Microondas causam CÂNCER?

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É verdade que micro-ondas causam câncer? A resposta curta e grossa é que não. E nem mesmo se você estiver dentro do micro-ondas. E só pra deixar claro, entrar em 
um micro-ondas não é uma boa ideia. Você talvez já tenha ouvido algumas 
informações assustadoras sobre micro-ondas. E se não, eu vou ajudar com algumas. A radiação do micro-ondas é perigosa. Comida aquecida no micro-ondas faz mal. 
Ficar perto de um micro-ondas ligado pode causar câncer. Durante uma trovoada tem que cobrir os espelhos para não tomar choque. Não 
pode entrar na piscina depois de comer. E aqui eu gostaria de dizer que isso é tudo 
besteira e terminar fazendo um shorts ao invés de um vídeo longo. Mas a história 
não é tão simples. Você tem o direito de se preocupar com a sua 
saúdeção de microondas não sendo. Em 2018, cientistas da Universidade de 
Londres e da Universidade de Leeds fizeram uma pesquisa com mais de mil pessoas a 
respeito do que elas consideravam serem asrovadamente associadas ao câncer 
e 12 sem comprovação científica. Então uma pergunta era feita. Quanto você 
concorda que cada um desses fatores aumentam a chance de uma pessoa desenvolver câncer? 
E entre as principais conclusões do artigo, os pesquisadores demonstraram 
preocupação com duas coisas. A primeira era que praticamente metade dos 
fatores de risco ligados ao estilo de vida não foram reconhecidos pelas 
pessoas. E a segunda era que, por outro lado, as crenças em causas 
equivocadas pro câncer foram muito comuns, como as relacionadas às frequências 
eletromagnéticas, inclusive micro-ondas. Ou seja, existe alguma falha na hora de comunicar 
as verdadeiras causas de uma das doenças mais preocupantes da modernidade. É 
muito importante diferenciar coisas que de fato ameaçam a nossa saúde de 
coisas que só parecem ser uma ameaça. Acreditar que qualquer coisa pode provocar 
câncer faz com que nós tenhamos uma falsa noção de que tudo é inevitável e isso tem nome. Fatalismo. No fatalismo, nós deixamos de cuidar de fatores 
que realmente podem prejudicar a nossa saúde, como fumar cigarro, consumir 
álcool ou ter uma alimentação ruim, e nós acabamos nos preocupando com 
causas sem comprovação científica, como, por exemplo, o uso do forno micro-ondas. Para responder às preocupações de saúde pública 
sobre a exposição à radiação eletromagnética, a Organização Mundial da Saúde lançou, 
em 1996, o Projeto Internacional EMF. Ele reúne todo o conhecimento científico 
que existe sobre o assunto. O projeto avalia os efeitos na saúde e no meio ambiente 
das chamadas radiações não ionizantes. E aqui é importante abrir um parênteses. Mas antes de eu abrir esses parênteses, você já sentiu que quer um desafio a mais na 
sua vida ou mudar de carreira completamente? afeta o nosso corpo nós podemos classificar a 
radiação em dois tipos, ionizante e não ionizante. Radiação ionizante é toda a radiação que consegue 
destruir moléculas, inclusive as do seu DNA. E esse é o tipo de radiação perigoso, 
que tem potencial de causar câncer. Ser exposto a quantidades significativas 
de radiação ionizante fazio-x, que tem um uso médico muito importante. 
Mas aqui nós temos um detalhe importante. Ir fazer um raio-x não é muito perigoso, 
mas ser exposto repetidamente a radiação de raio-x pode ser. E é por isso que técnicos de radiação, assim 
como médicos e enfermeiros que trabalham com equipamento, precisam ter um protocolo 
de proteção. e não ionizante ao oposto. Ela não consegue destruir moléculas. E 
existem vários tipos de radiação assim. Ondas de rádio, por exemplo, 
atravessam o seu corpo a todo momento sem causar nenhum efeito biológico significativo. Só que nem todo tipo de radiação não ionizante 
é tão inerte quanto as ondas de rádio. Radiação é simplesmentea. A Comissão Internacional de Unidades e Medidas de Radiação 
estabeleceu a fronteira entre radiação ionizante e não ionizante em 12,4 
elétron volts, que é uma medida de energia. Ou seja, se uma radiação com 
mais de 12,4 elétron volts de energia por partícula entrar em contato com você, ela é capaz de causar danos no seu DNA. Só que a radiação do micro-ondas tem 10 mil 
vezes menos energia do que isso. Ou seja, não! Micro-ondas não causam câncer. E também não contaminam a 
comida que você esquenta. Mas isso não significa que a 
radiação de micro-ondas é inofensiva. E é aqui que eu preciso explicar como um 
forno de micro-ondas que nós utilizamos nos aparelhos para aquecer os alimentos em casa 
são geradas por válvulas eletrônicas especiais. O coração de um forno micro-ondas é uma válvula chamada magnetron, que parece o nome de 
um transformer, mas infelizmente não é. Quando ele é ligado, um eletroíma produz um 
campo magnético bem forte e isso faz com que os elétrons gz um campo eletromagnético e uma antena 
na ponta do magnetron é quem emite as micro-ondas. As ondas produzidas são direcionadas 
por um guia até onde a comida está. As paredes metálicas do forno 
absorvem muito pouco dessa energia. A maior parte acaba sendo refletida dentro 
do próprio forno para formar on a comida gira e aquece. Segundo uma portaria do Inmetro, no 
Brasil a frequência de operação de um micro-ondas deve ficar entre 300 MHz e 30 GHz na hora de 
esquentar alimentos e bebidas na sua cavidade. A forma como o micro-ondas aquece os alimentos, 
na realidade, é um fenômeno conhecido como aquecimento dielétrico. Uma 
molécula polar como a água, quando inserida em um campo elétrico, tende 
a girar de maneira a se alinhar com o campo. Ou seja, moléculas de água são como pequenos imãs, que apontam para o norte de 
campos magnéticos intensos. Mas a onda de micro-ondas é um campo 
eletromagnético, como todo tipo de luz. E essa onda é, em parte, um campo magnético 
que muda de direção bilhões de vezes por segundo. E como as moléculas de água 
querem se alinhar com o campo magnético, as moléculas ficam loucas 
girando de um lado para o outro, tentando acompanhar as mudanças de direção do 
campo magnético da radiação do micro-ondas. E assim, as micro-ondas provocam rotação 
das moléculas de água, que ao girar, raspam nas moléculas vizinhas, transformando 
a energia do seu movimento em calor. E é essa transferência de energia que faz com 
que a comida esquente. Esse fenômeno não é exclusivo da água e pode 
acontecer com outras moléculas polares, mas a água é bem boa 
nisso. E até por isso que tem comidas que parecem ser mais difíceis de 
esquentar no micro-ondas. Na maioria das vezes é por causa de quanta água tem dentro 
delas. E também existe mais uma coisa que nos deixa seguros. As micro-ondas não 
atravessam os metais. É por isso que as paredes do micro-ondas são feitas de 
metal e nós estamos seguros do lado de fora delas. A porta permite a passagem 
da luz visível para nós vermos o que está acontecendo dentro do forno. Mas tem 
um filtro que impede a passagem das micro-ondas. Os furinhos na porta fazem 
com que a radiação que escape rapidamente se destrua em um efeito conhecido 
como interferência destrutiva. Mesmo assim, o Ministério da Saúde 
avisa que é importante checar se micro-ondas antigos ou em mau estado 
de conservação não possuem vazamentos. Aqui no Brasil, se um micro-ondas 
novo chega no comércio, o Inmetro faz um teste com ele. E depois desse teste, o regulamento técnico 
de qualidade diz que o aparelho não emite radiações perigosas nem apresenta 
toxicidade ou riscos similares devido ao seu funcionamento em utilização normal. Mas e se existisse um vazamento? Quais consequências nós teríamos para 
o corpo humano segundo a ciência? Diferente de outras radiações, na faixa 
das micro-ondas ocorre uma diminuição da profundidade de penetração da radiação com 
o aumento da frequência em tecidos como a nossa pele. Na faixa típica 
de operação de um micro-ondas a penetração da radiação é de 
cerca de 10 centímetros em tecido que tem pouca água. Já no 
tecido com grande quantidade de água a penetração da radiação de micro-ondas 
cai para menos de 3 centímetros. E a boa notícia é que o nosso corpo tem muita água, o micro-ondas pode vir a aquecer o 
corpo humano e causar queimaduras. E se a exposição continuar, essas queimaduras 
podem ser bem profundas e afetar órgãos. Mas pra isso você basicamente teria 
que entrar em um forno de micro-ondas ou virar antena de micro-ondas pro seu 
tronco e ficar tomando um banho de rad cabeça em um microondas e ligar ele de 
alguma forma, o que já vai ser bem difícil, você pode sim causar danos ao seu cérebro, ou mais provavelmente aos seus olhos, 
que são órgãos mais superficiais. Mas na prática, um forno microondas é tão seguro entendemos muito bem como esse tipo 
de radiação funciona e quais são os parâmetros seguros para o uso delas. Revisando de forma profundada essa literatura 
científica, a UMS concluiu que não há confirmação da existência de consequências para a saúde 
da exposição a campos eletromagnéticos de baixo nível energético. O que isso quer dizer 
na prática é que desde que você não esteja arrequentando comida estragada ou usando 
um forno de micro-ondas danificado, não existe nenhum efeito negativo no fato de 
usar um micro-ondas para esquentar a comida. E eu espero que esse vídeo tenha sido tão 
interessante para vocês quanto foi para mim.

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