MELHORE a sua VIDA de ESTUDOS! – Elton Luiz – Caravelas Podcast #144
2Aí, obrigado. Boa tarde a todos. Sejam muito bem-vindos para mais um Caravelas Podcast. Hoje eu tenho o prazer de receber o Welton. Vamos falar sobre vida de estudos, rotinas e assuntos correlatos. Antes, porém, vamos aos patrocinadores, Morgantes e Metais. Você quer diversificar seus investimentos investindo prata e ouro? É uma excelente opção. Eu tenho minhas moedas de prata e por coincidência o Welton já é cliente. Eu tenho minhas coisinhas também. É, o Elton também tem já é cliente da Morgantes, só que isso aqui não foi combinado, ele foi surpresa mesmo. Ele já é cliente da Morgantes, ele também gosta da Morgantes, assim como eu. Então, tá aí, Morgantes, né, metais, um bom local para você diversificar os investimentos. Temos a nossa editora Caravelas. Eh, já lançamos aí títulos da Revolução Francesa, Guerra Fria, eh, Idade Média. Lançamos também sobre a história eclesiástica e teremos novidades no futuro também. Nossa escola Caravela são um título contra as mentiras marxistas, sempre com as inscrições abertas. Muito bem, Elton, né? Obrigado aí por ter vindo. Você veio aí junto com o Edmilson, né? Ah, eu que agradeço o convite. É um prazer tá aqui. Então, conta um pouco aí da sua história. Minha história, ela é relativamente simples. Eu tenho 31 anos, tenho três filhos. Samuel, a Cecília, Catarina, Catarina tá na barriga ainda da Milene, que é minha esposa. Eu sou formado em engenharia química, estudei, fiz 3 anos a minha graduação na França, 3 anos no Brasil, mas no fim das contas não quis seguir a área de engenharia. Em 2018 eu comecei a falar dos livros que eu lia na internet. Comecei a criar conteúdo só contando o que eu tava lendo. De lá para cá, eu cresci, as coisas aconteceram nas redes sociais, já tem mais de 100.000 inscritos no canal do YouTube, quase 400.000 seguidores no Instagram e hoje a minha empresa vive dos infoprodutos e prestação de serviço para quem constrói o seu negócio na internet. Então, nada muito fora do uma história de um cara comum que tá fazendo o seu negócio acontecer, a sua empresa crescer e tentando cuidar da família da melhor forma possível. Ó, se você é de Maringá e foi morar no Rio Grande do Sul. Eu sou de Maringá, no Paraná. Traiu o Paraná e foi se entregou aos gaúchos. Eu fui pro Rio Grande do Sul em 2021. Eu e minha esposa a gente queria morar numa cidade pequenininha. Maringá é uma cidade tem 450.000 habitantes, já é relativamente grande. É uma cidade muito boa de se morar. pesquisa, sai, pesquisa direta assim, ah, melhor, uma das melhores cidades do Brasil para morar, coisa e tal, é muito bem planejada, organizada. Mas a gente, quando eu conheci minha esposa, eu conheci ela em 2019 e ela ia paraa Escócia, ela foi fazer um ano de intercâmbio na Escócia numa instituição de caridade. E aí eu na, para não deixar a mulher ir embora, eu fui atrás dela, fui parar na Itália tentando ficar mais perto dela para ver ela. E lá na Itália eu morei numa cidadezinha de 600 habitantes. 600. Primeiro eu morei numa cidade de 1800, chama Volturino, que fica na Pulha. Depois eu me mudei, no calcanhar da bota. Lá no calcanhar da bota. Depois eu me mudei para uma cidade chamada Roca Mandolf. Essa fica na província de Molize. É a menor menor região é província de Zérnia, que é uma cidade na região de Molize, que é a menor região da Itália, bem no meio ali. E lá tinha 600 habitantes. Nossa, bem pequenin. E aí eu gostei, cara, aí que tá. Aí eu gostei daquele negócio. Fiquei lá 9 meses e a minha esposa foi nessa instituição de caridade, só que era 2020. Então, teve pandemia, teve lockdown, eu fiquei preso com 600 senhores de idade, só tinha idosos e ela ficou presa instituição de caridade com 40 pessoas. Então, quando a gente voltou pro Brasil, a gente voltou assim: “Nossa, é bom morar num lugar tranquilo, silencioso, pouca gente”. A gente ficou com essa coisa na cabeça. E em 2021 apareceu a oportunidade de morar no Rio Grande do Sul, cidadezinhas pequenininhas, cidades de 20.000 habitantes. Você mora em qual cidade? Hoje eu moro em Ivoti. Eu morava numa cidade chamada Morro Reuter, que tinha 6.000 habitantes ano passado, ano retrasado. E aí a gente gostou daquele ambiente de pouca gente, tudo bem tranquilo e acabamos ficando por lá. E aí foi, agora já tomo chimarrão, meus filhos são tudo gaúcho. Então é que o povo fala que os paranaenses não tem muita muita história ali, né? A gente não aprende muita coisa. Agora o povo gaúcho já é muito mais ligado na sua, é bem bairrista, cara. Mas a gente gosta muito de lá, é um bom lugar para Eu também gosto muito do Rio Grande do Sul, muito bom para passear e tal, deve ser muito bom para morar também. E como é que você conseguiu eh como é que você conseguiu, como é que você partiu para essa coisa de estudo em relação à rotina, eh, como estudar? Vamos, vou tentar começar do dos primórdios, assim, eu falo, minha mãe, ela fala que eu leio desde os dois anos de idade. Eu acho que ela tá com memória meio, meu filho tem três anos. Fala: “Não é possível que eu lia desde os dois anos de idade, não. É meio meio cedo, mas desde que eu comecei a ler, a minha tia comprava livro para mim. Tinha aqueles vendedor de porta em porta, não sei se tem muito desses caras hoje. Vendia três livros por R$ 10. Eu me lembro de vendia muita e enciclopédia. enciclopédia, mas antes da a enciclopédia era muito cara pra minha família, então ficava só nos livrinhos. E antes das das enciclopédias ainda tinham esses livrinhos, depois tinha revista Recreio, os caras vendiam revista, tinha toda revista Recreio. E a minha tia me dava esses livrinhos aí, cara, praticamente toda semana. Minha tia me mostrou uma foto, ela e minha mãe iam buscar livro no lixão, porque minha avó não tinha como dar livro para eles. Meus avós vieram, meu bisavô veio fugir da Itália, toda aquela coisa. E e aí minha tia sempre me incentivou a ler, minha mãe também. Então, desde pequenininho eu adoro ler livro. Eu leio livro, cara, que não acaba mais assim. E em 2016, se eu não me engano, eu comecei a fazer terapia e eu falava pra minha psicóloga dos livros que eu lia. Eu ia lá, contava de um livro aqui, do outro livro ali. Daí a pouco ela começou a comprar uns livros e ela falou, ela que me deu a ideia. Ela falou: “Cara, por que que você não grava vídeo falando dos livros?” E aí eu, pô, legal, eu acho que eu vou fazer isso. Eu comecei a gravar os vídeos e quando eu comecei a gravar os vídeos, eu comecei a me relembrar de muita coisa que eu fazia na escola. Eu era um, eu era um bom aluno, eu gostava de estudar. Eu ia para casa, eu gravava aula de história. Vocês estavam falando de história aqui antes. Eu gravava, fazia resumo da aula, gravava, eu mesmo lendo meu resumo no gravador, dormia ouvindo para depois lembrar na hora da prova. Eu colava papel de química orgânica nas paredes em casa. Ah, você era então estudioso. Eu gostava, sempre gostei de estudar, sempre fui meio nerd da sala assim. E isso me fez sempre ficar muito ligado a essa coisa de estudar, de organizar os estudos. para fazer vestibular. E eu fiz uma planilhinha assim, planilhinha no papel, folha sulfite, cada dia da semana, o horário, o que que eu estudava, porque eu gostava de jogar basquete, jogava futebol, tinha um monte de coisa que eu fazia, então tinha que ficar bem organizadinho para dar conta e deu certo. Então quando eu comecei a gravar vídeo, eu queria só falar dos livros que eu li. Eu nem queria falar, eu nem tinha intenção de ficar explicando como estudar ou como que organizava o dia para isso, nada do tipo. Só que os meus amigos começaram a me perguntar. Eu lembro que uma vez eu fui numa formatura e um cara me chamou: “Ô, Elton, cara, você lembra? A gente jogava basquete quando era mais novo?” E o cara, pô, o cara 2 m de altura. Eu eu parei no no na altura aqui e aí ele falou: “Cara, comprei aquele livro que você leu, coisa que você indicou num vídeo, mas pô, conta aí como é que como é que você lembra das coisas.” E assim os meus amigos começaram a me perguntar e as pessoas começaram a perguntar também na internet: “Ah, como é que lê? Como é que organiza? Como é que lembra do que estudou? como que eu explico para as pessoas as coisas. E aí nisso eu fui organizando aquilo que eu já praticava muito tempo. Fui tentando dar uma espécie de metodologia para essa coisa toda de estudar, de conseguir memorizar e por aí vai. Você partiu para um ponto de sistematizar, né? Tudo tentei sistematizar, comprei bastante livro, principalmente editora Kirion, tem bastante desses livrinhos onde os caras sistematizam bastante coisa, trabalho intelectual, vida intelectual. E como é que é, qual que é a sua visão? Como é que uma pessoa faz para ter uma rotina de estudo? Eu acho que tudo começa. Eu diria que o melhor jeito de uma pessoa comum começar é por um problema que ela enxerga na vida dela. Cara, qual problema que eu tenho para resolver? Ou que assunto eu gostaria de aprender? Eu diria que a gente começa por uma pergunta assim, ó. E existe uma técnica simples que é o mapa da ignorância, de você fazer um mapa com todas as perguntas que você tem sobre a vida. Acho que é o jeito mais simples de explicar isso. E você vai sistematizando essas perguntas, eu diria que a pergunta que mais chama atenção pode tende a ser um bom ponto de partida. Eu vejo pelos alunos aí, conforme eu fui conversando nos anos. Por quê? Porque quando o assunto te interessa, você tende a se aplicar mais. Então, faz essa, acho que vamos tentar organizar assim. Passo um, qual a pergunta que mais tá me chamando atenção? Qual a maior dúvida que eu tenho? É o dire que um passo dois é, eu vou investigar, vou procurar pesquisar YouTube, Google, Instagram e influencer, professor, quem são os principais pensadores desse tema? Vamos pegar um tema, sei lá, eu quero estudar filosofia, vamos pegar um tema bem amplo, né? Ah, quais são os principais pensadores? São tão muitos ao longo da história, mas vamos dizer que começa lá com Platão, Aristóteles, Santo Agostinho, Santo Tomás. E aí você faz essa organização desses primeiros autores e depois você vai pegar os materiais de cada um deles. E eu diria que para começar o livro é melhor não começar por uma lista pronta, é melhor você tentar pegar o que mais te chama atenção. Acho que eu diria assim, o começo do estudo tem que te chamar atenção, porque se te prende para você te para você ficar animado, você se anima, você se motiva. Então pega esses autores, pega os livros deles. Hoje você vai na Amazon, por exemplo, tem amostra grátis de todos os livros praticamente você consegue ler um pouquinho e aí você já acho que eu vou começar por esse daqui. Eu diria que esse é o ponto de partida para começar a organizar, vamos deixar assim, organizar a temática em primeiro lugar. Daí a gente parte para um segundo ponto. Vamos organizar a o local. Beleza, tem a temática aqui, tem os livros. Mas e agora? Que que eu faço? Acho que a gente pode olhar de várias formas. Vou fazer forma número um, que é a que eu pratico mais. Eu tenho um livro em cada cômodo da minha casa. Eu tenho lapiseira em cada cômoda. Eu tenho uma amiga minha que olhou ontem e falou assim: “Ó, você tem quant a minha lapiseira ficou lá no meu livro. Quantas lapiseiras você tem dessa daí?” Que ela já viu um monte, né? Eu falei: “Cara, eu tenho várias. Eu vou deixando uma em cada canto para eu não perder”. Então eu tento deixar o livro meio perto de onde eu sei que eu vou est mais tempo para ler. Eu tenho filho pequeno, rotina é apertado, tem trabalho. Então eu tenho lá os livros que eu quero ler que ficam na minha mesa do escritório, que é onde eu leio de manhã. Aí eu tenho os livros do lado da minha cama que é onde eu leio hoje. E aí tem dá para deixar um livro no banheiro que tem o pessoal que lê no banheiro. Então é olha os lugares que você sabe que você tem mais propensão a ler e você deixa uns livros meio estratégicos assim. Eu não acho que vale a pena pra maioria das pessoas ler um monte de livro ao mesmo tempo. Então, às vezes você vai carregar o livro para lá e para cá. Mas acho que essa forma de pensar sobre o local já é um bom começo. Então, talvez a gente possa até dar umas dicas super simples, né? Local tem que ter que ser um ambiente que te deixa à vontade para ler, que te faz querer ler. Eu cons biblioteca lá em casa tá tá avançando. Já estamos com uns 2000 livros lá. Não pode ter barulho, não pode ter criança berrando. Eu já tenho uma luzinha mais baixa na mesa que é mais gostoso, o ambiente fica mais íntimo, um monte de livro em volta, já dá mais vontade de ler. Então acho que essa regra básica de um lugar organizado que você pode ficar tranquilo é meio padrão assim pra gente indicar. Mas a gente tem então organizar o tema, organizar o lucar e a gente tem talvez o exercício mais difícil que é organizar o tempo, porque a gente tem o dia muito corrido, muita coisa para fazer. Eu percebi ensinando as pessoas, eu não tinha, eu não fazia isso no começo, mas conforme eu fui ensinando o pessoal, eu percebi que vale a pena começar testando da forma mais simples que existe. Você vai testar nos três períodos do dia, de manhã, de tarde e de noite, para você descobrir onde que você tá melhor. Tua cabeça tá melhor para ler, onde que tá rendendo mais. E pode ser super simples, 15 minutinhos. Vou sentar 15 minutos de manhã num horário que dá, ou antes de trabalhar ou ali depois um pouquinho antes do almoço, talvez. Vou sentar 15 minutos à tarde, 15 minutos à noite. Eu falo, se você fizer isso por uma, duas, três semanas, você já começa a identificar onde que você se dá melhor com isso daí. E o negócio é ser fiel no pouco. Quem é fiel no pouco é fiel no muito. Então, começa com bem pouquinho, 15 minutos. A gente tem hoje em dia uma capacidade de atenção que tá cada vez mais limitada. É mexendo Instagram, multitarefa e vai reals para Cat. WhatsApp pipocando notificação. Muito barulhenta. Inclusive tem um, esses dias eu li aquele livro a sociedade do cansaço e ele fala uma coisa que eu falei: “Nossa, isso aqui é muito interessante, tem um certo sentido que a multitarefa ela deixa a gente num estado mais selvagem”. fala assim, ó, multitarefa, que que fazia um um selvagem? Que ele vai lá, um, vamos dizer, um homem primitivo, e lá pegava um coelho no meio da floresta. Aí ele tá comendo o coelho, só que ele tem que ficar atento ao redor dele inteiro, por chegar uma onça e pegar ele. Então isso é multitarefa. é você tá atento a um monte de coisas ao mesmo tempo porque você não sabe o que pode acontecer e o teu estado de estresse fica elevado. Então, a multitarefa, eu tentar fazer um monte de coisa ao mesmo tempo, ela é um estado um pouco mais primitivo de como a gente fica, um pouco mais selvagem, a gente fica menos humano. Cara, engraçado que eu percebo isso quando eu tô nessas fases muito agitadas, tem que ficar respondendo um monte de gente, fazendo um monte de coisa. Eu fico mais estressado com meus filhos, eu perco a paciência mais rápido com a minha esposa, a minha casa fica mais bagunçada. Agora, quando eu vou para esses períodos em que eu consigo passar mais tempo lendo, mais tempo em silêncio, mais tempo meditando, mais tempo e é o meditando do Hugo de São Víor, né? A meditação oriental de ficar lá sentada, meditando no assunto que eu quero, que eu quero aprender, eu percebo que as coisas acalmam, eu consigo levar a vida de uma forma mais leve. Então eu acho que como a gente tá nessa nesse spam de atenção muito baixo, assim, a gente tá o tempo inteiro com muitos muitas eh informações aparecendo, a gente pode começar com 15 minutinhos em cada período para ir se readaptando a essa história de ler livros. Porque eu falo, né? Você pega o celular colorido, chamando atenção, um monte de movimento. Aí você abre o livro, página amarela, letra preta, não tem uma imagem, não sei, zero, nada tá te puxando para aquilo ali. Então você vai ter que ou aprender ou reaprender a se envolver com aquele negócio. E aí eu poderia dizer e engatar de uma certa forma se para você descobrir o que estudar, você faz pergunta pro livro é a mesma coisa. Se eu tô com um livro na mão, a primeira coisa que eu faço é pergunta. Eu gosto de pensar que a leitura é um diálogo. Eu tô, eu entrei numa conversa, vou pegar um livro teu ali, Guerra Fria. Eu tô entrando num diálogo. A diferença desse dia aqui nós estamos conversando. Então, aqui é muito bom. Se eu quiser te perguntar algo, tu me responde na hora. No livro não dá. Ou eu encontro a resposta ali, ou aquela dúvida vai permanecer e eu vou ter que encontrar em outro lugar. Mas apesar de ser uma conversa com o professor ausente, porque o professor não tá ali, é ainda assim um diálogo. Então eu coloco perguntas. É muito simples fazer pergunta pro livro. Você pode começar pela capa: O que foi a Guerra Fria. E depois você pode ir pro sumário, pro índice do livro. Cada capítulo já pode te gerar uma pergunta. Você começa a fazer pergunta. Eu acho que o primeira coisa, o objetivo da primeira leitura de abrir um livro é entender como o autor pensa. É um diálogo que eu quero te entender. Eu não quero te criticar. Eu não quero saber se tá falando a verdade ou mentira. Primeiro eu preciso entender o que você tá falando. Entendi o que você tá falando. Aí eu posso partir para esse próximo ponto. É verdade? É mentira? Concordo. Autor tá querendo me enrolar? Não tá. Esse é um segundo ponto aí. E aí eu me lembro de Maquavel, né? Maquiavel. Ele fala verdade ou mentira? No livro del você vê que tem livros que são mais dúbios assim, você casmurro, será que o Bentinho tá falando a verdade ou mentira? Até na literatura dá pra gente fazer isso. Mas primeiro passo, eu acho que é entender o que o autor tá dizendo, colocar a pergunta, dialogar com ele. Diria que acho que isso dá um primeiro panorama pra gente começar a organizar os estudos. Acredito que aí a gente já tem uma primeira organização, certo? E qual o melhor método de estudo? Ah, eu ou ou melhor é ter um método. Vamos lá. Acho que existem métodos e métodos. Em 2020, eu li um livro chamado Ultraaprendizado. Um nome, nome bonito, né? Um negócio aprender rápido. É, mas eu acredito que a forma como ele organiza aquilo ali ficou muito bom. Então o Scott, o cara que escreveu ultraaprendizado, ele faz, ele apresenta nove princípios do ultraaprendizado. Mas eu diria que a gente poderia resumir da seguinte forma, ele começa montando um projeto de estudos. Então ele pega um tema ou uma habilidade que ele quer desenvolver. A gente pode pensar das duas formas. Eu posso ou estudar um tema teórico, ah, vou estudar a história da idade média, ou eu vou pensar numa habilidade. Eu quero aprender a programar. Programar. Então eu monto um projeto de estudos, aí eu volto naquilo que eu falei, como é que se monta um projeto? Estabeleço as fontes, ou seja, as pessoas que eu vou vir e os materiais. A partir disso, que que eu penso? Você pode fazer uma programação. Eu tenho a programação mais simples que você pode imaginar na vida. Eu tenho um horário fixo para estudar todo dia e toda semana eu reviso esse horário. Toda semana eu sento lá de novo e falo: “Tá, esse horário tá funcionando, eu tô conseguindo estudar esse tanto de tempo?” E aí isso é a, vamos dizer assim, a metodologia macro, eu fazer um projeto com um objetivo específico. Pode ter tempo, pode não ter tempo. Então, por exemplo, vamos supor que eu compre um curso, tá? O curso tem uma carga horária de 6 meses. Esse é o material. Então, eu já tenho uma deadline, eu tenho seis meses para estudar isso aqui, mas se eu não compro um curso e faço por conta própria, eu decido quando acaba. Então eu acho que isso organiza essa parte macro da coisa. Quando a gente pensa na parte, vamos dizer assim, micro, eu acho que a gente pode olhar para duas ferramentas. Eu vou tentar organizar da seguinte forma, né? Nós vamos falar de mapa da ignorância e nós vamos falar de origem das ideias. E daí eu vou olhar um pouco pro lado para Hugo de São Víor. Vamos tentar fazer dessa forma para ver se fica um pouco didático. O mapa da ignorância eu já falei a lista das perguntas que eu tenho. E conforme eu vou estudando um assunto eu vou descobrindo mais perguntas. Então eu vou eu vou ressistematizando aquela lista ali que eu tinha feito em primeiro lugar. O toda semana eu reviso aquilo ali. A origem das ideias é eu sempre me perguntar de onde saiu aquilo. Começa pela origem da minha ideia. De onde eu tirei essa ideia? Mas eu também consigo fazer isso com o livro, porque vai lá o cara e fala tal coisa no livro. Muitos citam a fonte, então eu volto na fonte e a fonte vira um novo material. E eu posso ir retrocedendo assim até chegar no primeiro ponto daquela ideia. Ou eu posso ir até onde eu tô satisfeito. Ah, tá bom. Esse cara aqui pegou daqui, mas até aqui tá bom para mim. Desde que eu saiba que é assim. Acho que isso é o importante, é sempre eu conseguir deixar claro de onde eu tô tirando aquela informação. Eu tenho essas duas coisas. Então isso me ajuda a ir mapeando o meu estudo. Por exemplo, eu fui estudar, querer estudar filosofia. Eu fui pegar a história da filosofia e a primeira coisa que eu fiz foi tentar montar uma linha do tempo. Vamos ver. Vamos começar a montar uma linha do tempo de um depois do outro. Quem que vem aqui, quem que aprendeu com quem? Quem é contemporâneo de quem? Dá para ir longe nessa brincadeira, né? Nem todo o tema precisa dessa, desse detalhamento, mas eu acho que assim já é um bom começo. Então, o mapa da ignorância e origem das ideias. Esse é um, a gente desceu de um bem macro, vamos dizer assim, para um intermediário e daí eu vou olhar para uma espécie de metodologia da leitura ou do estudo em si. Vou pegar o opúsculo sobre o modo de aprender e meditar do Hugo de São Víor e depois vou pegar o como ler livros do Mortim Merader. Acho que ali tem dois clássicos, né? Tem dois métodos que eles tm uma espécie que dá para fazer uma um pouco de uma união ali, né? O Gson Vittor, ele fala que é um processo, o processo é basicamente tripartido. Você vai ler, você vai meditar e você vai contemplar o que você meditou. Então a gente poderia dizer que ler é adquirir a informação. Vamos resumir dessa forma. Acho que quem quiser se aprofundar tem que ler o opúsculo. É um opúsculo, é um livretinho, então é rápido de ler. Ler é adquirir a informação. Então eu posso, por exemplo, ler um livro, mas eu também posso ler o ambiente, eu posso ler as coisas. Ele usava também nesse sentido o termo. Vamos ficar no livro aqui que senão a gente pode aumentar muito a complexidade. Adquirir informação, eu tenho que, em segundo lugar, meditar em cima dela. Então, o Woodson Víor fala que meditar é eu ficar, vamos dizer assim, é como se eu girasse em volta do mesmo ponto. Acho que isso é uma coisa que a gente, eu não me lembro de ter aprendido isso na escola. Eu não sei se isso é ensinado hoje em dia, que é a parte de eu li aquilo, agora eu vou ficar pensando naquilo até eu extrair tudo que dá para extrair daquela forma. Meditar sobre o assunto. Isso aí ninguém comenta, acho que ninguém comenta muito. A gente pode pensar da seguinte forma. A linguagem ela tem ela é como se fosse um triângulo. Eu tenho o signo que é a palavra. Todo. Então vamos dizer o signo é xícara. A palavra ela tem um conceito, ela se refere a um conceito. Quando eu falo xícara, você consegue me entender. Qualquer um vai me entender aqui, porque todo mundo construiu o conceito de xícara. E toda e esse esse conceito ele tem inúmeros referentes na vida real. Então, por exemplo, esta xícara em específico é um referente de xícara. Então, eu tenho o signo, que é a palavra, eu tenho o conceito, e eu tenho o referente. Vamos dizer que a gente pode olhar paraa meditação dessa forma. Eu li uma coisa num livro, a meditar é eu fazer o caminho do conceito para o referente. Então tá, eu li isso aqui, deixa eu tentar encontrar isso na realidade ou encontrar analogias disso na minha vida ou tentar encontrar experiências que me demonstrem isso que eu acabei de ler. Acho que esse é um bom começo de um processo para você refletir sobre algo que você aprendeu, que aí você sai do lado abstrato da coisa, do conceitual, e você desce para um lado mais concreto. Conforme você faz isso, o objetivo é você contemplar a coisa. É como se, vamos dizer assim, deixa eu tentar fazer de forma bem básica. Vou, eu começo a aprender o que é uma xícara. Aí, pô, a xícara é um é um recipiente que você usa para colocar um líquido, que você vai vertero para pra sua boca, ela tem uma alça, coisa e tal. Aí eu vejo várias imagens de xícaras. A hora que o conceito fica claro na minha cabeça, eu contemplei. Então, agora eu sei o que é uma xícara. Toda vez que eu vê uma xícara, eu sei que é porque o conceito ficou claro. Então, contemplar é estar no centro do templo. Então, vem da ideia de que os esses templos, isso eu aprendi com o pessoal do Instituto de São Vítor, inclusive os templos antigamente, esses templos ao qual ele se referem na contemplação, quando você estava no centro dele, você conseguia enxergar tudo que tem no templo. Ah, tá. Então, o contemplar é eu me colocar no centro do templo, onde eu enxergo tudo. Então, isso é o que acontece. O objetivo do estudo, vamos dizer, é esse. Eu leio, eu medito e aí eu contemplo a coisa. Aí eu posso dizer, eu aprendi por que que eu coloquei isso primeiro antes de ir pro Adler, porque eu acho que isso nos ajuda a perceber o nosso próprio conhecimento, até onde eu consegui chegar. A gente hoje tá habituado só a ler e ler muito rápido e ainda querer ler rápido. Não, eu tenho que ler muitos livros porque tem muitos livros. O pessoal assim, ó, quantos livros você lê por mês, por ano, por semana? Virou um negócio de contar. Vamos ver quem lê mais, né? Leitura dinâmica. Vamos ler rapidão. Não, calma. O mais importante é contemplar a coisa. Beleza? Colocado isso, vou pro método do Adler, que eu acho que ele é um método prático, fácil da gente conseguir executar. Vamos lá. O Adler, ele diz que a gente tem quatro níveis de leitura. Não vem ao caso citar um por um, mas eu vou citar os três que mais nos interessam. Ele diz que a gente faz primeiro uma leitura inspecional do livro. Então você é uma espécie de detetive. Tu vai inspecionar um livro rapidamente para tirar algumas conclusões ali. A ideia da leitura inspecional é muito simples. Eu diria que é responder uma pergunta só. Vale a pena ler este livro neste momento? Exatamente. Isso é o que todo mundo tem que fazer. Essa é a primeira que vocês t fazer. Isso é obrigatório. É a primeira pergunta que se faz para um livro. Tá na hora de ler esse livro. Às vezes não vale a pena ler nunca. Você vê, faz uma leitura inspecional falando: “Isso aqui é porcaria, deixa para lá”. Agora vale a pena. Vou ler, mas não é agora. Vou ler, mas não é agora. Às vezes eu pego um livro lá, sei lá, eu peguei lá éticao, daí eu faço uma leiturinha especial, f, calma, não entendo um um décimo das coisas que ele tá falando aqui. Deixa eu tentar ir para uma prévia antes, por exemplo. Então, a leitura inspecional, ela tem um tempo demarcado e você vai, não é o objetivo ler o livro, você é o objetivo só responder essa pergunta. Então você vai foliar o livro, vai para um capítulo que você quer, ler o sumário, ler a sinopse que tem na contracapa e por aí vai. Eu faço assim, ó, o que todo mundo faz, fazia, né? Antigamente quando tinha livraria física, né? Chegava na livraria física e tu lá preciso ver, ah, esse aqui não gostei. Vai lá ficar em dúvida entre dois, três, se não tá com o dinheiro tá apertado, leva um som. É assim, a famosa coisa você vai na livraria, a triagem, triagem. É o básico. Esse é o básico. Isso é leitura inspecional. Então não bota um tempo, cara. 15 minutinhos ali no livro você já decide. Aí você passa pro segundo ponto que é a leitura analítica. Leitura analítica é a leitura em si do livro. Você vai ler o livro do começo ao fim e você vai responder perguntas. Por isso que aprender a responder perguntas. Isso é aprender o tempo inteiro. Isso. Daí eu eu diria que as perguntas básicas que você quer responder é: o que é este livro no todo? Ou seja, qual que é a ideia principal de um livro? Às vezes é óbvio, às vezes não. Não, não. E às vezes pode ter até mais de uma ideia, né? Isso. Exatamente. E aí, uma vez que você viu o cenário todo, você quer saber quais são as partes dessa ideia. Então, você quer organizar aquilo que foi ensinado. Eu gosto de fazer uma analogia do tipo, um livro é como se você tivesse vendo uma casa. Olhar a ideia toda, eu olho a casa de fora. Ah, é uma casa branca, tem dois andares, oito janelas, três portas. As partes do livro, eu entro na casa, pô, tem três banheiros, o banheiro é mais ou menos assim, tem uma sala, tem uma sala de jantar, tem uma cozinha e eu posso descer em detalhamento nisso daí até onde eu quiser. Tem livro que permite um detalhamento maior, tem livro que não. Então eu leio lá, sei lá, ah, o opúsculo sobre modo de aprender, que é um livro pequenininho. Bom, qual é o todo? O modo de aprender e meditar. Quais são as partes? Você vão tem em três partes. Ele vai falar sobre a leitura, vai falar sobre a meditação, vai falar sobre a contemplação. Eu posso descer ainda. Aí vai falar na leitura existem vários tipos de leitura. Na meditação existem vários tipos, é, várias partes que eu posso fazer, vários objetivos da meditação. Isso daí, se a gente parar para pensar nisso, a gente vê que isso é uma forma de organizar a informação para memorizar. A memória, ela ela é assim, ó. memória, a gente pode pensar assim: “Eu tenho o trabalho de guardar e o trabalho de recuperar. Para eu recuperar tem que estar organizado, senão não recupero nada. É como se eu entrasse num armazém e tá uma bagunça. Ou eu falo que a memória é um álbum de figurinhas. Você não pega um álbum de figurinha da Copa e cola o jogador do Brasil lá na Croácia, entendeu? Você cola ele, o jogador do Brasil, no lugar do Brasil que tem o nome dele. Então eu, para memorizar, o ideal é fazer isso. Eu pego um livro e eu vou, eu organizo ele. O jeito mais simples é isso. Eu vou do, da categoria mais ampla para menor. É sempre do geral pro específico. Sempre do geral pro específico. Então, a leitura analítica, ela começa por essas duas coisas: entender a ideia central e as partes dessa ideia. E ela termina, eu diria que a pergunta final que eu quero fazer é: é verdade ou é mentira? Eu diria que essa é a última pergunta. Só que para chegar nessa pergunta, provavelmente eu vá ter que fazer estudar mais coisas. É o Jorge Luiz Borges. Para ler um livro é preciso ter l para entender um livro é preciso ter lido muitos livros. É, essa é uma regra absoluta. Você não consegue entender um livro, você não lê outro. Porque é como se quando você pega um livro, você tá entrando num grande diálogo, tem o seu diálogo com o livro, mas aquele livro é um grande diálogo com vários outros livros, outro porque o tema vai ter outros autores que vão abordar aquele tema por outros ângulos. E aí a gente entra no último nível do Adler, que é a leitura sintópica. Exatamente. Que é fundamental também. Eu quero aprender um tema, quero aprender a Guerra Fria. Então o que eu tenho que fazer? a leitura analítica de diversos autores. Aí eu entendo o ponto de vista de vários autores para daí eu colocar o meu ponto de vista, que é engraçado, hoje a gente quer ter um ponto de vista a partir de uma manchete, né? Ou sea, a partir de uma legenda de um post. É, mas é assim que se constrói um ponto de vista. Eu vou fazer a leitura analítica, primeiro, eu faço assim, ó, leitura inspecional de um monte de livro, escolho alguns, aí faço a leitura analítica deles. Isso, vamos dizer assim, é a leitura sintópica. E aí eu pegando o ponto de vista de vários deles, eu concluo com o meu. Então eu diria que essa é uma boa metodologia. Dentro dela a gente pode olhar para duas coisas assim fundamentais, que é anotar e memorizar. Anotar, eu gosto do que o Adler fala no livro dele. Acho que é um bom manual, apesar de ser um livro grande demais pro que ele ele pode ser menor, mas é um um bom primeiro passo. Fala que anotar é bom para três coisas. A primeira é não dormir. Você começa a escrever, você já tem menos chance de dormir. A segunda é memorizar. De fato, quanto mais você anota, mais você tá dando e dizendo pro teu cérebro que aquela informação chamada leitura ativa, segundo peluigades. Exatamente. Aprendendo inteligência, ensinando inteligência. Aqueles três livrinhos valem a pena também. Vale a pena. São obrigatórios. E aí você tem um terceiro motivo de anotar que é ele diz assim: “A gente pensa com palavras, sejam elas faladas ou escritas”. Então, como eu tô num diálogo, como é que eu converso com você? Eu converso falando, mas como é que eu converso com o livro? Escrevendo. Escrevendo. Eu pego o que é mais importante e eu gosto de usar muito as margens do livro. Eu anoto perguntas que eu tenho, opiniões que eu tenho sobrecar o livro é obrigatório. Obrigatório. Por quê? Porque eu tô dando, vamos dizer assim, eu tô dando emoção para aquela informação. Eu tô fixando ela mais a minha cabeça. Eu diria que nossa memória tem, é como se tivesse um carinha aqui dentro da minha cabeça, um segurança, onde eu boto mais atenção e emoção, ele deixa passar mais. Então eu vou guardando onde eu boto pouca atenção e pouca emoção, ele vai jogando fora, vai fazendo essa limpa. O próprio Pluí de Piades e fala isso. De noite o teu cérebro faz essa limpa. Ele vai arrancando fora o que não é importante e deixando só o que ele acha que é importante. Ex. Só que esse crio ele é meio emocional, vamos dizer assim, porque ele é um crio de atenção. Onde eu dei atenção fica. E aí a gente pode pensar anotação e memória. Acho que o jeito mais simples que eu aprendi a pensar sobre memória é as informações ligadas duas a duas numa corrente. Então o melhor jeito de eu guardar na memória, vamos voltar para aquela classificação do geral pro específico. Informação duas a duas. Então eu penso numa coisa que me leva a outra, que me leva a outra. É uma corrente de elos. Não é eu tentar lembrar de tudo ao mesmo tempo. Acho que um jeito bem simples pra gente entender. Eh, se a gente pensar assim, ó, eu vou fazer três, só três de uma lista de 10 números, ó. 1 2 3, ó, um sol, dois meias, três semáforo. Que que é isso? É uma ligação de dois pontos. Um, só tem um sol. Dois, meias, porque a gente veste duas meias. E três semáforo porque o semáforo tem três cores. Isso é uma listinha que eu liguei duas coisas. Agora vamos supor, eu vou no mercado e tenho que fazer compras. Eu posso ligar, tenho que comprar azeite, sal e pão. Aí eu posso gravar na minha memória um azeite dentro de um sol. Aí eu posso, tá, tenho que comprar, gravei o azeite no sol. Aí eu posso pensar sal dentro da meia e eu posso pensar e pão nos em cima de um semáforo. Isso daqui é, eu fiz uma corrente. Então eu chego no mercado, o que eu tenho que comprar? Daí eu vou lá um sol. Ah, o sol tem um azeite, p tem que comprar azeite. A dois meia dentro da meia tem um sal, tem que comprar sal. Aí três, três, tem um semáforo, em cima do semáforo tem um pão. Então a memória ela adora imagens concretas. E se eu ligo os elementos numa corrente dois a dois e transformo na imagem mais concreta possível, eu tô facilitando a memorização das coisas. Então tem várias vezes eu criei essas listinhas para isso. Então acho que isso tudo já dá um um boas boas partes pra gente ir começando a construir um método de estudos. No fim das contas, eu acho que a prática vai fazendo com que cada um construa o seu próprio e vai moldando a sua tempo. O que que você acha do método pomodoro? Eu acho, eu já executei muitas vezes o método Pomodoro, mas eu acho que ele é bem rígido. Para quem não sabe, você vai, o básico é estudo 25 minutos, paro 5 minutos para descansar, faço isso algumas vezes e depois eu faço uma grande pausa. Eu penso que dependendo do assunto você vai ficar uma, duas, 3 horas tranquilo ali. Dependendo do assunto, você vai ficar, você vai ler duas linhas e você vai ter que meditar naquelas duas linhas pelo dia inteiro. Então eu acho que o método pomodoro é um bom ponto de partida a da tese dele. Eu fico com atenção focada por um período de tempo e depois eu ten descanso um pouquinho para relação. Essa alternância, essa alternância é qual que tem que ser retirado. Aí o tempo é você que vai aprender, mano. Para coisas, tem coisas que eu vou ficar 25 minutos, tem coisas que eu vou ficar 50. Por exemplo, eu não consigo ficar numa aula de 1 hora20 igual eu tinha lá quando eu morava na França. As aulas tinha 1 hora20. Aula de matemática de 1 hora20, equação diferencial. Eu tava cansado, uma hora eu já tava, meu Deus, não vai acabar esse negócio. Agora tem aulas que eu fico duas horas ouvindo, às vezes ouvindo uma aula de história que é muito interessante e você vai vendo aquela história sendo contada um elemento depois do outro. Então acho que o pomodoro ele serve como essa base e a gente adapta como a gente achar melhor. Que conselho você daria pra pessoa que tem problema com retenção, reter o que estudou? Ponto um, retenção tem a ver com atenção. Então, eu diria que tudo começa antes de ler, antes de estudar. Se eu tô o tempo inteiro com celular, com notificações, multitarefas, a primeira coisa eu vou ter que refazer toda a minha rotina de atenção, aprender a ter focos de atenção maiores. Isso é uma coisa que eu fiz na minha vida, todo mundo tem que fazer, que é aprender a tirar o celular de perto. Então, eu vou ter que me desabituar, desacostumar a ficar vendo coisas que t muito estímulo. Isso é a primeira coisa. Então isso é o que acontece antes da leitura. Atenção, eu tenho que recuperar, vamos dizer assim, o músculo da atenção. E é sofrido, não é fácil. É um esforço contrário que é tipo emagrecer ou engordei agora quero emagrecer. Cara, não vai ser fácil. Você não vai só parar ou parar de comer, não. Você vai ter que fazer um esforço para você conseguir fazer isso. Então, acho, essa é a primeira coisa que que vem para mim na retenção. A segunda é eu tenho que organizar as ideias, como eu falei. Então, eu vou ter que parar e pensar nos temas que eu quero guardar e começar a organizar eles do mais do mais geral pro mais específico. E eu posso tentar sempre organizar os assuntos em tópicos. Você vê que eu vou tentando explicar e colocar um tópico depois do outro. Isso é para ajudar no meu próprio raciocínio, até na minha própria explicação. E aí a gente entra num terceiro ponto, explicar o que eu aprendi é um bom jeito de aumentar a retenção. Sim, é do Fan, né? Isso é o método Fman é muito bom, que inclusive é para você descobrir se você entendeu um assunto. Desculpa. Então você pode pegar tudo que lia um livro, minha esposa que me atura nisso daí. Eu vou tentar explicar para ela primeiro. A primeira explicação geralmente sai toda horrível, cheia de problema, de furo, mas é ali que eu descobro. fundamental. Você sabe suas fraquezas ali que eu descubro onde que eu não entendi a coisa. Existe um livrinho do Arnold Bennet, chama Eficiência Mental e outros ensaios. Um livrinho laranjinha, não deve ter 80 páginas daquele livro. Ele passa exercícios que eu eu falando vai ficar óbvio, né? Mas são exercícios que fazem isso. O primeiro é você ler uma página de um livro, tenta reescrever aquilo com as tuas palavras. Coisa simples. Você vai, acho que a gente já aprendeu isso no colégio, a fazer um dia. É, conte com as suas próprias palavras. Era bem comum. Conte, muito comum. Então isso é uma outra coisa para melhorar a retenção. A gente tem que lembrar que memorização é repetição também. E outra exercício simples é começar a tentar decorar pequenos poemas. Então eu lembro que uma hoje eu já esqueci muito, mas eu tinha decorado. E agora, José? A festa acabou, a luz apagou, o povo sumiu, a noite esfriou. Então você vai tentando, vai começando a fazer um esforço ativo. Por exemplo, meu filho tem 3 anos, ele sabe fazer todas as orações. Pai nosso, ave Maria, glória ao Pai, por quê? Todo dia nós estamos ali rezando. O repetição depois a pessoa não esquece mais a repetição daquele pequeno poeminha, aquela pequena oração que é um textinho super curto. Então esses exercícios que a gente meio que não quer fazer hoje em dia, né? Como melhorar a retenção sem esforço, aí não vai dar. Aí fica difícil. Se você faz, acho que, vamos só recapitular, primeiro é recuperação de atenção, segundo é categorização do que aprende. E o terceiro é você ou explicar ou fazer exercícios onde você tenta reescrever as coisas com as suas palavras. Eu diria que se você repetir isso pelos próximos três meses, você já vai ver muita coisa que você memorizou. E agora assim, eu releio muito o livro, então quando eu releio um livro a anotação me ajuda muito. Claro, já é um quase um atalho. Eu já vou reler muito mais rápido porque eu já sei o que é mais importante. Então se você lê anotando, dali seis meses você pega o livro para reler, você vai recuperar muito mais rápido aquilo ali. E eu falo que eu tenho, o meu trabalho é muito bom, porque o meu trabalho é ficar explicando as coisas que eu aprendo. Então quanto mais eu explico, mais eu mesmo aprendo, mais eu mesmo memorizo. E aí fica um ciclo virtuoso. É um ciclo virtuoso. Exatamente. Ensinar ajuda retenção, sem dúvida nenhuma. E pra pessoa escrever melhor, que conselhos você dá? Acho que o primeiro conselho que eu diria é que você, eu são os conselhos óbvios aqui, tem escrever todo dia. Para mim, eu tenho, no meu trabalho, eu tenho três regras: ler todo dia, escrever todo dia, gravar todo dia, porque quanto mais eu faço, melhor eu fico. Então, primeira coisa, todo dia você pode, eu vou dar dois exercícios que você pode fazer. O primeiro é um uma versão adaptada das morning pages da Julia Cameron no caminho do artista. Você acorda e você abre um caderninho que eu deixo do lado da cama lá e joga tudo que tá na tua cabeça. Tudo que vê a cabeça sem ordem, sem regra, sem nada. Isso até um, esse exercício ajuda a escrever porque te ajuda a colocar em palavras coisas que estão soltas na tua cabeça. E o segundo exercício é um diário descritivo. Dá para você fazer descrição de duas formas. Ou vou descrever os eventos, vou contar a história do meu dia. Eu acordei, daí eu fiz tal coisa, daí eu tomei café, etc, etc. ou eu vou descrever o meu interior. Ah, hoje eu fiz tal coisa, daí a minha esposa falou comigo desse jeito, daí eu fiquei assim, daí eu me senti assado, é um cliente reclamou de tal coisa. Isso daí já é um exercício de escrita, coisa básica. Segunda coisa, então vamos deixar o exercício de escrever todo dia com esses dois exemplos. Segunda coisa, pega um autor que você gosta muito da escrita e reescreve tudo que você quiser dele, literalmente, você vai copiar o que tá escrito ali. Então, sei lá, Gustavo Corsão é um cara que eu gosto demais da escrita. Vou lá abrir Dois Amores, Duas Cidades e vou começar a copiar aquilo ali, entendeu? Ou sei lá, vou pegar a descoberta do outro, pô, um livro fenomenal, eh, ou vou pegar aquele livro claro escuro, outro livrão, muito bom, e começo a copiar aquilo. Por quê? Porque daí eu vou meio que internalizando o estilo daquele autor. E aí eu, como o meu trabalho me exige escrever todo dia, isso me ajuda muito. Então eu todo dia tô escrevendo algum texto tentando, eu não só ensino falando, eu tento ensinar por escrito. E é muito interessante que a gente, qualquer um que começar a tentar escrever todo dia vai perceber que é mais difícil do que falar, porque organizar o teu pensamento numa numa ordem que faça sentido num texto é muito mais complicado. Só que quanto mais você faz, melhor você fica. Então, o exercício livre, vamos dizer assim, de você fazer o diário ou morning pages, o exercício de copiar um autor literalmente. E aí existe um terceiro exercício que eu aprendi com um amigo meu, exercício do diálogo. Você escrever um diálogo aleatório que vier à tua cabeça, vai personagem A e personagem B, não precisa nem dar nome. E você vai inventar um diálogo da tua cabeça. Então, ó, personagem A. Ah, cara, acabei de acordar atrasado. Não acredito que de novo, personagem B. Pois é, cara. Eu também acordei atrasado hoje. E você vai escrever isso daí e você vai até onde for o diálogo. Esse é mais um exercício de escrita. No fundo, o que a gente tá fazendo é treinar o nosso cérebro a organizar as ideias e colocar elas numa de forma organizada no papel. É claro, você pode comprar cursos, por exemplo, curso de pontuação, curso para melhorar e escrita e por aí vai. Isso tudo é muito bom. Você pode aprender mais gramática, isso tudo é muito bom. Mas só isso, sozinho, sem a prática da escrita, não acho que faz o milagre que você espera. E eu diria por último, escrita é vocabulário, então eu preciso de repertório. Eu vejo que só de ler literatura clássica, principalmente em português, eu vou ler Lima Barreto, Machado de Assis, essa de Queiroz, você já vai aumentar o teu o teu vocabulário. Não, vej que uma grande dificuldade das pessoas em entender livros de literatura não é uma dificuldade de compreensão, uma dificuldade de vocabulário. De todas as palavras a página, o cara não entende metade, ele não sabe o que que aquilo significa. Quanto mais eu aumento o meu repertório, mais fácil é de escrever, porque mais opções a minha memória encontra. Eu falo que a imaginação ela eh brinca com a memória. Na memória eu guardo lá o cavalo e o pássaro. A imaginação mistura os dois, transforma no Pegaso. Então quanto mais elementos eu coloco na memória, mais elementos minha imaginação tem para brincar. Acho que isso já dá um parâmetro aí. E para pessoa dar uma aula melhor, uma apresentação, uma palestra, o que for? Eu acredito que o que eu tô tentando fazer aqui é o a minha forma de tentar organizar minhas aulas. Eu aprendi isso daí fazendo um curso de carneg. Nesse curso lá na sessão seis, ele ensina a metodologia licor. Eu não vou lembrar o que que cada letra significa, mas eu sei que o L é de lista. Então, organizar uma aula, você faz uma lista de tópicos, você enumera todos eles e você situa tá te ouvindo o tempo inteiro. Se é o L. O I é de imagem. Quanto mais imagens eu associo, melhor. Então eu, se eu tenho um quadro, eu posso literalmente desenhar. Mas se eu não tenho quadro, eu posso fazer analogias. Analogia é uma das melhores coisas que tem para ensinar. Analogia é fundamental, né? fundamental, porque a gente vai dando imagem para aquilo que é só abstrato, que é aquela história do signo, significado e referente de novo, eu vou dando referente. Então eu lembro sempre do primeiro livro lá do da das dos aquela coleção do Instituto Hugo de São Vittor das Artes Liberais, que o cara senta ao redor da fogueira com os amigos dele e ele tá descrevendo, não com essas palavras, mas se lá cara, eu conheci uma moça lá e e agora eu tô ela tá longe e eu não sei te explicar, mas parece que tem uma flecha que tá perfurando o meu coração e tá queimando ele. é o cara tentando dar uma analogia para um amor, pra saudade. Então, as analogias ajudam a gente a entender as coisas. Então, vou dar uma aula, faço uma lista, ilustro a minha lista com imagens ou analogias e no final eu resumo. Eu não lembro o que que é o C, que que é o O, mas eu lembro o que que é o R, que é de resumir. Então eu sempre tópico, tópico um, falei tudo que precisava falar, ilustrei do jeito que dava, resumi. Tópico dois, mesma coisa. E no final da aula, um resumão de tudo. Esse é o jeito que eu penso que é mais fácil de você passar as informações para as pessoas. Muito bom. Eh, você é favorável a esquema ou resumo? Os dois funcionam e eu acredito que cada um cumpre a sua função. Por exemplo, quando eu estudava história, eu fazia muito resumo, porque eu queria recontar a história com as minhas palavras. E eu, igual eu falei, eu fazia resumo, gravava o resumo falado e ficava ouvindo ainda. Agora, tem coisas que eu prefiro fazer em esquema. Por exemplo, vai estudar a gestão da empresa, é melhor fazer esquema. O existe um cara que é o Charlie Munger que ele chama, ele cria os modelos mentais. Então, o modelo mental é uma espécie de um esquema. Ele é um framework, que é uma palavra para uma estrutura. O esquema é uma estrutura. Só a gente pensar uma estrutura simples, né? lucro é igual a faturamento menos despesa. Isso é um esquema que eu tô montando para conseguir enxergar se a minha empresa tá funcionando ou não. Então, existem temas quando eu penso que quanto mais eu conseguir adicionar histórias ou continuidade, uma temporalidade, mais eu tendo a querer fazer resumo da coisa. Quanto mais abstrato, mais eu tendo aer querer fazer um esquema para eu poder enxergar aquilo de longe. Eu não gosto de resumo. Não. Não gosta de resumo. Não gosto porque eu acho que você perde muito tempo, fica uma coisa muito cansativa. Concordo. Gosto é do esquema e depois aí vai por um para uma coisa final, um artigo, um livro, alguma outra coisa. Agora tem um intermediário. O resumo para mim não funciona. Eu acredito que o resumo ele é melhor quando você não tem você tem, vamos dizer, mais tempo disponível. e não tem uma amplitude enorme de coisas que você tá interessado em estudar. Bom, vou ficar focadinho aqui só nesse negócio. Então eu posso resumir, reescrever, a pessoa que tem muito tempo também depende muito. Eu não me adaptei com resumo. Eu acho que essa vida corrida que a gente tem, o esquema é tão mais prático, né? O esquema é legal. Eu gosto muito mais de fazer esquema. Hoje, na verdade, o que eu mais faço é escrever tudo dentro de um livro. Eu escrevo tudo nos livros. Eu também escrevo sempre no livro. E eu faço o meu próprio índice, porque daí quando eu abro ele de novo, eu tenho meu próprio índice do que eu achei mais importante. Ah, as coisas que já estão todos, seu atalho para chegar nos pontos, né? Imagina que você não escreveu nada num livro, quando você for reler, porque você vai precisar, você vai ter que começar tudo certo. É isso aí. Você tem que sempre rabiscar. Exatamente. Qual outro tema você gostaria de desenvolver? Ah, cara, tô tô por ti. Que que que tu tem aí que tu queria? Você tem curso, né, nessa área? Como é que você Na verdade, hoje o que eu faço é eu ensino pessoas a criarem o seu negócio na internet, conseguindo trabalhar ou sozinhas ou com uma empresa bem enxuta. Mas isso é virtual, negócio virtual ou qualquer negócio? qualquer negócio. Eu tenho, até, eu tenho cliente que prestador de serviço, eu tenho que é advogado em Porto Alegre, médico em São Paulo, que quer só levar a gente pro seu consultório. Eu tenho cliente que vende infopruto, então tem lá a escola Caravelas, por exemplo, e eu tenho até cliente do produto físico, o cara que vende café, entrega na tua casa. Então, por quê? Porque a internet é um meio de comunicação. O que a gente tá fazendo aqui é uma mídia. Nós estamos criando uma mídia que, graças à internet tem um alcance muito grande. Um alcance que se não tivesse internet, quantas pessoas estariam nos ouvindo agora? No máximo uma salinha lotada. Nem lotada ela. É. Então, eu penso que a internet é um local para você ter voz, para você ser encontrado, para você ser visto. E o que você vai fazer com isso depois é da tua escolha. Então, o meu trabalho é te ajudar a comunicar, comunicar o que você quer comunicar e aí você conseguir fazer disso o que você quiser depois. Tem gente que vai fazer negócio, tem gente que não vai fazer. Às vezes tem um padre que ele só quer comunicar as coisas, fazer humilia todos os dias, né, no YouTube, eu não sei. Mas eu acho que o negócio é uma consequência disso. O meu foco é para quem não quer ter uma empresa enorme, cheia de funcionários. é o cara que quer fazer basicamente a minha vida que é ler, escrever, dar aula, conseguir sentar ali dentro de casa, ficar perto da família, não ter que gerenciar uma grande estrutura, não ter que desenvolver uma habilidade de gestão de pessoas, é trabalhar bem enxuto, bem sozinho. Então eu tenho uma escola para isso hoje. Esse é o meu produto. A E como é que se relaciona essa esse estudo de como estudar com essa coisa de de montar empresa ou gestar empresa? Acho primeiro de tudo, a na internet a nossa propaganda é a gente mesmo. Então a marca, a escola Caravelas, ela é confundida com o Marcelo, vamos dizer assim, ela tá extremamente alinhada. Então as pessoas não compram só a escola, elas compram você. Então, o primeiro ponto que eu estabeleço é para as pessoas me comprarem, eu tenho que, eu gosto do título de um livro do call, tenho que ser bom demais para ser ignorado. Ou seja, eu tenho que me desenvolver, eu tenho que estudar. Sem estudo eu não me desenvolvo, não tem por você me ouvir. Se eu não tiver nada para falar, por que que você vai parar para me ouvir? É verdade. Então, eu tenho que me desenvolver. Então, isso tudo é a parte, é o fundamento para você ter uma empresa que vive da mídia. Então, a empresa vive da mídia. Se eu paro de falar na internet, eu paro de adquirir clientes. Então, a empresa depende do meu discurso e o meu discurso depende do meu repertório. Se o primeiro ponto e o segundo é ter um negócio é uma habilidade como qualquer outra. E habilidades elas vêm da, vamos dizer assim, da mistura de experiência com estudo. Tem que ter a experiência. É igual ser pai. Dá para estudar educação de filho a vida inteira. canal. Se eu não tiver um filho, eu vou chegar num certo limite, entendeu? Eu consigo falar várias coisas, mas várias eu não tenho teste da realidade para dizer se eu tô certo ou errado. Então tem que estudar gestão, tem que estudar processo, tem que estudar finanças, tem que conseguir cuidar do teu negócio minimamente. Então eu diria que o estudo ele é a tua formação como comunicador e o teu repertório, até porque a maioria das pessoas que vem até mim, o a educação faz parte do negócio delas. seja a educação para adquirir o cliente do tipo, eu sou um advogado e eu quero clientes paraa minha pro meu meu escritório de direito trabalhista. E quanto mais eu educo, mais eu ensino, mais eu explico as coisas, mais eles confiam em mim, mais clientes eu tenho. Ou se eu tenho uma escola, eu quero provar que a minha escola realmente tem ensino, eu vou ter que mostrar que eu sei das coisas. Então, como a maior parte dos meus clientes vive da sua capacidade de ensinar, eles têm que se formar. Então tem esses dois lados sempre, formar o meu repertório e formar a minha habilidade como dono de negócio, como empreendedor. E qual o público que te procura mais? Olha, o meu público ele é variado, ele acaba sendo vasto por eu vejo que as pessoas elas têm muitas se identificam com o que eu fiz, com a a minha trajetória. Eu digo que eu nunca, eu falo assim, é engraçado até falar disso agora, né? fala que aparecer é o ônus do meu trabalho. Eu nem queria aparecer nem é a parte que eu mais queria. Eu gosto de aprender e ensinar e eu gosto de Mas para ensinar você tem que aparecer. Mas aparece para ensinar tem que aparecer. Então aparecer vem vem como parte do pacote, né? E as pessoas eu vejo que o que elas querem é isso, é ter um negócio em que elas podem ficar perto da família, em que o dinheiro não toma o centro da vida delas. Então o dinheiro é um recurso como qualquer recurso, só que na internet muitas vezes ele acaba virando a só aquilo, é aquilo que importa. Todo mundo só vai atrás de dinheiro. Então eu olho pro negócio da seguinte forma: meu negócio tem que não pode roubar a minha vida. Eu tenho que poder estar com minha família quando eles precisam. Eu tenho meus horários com meus filhos, com a minha esposa. Eu tenho que conseguir colocar em prática os meus talentos. Seu todo dia eu rezo a oração a São José para antes do trabalho e lá na oração a São José ele fala: “Olha, eu vou prestar conta dos talentos inutilizados, então o meu trabalho tem que me ajudar a utilizar os meus talentos e os meus talentos servem para fazer o bem. Eu vou prestar conta dos bens omitidos”. Então, as pessoas que acabam comprando de mim, você vê que eu não tô andando uma característica demográfica, é mais uma característica de valores. Elas querem, da mesma forma que eu, que o trabalho seja uma parte da vida e não aquilo que toma a vida delas. Elas querem poder deixar o mais importante ali, que é rezar, tá com a família, estudar e elas querem encontrar um sentido pro trabalho. E esse sentido não é um sentido abstrato, é esse. Olha, eu vou descobrir quais são os talentos que eu tenho e como eu coloco eles em serviço dos outros, como eu faço bem com eles. E é interessante assim, a gente tem até um virou o lema da do meu comercial, a gente só faz o bem e a venda é com Deus. a gente faz isso. Eu tenho um amigo meu que fala que 98% é Deus e 2% é a gente. Então virou um lema porque um dia a Juliana que trabalha comigo soltou isso numa conversa, a gente fixou essa mensagem na no grupo do WhatsApp. A gente só quer fazer o bem, a venda é com Deus. Então eu vejo que as pessoas que vêm para aprender a construir um negócio, elas comigo elas estão com essa visão. Eu preciso do dinheiro para sustentar a minha família. Eu preciso do dinheiro para fazer umas várias coisas, mas a gente não quer transformar ele no centro do nosso amor, aquela coisa paraa qual eu olho diretamente. Eu gosto de um livro chamado Obliquery. Nesse livro ele fala que nossos objetivos são melhor ou mais facilmente alcançados quando perseguidos indiretamente. Eu e ele dá dois exemplos: o dinheiro e a felicidade. Acho que a felicidade dá pra gente perceber fácil assim. Não dá para tentar ser feliz. Toda vez que você tenta ser feliz, me dá errado. Toda vez que eu tentei ser feliz, alguma coisa deu errado. Agora, quando eu tento ser um bom marido, quando eu tento ser um bom pai, quando eu tento prestar um bom serviço, por alguma razão, eu sou mais feliz. Então, a felicidade, não vamos entrar nos méritos de como, mas a felicidade tem essa coisa de você a consegue indiretamente. O dinheiros também, o que que é o dinheiro? O dinheiro é um recurso que alguém me dá. Então, o ser humano ele age para um fim. Como ele age para um fim e e vamos dizer assim, ele age a partir de uma insatisfação, ele vai procurar um meio adequado para atingir o fim e vencer a insatisfação dele. Então ele vai trocar este meio por um recurso. Então é isso que acontece. Isso que é o no comércio. Eu te dou o dinheiro e você me fornece o meio. Às vezes você me fornece o meio com o teu serviço. Então eu preciso de um encanador. Tu vai lá em casa e arruma o encanamento. Às vezes tu me fornece uma educação. Eu preciso de um curso de encanador para eu virar um encanador e poder. Então o dinheiro ele é isso. Então ele vem de forma indireta. Quando eu coloco o meu talento em serviço e eu consigo usar ele para fazer um bem, as pessoas me darão esse recurso financeiro em troca. é uma moeda. Então eu vejo que o meu público ele acaba sendo uma demograficamente variado, mas são pessoas que conseguem ter esse mesmo tipo de interesse. O trabalho para elas é a parte importante da vida, mas não a parte onde é tudo que importa, onde é só isso daqui que eu vou atrás para ter dinheiro. Muito bom. Muito obrigado, Elto, aí pela conversa. Tem uma questão aí, Dog? Imagina. Não tá preparado. [Risadas] Foi. Tu me pegou de surpresa. Eu tinha que ter uma pergunta aqui. Então tá bom. Então muito obrigado, Aelton. Eu que agradeço o convite, Marcelo. Um prazer tá aqui. Ótimo. Muito bem. M.







