O Episodio de Bob Esponja que NINGUEM entendeu finalmente RESOLVIDO!

Bob Esponja é estranho, sempre foi. Seus personagens conseguem fazer fogueiras debaixo d’água, tem um esquilo no fundo do mar com uma árvore em seu quintal. Nada nunca fez muito sentido. E tudo bem porque isso fazia parte da piada, mas no episódio USB 129 algo muda, porque ele não é engraçado, não é leve, como de costume, é simplesmente perturbador. Desde sua estreia fã tentam entender seus significados. Alguns dizem que é sobre viagem no tempo, outros acham que é uma metáfora para o nilismo. E sim, existe até uma teoria dizendo que o Lula Molusco morre durante o episódio. Mas e se eu te disser que talvez todas estejam erradas? Porque a verdade por trás de SB19 não está na superfície, ela está nos silêncios, nos espaços em brancos, nos detalhes ignorados. Eu reassisti esse episódio quadro por quadro. Cruzei com episódios esquecidos, conectei com ciência da vida real e descobri algo que muda tudo. Esse episódio faz mais sentido do que você pode imaginar, mas o que ele quer dizer é algo que nenhum outro episódio de Bob Esponja jamais teve coragem de revelar. Então, hoje eu vou te explicar tudo que acontece e resolver de fato o mistério do episódio SB19. Mas antes de mais nada, vamos relembrar o que acontece no episódio, tá? Como de costume, Lula Molusco tentava tocar seu clarinete, mas Bob Esponja e seu despertador acabaram arruinando tudo. E sim, isso aqui parecia ser só mais uma manhã comum, como qualquer outra, mas a forma como Lula tentou escapar do nosso esponja foi diferente. Ele correu até o cir cascudo, se trancou no freezer e bateu a porta com tanta força que não abriu mais desde então. E aí o tempo para, ele é congelado e 2000 anos se passam. Mas surpreendentemente ninguém sente falta, ninguém abre o freezer, ninguém nota o rosto dele que estava completamente estampado no vidro. Isso aqui por si só, se você parar para analisar, já é estranho, né? Como pelo menos Bob Esponja não sentiu a falta dele. Mas a explicação fica ainda mais absurda quando o futuro chega e você vai entender o que eu quero dizer. Lula Molusco acordou num novo mundo. Tudo ali era cromado. O cicascudo virou uma cápsula metálica e ele foi recebido por Espon Bob Esponja robótico com perninha de foguete e centenas de variações de si mesmo. Sem surpresa nenhuma, Esponja Tron recebe nosso Lula como se tivesse esperando por ele esse tempo todo. E talvez seja por isso que ele não tenha o descongelado antes, porque Lula só poderia sair dali quando o tempo correto chegasse. Mas enfim, depois de acordar nesse mundo estranho, vê o Bob Esponja na sua frente e querer voltar pra casa sem pensar ele corre e entra numa máquina do tempo indicada por Espon, mas infelizmente erra seu destino parando num passado remoto na fenda do biquíni da era das cavernas. Lá ele encontra as versões primitivas do Bob Esponja e do Patrick. Como era de imaginar, eles não batiam muito bem da cabeça, né? São Bob Esponja Patrick da era pré-histórica e tentaram comer nosso parceiro. Para sobreviver, Lula Moluscos ensinou a pesca de água viva. A atividade que eles mais gostavam no presente que ele tanto odeia foi criado por ele mesmo. Talvez seja um detalhe cômico, mas eu acho que não. Isso aqui sua mais como o paradoxo do Bootstrap. Lula Molusco aprendeu sobre a pesca de água vivas no presente, levou para o passado. Isso se tornou parte da cultura do presente. Pode parecer confuso e de fato é confuso. Mas o que isso quer dizer? De onde originalmente veio essa atividade então, já que ele levou, quem criou então? Bem, a resposta é simples. Ela não veio de lugar nenhum, ela sempre esteve lá, porque Lula Molusco foi jogado no ciclo e agora se tornou parte dele. Mas enfim, daqui a pouco eu vou explicar melhor isso. Voltando pro episódio, Bob Esponja e Patrick perseguiram o Lula depois de escutarem seu clarinete. Em desespero, ele corre para a máquina do tempo, tentando voltar para o presente. Entretanto, lá dentro a alavanca quebra e ele não vai pro passado, pro futuro, nem de volta pro presente que queria. Lula Molusco acordou no espaço em branco. A única coisa que restava ali era ele mesmo. De início, ele disse que tá feliz, mas a gente sabe, é mentira. Esse espaço, esse lugar nenhum é o mais próximo que Bob Esponja já chegou de representar o limbo. Pensa comigo aqui um pouquinho. O universo de Bob Esponja nunca abandonou sua lógica subaquática. Sempre abores em qualquer momento do episódio, sempre ações abafados, movimentos fluidos. Mas aqui não tem nada disso. É como se ele tivesse saído do mundo original da série, como se estivesse em uma dimensão onde as leis do universo deixaram de funcionar. A máquina, por sua vez, colapsou, a alavanca quebrou e Lula Molusco foi jogado fora dessa existência. Esse lugar era uma falha, ou pior, um purgatório disfarçado. E o mais bizarro de tudo isso é que depois de passar um tempo sozinho, ele percebeu que queria voltar, queria estar junto novamente do Bob Esponja. Desesperado, ele implorou para a máquina do tempo levá-lo de volta à sua e surpreendentemente ela faz. O episódio termina com ele voltando para sua casa, encontrando o Bob Esponja e Patrick, que por ironia do destino, imediatamente o convidam para pescar água viva. E nesse momento tem uma conversa interessante entre eles. Lula Molusco pergunta: “Quem foi o cara que inventou essa pesca de águas vivas?” E a resposta dos dois foi: “Você, Lula Molusco”. Mas cara, como eles sabem disso? Lula Molusco voltou. Tudo parecia normal, mas tem algo que ninguém fala sobre esse episódio. Quando ele se trancou no freezer, ele foi congelado por 2000 anos, mas depois de sua jornada absurda no tempo e no limbo, ele retornou ao presente, sorrindo, vivendo, respondendo o Bob Esponde Patrick como se nada tivesse acontecido. Mas o que aconteceu com o Lula Molusco congelado, aquele que ficou preso no freezer? Você pode até dizer que ele deixou de existir porque o Luan Molusco voltou, mas isso não faria sentido, porque se ele não estivesse congelado, ele não teria criado a pesca de água viva. Então, Bob Esponja e Patrick nunca teriam dito aquilo. Nós nunca vimos esse Lula molusco sendo descongelado. Nunca vemos o momento em que ele reaparece. O episódio simplesmente esquece dele. Mas isso não é um erro, é uma escolha narrativa, porque agora existem de fato dois Lula moluscos na mesma linha do tempo. O Lula original, ainda congelado no freezer do Cicascudo, e o Lula despertado, que viajou por milênios no tempo, presenciou todo aquele fim e voltou sabendo que nunca mais nada seria igual. E esse é o verdadeiro paradoxo do episódio. Esse tipo de falha é conhecido na ficção científica como o paradoxo da autointeração. Basicamente dois eus coexistindo numa linha do tempo, vindo de origens diferentes. Bob Esponja raramente brinca com esse tipo de coisa, mas tem um outro episódio que torna isso tudo ainda mais sério. Confirmando nossas teorias. Nesse episódio, Bob Esponja e Patrick usam a máquina do tempo do laboratório do Homem Sereia para voltar ao passado. Durante a viagem, eles impedem sem querer o herói de capturar um certo vilão, acidentalmente mudando o curso da história. E o resultado não poderia ser outro. No presente, esse vilão estava livre e dominou o mundo. Um pequeno erro, uma mudança mínima e o futuro já não é mais o mesmo. Isso nos mostra que a viagem do tempo sim é real dentro do universo e ela oferta permanentemente os eventos da linha do tempo. Isso significa que o Lula Molusco do Futuro, aquele que viveu USB 129, sabe que não pode descongelar sua versão original, porque fazer isso quebraria o ciclo. Pode parecer insano, é insano, mas faz sentido. O ciclo da pesca das águas vivas, que nasceu da ação do lamolusco no passado precisa continuar existindo. Se ele trouxer de volta sua versão congelada, o universo entraria em colapso. Então ele não faz nada, ele simplesmente finge que nada aconteceu e segue sua vida, deixando sua outra versão congelada no freezer, porque esse é o preço dele ter visto tudo que viu. Por isso que ninguém abriu aquele freezer em tantos anos. Por isso que Spong o recebeu com tranquilidade. E se você acha isso frio da parte dele, espere até o próximo detalhe. Quando o Lula acorda no ano de 2017, ele encontra Esponitron, além de outras dezenas versões parecidas ao seu redor. Até que dá para pensar que são descendentes, talvez filhos, mas aí entra a ciência. Na vida real, esponjas do mar podem viver milhares de anos. Elas são organismos clonais que se regeneram continuamente, mantendo sua estrutura biológica praticamente indefinida. Basicamente, em poucas palavras, elas brotam e se dividem. Para confirmar que isso acontece dentro do universo, em um episódio, o próprio Bob Esponja diz que ele poderia se reproduzir por brotamento. Parece piada, mas é um fato científico. E com Patrick acontece algo parecido. Estrelas do mar podem regenerar membros e até corpos inteiros. Há espécies que se multiplicam ao ser cortadas criando cópias completas de si mesmo. Em SB129, no futuro, Patrick aparece com duas cabeças. E não, isso aqui não é uma coincidência, tá mais por uma pista dizendo que não tem só um dele. Quando o Lula Molusco acorda no futuro, Esponja Tron o recebe com serenidade, como se já soubesse quem ele é, como se já tivesse vivido isso antes. E Patrick, surpreendentemente aparece no momento exato. E isso não é acaso, isso é repetição programada. E essa é a parte mais perturbadora daqui. Eles não estão só vivos, eles são partes de um sistema que mantém o ciclo funcionando. Eles não envelhecem, não se lembram, mas algo dentro deles os alerta sobre isso. Agora, voltando ao momento mais enigmático do episódio, Lula Molusco quebrou a alavanca da máquina do tempo e cai. Ele cai fora do tempo, um espaço em branco no universo. É o que os filósofos chamariam de limbo existencial. E se aquele espaço não fosse físico, mas sim mental. A consciência de Lula Molusca em colapso após a quebra temporal. Uma mente sem tempo, sem passado, sem identidade. Mas surpreendentemente, quando ele grita, a máquina aparece e o traz de volta com um pedido, como se soubesse que ele iria quebrar, como se isso aqui fosse parte do plano. Ele não viajou por acaso para esse lugar, porque nunca foi uma viagem, tá mais como um sistema de reinicialização, um ciclo onde Lula Molusco precisa cair para aceitar para o Lup poder continuar. E é aqui que a tragédia de SB129 se revela por completo. Lula Molusco queria fugir do mundo que odiava, fugir do Bob Esponja, do Patrick, do barulho, da pesca de água viva. Mas no fundo foi ele quem criou isso. Ele quem começou todo o ciclo. E agora não importa onde ele esteja na linha do tempo, não importa qual ele esteja, tudo sempre vai acabar da mesma forma. O Lula congelado ainda está lá guardando a sua versão pura sem essas memórias estranhas. O Lula que voltou carregava o trauma de ter visto o fim de tudo. E o que ele fez? Bem, ele não fez nada porque ele sabe que se mexer demais quebraria tudo e precisaria voltar para o limbo existencial. Espon Tron no futuro já sabia. Patrick de duas cabeças já sabia. Eles vivem para repetir. A ciência real diz que esponjas do mar e estrelas do mar podem se regenerar. Mas e a consciência? Será que sobrevive ao tempo? Será que a cada regeneração alguma coisa permanece? A maioria das pessoas vê o Lula como o adulto chato, o cara cansado, ranzinza, que só quer paz. Mas e se ele for o único que viu o ciclo, o único que percebeu que Bob Esponja não mudaria nada, que Patrick nunca aprenderia, que tudo ao seu redor era um eterno retorno e que ele estava condenado a viver um mesmo dia com os mesmos vizinhos para sempre. Ele não é rabugento por isso, ele é consciente de tudo que acontece. Ele quebrou ao ver a verdade por trás do mundo. Em SB129, a máquina do tempo começa como uma piada, mas no fim do episódio, mesmo estando quebrada, ela atende o pedido de Lula. Ou seja, ela nunca foi a máquina do tempo. É um mecanismo criado para reinicializar o personagem quando ele começa a sair do trilho. Lula Molusco viu demais, por isso nunca mais foi o mesmo. Por isso ele é tão rabugento assim. E agora você também viu isso. Mas se você acha que SB129 foi a coisa mais estranha de Bob Esponja, sinto lhe informar. Isso aqui não chega nem perto de outros episódios bizarros e alguns que nem mesmo puderam ser lançados oficialmente. Mas bem, eu vou ficar por aqui. Obrigado por você que assistir até o final. Te convido a se inscrever no canal para encontrar ainda mais bizarr dos desenhos animados. E é isso. Valeu.