“Não quero a paz!” Por que Kim Jong-un virou definitivamente as costas para a Coreia do Sul?

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Caros amigos, bem-vindos a mais um episódio de hoje no Mundo Militar. Neste vídeo falaremos sobre porque o ditador norte-coreano King John 1 está dando sinais claros de que não tem mais nenhum interesse em manter negociações de paz com a Coreia do Sul. A sua empresa pode Jaim Miung, do Partido Democrático da Coreia do Sul assumiu a presidência após uma eleição relâmpago desencadeada pelo impeachment do seu predecessor Yun Sukuk. Yu lee fez campanha com uma plataforma de reforma econômica e prometendo, acima de tudo, o descongelamento das relações com o norte. E foi nesse sentido que agora, no final de julho, ele estendeu um ramo de oliveira, fazendo um chamamento oficial para novas negociações de paz com a Coreia do Norte, visando aliviar as hostilidades. E como gesto de boa vontade, Lee baniu o lançamento de balões em direção ao norte por ativistas sul-coreanos denunciando o regime de Kim. Balões que durante anos levaram panfletos, pen drives com filmes e séries sul-coreanas e até mesmo bíblias. Lee também suspendeu as transmissões de altofalantes com mensagens contra a ditadura norte-coreana ao longo da fronteira e fechou as transmissões de rádio de ondas curtas de propaganda que vinham sendo emitidas para o norte há mais de 50 anos. Mas mesmo com tantas demonstrações de boa vontade, Pong Yang não se convenceu. Em uma declaração contundente de King Yjong, a irmã do ditador King Jong 1 e uma porta-voz chave do regime, o norte rejeitou categoricamente as aberturas, afirmando que o regime não tem nenhum interesse em se aproximar do Sul. Isso não é apenas um tropeço diplomático, é um sinal de quão longe as relações intercoreanas estão agora. Mas para entender porque o norte está se afastando tanto do sul e se entrincheirando, precisamos voltar um pouco no tempo. No início dos anos 2000, a Coreia do Sul, com presidentes como Kim Da Jung e Run Yun, despejou toneladas de ajudas no norte, levando a reuniões familiares e até mesmo a criação de zonas econômicas conjuntas como Kaais. Em 2018 e 2019, essas ações pareceram começar a dar frutos, com o ditador Kim John se aproximando do então presidente sul-coreano Mun Jaai e do presidente Trump. Foram realizadas três cúpulas, apertos de mão na zona desmilitarizada e algo impensável pouco tempo antes, com o presidente Trump entrando na Coreia do Norte a convite de Kim Jong. Pela primeira vez em muitos anos, a paz, ou ao menos um entendimento maior na península, parecia estar ao alcance. Mas tudo desmoronou quando as negociações chegaram à questão da desnuclearização da Coreia do Norte. De um lado, Trump exigiu o fim das armas nucleares norte-coreanas, oferecendo em troca alívio das sanções e a abertura comercial com os Estados Unidos. Uma exigência que foi muito mal recebida pelo ditador, que se afastou das conversações, retomando a retórica e ações agressivas que envolveram a demolição de um edifício na Coreia do Norte, onde funcionava um escritório para negociações com o sul e dinamitando a rodovia que atravessava a zona desmilitarizada, a única via pensada para passagem civil entre o norte e o sul. Em 2023, o regime norte-coreano foi ainda mais longe, reescrevendo a sua Constituição e declarando a Coreia do Sul o seu inimigo eterno. Toda essa mudança na postura da Coreia do Norte não está relacionada apenas com a pressão de Trump pela desnuclearização, atendendo também por um outro nome, Vladimir Putin. Se há algo que está remodelando o tabuleiro de xadrez coreano, é a aliança aprofundada entre Coreia do Norte e Rússia, turbinada pela invasão russa da Ucrânia em 2022. Antes da guerra, os laços eram frios, com a Rússia fornecendo alguma ajuda, mas nada que mudasse o jogo. Mas agora trata-se de um pacto de segurança pleno, uma autêntica aliança militar, com Kim John 1 enviando milhões de projéteis de artilharia e mísseis balísticos para Moscou, acompanhados por 11.000 soldados para lutar na Ucrânia, com outros 30.000 1 previstos para serem enviados ao longo das próximas semanas e meses. Em troca, a Rússia está entregando um verdadeiro tesouro como tecnologia avançada para drones de ataque dirigidos por IA, tecnologia de mísseis balísticos e de cruzeiros supersônicos, sistemas de defesa aérea de ponta, além de envios de combustível e comida que estão aliviando a escassez crônica da Coreia do Norte. O apoio também é diplomático com a Rússia como membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, vetando painéis de monitoramento de sanções, dando a Pon Yang espaço para respirar e ignorar regras internacionais. A Rússia ganha munição e soldados extras para a invasão desgastante que lançou contra a Ucrânia. E a Coreia do Norte ganha uma atualização tecnológica que catapulta suas forças convencionais atrasadas para mais perto da paridade com a Coreia do Sul, além de oferecer aos norte-coreanos uma valiosa experiência de combate em um conflito moderno e de larga escala. Tudo isso levanta uma questão crucial. O apoio da Rússia está tornando a Coreia do Norte autossuficiente ao ponto de fechar a porta para negociações com CU? Tudo parece indicar que sim. Antes da invasão russa da Ucrânia, a Coreia do Norte brincava com diplomacia porque precisava de ajudas econômicas do Sul e do alívio de sanções dos Estados Unidos. Mas com a Rússia pagando a conta por combustível, comida e tecnologia, Kin não precisa daquilo que via como esmolas dos Estados Unidos e da Coreia do Sul. com essa aliança encorajando Quin a agitar ameaças nucleares com mais liberdade, tratando o Sul como um inimigo existencial. Basicamente, Pong Yang não tem agora nenhum incentivo para se aproximar do Sul, com os gestos do presidente sul-coreano como a proibição de balões sendo solenemente descartados. Com todo esse afastamento do norte e o aumento da retórica agressiva da ditadura norte-coreana, a Coreia do Sul se vê em uma situação cada vez mais crítica, reascendendo o debate envolvendo armas nucleares, vistas como o único meio de conter a crescente agressividade e afastamento da ditadura norte-coreana. Uma coisa é certa. Enquanto Putin sustentar o regime de quin com tudo, de drones a escudos diplomáticos, as negociações de paz na Península coreana serão sonho impossível. [Música]

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