sociais e aí mestrado em especialização nas tribos lésbicas da Somália. Entendeu? Que esse cara serve para quê? Pra sociedade? Nada. A sociedade, ela precisa de um médico, ela precisa. Aliás, isso foi uma coisa que eu critiquei muito eh nas aberturas de faculdades do governo Lula. É só curso e a sociedade não tá precisando. Eu tinha que ver qual é a demanda social, que que a sociedade precisa. Sociedade precisa de um torneiro, a sociedade precisa de um médico, a sociedade precisa do quê? E fazer cursos em relação ao que a sociedade precisa. Aí eu falo isso, eu sou chamado de utilitarista. Mas por quê? Então isso que eu queria ent porque não, porque eu estou fazendo coisas que são úteis. Não, eu vou fazer o que é inútil. Não, mas a atividade intelectual, dependendo de qual seja, ela é útil. Sim. Você tem um historiador que conte a história do país, faça pesquisa e tal, corretamente, é uma atividade único, sem dúvida. Mas o que a sociedade quer? Qual é a demanda social? Entendeu? O que a sociedade precisa, entendeu? Não, justo. Eu acho que nós temos que trabalhar para formar pessoas para servir a sociedade. Sim. Senão não faz sentido nenhum. É igual aquele curso de aquele curso de, sei lá, de artes sociais que tem que ser pago pelo governo. Então ele é um funcionário público. Ele estudou para ser um funcionário público. Porque eu tenho um sonho que parece besta, um sonho que eu tenho como político, é que toda pessoa ela possa trabalhar no que ela tem. Não é competente, vocação, porque as pessoas escolhem suas profissões, seria o ideal, né? por estabilidade. Ela vai para um profissionalismo público por uma coisa que ela não serve. Tem um monte de gente indo, por exemplo, pra polícia e ela não tem vocação nenhuma para trabalhar pra polícia, mas ela não quer ser policial e servir como policial. Ela quer estabilidade. Gente que vai às vezes pra engenharia ou pra medicina, mas ela não quer, ela nunca quis ser engenheiro ou médico. Ela quer o status ou o salário, não tem nem propensão para coisa. Isso eu queria, o meu sonho é que toda pessoa fosse pra profissão que ela tem vocação. É, para isso você precisaria ter todas as profissões remuneradas de acordo. Agora, num país como o Brasil, o mercado não comporta isso. O mercado não remunera a maioria das profissões. Sim. Se você é médico, sim. Porque existe um mercado. Você é um engenheiro, depende. Hoje em dia tem muito engenheiro desempregado. É porque abriu-se um monte de É, abriu-se um monte de faculdade aí que não forma. Ela só dá o diploma de engenharia, mas não forma. Isso. Fiz o proi foi ocupado disso. Ah, mas aí é aí aí cabe a empresa também porque seleciona. Você não vai contratar uma pessoa só porque ele apresenta um diploma, né? Quem fez faculdade de verdade, eu falo que eu não tenho nenhum amigo engenheiro que ganhe cinco dígitos. Nenhum. Então, o cara que fez faculdade de verdade, ninguém é Uber. O cara que tá com diploma de engenheiro e é Uber, não é engenheiro. Ele fez, ele fez, entrou nessas, o que que aconteceu? Isso mas ele não tem formação, ele é uma vítima da situação. Sim. Ah, mas é que tá. Quem criou essa situação para essa pessoa ser vítima quando saiu FIES pro UNI, isso aconteceu com vários empresários de Ceará lá também que conheci. Monte de picareta, veio para cá, montou universidade, não para ensinar, para vender diploma. Não é que você vai lá, paga ele te d o diploma, você faz o curso, tal, mas ele contratou um monte de professor vagabundo, enganou professores, teve amiga minha, amiga minha que é mestre e doutora, chamaram ela para contratar e pegaram todos os documentos dela. Não contrataram, mas usaram os documentos pro MEC para falar que tinha professor, mestre, doutor. Fizeram uma palhaçada absurda no Brasil com a questão da educação. A, o Pro e o FIES serviu para financiar um monte de empresário. Isso que aconteceu no final das contas. Mas isso acontece o tempo todo aqui, né? Não achou uma boa, o senhor não apoiou, por exemplo, para uns, não acho uma boa proposta, não. É uma maneira de dar dinheiro pros empresários, como você tá falando. Ô Rui, eu tenho outra dúvida agora. Fiquei pensando aí, né? Exemplo lá, eu fui lá, né? construí algumas kitnetes. Fui lá, trabalhei, construi história real minha, nove kitnetes. Aí eu coloquei para alugar ali as kitnets e vivo desse dinheiro. Eu sou um parasita. É porque o aluguel não é uma atividade produtiva, né? Mas o cara não tá lá morando de boa, não tem um telhadinho bonitinho ali para ele morar, uma casinha confortável. Não, tudo bem. Tem muita coisa que é ú coloquei um piso da hora lá uma porta. É como eu falei, não é um problema moral. Sim. É que se ele não faz isso, se ele não tem, se ele não tem a possibilidade de ganhar dinheiro, aí o cara não tinha onde morar, porque ele não pode construir, ele só pode pagar aluguel. Construir o negócio e vender é uma coisa, compra e comprar lugar. Entendi. Então se eu vendesse, beleza. Você tá vivendo de renda na realidade. Mas aí o cara que não pode comprar, né? Que que ele ia ter que fazer se a gente não permitisse o aluguel? Ele ia ter Não, não tem que ter que ter alguém que alugue um imóvel. Eu eu, por exemplo, vai de aluguel, porque senão o cara, ele vai ter que comprar via financiamento do banco e ele vai pagar muito, ele fica na mão dos bancos. Aí ferrou. É, é pior o problema. É, mas eu não tô dizendo que isso aí seja, mas você fala que você não precisa viver de aluguel não, hein? Fala a verdade, hein. Você não precisa viver de aluguel não, hein? Por quê? Sen é um homem de posses. Fala a verdade. É, não sei. Tô brincando com o senhor. Falei com o seu filho. Seu filho é viajado. Viajou em vários países já. Ah, não. Mas não é por posses, é por trabalho, né? Sim. Não tô enchendo saco. Tá brincando, viu? Eu eu que sou eu que sou um coitado. Não moro de aluguel, sou um professorzinho. É que eh por exemplo, não tenho a preocupação também de ganhar dinheiro e acumular, né? A minha atividade ela não é na sua grande maioria, ela é remunerada. Se fosse uma atividade de tipo comercial, eu ganharia muito dinheiro. Sim. Mas hoje em dia com a bagagem que você tem, né, você pode dar palestras aí, cobrar um valor bem interessante, porque você é eu faço isso, só que o dinheiro não fica comigo. Por exemplo, eu eu faço um curso, hum, as pessoas pagam aí, sei lá, baratinho, pagam R$ 200 pelo assistir o curso pela internet. Legal. O, a gente inscreve aí 1000 pessoas, são R$ 200.000. Só que eu não vou ficar com esses R$ 200.000. É o partido que fica com a maior parte do dinheiro. Ah, entendi. Eu publico livros também, não fico com dinheiro. Legal. Algum, alguma coisa eu fico, que eu tenho que Claro, tem que comer, tem que pagar aluguel, tem que Sim, com certeza. Mas eu não, o dinheiro não é para mim, não é para mim, não é para meus filhos, nada. Eu a maior parte do dinheiro fica compartido. É lá com o partido ali pr pra causa mesmo, né? É, na realidade, se eu for pensar bem, eu até ganho muito dinheiro, mas eu não, o dinheiro não fica para mim. Eu não, eu não uso ele como um cois, é, não é não, não, não uso para investir nada, eu só tá vendo podia ter patrocinado a gente aqui pra gente falar do PCO, tá vendo? Já já fez eu falando PC, o pessoal não ia gostar, viu Rui? Se você fou não. Eu vejo muita gente. O Monarque é um desses. Eu eu eu tava no no podcast esses dias lá também, o rapaz me falou a mesma coisa. Eu vejo que tem muita gente que não tem mais esperança no Brasil, que acha que o Brasil não tem jeito. Você acha que o Brasil tem jeito? Olha, eu acho que tudo tem jeito, só que não é uma coisa simples, né? E eu acho que a nossa função é mostrar qual é o caminho para resolver o problema. Agora que a situação é feia, isso daí não tem a menor dúvida. Eu acho inclusive que o povo brasileiro não dimensiona o buraco em que meteram o país, como se fosse o sapo na panela. Só tá esquentando ali o sap ali de boa. Engraçado, Rui, que a gente fala com muita gente na rua. Eu vejo, a pessoa nem sabe o que tá acontecendo. Você, sei lá, eu tô na academia, às vezes eu converso com algum amigo ali, o cara nem sabe o que tá acontecendo. A maioria das pessoas não vive na política, né? Pessoa tem que ganhar o pão de cada dia, tem que cuidar dos filhos, tem a a mãe que tá doente, então tem precisa cuidar da mãe, precisa pagar o o seguro médico. Se não tem seguro médico, precisa se virar aí para ser atendido no SUS. A vida é muito atribulada, né? Uhum. Nós aqui nós temos uma dedicação ao problema político, mas a maioria das pessoas não, para eles isso é uma coisa que acontece muito longe. Para eles tá muito uma coisa que eu acho e se não for, desculpa, se não fosse assim, isso aqui explodia. É, se o cidadão brasileiro soubesse como, quanto e de quantas maneiras ele é lesado aqui virava um banho de sangue. É que o pessoal acha que vem um cão, vem uma pessoa lá, fala uma coisa, ele acha, ah, tá certo e tal. Eu acho curioso uma coisa, apesar, como eu falei já, eu eu tô sou do outro extremo em relação ao senhor, mas por exemplo, eu vejo, por exemplo, o Bolos, se diz socialista, aí ele durante a eleição ele anda de corcinha, mas quando encontro ele na rua, ele tá de Hilux ou ele tá viajando de jatinho, como já foi flagrado aí. Mas, por exemplo, não é a primeira vez que eu encontro seu filho e você vê seus filhos nem estão aparecendo aqui, mas todo mundo tá com uma calça comum, um tênis comum, não tem um relógio. Então você vê pessoas simples. Que que você acha desses políticos? Por exemplo, vimos agora uma deputade aí socialista com uma bolsa de R$ 200.000. É, eu acho uma barbaridade isso, é uma farsa, né? Mas por que que as pessoas acreditam nesses socialistas? Esses são os que estão ganhando a eleição. Olha, eu não sei quando olha o relógio do Lula quanto vale quando a gente fala as pessoas acreditam. Quem acredita? Não, porque se eles estão ganhando eleições, é porque tem muita gente acreditando, senão não votaria neles. Independente de eu conhecer as pessoas, eu tenho o o dado da realidade. Mas a eleição é como um investimento capitalista, você entendeu? Você investe o dinheiro e você consegue um resultado. Então você pode eleger qualquer pessoa. Por isso o Congresso Nacional tá cheio de farçante. Ah, isso tá. Câmara de Vereadores. Então, Câmara de Vereadores, Assembleia Legislativa, Câmara de Vereadores, gente eleita pelo crime, tá cheia, viu? Não. E não é por acaso que a população, uma parcela expressiva da população, ela não acredita em nada disso. Hum. Porque não dá para acreditar, não é para acreditar mesmo. É uma farsa. Cidadão, o cidadão vai, vocês não têm ideia de como é que é uma eleição. Normalmente vocês não vivem por dentro. Sim, claro. Para eleger um deputado estadual em São Paulo, você não vai gastar menos do que uns 8 milhões deais. Ixe. Então, Ferrou, porque eu não tenho eu não tenho 8 milhões não. E eu vou e eu pretendo sair deputado estadual. E eu não tenho 8 milhões não, nem perto disso. Só só se você for eleito na rabeira de outro deputado. Porque Mas e com as redes sociais? Com Eu apareço, por exemplo, muito nas redes sociais. Eu tô, eu só o que eu tenho, é só o que eu tenho isso. Eu tenho o que eu acredito. Não é suficiente. É, senhora acha que não. Então, ó, eleição é uma coisa do do microfone aqui. Microfone aqui, ó. Perdão. É que microfone às vezes é aí eu fui candidato a presidente da República há quatro vezes. Quais anos? Desculpa perguntar. 2002, 2006, 2010, 2014, três vezes. Numa dessas aí, a minha candidatura foi impugnada. Car, mas o senhor o senhor teve tempo na TV, algum tempo razoável? Teve nos debates? Nas primeiras duas eleições. Sim. Nas outras duas não. Uhum. Você não aparece. Mas como é que o o, por exemplo, o Eneas conseguiu aparecer tanto um partido tão pequeno? Porque eu vi, por exemplo, o o Prono era era um partido pequeno como um PCO, a gente pode dizer ou não? Não, não, não. Era senhor. Acha que era maior? Maior. O Prono era maior? Senhor acha que é maior? Não, não era maior em termos de pessoas, tá? Mas era maior em termos de relações com gente de dinheiro. Ah, é. Porque o Prona conseguiu uma projeção absurda por um partido tão pequeno que era, né? Aí, claro, também focado no no no carisma do Enés, era um cara muito carismático e muito inteligente também, né, rapaz? Mas ele deu sorte, né, com aquele negócio nome Enésas, aquele protestas. É verdade. Ele foi o deputado mais votado de São Paulo quando ele entrou deputado. Mas veja só, não é só que ele deu sorte. Às vezes, né, o sistema todo que existe em volta das eleições, ele não apoia você, mas ele também não boicota. Que a mídia boicotava ele. A mídia dava uma boicotada nele. É que ele era tirado como louco, né? Na verdade é, a mídia boicotou bastante ele, mas ele apareceu bastante também na mídia, né? Tem tem um monte de vídeo dele no Roda Viva lá e tal, mas ele apareceu porque era obrigado por lei, não porque eles queriam levar ele. Roda viva. É, é a legislação, ele como candidato, a legislação obrigava que entrevistando outros entrevistasse ele também. Mas ele reclamava muito, pelo menos, de boicote da mídia. E a mídia realmente colocou ele como um cara louco, o cara que queria fazer uma bomba atômica. Não, mas isso não, isso aí não quer. Ó, veja, se o pessoal falar de você que você é louco, você quer fazer a bomba atômica, sai propaganda a favor. Você a favor da bomba Brasil da bomba atômica? Eu acho que o Brasil tem todo o direito, né? Claro. Não, sim. Direito com Sim. Mas o senhor como presidente, o senhor investiria nisso? Ah, sim. Na bomba atômica também. Então era o senhor e o Enias, os dois queriam a mesma coisa. relações. É, não, eu eu não sou contra não, mas eu sou a favor de outras coisas, como por exemplo, acho que o Brasil tem que ter satélite próprio. Também acho. E a gente não tem. E não é uma coisa cara nem difícil. Mas se que como é que você vai ter satélite próprio, se você tem uma base de lançamento de satélites, a melhor posicionada no mundo e você entrega para outro país? Então, mas a gente não tá lançando nada. Vai usar aquilo para quê? Não, mas a gente deveria fazer alguma coisa. Sim, eu não sou contra alugar. Aluga à vontade, sem problema, mas a gente também tem que fazer o nosso. Concorda GPS nosso sistema de GPS. Mas era Mas era a única que tinha. Por que que entregaram pro norte-americano? Aí você tem uma uma empresa combraer. Sim. Uma das melhores empresas de aviação do mundo. Que vai se lascar nessa taxação em BREC. Tá mais sofrendo. Vai se lascar. Tá. Mas veja só. Não, mas tem um mercado mundial também, né? Sim. Só que chega aí, vendem a empresa, querem privatizar. No Brasil o o brasileiro, ele não controla a economia nacional. Isso é desastroso. Mas sobre a eleição, o problema é o seguinte: você precisa ter um um amparo dentro de um sistema que funciona na eleição, senão você não existe. Uma vez eu tava andando de táxi, eu apareceu uma discussão parecida com essa com o taxista. Eu falei para ele, não é assim. A eleição não é como você pensa. Hum. Totalmente. Falei: “Você quer ver?” Falei: “Eu fui candidato ao presidente várias vezes. Vê se você me conhece”. É verdade. Aí ele parou o táxi, acendeu a luz, olhou para mim e falou: “Não, nunca vi você. foi candidato a presidente três vezes. Mas agora não é uma não é não é diferente, Rui, porque agora eu acho que todos os candidatos a presidente da última todo mundo conhece, aparece de alguma forma, sei lá, sei lá, igual sei lá, o Cabo Daciolo, qualquer lugar que ele for aí vai ver ele padre, o que o Cabo da Ciolo ele era também uma caricatura, né? Acabou aparecendo. Você tenho certeza que todo mundo conhece? Você conhece todos os candidatos que participaram da eleição? Ó, assim, os que foram em os os que foram em debate, sim, mas acho que a gente não deve conhecer todos e os que não forem debate, então ainda é isso. É verdade. É como el bastante, né? É como eles são nos Estados Unidos. Verdade. A gente só vê os que tá ali, né? Tem um monte de candidatos, mas ninguém nem sabe que eles existem. É, você vê é um sistema, né? Não é que é deficiência da pessoa, é um sistema. A eleição lá tá feita assim, partido republicano, Partido Democrata, acabou. Ô Rui, você chegou a participar? Eu lembro da época eu, a primeira eleição que eu votei já foi sem cédula, já foi de urna eletrônica. Eh, fiquei até chateado, queria ter votado no papelzinho. E eu lembro que tinham fiscais para para acompanhar a contagem de voto. Você já fez esse tipo de de trabalho? Você já acompanhou? É porque eu lembro que pessoal, pessoas de partidos, você já fez isso? Os partidos indicam os fiscais, mas você já teve lá porque por que que eu tô perguntando? Eu nunca fui fiscal, não. É, não, não. De por ser fiscal, tal, por que que eu tô te perguntando isso? Porque dizem que quando se contava votos, o cara tava contando lá e aí, por exemplo, tinha um voto, tinha um voto, uma cédula em branco, ele fazia um xizinho pro candidato dele. Aí um voto pro candidato que ele não queria, ele rasurava para ser invalidado. Isso você falou que você não participou, mas você mandou gente do partido, eles viram isso acontecer, isso acontecer no Brasil. Bom, isso aí pode ter acontecido na nas juntas e apuração, né? Isso da contagem é quando você tá contando o voto, né? Isso porque o voto ele vem dos do das mesas coletoras e vão para um isso paraa contagem, apuração. Aí eu não sei qual que é o o nível de organização dos grandes partidos para vigiar isso. Mas seu partido vigiou? Não, não é precisa de muita gente. Ah, vai ser uma loucura, né, para vir gente. Mas se você não tá lá, pode esperar pelo pior. Mas senhor nunca ouviu falar disso de acordo com isso? Sim. Não. O que o que eu mais ouvi na minha vida é fraude eleitoral. Senhor acha que acontecia isso mesmo então de o pessoal rasurava voto para invalidar? Porque o pessoal fala que cidades do interior, por exemplo, eles escolhiam o prefeito lá, vereador, na contagem. Caraca, na contagem. Era era era pior, então do ponto de vista de segurança, era era melhor agora com as urnas eletrônicas. Agora é mais difícil, né? Você precisa ter um pouco de tecnologia para para fraudar. Para fraudar. Entendi. Diz o STF que ninguém consegue fraudar nada, né? Eu não sei, todo mundo sabe como é que é computador, né? É, parece que roubaram agora 1 bilhão, não foi? Do do 1 bilhão em Pix, né? Em Não, acho que em Não sei se foi em criptomoeda, não foi? Do Brasil roubaram um 1 bilhão. Não, foi, foi, foi 1 bilhão, mas foi através do tesouro, uma empresa eles podiam ter usado no meio lá o sistema das urnas eletrônicas que são invioláveis, né? para não terem roubado, né? Acontece tanta coisa aí, né? Tem tem país que você não vocês não viram o caso do Irã que mataram vários generais, cientistas atômicos, tudo? Sim, é fácil. Difícil é você invadir uma urna eletrônica, matar o cientista lá no lugar. O senhor é a favor do Irã ter uma bomba atômica? É lógico. Hã? Eu sou totalmente contra o Irã ter uma bomba atômica. Mas por quê? Que eu não confio nem um pouco no IR. Um país, o maior país xita do mundo. Eu não quero esse país com a bomba atômica. Mas eles que que por que que eles fizeram que dá ideia para você de que eles não são pessoas razoáveis? O fato, por exemplo, deles financiarem terroristas, resbolar. Não, mas resbolar não é terrorista, né? O não, o Ramasso não considera terrorista. O Ramasso pegou criança e botou no microondas. Não, que isso? Não botou. Isso tem filmado. Botou. Botou. Estuprar inúmeras mulheres. Bataram na rua com mulheres estupradas. Tem pile. Um monte. Não é pouco não. Não tem nada disso. Não tem nada. Foi uma foi uma fralde pro senhor. Você gosta do Ramas? É lógico. E que Mas quem são essas mulheres estuprar? Esses bebês sem mar. Você sabe que nós tivemos no Qatar, né? Ah, tiveram lá. Nós fomos encontrar com com a liderança do Ramácio. Caramba. Sério? Eu conheci toda a liderança. Não sequestraram. Quiseram sequestrar o senhor? Não, mas eles falam o quê desses vídeos aí? Porque já vi até que um combatente que é o é o En trabalhou nessa lá nessa nessa época aí e as coisas que ele que eles viram foi bem pesada, Rui. Tipo, eu tem aquela cidadezinha que é próxima ali, né? A mais próxima do da faixa. Ele falou que que viu coisas assim, tipo bebê morto e o sangue no escrito. Ah, é isso daí. É tudo farsa. Tudo farsa. Ó, o estado de Israel, eles têm um programa, hum, de de desinformação que chama Rasbará, tem até nome, onde eles espalham essas mentiras de maneira organizada, né? Na época que essas mentiras apareceram, elas foram desmentidas. O problema é que a imprensa não noticia. O próprio eh governo israelense reconheceu que não teve nada disso de estupro. E o negócio dos 40 bebês também foi desmentido e o governo também reconheceu que essa notícia era falsa. Só que ninguém fica sabendo porque colocaram a notícia, mas depois o desmentido ninguém colocou. Veja eu conheci eu conheci um monte de gente do Ramas. Você você imagina que o pessoal do Ramaz é o que? Aqueles caras de esquisitão que sai por aí atirando. Não. O senhor foi conversar o que com eles? Nós fomos dar apoio a eles. Nos receberam muito bem. Falei com o memória. É só Ismael Ranier que foi assassinado no Irã. Eles são eles eles são pessoas. Primeiro, todos eles são eh pessoas de alto nível intelectual, né? São formados por universidades europeias, são médicos, não são não é não é um grupo de malucos, mas o pessoal que derrubou a Torres Gêmeas também tinha formação. Mas não, mas não era do Ramass, não. Sim, alca outra coisa. Mas então, mas isso daí é fundamentalismo islâmico, é diferente do Ramas. Ramas é um movimento nacional palestino. Eles são pessoas religiosas, o Ramá, sim, né? Enquanto nós fomos recebido na sede deles lá e a gente fazia, enquanto a gente fazia reunião, eu fiz entrevistas com eles e tal, uma salinha de orações, aí o pessoal ia lá, rezava e tal, mas é tudo gente, né? Não, não são os eh essa caricatura que tem do pessoal babando sangue. Não, não é nem um guerrilheiro latino-americano, não. Não é nem isso que seria justificado. Um Tevara, os cubanos e tal. Não, não é nem isso. É um pessoal todo, são reitores de universidade, médicos, engenheiros, né? são pessoas altamente civilizadas e e a filosofia deles é a seguinte, ó. Eles são favoráveis a tratar a população civil com respeito. Falam que eles são contra os judeus. Eles afirmaram inúmeras vezes que eles não são contra os judeus. Mas tá no estatuto deles, não? Ele num estatuto que foi feito muitos anos atrás, a morte de todos os judeus falava isso aí porque é uma from the river to the sea, né? Palestina be free. Não, não, mas isso não significa que que o a pessoa é favorável a matar os judeus. Por exemplo, eu mas no 7 de outubro o senhor reconhece o que aconteceu. Aconteceu, mas foi e mataram inúmeras pessoas. Mas foi uma atividade militar, não foi um ataque contra civil. Mataram um monte de civis. Não, aí é que tá. Não mataram nenhum civil ali, não. Nenhum não vou dizer também, né? Mas não é o que foi apresentado. O negócio da que foi até um ataque numa festa. Então, o ataque da festa foi feito pelos próprios israelises. Eu tô fazendo um levantamento de todas as matérias jornais. Isses fizeram isso aqui na Os israelenses têm uma orientação militar que eles chamam de diretriz. É o seguinte, se houver o perigo de pessoas serem tomadas como refém, atirar para matar todo mundo, inclusive os reféns. E tem depoimento de pessoas que mostram que os helicópteros israelenses que mataram a maioria daquelas pessoas ali. Comunidade judaica vai ficar brava com o senhor, viu, senhor? vai ficar bem, vai ficar bem bem brava com o senhor. Faz uma semana, faz menos de uma semana, nós fizemos uma um debate com o rabino. É legal. Nós convidamos esse rabino para vir dos Estados Unidos. Ele é um rabino ultraortodoxo, um senhor. E sabe o que ele falou? Estado de Israel tem que acabar. A maior fonte de antissemitismo no mundo é o estado de Israel. É o judeu anticionista. Esse judeu anticionista. falou sionistas, eles não são judeus. Judaísmo é uma religião. É judeu é um etnia também, né? Não, não. Só não considera um etnia. Não, ninguém considera. É, os judeus consideram. Deu um problema até isso aí. Quem falou que não era, hein? Claro que hoje você tem judeu europeu, tem judeu, mas tem, mas é originalmente uma etnia. Não, não. Primeiro que Oriente Médio, vamos ter claro, não tem etnia nenhuma ali. É uma mistura. Aquilo lá é onde se criaram as primeiras civilizações. Aquilo lá era uma espécie de ponto de encontro de monte de gente. Mas no não é bíblico lá que sai de Ismael e Isaque, eles prepararam e tal. Mas isso é uma Isaque é isso é uma história oral que foi teria acontecido 3 4000 anos atrás. Não dá para você chegar e falar assim: “Não, isso foi o que aconteceu”. O judeu, né, o religioso, ele acredita que é verdade, que é a história mesmo, mas não tem base arqueológica, documental, nada, a não ser a Bíblia. É documental, tem a Bíblia, a Bíblia, se você acreditar que o que tá escrito lá o retrato fiel da verdade, tudo bem, mas eu acho que não há base para isso. Agora, esse rap esse rabino, por exemplo, ele é favorável a que os palestinos dominem a Palestina inteira. Nossa, mas ele não é favorável matar os judeus. Mas o senhor é a favor de um estado? Não que não seja lá, mas o senhor é a favor de um estado judeu? Não, não, não, não sou contra em geral, só que eu acho que não deve ser feito às custas de outras pessoas. Claro. Não. Sim, né? Se o cidadão falar assim: “Você é favorável ao estado de tal povo?” Sim, sempre, que se for possível. Sim, mas não sou favorável que ele vá lá e tome o o país do outro. Terra nesse mundo, se você for ver, é, não tá, não tá faltando. Tem terra para todo mundo que eles querem aquele pedaço específico. Eu já sugeri dar o Acre judeus aqui, deixa eles virem para cá, por favor. Deixa eles virem para cá produzir aqui, gerar ciência e tecnologia, o povo que vai ganhar Nobel. Ó o problema que você vai, fala, não é bom pra gente. Fala que eles estão colonizando aí a Argentina. Nossa Senhora. Olá, vão falar que o senhor é antijudeu, hein? Já tô sendo processado por isso. Isso. Pera. Tá sendo processado. R. Não, eu como eu sou muito contra o que o senhor falou, mas eu sou totalmente a favor do direito de senhor falar. Não, eu vou pegar o a declaração do rabino. Sim. Que ele é um rabino. Sim. Tá. Ele é judeu. Ele é Ele inclusive é uma pessoa que acredita sim totalmente na da religião dele, né? Tanto que uma das pessoas, eu vou contar um um folcllorezinho, uma das pessoas no debate falou que o povo judeu não existe, que isso daí não é assim, pá pá pá nunca teve, que a história não é verdadeira e tal. Aí eu ouvi aquilo lá, falei assim: “O rabino não vai gostar disso, né? Porque a posição dele é que tudo isso é mais pura verdade”, certo? E a pessoa falou assim: “Não, ali havia cidades 8.000 1 anos atrás havia cidade lá antes dos judeus e tem gente que fala que a terra só tem 6000 anos, hein? Então daí o aí o rabino depois que terminou o debate, o rabino falou: “Não, eu não concordo. Ele foi muito educado ali. Eu não concordo com o que você falou pro pra outra pessoa, né? Até porque você falou que tinha cidades de 8.000 anos, mas Adão e Eva só surgiram no mundo 5000 anos atrás. Quer dizer, ele é um rabino mesmo, ele acredita mesmo nesse tipo de coisa. Ó, tem um projeto de lei aí, falamos com ele hoje, o Adriles George, hein? E que qualquer servidor público que, por exemplo, apoiar um grupo considerado terrorista como Ramá, vai ser exonerado. Então, mas quem que considera o grupo terrorista? Porque, por exemplo, eu acho que bombardear a população civil de gás é terrorismo de estado. Quem que vai considerar? A a minha consideração é importante ou só é importante a consideração do Sim, do Departamento de Estado norte-americano? Verdade. Por exemplo, eu acho que certas coisas que o o pessoal faz aí, inclusive na economia, destruindo a economia de países inteiros, isso aí é é genocídio econômico. Agora, quem que vai quem que vai determinar o que que é, o que que não é? Você acha da França ter Banco Central controlando países emissão de moeda de países na África? Nossa, é essa aí é o o colonialismo integral. Pessoa fala que acabou, né? O colonialismo. São vários países que eles são que o banco central deles pela emissão de moeda. E e não é só isso, muitas outras coisas, né? Sim. E a França é um país que gosta de passar de bonzinho, né? sair de bonzinho. É um dos maiores vampiros econômicos que existe no mundo. A Franço porque o pessoal fala muito disso da história, tá claro? Da Inglaterra. Tem até um meme, eu quando eu mostro lá na Inglaterra, o pessoal fica bravo comigo, né? Mas tem um meme, o meme do 4 de julho americano da independência e tá os americanos comemorando e tá os ingleses assim triste. Aí tá escrito assim: “Quando você não tem o dia da independência, porque você é o responsável por os outros países terem um dia da independência.” Então isso que o senhor tá falando, o pessoal fala muito da Inglaterra. Você acha que o maior vampiro hoje é a França? Não, não, não. Todos os países europeus principais, todos eles são vampiros. Alemanha, Itália. Pega eu, senhor falar da Itália. Eu também sou aí. Senhor, pega eu. Eu também. Eu também sou de família italiana. Ali. Não, mas eu eu posso eu eu tá no dia no lugar de fala de fala tô para tirar cidadania italiana. É, é meu pai, ele veio da Itália, então eu já nasci com ela, né? Ah, então você já tem direto, né? É, já tem direto. Mas você pode ser italiana e criticar também a política do país. Sim, claro. Tô brincando com o senhor. Vocês têm muita coisa em comum. Italiano é metalúrgico, né? É verdade. Tá vendo aí, ó? Daqui a pouco vou entrar pro PC, ó. Italiano pro na minha família é napolitano, hein? Não, nós somos da Toscana. Toscana. Legal. Bacana. Acho que a gente falou quase tudo, né? Tem alguma coisa falou muito assunto, né? Conversamos bastante bastante. Queria agradecer, Rui, a sua presença aqui, Luz. Presença. Eh, pedi para passar também isso para redes sociais, onde te encontra. Eh, não, primeiro queria eu agradecer o convite, né? Sempre é importante. Nós eh fazemos questão de conversar com todo mundo. Legal. Mesmo com a extrema direita, igual eu, assim, mesmo. Não, se o se o Bolsonaro chamar para uma conversa, eu vou conversar com ele. Se a pessoa tá conversando, tá discutindo, vamos discutir. Claro. Sim, né? Outra coisa, se a pessoa vier com uma ação violenta, e outra não, pelo amor de Deus, nunca. Nós estamos discutindo aqui civilizadamente. Sim. Eu não acho nada de ruim que vocês tenham a opinião de vocês. Eu tenho a minha opinião. É, o mundo é assim e depois amanhã, né, essas opiniões podem mudar. Então, acho muito importante, eh, e agradeço mesmo a oportunidade de conversar com vocês e com o público de vocês. Eh, sobre as redes sociais, eu uso principalmente o o X, o Twitter. O senhor não tá mais bloqueado, não? O senhor foi bloqueado, né? Não, teve uma época que o senhor foi bloqueado? Ou o PCO foi bloqueado? PCO. Eu pessoalmente não. PCO foi bloqueado. Qual que é o ex do senhor, por favor? Eh, Rui C Pimenta 29. Rui C Pimenta @, né? @pimento 29. Tem Instagram? Eu tenho, mas eu nunca lembro do do canal no YouTube. Tem, nós temos a Causa Operária TV, que é do partido, né? O legal. Nós fazemos vários programas. Faço, eu vejo, vou até mesmo os programas do senhor. Tá de olho lá. Tá de olho e nós fazemos muitos cursos também, né? O debate aqui ele foi muito sobre temas gerais, né? Sim. Eu tô organizando agora para janeiro que vem do ano que vem um curso sobre o Capital de Marx. Até eu vou fazer esse curso lá, viu? Não, quero pegar, quero, não, quero conhecer mais, né? Quero, quero saber as teses não vamos expanheiro, hein? Vamos explicar e vamos discutir as críticas. Legal, legal que foram feitas ao capital. Muito bom. Muito bom. Gost gostaria de participar até mesmo. Tá convidado. Obrigado, pô. Rui, muito obrigado, viu, sua presença. Você disponibilizar seu tempo para vir aqui conversar com a gente, viu? a gente fica muito feliz mesmo. Obrigado pelo pelo João também aí ter feito toda essa ponte aí, essas filhos aqui. Léo também obrigado por estar aqui, né, Léo? Eu que agradeço um prazer suas redes sociais, Léo, pro pessoal aí, ó. É o meu colocar engenheiro Léo no Google, aparece Twitter, Instagram, canal no YouTube, Tinder. É todo só colocar, é colocar engenheiro Léo no Google aparece tudo meu. Dizer que foi um um prazer, é uma honra, né? tá com o fez parte da his uma pessoa histórica e foi candidato a presidente tantas vezes. Eu queria te agradecer, honrado estar aqui diante da sua presença e agradecer mesmo você ter disponibilizado seu tempo aqui pra gente. Muito obrigado, galera que tá acompanhando a gente aqui, obrigado pelo seu sua presença. Amanhã estaremos aqui de novo, né, mano? Estaremos aqui de novo com a leitura do negão do canal do negão. Do negão do canal do negão. Trazer o pessoal que fala para o povo, hein? Fala pr fala fala pra massa, fala pra periperia. Engraçado que eu peguei e falei um dia lá, eu tava falando aqui no podcast aqui, eu falei: “Não, o canal do negão, né?” Aí um cara falou assim: “Pô, Lamban, você é muito racista”. Mas eu falei: “É o canal do cara, o canal dele é canal do negal do negão.” É, acredita? O cara me chamou de racista lá no comentári com o negão, porque por o canal dele chamar canal do negão, o YouTube tirou o alcance dele por ele estar sendo auto racista. é racista contra ele mesmo. Contra ele mesmo. Mas ó, a pessoa, a pessoa nem sabe, mas a pessoa me me cutucou lá. Você é muito racista, não sei escrever um texto não. Você sabe assim que não que não se fala mais nesses termos, né? Mas é é legal. O canal é legal assim, porque é uma pessoa que traz bom eh bom eh o pessoal da periferia, principalmente a juventude, é normal o jovem periférico, ele não ter pai, por exemplo, é normal. Faz um esse papel de falar com esses jovens. É um papel bem legal, bem bacana que ele faz, bem interessante. Vamos estar falando com ele amanhã. Amanhã às 18, às 17, né? 17 amanhã. 7 horas estaremos aqui ao vivo. Obrigado pela sua audiência, galera. Até mais. Um abraço. Valeu.

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