MAÇÃS ENFEITIÇADAS – O HOMEM DOCE, A MALEDITH AMARGA E AS MAÇAS

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Histórias assombradas. E é este, o homem doce, a maledite amarga e as maçãs preparadas. Hum. Olá, Anne Mateus e família Assombrado. Vou contar um relato que presenciei. Os nomes estão trocados. Eu estava num emprego muito bom. A empresa ocupava dois prédios no mesmo terreno e ainda tinha filiais em outros cinco bairros da região metropolitana. Eu trabalhava na parte administrativa como uma das secretárias da diretoria. Nós éramos em quatro e tínhamos uma sala exclusiva ao lado da sala dos diretores para que pudéssemos atendê-los o mais rápido possível. Éramos eu, Laura, Susana e Luía. Nossa chefe More era a diretora executiva de atendimento, dona Eleonora. Uma senhora de mais ou menos uns 60 anos, muito rígida e austera, com um olhar amargurado, porém era respeitosa com a equipe e nos tratava bem. Lá havia um rapaz chamado Jorge, que era o chefe da manutenção. Ele não tinha o rosto muito bonito assim, não era o rosto mais bonito do mundo, porém era como se o homem fosse um doce. A mulherada caía matando nele. Jorge era alto, com traços bem marcados, brutos, eu diria. Rosto angular, queixo quadrado e nariz longo. Era moreno e tinha um corpo bem malhado. Sabe aquela história que dizem das moças de roupa curta? Ah, Piriguete não sente frio. Ai, meu Deus. servia pro Jorge fizesse chuva ou sol, ele tava de regata colada no corpo para destacar o peitoral. Apesar da fama, ele era casado há mais de 10 anos com a namorada da adolescência dele. Mesmo assim tinha uma noiva e uma namorada oficiais que sabia. Pera aí, o homem o que foi? Vou contar aqui que você tá usando. Hã. Oi. Olha só, Mateus, o homem aqui, ó, era casado. Hum. Tinha uma noiva e uma namorada. Ele tinha três. É isso. E E elas sabiam, mas aceitava porque o cara era demais. Não recomendo, hein, cara. Não recomendo. Tenha uma. Dá merda isso aí. Tenha uma e seja feliz. Olha aqui, ó. Mas vamos ver a continuação da história. Esse era bom, hein? Ó, cadê? Então, ele tinha era casado há 10 anos com a namorada da adolescência. Mesmo assim ele tinha uma noiva e uma namorada oficiais que sabiam de tudo. Fora elas, acho que das funcionárias da empresa, ele já tinha pego quase 40%. E nisso incluo as funcionárias das filiais. Também eu morria de rir com os papos do Jorge. Ele conseguia ser um cara muito legal, gente boa mesmo, a ponto da gente esquecer até os nossos próprios julgamentos. Nunca fazia piadas sexuais ou colocações indevidas. Ele conversava sobre o trabalho e assuntos da atualidade, contava piadas bobas e a respeito de si mesmo, sempre dizia assim: “Cara, eu não sou canalha. se envolve comigo quem quer. Eu sou um livro aberto e todas as meninas sabem que eu tenho esposa, que eu tenho noiva e uma namorada fixa, além das minhas peguetes. Eu acho canalha quem não avisa. Eu sou verdadeiro. E ele tá certo. Uai. Ué, quem quer já tá sabendo da situação. É assim. Se você quer, ótimo. Vamos lá. Agora ele não esconde nada de ninguém. Exatamente. Bom, ele falava isso com um sorriso de canto de boca e um olhar atrevido. Era um típico malandro carioca nesse sentido. Luía dizia que o charme dele estava justo na atenção que ele dava para as mulheres com elogios bem dirigidos. Nada vulgar ou trivial. Ele as fazia se sentirem valorizadas e desejadas. E foi nessa que ela nos confessou que deu umas voltinhas com ele, esquecendo temporariamente do marido, que só lhe cobrava a janta na hora certa e a casa limpa. Nessa hora eu fiquei em choque, pois ninguém diria que a Luía pudesse fazer isso, rapaz. E mal segurei meu queixo e a Susana disse: “Mulher, tu também?” Ah, amor, vou pegar o telefone do J. Ai, meu Deus. Vamos lá. A Susana fala: “Mulher, tu também, mas te entendo, viu? Olha, a pegada do Jorge é boa também. Não me arrependi. Meu Deus, esse homem tá magiado. Ai, ai, ai. Fiquei besta. Fiquei besta. Eu não sou puritana não. Nada. Mas olha, eu não esperava que as minhas amigas super tranquilinhas ali, comprometidas também tivessem saído com o Jorge. Aí eu olhei pra Laura que parecia que adivinhar, que adivinhou meu pensamento e já foi logo falando. Nem me olha assim, eu tô solteira, mas na minha idade já não me atrai essas aventuras não. E o pior, imagina que esse homem beija esse monte de boca aí, deve ter umas doenças passando por aí. Ai meu Deus. Todas caíram na gargalhada e as meninas fizeram questão de ressaltar que usaram preservativos. Nós três tínhamos por volta de 20 e poucos anos e a Laura já tinha quase 50 anos. Jorge devia ter uns 30 e poucos. No terreno da empresa tinha um bonito jardim com uma fonte e ao lado mini gruta artificial esculpida. Nesse local começaram a aparecer todas as manhãs uma maçã vermelha cravejada de palitos de dente em cima de um pires branco cheio de mel e açúcar. E toda vez era um castigo para remover aquilo, pois as meninas da limpeza que eram evangélicas tinham medo e tínhamos que chamar um dos meninos da manutenção para fazer aquilo. O rapaz ficava chateado e com razão, pois aquela não era sua atribuição, né? Como Jorge era o garanhão da empresa, todos já supunha que o trabalho era para ele, mas ficava pergunta: “Quem será a moça da maçã? Essa era a fofoca que dominava a empresa e foi assim por três meses. As maçãs sempre no mesmo lugar. Se alguém sabia a identidade da sujeita, guardava para si. Nesses meses, Jorge começou a perder peso, começou a ficar batido, quase não conversava mais e diminuiu seus encontros com as suas peguetes. Laura achava que ele estava com alguma doença séria devido à suas saidinhas. Porém, não era isso. Ele, que sempre foi alegre e gente boa, passou a ficar fechado e com o semblante convalescente. Um dia, a Laura não conseguiu terminar todo o relatório que um dos diretores havia lhe pedido. Então, ela resolveu ficar até mais tarde na empresa e avisou vigia. Eis que ela terminou o relatório e acabou dormindo. Quando acordou já era 5 da manhã e o nosso horário de entrada é 8 da manhã. Como a casa dela ficava perto, ela resolveu passar na casa dela para pelo menos tomar um banho. E eis que ao passar pelo jardim, ela avistou a tal mulher misteriosa colocando mais uma maçã. E quem era essa mulher? A dona Eleonora, a nossa chefe. A Laura ficou paralisada, pois dona Eleonora além de ser uma senhora de idade respeitada, era casada e muito bem casada com um juiz há mais de 30 anos, devia ter uma explicação plausível para aquilo, mas ela nem ia querer ouvir a explicação, pois ficou apavorada de ser demitida por ver a identidade da mulher misteriosa. Ela saiu igual um gato de fininho dali, rezando pra chefe não ter visto ela. No mesmo mês, o esposo da dona Eleonora, que já não estava lá muito bem, veio a falecer. Pra surpresa de todos, o Jorge foi demitido da empresa e contratado como funcionário particular dela. Sei que depois disso as maçãs pararam de aparecer e o chefe, que era meio e a chefe, que era meio amarga passou a distribuir bom humor pelos quatro cantos. Laura contou pra gente da história e a gente ficou besta. Ao que parece, depois que Jorge virou funcionário exclusivo, sua saúde e vigor retornaram, mas ele parou de ir na empresa. Também, pelo que soubemos, terminou com a noiva e com a namorada fixa. Agora ele era exclusivo da sua esposa e da dona Eleonora. E eu sempre me perguntei para que eram essas maçãs? Para amarrar o Jorge ou pro marido morrer logo? Bom, nunca vou saber. Alguém aí tem uma ideia? Eu acho que é para amarrar o Jorge. E talvez tudo toma o mesmo bolo de de de feitiço. Tá tudo no mesmo, né? Para poder ficar com ele. O outro precisava da linha. Gente do céu, olha como a gente nem desconfia. Vem da onde você fala o quê? Daí parece aquelas rodinhas de fofoca, né? Que v ficar falando, sabe? Foi fulana gente do que babado. Ó. Ixe, Jorge, você tá ferrado, Jorge. Sinto muito. Lê falar, Lê falar. Jorre. Jorre, tu tá no corgo, Jorre. Bom, deixa eu dar os últimos. Alguém conhece? Esse homem tinha o trem de ouro. Ai, rapaz, eu já tava achando que quem botava a maçã lá era o o Jorge mesmo, para todo mundo gostar dele. Salve, Jorge. Ai, meu Deus. Ai, deixa eu dar os últimos beijinhos aqui pra gente fazer um está gostando dos relatos no reverso assombrado? Então não se esqueça de deixar o seu like e é claro, se ainda não for inscrito, se inscreva. [Música] เฮ [Música]

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