“Made in China” – Como a China está armando a guerra de drones da Rússia
0Caros amigos, bem-vindos a mais um episódio de hoje no mundo militar. Neste vídeo falaremos sobre como a China se converteu no principal fornecedor de peças para os drones que a Rússia usa para atacar alvos ucranianos. A RP últimos meses, uma série de relatórios de inteligência e análises independentes revelaram de forma bastante clara como Pekin se tornou um pilar fundamental no esforço de Moscou para dominar os céus com enchames de drones em ataques cada vez mais terríveis e devastadores contra cidades ucranianas. E veremos como isso vai muito além do simples fornecimento de componentes e peças eletrônicas. Começando com o dado alarmante divulgado pela Diretoria Principal de Inteligência da Ucrânia, cerca de 60 a 65% dos componentes encontrados nos drones russos abatidos vem diretamente da China. Itens como placas de circuito, módulos de navegação e dispositivos de comunicação são produzidos em território chinês e enviados a Moscou, onde são montados em gigantescas fábricas e usados contra as forças ucranianas. Mas não é só a China que aparece nessa equação, com peças fabricadas nos Estados Unidos e até na Suíça, também tendo sido identificadas ocupando o segundo e terceiro lugares na origem dos componentes. No entanto, é importante destacar as diferenças na forma como essas peças chegaram à Rússia. No caso das peças americanas e europeias, trata-se de componentes de uso dual, civil e militar, e que, por isso, são de venda proibida para a Rússia por causa das sanções ocidentais. E, por isso, essas peças chegam às fábricas russas por intermédio de empresas de fachada e de países aliados da Rússia, como a própria China. E de fato, segundo a inteligência ucraniana, cerca de 90% das peças de drones e mísseis russos, com origem nos Estados Unidos e na Europa, chegaram à Rússia por intermédio de empresas chinesas que os adquiriram no mercado alegadamente para a produção de equipamentos civis, mas com o intuito secreto de enviá-las para fábricas militares russas de drones e mísseis. E no caso das peças chinesas, a investigação mostrou que são de fato produzidas especificamente com o intuito de armarem drones e mísseis russos. O que chama a atenção também é o salto tecnológico recente, com antenas de navegação por satélite nos drones russos, sendo atualizadas com componentes mais modernos, visando resistir melhor à guerra eletrônica e reduzir a vulnerabilidade à interferências. Esses componentes chineses também têm permitido aos russos inovarem até mesmo na forma de transmitir informações com um dos recursos mais recentes identificados envolvendo o uso de modens 3G e 4G integrados à telemetria dos drones e não para por aí com relatórios indicando testes de drones de ataque equipados com motores a jato de fabrico chinês e o desenvolvimento de ogivas mais resistentes à umidade projetadas para manter ter a eficácia, mesmo em condições climáticas adversas. Agora, se voltarmos os olhos para o campo geopolítico, o quadro se agrava ainda mais, com a China interrompendo completamente a venda de drones comerciais Mavic para a Ucrânia e os seus aliados europeus, ao mesmo tempo em que os continua fornecendo a Rússia em grandes quantidades, claramente favorecendo o seu aliado russo através do fornecimento de um equipamento autenticamente vital para a Ucrânia e o envolvimento chinês não se limita ao fornecimento de peças, com relatos da presença de técnicos chineses em linhas de montagem em território russo, atuando lado a lado com engenheiros russos e iranianos em projetos de engenharia de grande escala, visando obter saltos tecnológicos não apenas para drones russos, mas também para drones chineses e iranianos. Segundo diversas fontes, como o próprio secretário geral da OTAN, Mark Hood, a Rússia poderá em breve lançar ataques com até 2000 drones do tipo Shahed por dia contra a Ucrânia, saltando dos atuais 400 a 500. um aumento gigantesco de poder de fogo que só é possível de ser alcançado graças a essa parceria com a China. Quando considerado o trabalho como um todo, desde matérias primas até a montagem dos componentes em partes semiprontas, a inteligência ucraniana concluiu que até 90% de todo o trabalho é feito na China, com a Rússia ficando apenas com a responsabilidade de juntar as peças a parafusar e pintar. E essa parceria se estende ainda mais com a China, fornecendo materiais estratégicos, como pólvora, cabos de fibra ótica e até ferramentas industriais pesadas para mais de 20 fábricas militares russas, responsáveis pela produção de armas avançadas, como os mísseis balísticos Iscander. E enquanto isso, a Ucrânia luta para acompanhar essa corrida tecnológica, com muitos dos seus drones ainda dependendo de doações de civis e com um custo elevado para incorporar tecnologias como fibra ótica, que garante resistência à guerra eletrônica. Um esforço ainda mais dificultado agora com o já referido bloqueio chinês no fornecimento de drones Mavic. Isso tudo confirma mais uma vez que essa guerra já ultrapassou os limites do confronto regional com a Rússia usando drones de projeto iraniano e fabrico chinês, bem como munições e até mesmo soldados norte-coreanos. Tudo isso pago com dinheiro obtido através da venda de gás, petróleo e combustível a países como China, Índia e Brasil. Em outras palavras, a Ucrânia virou um laboratório de testes para as potências revisionistas do século XX, com as tecnologias desenvolvidas e testadas ali, desde drones até inteligência artificial e defesa eletrônica, podendo ser utilizadas no futuro contra o Ocidente. Não se trata apenas de uma guerra por território, mas de um embate modelos de poder, de soberania e de dominação tecnológica. Se essa parceria com a China garantir a Rússia a capacidade de lançar 2.000 drones por dia e a Ucrânia não for capaz de interceptá-los nessa mesma escala, o país poderá mergulhar em uma crise estratégica sem precedentes, afetando além dos civis, também as linhas de produção militar, o setor logístico e, inevitavelmente as tropas combatendo na linha de frente. [Música] เฮ [Música] [Música] เฮ [Música] เฮ [Música] [Música] [Aplausos] [Música] [Música] เ