Lucro DESPENCA 60%: o que está acontecendo com o Banco do Brasil?
0Bom dia, boa tarde, boa noite, boa madrugada para você que nem dormiu direito querendo saber como que foi o resultado do Banco do Brasil, né? Então tem muita gente aí preocupada, será que o Banco do Brasil vai quebrar? Então, foram duas pressões que fizeram com que o Banco do Brasil tivessem os seus resultados deteriorados. Um deles foi uma mudança ali da CMN 4966 que ela começou a estabelecer alguns padrões que são feitos na IRFS9 de divulgação de resultados financeiros internacionais e outro que foi uma pior acelerada dos produtores do agronegócio brasileiro. Então esses dois fatores acabaram cinando em um lucro ajustado de 3,8 bilhões no banco, um ROY de 8,4%, um custo de crédito dobrado e provisões em um patamar extremamente elevado pra métrica do banco. Com isso, as ações do Banco do Brasil acabaram saindo ali do clubinho dos dividendos e passou a ter um patamar, né, uma classificação de um ativo um pouco mais de risco, né, e caindo ali em torno de mais de 30% desde maio da divulgação ali dos resultados do primeiro trimestre até os dias de hoje. Sobre a CMN 4966, que ela foi divulgada em novembro de 2021, mas que começou a valer de fato em janeiro de 2025, ela começou a trazer alguns pontos importantes e que impactaram principalmente o Banco do Brasil. Um deles foi com que fizesse que as provisões elas fossem através de perdas esperadas e não perdas efetivadas. a famosa OECL, a expected credit loss. São essas perdas que fazem com que a gente tenha que antecipar algum tipo de movimentação que possa vir a gerar algum tipo de perda para o banco em termos da sua carteira de crédito. Além disso, teve algumas reclassificações de despesas e de receitas, além de comissões e custos que tem um novo tratamento também no balanço do banco. Então, principalmente pro Banco do Brasil, que a maior parte da carteira ali, né, de crédito, ela é principalmente do agronegócio. Muitas desses empréstimos eles são feitos na modalidade de bullet. Quem sabe o que que é bullet aí? A bullet ela nada mais é do que quando você começa a fazer os pagamentos tanto do dos juros quanto da amortização, somente ali no vencimento. Então qualquer tipo de deterioração nesse crédito vai fazer com que você tenha que é jogar todo esse crédito como uma perda para essas provisões. Então pro Banco do Brasil isso acaba ficando um pouco mais complexo, porque a gente não tem antecipação nesses juros semestrais, mensais ou trimestrais. Então o Bullet ele tem esse pequeno problema aí eh de acordo com a EFS9. Além disso, né, na linha de receitas, algumas taxas que antes ela eram denominadas como serviços, elas passaram a ser denominadas agora como algo financeiro, afetando a margem financeira e diminuindo o corpo da linha de serviços no resultado do banco. Outro ponto que foi afetado foi a linha de custos, né? Nessa linha de custos, alguns fatores que antes eram despesas administrativas passaram a compor essas provisões. Isso fez com que elevasse o custo de crédito e também pressionasse o lucro da companhia. Mas isso não é algo que vende agora. Ela é uma fotografia já desenhada no primeiro trimestre de 2025 e que fez com que ela apenas se concretizasse no segundo trimestre e de agora. O que ocorreu foi o seguinte, algumas provisões aumentaram quase 19% no ano contra ano e uma queda relevante ali no setor, na linha de serviços, né, como eu havia explicado para vocês anteriormente. Outro ponto foi um ajuste de quase 10 bilhões no patrimônio líquido da companhia e 12% de queda nas ações após a divulgação direta ali nos resultados do primeiro trimestre. No segundo trimestre a gente vai estar descobrindo junto quando esse vídeo provavelmente deve sair com o fechamento do pregão agora e nessa sexta-feira. E essas divulgações do primeiro trimestre de 2025 foi ali o ponto gatilho principal para essas revisões do guidance e também uma conversa que houve ali com o Banco Central para uma transição mais gradual da carteira de crédito do banco que foi impactado por essas mudanças ali na provisão de perdas esperadas. Então vamos passar por dois pontos principais aqui que a gente estava falando sobre RFS9. O principal deles é perdas esperadas, que a gente tinha falado do SL, que ela vai fazer com que você tenha que antecipar uma possível dor do banco. O que isso faz é que se o risco de algum determinado operação de crédito sobe, você antecipa uma possível não pagamento dessa dívida, né? Eh, e se ela ocorrer de fato, você já deixou ali registrado e nas perdas ali que podem ocorrer de acordo com a RFS9, mas se não vier a ocorrer, depois o banco reajusta isso nas suas linhas do DRE. O outro ponto é a bullet, né? é o modelo de pagamento que a maior parte desses contratos do agronegócio estão atribuídos. Então, faz com que se houver ali, né, realmente uma piora esperada no setor ou daquela empresa específica, vai bater em cheio em todo aquele crédito e não somente no que vai faltar ali para ser pago daquele daquele determinado empréstimo que tinha sido feito ali ou linha de concessão de crédito pra empresa. Então isso acaba deteriorando e muito as expectativas que tiveram no resultado do banco no segundo trimestre de 2025. Mas agora vamos falar um pouco mais sobre os números que vieram no segundo trimestre de 2025. O primeiro ponto foi o lucro líquido ajustado, né, que foi de 3,8 bilhões deais, uma queda de 60% ano contra ano e um pouco até pior do que as expectativas dos grandes players, né? O banco BTG Pactual tinha uma expectativa de 5 bilhões desse lucro e já nas pesquisas safras foi uma expectativa ali que seria de 3 a 4 bilhões de lucro. Então realmente ali ficou entre as expectativas da pesquisa safra, mas um pouco abaixo do que esperava o BTG Pactual. O ROY da empresa caiu para 8,4%. Se a gente compara com a média histórica do Banco do Brasil, que ela tava variando ali de 13 a 15, 17% ali mais ou menos. e a média do setor que antes era de 12%. Então, realmente tá bem abaixo tanto da sua média histórica quanto também a média do setor. Algo bastante impactado também foi a a margem financeira bruta, caiu para 25,06 bilhões, 1,9% de queda ano contra ano. A receita de serviços que eu havia falado para vocês antes ficou em 8,8 bilhões, uma queda de 1% ano contra ano. As despesas administrativas subindo 4,7%, chegando a 9,7 bilhões. Essa despesa, inclusive e foi com pessoal, tá aumentando ali 6,4 bilhões ante um gasto ali de 6,1 bilhões no segundo trimestre de 2024, principalmente por causa de contratações servidores que foram aprovados no último concurso público e também por um aumento salarial que ocorreu de 4,6% nos funcionários do banco. O custo de crédito, né, já com essa mudança do RFS9, ficou em 15,9 bilhões, um aumento ali de praticamente o dobro ano contra ano. Esse foi o principal preocupação aqui do resultado é do banco junto ali com as as pressões de do ROI e também do lucro líquido ajustado. E as provisões para essas perdas esperadas ficaram em R4,7 bilhões deais. Uma alta relevante quando a gente compara com 2024. E para entender um pouco mais sobre essa composição da carteira de crédito do banco, hoje tá em torno de R 1,29 trilhões deais, sendo pessoas jurídicas compostas por 468 bilhões desse crédito, agronegócio 404,9 bilhões e pessoas físicas sendo 342,6 bilhões desse mix de crédito. Se você quiser aprender qualquer saída para você, você vai vir aqui a vp.com.br, clica no botão faça acionári de perfil, preenche o questionário, né? Responde as perguntas com cautela, com calma. Eu vou entender qual que é seu momento de vida e eu vou te ensinar a investir no Brasil, no mundo inteiro. Raul, sinto muito te dizer, né? Eu não tenho patrimônio aqui de 2, 3 milhões, 5 milhões. Eu não tô no lugar para fazer curso. Tem lugar aí me oferecendo para tomar conta do meu patrimônio, etc. Na UVP a gente acredita num cenário um pouco diferente. A gente tem consultoria para patrimônios gigantescos. A gente é dono da VP Capital, consultoria top um do ranking do BTG Pactual, que é o maior banco de investimentos da América Latina. A gente tem isso também. Só qual que é o ponto? Se você entrar para se educar na UVP e você aprender, eu consigo gerir sua carteira, muito melhor. Não é que a gente não tenha consultoria, a gente tem. Só que a gente prefere que o aluno entre primeiro na escola, aprenda. Essa arrogância de não quero aprender, sou rico demais para aprender. É isso que te faz ficar na mão de outras consultorias, que o cara tá te enganando, tá te passando para trás. Então aqui não, aqui você primeiro aprende, a gente te ensina tudo que é necessário para cuidar da sua carteira. Depois, se você quiser, eu pego ela para cuidar para você, para te economizar tempo. Então, para quem tem mais dinheiro também funciona, para quem tem menos dinheiro funciona. O caminho inicial é a educação. Não adianta nada você ir no lugar que tá fazendo o melhor trabalho do mundo se você não tem confiança naquele trabalho. É por isso que os nossos clientes não migram para lugar nenhum. o cara tem confiança no trabalho que a gente tá fazendo, porque ele aprendeu. E quando a gente analisa aí a carteira de crédito do banco, principalmente no que tange a a parte do agronegócio, a gente vê que teve algumas perdas ali, principalmente porque a gente teve o preço das commodities em queda, né, nos últimos tempos que a gente tá observando. A gente teve também insumos cada vez mais caros, como fertilizantes principalmente e defensivos agrícolas impulsionados principalmente por causa da alta, né, do câmbio e do valor do dólar, principalmente no final do ano de 2024 ali, o comecinho do ano de 2025, algo que já vem se recuperando também, né? O dólar caiu bastante. E um clima também cada vez mais adverso e que resultaram também em algumas quebras de safra da maior parte das culturas brasileiras. Se a gente olha pra inadimplência de 90 dias no agro, ele chegou a 3,49%. ante 3,04% no primeiro trimestre de 2025 e também uma média histórica de 2,5%, ou seja, a gente tá falando de praticamente um ponto percentual a mais na de implência desses 90 dias. E quando a gente vai analisar as recuperações judiciais no primeiro trimestre de 2025, é onde a gente vê o maior problema, né, com relação a, principalmente quando a gente vai olhar ali para problemas, a gente pode associar ao custo desse crédito, né, que chegou ali a impactar grande parte dessas empresas. No agronegócio, 800 empresas do agro entraram em recuperação judicial. E se a gente for comparar com essa média que a gente tinha em 2024, era um pouco mais de 100 empresas e que saltaram para 800 empresas no primeiro trimestre de 2025. Algo muito preocupante. Se a gente comparar com o primeiro trimestre de 2025, que antes era de 600, a gente já teve um salto de 200 empresas entrando em recuperação judicial. Algo realmente bem gritante que preocupa o banco, porque para você cobrar essas empresas que estão em recuperação judicial é algo muito mais complexo e que demanda mais tempo. E aqui vai aparecer para vocês também o gráfico de como que ficou a recuperação judicial das pessoas físicas produtoras do agronegócio aqui no Brasil. Algo também que pode ser explicado também por uma mudança que ocorreu ali, é o efeito colateral das leis da falência em 2020. Então, como eu havia falado, o Banco do Brasil é dos que mais vai sentir aí, né, esse impacto da recuperação judicial no setor do agronegócio, principalmente porque ele concentra a maior parte do crédito rural no Brasil por operar ali o crédito do plano safra, né, e também alguns créditos subsidiados por ser uma empresa também estatal, né? Além disso, ele atende muito dos pequenos produtores do Brasil e trabalha com um modelo de garantias, né, de pena, algo muito mais difícil e complexo de ser executado do que os seus concorrentes trabalham, porque hoje os seus concorrentes eles trabalham principalmente com uma alienação fiduciária dessa terra, uma forma muito mais rápida, extraconcursal e eficaz de conseguir recuperar ali os créditos que foram concedidos para essas empresas. E quando a gente compara com seus pares, né, Itaú, Bradesco e Santander, a gente vê que as carteiras deles têm no máximo 10% do seu crédito oriundo do agronegócio. Então isso vai fazer com que eles sejam menos impactados com esses problemas que eu acabei de citar para vocês, como quebras de safra, alguns custos ali oriundos do aumento do dólar. Então realmente o Banco do Brasil acabou sendo mais penalizado dessa vez, certo? E qual que é o guidance, né? A expectativa que a empresa tem pros dividendos no ano de 2025, já que o Banco do Brasil sempre foi muito visado aí, né? justamente para o recebimento desses dividendos, tá? Então, como o lucro líquo ajustado de 2025, ele caiu de 37,4 bilhões para 21 a 25 bilhões ali mais ou menos, que é a expectativa do banco, e um acrescimento dessa carteira de crédito revisado para baixo, aqui a gente vai ter um resuminho de como que vai ficar mais ou menos essa carteira de crédito. O payout da empresa que antes ele ficava uma média histórica de 40 45% reduziu para apenas 30%. Uma queda de praticamente ali a gente tá falando de 1/3, né? E o dividend y da empresa também ficou entre 5 a 6% ante o que já tinha sido apresentado de 8 a 9% nos últimos anos, tá? Então o mercado tá mais cauteloso, o Banco do Brasil vai ficar cada vez mais sensível a essas notícias que possam aparecer no agronegócio e principalmente ao que tange também o mundo do crédito eh subsidiado para esses produtores. Então temos alguns pontos aqui que podem ser benéficos para as ações do Banco do Brasil. O primeiro deles vai ser a recuperação ali dos preços das commodities, que vão recuperar ali, obviamente a margem desses produtores e o preço delas vai puxar ali, impulsionar essa receita. Eh, o segundo ponto vai ser uma queda na Selic que vai baratear o custo de crédito também, os custos de um geral para esse produtor e a facilidade também com que ele vai conseguir esse crédito. A gente tem também o marco legal e a recuperação dessas empresas, né? Então, essas falências ali é começando a fazer com que essas empresas se recuperem de fato e não venha a executar por completo todas essas empresas. E no contrapeso ali, né, a gente tem uma safra que pode vir mais fraca do 2025, 2026 e também as recuperações judiciais continuarem em alta e que pode pressionar, obviamente cada vez para baixo, né, os resultados da empresa. Com isso, o papel vai voltar a respirar quando aí, né, esse gráfico, essa curva aí de provisão versus o que de fato for realização desse crédito acontecer e além disso, né, em paralelo também o Genes se parar de ceder aí com as suas projeções. E com isso, né, o mercado vai olhar pro Banco do Brasil como a queridinha que ela sempre foi, e não mais como esse ativo de risco. Então, para finalizar, a gente tem que entender que a resolução 4966, ela não é uma vilã do Banco do Brasil, ela é uma evolução regulatória e que vai fazer com que, obviamente, alguns fatores tragam, né, os resultados dos bancos aqui no Brasil para o que é praticado internacionalmente. Então, por causa da sua carteira, né, principalmente composta ali de amortização e pagamentos no modelo bullet, é, isso acabou fazendo com que adiantasse algumas dores ali no Banco do Brasil, que pode ser que nessas projeções de fato não ocorram. Então, vamos começar a observar principalmente como que vão ser as próximas movimentações pros produtores do agronegócio e também o que de fato vai ser executado ou não dessas projeções que ocorreram ali, né, das possíveis perdas de crédito no Banco do Brasil. E o mercado vai olhar aí com muita atenção para essas próximas movimentações que devem ocorrer nos próximos resultados da empresa. Beleza? Mas e você, que você acha? Quero saber, você que é aí um dos investidores do Banco do Brasil, você acha que isso é apenas passageiro? O banco vai se recuperar como sempre é? Você vai continuar comprando? O que mais te preocupa no papel aqui abaixo? comenta aqui que a gente vai responder alguns comentários de vocês.