Lula provoca EUA e compara Trump ao golpismo — clima de confronto cresce | ÚLTIMA ANÁLISE

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Eu vejo o Lula jogando gasolina na fogueira e o que tá acontecendo no Brasil me faz lembrar o processo de discussão que acontece no mundo, mas em particular na Europa, de onde a gente se inspirou, sobre a necessidade de taxar e regular as bigtechs. Se a gente voltasse um ano no debate e olhasse para que estava acontecendo na Europa por volta de abril, de maio do ano passado, o que a gente perceberia é uma espécie de consenso, sobretudo entre as grandes lideranças, mas incluindo a própria presidente da União Europeia, de que seria fundamental taxar as grandes empresas de tecnologia, fazer isso para impor uma certa soberania do Estado sobre elas, fazer isso para proteger os pequenos negócios na Europa e também para ampliar as fontes de arrecado. ação do Estado. Hoje a Europa acabou de anunciar a sua proposta orçamentária para o período que vai nos próximos seis ou 7 anos. E segundo essa proposta, há uma expectativa de ampliar a arrecadação da União Europeia para 2 trilhões de euros, com o objetivo de fortalecer a nossa independência para financiar atividades de defesa, fronteiras, preservação e apoio à Ucrânia e taxar grandes empresas, como, por exemplo, de tabaco e de carros elétricos. Mas a Europa desistiu de taxar as Victx. A grande pergunta que tem sido debatida neste instante lá é o que aconteceu. E na verdade todos sabem que a partir do momento que o Trump entra no jogo, a equação geopolítica do mundo se altera. A prioridade dos temas, dos interesses nacionais se muda. E a partir de agora, a Europa passa a entender que o mais importante a se decidir no momento é como ela espera trabalhar a sua relação geopolítica com seu parceiro histórico, que é os Estados Unidos, no momento de imensa instabilidade e tensão global. Neste mesmo instante em que a Europa recua estrategicamente com alguns dos líderes que estavam no poder ontem e continuou hoje como a presidente da Comissão Europeia, o que faz o Brasil o contrário. em vez de enxergar uma realidade geopolítica complexa, como o próprio ministro explicou para nós, e entender que o que está em jogo são valores, interesses muito mais profundos para construir uma dinâmica de diplomacia responsável, cautelosa, prudencial. O que nós optamos por fazer é jogar gasolina na fogueira, é botar fogo no parquinho e as crianças é que se cuidem. E neste ambiente em que a gente se encontra, não apenas essa parece ser a decisão mais perigosa, mas muito provavelmente a mais irresponsável, mas é a partir daqui que a gente vai ver como o Brasil deverá trabalhar essa discussão, como os Estados Unidos vai, desculpa, vai reagir e o que sobrará de opções para nós nas próximas semanas. Quero ouvir a tua avaliação, Escurcim, já que o Vargas falou em gasolina na fogueira, vamos a mais um trecho do discurso ameaçador de Lula diante de uma plateia de estudantes. Nesse ponto, ele diz que não aceita interferência estrangeira e que Trump poderia estar preso até se estivesse no Brasil recentemente. A primeira coisa é que nós não aceitamos que ninguém, ninguém de nenhum país fora do Brasil se meta nos nossos problemas internos, que é dos brasileiros. E eu disse ontem pra imprensa, se o Trump morasse no Brasil e ele tentar fazer aqui no Brasil o que ele fez no Capitólio, certamente ele também estava julgado e poderia ser preso. Não tem como não eh chamar atenção todo eh essa fotografia, né, do que a gente viu agora. Ele tá lembrando o Hugo Chaves ou até mais recentemente o Nicolas Maduro, mas lembra muito toda a estética do Hugo Chaves nas palavras e na fotografia, hein, Escorcinho. E e creio ser proposital isso, né? Eh, na sua primeira primeira intervenção você falou, ele tá parece que ele tá num comício, né? Eh, eu eu acho que o Lula, o lugar ontológico do Lula é um comício. Ele tá sempre num comício o tempo todo. Acho que quando mesmo que ele tá tomando banho, olhando pro espelho, ele tá tentando convencer o cara do espelho que ele é ele. Assim, eu acho que eles ele tá sempre nesse modo. Só que ele só que isso não significa que ele tenha algum tipo de eh de tolice eh na hora que ele faz as chamadas bravas, ele sabe para quem e quando, né? É muito interessante. Hoje também teve o um vídeo que talvez eh seja mais significativo, até porque esse como da o da UNI, nós vamos ter vários outros exemplos para dar e de discursos do Lula, mas ele deu a primeira entrevista internacional dele sobre esse fato hoje pra CNN internacional, eh eh no qual ele repetiu inclusive essa parte de que se o Trump tivesse feito supostamente, né, feito aquilo que fez um Capitolo dia 6 de janeiro dos Estados Unidos, se fosse no Brasil, que ele também estaria sendo processado e julgado. fala isso na CNN. Já já foi inclusive respondido pela pela porta-voz da da Casa Branca Oficial a respeito de algumas das coisas que ele falou nessa entrevista. E tô falando essa entrevista porque se você assistir a entrevista, foi dado no mesmo dia, talvez tá sendo gravada antes, mas se você pegar o tom, a forma como ele se coloca, ele se porta, né, ele ele vai mais para um lado de um estadista do que esse sujeito, né, esse esse e essa esse bananeiro, né, de República de Bananas. eh como ele se comporta ali no no no comescote ali da UN. Eh, mas ainda assim você vê que ele tá num num movimento de confronto, né? Ele certo um certo momento ele fala assim: “Não acho que o presidente Trump seja de extrema direita, nem que eu seja um presidente progressista. Eu sou o presidente do Brasil, ele é presidente dos Estados Unidos, melhor coisa do mundo é se a gente sentar e conversar, etc e tal”. E aí no instante seguinte ele já fala que se o Trump tivesse aqui tava preso e coisas assim. Então, como disse o Vargas, tá colocando eh gasolina na na fogueira, sem dúvida alguma. E agora e agora de de forma confrontacional, inclusive, ainda que de uma maneira muito muito polida, vamos dizer assim, não desse jeito meio meio meio meio brejeiro, como ele fala ali no discurso da UNI. Para mim, eu já falei isso aqui algumas vezes no no no programa, né? Eu acho que esse terceiro mandato do Lula não é um mandato nem para os brasileiros, nem para o PT, muito menos para o Brasil, né? Esse é o mandato no qual o Lula quer deixar o nome dele na história. Ele quer entrar com a sua biografia na história do mundo, se possível, né? cavando aí, quem sabe algum algum prêmio Nobel ou alguma coisa maior eh para si. Ele sempre fez o discurso dele aqui para dentro, foi ele sempre foi ele ele aumentou o tom dessas bas, ele a a apertou o pé no acelerador num esquerda do que qualquer outra coisa. E agora o Donald Trump, de certa maneira deu a ele, né, um trampolim para ele poder se posicionar dessa maneira internacional. Ele claramente se coloca agora como se ele fosse, né, aquele que vai se contrapor a Donald Trump, uma espécie de liderança do mundo contra o Donald Trump, né? Eh, o que é obviamente uma coisa simplesmente ridículo, né? Porque é mais ou menos como aquele time da Nova Zelândia querer enfrentar o Bayern de Munique na Copa do Mundo de Clubes. Tomou de 10 a 0, vai com fé, né? Quer dizer, não tem o menor cabimento. O Lula tá perdeu completamente a sua credibilidade na União Europeia, né? a gente já essa taxação dos bricks vai vir um um peso muito maior, mas nesse comício, nesse lugar ontológico onde o Lula se encontra, em que ele olha para um espelho, ele tá vendo essa biografia dele agora com uma grande oportunidade dele se colocar como uma espécie de mandela ou algum sujeito desse deste tamanho, eh, internacionalmente falando. Então, é, sem dúvida alguma, ele tá hoje à noite abrindo champanhe, achando maravilhoso tudo que está acontecendo e não tá nem aí para as consequências óbvias que virão, que os nossos colegas aqui já já trouxeram. Quer dizer, nós vamos nós estamos assistindo um teatro eh eh que um teatro pegando fogo e o sujeito botando mais gasolina mesmo dentro dele. [Música] Meu nome é Marcos Aires e sou jornalista e quero conversar com você de forma direta. Tem muita coisa acontecendo no país, decisões polêmicas, censura disfaçada e uma tentativa constante de calar vozes que pensam diferente. Por isso, é mais importante do que nunca ter um jornal sério que questiona, investiga e defende valores como a verdade e a liberdade. Nosso conteúdo só chega até aqui graças aos assinantes, gente que apoia o jornalismo corajoso independente. Assine a Gazeta informe-se com profundidade todos os dias. Clique no link da descrição ou acesse gazetadopovo.com.br/ofereta.

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