MARTE: NOSSO PRÓXIMO DESTINO? | Pt.1 – Apresentação Completa

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Salve salve amigos da Astronomia em todo mundo. Estamos aqui nos bastidores do Teatro Gazeta. Já já começa a apresentação sobre Marte aqui ó. Vinha caráter hoje ó falar sobre o planeta Marte, o fascínio que a humanidade tem por ele. Será que um dia nós vamos para Marte ou não? Tudo isso será discutido aqui. Então estamos aqui nos preparativos finais. Um grande abraço aí. Valeu. Obrigado a todo mundo que apareceu aí. Estamos juntos demais. A Agência Espacial Americana lançou hoje um robô com destino a Marte. [Música] Começou hoje a mais ambiciosa missão humana ao planeta vermelho. [Música] Essa missão é essencial, né, para que humanos cheguem em Marte um dia. [Música] Um estudo publicado esta semana afirma que este pode ser o indício de que já houve vida no planeta vermelho. [Música] Em rochas de uma cratera, ele descobriu moléculas que são encontradas na Terra e aqui estão relacionadas à vida. [Música] [Aplausos] Salve salve amigos da em todo mundo. Muito boa tarde, muito bem-vindos a mais uma apresentação aqui no Teatro Gazeta. Um prazerzão ter vocês aqui nesse domingão aí. Valeu todo mundo que saiu de casa para vir aqui ouvir um pouquinho sobre Marte. Como eu começo todo o programa, né? recadinhos da paróquia aí para quem me ouve já há algum tempo. É o seguinte, primeiro, hoje é um dia muito especial para mim porque é o seguinte, no dia 13 de abril de 2015, há exatamente 10 anos atrás, eu postava meu primeiro vídeo no Space Today. Então o canal hoje, exatamente hoje, está fazendo 10 anos de existência. Então só agradecer a todos vocês aí que que me seguem aí. Valeu demais, tá? Obrigado mesmo. Nunca imaginei, né? Eu comecei fazendo vídeo, eu morava no Rio de Janeiro, morava sozinho, longe da minha família. Aliás, um beijão para Cintia, para meus filhos todos, que eu amo de paixão, porque ficava sozinho lá. Jamais imaginei, né? A gente que grava vídeo é um negócio muito solitário para quem não sabe que você fica olhando para uma parede e aí tá aqui com vocês. Então é um prazerzão tá podendo falar aqui com vocês. Valeu demais mesmo. Outros recadinhos muito importantes. Lojinha dos peixe tá ali. Camiseta, tô vendo uma galera já tá com o Varginho aí, né? Isso aí. Então, valeu demais também. Passem lá depois. Continuem seguindo a loja também. Space.com.br. Spacedaystore.com.br. BR. Aqui vai ser mais ou menos uma horinha de apresentação, depois tem uma hora de pergunta, tem um microfone ali, ó, e aí vocês vêm fazendo perguntas aqui no microfone, quem quiser, tá? E aí a gente entrega alguns arginhos, tem algumas coisinhas pra gente entregar aí para perguntas e agradecer isso aqui tudo e só tá acontecendo também graças ao pessoal aí que patrocina a gente, o pessoal da Master Cidadania. Então, você quer fazer sua cidadania italiana, eu sei que no momento tá toda tendo toda essa confusão com a cidadania italiana, entra em contato com o pessoal da Master porque eles tem lá, eles vão explicar direitinho. Então vocês têm aí um passaportezinho ali, ó, pra gente ir pra Itália, mas quem sabe um dia para ir para Marte, né? Vamos esperar que esse dia chegue. Então, agradecer a Master, agradecer a Giramundo, a Lilian tá aqui também. Valeu, obrigadão demais. E nós estamos fazendo uma excursão para a Itália, quem tiver interesse, mas é uma excursão geológica para visitar vulcões, hein, vulcões italianos. Quem tiver interesse, vai ter uma lista ali fora, você pode ali e deixar seu nome para para como interesse, tá? E aí quando tiver tudo certinho, vocês vão receber em primeira mão. E só mais dois agradecimentos antes de começar. Agradecer aqui. Eu estou viajando muito, o Ciência sem fim, que é meu podcast, fica meio parado e tal, mas ainda bem que eu tenho muitos amigos. nessa jornada aí de fazendo vídeo. Então, agradecer as meninas que estão fazendo programas maravilhosos lá. Então, a Rebeca, a Cláudia e a Patrícia que estão aqui na plateia, obrigadão, valeu mesmo, demais, tá? E o Álvaro também, não sei se o Álvaro tá por aí, mas ele vinha, o Álvaro também que tá fazendo programa lá de A para mim. Então, agradecer demais, valeu demais essa parceria aí. Estamos junto. Muito obrigado por tudo aí. Então bora, vamos começar aqui falando sobre o planeta, o planeta Marte, né? Será que é o próximo destino da humanidade? Várias coisas vão acontecendo aí e essa semana só nesses já tava tudo pronto e em três dias muda tudo. Esse que é o grande o grande problema da gente mexer com astronomia, com ciência, é essa a velocidade que as coisas mudam, né? Muito bem. Uma primeira pergunta que todo mundo deve fazer. Se tem tanta coisa no sistema solar, por que diabos a gente quer ir para Marte? Por que que a gente quer ir para Marte? Muito bem. Marte tem várias características. Vamos lá. Mercúrio, daria para ir muito complicado. Mercúrio é muito pequeno. Mercúrio de dia é muito quente. De noite é muito frio. Não tem meio que uma atmosfera, não dá. Vênus, 500º na superfície e 90 vezes a pressão atmosférica da Terra. Ou você morre cozido ou você morre espremido. Talvez os dois ao mesmo tempo também não dá para ir. Lua pode ser. Existe essa dúvida. Hoje nós vamos conversar sobre isso aqui. Os outros planetas esquece, né, que é tudo gasoso e tal. Então, no final das contas, se você fizer, sobrou, na verdade só o planeta Marte pra gente ir. Não tem outro lugar pra gente ir. Então, na verdade assim, Marte ele ganha essa parada toda meio que por exclusão, tá? Meio que por exclusão. A sorte nossa é que tem várias características muito interessantes que fazem que Marte seja um lugar bom pra gente, pra gente ir. Então, tem várias coisas aqui. Marte, obviamente, tá mais distante da Terra, tal. Marte tem metade do tamanho da Terra. Metade, isso é bom falar. Muita gente fala de Marte e tal, mas Marte é bem pequeno, tá? É metade do tamanho da Terra. Mas o que que tem de legal em Marte? Então vamos lá. Por exemplo, Marte tem uma inclinação que é de 25º. Opa, TR 23,5. Legal. Quer dizer que Marte tem estação do ano, igual tem aqui na Terra também. O dia em Marte dura 24:40. Então a gente viver em Marte não ia tanto alterar o nosso ciclo circadiano, que é muito importante isso para um astronauta viver por aí. Pô, você vai ter um dia como se tivesse um dia aqui na terra. Então tudo bem também. Tem outras coisas muito interessantes. Temperatura. Marte é muito frio, tá? Aliás, eu abri várias caixinhas lá de pergunta e uma coisa que me intrigou porque muita gente pensa que Marte é muito quente. Aí eu fiquei pensando, caramba, por que será? Deve ser a cor, né? Porque Marte é vermelho. O pessoal deve olhar e falar: “Caramba, deve ser quente para caramba”. Não é, Marte é muito frio. A temperatura média em Marte é -65ºC. É muito frio. Mas vamos lá. Tem gente aqui na terra que mora em menos 60º, pessoal que mora lá em Vlad Vostque, tem gente que mora lá. Só que Marte tem um negócio muito interessante. Tem uma região equatorial ali de Marte que chega a fazer 20 até 30º. Então não é tão absurdo assim de morar lá. E a gravidade Marte é 38% a gravidade da Terra. Ia dar um trabalhinho, você ia ter que andar com uns pesos ali para não sofrer muito, mas não tem muito muito problema. Então tem algumas características de Marte que são muito interessantes, tá? Muito bem. A gente divide a exploração de Marte em três grandes momentos na história. O primeiro a gente chama de era antes do telescópio. Para quem não sabe, o telescópio ele foi inventado, vamos dizer assim, em 1609. Mas antes o pessoal já olhava pro céu e via um ponto vermelhão lá no céu. E aquilo lá chamou muito a atenção de quem olhava pro céu, dos astrônomos da antiguidade e tudo mais. Tanto que deram o nome de Marte, Deus da Guerra, para aquele pontinho que tava ali. E observando Marte, o pessoal notou isso aqui que Marte faz no céu. Muita gente aqui deve estar vivendo aí, quem está vivendo o Mercúrio retrógrado aí? Alguém tá vivendo Mercúrio retrógrado? Tem Marte retrógrado também, porque acontece o seguinte, a Terra tá mais perto do Sol, a Terra anda mais rápido ao redor do Sol do que Marte. Então, tem um determinado momento que a Terra ultrapassa a Marte nessa corrida. Isso no céu pra gente é isso que vocês estão vendo aqui, ó. Marte vem andando, ele para, ele faz esse laço aqui, depois continua. Então, tá vendo que ele tem um momento que ele faz um movimento retrógrado? Ele parece que tá voltando. Isso aí chamou muito a atenção do pessoal também. Então, antes do telescópio dava para fazer isso. E aí, uma coisa muito interessante, tem um astrônomo na história da astronomia que eu falo que ele é o cara mais eh, posso dizer azarado que teve ou até injustiçado, um cara chamado Tico Brahry. Tico Brahry, ele era um astrônomo, ele morreu anos antes do telescópio ser inventado. Olha só. Só que o que que esse cara fez? Ele adquiriu a maior quantidade de dados, talvez na história da astronomia antiga. Foi esse cara. Ele era astrônomo real. Ele observava o céu todo dia e ele foi pegando dado. Ele foi pegando dado de posição de estrela, de planeta e tudo mais. E quando ele morre, quem assume o lugar dele era um cara que trabalhava já para ele também famosíssimo na história da astronomia chamado Johannes Kepler, que pegou todos os dados do Dub Brah e o que que ele fez empiricamente? Ó, nós estamos falando, isso aqui é 16 e pouco. O cálculo do Isaac Newton só foi ser inventado, sei lá, 200 anos depois, quase, entendeu? O Tico, o Johannes Kepler pegou os dados do Brahry e falou: “Não é possível que não tenha padrões aqui nisso aqui”. E ele descobriu várias coisas legais. O quê? As três leis de Kepler. E ele descobriu uma coisa com Marte. A cada 26 meses, Marte ficava mais perto da Terra. Isso sem telescópio, sem fazer conta, sem nada. E ele descobriu um negócio que a gente usa até hoje para mandar missões para Marte. Então, a primeira grande lição dessa era pré-telescópio é essa. A gente só pode promover uma viagem para Marte a cada 26 meses. E qual que é o problema? Nós, atualmente, nós estamos nessa janela e não estamos mandando nada para Marte. Então, na última janela a gente mandou, na última, aliás, a gente não mandou e nessa também a gente não mandou. E aí, que que pode acontecer com a gente? Então, esse é um é um grande problema que daqui a pouco eu vou mostrar para vocês, já aconteceu uma vez na história. E esse momento a gente chama de oposição. Então, isso aqui tá o desenhinho do do Kepler, do Kepler provando a oposição. Muito bem. 1609, o telescópio é inventado. Qual que é o problema do o lance da oposição? Então isso aqui, ó, isso aqui é a de 2022. Quando você vê Marte no telescópio, ele fica maiorzinho, tá? Depois ele fica muito longe. É ruim de ver Marte no telescópio. Não é muito legal de ver, a não ser nessa época agora, tá? Então, quem tem telescópio, aponte para Marte aí que você vai ver ele legal. Muito bem. O telescópio foi inventado em 1609. Começaram a apontar o telescópio para tudo que é lugar. Em 1659, esse cara aqui que é muito importante na astronomia, chamado Christian Heigens, ele apontou para Marte e ele viu essa mancha. Isso aqui é o desenho que ele fez e ele viu essa manchona aqui. O que que ele viu? Não sabemos, não dá para saber, mas essa mancha foi muito importante. O Higens em 1659 definiu a rotação de Marte em 24 horas. Lembra que eu falei no começo que é 24:0? Ele aqui em 1659 já sabia que o dia em Marte durava mais ou menos igual o dia na terra. Isso é muito interessante. Um amigo dele que é o Cassini, muito famoso também, observou Marte durante muito tempo, fez muitos desenhos de Marte e um cara muito subestimado na astronomia também chamado William Herschell. foi um grande astrônomo, observou Marte, desenhou, esse do lado de cá é o desenho dele, as calotas polares. Ele conseguiu ver as calotas porque Marte ele faz um movimento assim, então tem hora que a gente consegue ver as calotas de Marte. Muito legal o que o Herchell fez. Isso já era 1783. Muito bem. A história de Marte, pessoal, é o seguinte. Tem dois grandes momentos que marcam a história do planeta Marte. Um deles é esse aqui que eu vou contar para vocês agora e um outro é um pouquinho mais paraa frente que nós vamos contar na década de 90. O que que aconteceu aqui? Esse cidadão aqui italiano, Giovanes que Aparelli, usando o observatório de Brena, que é um bairro de Milão, e usando esse telescópio aqui de 8 polegadas, começou a observar Marte e viu que Marte tinha uns risquinhos ali em Marte. E aí ele pegou aquilo lá e falou: “Isso que eu tô vendo aqui são canais”. Canais em italiano, a palavrinha é canali. E ele chamou aquele aquele risquinho também de filme que é rio em italiano, só que para ele eram coisas naturais, feitas por rios mesmo, igual a gente tem aqui na terra e tudo mais, tá? Por que que é legal você ter a cidadania italiana? Sabe por quê? Você pode ir lá. Eu tive lá, ó. Aqui sou eu. Lá em 2024 eu visitei o telescópio do que aparelho. Ele tá lá até hoje, o bairro de Brera lá em Milão. Você entra lá, tira foto. É muito legal. E uma coisa muito interessante, e eu falei para ela, só que obviamente que ela nunca vai saber disso, a mocinha que atendeu a gente lá no telescópio, ela me falou uma frase que eu falei: “Caramba, eu vou usar essa frase sempre”. Ela falou o seguinte: “Aqui nessa casinha aqui foi onde nasceram os marcianos”. Olha que legal. Sabe por que ela falou isso? Porque o Esquiaparelli fez todos os desenhos mostrando os canaizinhos. Isso aqui são desenhos dele. Tudo é canal ali. Tudo é canal. E aí lá no que o mapa bonito que ele fez, todo de canalzinho, todos os risquinhos que ele viam lá nos Estados Unidos, ao mesmo tempo, o pessoal tava observando Marte também. Agora vou fazer só um pequeno parêntese nessa história, porque esse cara aqui é muito importante, o Azaf Hall. Ele usou o maior telescópio da época para descobrir as dois as duas luas de Marte, tá? Fobos e Deimos, o telescópio naval. No mesmo ano que o Esquarele tava lá, esse cara tava observando nos Estados Unidos, 1877. Beleza? As luas de Marte é um grande mistério. A gente não sabe se elas foram formadas igual a nossa lua por colisão ou se elas são asteroides capturados. Talvez até o final da década a gente saiba disso. Tem uma missão planejada para ir para lá. Muito bem. Voltando pra história do canal. Lá nos Estados Unidos existia um cara que não era astrônomo, mas era um empresário que gostava muito de astronomia. Ah, olha aí, hein. Não é de agora não que a gente tem esses caras, hein? De vez em quando aparece na história. Esse cara aqui chama Perciival Lowel. Ele tinha dois, duas coisas fascinavam ele. Uma era Marte e a outra era descobrir um novo planeta no sistema solar. foi usando o telescópio dele que nós descobrimos Plutão. E aí, só uma historinha aqui, Plutão foi até então o único planeta descoberto pelos americanos. E para dar um nome de Plutão, por que que Plutão tem esse nome? Foi feito um concurso, uma inglesinha de 11 anos ganhou. Sabe qual que era a regra principal? Tinha que ter no nome do planeta as letras P e L em homenagem ao Pervalival Lowel. Por isso que Plutão ganhou o nome. Esse cara observou Marte durante várias e várias noites e ele começou a ver os mesmos canaizinhos. Ó os desenhos dele. E ele viu o canal, só que ele foi além. A palavrinha canali viajou da Europa para os Estados Unidos. E nessa viagem, hoje a gente tá acostumado a fazer isso, né? Hoje quem usa a internet aí escreve um negócio, dali três curtida. O que você escreveu já tomou todo sentido, né? Com certeza já aconteceu com vocês aí várias vezes. Olha o que aconteceu na época. A palavrinha canali, que era canal natural, viajou para os Estados Unidos, chegou pro Perival Lowel e o Pervalival Low falou: “Natural coisa nenhuma. Isso aqui é feito por uma inteligência. E os caras que moram lá, eles são tão inteligentes que eles entendem de irrigação. Olha o que que o cara fez. Tá vendo essas manchinhas mais preta aqui? Isso aqui são oases. Os caras ligam, eles fazem canais de ligação e eles mudam porque uma noite para outra a Marte mudava. Ele ia lá e via Marte de novo, falava: “Olha só, a civilização ela tá seguindo para onde tá indo a água”. Ele criou essa história da cabeça dele. E o canali em inglês, em vez de ser channel, que é um canal natural, virou canel, que é um canal construído por alguém, por uma inteligência. Então esse foi oval low. Esse aqui foi um momento crítico na história, na história do planeta Marte. Crítico. E olha aí, ó, o que que ele falou. Marte é povoado. Ele falou isso. Agora eu vou contar para vocês o maior plot twist de toda essa história aqui que ninguém sabe. Só quem vai lá no observatório lá em Milão e conhece essa história. Muito provavelmente, mas assim, com quase 100% de certeza. Sabe o que que isso que aparel viu? Absolutamente nada. O telescópio dele era um telescópio de lente, era um telescópio que tinha vários problemas de aberração. E muito provavelmente toda essa história de canal nasceu de um erro de observação dos que aparele. Essa é uma história que existe. Você vai lá, você vê, o pessoal conta essa história para vocês lá. Então tudo tudo que dominou a exploração de Marte durante décadas, séculos, veio muito provavelmente de um erro, porque a lente do telescópio do cara tava com problema e ele pensou que ele tava vendo canal em Marcha. Na verdade, que ele tava vendo era risco na lente dele. Olha só que doideira. Mas serviu para quê? serviu para isso aqui. O Piv Val chegou a defender a ideia dele em várias palestras de que Márcio era povoado, porque Mar era povoado. E aí estava então, né, feita a receita completa pra galera da ficção científica. Eu tenho um planeta que é vermelho, que ele faz um movimento esquisito no céu, que ele tem uns bichos que mora lá, que segue a água, que são nômades. E aí começou a surgir um monte de novela, um monte de livro, um monte de tudo que você imaginar era com seres habitando Marte. Era seres habitando Marte. Então a gente tem coisas assim muito famosas. Algumas delas, uma delas é essa aqui, ó. Não sei se vocês sabiam. Nicola Tesla. Quem é fã do Tesla aí? Aí, ó, o Tesla tentou se comunicar com os marcianos. Ele não só tentou, ele prometeu que ele ia se comunicar com os marcianos. Tem um jornal alemão dessa época que chegou a oferecer 10.000 marcos, que era moeda lá, para quem provasse uma comunicação com os marcianos. Esse negócio começou a ficar muito sério, muito sério mesmo. E começou a tomar conta de tudo que era coisa, não só da ficção. O Tesla não era da ficção, né? Tesla era cientista e ele tinha certeza, ele prometeu, eu vou me comunicar com os marcianos, né? Não conseguiram até hoje estamos tentando. Isso aqui é demais. O Perval Lowel escreveu no jornal o seguinte: “Os marcianos construíram dois imensos canais em dois anos”. Eu falei: “Caramba, tá muito melhor que a gente aqui, né? Os políticos promete pra gente construir negócio em quatro e não consegue. Os marcianos construíram dois em dois anos. Vão trazer esses marcianos para cá que eles vão cavar melhor que o tatuzão que cava aqui em São Paulo. Mas tá aí, ó. Ele olhava pra Marte e ele via coisas novas ali, ó, naqueles desenhinhos dele e ele falava: “Iso aqui é canal novo”. Cara, esses caras são muito bons. Os marcianos são muito inteligentes, tá? muito inteligentes. Chegou a ter publicação em revista famosa Popular Science, os caras chegaram a publicar que tinham castores gigantes que moravam em Marte. Isso aqui é coisa, é sério. Os caras publicavam isso, publicavam isso em revista, tá? Chegou até, teve vários livros importantes, um deles, o mais legal é esse aqui, chama-se Odisseia marciana. Ele é de 1934 esse livro. O cara lá, o autor, ele defende que tem seres que moram em Marte, só que esses seres são aves gigantes. Sabe o que é legal desse livro? Que ele fala que nós vamos lá para Marte visitar esses seres agora no livro de 1934, ele fala que a viagem do ser humano para Marte é em 2020, na década de 2020. Será que foi profético? Será que o Ilon Musk leu esse livro? Não, eu sei que ele leu porque ele gostava desse cara aí. Mas será que ele usou isso aqui? Então, Odisseia marciana é um livro, teve vários outros crônicas marcianas também, é um livro muito famoso dessa época, mas nada, nada se compara ao que esse cara aqui fez. HGS escreveu Guerra dos Mundos. Alguém conhece Guerra dos Mundos aqui? Caramba, você do Tom Cruze, galera. Tom Cruz. Não, não viram o Guerra. Então, aí, ó, fica aí, ó, de lição aí para hoje à noite você vê Guerra dos Mundos do Tom Cruz. É muito, é lógico, é uma versão atualizada. O HGS escreveu um livro chamado Guerra dos Mundos, aonde ele propõe que a civilização marciana venha atacar a Terra, tá tendo um problema lá e não sei o quê. Muito bem. Um outro cara chamado Orson Wells, ele fez o seguinte, já acontece essa história aqui neste palco, vou contar de novo. Quando você não tem nada para fazer da vida hoje, né, o que eu brinco com o pessoal assim, nara, eu tô em casa, tô sem fazer nada, que que eu vou fazer? Ah, vou fazer um podcast, né? Não é assim, surge um monte de podcast. Para mim, o primeiro podcaster da história foi esse cara aqui, ó, Orson Wells. Olha a ideia dele, que coisa simples. 1938. Tô sem nada para fazer. Tá chato. O mundo era chato demais aquela época. Vou pegar o livro do HG Wells e vou ler ele na rádio. Só que eu vou narrar, eu vou colocar sons e tudo. E isso virou o caos total, porque todo mundo pensou que a Terra estava realmente sendo invadida por marcianos. Até o Globo, ó lá, ó. Terror pelo rádio. Ó a manchete do jornal Globo. Terror pelo rádio. Então esse negócio de ter Marciano era um negócio que tava tão dentro da cabeça da população que se você falasse: “Cara, encontrei um marciano ali na rua”. O pessoal ia acreditar na hora. Era uma era uma era uma febre que existia com esse negócio de de Marte. E por que que tem isso, né? Basicamente a gente sabia muito pouco de Marte na época com telescópio, muito pouco. Sabia que tinha calota polar, sabia que as coisas mudavam por ali, mas a gente não sabia da atmosfera, será que tinha civilização? Não sabíamos. Vocês vão ver que esse negócio de vida em Marte, essa dúvida sobre Marte ter vida ou não, ela perdura até hoje. Até hoje tem essa dúvida. E tem um porquê para isso. Infelizmente, a astronomia é uma ciência que depende muito da tecnologia, do avanço da tecnologia. E nós, seres humanos, a gente vive muito pouco. A gente vive 100 anos em média. Durante esse período de 100 anos, talvez um ser humano ele consiga ver um dois ou no máximo três grandes saltos tecnológicos com relação à astronomia. Por que que eu digo isso? Durante muito, muito tempo, a gente teve telescópios que eram Monte Wilson, telescópio Hooker, que era um telescópio, sei lá, de 4, 5 m. A gente precisou muitos anos, muitas décadas para ter um telescópio de 10 m, que é o que a gente tem hoje. A último grande salto da astronomia foi ali no meados da década de 80, início da década de 90. Só agora que nós vamos ter telescópios maiores. Então é muito tempo sem ter um grande avanço na tecnologia ligada para astronomia. O que a gente tenta fazer hoje é pegar dado, é manipular, é mexer, é inventar jeito de processar diferente. Mas o dado mesmo ele é muito complicado. E por que que Marte tomou tanto conta assim da da cabeça da gente? Porque Mar ele é pequeno, ele tá a maior parte do tempo longe. E quando a gente olha num telescópio, por melhor que seja o seu telescópio, você não vai ter uma imagem muito boa de Marte. Não vai ter. Durante muitas e muitas décadas, isso aqui era a melhor imagem que a gente tinha de Marte. Era isso aqui. Então, eu falar que aqui tem vida ou não tem, mais ou menos a mesma coisa, né? Então esse é o grande problema. Com isso em mente, o que que o pessoal pensou? Só tem um jeito da gente saber. Vamos fazer o quê? Mandar uma sonda para Marte. Só que o problema é que a gente teve que esperar também a tecnologia se desenvolver para isso. Muito bem, chegamos então na era que a gente vive hoje, que é a exploração espacial de Marte por sondas. Isso aqui é só para vocês terem uma ideia da quantidade de missão que já foi mandada paraa Marte. Muita coisa já foi mandada, só que Marte tem um problema seríssimo, daqui a pouco vocês vão entender. A maior parte disso aqui não funcionou. Não funcionou. Marte é problemático para caramba o tal do Marte, viu? Mas muito bem. 1965, Estados Unidos começa um programa sensacional chamado programa Mariner. Até 1965, a visão que se tinha de Marte era que nós vamos encontrar floresta, que nós vamos encontrar oases, que nós vamos encontrar gente fazendo canal, levando água de um lado para outro até 1965, que é ontem na nossa história. Até esse dia se pensava que Marte teria tudo isso. Até que essa primeira sonda aqui chamada Mariner 4 passou por Marte. Ela fez 20 imagens. Só que essas 20 imagens serviu para mostrar que Marte não tinha nada disso. Marte só tinha cratera. Cadê a floresta? Cadê os bichos cavando canal ali? Nós não vimos nada daquilo. Foi uma frustração gigantesca porque foi colocado grana para fazer isso. Alguns detalhes importantes dessa época é o seguinte: durante muitas décadas as missões espaciais eram sempre mandad em dupla. Então era Mariner 4 e 5, depois fez a 6, a 7, a 8 e a 9, Voyager 1 e 2, Pioneer 10 e 11, os roverzinho que foram para Marte, Spirit Opportunity eram sempre em dois. Por quê? Tinha a chance de uma dar errado e aí você manda dois, tem a chance maior da outra sobreviver. Isso era o padrão na exploração espacial. Até que tudo começou a ficar muito caro e hoje não tem mais isso. Mas isso era o padrão, tá? até 2000, até 2000 com Spirit Opportunity. Esse era o padrão, era mandar sempre duas missões, elas sempre iam em dupla. Então a Marine 4 foi lá, uma coisa muito legal da Marine E4 é a primeira imagem colorida de Marte. É aqui é uma história sensacional. Ela mandava números 340, 345, 380 números. Cada fitinha daquela ali era cheia de número. O que que o pessoal fez? Olha a importância de você aprender a colorir quando você é criança. Olha a importância. Eles compraram um lápis de giz de cera, sentavam e iam colorindo os numerozinhos ali, ó, na naquela tirinha. Depois chegava uma nova tirinha, coloria de novo, outra tirinha. Quando eles juntaram todas as tirinhas coloridas com giz de cera, tivemos a primeira imagem colorida de Marte, que é isso aqui, que é quando a sonda passou pelo Polo de Marte ali. Então, era assim que era feita a astronomia na época. Era colorindo à mão, tá? À mão o negócio. Muito bem. Os Estados Unidos continuou, mandou a Mariner 6 e 7, fez lá um monte de imagem e nada de floresta, nada de canal, nada. Os Estados Unidos, os pesquisadores, eles estavam já imaginando que não teria nada daquilo, certo? Alguém pode perguntar aí falando assim: “Poxa, e a União Soviética, onde que tava?” A União Soviética estava tentando também, só que a União Soviética nunca teve sorte com Marte, nunca. E olha que ironia do destino, né? Marte é o planeta vermelho. A União Soviética comunista vermelha nunca deu certo. Nenhuma missão soviética funcionou. Nenhuma missão russa funcionou. Aliás, a última missão que a Rússia mandou para Marte, ela quase que arrebentou aqui no Brasil, chama Fobus Grunt. A última órbita dela, ela não conseguiu nem sair da Terra. Aliás, boa parte das missões da União Soviética, nem da terra elas saíram. A última, ela foi, ela não saiu da terra. A última órbita dela, ela passou bem baixinho. O pessoal de Goiás tem tudo foto dela passando, só que na hora que ela caiu, ela caiu na Argentina. Por pouco ela não caiu no Brasil, tá? Então assim, ah, você não fala da União Soviética, preconceituoso, você não gosta dos caras, adoro eles, mas infelizmente com Marte eles não tiveram sorte. Porém, com Vênus os Estados Unidos nunca conseguiu mandar nada para Vênus e a União Soviética e a Rússia mandam coisa para Vênus. Então é essa coisa aí que temos aí. Muito bem. O pessoal pensou o seguinte: “Só ficar passando ali não vai dar certo”, mas aprendemos ir para Marte, hein? Anotem aí a primeira coisa. Então, os Estados Unidos resolve fazer o que é considerada atualmente por muitos especialistas da área, a maior missão espacial de todos os tempos. Essa missão aqui chamada Mariner 9, ela foi para orbitar Marte, orbitar o planeta Marte. Teve um problema seríssimo quando ela chegou lá em Marte. Marte tava tomado por uma tempestade de areia, tomado. E ela não viu absolutamente nada. Aí ela ficou orbitando mais um tempo, tal. Depois a poeira foi embora e ela começou a fazer imagens sensacionais. O que a Mariner fez é um negócio absurdo. Ela que fotografou pela primeira vez o Monte Olimpos, maior vulcão do sistema solar, 23 km de altura. O Evereste tem oito. Essa montanha tem 23. É um vulcão extinto. E aquela outra figurinha ali, que essa bagunça aqui é um dos locais mais desejados pra gente ir para Marte. Chama-se Labirinto Noturno, Noctirintos. Muito provavelmente, se Marte teve vida, esse local aqui é ideal. Aí você vai, por que que a gente não vai? Porque pousar coisa em Marte é muito complicado. Daqui a pouco eu vou explicar para vocês. Mas esse aqui é o sonho de consumo de todo mundo. É pousar alguma coisa ali. Não sei se nós vamos um dia, tá? Mariner 9 ficou lá anos e anos orbitando Marte, fez imagens sensacionais. A Mariner 8 não deu certo, tá? O foguete dela explodiu, mas a Mariner 9 chegou. Então ela fez o todas as imagens. Muito bem. Então aprendemos a ir paraa Marte. Aprendemos a orbitar Marte. Nada de vida. Cadê a tal da vida? Não acha. Bem, temos que pousar em Marte. Então, vamos pousar em Marte. Em 1970, os Estados Unidos faz a missão Viking. Duas de novo. Viking 1 e Viking 2. Pousaram as duas missões em Marte. Qual era o objetivo da Vike? Essa missão aqui, ela só tinha um objetivo, um único, encontrar vida em Marte. Esse é o objetivo dela. Se você pegar os documentos da época e tudo, tá lá. Objetivo da Viking encontrar vida em Marte. E nem é resto de vida, não é vida atual. Encontrar vida em Marte. Esse era o objetivo da Viking. Ela pousou lá, ela levava um módulo orbital e um módulo que pousava. A gente chama de lander, o que pousa, hover, o que anda. E orbitador, o que fica na órbita do planeta. Beleza? Levou esses dois. O que que acontece é o seguinte, fez imagens da superfície, mas o módulo que tava orbitando Marte, um dia passou em cima de uma região chamada região de Sidônia e viu isso aqui. Primeira pergunta: Quem está vendo um rosto aí? Rosto? Ah, até que é pouca gente. É que você já sabe da história, né? Mas quem tá vendo o rosto? Só vocês tá de quem tá vendo um rosto? Quem está vendo o rosto de Jesus Cristo aí? Essa era a história. Olha só, olha o negócio da vida voltando, ó. Fomos lá, orbitamos, não encontramos nada. De repente essa sonda passa e vê esse rosto. Qual que foi a primeira coisa? Ó lá a vida. Não só tem vida como eles estão se comunicando com a gente, porque fizeram um rosto e não só isso, ainda fizeram o rosto de Jesus Cristo para poder falar com a gente. E isso ficou, tá vendo o negócio da vida como que fica? E aí, tem ou não tem? Tem ou não tem? Quando quando você tá quase apostando que não tem, aparece isso aqui para época que foi uma loucura. Imagina isso que é década de 70, você tá mostrando um rosto na superfície marciana. Mas o objetivo da Viking era encontrar vida. Ela fez um monte de imagem, mais de 50.000 imagens, determinou ali a atmosfera marxiana, fez um trabalho muito legal, só que o trabalho dela era encontrar a vida. Ela levou três experimentos, que são esses tubinhos aí. O que que ela fazia? Ela tinha uma colherzinha, ela pegava a amostra do solo de Marte, jogava dentro dela e lá dentro essa rocha, esse pó, ele era aquecido, super aquecido, 800, 900º. Ele se vaporizava, esse gás passava por esses caninhos aí, passava em vários em vários instrumentos, vários equipamentos, porque se tivesse vida, você iria detectar. E aí, encontramos ou não encontramos vida? Que que vocês acham? Não sabemos. Esse aqui é o negócio, tá? Eu falo para vocês, o negócio de vida com Marte é um negócio muito estranho. Alguns equipamentos aqui não deram um resultado definitivo, alguns deram resultado positivo para a vida, porém eles acham que é uma vida que saiu daqui da Terra, nós contaminamos lá. E outros, e saiu artigo até o final do ano passado falando que sabe o que que a gente pode ter feito? Torrado a vida. Nessa de pegar a rocha e esquentar ela, a gente esquentou a vida junto e foi tudo embora. Por isso que não detectou. Então fica fica essa dúvida. E aí até hoje tem gente que publica artigo científico discutindo sobre os resultados da Viking. Encontrou ou não encontrou vida? A gente não sabe. Muito provavelmente é contaminação, porque os protocolos antigamente não eram essa cor. Hoje já não é assim tão na época então era menos ainda. Beleza. A Viking funcionou lá em Marte até 1982. Foto belíssima que ela fez do Monte Olimpos de novo aqui, determinou que a atmosfera marciana é basicamente CO2 e o resto é tudo elemento traço, tá? Mais de 95% da atmosfera é CO2, dióxido de carbono, tá? E ela funcionou lá em Marte até 1982. E aí o que que aconteceu com o planeta Vermelho? Aconteceu o seguinte. Encontramos vida? Não, definitivamente essas missões são caras para caramba. O que que foi decidido? Então, não vamos mais para Marte. Não vamos mais para Marte. Marte não tem interesse nenhum. Porque querendo ou não, você pegar essa imagem aqui para para quem é geólogo, tudo bem, mas para quem não é, voltar aqui rapidinho. Você pega isso aqui. Que que é isso aqui? Pode falar pedra. Você tá gastando bilhões de dólares para mandar uma coisa para lá para tirar foto de pedra. Essa é a visão. Tirando quem é geólogo, quer estudar e tal, para pro público em geral que pro contribuinte americano que mete dinheiro na NASA, a NASA tava tirando foto de pedra e sem resultado nenhum. Cadê a tal da vida, cara? Vocês prometeram pra gente que ia ter gente lá cavando túnel, que ia ter gente lá seguindo a água. Cadê? Vocês tiraram só pedra? É só pedra que vocês estão mostrando pra gente. Muito bem. Marta então entra num problemaço. Desde 1982. Pararam de mandar missões para Marte. Parou. Parou totalmente. Até que acontece. Lembra que eu falei que a história de Marte tem dois pontos de virada? Um é 1877 com os canaizinhos lá que provavelmente nem era canal. Lembra que foi um erro de observação? E o outro ponto de virada é aqui. 1996 é apresentado para o mundo. E para quem viu Fantástico aqui, isso passou no Fantástico. Alguém via Fantástico aqui na época via, né? Hoje ninguém mais, né? Eu tô fazendo essa pesquisa aí, ninguém mais vuo. Mas vamos lá. 1996 eles pegam esse meteorito, aquele meteorito caiu na Antártica chamado meteorito Allan Hills 84001. Quando mostraram isso aqui para todo mundo, o que que vocês estão vendo ali? Pode falar sem medo. Minhoca, um verme, um microorganismo. Acabou. Achamos a vida em Marte, porque esse meteorito é marxiano. Apresentaram isso aqui. Olha ali, cara. É vida ali, ó. Aquilo ali é um vermezinho que tá em Marte. É um microorganismo. Olha isso aqui. Ó lá ele coloridinho. Olha a quantidade deles ali, ó. Isso aqui, pessoal, 1996 foi o principal marco na história da exploração marciana. Por quê? Primeiro, isso virou um artigo científico. E segundo, alguém conhece esse cara que tá aqui? Esse cara que tá aqui, para quem não conhece, Bill Clinton, ele era presidente dos Estados Unidos em 1996. Ele estava viajando. Ele desceu de helicóptero, aquele helicóptero bonitão, na Casa Branca, nos jardins da Casa Branca. Foi lá e falou por 6 minutos sobre esse meteorito. Encontramos vida em Marte, vamos ter que voltar para Marte. Tem esse vídeo no YouTube. Depois quem quiser é só procurar Bill Clinton. Alan Hills é 84001. Tem o vídeo é 6 minutinhos. Ele desce, fala isso e vai embora. E vira para trás e vai embora. O que que aconteceu aqui, cara? O presidente já falou, então vamos voltar a explorar Marte. Lembra? Marte parou de ser explorado em 1982, quando a sonda morreu. Mandar sonda para lá a última vez foi 75. Então, a gente tá falando de 20 anos sem mandar nada para Marte. E graças a isso aqui, e o que que era isso aqui na verdade? Nada. Então, olha que interessante, né? As os dois grandes pontos de virada na exploração marciana nasceram de dois grandes erros. Um do canal que o cara havia e que não era canal, e do outro de um microorganismo que não era microorganismo, que na verdade isso aqui é rocha. Não tem nada de de vida nisso aqui. Só que esses dois pontos determinaram a exploração marciana. A gente só tá indo paraa Marte hoje por conta disso aqui, disso aqui. Senão a gente não teria mais nada disso. Aí os Estados Unidos começou. Vamos mandar então. Mandamos uma sonda em 1996. Olha a imagem que ela faz, ó. Caramba, achamos o tal do canal, cara. Olha que canal lindo aqui, ó. Entendeu? Tem canal em Marte. Quer dizer que Marte pode ter tido rio mesmo passando ali. E aí em 1997 vai acontecer um dos negócios mais sensacionais também. Aprendemos a chegar em Marte, aprendemos a orbitar Marte, pousar em Marte. Faltava ver se a gente conseguia andar com algum gipzinho lá. Em 1997 é mandada a missão. Ah, essa aqui, ó. Lembra? Lembra do do rosto? A câmera dela era muito melhor, né? Vamos passar ali em cima do rosto. Passou, não era nada, era uma montanha só. Nada de rosto. Quer dizer que cadê a vida de novo? Tá vendo? O lance da vida fica sempre indo e voltando. E aí em 97 a gente manda a Mars Pathfinder. Quem viu perdido em Marte aqui? Pô, pouca gente para caramba, meu. Aí, ó, vai anotando aí de lição para casa, hein? Vê Guerra dos Mundos, depois é perdido em Marte. Guerra dos Mundos. uma ficção, ficção perdido em Marte, o que a gente chama de uma hard sci-fi. O que que é hard sci-fi? É uma ficção científica que é muito presa com coisas reais mesmo. É muito bom o filme. Fica aí. O Mat Demon, ele pega esse esse esse negócio aqui para se comunicar com a terra e ele brinca com esse robozinho aqui chamado Sojour Journey. Por que que essa missão é interessante? Para quem não sabe, a internet ela não não é que ela surgiu, mas ela se popularizou mesmo ali por 1994. Essa aqui foi a primeira missão espacial que usou a internet para divulgar coisas. Até então a gente não sabia. Os Estados Unidos mandava coisas, a gente não ficava sabendo. Ou só quem transmitia de vez em quando ali transmitia um lançamento ou a explosão da challenge, coisa assim. Mas fora isso não tinha essa divulgação que tem hoje. Mas aqui teve em 97 o Sorou muito a internet para divulgar as coisas, tá? Ele, essa imagem aqui, ó, foi uma das primeiras imagens a viralizar a internet no mundo lá em 1997 por causa desse roverzinho. Esse rover ele foi muito importante porque ele mostrou pra gente que era possível andar com alguma coisa em Marte. Beleza? Mas o que que vai acontecer? Ir para Marte é muito complicado. Se você fizer uma conta pegando todas as missões que foram para Marte até hoje enviadas, só 40% deram certo. Quer dizer que se você tira cinco na escola e chegar pra NASA e falar que, ó, eu tiro minha média é cinco. Você é contratado para mandar coisa para Marte, porque aqui a média deles é quatro. Fica aí, ó, de dica aí, ó, para quem quiser usar com professor, entendeu? Fala: “Ah, você que tá me cobrando aí, ó”. Você sabe que para marcha o pessoal tirava quatro ia 60% das missões dão errado. 60%. A União Soviética, eu coloquei essa tabelinha aqui, ó, todas elas deram errado de algum jeito. Ou explodiram, ou nem saíram da Terra, ou ca andaram um pouquinho, depois morreram. A Europa também, isso aqui do lado é uma última missão europeia que se espatifou toda lá em Marte. E para Marte é muito, muito complicado. Por quê? Pra sua sonda sair da Terra, você tem que acelerar ela 40.000 km/h, mais ou menos, que é a velocidade de escape da Terra. Marte é muito pequeno. Quando você chega em Marte, você tem que ser capturado pela órbita marciana, que a gente chama pela gravidade marciana. A sua nave tem que ligar um motor no vácuo por muito tempo e esse motor tem que freiar a nave para ela poder entrar na órbita. Qual que é o grande problema? A gente não consegue testar motor a vácuo aqui na Terra. Então o que que o pessoal faz? Eles testam o motor a vácuo por segundos e mexe numa sonda. Chega lá, a sonda tem que funcionar por 10, 15 minutos. Muitas vezes explode o motor, muitas vezes não dá certo. Esse é o grande problema da engenharia espacial hoje. Engenharia aeroespacial hoje, é tentar achar um motor que eu consiga testar aqui o tempo que eu preciso dele lá fora. É muito complicado isso, muito. Mas às vezes acontecem coisa muito pior. Em 1999, a NASA mandou duas missões para Marte. uma chamada Mars Polarlander, que ia pousar no Polo de Marte, e a outra Mars Climate Orbiter. Nenhuma dessas missões deram certo. Por quê? A primeira aqui, quem é programador aí? Tem programador aí? Sempre tem, né? O programador simplesmente deletou a última linha do código da sonda. Só isso que ele fez. Ninguém sabe por ele errou. A última linha do código foi deletada. Na hora que a sonda foi pousar, ela não sabia onde que ela tava, tal, se arrebentou em Marte. Você acha que isso é ruim? Pior é a outra. A outra foi uma sonda feita em parceria dos Estados Unidos com a Europa. Estados Unidos usa aquela porcaria daquele sistema de medida dele lá, pés, milhas, aqu um monte de coisa. E a Europa usa metros, quilômetro, pá, pá, pá. Você tinha as duas equipes, sabe o que aconteceu? erraram a conversão de unidade. Só isso. Ali naquela figurinha, ó, o que era azul era o que era paraa sonda tá fazendo. Só que na verdade o que ela fez foi o vermelho. E ela se arrebentou também em marcha. Ninguém sabe o que aconteceu com ela. Na hora que foram ver tudo, viram que tinha um erro de conversão de unidade. Nós estamos falando da NASA. Os caras t bilhões de dólares. Eles não sabem converter de pés para metros. Não sabe isso aí. Qualquer um hoje sabe converter de pé para metro. Eles não sabiam. Isso aqui por muito pouco, os especialistas aí falam, por muito pouco não decretou o fim da NASA. Porque foi um erro tão grosseiro, tão grosseiro. Fala, cara, a gente não acredita que vocês tidos como os melhores engenheiros do mundo, não consegue fazer uma conversão. E o outro lá que apaga a última linha do código também. Tá maluco, né? Mas enfim, aconteceu de tudo já indo para Marte. O problema é que até chegar nesse resultado dessa conclusão, qual que era a conclusão? Por que que a sonda tinha sido perdida? Porque os marcianos tinham abatido as sondas. Essa era o que falavam. Ah, lá ó, Marte tem vida assim, ó. Ele não deixa chegar mais sonda lá. Estão abatendo as sondas, tal, não sei o quê. Isso foi até descobrirem o que tinha acontecido com as missões aí para Marte. Muito bem. Aí a NASA se recuperou e falou assim: “Bem, provavelmente vida hoje em Marte não vai ter, mas será que Marte teve vida no passado?” E aí eles sentaram e bolaram um plano que a gente usa até hoje. Até hoje é esse quadrinho que tá aqui. Esse plano se chama Follow the Water, seguir a água. Por quê? A vida, como a gente conhece, essa vida aqui, como a gente conhece, vida baseada em carbono, pá, pá, não sei o quê, ela precisa da água como o solvente ali para misturar as coisas. Então, tem que ter água para ter vida. Beleza? Será que Marte teve água no passado? a gente já não sabia, já era tudo tudo dúvida até então. Então eles montaram o plano chamado Follow the Water. Temos que encontrar as condições, entender se Marte teve no passado as condições paraa vida se desenvolver. A primeira delas é ter água. Beleza? Então eles começam, eles mandam para lá dois de novo, o spirit e o opportunity. Qual que era o objetivo deles? entender se tinha água ali no passado marciano. A missão original desses dois robozinhos aí era de 90 dias. 90 dias, 3 meses. Eles funcionaram, o Opportunity funcionou até 2018, tá? Vocês terem uma ideia. E o Spirit funcionou por 7 anos em Marte, mas a missão deles era de 90 dias. Muito bem. O Spirit vai lá, aqui é um desenhinho deles. Eles basicamente eram um painel solar e um equipamento, vários equipamentos chamados espectrômetro. O que que esse equipamento faz? Ele encosta na rocha e ele consegue determinar a composição química da rocha. Isso é bom por se eu pego uma argila, a argila só forma com água. Então, se eu peguei uma argila, eu vou saber se aquela argila foi formada numa água ácida, básica, etc. Então, basicamente era um robô, painel solar, câmera para ele poder andar e espectrômetro, que era esse equipamento aí. Muito bem. O Spirit foi lá, ele foi o primeiro a filmar os Dustils, que são aqueles redemoinhos de poeira. O pessoal já pensava que era marciano também. Já pensava que era marciano também. E ele foi, ele teve um, um fim um pouco trágico, mas antes do fim trágico dele, ele fez uma descoberta sensacional. Ele raspou o regolito. O regolito é o pó que cobre planetas, luas, etc. Ele raspou e ele viu isso aqui, ó. Gelo. Falou: “Opa, lembra do plano? Follow the water? Achamos gelo. Será que é gelo de água?” Ele comprovou. Era gelo de água. H2O. Água congelada a gente já achou. E bem rasinha ali. Era só raspar ali que tinha gelo na subsuperfície de Marte. Ponto pro plano lá de seguir a água. Muito bem. Mas ele morreu. Isso aqui, antes que alguém fale, não é uma foto dele lá, tá? Isso aqui é uma arte que foi feita. O que acontecia com esses hoers antigamente era o seguinte, quando ia chegar o inverno marciano, ele subia uma montanha dessas aqui, ficava lá em cima da montanha e se desligava, certo? Quando chegava a primavera, o sol batia no painel solar dele, esquentava ele, ele esquentava a bateria, voltava a vida e tudo bem. Quando o espírito foi subiu uma montanha dessa, esses ros uma rodinha muito pequenininha, ele atolou e ele não conseguiu subir. E aí ele atolou num vale. Aí ele morreu porque quando o sol nasceu já era tarde demais e acabou a bateria dele e ele não conseguiu voltar à vida, né? Como a gente diz. É engraçado, tá? A gente humaniza muito esses robôs aí, tá? Para quem segue essas missões, acaba sendo humanizada, não tem jeito. E o Spirit morreu, só que ele funcionou durante 7 anos em Marte. Tá ótimo, né? Beleza. Do outro lado tava o Opportunity. Aliás, o opportunity aqui, ó, terceira dica aí para vocês, hein? Então, ó, Guerra dos Mundos, perdida em Marte e na Prime Vídeo. Prime, paga nós aí, hein? Tô brincando, já pagaram. fiz um programa sobre isso aqui para eles. Tem um documentário muito legal chamado Good Night OP. OP era o nome carinhoso que o pessoal chamava Opportunity, porque [ __ ] nome, né? Ficar toda hora: “Ah, o opportunity não sei o quê” eles falavam o OP, o OP não sei o quê, o OP, não sei o quê. Good night op. É lindo o documentário porque eles tratam um robô como se fosse um ser humano mesmo, tá? E e esse Good night op foi o último comando que foi mandado para ele quando ele morreu. Foi: “Boa noite, durma em paz, pá pá pá”. Bonito para caramba. Fizeram um documentário. Vale muito a pena ver. Vejam porque é muito legal mesmo. O Opportunity, ele andou uma maratona em Marte, 42 km. Ale andou para caramba. Ele pousou lá na cratira Eagle, saiu andando por vários pontos e tal, morreu lá na cratira em Devor. A grande descoberta dele foi isso aqui, ó. Essas bolinhas que vocês estão vendo aí, a gente chama dos blueberries marcianos. Olha só que interessante. Aqui na Terra a gente vê rocha exatamente desse jeito. Aonde que a gente vê rocha? Assim, no fundo de rio. Porque o rio tá passando, correndo, a rocha vai rolando. Quando a rocha vai rolando no fundo do rio, ela vai ficando redondinha. Quando oun descobriu isso aqui, ele comprovou que Marte teve água no passado, porque essa rocha aqui, ela só se forma em fundo de rio. Ótimo. Só que qual que era o problema? Essa água não era boa pra vida, porque essa rocha aqui é uma rocha chamada hematita. Ela se forma na presença de água, só que é uma água ácida. É uma água ácida. Então, tudo bem, encontramos água, mas não era uma água boa pra vida. Beleza? Esse barranco aqui que vocês estão vendo, geólogo adora um barranco, viu? Já fica aí. Esse barranco aqui também tá mostrando uns negocinhos correndo ali. É tudo coisa formada por água. Ele comprovou finalmente que Marte teve água correndo ali no passado. Como eu já adiantei para vocês, ele chegou a descer perto de uma cratéria. Ele fez coisas sensacionais. Essa aqui é a última imagem que ele mandou, tá? Um hover que que era para funcionar 90 dias, foi terminar em 2018 a missão dele, né? Então é impressionante o que ele fez. E ele morreu, como eu falei, né, por conta disso aqui. Esses números que vocês estão vendo aqui são dias, 514 dias de trabalho, 516. E essa bolona aí que vocês estão vendo é o sol. Então, olha como que tava o sol. Dois dias depois, três dias depois, cadê o sol? E mais dois dias depois. Em 2018, Marte foi tomado por uma tempestade global de areia. Mar tem isso. Tomou o planeta inteiro, inteiro. Cobriu o planeta todo. Esse robô funciona com painel solar. Não tinha sol, não alimentava as baterias e ele acabou morrendo. E é isso que conta. E tá ali, né? O Good Night Shop foi a última mensagem que eles mandaram para ele para ele dormir lá. Então tem vários desses robozinhos lá. Um dia que a gente for para lá tem cheio de robô pra gente visitar, pelo menos isso. Mas o oportuno tá lá. Assistam um documentário que realmente é muito, muito legal, tá? Muito legal. E ele morreu então, mas ele descobriu que Marte teve água no passado. Não era uma água boa, mas teve água. Beleza. A NASA continuou mandando coisa para lá. A NASA sempre conseguiu. Dava errado. Eles eram criticados, mas eles mandavam outra. Manda outra. E foi assim, foi indo até hoje. É assim. Essa missão aqui, ela mandou a melhor câmera espacial que a gente tem até hoje. Olha o olha as imagens que elas fazem. fez, ó, ali é o opportunity na beira da cratira vitória. E aqui, ó, e aqui é o Perseverance descendo. Olha ali o para-quedas, ó. O para-quedas aqui, ó. E ela pousando. Na hora que foi pousar, ela tirou uma foto. A câmera dela é um negócio impressionante. As imagens que você pega dela são sensacionais. Inclusive essa aqui, ó. Vocês estão vendo esses risquinhos aqui? Então, é o seguinte. Todo mundo já ficou de frente para um barranco aí na vida? Não, já. Você já jogou água no barranco assim? Que que a água faz? Fica escuro. Depois que vai esquentando e tal, fica clarinho. Você jogar de novo, fiz escurinho, não é isso? Todo mundo já fez isso, né? Muito bem. Quando essa essa missão fez essa imagem aqui, olha o que que os caras viram. Tá vendo? Parece o barranco aqui da nossa casa. Parece que tem água escorrendo aqui, ó, pela cratera. E aí quando ela começou a filmar várias vezes, olha aqui, ó. Ó, fica escurinho, depois clareia, depois fica escurinho de novo, depois clareia. Caramba, será que a gente descobriu água na superfície de Marte? Isso seria uma das maiores descobertas da história da exploração espacial. Por quê? Marte tem dois problemas seríssimos, a baixíssima temperatura e a baixíssima pressão atmosférica. Se eu pingo uma gota de água na superfície de Marte, essa água não fica em estado líquido. Ela é evaporada imediatamente por conta dessas condições. Ué, como que eu tô vendo água aqui? Aí o pessoal, ah, pode ser uma água cheia de sal, porque se a água tiver muito sal, se for uma salmoura, ela perdura por um tempinho, sei lá, algumas horas, alguns minutos, coisa do tipo. E aí o pessoal falou: “Caramba, a gente pode ter feito uma das maiores descobertas de todos os tempos, água na superfície marciana. Só que Marte não é assim. Marte não é fácil com a gente. Qual que é o problema? Tá vendo que aqui em cima tá cheio de pedrinha? Isso aqui pode ser pedrinhas que rolaram pela pela cratera. Então a gente não sabe qual é o jeito de saber. Temos que ir lá. Tem que pôr um ser humano lá para poder investigar aquilo ali, ver se é água ou se é pedrinha rolando. É uma das grandes dúvidas que se tem em Marte hoje é essa aí. Muito bem. Mas a gente vê Marte desde o início no telescópio e a gente vê calota polar. Por que que não pousa uma sonda numa calota polar? Pousar uma missão em Marte, pessoal, ela é muito difícil, tá? Over mais avançado que a gente tem hoje, que é o Perseverance, ele não consegue andar num terreno que tenha mais que 30º de inclinação. Se tiver mais que 30º de inclinação, ele capota e acabou. Quando você vai escolher um local para pousar algo em Marte, é um tiro único que você tem. Então, são várias coisas são levadas em consideração, o objetivo científico e a parte de engenharia da missão. Então, pousar no polo é muito difícil. Pousar lá no labirinto noturno que eu mostrei é muito difícil. Por isso que a gente pousa em lugar que é mais plano, que não tem muita cratera, é mais chato. É, mas vai fazer. Nós somos, infelizmente, podados pela tecnologia. Tá? Infelizmente nós somos, não tem como. Essa missão aqui, ela pousou perto do polo chamada missão fênix. E ela fez o seguinte, ela cavou e na hora que ela usou uma pazinha, igual pazinha de de brincar na areia, quando ela tirou ali, ó, gelo. Então ela falou: “Caramba, então tem gelo, teve água no passado, teve tudo. Agora a gente precisa encontrar tal da água boa pra vida, porque essa nós ainda não encontramos”. Certo? Muito bem. Veio então o Hover Curiosity lá em 2012. O pouso dele foi emocionante. Aquele no começo, aquele vídeo no começo, pessoal comemorando. Por que que aquele pessoal comemora tanto no começo, né, quando pousa em Marte? Porque é muito difícil pousar em Marte. Por isso tem toda uma comemoração para o pessoal ficar emocionado por conta disso, tá? Curiosity, o pouso dele foi transmitido na Times Square quando ele pousou. Para vocês terem uma ideia, qual que era o objetivo dele, descobrir se Marte teve no passado as condições paraa vida poder existir. Muita gente na época pensou que o objetivo dele era encontrar vida, não era isso, tá? era descobrir se teve as condições. Muito bem, foi ele lá, pousou numa cratira aqui chamada cratira Gale, que tem uma montanha lá no meio. Ela é importante porque muito provavelmente ela é o o a voz de um rio. Um rio de zagou ali há muitos bilhões de anos atrás. Opa, legal. Se é um rio, pode ser água boa pra vida, como a água a gente quer, que a gente quer. Pousou lá, tudo perfeito, fez imagens sensacionais. Mas o que matou mesmo foi isso aqui, ó. Isso aqui, aqui nós estamos vendo um fundo de rio seco na terra, aonde a água é boa para a vida. É essa a imagem de cá. Tá vendo as rochinhas aqui, ó? As pedrinha. Essa aqui é em Marte, aonde Curiosos Pousou. Exatamente a mesma. Até o tamanho é igual. Quando ele analisou isso aqui, ele falou: “Essa rocha aqui, essa pedrinha aqui, é a mesma que a gente tem na Terra. Em trs meses de missão, ele matou a charada. Marte teve água boa para a vida. Então, Marte teve as condições para a vida existir. Olha que legal isso que começou lá atrás em 2012. Agora os caras têm uma confirmação dessa aí. Então, foi muito interessante o que ele fez. Outra coisa, ó, isso aqui é aqui na Terra e aqui é em Marte. Essas coisinhas brancas aqui só existem porque a água entrou no meio da pedra ali da rocha e criou aquele aqueles minerais. Então outra coisa que ele matou a pau confirmando que Marte teve as condições pra vida. E aí isso aqui é onde ele tá hoje, tá? Ele tá subindo lá, ele tá passando por várias coisas geológicas aqui, tá subindo aquela montanha lá no meio. Mas uma coisa legal do Curiosity é isso aqui. Ele descobriu que vaza de algum jeito metano. Quem sabe o que é metano aí? Hã? Gás do pum. Ganhou um Varginho. Muito bem. É isso mesmo. É o tal do pum. Vou jogar aí para você, ó. Pega aí. É o pum de vaca que a gente fala, né? É o metano, não é isso? Descobriram metano em Marte. Caramba, cara. Metano. Metano aqui quem produz é o qu? Bicho. Ué, como que a gente descobriu metano em Marte? Quer dizer que que tem vida em Marte. Então, não é isso? Basicamente tem bactéria, porque a bactéria ela decompõe as coisas e espere aquele metano. Caramba, descobrimos. Mas a vida não é assim tão fácil com a gente, não. Por quê? Porque o metano ele pode ser produzido geologicamente também. A radiação ultravioleta quando entra em contato com a rocha marciana, ela produz metano. Então, lembra que eu falei para vocês desde o início que o negócio de vida em Marte sempre deixa uma dúvida. Era o canal ou não era o rosto? Era feito ou não era? Eh, a Viking descobriu ou não descobriu vida? O metano, o metano é isso ou não é? Então, sempre deixa essa questão. O que que é o do metano? A gente não sabe. A gente tem que ir lá um dia para poder saber o que que é, tá? Mas é uma das grandes dúvidas que tem. Várias outras missões. Estudaram Marte. Essa aqui é uma missão da agência espacial europeia. Isso aqui é uma cratera cheia de neve, tá? Que tem lá. Essa aqui é a missão que descobriu que Marte perdeu boa parte da atmosfera dele, oxigênio inclusive. Essa aqui é uma missão que mapeou metano em Marte. Essa aqui é uma missão que estudou terremotos em Marte e descobriu água líquida a 20 km de profundidade. Excelente. Tá, mas o lance é que a gente tá querendo saber da vida. Caramba. E aí, teve, não teve? Que história é essa? Muito bem. Fizemos então finalmente o nosso Perseverance. Perseveran-se é o que tá lá hoje. E ele foi para lá com um objetivo. Qual o objetivo dele? Descobrir se Marte teve vida no passado. Esse é o objetivo do Perseverance, tá? Ele foi para lá, ele pousou nesse lugar aqui que é lindíssimo. Para quem é geólogo aí agora vai ter, nossa, vai ficar maluco. Aqui você tá vendo um rio. O rio vem correndo, ele quebra aqui a cratera e entra e forma esse leque aqui, ó. Tá vendo? Coisa linda. Por que que isso aqui é bom paraa vida? Porque se teve vida em Marte, a vida pode ter sido transportada pro Rio, igual acontece aqui na Terra. Você vai lá na fo do rio Amazonas e tira um um tanto de amostra lá, é cheio de vida, tá? Então vai, transportou aqui e jogou aqui para dentro. Essa corzinha roxa aqui é um tipo de rocha que a gente adora, quem é geólogo chama rocha carbonática, porque é uma rocha que pode ter vida preservada. Então o que que a gente fez? Vamos pousar esse cara aqui e ele vai andar aqui e ele vai comprovar pra gente se Marve ou não teve vida. Ó que simples. Mas Marte a gente já sabe que não é tão simples assim, né? Mas ele tá lá. Aqui é onde ele tá hoje. Ele é o primeiro, é o primeiro equipamento na história a ter pousado dentro de uma cratera e hoje ele saiu. Ele tá aqui na na borda da cratira. Faz imagens assim, são lindíssimos, tá? Mas até então é só fotografia de pedra. E esse cara aqui, ele custou 3 bilhões de dólares. Imagina a revolta que a galera não tem com esse robô aí, que só tira foto de pedra até hoje. Basicamente é isso que ele faz, tá? Mas enfim, ele foi lá e qual que é a ideia dele do satélite? Aquela imagem que eu mostrei toda colorida, tem um tipo de rocha ali que a gente chama ela aqui na terra de estromatólito. É uma rocha muito famosa, principalmente para nós brasileiros, porque você não sabe, mas a gasolina que você põe no seu carro hoje vem dessa rocha. O pressal brasileiro, ele é todo esse tipo de rocha chamado estromatólito. O que que é um estromatólito? Estromatólito são microrganismos que vão morrendo, vão sedimentando e quando eles deixam de existir, eles deixam um buraquinho na rocha. E aquele buraquinho ali, ele fica com uma proteína, ele fica com com elementos ali que comprovariam a vida, que é essa essa esse buraquinho aqui, ó. Isso aqui a gente tem na Terra, isso aqui é na Barramas, estromatório recente. E isso aqui é um estromatório antigo lá da Austrália. Tá vendo esses buraquinhos aqui? Tudo isso aqui foi microrganismo no passado. Qual que é a ideia? Chego com perseverancia lá, encostei nele, descobri isso aqui, teve vida. Aí não tem ambiguidade. Aí não vai ter dúvida mais, porque isso aqui não tem como ser formado de outro jeito, a não ser por microorganismo morto. Beleza? Ele descobriu isso já? Ainda não vai descobrir? Temos essa esperança, né? Não sabemos, né? Vamos ver o que que vai acontecer. Mas ele teve outras missões legais, o perseverance. A gente quer mandar o ser humano para lá um dia, certo? Como que nós vamos respirar em Marte? Vai ter que mandar todo oxigênio para lá. Caramba, Marte é CO2, cara. Se a gente pegar o CO2, quebrar ele, será que a gente não consegue produzir oxigênio? Então, o Persever levou esse equipamento aqui chamado Moxi, que é muito legal. Ele respira o ar marciano, faz uma coisa ali química, quebra o CO2 e produz oxigênio. Será que ele conseguiu? conseguiu. Lá ele produziu oxigênio. Quer dizer que se a gente mandar um grande produz muito oxigênio. A gente não precisa mandar daqui. Beleza? Muito bem. Outras coisas, ele levou um helicóptero para lá, um engenreuri. Legal para caramba. Lembra, ó, chegamos em Marte, orbitamos Marte, pousamos em Marte, andamos em Marte. Será que era possível voar em Marte? Esse carinha provou que era. Ele voou bastante em Marte. Ele acabou a missão dele agora faz um ano e meio atrás. Ele bateu numa duna lá, mas tudo bem. Era para ele fazer cinco voo, seis voo para caramba. Muito legal. Provou que é possível voar em Marte. Isso é muito legal, porque um dia a gente pode estar andando lá em Marte com um helicóptero, com um dronezinho aqui do lado, igual a gente, o pessoal anda aqui na terra, entendeu? E ele fez muita coisa, inclusive isso aqui, que aqui a gente pôr um grande ponto de interrogação nessa imagem que é o seguinte. Qual que é a ideia? Pego uma rocha, guardo ela num tubinho e eu mando uma missão para lá. A missão pega esse tubinho, mete num foguetinho e manda pra terra de volta. Chama-se missão de retorno de amostra. Tem um problema, se você lê aí as coisas que a NASA escreve, essa missão aqui custa em média 11 bilhões de dólares. E hoje ela está cancelada. Basicamente ela foi cancelada. E aí aquele problema, né? Os caras fizeram uma missão para fazer um negócio sem ter a outra missão pronta. Acontece nas melhores famílias isso, tá? Então tá aí. Vai, vai, vão buscar, vão trazer. Hoje, no dia de hoje, a gente não sabe, a NASA tá tentando iniciativa privada, várias empresas, a SpaceX, a Blue Orrige, Astrobotics, Intuitive Machines, tá, estão tentando fazer um pool de empresas para ir para lá tentar buscar essa amostra. você vai conseguir ou não, não sabemos, vamos ter que esperar, mas esse é um dos grandes objetivos aí do perseverano, que é onde ele está hoje, tá? Onde ele está hoje. Muito bem. De tudo que eu falei, só falta uma coisa que é quem ir para lá, o ser humano. Vamos lá. De onde que vem essa história do ser humano ir para Marte? Não é de agora. Isso aí não é coisa do Elomask, não, cara. Entendeu? Isso aí começa aqui, ó. Quem sabe quem são esses dois caras aqui? Pera aí. Quem sabe? Fala você. Wal Disney e o outro não. Tem que falar os dois. Quem vai falar os dois aí? A Disney Van Brown. Isso aí, ó. Vai ganhar um Vardinho. Toma. É o seguinte, esses dois caras aí, Werner Van Brown, Werner Van Brown, alemão, nazista, fez o foguete V2, que jogou na Inglaterra, ele foi lá ser resgatado pela missão Paper Clip, né? Para quem não sabe, no final da Segunda Guerra, os Estados Unidos foi lá com a missão Perpeclipe, trouxe esses caras, o Van Brown, que é o pai do programa Apolo, o pai da ida do homem pra Lua, o pai do foguete Saturno 5, o cara que mais manjava de talvez de astronáutica nos tempos mais modernos aí era esse cidadão. E do lado dele o Walt Disney, que tinha um sonho. Qual era o sonho do Walt Disney? Ir paraa Marte. Para quem não sabe, o Wal Disney era fissurado com esse negócio de para Marte, fissurado com isso. E ele uma vez encontrou com o Van Brown, eles fizeram um história, né, chamada Man in Space, tá? História famosa, mas eles chegaram a conversar, chegaram a desenhar naves, chegaram a fazer um monte de coisa para ir paraa Marte. Verbral tem uma história muito, sei lá se triste que a gente pode dizer, ele tinha o plano perfeito na cabeça dele de para Marte. O que que aconteceu? Quando o homem pisou na lua em 1969, a NASA tinha que decidir que rumo que ela ia tomar na vida dela. Ela tinha na mão dela um plano que era do Werner Van Brown, vamos para Marte. Esse era o plano que ele tinha. E do outro lado tinha o plano da Força Aérea Americana que era fazer o tal do ônibus espacial. A gente sabe que quem ganhou no final das contas foi o ônibus espacial. O Werner Van Brown se sentiu traído pelo governo americano por afinal de contas ele tinha feito os Estados Unidos ter ganhado a corrida espacial. Pô, por que que eles não, né? Aí tem toda uma questão política, lobby, pá, a gente ia ficar aqui 10 anos e não ia ter resposta para isso. Mas enfim, dizem as más línguas. Pouco tempo depois disso ele morreu. Ele morreu de desgosto, de depressão, por ele ter sido sentido traído pelo governo americano. Quem viu o Openheimer aqui? Alguém viu Oppenheimer? Boa. Oppenheimer também, né? Oppenheimer também sentiu traído depois e tal, tiraram a credencial dele porque ele tinha feito a bomba, toda aquela história. Então, parece que é uma história que se repete. E o Vambbral aconteceu isso com ele. Ele tinha todo o plano na cabeça dele, todo plano de pousar em Marte, de fazer os caras explorarem Marte. Olha que legal. Tudo, tudo era o plano do Vambra. Fica aí a dica para quem quiser continuar a história. Outra dica de série, Foral Mankind. Forkind na Apple TV, ela conta a história da exploração espacial com o soviético ganhando. Fica aí a dica para quem quiser, ó, fazer uma série de sucesso. Conte a história da exploração espacial. Se a NASA tivesse escolhido a ideia do Vambrau e não a do ônibus espacial, será que a gente já estaria em Marte uma hora dessas? Fica aí. Mas a questão é essa. Ir para Marte é um negócio que já vem o ser humano ir para Marte há muito tempo. Durante muitas e muitas décadas, tá? A ideia de uma grande empresa americana chamada Lockhe Martin, uma gigante do setor militar americano, é colocar uma estação espacial na órbita marciana e descer essa navezinha deles aqui, ó. Então, o cara vai lá, vive na estação, desce em Marte, volta, desce em Marte e volta. Mas eu sei que vocês querem ver é esses dois aqui. Esses dois aqui. Aí eu não vou porque aí é sacanagem, né? Vocês vão saber quem são. El Musker Vbral, um dos grandes ídolos da vida do Elon Musk. Quem é? Verbral. Tanto que lá na SpaceX, o principal auditório da SpaceX chama-se auditório Werner Van Brown. E olha o foguetinho atrás deles ali. Muito parecido, né? Qualquer semelhança, né? Mera coincidência. O foguete do Venu inspirou muito o Starship do El Musk. Muito bem, todo mundo sabe, né, que o El Musk tem essa fissura para ir paraa Marte. Durante muitos e muitos anos ele apresentava isso aqui. Isso aqui era a ideia da cidade dele. Aliás, durante muitos e muitos anos, a ideia dele era a terraformar Marte, né? Ele queria transformar Marte na Terra, colocar dois ímã gigantes, jogar bomba atômica em Marte, levantar o CO2, depois jogar ciano bactéria. A bactéria ia comer o CO2 e expulsar o O2 e daqui uns 3.000 anos Marte aparecer com a Terra. Essa era a ideia dele e foi durante muito tempo, tá? Ele apresentava isso em congressos do IAC, que é um congresso muito famoso que tem de astronáutica. Isso aqui é até da apresentação dele. Tô tirando da sua apresentação, Taon. Depois a gente convence. Mas isso aqui é da apresentação dele, tá? A ideia dele era construir essa cidade aí. E o plano dele, olha que legal, é o plano que tá hoje rolando. É um plano que ele tem muito antigo, que é pegar a Starship, joga a Starship no meio do caminho, ela é reabastecida, ela chega em Marte, pega o o CO2, mistura com a água, gera metano, joga metano dentro da nave e traz a nave de volta. Esse é o plano dele hoje. Muita gente pergunta assim: “Cara, por que ele fez a Starship é movida metano e não é movida LOX, né? Oxigênio líquido, hidrogênio líquido? Porque a ideia da Starship é ir para Marte e lá em Marte eu consigo produzir metano e jogar dentro da nave e trazer minha nave de volta, entendeu? Então tem toda essa essa coisa por trás dele. Esse é o plano que rola até hoje, tá? E aí ele ficou muito mais humilde, né? vamos dizer assim, ele quer fazer isso aqui, o cara pousar lá e tal, não sei o quê, desse jeito. E aí, será que isso vai acontecer? Tudo hoje está na mão deste cidadão aqui, ó. Para quem não sabe, esse carinha aqui, ó, esse aqui chama-se Jed Isaacman, bilionário americano que assumiu a NASA quinta-feira agora. Quinta-feira. Quinta-feira ele assumiu a NASA. Ele falou durante uma hora no Congresso americano, ele foi meio sabatinado, um cara muito bom, se esquivou muito bem das perguntas capiciosas dos cara lá. Perguntaram para ele, aí nós vamos paraa marcha ou paraa Lua? Ele falou: “A gente pode ir pros dois ao mesmo tempo, precisa escolher. Vamos pros dois ao mesmo tempo.” Sexta-feira, quinta-feira, esse cara assumiu a NASA. Sexta-feira foi anunciado que vai vir um documento da Casa Branca cortando em 20% o orçamento desse cara aqui. O orçamento da NASA que estava na casa dos 25 bilhões pro ano que vem vai para 20 bilhões de dólares. Sacanagem ter anunciado isso um dia depois do cara ter eu falo assim: “Cara, se deixa, se anuncia na quarta, acho que ele não assume na quinta não.” Mas enfim, hoje, o que que nós estamos vivendo hoje, pessoal? É essa essa grande questão aí, tá? Então esse cara hoje assumiu a NASA. Quando o Trump assumiu a presidência do Estados Unidos, colocou o Elon Musk ali, eles falaram que eles não querem ir pra Lua. O lance é ir paraa Marte. Paraa Lua é uma perda de tempo, mais ou menos perder tempo é uma distração. O lance é ir paraa Marte direto. Esse cara aqui, ele já foi mais politicão. Ele falou: “Cara, a gente pode ir pr os dois, entendeu? Não tem problema. a gente vai paraa Lua, vai paraa Marte ao mesmo tempo. A gente consegue fazer isso até que no dia seguinte cortam 20% da grana dele. Acho que hoje se perguntar para ele vai pensar diferente, mas ninguém perguntou. Mas muito bem, só para vocês terem uma ideia do que que tá acontecendo hoje, nesse instante, isso aqui é coisa de de agora, tá? De agora. Então, o o Musk deu uma entrevista há umas três semanas atrás lá da salinha dele na Casa Branca e o cara perguntou para ele: “E aí, quando que o ser humano vai paraa Marte? Ele falou o seguinte: “Seria muito legal que a gente fosse em 20 anos, mas é muito provável que a gente vai em 30. 30 anos coloca a gente em 205, né? Triste para caramba, né? Vou tá com mais 80 anos já. Sabe que eu tá fazendo live do cara pousando em Marte? Fiquei triste, mas é realista. Pelo menos é realista o que ele quis dizer, tá? É muito realista. Eu sempre apostei 2050, pode ser que aconteça. Outra coisa, ele anunciou essa semana que o ano que vem, lembra da oposição e tal, no final do ano que vem vai ser oposição de novo. Ele quer mandar o robô dele, o Optimus. Legal, porque naquela historinha toda que eu contei para vocês, seria uma sequência lógica, né? Mandamos um robô que anda, vamos mandar um robô humanoide agora, né? Para andar lá. Não vai ter problema com o ser humano. Se a nave explodir, mata o robô, não mata ser humano e vai. Então ele falou isso tudo essa semana, tá? Mandar o Optimus para lá. teve esse corte aí no orçamento da NASA, que eu já falei para vocês, o Jared assumindo e falando que ao mesmo tempo era para dar para ir pros dois pros dois lugares. Só que nesse cenário todo que eu falei aqui para vocês hoje, surgiu um novo uma nova personagem nessa parada que é a China. E ontem a China publicou lá na rede social deles, no Twitter deles, chama Webo, que ontem teve uma palestra na China, aonde os caras mostraram o plano de mandar astronautas para China, da China para Marte a bordo do longa marcha nove, que é o novo foguetão que eles estão lá fazendo. Então, a China já tem isso e agora que é a coisa mais legal de todas. Lembra de coletar a amostra em Marte? A China tem uma missão para coletar amostra. Já pensou? As amostras estão lá jogadas, não tão? Tem alguém lá vigiando? Imagina se o robozinho chinês chega lá, cata ali a amostra da NASA, mostra pra câmera assim, ó, guarda e vem embora. Ia ser sensacional. Só isso. Ia fechar assim, com chave de ouro a história de Marte, não ia? O, porque vamos fazer o quê? Tá lá a moça, tá jogada, meu amigo. Tá, achei. Achar não é roubar. Tava passando ali, eu tava passeando por Marte, como quem não quer nada, encontrei aquilo ali. Ah, vou pegar para mim. Achei. Será que eles podem? Ou será que os Estados Unidos não faz um acordo com a China? Fala assim: “China, você não quer ir lá buscar aquelas amostras para mim? Bem, 11 bi, eu te dou aí uns 3 4 bi, ajudo vocês, vocês vão lá e buscam para mim. E olha o momento que nós estamos vivendo, hein? E olha o momento que nós estamos vivendo. Então, todas essas coisas estão acontecendo agora. A China tá assumindo isso aí. A China já pousou um hover em Marte, chama Zurong, tem missão orbitando Marte. Ela quer coletar a amostra e ela deve fazer. Seria muito legal ela coletar a amostra da NASA. Eu ia achar isso aí. Só isso para fechar com chave de ouro toda essa história aí. Mas muito bem. Então era isso. E aí, né? Será que vai ser o nosso próximo destino ou não? A minha outra apresentação é: será que nós estamos sozinho no universo? Que a gente termina sem resposta também? Também não, né? Que que vocês acham? Nós vamos pra Marte direto, nós vamos pra Lua primeiro, vamos aprender e vamos pra Marte. Tudo tá na mão desses caras aí, porque é tudo muito caro, tudo precisa de muito dinheiro, muito iniciativa para fazer, um quer ir direto, o outro quer ir parar, então não sabemos. Mas todas essas dúvidas que a gente tem desde lá do começo da história de Marte só vai sanar o dia que a gente pousar lá. Beleza? Então era isso. Muito obrigado. Valeu demais. Salve salve amigos da Astronomia em todo mundo. Acabou aqui a primeira apresentação em São Paulo, Teatro Gazeta, sobre o planeta Marte. Foi muito legal agradecer a todo mundo que veio aqui. Lembrando, né, que essa apresentação fica marcada na história porque foi exatamente no dia que o Space Today fez 10 anos de existência. Olha que legal. Dia 13 de abril de 2015, eu postei o primeiro vídeo no canal. 3 de abril de 2025, fizemos a apresentação aqui. Então, agradecer a todo mundo, agradecer a todo mundo que apoia a gente também, agradecer a Master Cidadania que tá sempre com a gente aí. Vamos lá visitar os vulcões na Itália. Queremos vocês com a gente que vai ser demais. Agradecer a Giramundo, a Lilian que tá sempre ajudando, que sempre apoiando o pessoal aí, o Leles da Alameda Campinas que fortaleceu para caramba, Netão Bom bife que mandou aí comida pra gente, sanduichinho, uma delícia. Ele já teve com a gente em outras, então estamos junto aí. Valeu demais. Um grande abraço e nos vemos na próxima apresentação.

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