O Ice Berg da crise existencial
0Há um tempo atrás, viralizou no Reddit o iceberg da crise existencial. No vídeo de hoje vou analisá-lo e explicar cada ponto desse iceberg. Ele vai estar um pouco diferente do que viralizou, porque eu filtrei e deixei apenas o que é relevante para não perdermos tempo. Só uma coisinha mais, eu vou apresentar as teorias e os questionamentos mais loucos que nos fazem pensar sobre existência, mas não estou dizendo o que é verdade, o que é mentira. Eu apresento as ideias e vocês tiram suas conclusões. Primeiro vamos começar com o topo do iceberg. Cada um tem sua própria vida. Isso obviamente não é uma grande percepção, mas apesar de ser uma percepção comum, nos faz pensar. E essa percepção tem um nome, Sonder. A Sonder seria a ideia de que cada um em qualquer lugar tem uma vida tão complexa quanto a nossa, com sonhos, memórias, dificuldades e problemas. É basicamente a percepção de que a gente só é o personagem principal para nós mesmos. Até para nossos amigos mais próximos, por exemplo, somos apenas um figurante, mas gente boa. E se pararmos para pensar, por mais simples que seja essa percepção, é interessante saber que esse mundo está lotado de memórias, histórias, sentimentos e experiências que nunca vamos saber, porque no fundo apenas a própria pessoa sente o que sente da forma que sente. Mas vamos descer que esse ainda é muito fraco. Agora temos a ideia de que vivemos em uma simulação. Você provavelmente já deve ter ouvido isso em algum lugar de forma cômica. Mas vamos paraa ideia séria. Essa é uma ideia moderna baseada no pensamento de Renê Decar. O mesmo do Penso logo existo. Pode ser que haja um gênio maligno, extremamente poderoso e astuto, que me engana sobretudo, que faz eu acreditar que o mundo existe, que tem um corpo e que o tempo passa, quando na verdade tudo isso pode ser ilusão. E essa ideia modernizada é que uma civilização extremamente avançada no futuro teria capacidade tecnológica de simular universos inteiros com leis físicas, planetas e até consciências digitais. capazes de crer que o universo que vivem é real. Seríamos, nessa hipótese, programas autoconscientes e vendo dentro de um sistema computacional super avançado. É como se fôssemos os personagens de The Sims, mas com uma autoconsciência. E apenas pensar que a possibilidade disso ser verdade já é suficiente para fazer pessoas terem uma certa crise existencial. Além de que Nick Bostron, que popularizou essa ideia, não crê que há uma pequena possibilidade de vivermos em uma simulação, mas crê que nós provavelmente vivemos em uma. Para ele, há apenas três possibilidades. Primeiro, quase todas as civilizações avançadas se extinguem antes de desenvolver tecnologia capaz de simular consciência. A segunda é que mesmo com essa tecnologia, nenhuma civilização avançada se interessa em simular universos com seres conscientes. Ou seja, elas têm poder para simular, mas não querem ou não acham ético. A terceira é que estamos quase certamente vivendo dentro de uma simulação. Ou seja, se civilizações avançadas existem e fazem simulações, então a maioria das consciências existentes estariam em simulações, não na realidade original. E ele também acredita que é impossível que em algum ponto a humanidade não consiga fazer isso, porque se olharmos o avanço tecnológico, tipo a IA, fica claro que um dia, caso a humanidade inteira não se mate, será possível recriar a experiência humana perfeitamente. Seguindo essa linha de raciocínio, se esse mundo já for uma simulação, quer dizer que uma simulação, se for perfeita, é capaz de criar outra simulação que é capaz de criar outra simulação e assim por diante. E nós podemos estar em qualquer uma dessas simulações, inclusive na vida verdadeiramente real, o que talvez seja mais confortável de pensar. Mas partindo do ponto que realmente pode haver simulações, a chance disso é bem baixa. Bom, esse assunto é muito interessante, mas para tudo isso fazer sentido, teríamos que ver se realmente somos capazes de algum dia simular a vida humana perfeitamente. Mas isso é tema para o próximo vídeo. Agora temos o conhecimento de que vamos morrer. Todos sabem que vamos morrer, mas nem toda pessoa para e pensa realmente sobre isso. Poucos entendem de forma profunda que morrer significa cessar qualquer tipo de atividade possível. Família, amigos, dor, alegria. Tudo isso acaba completamente. Tudo que você trabalhou para ter fica totalmente insignificante e inacessível. Uma pergunta interessante para fazermos é: qual foi a última vez que você parou 15 minutos de sua vida para fazer nada além de pensar que você vai morrer? E quando digo isso, não é somente pensar que você vai morrer, mas o que isso verdadeiramente significa? Talvez se você é teísta ou até agnóstico em relação à existência de Deus ou à origem da consciência, seja mais confortável pensar sobre a morte. Mas creio que mesmo assim, tendo você ateu ou não, vale a pena pensar sobre isso, partindo do ponto que após a morte a nossa consciência acaba completamente, porque somos seres que buscamos conforto. Então, talvez só quando encaramos a possibilidade do fim absoluto é que sentimos o peso real da existência. Pensar que nada virá depois nos obriga a olhar com mais atenção para o que temos agora. Cada gesto, cada palavra e cada erro ganham uma certa urgência. Muitas pessoas dizem que a vida tem sentido justamente por isso. Seria a própria finitude da vida que faz ela valer a pena ser vivida. Porque ora, se a vida fosse eterna, os dias seriam totalmente sem propósito. Então, apesar da morte contribuir de certa forma pra crise existencial, ela também pode, por outro lado, dar um certo sentido à vida. Quem fala muito disso é Marco Aurélio. Apesar de não crer na vida eterna, ele não era um homem frio, nem apático. Pelo contrário, ele amava profundamente a vida cada momento ao lado do filho dele, cada amanhecer. E é justamente por isso que ele lembrava tanto da morte, para não desperdiçar nada. Porque quando você esquece que vai morrer, você se permite desperdiçar. E muito desse tempo desperdiçado é principalmente com coisas que você nem pode controlar. Para Marco Aurélio, a morte não é apenas um fim, ela é uma medida, uma espécie de lente. Porque se tudo isso fosse eterno, o que faria você se mover? Se cada pessoa pudesse voltar amanhã, se cada oportunidade se repetisse infinitamente? Ou se cada conversa pudesse ser refeita, o que teria valor? R 1, por exemplo, não tem valor para quem tem dinheiro infinito, assim como a vida não teria valor se fosse eterna. Na última percepção dessa camada, temos estamos sozinhos. Se o universo é tão grande, onde estão todos? Esse é o paradoxo de Ferme. A ideia é simples. Com o universo tão vasto, deveríamos ter encontrado pelo menos algum sinal de vida inteligente. Mas não encontramos nada, nem uma mensagem, nem um ruído. E se realmente estivermos sozinhos no universo, o paradoxo de Ferme deixa de ser apenas uma dúvida científica e se torna um verdadeiro peso existencial. Porque com algo em torno de 2 trilhões de galáxias observáveis, cada uma contendo centenas de bilhões de estrelas e ao menos 300 milhões de planetas potencialmente habitáveis só na nossa galáxia, a ausência completa de qualquer sinal de outra civilização inteligente parece, no mínimo, incoerente com a ideia de que a vida surge com facilidade. Henrique Ferme percebeu isso nos anos 50 e lançou a pergunta que até hoje ninguém conseguiu responder. Onde estão todos? Porque com 13 bilhões de anos de idade, o universo já teve tempo mais que suficiente para abrigar outras formas de vida inteligente, muitas delas podendo ter se desenvolvido bilhões de anos antes de nós. E mesmo que viajassem devagar, mesmo que não fossem expansivos, seus sinais já deveriam ter cruzado o cosmos. Mas o que ouvimos é silêncio. Esse silêncio, para alguns, aponta para uma verdade que incomoda. Talvez sejamos os primeiros ou os únicos. O biólogo que você está vendo na sua tela, que eu não sei pronunciar o nome, argumentava que a inteligência consciente não é só uma consequência natural da evolução, mas uma aberração estatística, um desvio raro que a natureza dificilmente repetiria. Nick Bostron, o mesmo da ideia da simulação, vai além e sugere que talvez exista um grande filtro, um obstáculo quase impossível de passar entre a vida simples e a vida inteligente. O físico Paul Davis, por outro lado, interpreta esse mesmo silêncio como uma ideia teológica. Se entre trilhões de planetas apenas um gerou vida inteligente, o universo não parece fruto do acaso, mas de intenção. A hipótese da Terra Rara reforça esse ponto. Para que a vida inteligente surja, não basta somente água líquida. É preciso uma estrela estável do tipo certo e um planeta rochoso na zona habitável com campo magnético, atmosfera equilibrada, tectonismo ativo e uma lua grande o suficiente para estabilizar o eixo de rotação. Além disso, é necessário um ambiente que tenha permanecido relativamente constante por bilhões de anos, sem catástrofes definitivas. E a probabilidade de todas essas condições se alinharem no único lugar é absurdamente pequena. Mas aqui estamos. E isso levanta uma outra pergunta. Se a vida é tão improvável, por que ela aconteceu? A física não dá respostas finais, só estatísticas. E a estatística diz que o mais provável era que nada tivesse acontecido, que nenhum planeta tivesse sido estável o suficiente, que nenhum código genético tivesse se formado e que nenhuma consciência tivesse emergido. Mas contra todas as probabilidades, algo que pensa sobre o universo surgiu dentro do universo. Talvez sejamos só uma exceção, um acaso extremo que ainda vai se repetir em outro lugar daqui a bilhões de anos, ou talvez não. O que vocês acham? Estamos sozinhos? Somos os primeiros ou apenas ainda não conseguimos contato? Deixe nos comentários. Descendo mais uma camada, temos: Você está sozinho em seu cérebro. Pense, se você é materialista, onde você está? Onde você existe? Provavelmente você diria ser a mesma coisa que seu cérebro. E onde está seu cérebro? Bom, ele está dentro do teu crânio, parado no escuro e sozinho. Você até tem os teus sentidos, olhos para ver, nariz para cheirar, ouvidos para ouvir, mas tudo isso está passando por nervos e sendo traduzido pelo nosso cérebro. O que poderia ser considerado uma ilusão? Seus olhos não enxergam o mundo como ele é. Eles captam luz em imagens invertidas que o cérebro reorganiza. Você não escuta sons diretamente, apenas vibrações convertidas em impulsos elétricos. Você não toca em nada de fato, só interpreta sinais químicos. A verdade é que você nunca teve contato direto com o mundo lá fora. Tudo que você conhece passa por uma longe cadeia de traduções. E no fim, quem está lá? Você trancado dentro do seu crânio, no escuro sozinho, como alguém numa sala de controle, com monitores e microfones apontados pro mundo, te alimentando com imagens e sons. Mas você não sai dali, só vê o que chega pelas câmeras e só ouve o que os microfones captam. E se um dia as câmeras desligarem, os microfones falharem, você nem vai saber. Vai continuar ali sentado no escuro absoluto. E o mais estranho de pensar é que você já está nessa sala. A única diferença é que por enquanto, o monitor ainda está ligado e os microfones ainda funcionam por enquanto. Agora vamos pra pergunta mais simples e profunda que podemos fazer. Por que há algo além do nada? O nada apenas uma ausência qualquer. O nada é a completa inexistência de tudo, de tempo, de espaço, de matéria, de ideias. Não há nenhuma espécie de vácuo vazio onde o nada se esconde. O nada é a pura não existência. Mas então, como é que algo surgiu? Como surgiu o universo com suas leis, estrelas e sua imensidão? Como a realidade, com toda sua complexidade apareceu do que era nada? A física fala em Big Bang, em uma explosão que gerou o cosmos. Mas o que causou a explosão? O que estava antes disso? Porque essa explosão conseguiu gerar vida se a chance para isso é no mínimo, uma parte em um seguido de 120 zeros? E se tudo no universo tem uma causa, ou pelo menos alguma lei tem que existir para que algo seja causado, qual é a causa do próprio universo? Ou o que regia, o que deu a possibilidade de existência para o universo? A razão humana que busca explicar tudo com lógica não tem resposta definitiva para isso. Cada tentativa só parece aprofundar a tal crise existencial. Podemos falar sobre a necessidade de uma causa primária, um motor imóvel que não foi causado por nada, o que eu acho uma ideia totalmente válida. Mas isso só cria outros vazios. Por exemplo, se é um motor imóvel, por que ele criou o universo? Por vontade, talvez. Mas de onde veio a vontade? Ele mesmo teve vontade de criar a vontade? Foi um acidente? A verdade é que, no fundo, nunca saberemos com precisão. O mistério é imenso e quanto mais tentamos entender, mais nos afastamos de qualquer resposta definitiva. E o algo continua a existir diante de nós como um fato irrefutável, enquanto nada permanece incompreensível. Descendo novamente, temos o cérebro de Batsman. Um cérebro de Bolatsman seria uma entidade hipotética autoconsciente que surge devido à flutuações aleatórias de um estado de equilíbrio termodinâmico. Já vou explicar o que isso significa. E o que traz isso a fazer parte da crise existencial é que se o universo fosse infinito, então não estaríamos mais lidando com probabilidades, mas com certezas. A segunda lei da termodinâmica diz que a entropia, a desordem, tende sempre a aumentar, simplificando, tudo caminha para o caos. Mas nesse caos há pequenos desvios aleatórios que com o tempo suficiente podem gerar qualquer coisa. E se você esperar o bastante, até o impossível se torna inevitável. Imagina que você borrifa um desodorante no canto da sala. As partículas vão se espalhar até se distribuírem uniformemente. Agora pense, seria possível todas elas se reunirem de novo, sozinhas, em um único ponto? Sim, é possível, mas tão improvável que tratamos como se fosse impossível. Só que se o universo tiver tempo infinito, isso não só é possível, como é inevitável. Num cosmo sem fim, onde átomos colidem aleatoriamente por toda a eternidade, tudo que pode acontecer, por mais absurdo que seja, vai acontecer. E não só uma vez, vai acontecer inúmeras vezes. E o mais louco disso é que dentro dessas coisas possíveis, sabe o que vai surgir? Você, uma versão sua com as mesmas memórias, os mesmos pensamentos, mas que nunca teve um passado real, apenas átomos aleatórios que se juntaram por acaso, te fazendo acreditar que você teve uma infância, teve amigos, histórias e uma vida inteira, quando na verdade tudo isso pode ser apenas um processo químico dentro de uma consciência solitária que surgiu do quase nada. Resumindo, a ideia do cérebro de Boltsman diz que se cérebros são feitos de matéria e se a matéria pode se organizar aleatoriamente ao longo do tempo, então cérebros com falsas memórias também vão surgir. E num universo infinito, esse cérebro surge em maior quantidade do que cérebros reais, porque é muito mais fácil uma cabeça surgir sozinha com memórias falsas do que o universo inteiro se formar, gerar uma galáxia, uma estrela, um planeta, uma vida, uma consciência. E você? Logo surge a pergunta: O que é mais provável? Que você seja uma consciência autêntica ou apenas um aglomerado aleatório de memórias falsas prestes a se desintegrar? Nem preciso responder. Além de que se essa hipótese for verdadeira, tudo que você sente lembra é só um barulho sem sentido dentro de uma cabeça que apareceu do nada. Então, se você for um tal de cérebro de Bolatsman, nenhuma de suas lembranças aconteceram de verdade. Você é só uma ilusão, um erro do universo, acreditando que viveu uma vida inteira que nunca existiu. E o pior é que você nunca saberia, porque essas memórias falsas pareceriam tão reais quanto qualquer outra. Talvez o maior alívio sobre isso vem do fato de que o universo, como conhecemos, parece ser finito com o começo e com o futuro fim. Porque em um universo que nunca termina, você pode existir onde nunca começou de verdade. Para finalizar, temos a consciência. Você pode explicar como o coração funciona, pode descrever como os neurônios se comunicam, pode medir ondas cerebrais, mapear sinapses e identificar padrões elétricos com precisão. Mas ainda não pode explicar porque que existe alguém aí dentro. A ciência moderna entende quase tudo sobre o funcionamento do cérebro, mas não entende o mais essencial, o porquê de existir experiência subjetiva. Porque sentimos dor, amor, medo ou nostalgia, em vez de simplesmente processar dados como uma máquina? Esse filósofo na sua tela chamou isso de o problema difícil da consciência. E ele diferenciou dois tipos de problemas. Problemas fáceis, explicar como o cérebro responde a estímulos, como toma decisões e como processa informações. E o problema difícil, explicar porque tudo isso é acompanhado de uma experiência interior. O porquê de haver um eu sentindo. Por exemplo, você vê a cor vermelha, mas o que é ver o vermelho? O que faz você sentir vergonha e não apenas registrar que algo deu errado? O que faz com que você chore por uma perda, mesmo sabendo racionalmente que nada pode ser feito? Não existe fórmula, nem equação, nem experimento que explique isso de forma definitiva. Além de que a maior parte da ciência moderna é fisicalista, ou seja, acredita que tudo pode ser explicado pela matéria, mas quando chega na consciência, essa visão quebra, porque a experiência consciente não é algo físico. Você pode abrir um cérebro e ver conexões, mas nunca verá uma ideia, nunca verá um pensamento. Eles não têm uma localização exata. Você pode medir uma dor, mas não pode sentir a dor que o outro sente de forma 100% precisa. Isso coloca em crise a ideia de que o mundo é apenas matéria, porque a consciência não se comporta como matéria. Pense no seguinte: imagine um ser idêntico a você em tudo, nos genes, no corpo, nos pensamentos e nas ações, mas que não tem consciência. Ele fala, ri, sofre, responde, mas não sente nada. Ele é o que chamamos de zumbi filosófico. Essa ideia usada em debates mostra que é perfeitamente concebível existir um corpo funcionando como o nosso, mas sem ninguém dentro. Então a pergunta é: por que há alguém dentro de você? Diante disso, alguns cientistas e filósofos começaram a considerar o impensável. Talvez a consciência não surja da matéria. Talvez seja o oposto. Talvez a consciência seja fundamental e a matéria derivada dela. Essa visão é chamada de pampsiquismo e tem ganhado força. Nela, toda partícula do universo teria um nível mínimo de consciência e o que chamamos de mente seria apenas uma forma organizada dessa consciência primordial. Outros, como o físico Roger Pane Rose, sugerem que a consciência está ligada a propriedades ainda desconhecidas da física quântica. E a existência dessa tal consciência também pode fortalecer o argumento teísta. Porque se o universo fosse apenas um conjunto de reações químicas aleatórias, a consciência não seria necessária. A seleção natural favorece comportamento, não sentimento. Você não precisa sentir dor para evitar o fogo. Um robô pode evitar o fogo sem sentir nada, mas nós sentimos, sofremos e amamos. Além de que a consciência é a única coisa que você conhece, com certeza absoluta. Você pode duvidar do mundo das outras pessoas, da história, da ciência e até de suas memórias. Mas tem uma coisa da qual você não consegue duvidar, que você está consciente nesse momento que tem alguém aí dentro sentindo, pensando e percebendo tudo isso. A ciência sabe como que seu cérebro funciona, mas não sabe dizer porque existe alguém dentro dele, por que você sente as coisas e não só reage como um robô. A filosofia tenta responder, mas nenhuma explicação dá conta de traduzir o que é estar vivo por dentro de forma absoluta. E talvez seja isso que nos torna humanos. A gente percebe que existe, mas não sabe exatamente o porquê. [Música] Aqui chegamos ao fim do vídeo. A ideia do vídeo foi apresentar as principais teorias e percepções que nos fazem pensar sobre nossa própria existência. Dessa vez eu não estava dizendo que acredito ou que não acredito, mas apresentando as ideias mais intrigantes que temos sobre a vida. Se você gosta desse tipo de vídeo, peço que deixe um like e se inscreva no canal. De qualquer forma, obrigado por assistir. [Música]