MÍDIA IMPARCIAL, TEM SEUS TIMES DE FUTEBOL PREFERIDOS?? Com MAURO BETING

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Maradona merecia. Eh, não era o melhor time. Eu gostava da França, né? Mas tinha o Maradona, né? Eu não sei você, mas eu eu vejo assim muita parcialidade eh não só na mídia, mas como nas instituições também sobre o futebol. Eu eu sinto uma vontade absurda no geral, por exemplo, contra o Palmeiras. Ontem eu tava assistindo o Palmeiras e Ceará e aí teve um lance lá que o teve um pênalti a favor do Palmeiras, só que tava impedido, né? E o cara já na hora não, não foi pênalti, não foi pênalti. Me pareceu pênalti. O cara havia um impedimento antes, então tira, mas se não tivesse o impedimento ia ser pênalti. Dá para discutir e para mim para mim tinha sido pênalti, mas o cara na hora falou que não. Depois o gol que o Palmeiras toma tava impedido e o cara também narrando, outro comentando, não, não estava impedido. Eu falei gente, mas eu tô aqui sentado em casa. O pênalti eu também não marcaria pro Palmeiras, mas eu vou dizer até conhecendo bem, por conhecer os profissionais e as pessoas que são grandes amigos ali, pode ser uma de repente aquela coisa, uma prevenção sua, tá? Eu eu posso dizer eh uma vontade contra o Palmeiras, vai nesse caso específico, eu posso dizer por eles, embora amigos e colegas queridos, irmãos, não tem outros colegas, inclusive alguns que trabalharam, alguns que trabalham comigo e talvez possa trabalhar porque eu trabalho m de lugar que tem uma vontade com o Palmeiras, outros tem com o Flamengo, outros tem com o Corinthians. Assim, o Palmeiras, o o palmeirense tem sentimento de que muitas vezes ele, a torcida, os adversários ou ou a imprensa não gosta, tem até um canto da torcida, imprensinha de piquela coisa, tal. Eu mesmo eu brinco muito com isso. Tem tem e e até tem fatos. Por exemplo, o o jornal onde eu trabalho desde esse ano Estadão, ainda há mais de 100 anos, eh às vezes não publicava as escalações do Palestra Itália. Sim. Às vezes chamava o Palestra Itália dos italianinhos de uma maneira pejorativa, né? Tem uma manchete clássica da Folha de São Paulo. O Palmeiras ficou 8 anos sem vencer o derby, sem ganhar do Corinthians, de 51 a 59. Aí quando o Julinho boteira estreia pelo Palmeiras, ele e o Paulinho acaba com o jogo. O Palmeiras ganha do Corinthians por 4 a 0 e a Manchete Corinthians perde por 4 a 0. Não é o Palmeiras que vence. O próprio Estadão e a Folha de São Paulo, os dois mancomunados nesse aspecto. Em novembro de 33 o Palest do Corinthians por 8 a 0. até hoje a maior goleada do derby e e sobretudo o texto do Estadão daquele jogo, é um texto que espinafra o Corinthians, como viemos com razão o time perdeu por 8 a 0, mas o dá a impressão ou não nem que dá a impressão o texto fala mais mal do Corinthians que enaltece um time que vence por 8 a 0 é um Palmeiras que então vira bicampeão paulista e seria triestadual em 34 Palestra Itália e um Palestra Itália que naquele mesmo ano ganhou primeiro São Paulo de 33. O Palmeiras ganhou Paulista de 33, palestra Itália e ganhou TB o primeiro Rio São Paulo 33. E mais se fala mal dos Corinthians que perde para 8 a 0 do que o rival que num clássico mete 8 a 0 no adversário. Então assim, algumas vezes teve vontade, sim, tá? Não vou dizer que tenha sempre, né? Até porque inclusive temos vários jornalistas palmeirenses, mas a prova do Palmeiras e não sem razão e muita emoção, cobra de mim, de um PVC, de outros assumidamente palmeirenses, uma postura talvez mais enérgica, mais enfática. Pô, o craqueeto fala um monte de coisa, o outro fala aquilo. Cara, eu acho até interessante. Se você não gosta do que, por exemplo, um querido amigo como Cracknet faz, OK, tá na é do jogo. Agora você não gosta que ele faz e quer que eu faça igual? Aí não. Sim. Aí não. Eu não, eu não tô aqui para defecar regra, baixar cátedra de jornalismo esportivo, não. Mas eu não é a minha linha. Ponto. Eu não tô falando que é boa ou ruim, é, não é a minha linha. Ok. Agora, se você reclama do outro que faz isso e quer que eu faça isso, não, porque precisamos de gente para defender o Palmeiras. Não, acho que tem que defender dentro do possível a melhor versão possível dos fatos que eu insisto, vale para jornalismo esportivo de política, de moda, de economia, de qualquer coisa, né? Buscar a melhor versão possível dos fatos. E eu não vou ser pago para ser torcedor. Não vou ser não. Eu não sou pago há 35 anos para ser torcedor. Se alguém é, se alguém é exacerbadamente clubista, OK. E, aliás, outra coisa também fundamental, eh, me irrita quando me chama de clubista, faz parte. Mas de novo, o clubista não é um cara que, como eu há 35 anos, sempre assumiu a paixão. Já fiz sete pré-eleições pro Palmeiras. Eu fundo embaixadores do centenário do Palmeiras. Eu escrevi dos meus 25 livros, nove do Palmeiras, dos meus quatro documentários, três são do Palmeiras. Do Marcão também. Eu já, eu, eu, eu fui mestre de cerimônias da abertura do Alians Park em 14. Fiz, apresentei seis bancetes de aniversário, inclusive o do do centenário ali, a festa popular na Praça da Sé. Acho que me parece que não sou mais palmares do que ninguém, mas menos. Mas de novo, não sou pago para ser palmarense, até porque não tem preço, não tem valor. E você porta aberro da torcida, porta-saco da diretoria, menos ainda. Eu vou falar o que eu acho. E, né? E não é porque, ah, não, os chefes mandam você falar bem do Flamengo e do Corinthians. Não, cara. E no meu caso específico, eu tenho seis chefes. Você acha que os seis pensam igual? Repito, nem eu mesmo penso igual sobre a mim mesmo e o que eu falo que eu escrevo. Então tem tem que também as pessoas entenderem que tem uma opinião do outro lado, se boa ou se ruim, se firme ou se fraca, se leviana, se austera, tá valendo. Você pode analisar, mas daí achar que tudo é venal, que tudo tá comprado, que falta coragem, competência, caráter, menos, gente, menos. Mas brasileiro adora matéria da conspiração, né? Total. Toda hora de repente alguém tá mandando você, alguém te pagando. Esse lance, estamos nessa segunda-feira conversando aqui. Ontem no Palas Parque, a virada o Palmeiras sobre o Ceará, eu não teria marcado o pênalti do empate. Pronto. Aí hoje mesmo eu recebi entre tantas manifestações de torcedores do Palmeiras um falando: “Pô, você tá vendido, tal, não sei o que lá”. Falei: “Velho, eu não tô vendido pro meu chefe. O meu chefe não tava vendo o jogo. O meu chefe, no caso dono da rádio, não, assumidamente não é a família de palmeirenses. Mas daí, embora tenha vários palmeirenses, muito palmeirenses do que eu lá na Javem Pan, ele não manda eu falar que não foi pênalti, cara. Ele dá liberdade, dá mesmo, cara. a gente fale o que bem entender, até o que a gente não sabe, mas de novo, não é porque a Globo, por exemplo, eh, assumidamente com a torcida do Flamengo, os donos, eh, pô, o grupo bandeirantes de corintianos para falar de donos do estadão de são paulinos, cara, imagina, no caso, eu trabalho, eu já cheguei, trabalhei muito tempo no grupo Bandeirantes, na rádio Bandeirantes, Band Esports, TV Bandeirantes, tal. Pô, eu não falava algo a favor do Corinthians ou contra o Corinthians porque os donores mandavam, ah, já veio para a mesma coisa. SBT a mesma coisa. O Silvio Santos, o patrão saudoso era corintiano. Pô, mas não é por isso, sabe? Pode haver, pode, mas eu tô te falando, em 35 anos nunca aconteceu. Mauro, fala que é pênalti num jogo porque a gente gosta mais desse time do que o outro. E não é só pro jornalismo esportivo, para outras coisas muito mais importantes. De um modo geral, não tem nada disso, gente. Tem muita teoria da conspiração de vocês. Mas não falando da mídia, mas falando do das instituições que cuidam do futebol, porque eu vejo que tem preferências para uns e você tem má vontade com outros. Isso sem dúvida. Por exemplo, por exemplo, você mesmo falou da Copa de 50 que algumas seleções não foram, né? Então a Copa de 50 e você teve ali a guerra mundial. Claro, maioria por causa disso. Então isso eles tiraram da Copa de 50 a Alemanha por motivos óbvios, que não tinha como, o Japão por motivos óbvios, também, mas a Itália não tiraram. Porque como é que você tira de um evento que só tenha três edições, como é que você tira o cara que ganhou duas, né? Então, concorda? O Japão não teria condição e não tinha e não tinha na época futebol organizado. A Alemanha já tinha o futebol organizado, mas tava um país devastado. Não era ninguém na copa. Podia ter tanto que 4 anos depois ela ganha a Copa do Mundo, mas assim a Alemanha não tinha a menor condição de disputar em todos os sentidos, mesmo esportivos também. A Itália tinha e é coisas da vida, né? Ou infelizmente no caso funibmente fúnebremente falando da morte. A Itália tinha em 49, até mais de 49, um grande time que era tetra, virou pentacampeão nacional e que quase o time inteiro morreu num acidente em Superga, numa colina de Tourim, eh, do próprio Turino, do grande Tourino. Aquele time se viesse a copa, e era a base da seleção italiana esquadra azurra, aquele time tinha grande chance de ganhar a Copa em 50 mesmo no Brasil. E se ganhasse teria levado a Gilis Guim já em 50 porque tinha ganhado 34, 38. Mas assim, a Itália, mas não era para ter sido banida dessa Copa de 50 também pelo pelos critérios que levaram ao banimento de Alemanha e Japão. É, o Japão não tinha futebol, a Alemanha tinha tudo aquilo porque a Alemanha, digamos, chefiava o eixo. A Itália podia passar, a Itália, digamos, eh, é interessante isso. Eh, a Itália Japão, eles não foram para 50 do lado do eixo. Sim. e a Itália fazia parte do Mas a Alemanha, digamos, era mais preponderante. A a a guerra acaba quando cai em maio, 8 de maio de 45, Berlim morre um pouquinho antes o o Adolf Hitler, tal, mas a Itália, digamos, ela não era considerada, digamos, para a comunidade internacional tão eh causadora não era tão causadora da guerra. Começou lá em primeiro de setembro de 39, não havia um movimento internacional, não podemos jogar contra os italianos. E também foi favorecida por ser bicampeão, foi campeã. Hum. Você pode imaginar que sim, porque era inclusive era então detentora do título, porque a última Copa havia sido na França em 38. Aliás, a Itália jogou jogou jogada de camisa preta, camneira fascista, o símbolo fascista, o Faixa, que coisas terríveis, tal, mas você pode dizer que sim, mas estamos falando exatamente de uma campeã, então campeã e bicampeão, né? Até então a maior campeã do mundo, né? Porque o Uruguai havia ganhado e 30, ganharia exatamente das copas, então era mais difícil de tirar. Mas eu entendo que se fosse, por exemplo, tio de basquete para pegar um outro esporte, seu futebol, a Itália também teria jogado sem problemas, mas a Alemanha esfcelada, como tava muito pior que a Itália em 50, não tinha condição. Mas que tem uma geopolítica, tem. É bacana, por exemplo, na Copa, a segunda Copa da França de 98, aquele jogo que saudades, né, Estados Unidos irão, os jogadores abraçados em campo antes da vitória iraniana. E você vê coisas abs Isso foi em 98, não faz tanto tempo. Aí voltando um pouquinho mais de 82 na Espanha, a Copa começa ainda com deflagrada a guerra das Falklands, a guerra das Malvinas. Não jogavam entre si, não jogaram entre si, não acabaram nesse classificando para aí tão longe, foram até a a segunda fase da Copa na Espanha, Inglaterra e Argentina que estavam em guerra 4 anos depois se enfrentaria no jogo famoso de Lamaro de de Deus do do Maradona. Não merecia aquela Copa Argentina. Digase de passagem. O Maradona merecia. Eh, não era o melhor time. Eu gostava da França, né? Mas tinha o Maradona, né? E a Argentina de 78. Eh, talvez pros deuses da bola e sem falar em junções políticas, tá? Porque a Argentina vivia o uma ditadura muito mais sanguinária, por exemplo, do que a brasileira. Eh, a Itália de 78 jogou muito mais do que jogou em 82. Seria melhor deus do futebol se a Itália tivesse vencido a Copa da Argentina 78 e o Brasil do Telê vencido a Copa 82. E é uma coisa maluca, porque a Itália de 78 era praticamente era 82. Só não tinha o Roberto Beegga que tava machucado no Mundial da Espanha. Eh, e não tinha até o jogo contra o Brasil, até o 5 de julho no Sarriá, o Paulo Rossa em boa forma. Ah, o Paulo Rossa jogou mal o primeiro jogo, jogou muito mal a segunda partida da Itália, jogou mal o terceiro jogo e a Itália empatou as três primeiras partidas. Quando a Itália vence então campeã Argentina, tô falando tudo isso na Copa da Espanel 82, quando a Argentina perde paraa Itália por 2 a 1, o Paulo Ross também não joga bem. Paulo Ross só vai jogar bem na quinta partida, quando ele faz três gols no Brasil, no Telê, na semifinal no Campo Novo, quando ele faz os dois gols da Itália contra a Polônia e nos três a na final do Santiago Bernabéu, o primeiro gol desse quadrador do Paulo Rossa, ou seja, o cara que não jogou nada, mas nada mesmo os quatro primeiros jogos, nos três últimos faz seis gols, vira o artilheiro da Copa 82 e o craque da Copa, ou seja, vai entender, nunca. E aquela Itália também ganhou entre outubro de 81 até novembro de 83 só quatro jogos. os quatro jogos que precisavam na Copa da Espanha. Vai entender. O próprio Brasil Penta não fez umas boas eliminatórias. Tivemos 104 jogadores convocados por quatro treinadores em 18 jogos de eliminatórias entre 2000 e 2001 para não formar um time, um time que só se formou na copa para ganhar os sete jogos e ser penta campeão. Vai entender. É, mas a Itália sempre que ganha é tirando, sempre vem capengando, ela vem se arrastando e cresce na na competição. Aí o medo quando a Itália vem bem é melhor não vai não. Eu acho que a única foi a última Copa que o o Fábio Carnavarro foi impecável em todos os jogos. Foi sobretudo na na reta de chegada. Isso. Ele foi impecável em todos os jogos, mas geralmente a Itália, aliás, tomou um gol de si mesmo só na Copa toda, que foi um gol contra.

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