O Esgotamento do Mercado de Trabalho!
0o desemprego em massa não é uma anomalia recente ele reaparece ciclicamente como o sinal de que tal forma de organização social está em declínio como em Atenas no Império Romano e na transição do feudalismo para o capitalismo então sempre que o modelo se exaure sobra uma multidão à margem descartada por não se encaixar mais na lógica de produtividade vigente quando uma sociedade se vê tão incapaz de dar lugar a seus membros segundo seus próprios critérios de utilidade é porque ela já começou a ruir por dentro no mundo moderno não é diferente o emprego formal já deixou de ser sinônimo de uma vida melhor e as grandes corporações transformaram as carreiras em meros grupos de juniores onde o significado de tal carreira se tornou universal para todos como se não bastasse a base do cálculo dos salários é baseada numa realidade falsa isto é numa mentira com isso irei explicar detalhadamente neste vídeo como o esgotamento do trabalho moderno deixou de ser uma teoria e passou a se tornar uma possível [Música] realidade o que é uma realidade falsa em termos básicos a falsa realidade é vista como um sistema de percepções crenças ou estruturas sociais que são tomadas como verdadeiras naturais ou inevitáveis mas que na prática ocultam ou distorcem a realidade concreta especialmente no que diz respeito às relações de poder valor e existência uma falsa realidade é aquilo que parece real porque todos acreditam nela mas que se desmonta quando questionamos suas bases ela mantém as pessoas presas a papéis desejos e valores que não emergem da experiência própria mas de normas externas que as impedem de ver alternativas diferentes o problema do trabalho moderno corporativista e talvez de todos os trabalhos assalariados modernos é que eles são baseados na falsa realidade de que é possível igualar a experiência vivida em termos de horas e que os termos de horas podem ser igualados aos termos de salário isso cria a falsa sensação de que você está sendo devidamente recompensado por abrir mão da sua experiência de vida segundo o filósofo francês Henry Bergson a experiência de vida se dá como uma continuidade indivisível uma duração vivida eternamente que não pode ser fragmentada em unidades externas e homogêneas como as do tempo do relógio quando dividimos nossa experiência em horas trabalhadas estamos impondo sobre ela uma estrutura artificial criando assim uma falsa equivalência a de que a intensidade o valor ou o sentido da experiência pode ser mensurado por meio de abstrações numéricas quando o trabalho é reduzido a tantas horas igual a tanto valor há uma falsificação da experiência vivida pois a riqueza da duração subjetiva é substituída por uma contagem mecânica que nada diz sobre o que foi realmente vivido não só Henry Bergson mas outros filósofos e pensadores influentes como L e Marx Steiner já tinham se posicionado de forma cética em relação à possibilidade de um trabalho massificado moderno geralmente o nome de Cmarks vem à tona mas não vou utilizá-lo pois meu objetivo não é barraganhar melhores condições de trabalho nem reivindicar meios de produção minha forma de agir é um pouco mais singular quando lutamos em nossas guerras buscamos tanto a adrenalina de superar nossos oponentes quanto a serenidade de sobreviver e conquistar o território o prazer da experiência está justamente nesta oscilação entre o trágico e o sublime entre a dor do combate e o silêncio da vitória a experiência se torna portanto valiosa porque ela pulsa se transforma e nos surpreende a cada virada ela exige uma nova emoção uma nova interpretação o problema do mundo moderno e da sua modalidade de trabalho é que não há guerra mas há sofrimento não há calmaria mas existe ansiedade então as pessoas sofrem sem glória e resistem só que sem sentido a experiência que antes era uma propriedade do sujeito esse sujeito como centro da de forças em constante interpretação agora é usurpada ela deixa de ser nossa propriedade quando a experiência vivida é ditada por regras artificiais padronizadas em metas horários e salários ela deixa de ser orgânica ela se esvazia de caráter e de interpretação todos passam a viver a mesma coisa da mesma forma como se o trabalho fosse uma experiência neutra igual e idêntica para todos mas onde não há interpretação não há história apenas repetição não há mais soldados lutando por ideias subjetivas há apenas engrenagens operando dentro de uma estrutura que rouba até mesmo o direito de sentir a própria vida para além da falsa realidade eu pretendo reivindicar todas as outras possibilidades de experiência aquelas que dizem respeito às minhas emoções e as minhas qualidades singulares isso significa recuperar experiências que foram sequestradas pelo modelo corporativista moderno que reduz a vivência a métricas e funções ao conhecer tanto esse modelo quanto minhas próprias inclinações posso finalmente estabelecer meu ponto de partida egoísta sim claro mas egoísta no sentido mais interessante e vital aquele que se preocupa em não perder nada que seja potencialmente valioso para mim minha ação minha causa própria criada por mim não imposta de fora funciona menos como uma justificativa externa e mais como um movimento interno de apropriação o que eu busco é incorporar valores produzir valores vivenciar intensamente os objetos situações ideias e relações que despertam meu interesse não vejo a experiência como algo fragmentado que termina e recomeça em blocos isolados para mim a experiência é um fluxo contínuo que inclui e exclui objetos sensações e práticas conforme minha vontade essa apropriação é íntima vivida no corpo e na mente ligado ao que eu sou como organismo inteiro o egoísta não existe flutuando no ar ele tem corpo saúde mente e sangue por isso é necessário considerar aquilo que torna minha experiência qualitativamente boa aquilo que realmente me satisfaz competição rivalidade arte esporte ciência música tudo isso são formas de experiência que tocam o corpo e a mente ao mesmo tempo e por isso deve ser tratadas como partes legítimas da minha jornada egoísta são manifestações da minha força da minha vitalidade da minha capacidade de criar sentido quando se trata da qualidade da experiência egoísta é preciso possuir aquilo que a massa não tem paladar paladar para degustar os diversos sabores da própria vivência não basta apenas viver é preciso saber experimentar sentir escolher e hierarquizar o utilitarista busca o útil o funcional o suficiente o egoísta por outro lado busca o melhor o mais intenso o mais refinado o mais significativo para si isso exige sensibilidade exige gosto e exige critério não se trata de um cálculo não se trata de uma função de utilidade fria e genérica não se trata de economia nem de finanças a experiência egoísta é uma multiplicidade viva uma seleção subjetiva e pessoal do que importa do que vale a pena do que se inscreve no corpo e na memória o egoísta não quer o que está disponível ele quer o que lhe serve o que lhe exalta o que o torna mais ele mesmo essa tarefa requer alguns sacrifícios não de nós mesmos mas sim dos outros um erro que eu cometi ao longo da vida foi justamente me apequenar para que interações irrelevantes para minha experiência acontecessem isto é eu buscava minha própria desgraça todos nós em algum momento já nos deparamos com aquele colega ou familiar chato que oferece a pior experiência possível e muitas vezes por mera tolerância continuamos a buscar a pior experiência do dia se eu sou egoísta o suficiente para superar as condições de experiência alienantes do trabalho moderno porque eu seria tolerante e altruísta o suficiente para buscar a minha própria desgraça no falso amigo ou na falsa namorada eu vejo a todo momento os utilitaristas fazerem escolhas que são altamente contraditórias a si mesmo e prejudiciais à saúde e à mente aqueles que se causam com mulheres quadradas só para no primeiro ano de casamento perder seus bens e da mesma forma tem aqueles que cultivam amizades para tomar facadas pelas costas como no caso do Nando Moura essas experiências não me servem por isso não irei apenas superar certos conceitos mas também certas pessoas com isso avaliar uma experiência requer algo além do automático é preciso compreender a relação entre forças entre desejos para descobrir qual deve vir primeiro isso é incompatível com o mero utilitarismo pois ele verá apenas o que traz maiores ganhos financeiros o que traz maior quantidade de bens de consumo a frustração surge quando se percebe a desconexão que um cálculo meramente financeiro e meramente materialista tem com a qualidade da experiência isto é o ponto máximo não necessariamente vai proporcionar o melhor momento claro muitas vezes o intelecto interpretante é inconsciente o que significa que a leitura que se faz da experiência nunca é neutra mas sempre situada sempre localizada num corpo específico numa mente em determinado estado com desejos e histórias próprias e é por isso que a qualidade da experiência jamais pode ser editada por uma moral utilitária geral e tenta padronizar o sucesso o prazer ou valor ou a utilidade com base em critérios abstratos econômicos ou estáticos isto é não podemos esperar que o RH vai nos dizer que tipo de experiências e técnicas temos que ter pois ele vai apenas jogar o arcabolso geral para determinada vaga eles não vão considerar todas nossas habilidades reais mas apenas a aparência que nós temos dela visíveis em seus estúpidos questionários então a vida do egoísta aquele que reivindica a experiência como posse própria exige uma avaliação singular e contínua do que lhe afeta pois não há nada mais estúpido do que viver segundo o modelo universal de felicidade enquanto se despreza o que de fato se sente a experiência portanto não tem essência fora do corpo que vive nem valor fora da interpretação que dela se faz e toda tentativa de padronizá-la seja através da moral do trabalho da utilidade ou da conveniência social é uma amputação do ego e da própria vida o egoísta não vive para seguir a experiência dos outros ele vive para degustar com intensidade os sabores que apenas o seu paladar pode reconhecer com isso encerro o vídeo de hoje caso tenha gostado do assunto sinta-se livre para se inscrever e comentar caso queira saber mais sobre minha visão egoica você pode se cadastrar na área de membros onde eu coloco vídeos mais acessíveis a respeito dos meus estudos e da minha visão até a próxima m







