Mistério nas Profundezas: O Que Foi Encontrado na Fossa das Marianas?
0Existe um abismo no meio do Oceano Pacífico Ocidental, que é considerado como um dos cantos mais interessantes, ainda que inexplorado, do planeta. A Fça das Marianas, um território tão remoto e inacessível que sinais de rádio não o alcançam e que poderia facilmente abrigar testes secretos sem levantar suspeitas. Localização do ponto mais profundo já identificado nos oceanos, com cerca de 11.000 m de profundidade. Um abismo onde a luz solar jamais penetra, o som se dispersa e a pressão é tão brutal que esmagaria qualquer ser vivo, sem uso de proteção adequada em questão de segundos. Por décadas, esse lugar permaneceu fora do radar da maioria dos humanos, mas isso está mudando. Antes visto apenas como um mistério científico, o local hoje ganha contornos de disputa internacional, exploração mineral, avanços tecnológicos e estratégias militares. Venha com a gente mergulhar nas profundezas desse território extremo e descobrir por aça das Marianas é muito mais do que um simples buraco no fundo do mar. Que bom estarmos juntos mais uma vez. Espero que esteja tudo bem com você. A partir de 1000 m de profundidade, os raios solares não alcançam mais e o oceano se transforma num ambiente gelado, opressivo e silencioso. As temperaturas se aproximam de zero e junto à ausência de luz e uma pressão absurda criam um cenário que parecia incompatível com qualquer forma de vida. No entanto, é exatamente nesse ambiente, na chamada zona Adal, uma extensão de 6000 a mais de 11.000 1000 m que se encontra a fça das Marianas. E surpreendentemente a vida aí. Mesmo diante de condições tão extremas, ela abriga criaturas fascinantes. Algumas são translúcidas, outras bioluminiscentes. E há ainda bactérias que sobrevivem se alimentando de elementos químicos, como o enxofre. Nada de luz solar, nada de fotossíntese. A vida por lá se sustenta com base em processos químicos. Foi nesse local que pesquisadores encontraram peixes que habitam a maior profundidade, mais de 8100 m. Um fato que desafia teorias anteriores acerca das quais seriam os limites da vida sob pressão. Esse tipo de ecossistema nos oferece pistas sobre a origem da vida na Terra e a possibilidade de vida em outros planetas ou luas que também possuam ambientes extremos. A fça é mais de 13 vezes mais profunda do que qualquer prédio do mundo. E ainda assim faltariam alguns metros para chegar ao fundo. E o detentor do posto, o Burs Khalifa, localizado em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, tem 828 m de altura. Imagina um edifício com quase 1 km. Isso ilustra o tamanho da profundidade em questão chamada de Challenger Deep. A região mais próxima está localizada a cerca de 200 km. É a ilha de Guam, um território administrado pelos Estados Unidos. No entanto, a força das Marianas se encontra fora da zona econômica exclusiva de qualquer país, apesar de sua proximidade com Gom garantir aos Estados Unidos uma certa vantagem geopolítica clara. Por ser um ambiente tão remoto, é lógico que o local é alvo de curiosidade. A primeira tentativa séria de medir a força foi em 1875, com a missão britânica Challenger. Eles registraram cerca de 8.184 m. Já em 1960, o Batescafo Trieste, um tipo de submarino sem propulsão própria da marinha americana, levou dois homens ao ponto mais fundo conhecido. A viagem durou quase 5 horas, mas a visibilidade no fundo foi muito baixa em razão dos sedimentos suspensos. Essa trincheira submarina é envolta em diversos mistérios que ainda não foram explicados. Em 1968, o submarino USS Scorpion desapareceu no Atlântico. Meses depois, a Marinha americana conduziu uma operação classificada chamada operação S DAR para investigar estranhos sinais captados no Pacífico. O destino da missão era os arredores da fosssa das Marianas. Documentos revelados décadas depois da operação indicam a presença de um objeto submerso não identificado, que parecia emitir pulsos eletromagnéticos. Ele não se movia como submarinos comuns e desapareceu dos radares em segundos. A Marinha norte-americana nunca comentou oficialmente. Já em 1997, a Noa, administração oceânica atmosférica dos Estados Unidos, registrou um som de baixa frequência vindo do Pacífico Ocidental. O nome dado foi de Blub e sua origem foi tida como inconclusiva. Por um tempo, alguns especularam que fosse gelo se quebrando ou movimento de placas tectônicas. O detalhe desconfortável é que o som foi captado próximo à região e sua amplitude era tão gigantesca que só poderia ser produzida por algo colossal ou por alguma tecnologia ainda não revelada. Pesquisadores também descobriram na área a presença de estruturas metálicas incomuns no leito marinho e que não aparecem em mapas oficiais. Elas são formadas por âncoras gigantescas, módulos de energia e cabos que não pertencem a nenhuma instalação registrada. Alguns acreditam que são sensores sísmicos usados para prever terremotos. Outros que fazem parte de uma rede ultra secreta de monitoramento submarino, tanto ambiental quanto estratégico. Há até quem diga que seriam bases móveis camufladas para coleta de dados. A teoria de bases no local não é algo novo. Durante a Guerra Fria, surgiram especulações sobre possíveis bases submarinas ultra secretas da região. A profundidade extrema ofereceria o esconderijo perfeito para testes, comunicação sigilosa e tecnologias avançadas, inclusive sondas não rastreáveis. Embora nunca comprovada. A teoria voltou à tona em 2020, quando documentos da Marinha dos Estados Unidos vazaram. mencionando a instalação Deep Gate Omega, supostamente localizada a mais de 9.000 m. Segundo o relatório, ela abrigaria laboratórios para estudar organismos extremos e anormalidades comportamentais. Alguns cientistas propõem que sob a crosta oceânica da fossa das Marianas exista uma camada ainda desconhecida composta de material ultracondutor. Essa hipótese se baseia em leituras incomuns de magnetismo, gravidade e condutividade. Essa camada poderia armazenar calor ou até servir como uma espécie de bateria geológica. A aplicação prática disso para energia limpa seria imensa. Contudo, até agora ninguém teve permissão para perfurar a área. Em 2012, o diretor James Cameron, mais conhecido por filmes como Titanic e Avatar, desceu sozinho com um submersível projetado por sua própria equipe. Já em 2019, o ex-militar Víctor Vescofo alcançou quase 11.000 1000 m usando tecnologia de ponta. Mas mesmo com todos esses avanços, mais de 80% do fundo dos oceanos ainda não foi mapeado e 91% das espécies marinhas são desconhecidas pela ciência. Impressionante isso. De fato, sabemos mais sobre a superfície de Marte do que sobre o próprio fundo dos nossos mares. Os mistérios envolvendo a fenda abissal nunca pararam e satélites militares russos detectaram em 2013 uma mudança abrupta no campo magnético diretamente sobre a região da força. Durante 36 horas, os sensores captaram um distúrbio semelhante ao causado por tempestades solares, mas sem atividade solar correspondente. A anomalia foi mantida em sigilo até vazamentos em 2018. Alguns cientistas acreditam que o distúrbio possa estar ligado a grandes concentrações de metais ou movimentação de placas tectônicas. Outras fontes ligadas a grupos de pesquisas independentes falam que os distúrbios foram causados por interferência artificial. Em 2015, o drone japonês Sky MK4 captou uma sequência de fleches de luz azul esverdeada em plena escuridão madal a mais de 10.000 m. A origem não era bioluminiscência animal. A análise espectral mostrou que se tratava de emissão de fótons com padrão tecnológico, não natural. A filmagem nunca foi tornada pública e a explicação oficial foi de falha nos sensores. No entanto, quem viu as imagens afirma que os padrões lembravam código Morse. O aparecimento das luzes nas profundezas também não é algo incomum. Inclusive, uma das maiores curiosidades sobre a força das Marianas são os relatos recorrentes de luzes que parecem se mover no escuro absoluto. Relatórios de expedições chinesas e americanas documentam pontos de luz que piscam e mudam de direção com uma rapidez incomum. Enquanto os cientistas afirmam que podem ser organismo bioluminiscentes desconhecidos, alguns engenheiros argumentam que os padrões de movimento lembram de veículos inteligentes. Um deles descreveu o fenômeno como drones, que não deveriam estar lá. Menos de um ano depois, em 2016, pesquisadores captaram novamente um som misterioso vindo de uma região próxima à fça das Marianas. O barulho foi apelidado de The Up Sweep, com uma sequência rítmica de tons ascendentes com origem desconhecida. Apesar das investigações, ninguém sabe ao certo o que produz o som. Não é compatível com nenhum animal conhecido, nem com atividade sísmica. Alguns sugerem que pode ser resultado de movimentações geológicas não catalogadas, enquanto outros acreditam em algo mais. Estudos recentes revelaram microorganismos encontrados a mais de 10.000 m de profundidade, capazes de regenerar seu DNA após exposição à radiação e pressões destrutivas. Esta descoberta chamou a atenção de centros militares e farmacêuticos. Fontes internas relatam que amostras foram levadas para laboratórios do governo dos Estados Unidos e da China, com o objetivo de desenvolver medicamentos e até sistemas biotecnológicos de defesa. Os detalhes, como sempre, permanecem sob sigilo. Além da vida marinha, também foram encontrados microplásticos, resíduos químicos e até lixo industrial na fossa das Marianas, o que mostra que nem mesmo o ponto mais remoto do planeta está livre dos efeitos malignos da ação humana. Imagens térmicas registradas por drones submarinos indicam que pode haver um sistema vulcânico ativo abaixo da crosta marinha na região da fosse. Isso explicaria anomalias térmicas e variações magnéticas. Se for confirmado, será um dos vulcões mais profundos da Terra e também um dos menos compreendidos. Tal atividade pode afetar correntes oceânicas, liberar minerais valiosos e, segundos alguns teóricos, criar bolções de gases que seriam capazes de afundar embarcações sem deixar vestígios. O fundo da fça também abriga nódulos polimetálico, que são aglomerados minerais altamente ricos em elementos como níquel, manganês, cobalto e terras raras. Esses minerais são cruciais para a fabricação de baterias, motores elétricos, turbinas e tecnologias verdes. Pode ser que você já esteja pensando que devido a isso já exista discussões sobre quem teria o direito de explorar o local. E sim, você acertou, países como China e Estados Unidos, para variar, já estão disputando espaço na região. A China firmou acordos com ilhas do Pacífico para a exploração, enquanto os Estados Unidos liberaram novos decretos, permitindo a exploração mineral fora de sua jurisdição direta. A busca pelos recursos do fundo do mar tem se intensificado. A China já domina o refino de boa parte dos minerais críticos. Os Estados Unidos, por sua vez, tentam diversificar a sua cadeia de suprimentos. Enquanto isso, aliados como Japão e Noruega buscam avançar suas próprias explorações. França e Alemanha, em contrapartida, pedem mais estudos antes de liberar a exploração em larga escala. Inclusive, em 2021, imagens de satélite mostraram embarcações chinesas navegando sem identificação entre Guam e a Micronésia, em uma rota que tangencia a fossa das Marianas. As autoridades afirmaram se tratar de pesquisas oceanográficas. Contudo, dados obtidos por jornalistas investigativos indicam que robôs submersíveis estavam sendo lançados repetidamente num ponto específico, onde anteriormente havia sido detectado um campo eletromagnético em comum. Obviamente, nenhum relatório oficial foi publicado sobre missão. Ainda em 2021, foi a vez de pesquisadores japoneses relatarem o avistamento de organismos que desafiam a biologia conhecida. Com uma câmera acoplada a um drone submarino, capturaram estruturas que se movimentavam, mas sem formas típicas de vida, como olhos, nadadeiras ou bocas. Esses seres pareciam reagir à luz artificial e à presença do veículo. O mais bizarro, ou seria incrível, é que em questão de segundos pareceram derreter e desapareceram no sedimento. O vídeo nunca foi liberado integralmente ao público, mas foi debatido em fóruns acadêmicos sob o codenome Eco pesquisas de altíssima resolução foram feitas por uma equipe de Nova Zelândia, sugerindo a existência de uma segunda depressão abissal que seria ainda mais profunda que o Challenger Deep, localizada apenas alguns quilômetros ao sul. Os geólogos da Nova Zelândia detectaram também formações rochosas que lembram entradas como portas naturais a cerca de 10.500 m de profundidade. Elas se abrem em direção a câmeras subterrâneas cheias de gás e compostos metálicos. Essas aberturas podem funcionar como respiradouros naturais, mas há quem afirme que sejam evidências de túneis geológicos interligando regiões do oceano ainda desconhecidas. Uma teoria sugere que esses túneis podem levar a bolsões de magma ou até mesmo a ecossistemas isolados. Se confirmada, isso reescreveria mapas oceânicos e talvez explicaria parte das anomalias gravitacionais registradas na área. Com isso, o local exato foi ocultado com a alegação de proteger a integridade da missão científica. A NASA já declarou que estudar a fça das Marianas pode ser um ensaio para futuras missões na Europa, a lua de Júpiter, e no Encélado, a lua de Saturno, já que ambas têm oceanos sob camadas de gelo, ambientes muito parecidos com a força. Alguns astrobiólogos sugerem que se encontrarmos organismos únicos por aqui, eles podem ter origens além da Terra. Uma hipótese radical sugere que certas formas de vida chegaram à Terra em cometas e se adaptaram ao ambiente extremo do fundo do mar. A disputa por esses recursos virou uma corrida tecnológica e diplomática, em que o que está em jogo não é apenas o lucro, mas a soberania digital e energética do futuro. Especialistas alertam que a mineração submarina pode danificar ecossistemas que levaram milhões de anos para se formarem. Sedimentos agitados podem sufocar organismos frágeis, liberar carbono armazenado e destruir habitates ainda inexplorados. Com isso, empresas como Google, BMW e Samsung, junto a mais de 30 nações, pedem uma suspensão temporária da mineração até que os impactos sejam plenamente compreendidos. Mesmo assim, as máquinas continuam operando. Autoridade internacional dos fundos marinhos, pertencente a ONU, tenta criar normas globais, mas enfrenta obstáculos políticos e comerciais. A gente já sabe como funciona. Você sabia que quase todo o tráfego de dados do mundo passa por cabos submarinos? Pois é, são mais de 1.400.000 1000 km de cabos interligando países e continentes. Muitos deles estão em regiões de difícil acesso, inclusive próximas à fossa das Marianas. Robôs chineses foram desenvolvidos para manipular ou cortar esses cabos. Oficialmente, eles são usados para manutenção, mas o potencial de uso militar é innegável. Claro, controlar o fundo do mar também significa controlar a informação. Ser a depressão oceânica mais profunda representa mais do que um ponto geográfico. É um símbolo da última fronteira da Terra, um território onde ciência, poder e ambição colidem. Explorá-la ainda é caro, arriscado e complexo, mas cada mergulho revela novas descobertas e mostra o quanto ainda desconhecemos o nosso planeta. Mesmo com toda a disputa, a fça das Marianas continuará sendo um dos lugares mais inexplorados e estranhos da Terra, e, quem sabe um lugar para guardar seus segredos e também os de fora. Se há algo ali embaixo que o mundo não deveria ver, talvez já esteja sendo cuidadosamente escondido. O que você acha desse assunto? Que você acha de todos esses mistérios? Acha que vamos achar na trincheira submarina mais famosa do mundo? Deixe nos comentários as suas impressões, suas especulações. Você também tem o direito de participar? Nós agradecemos muitíssimo a sua companhia, sempre especial. A gente se vê num próximo vídeo.