O caça ISRAELENSE que quase DESTRUIU o F-16! Conheça o IAI LAVI
0Você já ouviu falar em um caça desenvolvido lá em Israel? O Iaí Lavi. Esse projeto israelense parecia promissor, mas no final das contas ele acabou se tornando um grande fracasso. Nesse vídeo você vai conhecer a história fantástica desse CA que quase quebrou as vendas do americano F16. [Música] Fala pessoal do Aero, tudo bem? Na loja Aero por trás aviação, a gente tá com produto novo, como essa camiseta aqui e novas estampas estão lá. Então já clica nesse botão e já adquire a sua camiseta. Tem várias estampas legais, novas, exclusivas, únicas, que você só encontra na nossa loja. Então, ó, vem fazer parte dessa família de apaixonados por aviação. Não deixa também de se inscrever aqui no Aero Por trás da Aviação. Se você gosta de história, ver os aviões, todas as operações aéreas de perto, é só você se inscrever aqui, porque não aero por trás da aviação que você tem contato com a aviação real. E nesse vídeo você vai conhecer a história desse avião israelense, o caça israelense Lavi. Lavi tem o significado de jovem leão. O projeto dele começou na década de 1970, durante o período da Guerra Fria, quando Israel buscava tecnologias militares independentes e mais avançadas do que os seus oponentes. E por mais que o país tenha uma área territorial pequena, com um tamanho parecido com o do estado de Sergipe, Israel sempre foi um país resiliente, principalmente depois da Segunda Guerra Mundial, ainda mais com as crescentes ameaças no Oriente Médio. Com isso em mente, Israel decidiu ir além, criar o seu próprio caça de quarta geração, projetado para não só ser um símbolo de independência, mas também uma máquina de combate que pudesse bater de frente com os melhores caças do mundo. Em 1979, o comando da Força Aérea de Israel anunciou o programa de desenvolvimento de um CA multifuncional, substituindo os antigos Douglas A4 Skyhawk e também o McDonald Douglas F4 Phantom 2, além do próprio cá israelense. E aí Kifir, que foi baseado no francês da SO Mirage 5. Com isso em mente, o governo de Israel, em conjunto com a força aérea daquele país, pediu pra fabricante estatal Israel Aircraft Industries o desenvolvimento desse novo CA. Os requisitos eram alta manobrabilidade, tecnologia de ponta e alto poder de fogo, com objetivo de garantir a superioridade aérea de Israel frente aos países vizinhos. A princípio, o plano até parecia algo simples pros engenheiros criar um caça que fosse menor, mais barato e mais eficiente do que os caças bombardeiros pesados como o F15 Eagle. Mas na prática foram feitas várias mudanças nos requisitos que levaram depois a avanços tecnológicos que competiriam com o General Dynamics F16. Naquela época, a fabricante IF estimava a necessidade de 300 unidades monoplace, né, só para um ocupante, e mais 60 unidades bipls para dois ocupantes, que poderiam funcionar tanto para treinamento como para combate. Aí você pode até perguntar, tá, o Lavi não seria uma mistura do F16 com o dao Mirage? Calma, eu vou explicar. Durante o desenvolvimento do programa, os engenheiros tiveram várias ideias de design, mas no final os engenheiros escolheram a configuração de ASA em Delta. A empresa já tava familiarizada com esse tipo de asa depois o projeto anterior, UKFIR, que trazia também a configuração Canard, ou seja, o estabilizador horizontal na frente. Fora isso, a asa em delta era relativamente leve, fornecia um espaço considerável pra capacidade de combustível. Já o design do charuto da fuzelagem era bem semelhante a do F16 e foi escolhido esse formato por conta da entrada de ar do motor do tipo queixo, ou seja, embaixo da cabine. Uma característica muito marcante do F16 e a qualidade dessa configuração já era conhecida principalmente em grandes ângulos de ataque e durante curvas. Só que apesar dessa configuração oferecer mais manobrabilidade pro avião, também causava maior instabilidade durante o voo. Para compensar esse dilema, o Lavi foi equipado com o sistema Flyby Wire. Isso possibilitava que o piloto pudesse aproveitar ao máximo a alta manobrabilidade desse avião. Já para atender os requisitos de baixo peso estrutural, foram usados materiais compósitos nas asas, em algumas partes da estrutura, como por exemplo, a barbatana embaixo do escape do motor. As dimensões do avião: 14,5 m de comprimento, 8.7 m de envergadura e 4.7 m de altura. Já a performance entregava a velocidade máxima de 1965 km/h, ou seja, aeronave supersônica com teta operacional de 50.000 pés ou 15.240 m e um raio de combate de 100 km, um número muito superior do que o raio de combate do F16, que é de mais ou menos 600 km, e de caças também dessa mesma categoria. Isso por conta do tamanho da asa do Lavi, que podia levar muito mais combustível, como eu comentei antes. [Música] A motorização escolhida foi o Turbofan Prat Whitney PW 11120, uma versão derivada do mesmo motor usado pelo F16. No caso, esse motor gerava 13.500 libras de empuxo ou 6100 kg. Isso seco, sem Afterbner, porque quando ligava o Afterburner, esse empuxo ia para 20.600 libras ou 9.300 kg. Quando comparado ao F16, o Lavi era menor, com cerca de 1, tonelada me a menos. Isso compensava a sua menor potência quando comparado ao F16. Já a capacidade de carga era fantástica. Esse avião poderia transportar até 7.200 kg de um combinado de bombas e mísseis ar ar e ar solo. Isso podia ser distribuído em 11 pontos de fixação, sendo sete embaixo da fuselagem e mais quatro embaixo das asas, além de um canhão de 30 mm. Depois de 6 anos do início do programa de construção do avião, o primeiro protótipo do Lavi fez o primeiro voo no dia 31 de dezembro de 1986. Depois de 26 minutos no ar, o piloto de testes voltou com uma avaliação positiva do avião, falando que a aeronave era extremamente estável, com excelente manobrabilidade. Em pouco tempo, o segundo protótipo também fez o primeiro voo, só que dessa vez ele foi equipado com melhorias, como o sistema de reabastecimento em voo e aviônicos mais avançados. [Música] Tudo parecia tá indo para um caminho muito bem, conforme o planejado, só que por trás das cortinas do programa de desenvolvimento do Lavi, as dificuldades começavam a se acumular. O custo do programa, que deveria ser modesto, disparou para valores astronômicos. Num país onde o orçamento militar já consumia quase 19% do PIB. Daí a continuidade no investimento do programa de desenvolvimento do LAVI parecia uma aposta muito arriscada. Além disso, tinha também a pressão diplomática dos Estados Unidos, que apesar de financiar e fornecer tecnologia pro programa, os americanos temiam que o LAAV pudesse competir diretamente com caças como o F16 e também o FA1 Hornets. Exemplo disso foram as intenções de compra por países como África do Sul, Chile e Taiwan. Mais tarde, Israel garantiu aos Estados Unidos que não exportaria mais o CA e mesmo assim, os Estados Unidos acabaram tirando o financiamento do projeto. Para piorar a situação, os americanos ofereceram proselenses a venda de 90 caças F16 Charlie prontos para combate, com valor de aquisição muito mais barato do que o que era o programa de construção do Lavi. Com essa maré indo contra o projeto, a decisão final veio em agosto de 1987, com o cancelamento do programa de construção desse caça israelense. Depois de fazer um total de 82 missões de testes com os protótipos, isso foi o fim de um sonho que prometia mudar o destino da aviação israelense. [Música] Sem o apoio dos Estados Unidos, Israel não conseguiria financiar o projeto. Ao mesmo tempo, com a depressão econômica daquele país, em meados da década de 80, acabou contribuindo pro cancelamento total. Ou seja, os principais motivos do cancelamento foram Estados Unidos limitando licenças de exportação e também os americanos tirando o financiamento e a depressão econômica israelense na época. No final das contas, Israel acabou encomendando 30 unidades do F16 Charlie e mais 30 unidades do F16 Delta. Ou seja, você vê que não necessariamente um excelente avião tem um futuro promissor garantido, porque questões econômicas e grana fazem a total diferença. Hoje a Memória Nacional do Lavi é uma mistura de orgulho e tristeza. No final, dos cinco protótipos planejados, só três foram de fato construídos. Atualmente, o segundo protótipo tá lá em exposição no Museu IDF em Hatserim, simbolizando o sonho ambicioso do passado. Apesar do Lavi nunca ter sido produzido em série, o impacto foi significativo. Os avanços tecnológicos desenvolvidos durante o programa impulsionaram a indústria israelense em áreas como aviônicos, radares e sistemas de controle. Israel conseguiu aplicar parte da tecnologia desenvolvida durante o programa de construção do Lavi em outras plataformas. O conhecimento adquirido nesse período ajudou o país a lançar o seu primeiro satélite em 1988 e alimentou o boom tecnológico que transformou Israel na maior potência bélica daquela região. Uma coisa curiosa é que muita gente acredita que o desenvolvimento do caça chinês Shengdu J10 tenha sido uma cópia do projeto do Lavi. Apesar de, obviamente, os chineses negarem qualquer conexão disso com o LaVi, quando a gente analisa as imagens dos dois aviões, dá para perceber semelhanças de design nos dois projetos. Enfim, o Lavi é mais do que uma aeronave cancelada, é uma história de ousadia, sacrifício e aprendizado. Independentemente do resultado, esse design único marcou a história da aviação para sempre. [Música] E aí, sabia que existia esse avião lá desenvolvido por Israel? Escreve aí nos comentários. Não deixa de curtir e compartilhar esse vídeo também e se inscrever aqui no Aero Por trás da Aviação para conhecer muitas histórias como essa que eu contei aqui. Agora que acabou, te convido a entrar na loja Aero por trás aviação para conhecer os nossos produtos. As novas estampas, como essa camiseta. It’s not the plane, it’s the pilot. Ou seja, não é o avião, é o piloto. Vai lá e adquira sua camiseta para fazer parte dessa família de apaixonados por aviação. É isso aí. Valeu e até o próximo vídeo.