O FIM DO LITIO? Porque a MAIOR Fabricante de BATERIAS DO MUNDO Está Apostando CONTRA O LITIO?
0Você confiaria em uma tecnologia se a maior empresa do setor apostasse nela com força total? Pois é isso que está acontecendo com as baterias de sódio. A Kettle, maior fabricante de baterias de lítio do mundo, disse que até metade do mercado pode migrar para as baterias de sódio nos próximos anos. É isso mesmo. Basicamente, a empresa que domina o setor do lítio está, de certa forma apostando contra ela mesma. Parece que nós vamos precisar recarregar a reputação do lítio mais pra frente, não é mesmo? Mas por que essa mudança repentina? Porque o sódio é abundante, barato e muito mais fácil de extrair do que o lío, que depende da mineração pesada, cara, muitas vezes prejudicial ao meio ambiente. Empresas como a Kettle já estão se preparando para produzir baterias de sódio em larga escala, basicamente apostando numa mudança de paradigma no mercado global de armazenamento de energia. Mas será que o sódio vai realmente liderar essa transição energética ou será só mais uma promessa? Fala galera, eu sou Jandir Andrade, autor do canal Papo de Energia e hoje nós vamos falar sobre um assunto muito interessante. Será esse o fim do lítio? Antes de mais nada, eu preciso que você já se inscreva aqui no canal, dê o like nesse vídeo para não perder nenhum conteúdo, porque esse conteúdo vai ser muito incrível e eu tenho vídeos novos aqui toda semana. Então já se inscreve aqui no canal para contribuir com o nosso trabalho. Não deixe um like e bora pro vídeo. Keton não é qualquer empresa, ela é simplesmente a maior fabricante de baterias do planeta com mais de 40% de participação no mercado global em 2023, ou seja, quase metade das baterias que rodam no mundo saem da fábrica dela. Então, quando o cofundador da empresa Robin Zeng diz que baterias de estado sólido não são o futuro, que baterias de sódio sim são o próximo passo, o mundo presta atenção nisso. E não é só um mero discurso. A Kattle já lançou no mercado um pacote híbrido chamado Free Voy, que combina baterias de sódio e de lítio em um único sistema voltado para carros elétricos de longa autonomia. E o mais impressionante disso é que a empresa já está finalizando a segunda geração de baterias de sódio com uma densidade energética de mais de 200 WH por kg. Esse é basicamente um salto gigantesco em relação à sua primeira versão que entregava em torno de 160 WH por kg. Ainda está abaixo dos 300 WH por kg das melhores baterias de lítio, mas mostra que o avanço está acontecendo e de forma rápida. Basicamente, se uma gigante como a Kattle está apostando nisso, não é apenas uma tendência, é uma possível revolução que está em andamento. Na prática, baterias de sódio funcionam quase do mesmo jeito que baterias de lítio. A estrutura é parecida e o processo de carga e descarga também. E mais, elas têm eficiência energética muito próxima. Ou seja, o que você coloca de energia nelas praticamente recupera. Mas aqui está a questão, elas armazenam menos energia por quilo. E esse sempre foi um problema, porque a conta é muito simples. Quanto menos densidade, mais peso e mais volume. E ninguém quer um carro elétrico com uma bateria que ocupa o porta-malas inteiro. Mas então, por que tanta empolgação em relação às baterias de sódio? A resposta está na matéria-prima. O sódio é abundante, barato e fácil de extrair. A gente tá literalmente cercado por ele. O sal é um dos minerais mais acessíveis do planeta. Isso significa uma coisa, custo muito menor e cadeia de produção muito mais estável do que as de lítio e cobalto, por exemplo, que exigem mineração pesada, tem materiais concentrados em poucos países. Além disso, as baterias de sódio são mais sustentáveis e menos suscetíveis a tensões geopolíticas, por exemplo, que é crucial no mundo estratégico, onde a segurança energética virou uma pauta política. Em resumo é que mesmo com menor densidade energética, as baterias de sódio oferecem uma proposta muito mais atraente, especialmente para sistemas estacionários de armazenamento de energia solar fotovoltaica, por exemplo, e até veículos que rodam em regiões mais frias ou com menor demanda de autonomia. A questão é que nem toda a bateria precisa ser leve, como a de um carro elétrico. Em muitos casos, o que mais importa é a questão da segurança, durabilidade e custo por kWh armazenado. E aqui que as baterias de sódio brilham com força. Imagine um parque solar fotovoltaico no sertão nordestino ou em uma região isolada no interior do Brasil. Calor extremo durante o dia, noites geladas em certas épocas do ano, condições perfeitas para testar os limites de qualquer tecnologia. E sabe quem resiste melhor a isso? As baterias de sódio, elas têm excelente estabilidade térmica e estão menos propensas a entrar em uma fuga térmica, que basicamente é aquele efeito cascate pode levar ao superaquecimento. E surpreendentemente funcionam melhor em temperaturas negativas do que o lítio. Enquanto muitas baterias de lítio começam a falhar em -20ºC, a segunda geração de baterias da Kettle consegue funcionar com até -40ºC. E isso abre espaço para aplicações onde o frio é muito extremo, pois em países mais frios da Europa, por exemplo, o lítio costuma, de certa forma congelar, perder eficiência. Mas a questão é, em usinas de armazenamento estacionário, como as que seguram a energia gerada por painéis solares fotovoltaicos, por exemplo, ou por usinas eólicas, peso da bateria não importa tanto quanto em carros elétricos. O que importa é ela ser segura, barata e fácil de instalar e também de escalar. E nesse quesito, o sódio pode ser o trunfo que faltava para expansão e destravamento, armazenamento em massa de energia renovável. É claro que se a Kattle é a líder mundial, a Billid vem logo atrás e essa, por sua vez, também está indo com tudo para o sódio. Isso muda completamente o cenário. A empresa basicamente iniciou a construção de uma giga fábrica dedicada às baterias de sódio com capacidade prevista de 30 GW por ano até 2027. Para ter uma ideia, por exemplo, isso seria capaz de alimentar milhares de ônibus elétricos, sistemas de backup de energia e baterias residenciais offgrid. E a Bio não está apenas apostando, ela está mirando reduzir o custo das baterias de sódio, a ponto de igualar os valores das baterias já produzidas em LFP ou também conhecidas como lítio, ferro, fosfato. Isso tudo até 2025 e 2026. E com o avanço da escala da tecnologia, elas podem chegar até 70% mais baratas. Mas isso é algo muito incrível. Na prática, isso pode transformar o mercado de energia solar fotovoltaica e futuramente trazer veículos elétricos mais acessíveis, inclusive no Brasil, onde o valor das baterias ainda é muito elevado. Outro destaque da Bid é o lançamento do seu primeiro sistema BS com tecnologia de sódio, o chamado MC Cube SIB Energy Storage System. O nome é complicado, mas o desempenho é direto.55 kW de potência e 2,3 MWh de capacidade de armazenamento. E isso sim é um pouco abaixo da média das baterias de lítio utilizada em grandes usinas, em usinas de grande porte, que basicamente giram em torno de 5 MWh Mas para um sistema baseado em sódio, esse é um grande mar, principalmente pensando em escala, segurança e custo. Em outras palavras, a briga entre baterias de lítio e de sódio não é só uma questão química, é uma disputa de bilhões em valores monetários. E a BID com certeza aposta muito nisso. Existem outras empresas, como a chinesa Zang Huna Energy, planeja produzir inicialmente aproximadamente 4 GWh por ano de baterias de sódio, pretendendo escalar para 20 GWh. Eles ainda não cravaram uma data para isso, então é necessário ainda olhar com um pouco de cautela. E é claro, os Estados Unidos, por sua vez, também t investimentos pesados nessa área. A empresa californiana Natron Energy vem trabalhando em uma proposta ousada com as baterias de sódio. Baterias de sódio que carregam e descarregam até 10 vezes mais rápido que as baterias de lítio, onde a Natro começou em 2023 com uma planta piloto em Holland, no estado de Michigan, sendo atualmente a única fábrica de baterias de sódio ativa nos Estados Unidos, com capacidade de produção de 600 MW ano, sendo um começo modesto comparado às fábricas chinesas, mas muito estratégico. Mas eles têm um plano muito ambicioso para a Carolina do Norte, onde pretendem implementar uma fábrica com capacidade de produção de 24 GWh por ano. E isso já posiciona a Nature Energy como um player relevante no mercado global de baterias de sódio. Mas embora a empresa prometa altíssima durabilidade, ainda não divulgou a densidade energética exata das baterias. E isso bota um ponto de interrogação nessa empresa. Um estudo da Chemical and Engineering News estimou que as baterias da Natron teriam algo em torno de 70 WH por kg, um valor muito baixo comparado aos 200 e 300 WH por kg das baterias de lítio, por exemplo. Ou seja, essas baterias ainda não seriam possíveis de serem aplicadas em veículos elétricos, por exemplo. A questão é que, apesar de todo o hype, as baterias de sódio ainda enfrentam obstáculos importantes para sua implementação e escalabilidade. E o maior desses obstáculos continua sendo a sua densidade energética perde para o lítio. Outro ponto é o custo por energia armazenada, pois embora o sódio seja mais barato, o custo final por KWh ainda se torna mais alto devido a sua baixa densidade energética e a sua menor escalabilidade em relação ao lítio. Além disso, o preço do lítio caiu em torno de 70% nos últimos anos e isso tirou parte da vantagem econômica do sódio. Mas o que intriga é que diferente de tantas tecnologias promissoras que nós temos, as baterias de sódio já estão saindo das fábricas com gigantes como a Kettle e Bid investindo nelas. Ou seja, apesar das suas atuais limitação, gigantes do setor, já vem um grande futuro nesse tipo de tecnologia. Então, se você assistiu esse vídeo até agora, não deixa de se inscrever no canal e dar um like nesse vídeo. Eu quero saber o que você acha. Será então o fim das baterias de lítio e vão perder lugar pr as baterias de sódio? comenta aqui embaixo. Um abraço e te vejo no próximo vídeo. [Música] [Música] [Música] M.