Mulheres não tem Hobbies, e não querem que o homem tenha.

0
Share
Copy the link

Olá, galerinha do mal, aqui é a Kakaiju. Eu precisava passar aqui para dizer o quanto sou grata a cada um de vocês. Nossa da Caiu tá quase chegando em 50 membros e eu nem sei como agradecer por isso. De verdade. É emocionante ver tanta gente reunida para ouvir, pensar, discutir, rir, se irritar junto e, acima de tudo, caminhar juntos nessa jornada. É muito especial poder dividir minhas ideias, abrir meu coração e ver tanta gente abraçando isso comigo. Vocês fazem tudo valer a pena. Obrigada por cada apoio, cada palavra, cada tempinho que vocês passam aqui comigo. Vocês são incríveis. Bora continuar crescendo, espalhando o pensamento livre e segurando essas verdades juntos. Hoje eu quero abrir um assunto que me irrita de verdade, principalmente sendo mulher, porque eu vejo isso de perto. Por que que parece que mulher não tem hobby? E pior, por que que parece que não deixa o cara ter também? Todo mundo já viu algum meme do cara tentando jogar videogame quietinho, feliz da vida e de repente vem a namorada ou a espola para acabar a diversão, pedir atenção, fazer birra, todo mundo ri, mas é real. E eu falo isso com conhecimento de causa, porque eu mesma sempre quis ter hobby, sempre quis ter amigas para jogar RPG, videogame, fechar grupo e jogo online e quase nunca consegui. E o motivo é simples. Muita mulher desiste na primeira dificuldade porque foram criadas assim. Desde pequena a sociedade trata a gente como se fosse de vidro. A menina faz tudo errado e todo mundo acha fofo. Ninguém corrige, ninguém incentiva a melhorar. É diferente do menino que quando erra ou faz feio leva bronca, é forçado a tentar de novo, ouve zoeira, mas aprende. Quer ver o exemplo clássico? Educação física. Toda menina ela viveu isso. Vai dar um chute na bola, chuta torto, erra tudo e a turma toda acha engraçadinho. O professor não corrige de verdade, os colegas não cobram. Já o menino se faz a mesma coisa, é zoado na hora, é obrigado a treinar mais, a se esforçar, porque para ele não tem coitadinho. E aí que nasce a diferença. Desde novinha, a menina não é treinada a gostar de dificuldade. Não cria gosto por errar e melhorar. Não aprende a competir de verdade, não entende que errar faz parte. E quando cresce, isso vira fuga. Na adolescência eu mesma via todo dia na escola. A maioria das meninas inventava qualquer desculpa para não fazer educação física. E quando viam que não tinha como fugir, puxavam o super trunfo. Ah, tô naqueles dias e pronto. Nenhum professor quer discutir, ninguém quer forçar, todo mundo passa pano e é assim que se cria um padrão. Não tem pressão, não tem cobrança, não tem disciplina. E depois quando vira adulta, foge de tudo que é hobby, que exige dedicação. Fica mais fácil ficar na frente de uma tela vendo novela, dorama. E eu mesma adoro dorama, mas eu sei a diferença. Um hobby de verdade exige treino, repetição, frustração, paciência e muita mulher não aguenta porque nunca foi treinada para isso. Daí essa mulher cresce sem hobby, sem vontade de ocupar o tempo com algo que exige esforço de verdade. E quando vê o cara curtindo dele quietinho, se incomoda, porque quem não tem nada para chamar de seu, acaba querendo que o outro também não tenha. E isso eu não tirei de texto nenhum, eu vivi na prática. Eu mesma já tentei ter amigas para jogar RPG, criar grupo online, explorar jogos diferentes, mas era sempre um drama. Quando eu achava uma amiga para isso, era questão de tempo até sumir do mapa. Aqui no Brasil tudo é corrido. As pessoas se enrolam, largam as coisas pela metade ou trocam por qualquer outra prioridade. E se não sumia, era outra dor de cabeça. Virava a pessoa mais tóxica do jogo, não sabia lidar com a derrota, criava confusão, xingava os outros e ainda tinha sempre quem passasse a mão na cabeça, fingindo que estava tudo certo. E se por milagre eu achava uma amiga que dava liga de verdade para jogar junto, logo aparecia um namorado ciumento para cortar tudo pela raiz. Resultado, volta para estaca zero. E é assim que fica. Quem tenta ter hobby acaba ficando sozinha ou acaba jogando apenas com garotos. Isso, pelo menos os hobbies que eu gosto, né? Inclusive aqui no Brasil é impressionante como a galera começa a namorar e some do mapa. Quem nunca perdeu um amigo porque ele começou a namorar, né? Some do hobby, some dos amigos, a vida própria, vira sombra grudada em uma pessoa só, como se não existisse mais nada fora dali. Isto é péssimo porque a amizade acaba, a hbre acaba, a cabeça pira, o casal vira uma panela de pressão sem saída. Mas enfim, isso aí é assunto para outro vídeo, porque dá para falar muito disso e não para por aí. O problema não é só que muita mulher não faz questão de ter o hobby para chamar de seu, é que ela também não deixa o cara ter o dele em paz. Todo mundo já viu isso. Meme, vídeo, piadinha. O cara tá lá depois de um dia inteiro trabalhando, estudando, segurando problema, pagando boleto. Tudo que ele quer é jogar um pouco de videogame, falar a besteira com os amigos, focar em qualquer coisa que desligue a cabeça. Aí vem a famosa: “Ah, você liga mais para esse joguinho do que para mim.” E para completar ainda solta que homem é infantil porque gosta de videogame, de bonequinho, de futebol, de qualquer coisinha que vire hobby. Mas para para pensar, se homem é infantil por gostar de jogo e de coisas para relaxar, então o que dizer dos romances que fazem sucesso entre as mulheres? É uma história mais bobinha que a outra. É fanf? É príncipe milionário, é vampiro que brilhada no sol? é bilionário que se apaixona em três páginas, que é coisa mais fantasiosa e infatiloide que isso. Só que aí ninguém chama de imaturo, pelo contrário, acha normal, porque é confortável e não exige esforço nenhum. E tem uma piada que eu adoro que explica isso melhor do que qualquer tese. É do Abner Dantas, um comediante brasileiro que fala mais ou menos assim: “Homem transforma tudo em hobby. Se fosse para lavar roupa, o homem inventava campeonato de quem lava mais rápido. Criava time, uniforme, troféu, uma hora virava até esporte. E é verdade, homem faz de qualquer coisa um hobby, um jogo, uma meta. É o jeito que ele tem de dar sentido pra rotina, de competir, de melhorar. É da natureza do homem. Jordan Peterson fala muito sobre isso, que homens biologicamente tem mais traço de competitividade, sistematização, foco em meta, enquanto mulheres preferem coisas que dão conforto imediato, sem atrito, sem disputa. Thomas Swell e o Warren Farell também mostram isso. Homem canaliza energia para coisas estruturadas, seja esporte, videogame, barbearia, clube de moto, time de futebol, podcast, qualquer coisa. que junte um grupo e tenha um objetivo que vai além do só existir. Enquanto isso, a maioria das mulheres acaba escolhendo hobbies mais tranquilos e passivos, novela, rede social, livro, série. E sim, isso é hobby também, não tem nada de errado, mas é um hobby passivo que não exige muito da gente além de sentar, consumir e relaxar. Não desafia, não frustra, não faz você treinar paciência ou disciplina. E principalmente não tem um ponto onde você possa falhar, competir ou precisar melhorar de verdade. E aí mora o ponto: Hobby passivo é bom, faz bem, ajuda a desligar, mas hobby ativo também é essencial. O problema é quando o cara quer ter um hobby que exige foco, dedicação, tempo e ela que não tem ou não entende acaba dando menos valor. Acha que é perda de tempo, acha que é fuga, acha que é disputa de atenção, mas não é nada disso. É questão de sanidade mental mesmo. E o pior é que quando o homem abre mão do hobby para evitar briga, quem perde não é só ele, é o relacionamento todo. Porque sem hobby ele vira refém emocional. Não tem respiro, não tem tempo dele, não tem rede de amigos. Aí quando a mulher reclama que ele tá distante, que tá irritado, que não tem paciência, esquece que foi ela que destruiu a válvula de escape dele. Quem entende disso é o Roger Scruton, que dizia que o lazer saudável faz parte da liberdade individual. Tirar isso é microcontrole, é manipulação disfarçada de carinho. E assim vai. Homem tenta ter hobby, videogame, esportes, música, animes, qualquer coisa. E sempre aparece alguém para reclamar. E se a mulher não tem hobby próprio, piora. Quem não tem mundo puxa quem tem para dentro de uma bolha sem graça. E aí eu penso, em vez de atacar e destruir esse escape que é tão importante pra cabeça dele, por que não tentar entrar junto nisso? Em vez de fazer cara feia pro hobby, tenta achar uma forma de participar também. Vai lá, entra no grupo de amigos, joga junto, aprende de verdade, se esforça para ficar boa. E sabe o que é mais engraçado? É bem capaz que daqui a pouco seja você mesma que vai estar chamando ele para testar um jogo novo, organizar partida, criar estratégia. Se assusta muito com o jogo difícil, começa devagar, pega o joguinho mais simples para aprender o básico. Um estádio vale para jogar dois, cuidar da fazendinha, organizar rotina, é ótimo para entender ritmo, repetição, cooperação. Ou um slime rancher, que é esse joguinho colorido aí, tocando no fundo, perfeito para entender movimentação, câmera, explorar sem stress. Quando pegar gosto, testa um survival mais desafiador, tipo grounded ou até um The Forest, se não for medrosa, claro, vai evoluindo e quando vê tá ali dividindo o hobby, crescendo junto, em vez de ficar puxando o outro para dentro de uma bolha de tédio e obrigações. Mulher pode ter hobby, homem pode ter hobby, todo mundo deveria ter. Mas para isso precisa de uma coisa que tá em falta: casca. Paciência para errar, disciplina para aprender, respeito pelo espaço do outro. Sem isso, não tem hobby que sobreviva e não tem cabeça que aguente. E se você é mulher, escuta de coração aberto. Para de sabotar o teu hobby. Para de sabotar o hobby do outro. Vai doer um pouco no começo? Vai, porque o hobby cansa, irrita, frustra. Mas é isso que faz a gente crescer. E quem não cresce estaciona e quem estaciona atrapalha quem quer andar. Então, bora sair da bolha, bora aprender a ter um canto nosso, uma coisa nossa, uma vida fora do nós dois grudados. No fim das contas, quem tem hobby tem menos tempo para surtar, para desconfiar, para podar e tem muito mais chance de ser alguém mais leve, mais feliz e muito mais interessante também. Se isso fez sentido para você, curte o vídeo, comenta o que pensa, manda para alguém que precisa ouvir isso. Pode até mandar para sua namorada ou namorado. E para não perder o costume, se eu não te fiz pensar, pelo menos te irritei. Sì. [Música]

Comments

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *