O ESQUEMA BILIONÁRIO QUE DERRUBOU O DONO DA ULTRAFARMA
0Você com certeza já viu esse rosto na televisão. Sorridente, simpático, sempre oferecendo medicamentos baratos e falando direto com o público mais velho. Sidney Oliveira não era só o dono da Ultrafarma, era o símbolo da empresa, né, o rosto da empresa. Mas essa imagem de Homem do Povo desmoronou de maneira chocante. Nos últimos dias, o nome de Sydney deixou os intervalos comerciais e foi parar nas manchetes policiais. E o motivo, um escândalo bilionário que envolve corrupção, fraudes tributárias, propina disfarçada, empresas fantasmas e nomes de peso, como o da Fest Shop. Tudo revelado pela operação Ícaro do Ministério Público. Sydney foi preso na sua chácara, acusado de fazer parte de um esquema que movimentou mais de 1 bilhão deais desde 2021. E ele não tá sozinho, tá? Auditores fiscais, empresários e até contadoras estão na meira. Dinheiro vivo, esmeraldas, notas fiscais fraudulentas, lavagem de dinheiro e muita sujeira escondida debaixo do balcão. Hoje você vai entender como que o rei das velhinhas virou réu, um dos maiores escândalos fiscais dos últimos anos. E por que ainda pode ter muito peixe grande prestes a cair? Eu sou o Marcelo Milos e depois a vinheta eu te conto. A Ultra Farma, né, ela é uma rede de farmácias conhecida em todo o Brasil por oferecer medicamentos a preços mais acessíveis, proposta que já estava presente desde sua fundação. A empresa nasceu na zona sul de São Paulo, no ano de 2000, pelas mãos do empresário paranaense Sydney Oliveira, o personagem principal dessa história. Mas o Sydney, ele não começou ali não. muito antes da Ultrafarma, ele já estava envolvido, né, no ramo farmacêutico. Lá em 1980, ele comandou outras redes de farmácia e em 1998 tentou emplacar a Droga Vida, uma iniciativa, né, que acabou não decolando por não conseguir competir no mercado da época. Puxa de mim, vamos vender remédio. Vamos. Vamos sim, Pocotó, porque o que a droga vida faz pelos seus clientes, nenhuma outra drogaria faz. Falando um pouco mais sobre a sua trajetória, o Sydney nasceu no Paraná, começou ainda jovem, vendendo medicamentos no interior do estado. Foi ali que ele ganhou o apelido de rei das velhinhas, né, pela forte ligação que ele acabou criando com o público da terceira idade. Além da Ultrafarma, ele também investiu em outros projetos, né, como uma linha própria de vitaminas, franquias populares e ações sociais e religiosas que marcaram ali a sua atuação, né, para além do mercado farmacêutico. Eu lembro do Syidney, né, aparecendo em comerciais da empresa desde que eu era uma criança, né, acho que era no programa do Raul Gil ou tantos outros por aí. Ele sempre foi o rosto da Ultrafarm, né? Muito antes. Aí eu acredito até que velho da Avan, já era o rosto, né, da Avan, que o o o o o cara lá da Cacau Show, como que é o nome dele? Esqueci. Já era o rosto da Cacau Show, né? Que inclusive Cacau Show devolve nosso vídeo aí que a gente fez sobre vocês aí, né, cara? Vocês derrubaram nosso vídeo aí, sacanagem, né? Bom, vamos lá. Como eu disse, né, ele sempre foi o rosto da Ultra Farma, né, nos últimos tempos deu uma sumida dessas propagandas, mas mesmo assim é difícil imaginar a marca sem associar à imagem dele, né? Com o nome consolidado e tantos anos aí de atuação, tudo indicava que os negócios iam de vento em popa. Mais recentemente, o país aí foi pego de surpresa com a notícia da prisão do carismático Sidney e o motivo, um esquema de corrupção. E não foi só ele, tá? Outros empresários de peso no cenário nacional também estariam envolvidos nesse escândalo. Prisão. A prisão só aconteceu por causa da operação Ícaro deflagrada pelo Ministério Público de São Paulo. A ação tem como objetivo desmontar um esquema de corrupção de grandes proporções, envolvendo auditores fiscais da Secretaria da Fazenda e diversos empresários. Outros nomes já foram presos, como Mário Otávio Gomes, diretor estatutário aí do grupo Fest Shop. localizado ali num apartamento na zona norte de São Paulo. E entre os detidos está justamente ele, né, o rosto da ultrafarma, o Sydney Oliveira. Na última terça-feira do dia 12 de agosto, o Syney, ele foi preso temporariamente. A detenção aconteceu na sua chácara localizada em Santa Isabel, na região metropolitana de São Paulo. A investigação gira em torno de um esquema de corrupção e fraudes tributárias, no qual auditores fiscais da Cfaz SP manipulavam os processos administrativos para poder agilizar a liberação de créditos de ICMSs em benefício aí da empresa, né, como a Ultrafarma e a Fest Shop. O fiscal preso na operação do Ministério Público autorizava esse crédito tributário a essas empresas. Em troca desse favorecimento, os auditores recebiam propina por meio de empresas registradas em nomes de familiares. E essa operação identificou que o pagamento da propina era em troca de um crédito imobiliário envolvendo as duas empresas. Um esquema engenhoso, disfarçado, né? Os valores movimentados impressionam. mais de 1 bilhão de reais aí desde 2021. É dinheiro que não acaba mais, não é? Segundo a denúncia, um grupo criminoso favorecia empresas do setor de varejo em troca de propina. O fiscal de tributos estadual, né, Artur Gomes da Silva Neto, ele também foi alvo de um mandado de prisão. Ele apontado como principal articulador do esquema de fraudes envolvendo créditos tributários, o verdadeiro cabeça aí por trás de toda essa operação. O fiscal e da Secretaria da Fazenda de São Paulo com um posto alto também foi preso, que recebiu uma propina de R 1 bilhão deais. Ele é suspeito de facilitar que as empresas pedissem crédito tributário. Segundo o Ministério Público, ele é identificado como Artur Gomes da Silva Neto. O Artur foi preso ali em sua residência em Ribeirão Pires, no ABC Paulista. Segundo o site aí Metrópolis, as propinas que ele recebia eram disfarçadas como pagamentos para uma empresa de consultoria tributária registrada no nome ali da própria mãe. De acordo com o Wall, essa empresa se chama Smarttex. Curioso, né, é que a tal empresa funcionava na própria casa de Artur, né? Artur é acusado de operar e manipular processos administrativos para facilitar a quitação de créditos tributários às empresas do Farede. Para isso, ele recebia pagamentos mensais de propina por meio de uma empresa de fachada registrada no nome da sua mãe. Não tinha nenhum funcionário registrado e ainda assim teve um crescimento patrimonial absurdo nos últimos dois anos. Vai entender, né? Kimio é sócio de uma empresa registrada na casa de Artur e que não tinha nenhum funcionário. Apesar disso, essa empresa teve um salto, uma evolução patrimonial de quase 5.000 vezes nos últimos dois anos. Não é à toa que esse movimento todo acabou chamando a atenção do Ministério Público. Durante a operação, foram cumpridos então 19 mandados de busca e apreensão, além do sequestro de bens e da apreensão de dinheiro e esmeraldas nos endereços residenciais dos investigados e nas redes aí das empresas envolvidas. Segundo o Wall, né, a operação Ícaro encontrou nada menos que 1,8 milhão em dinheiro vivo, tá? Além de pedras preciosas. É, dinheiro vivo é mais difícil rastrear, né? Bom, até o momento foram presos aí Sydney Oliveira, Mário Otávio Gomes, diretor da Fest Shop, né, e os auditores ali fiscais envolvidos no esquema. O elo das empresas com o esquema foi descoberto por meio das notas fiscais emitidas, né, em nome delas paraa empresa registrada no nome da mãe de Arthur. Foi esse rastro que ajudou a desmontar toda essa engrenagem aí da fraude, que elas foram descobertas, na verdade, porque tinham notas fiscais emitidas em seu nome envolvidas à empresa de inquímo. A situação dos alvos da operação tá longe de ser tranquila, né? Eles podem acabar enfrentando um verdadeiro combo na justiça. Corrupção ativa, corrupção passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro. E o cerco ainda não terminou, tá? A polícia continua nas ruas, as investigações seguem em andamento e, ao que tudo indica, outras empresas também podem estar metidas nesse esquema. Na verdade, como explicou o promotor de justiça Roberto Baldini, esse esquema envolve um número muito maior de empresas. Em nota, a Secretaria da Fazenda, né, e Planejamento do Estado de São Paulo, informou que já instaurou um procedimento interno para apurar a conduta do servidor envolvido. Também solicitou ao Ministério Público todos os detalhes da investigação e garantiu que tá colaborando por meio da Corfisp, né, a corregedoria da fiscalização tributária. Além disso, fizeram ali o tradicional discurso institucional, né? Reafirmaram compromisso com a ética, repudiaram qualquer prática ilícita e prometeram revisar os processos para evitar novos deslizes. Bom, as empresas citadas, né, na operação também se manifestaram. A Fest Shop declarou que ainda não teve acesso ao conteúdo da investigação, mas que tá colaborando aí com as autoridades e fornecendo as informações solicitadas. Já no caso do Sydney aí e da Ultrafarma, a defesa afirmou que não pode comentar o assunto, já que no processo, né, e tá correndo em segredo de justiça e envolve denúncias de corrupção. Até o momento da gravação desse vídeo, todos os envolvidos seguem presos. Mas como é Brasil, né, eu não duvido nada que até esse vídeo sair os caras já não tão já não estão na rua. Se tiver, comenta aqui, por favor, atualiza esse vídeo para nós. Vale lembrar, né, que essa não é a primeira vez aí que o nome do Sidney aparece em meio a escândalos, tá? Em 2023, ele já havia sido citado na operação Monte Cristo, que investigava um esquema de sonegação fiscal e lavagem de dinheiro envolvendo grandes distribuidoras de medicamentos. Na época, o Sidney ele firmou um acordo com o Ministério Público no valor de 32 milhões a serem pagos ali em 60 parcelinhas, né, como forma de encerrar aquele processo. Entre os outros suspeitos está o auditor aposentado, Alberto Tosi Murakami. Mesmo fora do cargo, né, ele mantinha o certificado digital da empresa no seu computador e continuava fazendo solicitações a Cfás como se nada tivesse mudado. Segundo o Ministério Público, mesmo após deixar o cargo em janeiro, ele seguiu colaborando com o Artur ali no esquema, né? Além dele, há outros auditores também, empresários e duas contadoras sobre investigação, todos podendo ser presos a qualquer momento. E como já dissemos, né, as investigações ainda estão em curso e tudo indica que tem muito mais gente envolvida nessa história. E aí, será que vem mais peixe grande por aí? Acho que a gente vai descobrir, né? Comenta aqui embaixo. Estava sabendo desse dessa bomba, né? dessa bomba aí do dono da Ultra Farm. Mole, cara, brincadeira, não é? Brasil, né? Bom, comenta aqui embaixo o que que você acha sobre isso e se acha que vai ter mais gente aí que vai cair ou não. Até o próximo vídeo. Ciao [Música]







