Nem a terra do Papai Noel está imune ao calor extremo na Europa

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E vamos falar agora de mudanças climáticas. Pequenas elevações médias na temperatura são suficientes para gerar efeitos severos. E temos um exemplo desse problema nesse momento. Vamos ver. A Europa está enfrentando temperaturas recordes nas últimas semanas. A onda de calor que atinge o continente já provocou até incêndios florestais de grandes proporções, como no caso da Espanha e da Grécia. O fenômeno climático tem afetado até mesmo regiões famosas pelo frio rigoroso. A Lapônia, localizada no norte da Finlândia e conhecida por ser a terra do Papai Noel, teve 26 dias consecutivos com termômetros acima dos 25º, algo inédito até então. Um estudo do World Weather Attribution, painel de cientistas que investiga a responsabilidade da mudança do clima em eventos extremos, analisou o calor na região que abrange Noruega, Suécia e Finlândia. Segundo os pesquisadores, as mudanças climáticas são responsáveis pelo aumento em até 2º das temperaturas por lá. O trabalho ainda aponta que a temperatura no planeta já subiu 1,3º contra 1,1º verificado em 2018, quando os países nórdicos sofreram sua última grande onda de calor. Esse aumento em 8 anos, segundo os modelos climáticos analisados pelos cientistas, elevou em duas vezes a probabilidade de a região enfrentar um período de calor extremo prolongado. Ou seja, incrementos aparentemente pequenos na temperatura global podem expor populações a períodos mais frequentes de ondas de calor perigosas. [Música] E há 40 anos luz da Terra, cientistas encontraram planetas promissores. Mas parece que não será dessa vez que conheceremos vizinhos nesse universo. Vamos ver os detalhes. [Música] Se estudar planetas do nosso sistema solar já é difícil, imagine-se debruçar sobre mundos mais distantes. É relativamente comum que astrônomos se deparem com exoplanetas com condições potencialmente parecidas com as da Terra que permitiriam a existência de vida. Mas quase sempre são descobertas características que dificultam essa possibilidade. E mais um exemplo muito promissor nessa mesma categoria parece ter seguido esse roteiro, o trapez 1D. Como o nome sugere, o exoplaneta pertence ao sistema Trapes 1, que abriga sete mundos do tamanho da Terra, orbitando o tipo mais comum de estrela da galáxia, uma anã vermelha. Análises anteriores já haviam descartado vida nos primeiros planetas do sistema, restando esperanças apenas para o Trapist 1D e seus irmãos mais distantes. Mas parece que batemos na trave de novo. Embora sua localização o coloque no limite de uma zona potencialmente habitável, os dados iniciais do telescópio James Web não indicam a presença de atmosfera. Ao apontar suas lentes para esse mundo distante, o equipamento da NASA não detectou moléculas comuns na atmosfera terrestre, como água, metano ou dióxido de carbono. O estudo, no entanto, não é definitivo. Os pesquisadores destacam que uma atmosfera pode existir sob condições ainda não testadas, ou ainda ela pode ser extremamente rarefeita, semelhante à de Marte, ou ter nuvens espessas e de alta altitude, como as de Vênus, bloqueando assinaturas atmosféricas. E no mesmo sistema Trapist, os planetas mais externos podem reter atmosferas e água. Localizada a 40 anos luz de distância, o sistema Trapist 1 foi revelado em 2017 como recordista em planetas rochosos do tamanho da Terra, orbitando uma única estrela, graças aos dados do já aposentado telescópio Spitzer da NASA e outros observatórios. Por se tratar de uma anã vermelha fraca e fria, sua zona habitável está muito mais próxima da estrela do que do nosso sistema solar. E ao que tudo indica, ainda vamos ouvir falar muito desse bairro vizinho em nossa Via Láctea. Ja.

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