LOVE, DE4TH & ROBOTS 4 – Análise de TODOS os Episódios! (Netflix) | Futurices

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love Death and Robots voltou com uma nova temporada lá na dona Netflix e como sempre veio com episódios antológicos curtos com animações incríveis e ideias que vão do genial ao completamente insano nesse vídeo eu destrincho cada um dos 10 episódios com spoilers pra gente pensar junto sobre o que que funcionou o que que deixou a desejar e se a série ainda mantém aquela mistura fiada de ficção científica crítica social e ousadia visual que marcou os volumes anteriores bora [Música] e aí pessoal tudo bem com vocês meu nome é Bella Eler esse é o Futuristas e hoje a gente vai falar sobre Love Death and Robots criada pelo Team Miller diretor de Deadpool em parceria com o David Fin né diretor de grandes obras como Clube da Luta e Mind Hunter essa é uma das minhas séries preferidas da Netflix porque cada episódio é uma chance de experimentar um novo estilo né um novo mundo uma nova percepção e também porque eu acredito que em um cenário atual do cinema e da TV onde muitas narrativas se repetem né se reciclam LDR é uma das poucas produções que ainda tem coragem de ser estranha inovadora e às vezes brilhante também e por falar em coisas que saem do óbvio mas funcionam deixa eu te dar uma dica que tem me salvado Insider can’t Stop é um dos episódios mais psicodélicos da temporada e também um dos mais confusos a animação recria em ritmo de delírio visual a apresentação histórica da banda Red Hot Chili Peppers em 2003 no castelo de Slen na Irlanda só que aqui os integrantes da banda são marionetes presas por cordas num palco insano onde tudo da plateia aos técnicos está igualmente amarrado e controlado lá no alto por sabecilar lá o qu a direção aqui é do David Finter que volta às origens dos seus videoclipes num projeto que ele assina ao lado da Blur Studio responsável por boa parte da identidade visual de Love Death and Robots e outra coisa legal é que os próprios integrantes da banda dublam as suas versões animadas e assim gente eu adoro Red Hot tá eu gosto bastante fez muito parte da minha adolescência mas mesmo assim Kent Stop me pareceu um dos episódios mais vazios dessa temporada sabe é visualmente impactante tecnicamente irretocável divertido nostálgico mas fica aquela sensação de que falta alma sabe uma ideia mais nítida por trás desse espetáculo todo ou seja para mim ficou difícil entender se o episódio é uma homenagem sincera à banda uma crítica à indústria da música ou só uma ação de marketing muito bem disfarçada dentro de um programa da Netflix ainda assim dá para dizer que provavelmente ali nas entrelinhas se a gente quiser achar cabelinho ovo vai talvez o episódio sugere um simbolismo interessante sobre liberdade controle e espetáculo as cordas poderiam ser uma metáfora de um sistema que prende todo mundo banda plateia técnicos num movimento contínuo automático e quase hipnótico nesse contexto a música Kent Stop que costumava suar libertadora ironicamente vira aqui um hino de aprisionamento já que agora ninguém para talvez porque literalmente não pode mesmo então talvez será que essa seja a crítica né as engrenagens invisíveis da indústria cultural e da fama seguem funcionando sozinhas enquanto todos dançam sem perceber sob o mesmo [Música] ritmo mini contatos imediatos parece ser só mais um episódio cômico de LDR com seus personagens em escala miniatura em uma homenagem carinhosa às histórias clássicas de ficção científica sobre invasão alienígena e a estupidez humana mais por trás do ritmo frenético e do humor escraashado esse episódio esconde uma crítica bem ácida e dolorosamente familiar sobre o jeito humano de lidar com o desconhecido a chegada amistosa dos aliens que poderia ser o início de um contato histórico vira um retrato exagerado mas nem tanto assim né da nossa tendência de reagir com violência antes mesmo de tentar entender o que que tá acontecendo e aí a história desce a ladeira com tudo em um ritmo de comédia sim mas sempre expondo o quanto os humanos são capazes de acelerar o próprio fim com uma eficiência assustadora numa referência direta né ao clássico contatos imediatos de terceiro grau com pitadas de Guerra dos Mundos também né ambos do Spielberg o episódio é dirigido pelo Robert Beisy e pelo Andy Lion e animado pelo Studio Buck o mesmo que criou Noite dos Miniortos né um dos meus episódios favoritos do volume 3 sobre um apocalipsezinho zumbi que virou febre na internet aqui eles seguem a mesma linha visual usando a técnica do tilt shift para transformar o fim do mundo num cenário de miniaturas fofinhas e absurdas e apesar da coisa toda parece ser stop motion na verdade a tecnologia aqui é CGI mesmo tá com pitadas visuais escatológicas ou bem perturbadoras o episódio vai colocando camadas sobre a ideia de guerra como um ciclo infinito de retaliações onde ninguém realmente ganha e o que sobra é só a destruição mesmo e ainda tem uma última camada que é quase filosófica sobre a nossa insignificância já que apesar de todo esse caos toda a destruição e toda a guerra no final tudo isso não passa de um peidin pro universo né eu acho que Miniatos é um daqueles episódios que mostram como a série brilha quando não tenta ser profunda demais acertando na crítica com uma precisão cirúrgica porque é divertido do começar o fim e ao mesmo tempo entrega sua mensagem de forma extremamente eficiente a estética delicada e cartonesca contrasta com a violência absurda e cria esse efeito estranho porque a gente rio sabe que tá rindo da própria desgraça né o que é um jeito muito inteligente de escancarar certas verdades e quem diria que nosso fim poderia ser tão fofinho [Música] né em Spider Rose a gente acompanha uma mulher isolada nos cantos mais esquecidos da galáxia mergulhada no luto e na sede por vingança parte máquina parte humana ela vive sozinha numa colônia de mineração abandonada até que um alienígena propõe um trato cuidar de uma criaturinha esquisita por alguns dias em troca da arma que ela tanto quer para se vingar e aí que tudo vira porque nesse processo nasce um laço inesperado entre ela e esse bichinho que é ao mesmo tempo fofo e ao mesmo tempo bizarro e capaz de se transformar no que ele consome o episódio é dirigido pela Jennifer e o Nelson que também supervisiona essa temporada e já tinha assinado o Esquadrão de Extermínio e Matança em Grupo nos volumes anteriores a animação é da Blurry Studio que também assina Kent Stop e o grito do Tyrannossauro nesse volume e visualmente Spider Rose mergulha de vez na estética do Cyberpunk tudo é sombrio detalhista melancólico com aquele brilho tecnológico gelado e angustiante e essa densidade toda não é à toa porque o roteiro adapta um conto do Bruce Sterling né um dos nomes mais importantes do movimento Cyberpunk e aparentemente expande o universo de Enxame lá do volume 3 aos poucos a relação entre a mulher e a criatura ganha uma delicadeza que parecia impossível naquele cenário tão árido porque de repente existe ali afeto cuidado e talvez até uma chance de recomeço só que Spider Rose não oferece consolo tá mas sim dilemas e dos mais bravos porque no fim das contas a criatura devora a mulher não como metáfora mas literalmente mesmo ela é consumida por completo e o alienígena que aparentemente orquestrou tudo isso acha tudo formidável no fim das contas e por fim a criatura sobreviveu evoluiu e agora carrega os traços de quem a amou e assim gente eu confesso que esse episódio ficou na minha cabeça por uns dias sabe porque o que eles quiseram dizer com tudo isso né para mim Spider Rose fala sobre como até os laços mais sinceros podem ser usados como ferramentas dentro de um jogo maior vamos falar assim a compaixão da mulher por aquele ser indefeso que talvez fosse a única faísca da sua humanidade acaba sendo justamente o que o alienígena usa contra ela como se ele soubesse que ela ainda era capaz de sentir e se aproveitasse disso para tomar os recursos e riquezas daquela colônia e no fim a mulher não morre por ódio ou por falha mas por um tipo de entrega absoluta ela é consumida e o que sobra não é exatamente ela mas uma nova forma um novo corpo transformado a gente pode enxergar isso como uma metáfora sobre o amor que cura mas que também engole ou ainda um recado amargo de que depois da vingança talvez não sobre mais espaço pra humanidade no fim Spider Rose não traz respostas fáceis né mas ele vai te prende na teia né aí depois te deixa ali encarando esse final estranho melancólico belo horrível e talvez seja justamente aí que esteja a sua força porque nem tudo precisa ser explicado né gente quando a sensação que fica é de ter sido atravessado por alguma coisa e esse episódio atravessa com certeza os caras do 400 lembra muito dos clipes do Gorilas não por acaso porque a direção aqui é do Super Robert Velly o mesmo artista por trás dos trabalhos com a banda aqui ele retorna com tudo entregando um episódio que mistura estética urbana filosofia samurai e pancadaria mental em um mundo onde nada mais parece ter conserto a história se passa em uma Nova York pós-apocalíptica onde gangs rivais vivem por códigos de honra mas quando uma nova gangue surge os tais caras do 400 o caos se instala e os antigos inimigos precisam se unir diante de um mal maior o roteiro é do Tim Miller criador da série baseado em um conto do Mark Laylaw ex-roteirista de Half Life então não espere nada genérico por aqui não tá a direção de arte é um espetáculo à parte tudo é alongado distorcido estilizado parece uma gráfica novel animada e o estilo visual não é só o charme ele também amplifica o impacto da história onde beleza e brutalidade coexistem o tempo todo o estúdio por trás é a Passion Animation Studios do Reino Unido que também esteve por trás de dois dos episódios mais marcantes da série que são Zima Blue e Ice também assinados pelo Valley e por mais que os vilões aqui não sejam exatamente bebês gigantes apesar de parecer muito a revolta do Cyber Reborns tamanho Jumbo o absurdo continua presente os confrontos são intensos os personagens têm poderes psíquicos que exigem disciplina foco mente afiada e a luta que não é só contra o inimigo externo mas contra o próprio impulso de repetir ciclos de destruição o episódio também mexe com a ideia de união de passado mal resolvido de pessoas que se odiavam sendo obrigadas a se entender a confiar nem que seja por um instante e é isso que acaba fazendo a diferença né porque não é só sobre sobreviver é sobre encontrar propósito mesmo no meio da ruína então os caras do 400 pode até parecer só mais uma história sobre gangs num cenário destruído mas por trás da trilha pulsante né da arte marcante dos confrontos estilizados existe ali uma crítica sobre identidade memória coletiva e sobre como a força que a gente precisa às vezes vem daquilo que parecia impossível de reconciliar [Música] a outra coisa grande é sem dúvida um dos episódios mais divertidos dessa temporada e também um dos mais cínicos aqui a gente acompanha um gatinho laranja revolucionário e é claro que ele é laranja né que decide que já deu da humanidade mandando no mundo e para virar esse jogo ele só precisa de um ajudante submisso com polegares opositores que no caso é um robozinho doméstico junto eles formam uma aliança improvável e elaboram um plano de dominação global motivada pela certeza compartilhada de que os humanos são um vexame são bichos patéticos fúteis que arrotam peidam falam cuspindo se entopem de porcaria e mal conseguem interagir entre si e o mais genial é que o episódio mostra tudo isso do ponto de vista do gato e do robô o diretor aqui é o Patrick Osborne que já tinha feito os três robôs e que traz de volta aqui o John Scus que também escreveu os episódios anteriores dos robôs turistas além disso esse episódio marca a estreia da produtora AGBO na série a mesma de Vingadores Ultimato e o resultado é um nível de produção altíssimo até nos detalhes mais bobos o que é muito legal mais no meio da comédia da estética colorida das bolas de pelo e das atrapalhadas robóticas a outra coisa grande também deixa uma pulga atrás da orelha não só do gato porque se por um lado a Hilário vê um bexando soata hackeando o sistema com a ajuda de um robô carente por outro a crítica é clara afinal o jeito que a gente trata a tecnologia e os seres abaixo da hierarquia humana pode estar preparando um terreno para uma rebelião silenciosa e já que a gente tá falando dos mesmos criadores né será que esse episódio é uma prequel de os três robôs e é aqui que começa o domínio dos gatos se for eu quero ver mais gostei muito vida longa aos [Música] gatos o episódio Golgat é o primeiro da série a misturar live action com CGI e já começa polêmica a sinopse diz que alenígenas chegaram à Terra e não querem ser levados aos nossos líderes mas o que a gente vê é um vigário recebendo em uma praia um alien mensageiro e essa interação não tem governo exército nem ONU não tá é só a fé na linha de frente mesmo e a partir daí começa uma das sátiras mais inesperadas e mais provocativas dessa temporada o Alien chega com toda calma e solenidade explicando que o Messias deles voltou à Terra e Orabolas é um golfinho sim um golfinho de verdade nadando ali na praia e falando por meio do Alien e deixando claro que o plano divino deles é simplesmente exterminar quem não consegue nadar sim é engraçado estranho mas o ponto aqui vai muito além da piada né de forma bastante escancarada gogata critica a forma como qualquer coisa misteriosa pode virar divindade e como em nome dessa fé mesmo que imposta se aceita o absurdo tipo exterminar toda uma espécie por não ter nadadeiras e o mais curioso é que o episódio não zomba da fé em si né mas da forma como ela pode ser usada como ferramenta de controle e como justificativa para atrocidades o vigário não se ajoelha porque ele acredita né ele se ajoelha porque é forçado e quem representa a fé cega e disposta ao caos são os aliens e é justamente essa imposição revestida de reverência que o episódio critica com tanta ironia a direção é do Team Miller com efeitos da Luma Pictures e a estética minimalista e quase teatral né com uma praia vazia uma mensagem cósmica e um golfinho messiânico cria uma misancólica inquietante algo que parece ter saído direto das páginas de um conto do Douglas Adams inclusive né sim eles agradecem pelos peixes no fim das contas Gogata é uma sátira sci-fi que incomoda justamente por tratar o absurdo com uma certa seriedade né e fazer a gente rir mesmo sabendo que existe algo profundamente real nessa zoeira [Música] [Aplausos] toda o grito do tiranossauro se passa em uma estação espacial orbitando Júpiter onde gladiadores geneticamente modificados montam dinossauros assassinos e competem em uma corrida brutal tudo isso diante de uma elite bilionária que assiste de camarote ali mesmo na estação como se fosse um reality show sangrento versão Jurassic Park com esteroides porém isso aqui é só a superfície né aqui passado e futuro colidem de maneira literal e simbólica por que dinossauros pré-históricos dividem a cena com arenas romanas ou uma aristocracia cyberpunk e um cenário de ficção científica de alto impacto é uma mistura intensa quase absurda né mas que revela com precisão o vazio moral de uma elite que transforma o sofrimento alheio em espetáculo gladiadores humanos e não humanos são reduzidos a peças descartáveis de um jogo que exige que eles lutem sangrem e morram diante de olhos entediados e insaciáveis só que no meio dessa engrenagem cruel algo muda né o afeto nasce laços se formam e quando os oprimidos se reconhecem como parte de uma mesma luta a revolta vira uma possibilidade então o grito do tiranossauro aqui nesse caso não é só um rugido de uma fera né mas também o grito coletivo de quem cansou de ser usado como um entretenimento cruel e é aí que o show se quebra quando até o sistema mais bem amarrado treme diante da solidariedade a direção é do Tim Miller criador da série né que também assina o roteiro adaptado de um conto do St Lor algo assim ele dirige aqui o seu segundo episódio da temporada o outro foi Golgata e se junta ao Blur Studio que também animou Spider Rose e Kent Stop a animação é muito bonita hiper estilizada com altas taxas de quadros cheia de texturas sangue impacto visual e tudo flui ao mesmo tempo entre violência e beleza numa estética que lembra tanto jogos vorazes quanto videogames triple com o modo brutal ativado no fim das contas o que parecia ser só mais uma aventura exagerada e bastante aleatória né se revela como uma história sobre resistência desigualdade afeto e insubmissão o espetáculo de horrores onde o verdadeiro susto vem quando a gente percebe que não tá tão longe assim dessa [Música] realidade como Zick entendeu a religião começa como um clássico filme de guerra soldados a bordo de um bombardeiro missão em território inimigo tensão no ar mas logo o episódio vira para um lado inusitado quando o inimigo da vez não é outro avião nem tropas alemãs mas sim um demônio invocado por nazistas e não é qualquer um não tá mas sim uma criatura com aparência angelical e demoníaca ao mesmo tempo no estilo bíblico raiz cheia de olhos braços pernas a partir daí o episódio mergulha numa luta de sobrevivência onde bala não adianta afinal o alvo aqui é sobrenatural e o que começa a surtir efeito contra o capiroto não é um míssil nem metralhadora mas sim um terço e aí que a história deixa de ser só pancadaria e vira algo mais simbólico já que o Zick que até então parecia ser um cara mais cético e meio alheio assume a responsabilidade de usar esse objeto como última esperança e aí isso levanta a pergunta que ecoa com o título né afinal o que que é entender a religião talvez entender nesse caso não seja exatamente acreditar ou seguir dogmas mas reconhecer o poder de um símbolo né o poder do sagrado diante do inexplicável e assim o episódio não prega nem doutrina tá mas mostra que quando tudo falha até o mais cético pode recorrer ao que transcende a lógica e é muito interessante que Love Death and Robots traga esse episódio na mesma temporada que Gogata né que faz o caminho oposto ali a fé cegairizada já que a fé vira ferramenta de resistência um episódio mostra o perigo de obedecer sem questionar e o outro mostra que às vezes a crença pode ser a última esperança antes do colapso a direção é do espanhol Diego Poral estreando na cadeira de diretor da série depois de ter trabalhado como animador em matança em grupo e a animação é do estúdio Tit Mouse que traz um estilo 2D estilizado com cores densas sombras carregadas câmeras inquietas e aquela pegada de quadrinho pp com gosto de pólvora e horror sobrenatural o roteiro adaptado de um conto do John Mcnichel mistura de um jeito atípico Segunda Guerra Mundial ocultismo nazista arcanjos caídos e ultraviolência e como sempre acontece em toda temporada de LDR sempre tem um episódio que representa o death né a morte do título com muita força e esse aqui é um caso desses só que aqui a morte não vem só como um fim mas como um julgamento né como confronto entre luz e trevas com toque de fé ali no meio do caos e o mais interessante é que mesmo diante do horror a escolha do Zic não é sobre conversão mas sim sobre coragem [Música] [Aplausos] né dispositivos inteligentes donos idiotas é aquele episódio que parece ter saído de um comercial de tecnologia que deu errado aqui quem conta a história são os próprios eletrodomésticos né escova de dente termostato purificador de ar privada inteligente cada um com a sua voz os seus traumas e principalmente a sua frustração com os humanos que deveriam usá-los com mínimo de dignidade a estética é muito fofa né lembra um stop motion de massinha tudo bonitinho animado com olhinhos e boquinhas mas o que sai da boca desses objetos é basicamente um grito de socorro por mais avançados que eles sejam todos estão ali presos num ciclo de uso estúpido né de vaidade humana negligência ou abuso direto mesmo o contraste entre a inteligência das máquinas e a total burrice dos seus donos vira então o combustível desse episódio e também a sua crítica mais direta com direção do Patrick Osborne roteiro do John Scus e animação do estúdio Aon Sims Creative o episódio é totalmente renderizado em Unreal Enging e é a primeira vez que isso acontece em LDR ou seja tecnicamente o episódio é moderno bonito bem produzido com um elenco de peso na dublagem também mas nada disso salva esse conteúdo de ser bastante superficial sim o episódio é bastante raso e a estrutura é simples e episódica né cada aparelho conta o seu drama e pronto não existe desenvolvimento não tem tensão não existe história não existe surpresa só um desfile de piadas bem previsíveis que se resolvem no próprio enunciado mas talvez ele funcione como uma sátira bem direta ao nosso cotidiano né uma crítica rápida fácil escraasda à nossa relação com a tecnologia a gente vive cercado de aparelhos com funções cada vez mais inteligentes mas continua sendo agente impulsivo contraditório egoísta preguiçoso ou seja não adianta ter uma casa inteligente se quem mora nela continua sendo burro talvez essa avalanche de dispositivos que continuam fazendo tudo por nós só torne a gente mais acomodado mais mimado e mais desconectado da realidade e assim não é um episódio que tenta ser profundo e tudo bem mas ele também não tenta ser nada mais do que isso apesar do visual divertido das vozes desafiadas o conteúdo se esgota muito rápido e a sensação que fica é de um skete esticado demais que parece dizer algo importante mas que para no meme também se você curte piadas leves e robôs resmungões talvez funcione como um alívio cômico mas para quem espera um pouco mais de densidade ou provocação dispositivos inteligentes donos idiotas é só isso mesmo bonitinho mas bem bobinho pois ele se move sorrateiramente fecha a temporada com um episódio que parece mais uma peça teatral do século XVI do que uma história clássica de LDR tudo aqui remete a esse clima de fábula barroca os traços da animação lembram gravuras antigas cheiês de achuras elegantes e a paleta de cores é toda roxa amarela e ferrugem quase como se o episódio tivesse sido feito com chavelo a luz de velhas luz de velha ai meu Deus já a trilha sonora é composta com instrumentos clássicos como piano e cravo para ninguém esquecer que a gente tá falando de 1756 em Londres com direito a interlúdios títulos gigantes e aquela apresentação solene de personagens a história é inspirada em um poema real escrito pelo Christopher Smartz um poeta que na vida real também esteve internado num asilo e escreveu sobre o seu gato Joffrey que supostamente enfrentava demônios e o protegia espiritualmente e aqui a adaptação leva isso ao pé da letra tá porque a gente acompanha um poeta trancado no manicômio que acredita que o Satã quer que ele escreva um poema capaz de libertar o inferno e pior que sim viu o Tinhoso vem cobrar essa encomenda pessoalmente mas é aí que entra o Joffrey né um gato pequeno sorrateiro mas absolutamente determinado ele sente o perigo no ar convoca outros gatinhos de rua para ajudar sendo que um deles tem até um contato com entidades felinas cósmicas no fim é o Jofrey quem salva o mundo ao devorar o poema maldito antes que ele seja concluído e não é só bonito né é simbólico e o que interrompe o avanço do inferno não é a força nem a fé institucionalizada nem a razão mas um bicho peludo fofo imprevisível e absolutamente livre a direção é da Emily Dean que já tinha entregado belíssimo o próprio pulso da máquina do volume 3 e a animação é da japonesa Polygon Pictures que aqui deixa de lado o sci-fi tradicional para embarcar numa estética mais ilustrada quase litográfica para completar o charme o Beebu é dublado pelo Danny Stevens dando pro vilão um sotaque britânico tão elegante quanto ameaçador mas o que que será que tudo isso quer dizer eu acho que aqui a mensagem é propositalmente nebulosa ou por outro lado extremamente simples pode ser uma metáfora sobre a arte sendo sequestrada por forças destrutivas como quando o poder tenta capturar a sensibilidade para usar como instrumento de controle pode ser sobre como até os mais desprezados né como gatos de rua ou poetas insanos t um papel fundamental na resistência ao mal ou talvez seja só uma peça sobre amor loucura e poesia com uma estética impecável e um final agre doce onde o bem vence mas ninguém sai leso e tem um detalhe aqui que também é puro Love Death and Robots né porque os gatos nessa temporada aparecem em dois extremos em a outra coisa grande eles tentam dominar o mundo mas aqui eles salvam o mundo né mas eu acho que isso não é sobre eles serem bons ou maus né é sobre como mesmo agindo por instinto os animais seguem sendo essa força da natureza que nem sempre cabem nas regras humanas gatos não obedecem não seguem roteiro não pedem permissão e talvez seja justamente essa liberdade inocente né sem ganância sem vaidade sem sede de poder que torna esses seres capazes de interromper até o plano mais maligno apesar de que aquele gato ali de outra coisa grande é meio psicopata né mas enfim pois ele se move sorrateiramente não fala de robôs nem de chips nem de ia mas fala de alma de impacto de arte de poesia e no fim de resistência mesmo que ela venha de um gatinho bonitinho no fim das contas eu acho que essa temporada de Love Death and Robots tem sim seus grandes momentos como a revolta épica de o grito do Tyrannossauro o desconforto existencial de Spider Rose ou humor afiado de mini contatos e a outra coisa grande mas eu acho que no geral ficou aquela sensação de que a série já foi mais ousada mais provocativa e mais arrebatadora mesmo lá no começo a gente recebia episódios que pareciam pequenas obras primas né tipo Giibaro o gigante afogado Zima Blue agora alguns curta são meio presos ao marketing ou ao meme mesmo como Kent Stop ou dispositivos inteligentes donos idiotas ainda assim eu continuo achando que Love Death and Robots é uma das experiências mais criativas na ficção científica animada a liberdade que a série tem para experimentar a variedade de estilos de vozes de mundos tudo isso ainda faz valer muito a pena e para quem ama ficção arte e aquelas histórias que te deixam fora do eixo LDR segue sendo uma antologia que merece cada minuto eu pelo menos continuo animada para ver o que que vem por aí nos próximos volumes mas que que você achou dessa temporada de LDR qual que foi o seu episódio preferido desse volume qual que você menos gostou e por quê me conta aí embaixo se você curtiu esse conteúdo se foi útil para você não esquece do like da inscrição que ajuda um montão um beijo e a gente se vê no futuro เฮ [Música] [Aplausos] [Música]

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