Missão: o partido que vai acabar de vez com o Brasil?
0Seja muito bem-vindo a mais um episódio desse canal. Eu sou sobrevivente e você conhece o partido Missão, apelidado carinhosamente de Asfelinas pelo Nando Moura. O Missão é o partido do MBL. No dia 4 de novembro, o TSI oficializou a criação do partido. Com isso, ele se tornou o 30º partido oficialmente reconhecido aqui no Brasil. É com muita alegria que eu quero registrar no plenário desta Câmara dos Deputados que acaba de ter o julgamento do partido Missão do Movimento Brasil Livre por 7 a 0. tá oficializado o nosso partido. Com muito orgulho serei o primeiro deputado federal do partido Missão. Quero registrar o agradecimento ao nosso advogado Artur Rolo, que fez a sustentação oral brilhante agora no tribunal, a todos os militantes e coletores de assinatura do movimento Brasil Livre, do partido Missão, ao nosso pré-candidato à presidência da República, Renan Santos, pro qual muito orgulho farei campanha no ano que vem para um amigo, para um companheiro de movimento Brasil Livre e dizer a todos, esse é só o começo. do nosso projeto. No ano que vem, teremos candidato a presidente, candidatos ao governo do estado, ao Senado da República e para essa Câmara dos Deputados, para uma bancada do Partido Missão que eu espero liderar. Obrigado, presidente. O número que vai representar o Partido Missão nas urnas vai ser o 14. O partido diz que nasceu para acabar com privilégios dentro do serviço público, industrializar o Nordeste e enfrentar ostensivamente o tráfico de drogas e o crime organizado, inclusive com o slogan: “Prendeu, matou”. Desde 2019 não se criava um novo partido. Com tudo isso acontecendo, tem uma galera amando essa notícia, dizendo que agora o Brasil vai pra frente e que a missão é inevitável. Porém, tem outras pessoas que não gostaram nada disso, dizendo que não tem a necessidade de mais de um partido comendo dinheiro público e que inclusive o projeto de poder do MBL não tem boas intenções. A gente vai conversar sobre isso antes. Por favor, comenta um oi sobrevivente para me ajudar com o engajamento desse vídeo. E se você comentar oi sobrevivente, eu vou curtir o seu comentário. Vamos lá, sobrevivente. O que diabos é o MBL? E por que os caras criaram um partido? Tipo, já não tem partido demais, já sobrevivente. É o seguinte, o MBL é o movimento Brasil Livre, é um grupo político brasileiro que segue uma linha de direita liberal. O grupo foi criado, o movimento foi criado em novembro de 2014 por um grupo de jovens ativistas, entre eles o Kim Cataguiri, o Renan Santos, Ruben Nunes, Artur Val e Fernando Holiday. O MBL sempre defendeu bandeiras como privatizações, reforma da previdência, o fim de certos privilégios no serviço público, o projeto Escola sem partido e também apoiou, pelo menos inicialmente, algumas figuras como o ex-juiz Sérgio Moro e a operação Lava-Jato. O movimento teve momentos de grande destaque entre 2015 e 2016, por exemplo, o MBL ficou muito conhecido por liderar os protestos que pediam o impeachment da Dilma. Foi nesse período que o grupo começou a ser visto como uma espécie de nova direita no Brasil. Depois, entre 2016 e 2018, alguns membros do MBL entraram de vez na política, como Fernando Holliday, que foi eleito vereador em São Paulo. Nessa época, o grupo também apoiou o Bolsonaro na eleição de 2018, só que isso durou bem pouco. A partir de 2019, o MBL se afastou do governo Bolsonaro criticando as ideias como intervenção militar e a aliança já conhecida do Biruliro com Central. De 2022 a 2024, o movimento enfrentou algumas dificuldades. O MBL perdeu espaço nas eleições, teve membros que não conseguiram se eleger e ainda enfrentou escândalos como os áudios do Artur do Val. Artur do Val, meu gnominho da liberdade. O áudio do cara, né, mano? Eu juro para vocês, eu contei, foram 12 policiais deusas, deusas mesmo, assim que você casa e assim você faz tudo que ela quiser. Eu tô mal, cara, assim, eu não tenho nem palavras para expressar. Quatro dessas eram minas assim que você, tipo, humano, nem sei o que dizer. Se ela, se você limpa o dela com a língua, assim que essa guerra passar, eu vou voltar para cá. Além disso, houveram brigas internas até a saída de integrantes importantes como Holiday. O MBL também teve problemas para lançar candidaturas por outros partidos, como cidadania e o Podemos. Um exemplo disso foi quando o Kim Katagui teve a candidatura dele à Prefeitura de São Paulo Barrada em 2024. Por esses e outros problemas, os caras decidiram criar o próprio partido e não depender dos outros. A ideia é que, com uma sigla própria, os líderes e os políticos ligados ao grupo do MBL, ou partido Missão não precisem mais depender de outros partidos que muitas vezes são vistos como cheios de problemas, alianças duvidosas e até práticas antigas da política. A ideia é ser uma terceira via qualificada, nem Lula, nem Bolsonaro, mas um projeto que, nas palavras deles, faria o Brasil ir paraa frente. Projeto esse descrito no livro amarelo. Esse livro aqui que você pode comprar a trilogia pela loja dos caras. Sobrevivente, mas o que que é o livro amarelo? é o norte ideológico dos caras, a cartilha deles. Inclusive, muitos têm o hábito de me xingar no nos comentários aqui do canal dizendo que eu sou do MBL por não gostar nem do Lula e nem do Bolsonaro e nem de político de forma geral, tá? Eu quero que político se seja do missão ou de qualquer outro partido. Mas assim, deixando claro aqui, eu não sou do MBL. Aliás, eu não sou de nenhum grupo político ou ideológico. E eu jamais vou ser. Eu não sou um militante ou alguém tentando te convencer a acreditar no que eu acredito. Eu sou só um cara com hiper fofoque em pesquisas gravando a tela do computador e trocando uma ideia contigo. E eu não tenho pretensão nenhuma de ser qualquer coisa além disso. Às vezes você vai concordar comigo, às vezes não. E tá tudo bem, cara. Eu gosto de ter essa conversa contigo de igual para igual, como se fossem dois amigos conversando e dois amigos nem sempre concordam. Poxa, sobrevivente, então o MBL vai salvar o país. Tá todo mundo amando o Partido Missão Sobrevivente. Pelo contrário, tem uma galera p da vida com isso. Muita gente acha que o partido não tem uma ideologia bem definida e que ele só foi criado para garantir vantagens políticas e financeiras. Dizem que com o tempo o MBL foi mudando de lado, conforme era mais conveniente. O Fernando Holiday, que foi um dos fundadores do movimento, chegou a dizer que o Missão é um projeto sem direção, guiado por interesses financeiros e distante do que o MBL defendia no início. É, acabou de aprovar agora à noite o partido do MBL. Mas você sabe o que eles precisaram fazer para conseguir isso? Bom, primeiro tiveram que apagar da história deles isso aqui, ó. Às vezes que estiveram na casa do Bolsonaro recebendo o apoio dele, tiveram que apagar também isso daqui, ó. Às vezes que o Eduardo os recebeu em casa na época em que ninguém acreditava neles. Tiveram que apagar da história todas aquelas ideologias que o sistema não gosta muito, né? Tipo a defesa da liberdade de expressão. Lembra quando Mamãe Falei disse basicamente um bem feito pro Monarque por ele ter sido censurado? Olha aí continuar provavelmente. Com certeza. Sim. O que é crime agora, aparentemente o quê? Divulgar um conteúdo e falar: “Olha, isso aconteceu”. Sim. E você concorda com isso? Você concorda com isso? Então, acho que é pouco. Você acha que tô exagerando? Você já viu esse vídeo aqui, ó, do mesmo m Falei dizendo que a liberdade de expressão realmente, né, não pode ser tão livre assim. Ab as cartas para dizer sim, eu acho que em alguma instância a gente vai ter que acabar com liberdade de expressão. E é por isso que eu não canso de repetir que eu deixei esse grupo justamente por conta dessa falta de ideais. Eles fizeram tudo isso porque agora, mesmo que não elejam ninguém, vão ter ali alguns milhõezinhos de fundo partidário para manter uma estrutura básica o resto da vida. Tudo isso foi um processo. Eles apagaram aquilo tudo da história e se transformaram nisso aqui, ó. Esse aqui no canto da tela é o senor Kim Kataguiri. Mais ao centro tem a senhora Gaz Hoffman. Ali no cantinho perto do do Kim tem também o José Guimarães, aquele deputado do dinheiro na cueca, sabe? Pois é. Tiveram que se transformar nisso daí. Mudaram completamente de posição. Esqueceram as suas ideologias e os seus ideais para se render ao sistema. Você acha que é pouco? Lembra dessa fala aqui do Kim dizendo que o Bolsonaro tem que ir pra cadeia mesmo, independente da saúde dele? Olha só o que ele disse antes do julgamento, quando o julgamento do TSE tava longe. Jair Bolsonaro será preso condenado num processo ilegal, inconstitucional, com vício de competência e cerceamento à ampla defesa e contraditório. Meus amigos, o sistema agora tem uma nova cara. vão continuar lá com os bons e velhos partidos de sempre, os velhos políticos do Centrão, só que agora eles têm este novo partido aí com uma cara jovem que às vezes vai vir com discurso de direita, contra a bandidagem a favor da polícia, mas não se engane nas eleições do ano que vem viu a onscinha na bandeira, viu o número 14, viu o amarelo, preto e branco, toma cuidado. Na verdade é um lobo que se vestiu de ouvir. Bem pesado, né? Um ex-fundador de um movimento falar algo assim. Tem gente que fala que ele é simplesmente amargurado com o MBL. Já tem outros que dão total razão pro Holiday. Outra crítica forte é de que o MBL teria abandonado ideias que incomodavam o sistema, preferindo se aproximar de partidos como o MDB e o PSDB. Muita gente acredita que o foco deles agora é só parecer mais um partido comum. Tem também quem aponte que o verdadeiro objetivo da criação do partido missão seria conseguir acesso ao dinheiro público dos fundos partidário e eleitoral. Fundão eleitoral, esse que o Congresso ampliou para 4,9 bilhões. E só para lembrar, isso aqui é seu dinheiro, tá? Eu acho que a reclamação mais constante que eu vejo sobre o partido é justamente sobre o Fundão eleitoral, porque é uma parada que os caras criticavam muito no passado. A gente vê aqui esse post do King, mais de 2,5 bilhões foram gastos com os partidos em 2018. Olha só, 2,5 bilhões em 2018. Agora em 2025, esse valor tá em 4,9 bilhões. É uma sacanagem, né, cara? Enfim, voltando aqui à postagem. O fundo eleitoral e o fundo partidário somados custaram o total de 2,5 B. Apresentarei projeto de lei para acabar com essa imoralidade. E hoje o Quin defende o Fundão Eleitoral, defende o uso de dinheiro público para financiar campanha de político. E é uma parada que decepcionou uma galera na época, considerada uma das maiores hipocrisias do MBL. Segundo essas pessoas, o partido corre o risco de acabar sendo usado por pessoas que só querem tirar proveito, como já aconteceu com outras siglas no passado. Com isso, o receio é que o Missão vire um grupo, vira um partido que diz ter ideias de direita, mas que na prática faz o que a esquerda costuma fazer, só que com um discurso levemente diferente. É o famoso fazer o que o PT quer, senão o PT volta. Outro ponto que gera críticas em relação à omissão e ao MBL é o jeito autoritário com que alguns líderes, como Renan Santos e Artur Val, lidam com opiniões contrárias. O Artur Do tende a ser mais contido e irônico nesse ponto. É um cara mais do debate, literalmente no sentido de debater com outras pessoas. Já o Renan tende a ser bem mais explosivo e direto. Como ele é pré-candidato à presidência pelo partido missão, talvez com o tempo ele amenize o discurso ou talvez seja justamente agir assim, que carregue votos para ele, assim como foi com Bolsonaro. O problema é que, em alguns pontos, a militância acaba se tornando algo considerado criminoso para muitas pessoas, porque eles são acusados de expor dados pessoais de quem discorda, de fazer ataques organizados e até de envolver familiares nessas brigas. E tem gente que teme que se o MBL, se o Partido Missão chegar de fato ao poder, o medo é que eles usem a máquina pública para calar os adversários. Teve esse caso aqui do Stuart 2. Eu não vou ler essa postagem inteira porque são várias vários tweets nessa trad, mas dá para você ter uma noção de como a militância do MBL pode ser perigosa. Tá aqui, ó. Como uma simples crítica ao MBL fez com que eu e minha família virássemos alvo de uma rede de ataques coordenados iniciada pelo Renan Santos com exposição de dados. Até então essa pessoa era anônima. Montagem, racismo e até ataques a pessoinhas. Primeiro devo avisar para vocês, o conteúdo da trado, pois envolve crimes contra pessoinhas e intolerância racial. Enfim, indo pra história, foi no dia 22 de maio desse ano que tudo começou. Nesse dia fiz uma crítica ao fato de que o Renan Santos, líder máximo do MBL, tentou emplacar que políticos não são nossos funcionários. Eu não sei se o Renan realmente falou isso. A gente tá vendo essa história pela versão aqui do Stuart, né? Mas se o Renan falou isso, eu não consigo concordar, cara. Políticos têm que ser tratados como os nossos funcionários. é uma das máximas desse canal aqui, não é para ainda usar a política para cobrar, porque o nosso dinheiro tá sendo utilizado para pagar eles. Mas enfim, pois era claramente o malabarismo retórico dele para relativizar o jargão de que o político é o funcionário do povo. Essa posição do Renan coincide com algo que já havia sido defendido pelo movimento, a subordinação incondicional do eleitor quanto ao eleito, já que na visão dele o apoio condicional seria mais fraco do que o apoio irrestrito. No dia 26 de maio desse ano, ainda sendo criticado pela fala dele, o Renan expôs meus dados, declarou que conheceu mais quem eu era e foi além. Começou a fazer atax à minha aparência. Ou seja, no dia 26 de maio desse ano, quando ninguém mais na internet tinha acesso aos meus dados sensíveis e a foto do meu rosto, ele e a alta cúpula do MBL já tinham. Menos de 24 horas após a minha crítica, surgiu no Twitter uma conta falsa que, além de reproduzir dados sensíveis que foram trazidos à tona primeiro pelo Renan, se aprofundou no docing e postou inúmeras coisas pessoais. Cara, isso é isso é, enfim, o cara justifica dizendo que essa conta veio do MBL, foi uma retalhação por uma crítica ao MBL, inclusive expondo à imagem, à onde o cara morava e a família dele por conta de uma crítica ao MBL. Também existe uma crítica muito forte sobre o foco geográfico do partido, que seria muito voltado pro sudeste do Brasil, deixando de lado outras regiões. Para mudar essa imagem, recentemente, os caras foram até lá no Nordeste que teve a treta da fame gerada caixa d’água preta. Tudo começou quando o MBL lançou um projeto social chamado Leve Poços, com a ideia de levar água potável para comunidades carentes do sertão nordestino. A ação foi bancada por doações via PC, ou seja, os caras não utilizaram dinheiro público e fazia parte de uma tentativa do grupo de se aproximar das regiões onde tem pouca presença. A gente consegue ver aqui inclusive a página do Lev Postos. Tem a explicação aqui, inclusive o valor que você pode doar via Pix e o benefício que você recebe. No dia 27 de setembro, o grupo inaugurou um poço artesiano numa comunidade rural e instalou uma caixa d’água de 5.000 L. Só que o que chamou atenção foi que a caixa foi pintada nas cores preto, branco e amarelo, as cores do partido, na verdade a estrutura, né? Porque a caixa d’água foi pintada de preto. Isso foi o estopim para uma chuva de críticas e piadas nas redes. Teve uma galera que começou a dizer que com o calor do sertão, pintar a caixa de preto era de uma burrice extrema e muitos memes e críticas foram feitos sobre isso. Quero agradecer ao presidente do MBL, Renan Santos, por esse projeto revolucionário, levar água quente direto da caixa d’água para que os nordestinos possam preparar os seus cháis. Uma inovação que deveria se espalhar por todo o Brasil e quem sabe até chegar à Europa para acabar de vez com as chaleiras. Quem foi o animal do MBL que pintou uma caixa d’água de preto no meio do Nordeste? A água do consumo sendo deixada no reservatório torrando no sol do Nordeste. PQP é ser muito burro e ainda pintam com as cores do partido mijão. Eu não esperava ler Mijão agora. Sobre o MBL levar água para o Nordeste, para além da polêmica da cor da caixa d’água, nada mais velho na politicagem nordestina do que a inauguração de um poço artesiano às vésperas de uma eleição. A novidade é que é bancada por Pics de doadores. Sim, um projeto que qualquer vereador de bairro da menor cidade faria, a construção de um poço artesiano em uma comunidade. Já existem 1 estudos sobre a forma mais eficiente de se fazer. Porém, quando você pinta das cores do seu partido e diz que tá levando água pro Nordeste, fica evidente que é uma peça de marketing político de quem tá tentando angarear voto no Nordeste com essa pauta que já é saturada desde os anos 60 pelas oligarquias daqui. Só que as críticas não pararam por aí. teve quem acusasse o MBL de fazer propaganda política antecipada, já que pintar a caixa com as cores do partido poderia violar regras da justiça eleitoral e outros chamaram a ação de populismo disfarçado, lembrando justamente das práticas que o próprio MBL sempre criticou, como inaugurar alguma obra perto de eleição. Além disso, o partido já começou com um problema sério, uma investigação da Polícia Federal. O Missão foi suspeito de fraudar assinaturas e fazer arranjos políticos irregulares com a empresa chamada Refit Manguinhos. Aqui a reportagem do The Intercept na MBL coletou assinaturas sem avisar que era para criar partido, dizem signatários. Jamais assinaria o documento se soubesse sua realidade. Estava dobrada ao meio e ele me mostrou apenas onde eu deveria assinar. Só com algumas palavras já entendi a cilada que me meti. Enfim, a situação foi tão séria que uma juíza chegou a negar o registro do partido num primeiro momento e pediu uma investigação, embora depois a aprovação tenha sido confirmada e atualmente o partido existe. Por fim, há quem veja o Missão como uma direita permitida pelo sistema, que só existe porque não oferece riscos de verdade. A gente pode ver aqui, por exemplo, o MBL vai criar o seu partido, lembrem, são a direita permitida. Minhas críticas ao MBL não são sobre o agora, são pro momento em que eles tiverem o partido e começarem a jogar o jogo de verdade. Estou apenas plantando memória pública. Algumas dessas críticas dizem que o partido pode até ser mais autoritário e problemático que o próprio PT. Também tenho medo do partido virar um bolsonarismo 2.0 atraindo jovens que ainda não tm maturidade política suficiente para entender o que tá em jogo. Mas sobrevivente, cara, você tá feliz com a criação do partido Missão? Tipo, você tá gostando da criação do partido? Você ficou feliz com essa notícia, sobrevivente, sobrevivente, eu já desconfiava que você era do MBL, cara. Então confessa aí, cara, que você tá feliz? E assim, sendo bem sincero, tá? Eu não tô nem feliz e nem triste com isso. Eu tô só observando as peças do tabuleiro político se movendo. Eu não odeio os caras, eu não odeio o MBL, mas eu também não nutro nenhum afeto pelo movimento, nem pelo MBL, nem pelo partido Missão. O meu ódio por políticos me impede de minimamente nutrir um afeto por eles, assim como por qualquer outro partido ou por qualquer outro movimento. Mas é claro que tem muita coisa que eu discordo do MBL. A utilização do Fundão é uma delas. Eu acredito que se a ideia era ser um partido diferente, a melhor forma de fazer isso seria não utilizar o dinheiro público dessa forma. O discurso motivador e nada prático do MBL também me sua muito enganador. Lembra do que eu sempre digo aqui no canal? Não existe solução simples para problema complexo. Muitas vezes os caras do do Missão fazem parecer que para resolver um problema sério de décadas no Brasil é só fazer X. Ah, a corrupção tá acontecendo, mas é só fazer tal coisa. Ah, mas a economia tá caindo, mas é só fazer isso aqui. Ah, os níveis de violência estão aumentando, mas é só fazer. E assim, eu sei que esse discurso é um discurso eleitoreiro, é é normal, é padrão de político, mas me irrita porque ignoro uma série de variáveis. Não existe solução simples para problema complexo. Um ponto que eles acertaram, eu não li, certo, o livro amarelo, mas o ponto que eu acredito que eles acertaram é criar um projeto de país. Imagino que eles se inspiraram muito no que o Ciro Gomes fez. também seria uma forma de mostrar que as soluções apresentadas não são meras soluções simples, mas é algo que eu não vejo no discurso do dia a dia, digamos assim, da MBL. Mais uma vez, é claro que isso é feito para angarear votos, né? O próprio prendeu matou, por exemplo, não é possível com essa constituição, pelo menos não até onde o meu conhecimento sobre o assunto vai. E fazer uma nova constituição é um projeto que demanda uma articulação absurda, praticamente impossível no Brasil, pelo menos no momento. Tudo isso é estratégia para dizer o que as pessoas querem ouvir, mesmo que não seja possível fazer. Lembra disso? Porque isso é o modos operante de político, dizer o que as pessoas querem ouvir, mesmo que não seja possível fazer. É a mesma estratégia utilizada pelo Lula, é a mesma estratégia utilizada pelo Bolsonaro. E agora tá sendo a mesma estratégia utilizada pelo MBL. talvez até mesmo melhor aplicada. É uma estratégia política no final de tudo. E é justamente esse o ponto. Apesar das críticas que você pode fazer quando achar necessário, que você deve fazer, críticas que eu vou fazer aqui no canal quando achar necessário, os caras estão jogando jogo político e criar um partido tá dentro das regras do jogo. Os caras podem fazer isso. Movimentar uma militância tá dentro das regras do jogo. Os caras mais uma vez podem fazer isso. O jogo político é uma merda, é, mas o Missão tá jogando. Então não tem por ficar com raiva porque os caras fizeram um partido, os caras seguiram todo o protocolo, digamos assim, para conseguir fundar o partido. Eu não entendo todo esse ódio também por conta da criação do missão. Os caras fizeram, até onde eu sei, de forma legal, então não tem por reclamar disso. O que me deixa um pouco pensativo nesse caso é a militância do MBL, porque a gente pode simplificar, isso aqui é minha visão, tá? Isso aqui, informações tiradas, você sabe de onde, mas a gente pode simplificar dizendo que existem dois tipos de militantes no MBL e consequentemente no partido Missão. O primeiro tipo é aquele cara que cansou da velha política e vê no partido Missão a última esperança de algo dar certo aqui. Então o cara se engaja na esperança do Brasil ir pra frente, do partido ser diferente dos outros, até usam as cores do partido nas redes sociais. Muitos desses caras conversam comigo nos comentários, discordam de mim, mas são bem respeitosos. Inclusive o que eles mais comentam é: “Sobrevivente, dá uma olhada em tal projeto do Kim sobrevivente, vê o último vídeo do Artur que ele explica essa sua dúvida aí, cara. Sobrevivente, mas a proposta do Renan é possível. O cara explica melhor nesse vídeo aqui. E eu realmente fico surpreso com a educação dos caras. É uma estratégia para tentar me jogar para MBL? Claro que é, com certeza. Mas isso para mim é uma militância bem feita. Os caras discordam, acrescentam o conteúdo e sugerem que eu veja algo do MBL sem tretar, sem me xingar, simplesmente conversando. Os caras são inteligentes, tá? E eu acredito que essa é a melhor forma de mudar a opinião de alguém ao invés de sair tretando. O problema é que essa militância inteligente do MBL é uma minoria. A maioria, pelo menos a maioria, que eu sou obrigado a interagir nos comentários, tá? Eu não sei, eu não estou falando do movimento como um todo, mas a maioria da militância que eu interajo nos comentários é feita de jovens ou adolescentes que tornaram missão e o MBL numa seita, onde qualquer pequena crítica ao MBL se torna algo punível de doxin, exposição, spam, ameaças, dentre outras coisas, quase como um gabinete de ódio mesmo. A missão é inevitável. prendeu, matou ou qualquer outro xingamento aleatório porque eu disse que o King não merece ser idolatrado. Eu chego a ter pena dessa galera, principalmente a galera mais jovem, porque claramente eles sofreram uma lavagem cerebral pelo sentimento de pertencimento a um grupo. É uma galera imatura demais para perceber que não existem heróis ou boas intenções no jogo político, por mais bem disfarçado que um político ou movimento possa ser. Eu tenho um receio real, isso aqui já é algo particular, tá? Eu tenho um receio real do MBL se tornar uma versão piorada e mais extrema do bolsonarismo. Mas isso já é uma questão pessoal minha mesmo, um conceito não é nem um preconceito que eu tenho contra políticos e movimentos políticos. E eu nem mesmo digo isso como uma crítica ao MBL, mas eu digo isso como uma crítica a qualquer político e a qualquer movimento. Pode ser um defeito meu, mas simplesmente, cara, não me entra a ideia de ter uma classe tão privilegiada como a dos políticos, que basicamente ferram o próprio país para benefício próprio. A ideia que eu tenho, mais uma vez, eu posso estar errado, isso aqui é uma percepção minha, é que para ter governabilidade, qualquer partido tem que se render ao mecanismo. tem que se render, por exemplo, ao centrão, tem que se render à corrupção, acordos que talvez não sejam nem corruptos, mas que beiram a ilegalidade ou pelo menos a quebra da ética. E eu não vejo como a longo prazo o MBL possa ser diferente. Só que, claro, você é livre para discordar. Eu só não consigo ter esperanças de que exista um partido diferente no Brasil. Eu só não consigo ter esperanças de que existam políticos realmente bem intencionados aqui no Brasil. É claro que tem uns que trabalham bem mais do que outros. O Kim, por exemplo, independente das discordâncias que você possa ter sobre ele, ele trabalha muito. Se ele trabalha bem ou não, beleza, isso aí é uma questão pessoal sua, mas o cara trabalha muito. Mas assim, quem sabe o Missão não nos surpreende, né? aos eleitores do Partido Missão que sempre me respeitaram aqui nos comentários, sempre discordaram, porém com mais profundo respeito, fica o meu mais sincero agradecimento a vocês. De verdade, cara, eu gosto de verdade de trocar uma ideia com cada um e o respeito de vocês me traz esperança de mais diálogos sadios pela internet. A base mais jovem tá vindo bem preparada pro debate, debate mesmo, não, discussão, mas também não deixem de questionar o próprio partido, senão vocês vão ser apenas uma versão pior de um petista ou de um bolsominion. E eu tenho certeza que vocês odiariam isso. Se na cabeça de vocês partido missão é realmente diferente da velha política, sejam diferentes dos velhos eleitores com os cérebros bitolados pela ideologia e questionem próprio movimento. Se você quer de fato que o missão seja diferente de alguma forma, questione o próprio movimento, que é algo que petista não faz, que é algo que bolsonarista não faz, que é algo que o eleitor médio não faz. Por favor, compartilha esse vídeo com seu amigo que ficou feliz ou triste demais com a criação do Partido Missão. Seria impossível trazer esse vídeo até você sem a ajuda do pessoal que paga o meu salário. Então eu quero agradecer muito ao Jonathan Rodriguez, ao Zanatas, agradecer ao Eduardo, ao Nelso, Bilionário, ao Uncle Luke, ao Grove Lake, ao Amy Chris, agradecer também ao SAP Corrompido, ao Gladson Taciano, agradecer aqui ao Marcos Vinícius e a cada um dos membros desse canal. Membros que tm acesso a conteúdos exclusivos, acessa aos mapas mentais, acesso a vídeos antecipados, acesso a nossa comunidade no Telegram, acessa ao nosso curso Prêmio de Sobrevivência no Brasil. São três planos disponíveis e você escolhe o que for melhor para você. E se você não pode ou não quer se tornar um membro, seu comentário, seu engajamento, sua curtida, o seu rpar me ajudam muito e eu sou muito grato a você por isso. Aproveita e assiste esse vídeo que tá aqui no meio da tela também tenho certeza que ele vai ser interessante para você. E a gente se vê no próximo vídeo.









