O Estranho Iceberg do Japão
0Snow [Música] [Música] O Japão, com certeza, é um dos países que mais carrega fatos interessantes e mistérios no mundo. E você provavelmente já conhece diversos casos que vem de lá, que se tornaram bastante populares na internet. Porém, ainda existe muita coisa relacionada tanto à sua história antiga quanto à sua história recente, que não é muito comentado. Então, eu resolvi fazer um vídeo abordando alguns desses tópicos em formato de iceberg. Vale lembrar que para esse vídeo eu usei dois icebergs sobre o tema que podem ser encontrados no Redit, sendo que um deles foi feito por mim há muitos anos atrás, lá em 2021, sendo um dos meus primeiros icebergs que eu fiz em formato de imagem. Então, já dá para ver que eu estou planejando esse vídeo há bastante tempo, né? De qualquer forma, eu estarei deixando os dois icebergs aí embaixo na descrição do vídeo. E agora, sem mais explicações, vamos conhecer o estranho iceberg do [Música] Japão. Ainu. Ainu é o nome de um povo nativo que habita o extremo norte do arquipélago japonês, se concentrando na ilha de Rokaido. No entanto, historicamente, os Ainu também ocupavam a parte norte da ilha de Ronsu, a ilha principal do arquipélago. Os Ainu também podem ser encontradas em regiões que hoje pertencem à Rússia, como é o caso das ilhas Curírias ao norte de Hokaido e a ilha de Sacalina. Territórios esses que o Japão disputa com a Rússia e já fizeram parte do país. Mas apesar disso, a população de Ainús na Rússia é extremamente pequena, com apenas 300 indivíduos, segundo um censo de 2021, enquanto no Japão existem mais de 11.000 membros da etnia. Você acredita que os ainús são descendentes dos primeiros habitantes do arquipélago japonês, os Jomun, que chegaram até a região há 14.000 anos atrás. se desenvolvendo separadamente da etnia majoritária do Japão, o ziamato, que apesar de também terem um pouco do sangue de Omomon, eles são mais descendentes do povoi, que chegaram até o arquipélago em torno de 300 anos antes de Cristo. Os Ainu possuem sua própria cultura e línguas. Inclusive a língua Ainu e suas variações regionais são classificadas como uma língua isolada, ou seja, a língua não tem parentesco com nenhuma outra. Durante o século X7, os japoneses iniciaram a colonização das ilhas ao norte, incluindo a ilha de Hokaido, que naquela época eram conhecidas como ESO. E após a restauração Meiji e a modernização do Japão em 1866, a presença do governo central na região aumentou bastante com a criação da Comissão de Desenvolvimento de Hokido em 1869. Nesse período, os Ainu foram forçados a assimilação com a cultura japonesa predominante, sendo proibidos de seguir sua religião e costumes tradicionais. Muitos deles também foram expulsos de suas terras com as crianças sendo obrigadas a estudarem em escolas tradicionais e serem alfabetizadas em japonês. Isso fez com que as comunidades Ainu reduzissem drasticamente. Atualmente se acredita que na verdade existam mais de 200.000 ainus no Japão, diferente dos 11.000 mencionados anteriormente. Porém, se acredita que a grande maioria desses 200.000 nem sabem que são descendentes do povo. Isso também fez com que atualmente exista apenas uma única variação da língua Ainu, o Ainu de Hokaido, que está atualmente em risco grave de extinção com apenas duas pessoas que tm o Ainu como língua nativa, de acordo com dados de 2008 e cerca de 300 pessoas que têm algum conhecimento da língua de acordo com o estudo de 2011. Invasões mongóis do Japão. O império mongol, durante o século XI, teve um grande expansionismo sob a governância de Gengiscan, se tornando em seu auge um dos maiores impérios da história, tendo tanto territórios no leste asiático quanto em partes da Europa Oriental. Mas apesar de ter governado praticamente todo o leste asiático, teve um lugar que os mongóis nunca conseguiram conquistar, que no caso foi o Japão. E não foi por falta de tentativa, já que os mongóis, agora liderados por Kubaian, o neto de Jejis Kan, líder da formada dinashia Juan da China, tentaram invadir o Japão duas vezes, mas das duas eles falharam em conquistar o arquipélago. Na primeira tentativa, em 1274, as forças mongóis partiram da península coreana e conseguiram conquistar a ilha de Tsushima, que fica entre a Coreia e o Japão. Nessa invasão, os mongóis mataram grande parte da população da ilha e destruíram vários prédios lá. E inclusive esse acontecimento foi representado no jogo Ghost of Tsushima. Os mongóis posteriormente conquistaram a ilha de Iki, que fica mais perto das ilhas principais, e depois começaram a travar uma batalha contra os samurais japoneses na baía de Hakata, localizada na ilha de Kilsu. Os mongóis e japoneses lutaram por dias na baia de Hakata até que em um certo momento a frota marítima dos mongóis foi simplesmente destruída por uma tempestade, encerrando o avanço mongol. Essa tempestade, que é muitas vezes referida como um tufão, aconteceu fora de época, já que a invasão da baía de Rakata aconteceu em novembro, enquanto as tempestades e tufões geralmente acontecem na região entre maio e outubro, ou seja, foi meio que um milagre essa tempestade ter acontecido e ela foi posteriormente chamada de kamikazi, termo que pode ser traduzido como vento divino. Apesar desse infortúnio, os mongóis tentaram novamente invadir o Japão em 1281, também inicialmente avançando contra Tsushima e Iki, desta vez mobilizando muito mais homens com um exército que tinha mais de 140.000 soldados e marinheiros. Após passar pelas ilhas, os mongóis atacaram novamente a baía de Hakata e também a província de Nagato, localizado já na ilha principal do Japão. Esse ataque a Nagato, porém, foi breve e as forças mongóis foram expulsas de lá. E a fronte que atacou Rakata também não foi bem-sucedida, não conseguindo passar por uma murária levantada pelos japoneses, sendo expulsos da Bahia através de rajadas de flechas. Logo, as forças mongóis foram obrigadas a retraírem até a ilha de Chica, recebendo lá um contra-ataque japonês. E após isso, em uma nova tentativa de atacar o Japão, novamente uma grande tempestade veio e destruiu a frota mongol por completo, deixando diversos soldados a deriva no mar. Você acredita que mais de 100.000 homens a serviços dos mongóis foram mortos por causa da tempestade, encerrando assim as duas incursões mongóis no Japão de formas bem semelhantes. Essas derrotas enfraqueceram os mongóis e aumentaram as crenças dos japoneses em uma tal proteção divina que defenderia o país de invasões inimigas através de forças naturais, reforçando também o poder do xogunato Kamakura, que governava o Japão na época. Línguas Rio Kan. Como visto antes, o japonês não é a única língua falada no país. E dentro da família de línguas japônicas, onde também está o japonês, temos as línguas Riukuan, que são faladas no extremo sul do arquipélago, mas em específico nas ilhas Riukiu, que estão localizadas entre a ilha de Kiusu e a ilha de Formosa ou a ilha de Taiwan. Apesar de fazerem parte da mesma família linguística, o Huk e o japonês não são mutualmente inteligíveis. Ou seja, alguém que fala japonês não entende alguém que fala Huk. Existem diversas variações dentro dessas línguas Hilwan, sendo que muitas delas estão em perigo grave de extinção. No entanto, uma delas, que é a língua Okinaua, ainda é muito falada, sendo falada por quase 1 milhão de pessoas. Ela surgiu e é usada principalmente na ilha de Okinaua, que também dá nome à prefeitura que governa essas ilhas. E algo interessante sobre a língua Okinaua em específico é que existem falantes dela aqui no Brasil, já que com a imigração japonesa que o Brasil teve, muitos desses imigrantes eram de Okinawa e eles trouxeram o idioma com eles. Mas eu não encontrei quantos falantes da língua de Ukinaua existem aqui no Brasil. Inclusive, algo interessante sobre essas ilhas é que elas já foram um país independente, conhecido como o reino Rio Kyu, existindo entre 1429 a 1879, tendo os seus próprios reis, que são divididos em dinastias. O reino surgiu da união de outros três reinos localizados nas Ídias em 1429 pelo rei Shhashai, o antigo rei de um desses três reinos, o reino de Tchazam. O país surgiu dado ao reconhecimento da dinastia Ming, uma das dinastias da China que tornou Rio Kyu um estado tributário da dinastia. Ou seja, eles eram obrigados a pagar tributos ou impostos para Ming. O reino era bastante importante por estar em um local estratégico para o comércio marítimo, sendo que seus governantes eram considerados grandes diplomatas, com um país também servindo como a ponte comercial entre o Japão e a China, que na época não tinham relações diretas. Durante sua existência, o reino de Ryukyu desenvolveu sua própria cultura. que pode ser vista até hoje na província de Okinaua. O reino deixou de existir como uma nação independente após a invasão do domínio de Satsuma em 1609. O reino, apesar disso, manteve uma aparência de independência, começando a pagar tributos ao Japão, enquanto ainda mantinha relações tributárias com a China, sendo de fato incorporado ao Japão em 1879 após a restauração Mejim. E mesmo que a monarquia de Hukyu já tenha deixado de existir há séculos, assim como aqui no Brasil, ainda existem descendentes da família real de Huinda vivos, como o Mamoru, sendo o atual líder da antiga família real do país extinto. [Música] Degima. Esse é o nome de uma ilha artificial que foi construída próxima a Nagasak. A ilha foi construída em 1634 para servir como um posto comercial. onde o país fazia negociações com comerciantes portugueses durante o período onde o Japão estava fechado para o estrangeiro. Essa época de isolamento ficou conhecida como Sakoku. Logo, a ilha de Degma se tornou a única localização onde os europeus poderiam pisar no país, sendo projetada para abrigar esses comerciantes estrangeiros. A ilha era conectada a Nagasak apenas por uma pequena ponte e os japoneses só podiam entrar em Degma sob autorização do governo. Inicialmente, apenas os portugueses tinham direito de ir até Degima, mas bem rapidamente eles foram expulsos de lá por tentarem promover o cristianismo, fazendo com que posteriormente apenas os holandeses pudessem ir até Degma. E eles deteram o monopólio do comércio com japoneses por 200 anos até a ilha se tornar obsoleta em 1853, quando o período isolacionista do Japão acabou. Após isso, a ilha ficou abandonada até 1996, quando se iniciou uma reconstrução da ilha, que atualmente é um ponto turístico em Nagasak. Buraco mim. Buracumin é o nome de uma classe social presente no Japão, que é uma das que mais sofre discriminação na sociedade do país, mesmo não tendo nenhuma diferença física do resto da população. Os Burakumim são descendentes de uma classe social que durante o Japão feudal tinham ocupações consideradas impuras ou sujas, que geralmente lidavam com a morte de forma direta, como carrascos, coveiros e açogueiros. Pessoas que tinham essas profissões eram mal vistas por causa do conceito de pureza presente no xintoísmo chamado de kegari, onde alguém que tinha contato com a morte estava de alguma forma contaminado. Os Buracumins se tornaram uma classe social distinta devido a essas profissões, serem geralmente hereditárias. Ou seja, o filho herdava a profissão do pai. E após a modernização do país, no final do século XIX, esse sistema de discriminação foi oficialmente abolido. Mas ainda assim, mesmo nos dias atuais, os Burakumin ainda sofrem bastante perseguição e discriminação na sociedade japonesa. Os descendentes dessa classe, quando são descobertos como buraco mins, têm dificuldade de conseguir emprego, sendo muit das vezes obrigados a trabalhar em empregos mal remunerados e viver na pobreza, fazendo com que muita gente esconda suas origens buracum. E além disso, muit das vezes, um buracumin é impedido de se casar com uma pessoa de outra, entre aspas, classe, com casamento de duas pessoas de classes diferentes, ainda sendo considerado um tabu em várias regiões. Atualmente se acredita que existem mais de 3 milhões de buracumins que vivem no Japão. E existe um movimento que luta pelos direitos dessa classe, a Liga da Liberação Buraco, que foi fundada em 1946, tendo como um dos seus primeiros líderes o Diiro Matsumoto, uma das principais figuras no movimento de direitos Buracumim. Tiuni Sugirara. Tiuni Sirhara foi o nome de um diplomata japonês que ficou conhecido durante a Segunda Guerra Mundial por ajudar diversos judeus a fugirem da Europa durante a ocupação soviética da Lituânia. Sugirara, durante o período, servia como cônsul da cidade de Caúnas, na Lituânia, para reportar movimentos dos soldados nazistas e soviéticos na região dos países Bálticos. Em 1940, após a anexação da Lituânia pelos soviéticos, muitos judeus que moravam lá e refugiados de territórios ocupados pela Alemanha, como a Polônia e a República Teca, que também estavam na Lituânia, estavam tentando de toda forma sair da Europa, mas praticamente todos os meios de fuga naquele momento foram comprometidos. Lembrando que em 1941, um ano depois disso, os alemães iriam ocupar a Lituânia também. Ou seja, eles não podiam ficar lá de nenhuma forma. Logo, vendo isso, Sirhara decidiu botar sua carreira em risco e contra a vontade do governo japonês, ele emitiu diversos vistos de trânsito para os judeus poderem atravessarem a União Soviética e irem até o Japão para depois fugirem para os Estados Unidos. Muitos desses vistos, Sugihara escreveu à mão por entre 18 a 20 horas seguidas. Graças a esses vistos, muitos judeus conseguiram realmente fugir da Europa indo até o Japão. Ele continuou emitindo vistos até deixar o seu cargo na Lituânia, tentando após isso apagar qualquer pista que levava esses vistos a ele. Você acredita que Sugihara teria emitido até 6.000 vistos para refugiados judeus. Após sair da Lituânia, ele serviu como cósul na cidade de Bucareste, na Romênia, até ser capturado junto da sua família ao fim da guerra pelos soviéticos. E ele ficou preso até 1947, quando ele foi liberado retornando ao Japão, onde ele foi aposentado pelo Ministério de Relações Exteriores e seu cargo, vivendo após isso uma vida tranquila até vir a falecer em 1986 aos 86 anos. Pelos seus esforços em ajudar os refugiados judeus, ele recebeu o título de justos entre as nações em 1984. Título esse dado a pessoas que de alguma forma ajudaram refugiados durante a Segunda Guerra. E aparentemente eu não encontrei muita informação sobre isso, mas o Tiunhara é venerado como um santo na igreja ortodoxa oriental. [Música] [Música] Hero Onoda. Hiroa, foi o nome de um oficial da inteligência do exército japonês que dotou durante a Segunda Guerra Mundial e ficou conhecido por ser um dos últimos soldados japoneses a se render após o fim da guerra, já que ele permaneceu acreditando que o Japão ainda estava em guerra por quase 30 anos após a rendição do país em 1945. Em 1944, ele foi enviado para a ilha de Lubang, nas Filipinas, atuando em táticas de guerrilha para impedir o avanço americano na região. E algo que levou ao pé da letra foi uma ordem de seu superior que o ordenou a nunca se render. Mesmo após o fim da Segunda Guerra Mundial, o grupo de Onoda continuou lutando nas selvas de Lubang, como se a guerra estivesse a todo vapor, sobrevivendo de comida roubada e frutas silvestres. Um dos companheiros de Onoda se rendeu em 1950 e os dois outros foram mortos em 1954 e 1972. Onoda e seus companheiros até viam panfletos e anúncios feitos por alofalantes que diziam que o Japão tinha se rendido e a guerra tinha acabado. A questão é que eles não acreditavam nesses anúncios, quendo serem táticas do inimigo para enganá-los. Eles até mesmo recebiam cartas de seus familiares pedindo para eles se renderem, algo que eles ignoravam. Durante esse período, o entrava em diversos conflitos com habitantes locais, até mesmo trocando tiros com a polícia da região. Em 1974, já completamente sozinho, o encontrado por um explorador japonês que sem sucesso tentou convencer a se render. O oficial só se renderia se ele recebesse uma ordem direta do seu superior em pessoa. E foi exatamente isso que aconteceu com o comandante Yoshim Tanigushi, que ainda estava vivo, tendo que ir até as Filipinas e ordenar que o Noda se rendesse em pessoa em março de 74, fazendo ele finalmente se render. Após isso, Hiro Onoda retornou ao Japão, sendo recebido como um herói. veio a falecer em 2014. Mas por incrível que pareça, ele não foi o último soldado japonês a se render, já que também temos um soldado chamado Teru Nakamura, que serviu o exército imperial japonês e continuou lutando mesmo após a rendição do país. Ele nasceu em Taiwan sobre o domínio japonês e foi movido para a ilha de Morotai na Indonésia, onde em 13 de novembro de 1944 ele foi considerado morto pelo exército, mas ele não estava exatamente morto. Após a região ter sido conquistada pelos aliados, ele permaneceu lá com um pequeno grupo de soldados, ficando em um esconderijo que só foi descoberto em novembro de 1974, quando ele foi forçado a se render, sendo capturado pela polícia da Indonésia. E a história dele é um pouco mais complicada porque ele nasceu em Taiwan, que naquela época já não fazia mais parte do Japão, tendo seu próprio governo. Mesmo assim, ele decidiu ser repatriado para Taiwan. E diferente do Onoda, o governo de Taiwan não recebeu ele muito bem, já que eles tinham receios de que ele ainda era uma pessoa leal ao império japonês. De qualquer forma, ele voltou para o seu local de origem, vindo a falecer em 1979 aos 59 anos. Chusengaku. Esse é o nome, pelo que é conhecido, escolas norte-coreanas localizadas em solo japonês. Sim, isso existe. Devido à ocupação japonesa na península coreana antes e durante a Segunda Guerra Mundial, muitos coreanos se mudaram para o Japão, alguns por vontade própria e outros forçados. E mesmo após o fim da Segunda Guerra e a liberação da Coreia, muitos coreanos não voltaram para sua terra natal, continuando vivendo no Japão mesmo, ficando conhecidos como Zainit. E após o fim da guerra da Coreia, que dividiu a península em sul e norte, alguns coreanos residentes do Japão se tornaram partidários da parte sul da Coreia, a Coreia do Sul, enquanto outros se tornaram partidários da parte norte. E isso fez com que surgisse uma instituição chamada Shongrion, que foi fundada no Japão e tem laços com a Coreia do Norte. Esse grupo estabeleceu essas tais escolas conhecidas como Chosen Gaku, que tinham um currículo independente do que o governo central passava e que é muito ideologicamente alinhado com os valores norte-coreanos, tendo até fotos dos líderes nas salas de aula. Atualmente se acredita que essas Gaku possuem cerca de 9.000 estudantes que em sua grande maioria são etnicamente coreanos. E mesmo que essas escolas tenham a sua própria forma de ensino e geralmente alfabetizarem os seus estudantes em coreano, eles também ensinam japonês nelas, sendo que parte considerável do financiamento desta instituição vem do próprio governo norte-coreano. E a chosen Gaku gera alguns atritos com a sociedade japonesa, principalmente em períodos de crises diplomáticas entre os dois países, algo que é bem frequente, com alunos e pessoas relacionadas à instituição sendo ostilizados. Sadamite Hirasawa. Sadamit Hirasawa foi um artista japonês que ficou relacionado a um caso criminal que chocou o país nos anos 40. Em 1948, um homem entrou no banco de Teigin, um banco imperial localizado na cidade de Tóquio, afirmando ser um médico epidemiologista chamado Diro Yamaguti. Nome esse que posteriormente foi comprovado como um nome falso. Esse suposto médico disse para os funcionários do banco que um surto de desenteria estava se alastrando pela região e ele precisaria aplicar doses de uma vacina nesses funcionários. De fato, o país estava passando por alguns surtos de doenças. Logo, esses funcionários acreditaram nesse suposto médico, assim o autorizando a aplicar a vacina em 16 pessoas que estavam ali. Essa tal vacina era composta por uma pílula e duas doses líquidas que foram aplicadas de forma oral, mas essas substâncias não eram de fato uma vacina. Inicialmente acreditavam que a substância que eles receberam era cianeto de potássio, uma substância tóxica. e fatal. Porém, posteriormente começaram a acreditar que a substância usada era acetona cananoidrin, que também é uma substância tóxica e que aparentemente é bastante difícil de se conseguir. Ao tomar essas doses, essas pessoas começaram a convulcionar no chão e espumar pela boca. Enquanto as pessoas estavam incapacitadas, esse suposto epidemiologista roubou do banco cerca de 160.000 yenes, mais ou menos $.000 000 na época e fugiu do local, sendo que havia mais dinheiro ali que ele deixou para trás. A emergência chegou um tempo depois, mas eles não conseguiram salvar 10 pessoas que morreram ali mesmo na cena do crime. Entre essas vítimas estava uma criança, filha de um dos funcionários. Apenas quatro vítimas conseguiram serem salvas, com outras duas morrendo já no hospital. Após o crime, as autoridades fizeram uma investigação para tentar encontrar o autor da chassina chegando em Sadamite Hirasauwa, um pintor que tinha em sua casa uma quantidade de dinheiro semelhante a roubado no banco, a qual ele recusava dizer da onde aquele dinheiro tinha vindo. Além disso, o nome de Hirassaua estava envolvido em fraudes bancárias, o que colocou ele como o principal suspeito, o fazendo ser preso em agosto de 1948, sendo posteriormente identificado como autor do crime pelas poucas testemunhas do caso. Após isso, ele passou dias sendo interrogado, passando por uma tortura durante esse interrogamento, sendo obrigado a confessar praticamente. profissão essa que ele retirou logo em seguida, mas já era tarde demais e ele foi condenado ao corredor da morte em 1950. Ele ficou mais de 35 anos no corredor da morte sem ter sua sentença executada. Nesse tempo, diversos advogados e até entidades internacionais tentaram o tirar do corredor, mas sem sucesso. Ele veio a falecer em 1987, aos 95 anos de idade, por pneumonia em um hospital prisional, passando suas últimas décadas de vida preso por um crime que nunca foi comprovado de fato que ele cometeu, já que não existe nenhuma prova conclusiva que o liga ao crime. com muitas pessoas que consideram ele inocente, sendo a única coisa levantada para acusá-lo aquela confessão que ele fez, ignorando a condição que o levou a confessar. Inclusive, é dito que aquele dinheiro que ele tinha guardado, que era muito parecido com o valor roubado, ele teria ganhado vendendo pinturas eróticas e ele não queria admitir a origem do dinheiro por vergonha. Logo com Rasauas sendo considerado inocente, o real autor do crime do Banco de Teng nunca foi identificado. Happ sence. Hap Science é o nome de uma religião da nova era fundada no Japão em 6 de outubro de 1986, anteriormente conhecida como Instituto para a pesquisa da Felicidade Humana. O rap science foi fundado por um homem de negócios chamado Riuro Okawa. E a religião, por muitas vezes considerada um culto, mistura crenças de diversas outras religiões, como cristianismo, budismo, xintoísmo, entre outras, acreditando tanto em anjos, demônios, o céu e o inferno, e até em alienígenas. Eles também acreditam na existência da reencarnação com sua crença principal que afirma que H Okaua, seu fundador, é a reencarnação de um deus chamado Elcantari, que segundo os seguidores do R Science é o deus supremo de todos os outros deuses. Eles também acreditam que okaua também é a reencarnação do deus grego Hermes e do Buda. Dá para ver que ele é bem humilde, né? Além da parte religiosa, o Rap Science também atua no campo político, tendo o seu próprio partido, o Hapness Realization Party, que não elegeu nenhum político. Eles advogam pelo expansionismo militar japonês e costumam negar atrocidades que o Japão fez durante a Segunda Guerra Mundial, como o Massacre de Nankin, por exemplo. Muitos dos ensinamentos propagados pelo rap science podem ser encontrados em livros escritos por Okaua. e são bastante livros, já que ele era um autor bem prolífico, afirmando já ter escrito mais de 300 livros. Além dos livros, o Rap Science também produziu algumas obras audiovisuais, como filmes e até animes, que alguns deles você pode até mesmo encontrar aqui no YouTube. E por incrível que pareça, o Rap Science tem filiais em outros países no mundo, incluindo no Brasil, tendo um templo localizado na cidade de São Paulo. O rap science gera controvérsa por muitos acreditarem que ele seja um culto e explora os seus fiéis financeiramente com a venda dessas centenas de livros que oua escreveu, além de pedirem doações e cobrarem por cursos dentro da religião, além, é claro, das suas posições políticas consideradas extremas. Rio Okaua veio a falecer em 2022, porém a religião segue existindo. O assassinato de Inegiro Assanuma. Isso se trata de um incidente que aconteceu em 12 de outubro de 1960 durante um debate político televisionado onde um jovem ultranacionalista chamado Otoya Yamaguchi invadiu o palco do debate esfaqueando e matando Inegiro Assanuma, o líder do Partido Socialista do Japão. Assanuma era considerado uma figura política em ascensão e um líder carismático. Ele abertamente se alinhava com a China comunista e se opunha a influência dos Estados Unidos no Japão. Devido ao seus discursos energéticos, ele ganhava muita popularidade no país, sendo considerado assim uma grande ameaça por grupos nacionalistas do Japão, que entre esses nacionalistas estava o jovem Otoya Yamagushi, que na época do caso tinha apenas 17 anos. No dia 12 de outubro de 1960, Sanuma participava de um debate político que estava sendo televisionado. Durante o seu discurso, Yamagushi invadiu o palco e o esquou com uma espada samurai curta. O ataque aconteceu na frente de mais de 2.000 pessoas na audiência, também sendo televisionado. A Sanuma morreu alguns minutos após o ataque por uma hemorragia interna. E essa fotografia mostra os últimos minutos de vida do político. Ela foi tirada pelo fotógrafo Yasushi Nagal e ela ganhou o prêmio Pulitzer. E Amagushi após isso foi preso e enquanto aguardava o julgamento, ele tirou sua própria vida na prisão. O caso chocou o país e teve grandes repercussões na política japonesa com o Partido Socialista caindo em popularidade nos anos seguintes, já que o partido era dividido em diversas facções que foram unidas sobre a liderança de Assanuma. [Música] Jesus no Japão. Essa é uma lenda que pode ser encontrada na vila de Xingo, encontrada na prefeitura de Almore, que tem um pouco mais de 2000 habitantes. Nessa vila é possível encontrar uma cova que os locais dizem ser de Jesus Cristo. Sim, isso mesmo. Isso vem porque existe a lenda que fala que em algum momento Cristo teria viajado até o Japão quando ele tinha cerca de 21 anos para estudar a cultura oriental. Mas a história vai bem mais longe do que isso e diz que Jesus teria resolvido morar lá, trabalhando como um fazendeiro e até constituindo uma família no Japão mesmo e morrendo na vila. Indo completamente contra a história oficial de Jesus que conhecemos. Nessa lenda, Jesus começou a usar o nome de Daitencotaro Jurai e supostamente seus descendentes ainda vivem na região. Obviamente essa história não tem embasamento nenhum e possui até alguns anacronismos históricos. Afinal, nessa época, no século I, o Japão não tinha nenhum sistema de escrita desenvolvido. Mesmo assim, a lenda atrai diversos turistas para a vila para ver o suposto túmulo de Cristo. O monstro de 21 faces, também conhecido como o caso Gliomorinaga. Esse é um caso criminal bem misterioso que aconteceu no Japão entre 1984. a 1985, se iniciando com o sequestro de Kassuira Esaki, CEO da empresa alimentícia Glico, em março de 1984. O grupo que o sequestrou pedia uma grande quantidade em dinheiro para seu resgate, cerca de 1 bilhão de ou 4,5 milhões de dólares. Mas o resgate não foi necessário, já que o empresário conseguiu escapar do seu cativeiro três dias depois de ser sequestrado. Mas após isso, sua empresa começou a receber diversas ameaças através de cartas que diziam que o grupo que o havia sequestrado teria envenenado produtos da empresa presentes em supermercados com cianeto de potássio. Isso fez com que a Glic se desesperasse recolhendo seus produtos das lojas, gerando um grande prejuízo para ela, tanto pelo recolhimento dos produtos quanto pelo receio dos consumidores de comprá-los por causa dessas ameaças. O nome monstro de 21 faces era o nome pelo qual esse grupo se identificava, referido como Kaijin Nijusi Menso em japonês. Além de enviar cartas ameaçando envenenar os produtos da Glico, o grupo também enviava cartas para a polícia zombando dela por não conseguir identificá-los. Após atormentar a glico por um tempo, o grupo mudou seu foco para outras empresas alimentícias, como uma outra empresa chamada Morinaga. E diferente do caso com a Glol, que nenhum produto envenenado jamais foi encontrado, dado às ameaças que a Morinaga recebia, a polícia conseguiu encontrar alguns produtos que realmente foram inseridoso, os interceptando antes que alguém comprasse e os consumisse. Mas o curioso dessa parte da história é que esses produtos envenenados, o grupo colocou um selo na embalagem escrito tóxico, escancarando quais os produtos foram manipulados. Também foi recuperado imagens de câmeras de vigilância que teriam capturado um suspeito de colocar esses doces envenenados em o mercado. Além disso, nas cartas que o monstro de 21 faces mandava para as empresas, eles exigiam uma quantidade de dinheiro para parar com as ameaças, dando detalhes de onde eles precisavam levar esse dinheiro para fazer a troca. Certa vez, eles disseram que estariam esperando um funcionário da Molinaga em uma estação de trem pedindo cerca de 2 milhões de dólares. Vendo uma oportunidade de pegar os criminosos, um policial se disfarçou de um funcionário da empresa e foi até a estação de trem para tentar montar uma armadilha para eles. Esse policial conseguiu ver de longe um indivíduo que ele acreditava fazer parte do grupo, que ele se referia como tendo olhos como de uma raposa. Porém, o policial não conseguiu interceptar esse homem, o qual se tornou o principal suspeito, fazendo até um retrato falado dele. Porém, esse indivíduo nunca foi identificado. Já no fim do caso, o superintendente da polícia que estava investigando ele, o Soji Yamoto, tirou sua própria vida em 1985, supostamente motivado pelo fracasso em resolver o caso. Após a sua morte, o monstro de 21 faces enviou uma última carta à polícia, dizendo que eles tinham acabado com essa brincadeira. E desde então o grupo parou de atuar com um caso dando por encerrado no ano 2000, sem que nenhuma pessoa relacionada a ele fosse identificada. No fim, ninguém consumiu nenhum produto envenenado pelo grupo. Unidade 731. A unidade 731 foi o nome de uma unidade secreta que o Japão manteve durante a guerra sinojaponesa e a Segunda Guerra Mundial, que operou de 1936 a 1945 e se localizava no distrito de Pingfang, na China, na região da Manchúria. A unidade tinha como objetivo o desenvolvimento da guerra biológica para o exército japonês. E ela ficou conhecida pelos experimentos macabros e cruéis que eram feitos em cobaias dentro da unidade. Os japoneses experimentavam injetar doenças nas cobaias, remover seus órgãos e fazer amputações. Muitas dessas vítimas eram mulheres, incluindo mulheres grávidas e crianças, com as vítimas sendo predominantemente chinesas. A unidade estava sob o comando do general Shiroishi e hoje é considerado que a unidade cometeu alguns dos mais notórios crimes de guerra da história. As armas biológicas que foram desenvolvidas pela unidade 731 foram utilizadas em testes de campo em cidades chinesas, contaminando fontes de águas e campos, causando a morte de pelo menos 200.000 pessoas. Já perto do fim da guerra para fazer uma queima de arquivo, todos os prisioneiros foram mortos e não há registro de sobreviventes. Acredita que esses prisioneiros mortos somam mais de 10.000 pessoas? Após a rendição do Japão em 1945, tanto os soviéticos quanto os americanos conseguiram obter informações desenvolvidas dentro da unidade, já que as duas nações capturaram cientistas e funcionários que trabalhavam nela. Os Estados Unidos inclusive deram imunidade para vários dos envolvidos com a unidade, incluindo o seu líder, o Shiro Isi, com alguns deles posteriormente ocupando altos cargos no governo japonês. O Japão negou a existência da unidade 731 por décadas após o fim do conflito, apenas confirmando sua existência publicamente em 2002. [Música] Então eu acho que é isso. Esse foi o iceberg do Japão. Eu já falei bastante tópicos relacionados ao Japão aqui no canal, tendo um vídeo aqui falando sobre a internet japonesa e um vídeo falando sobre outros casos interessantes que eu acredito que seja bons complementos para esse vídeo aqui. Então não deixe de checar esses vídeos também. No mais, eu espero que vocês tenham gostado do vídeo. Se sim, não se esqueça de comentar aí embaixo, deixar o seu like e se inscrever no canal para mais vídeos como esse no futuro. E no mais, é isso. Eu espero todos vocês em uma próxima. Até mais. [Música]







