O Iceberg COMPLETO e DEFINITIVO das Lendas Brasileiras
0I don’t slow up. No, I don’t take shit. I got no love for the fake this. If you want to play tough and w this all show up. I don’t slow up. No, I don’t take shit. I got no love for the fak. If you w to play tough and w to hate this, I’ll always show up and make a statement. I don’t know. I don’t take shit. I got no love for the fake if you w to play tough and hate this always show up and make everything [Música] [Música] o folklore brasileiro é um dos mais complexos e intrigantes de todo o mundo. E eu não tô falando isso porque eu sou puxa-sarro do Brasil, até porque na maioria das vezes é entancável de viver aqui. Mas em questão de mitologia e lenda tem muita coisa braba. Temos criaturas mágicas como a Iara, o Kurupira e o Sassi. Temos deuses, temos demônios, temos monstros como Gorjala, o bicho homem, o Labatute. Não, não, não é esse aí, não. É esse aqui. Isso. Agora sim. E essa variedade torna a mitologia brasileira algo único, até porque nesse país enorme, cada território tem sua lenda, que se desenvolveu de cada forma. E por conta disso, eu venho trazer para vocês o iceberg definitivo, o iceberg completo, o maior iceberg que você vai ver aqui no YouTube com o tema lendas brasileiras. E para ficar claro, esse vídeo aqui é o corte final e completo. Porém, se for muito grande para você, tem esse mesmo vídeo cortado em três vídeos menores aqui no canal. e eu vou deixar eles nas recomendações e na descrição do vídeo. Esse vídeo é mais focado em narração do que em edição, então eu indico que coloque seus fones de ouvido e que relaxe enquanto eu te conto as lendas urbanas brasileiras. Então, se você gosta desse conteúdo, já deixa o like, o seu comentário, sua inscrição no canal e não se esqueça de hypar o vídeo. E caso queira ajudar o canal a crescer ainda mais, faça sua doação no Live Pix no comentário fixado. E depois dessa mendigagem, bora lá. [Música] E como vocês bem sabem, na camada um sempre ficam as coisas que todo mundo conhece, mas eu acho importante dar uma passadinha por elas novamente. E para começar, nada melhor que falar do símbolo máximo do folclore brasileiro, o sci pererê. E eu acho que todo mundo conhece o Sassi Pererê. Ou você conheceu naqueles livrinho de colorir durante o pré na escola ou até mesmo na adaptação televisiva do Sítio do Picapóu Amarelo, que era uma série bem legalzinha até. Fisicamente o Sassi Pererê é um homem negro com short e um gorro vermelho, mas creio eu que a sua característica mais marcante, além do cachimbo, é a ausência de uma perna. E existem várias versões de como ele perdeu essa perna. Alguns dizem que não tem explicação, ele só é assim. Outros dizem que ele já foi humano e perdeu ela lutando com a poeira. E existem versões mais sombrias onde ele foi um escravo acorrentado pela perna e teve que desconectá-la para sair. Agora no campo dos poderes, o saci é um tronador de carteirinha. Ele esconde objetos, amarra o rabo dos cavalos, irrita os animais, azéa do leite, entre outras zoeiras. Ele não é mau, ele só gosta de zoar o povo da roça. E além disso, ele pode se mover rapidamente em redemoinhos de vento. Entretanto, se você roubar a carapuça dele ou jogar uma peneira em cima do seu redemoinho, ele perde seus poderes e pode até ser capturado dentro de uma garrafa. O saci da lenda, ele não é mau, mas esse aqui, rapaz. E outra figura bem presente no nosso folclore é o homem do saco, também chamado de Papa Figo. E ele recebe esse nome não é porque ele tem um sacão, mas porque ele sequestra as crianças desobedientes e coloca dentro de um saco de pano. Na versão original da lenda, ele só leva as crianças embora e na versão do papa figo, ele se alimenta do fígado das crianças. daí o nome. Mas em resumo, o homem do saco é mais um mito para crianças desobedientes do que uma criatura propriamente dita. Agora no folclore solista, uma ave de penas azuladas carrega consigo uma das histórias mais simbólicas da região, a lenda da galha azul. Segundo antigos relatos, essa transformação do animal não foi algo natural. Dizem que durante uma tempestade, uma gralha comum guiou um grupo de indígenas até um local seguro e em retribuição, forças desconhecidas teriam presenteado a ave com uma plumagem azul intensa, tornando-a única entre sua espécie. E atualmente a gralha azul é vista como presságio de boas notícias e prosperidade. No interior de São Paulo, uma história real deu origem a uma das lendas urbanas mais famosas do Brasil, que inclusive eu cagava de medo quando era criança, principalmente depois das lendas urbanas do Gugu. E a história é a seguinte: Maria Augusta de Oliveira Borges, filha do Visconde de Guaratinguetá, viveu uma vida marcada por tragédias. Ela foi forçada a se casar jovem, fugiu para Paris em busca de liberdade, mas morreu de forma misteriosa aos 26 anos. O seu corpo voltou ao Brasil e ficou exposto em uma urna de vidro no casarão da família que depois virou a escola estadual conselheiro Rodrigues Alves. Com o tempo, o casarão ganhou fama de mal assombrado, especialmente após o incêndio de 1916. A partir de então, estudantes passaram a relatar aparições da loira nos banheiros da escola, que aparece abrindo torneiras e se manifestando após um ritual que envolve bater a porta, xingar e acionar as descargas. E até hoje, Relatos de Sons Estranhos e o perfume de rosas brancas, marca registrada de Maria Augusta, reforçam o mistério dessa presença na cidade que assombra gerações até o dia de hoje. E tem a versão internacional da loira do banheiro, que é a Blood Mary. Mas como o vídeo é o puro suco do Brasil, eu não vou nem me dar o trabalho de falar dela. Talvez no próximo vídeo. E continuando nessa pegada de fantasmas e de personagens que apareceram nas lendas urbanas do Gugu, tem a mulher do táxi. A lenda da moça do táxi é uma das mais conhecidas e assustadoras de Belém do Pará. É dito que nas noites escuras um taxista pode ser abordado por uma jovem misteriosa que pede uma corrida pela cidade. Depois de levá-la ao destino, o motorista descobre que ela já está morta há anos e essa corrida termina diferente, dependendo da lenda. Em algumas versões, ela pede para levá-la no cemitério e o motorista vai atrás dela e vê o seu túmulo, em outras leva a moça até sua casa e algum familiar conta a história do seu falecimento. E essa aparição fantasmagórica que teria como inspiração a jovem Josefina Conte, vítima de tuberculose aos 16 anos, aparece especialmente na noite do seu aniversário, fazendo o último passeio pela cidade que tanto amava. E essa história se espalhou tão profundamente na cultura local que até hoje motoristas e curiosos afirmam sentir a presença da moça do táxi, que não só aparece para taxistas, mas agora também assombra motoristas de aplicativo. O que muitos veem como uma assombração, eu vejo como uma ótima tática para corridas gratuitas para sempre. No sul do Piauí, nas águas escuras da lagoa de Paranaguá, vive uma criatura conhecida como Barba Ruiva, um homem encantado, de estatura comum, com cabelos vermelhos e o corpo coberto de limo e lodo quando sai da água. E quando é visto, ele foge dos homens, mas persegue as mulheres que vão lavar roupas nos rios, agarrando-as para abraçar e beijar antes de desaparecer, mergulhando na lagoa novamente. Por conta disso, nenhuma mulher se atreve a ficar sozinha perto d’água com medo desse espírito que assombra as margens. A lenda também conta que o barba ruiva é um pagão preso por um encanto e que só uma mulher corajosa usando água benta e um rosário pode libertá-lo e fazer com que ele abandone a lagoa para sempre. Até hoje essa mulher nunca apareceu e ele permanece cumprindo sua cina nas águas entre o lodo e o mistério. Mas que [ __ ] é óbvio que essa pessoa da lenda nunca vai aparecer. Quem que tem coragem numa lagoa atrás de um assediador aquático? Eu achei essa lenda meio sus, viu? Todo vídeo que eu posto do folclore brasileiro aqui no canal, literalmente todo vídeo sempre tem um comentário de alguém perguntando da lenda do [ __ ] do pastoreiro. E com isso eu percebi que eu sou muito learn, porque essa lenda é tipo top cinco lendas mais conhecidas do Brasil e eu não tinha nem ideia que ela existia. A lenda do [ __ ] do pastoreiro, que foi originada do sul do Brasil, mistura elementos do cristianismo com raízes africanas e conta a história de um menino escravizado que sofreu nas mãos de um fazendeiro cruel. Em uma das versões, ele é punido por perder uma corrida, sendo forçado a cuidar de 30 cavalos. E quando os animais se dispersam, ele acende uma vela para Nossa Senhora, que milagrosamente o ajuda a encontrá-los. Agora, em outra versão, após perder um cavalo e não conseguir recuperá-lo, o [ __ ] do pastoreiro é brutalmente espancado e jogado em cima de um formigueiro para morrer. E no dia seguinte ele aparece leso, montado no cavalo perdido e acompanhado da Virgem Maria. O fazendeiro, tomado pelo arrependimento pede perdão, mas o menino simplesmente parte livre e feliz. E a partir da propagação dessa lenda, a figura do [ __ ] do pastoreiro passou a ser vista como um símbolo de inocência e fé. E com isso ele se tornou uma espécie de santo popular, especialmente conhecido por ajudar quem perdeu algo. E segundo a tradição, basta acender uma vela e fazer um pedido a ele. E toda essa história foi eternizada por Aldo Locatelli e uma série de murais no palácio de Piratini retratando a lenda. E esses murais vão estar no fundo do vídeo para vocês visualizarem. Dizem que nos corredores do antigo coro da igreja de Santo Alexandre, hoje transformada no Museu de Arte Sacra de Belém, a uma figura de madeira que carrega um passado no mínimo sinistro. É a chamada menina da vassoura ou menina que virou pedra, que faz referência a uma lenda urbana local. Segundo a história contada, em uma sexta-feira da paixão, uma menina desrespeitou a própria mãe de forma violenta, armada com uma vassoura, e tentou agredi-la durante a discussão. Mas no exato momento em que ergueu o objeto, o seu corpo enrijeceu como se estivesse sido amaldiçoado, transformando-se em madeira ali mesmo diante dos olhos de todos. E por muitos anos, a imagem dessa menina ficou guardada sob sete chaves, alimentando rumores que iam desde o seu envio ao Vaticano até o emparedamento dentro da igreja. Para alguns, ela era apenas um alerta usado por mães para conter seus filhos desobedientes. Tipo, pare de desobedecer a mãe, senão você vai vir a madeira, hein? Mas para outros era a prova de que forças sobrenaturais punem quem ousa desafiar os mandamentos da fé e do respeito familiar. E nos dias de hoje, a figura da menina pode ser vista por quem visita o museu de Santo Alexandre. A lenda do queijo do céu é uma das histórias mais curiosas que circulam nas procissões do Nordeste. E a lenda é meio que uma mistura de fé, moral e bom humor. A lenda fala que ele é um queijo celestial feito pelos próprios anjos, considerado delicioso e desejado por todos. No entanto, há uma condição rígida. Só pode ser servido no paraíso aos homens que foram completamente fiéis a suas esposas durante a vida. E com isso, o queijo virou um símbolo de pureza no casamento, como uma espécie de recompensa divina pela lealdade conjugal. E essa tradição tem raízes religiosas e fazia parte das festas dedicadas a São Lúcio e Santa Bona. A ideia do queijo virou até gíria popular quando alguém dizia: “Esse homem pensa que vai cortar o queijo do céu”. Era uma forma de tirar sarro de quem se achava mais santo ou mais fiel do que realmente era. Você é louco, cara. Queijo já é bom para [ __ ] Agora imagina um feito por anjos e embuído de fidelidade. É brabíssimo. Não tem como. Eu acho que depois do Sassi Pererê, o Kurupira deve ser tipo top três dos mais conhecidos do folclore brasileiro. E ele não tem erro, não. É um ser de pele avermelhado ou verde com cabelos de fogo e os pés virados para trás. E ele é uma entidade que protege as matas dos exploradores de recursos naturais e dos destruidores das florestas em geral, deixando eles perdidos e completamente enlouquecidos. Basicamente quando os destruidores da mata ficam presos e tentam seguir as suas pegadas para sair, acabam ficando mais presos mata dentro, até porque seus pés são virados para trás. E aí, fi, os cabos fica louco, sai correndo de um lado pro outro, gritando, pulando, rolando até o fim de suas fatídicas vidas. Concluindo o pódio das criaturas folclóricas, top um com sassi, top três com Kurupira, agora o Boto Cordeirosa deve ser facilmente o top dois do folclore brasileiro em questão de fama. Em resumo, o comedor de casado é uma espécie de boto que seria tipo um golfinho rosa da Amazônia que em algumas noites de lua cheia se torna um homem sedutor que frequenta festas locais. Mas até aí tudo normal, a não ser pelo fato dele ir até as mulheres nessas festas, seduzi-las e depois de uma noite de amor intenso deixar elas grávidas por aí. Pois disso, ele some igual aquele pai que vai comprar cigarro, outra lenda urbana bem presente no Brasil. E segundo alguns estudos folclóricos, essa lenda poderia ser uma metáfora para os abusos que acontecem em cidades ribeirinhas, o que torna a lenda do boto cor-de-osa ainda mais perturbadora. Você gosta de encher a pança de noite e dormir de barriga para cima? Então pense melhor antes de fazer isso novamente. Te apresento a Pisadeira. A pisadeira é uma figura muito presente nas tradições de São Paulo e Minas Gerais. A lenda descreve uma velha horrenda esquelética com dedos secos e unhas longas e encardidas. Os seus olhos são vermelhos arregalados e seus dentes verdes ficam sempre expostos numa boca escancarada. E a sua gargalhada é tão perturbadora que arrepia até os mais corajosos. As lendas dizem que ela se esconde nos telhados espreitando quem dorme de barriga cheia. Quando a vítima está deitada de costas, ela desce silenciosamente e se senta sobre o peito da pessoa, provocando uma paralisia. A vítima fica consciente, mas incapaz de se mover o gritar, criando uma situação muito semelhante à paralisia do sono. E em algumas versões, especialmente no Piauí, a pisadeira pode assumir a aparência de outra pessoa antes de atacar. E quem é visitado por ela pode tentar se livrar do tormento esfregando os pés três vezes um no outro ou batendo-os juntos tanto ao acordar quanto antes de dormir. A lenda do cabeça de cuia é uma das mais marcantes do folclore nordestino, especialmente no estado do Piauí. Ela conta a história de Crisping, um jovem pobre e revoltado que num ataque de fúria, por ter apenas osso de boi como refeição, acaba exterminando a própria mãe com paulada. Mas antes de morrer, a mãe o amaldiçoa viver eternamente como uma criatura deformada, uma cabeça gigantesca em forma de cuia. E para se livrar da maldição, ele teria que devorar sete virgens chamadas Marias. E desde então, dizem que ele vaga pelos rios Parnaíba e Poti, assustando banistas, afundando barcos e buscando suas vítimas. A figura do cabeça de cuia tornou-se tão emblemática que virou até monumento em Teresina, no Parque Ambiental Encontro dos Rios. A Iara é a nossa sereia brasileira. Em algumas outras culturas, ela também é conhecida como mãe d’água. E segundo a lenda mais famosa, Iara era uma jovem indígena de beleza e habilidades guerreiras incríveis, o que despertou a inveja em seus irmãos. Ao descobrir que planejavam matá-la, ela os enfrentou e acabou tirando suas vidas. E temendo a reação do seu pai, o pajé da tribo Iara fugiu, mas foi capturada e lançada ao encontro dos rios negros Solimões como punição. Os peixes a salvaram e sob a luz da lua cheia ela foi transformada em uma sereia. E desde então a Iar habita os rios amazônicos atraindo homens com seu canto hipnotizante. E aqueles que sucumbem seus encantos são levados para o fundo das águas e raramente retornam. Mas os poucos que escapam ficam num estado de loucura, sendo necessário um ritual conduzido por um pajé para curá-los. A lenda do Opala Preto é uma das mais misteriosas do folclore urbano carioca. Ela conta a história de oirat Carlos de Jesus Chaves, também conhecido como Carlão da Baixada, um criminoso da década de 1970 que usava um Chevroléu Pala Preto para fugir da polícia após cometer seus crimes. E segundo a história, Carlão faleceu ao bater seu carro dentro de um túnel, possivelmente o túnel Rebolsas. Mas mesmo após a tragédia, moradores relatam que o Opala continua a surgir nas madrugadas de sexta-feira, correndo pelas ruas com faróis altos e perseguindo outros veículos como se tivesse vida própria. Dizem que o carro é guiado por um motorista fantasma completamente vestido de preto com um rosto cadavéico que causa calafrios em quem o encara. Algumas pessoas acreditam que o Opala é uma entidade sobrenatural que aparece para recolher almas perdidas. Mas há quem diga que ao rezar pelas vítimas de Carlão com sinceridade, o carro desaparece. E a Cuca, a Cuca é aquela velha com cabeça de jacaré lá. Ela vive na floresta fazendo as maldades dela, sequestrando crianças, lançando feitiços e tals. Mas a única informação que eu achei que pode ser mais desconhecida é que, segundo a lenda, de tempos em tempos surge uma nova cuca com ainda mais maldade do que a anterior, perpetuando assim um ciclo infinito de morte e renascimento da bruxa. E não tem muito mais para se falar, não. A Cook é bem conhecida pelas pessoas em geral, principalmente para quem assistiu o Sítio do Picapóu Amarelo da Infância. Em missão velha, no interior do Ceará, uma das histórias mais curiosas do folclore local é a do goiabão, uma entidade assustadora ligada ao antigo ginásio paroquial fundado nos anos de 1940. Segundo os moradores, tudo começou com a morte de um religioso no colégio. Dizem que seu espírito passou a aparecer durante a noite sentado no muro do colégio, com uma perna voltada para uma rua e a outra para a outra esquina, numa pose bizarra e não natural. Ninguém se arriscava a passar debaixo de suas pernas, do tanto que a figura era macabra. E o nome goiabão vem do local onde ele supostamente morreu, debaixo de um pé de goiaba. Mas segundo os locais, o espírito parou de aparecer depois que o pé de goiaba foi cortado, encerrando assim os relatos da assombração. O Buumba Meu Boi é uma das festas folclóricas mais famosas do Brasil e mistura teatro, música, dança e muita cor. Tudo isso para contar a história de um boi encantado. Segundo a história, um fazendeiro tinha um apreço especial por um boi de sua fazenda. E vendo isso, a sua esposa grávida desenvolve um desejo de comer a língua daquele boi. E para satisfazer o desejo dela, o fazendeiro mata o seu boi servindo a sua língua. Porém, ele se arrepende muito do ato e o boi misteriosamente revive. E a festa gira em torno justamente disso, da morte e ressurreição do animal. O corpo seco também é uma criatura extremamente popular no folclore nacional. Em resumo, ele é um homem que em vida foi tão mal que nem Deus e nem o diabo receberam sua alma e até a terra cuspiu seu corpo para fora. E por conta disso, ele vaga pelas madrugadas, gritando de fome e lamentando por suas escolhas por toda a eternidade. Cruviana, conhecida também como corubiana, mãe do ar ou deusa dos ventos, é uma entidade feminina que surge como uma brisa fria nas noites do verão amazônico. O seu nome está ligado ao vento gelado que sopra na região norte e ao chuvisco leve no nordeste. Inicialmente, sua presença parece suave e agradável, mas logo se intensifica ou se tornar um frio penetrante que envolve tudo. Dizem que ela aparece principalmente entre junho e agosto e algumas lendas contam que ela seduz forasteiros durante a madrugada, envolvendo-os com seu encanto e obrigando-os a permanecer para sempre na terra de Makunime, como se fossem hipnotizados pelo vento. Em algumas versões mais sombrias, Cruviana é uma criatura invisível que se alimenta do calor dos vivos, preferindo atacar pessoas dormindo ao relento, como andarilhos ou bêbados desmaiados. Ela evita combates diretos e raramente entra em casas, mas quando ataca acampamentos escolhe os alvos mais vulneráveis. Dizem que os ventos que acompanham vem do além e onde ela aparece, outras assombrações também costumam surgir. Uma das histórias mais curiosas diz que ela salvou um bebê ao lado da mãe morta, dando parte dos seus poderes ao menino e ao entregou a um casal de fazendeiros. E ele cresceu com habilidades ligadas ao vento e ficou conhecido como Zé Ventão, herdeiro direto da força da própria cruviana. Agora, o fantasma da mulher de branco é um tipo de fantasma muito famoso na cultura mundial, mas vamos nos ater somente a sua versão brasileira. A lenda da mulher de branco é uma das mais antigas e assustadoras do folclore urbano brasileiro, com várias versões espalhadas pelo país. Uma das versões mais conhecidas vem de Fortaleza em Santa Catarina. Lá dizem que o fantasma é de uma jovem noiva do século X7 que teve sua cerimônia destruída de forma trágica. Em uma versão, a sua família foi massacrada por indígenas e ela acabou sendo poupada pela beleza e feita prisioneira. Em outra, os convidados foram presos pelos holandeses e só libertos quando o capitão Moore exigiu que ela se entregasse e por se recusar foi executada e agora vaga por fortaleza com seu vestido de noiva, impedindo qualquer um de se aproximar com uma força invisível. Mas não para por aí. Na estrada, entre Areias e São José do Barreiro, caminhoneiros contam que já vira uma mulher de branco pedindo carona em plena madrugada. E nessa versão, dizem que era uma noiva que morreu atropelada a caminho do altar e desde então repete a mesma viagem sem nunca chegar ao seu destino. Em Caloré existe uma história parecida. Uma noiva morreu quando o chip em que estava capotou numa curva e hoje é vista chorando no mesmo lugar onde perdeu a vida. Agora vamos falar de duas criaturas seguidas que todo mundo deve conhecer. O Boitatá é uma cobra gigante feita de fogo que pune qualquer um que destrua ou explore a natureza. E ele pode aparecer na forma de uma cobra de fogo, de um boi pegando fogo ou uma bola de fogo. E é isso aí. Agora a mula sem cabeça é outra criatura ligada ao fogo. E é aquela história clássica. Uma mulher namora com um padre e como punição ela é transformada em uma mula sem pescoço que no lugar dele sai um fogo infernal. E como ambas são lendas muito conhecidas, eu não vou me aprofundar delas. As próximas duas lendas estão interligadas, então vou tratar delas em um tópico só. No coração de Belém do Pará, o antigo canal da Avenida Visconde de Souza Franco esconde uma das lendas mais marcantes do folclore amazônico, o Igarapé das Almas. Segundo relatos populares, espíritos de cabanos que seriam combatentes da revolução da cabanagem vagam pela região em busca das armas que teriam escondido antes de morrer. Alguns acreditam que o local guarda um portal entre o céu e o inferno, reforçando sua fama mal assombrada. Embora também seja chamado de garapé das armas por conta do episódio histórico, é o termo das almas que prevalece nas narrativas populares da cidade. Atualmente, o ingarapé original foi transformado em um canal de drenagem urbana, mas as histórias persistem e também se entrelaçam com outras lendas locais, como o caso da porca do reduto. E essa lenda relata a aparição de uma porca gigantesca que surgia sempre por volta das 22 horas, correndo em disparada até desaparecer misteriosamente nas margens do Igarapé. A criatura parecia não ter dono e ninguém sabia de onde vinha ou para onde ia. E junto dessa história havia também uma senhora desconhecida que vagava pela mesma área diariamente, o que logo fez a população suspeitar de uma conexão sobrenatural entre ela e o animal. E com o tempo a porca se tornou alvo de caçadas noturnas por parte dos moradores armados com paus, pedras e estacas. E após várias tentativas, eles finalmente conseguiram atingir o animal que caiu próximo ao igarapé das almas. No entanto, ao voltarem no dia seguinte para conferir o corpo, encontraram em seu lugar o cadáver desconectado da velha misteriosa, como se tivesse sido brutalmente espancada. E desde então surgiu a crença de que a porca era, na verdade, uma entidade sobrenatural ou mesmo a própria mulher transformada, talvez envolvida com bruxaria ou pactos demoníacos. Segundo relatos do historiador Contreira Rodriguez, o boi vaquinha é descrito como boi com asas, chifres de ouro que soltam faíscas de fogo e olhos brilhantes como diamantes. E essa criatura assombra os campos do Rio Grande do Sul, causando medo entre os campeiros que cruzam seu caminho durante a noite. A origem da lenda é um tanto misteriosa, mas ela se espalha de geração em geração, como um alerta aos que se aventuram sozinhos pelas vastas paisagens do sul do Brasil. Dizem que laçar o boivaquim é um feito reservado apenas aos mais corajosos. E para isso é necessário ter um cavalo veloz e firme, mãos fortes nas rédeas e uma coragem inabalável, pois enfrentar essa criatura pode significar encarar o próprio fogo do inferno. E o lobisomem? Ah, cara, todo mundo conhece a lenda do lobisomem, né? Metade homem, metade lobo, sétimo filho da família, vulnerava a prata e pá, literalmente a criatura mais famosa do folclore mundial. A lenda da vitória régia conta a origem dessa planta aquática a partir do sacrifício de Naá, uma jovem guerreira apaixonada pela lua, conhecida como a deusa JSI. Naá sonhava em ser escolhida pela divindade para se tornar uma estrela, como as outras moças da aldeia. E consumida por esse desejo, ela vagava noite após noite, tentando alcançar Jaci, recusando comida e água. Até que um dia viu o reflexo da lua em um lago e tomada pela ilusão, se jogou nas águas e se afogou. Comida com o sacrifício da jovem, Jaci decidiu presenteá-la com um destino especial. Em vez de transformá-la em mais uma estrela no céu, a Deus a transformou em uma estrela das águas, a vitória réa. A planta nasceu nas águas da Amazônia, com folhas enormes e flores brancas que só abrem à noite. Uma homenagem ao amor e a pureza de Naá. E ao amanhecer, essas flores ganham um tom rosado como sinal de sua transformação. E para finalizar a camada um do Iceberg, falaremos da onça Boi. A onça boi, também chamada de Awara, é uma criatura lendária da região amazônica, especialmente do Acre, e ela é descrita como uma onça com pés de boi. Segundo a lenda, ela aparece sempre em casal e sua estratégia de caça é diferente das onças normais. Enquanto uma vigia, a outra persegue a vítima. geralmente um caçador que acaba se refugiando no alto de uma árvore. E o casal de animais se revesa nessa emboscada até que a presa caia de exaustão. E a única forma de escapar seria eliminando os dois, pois há quem diga que se apenas um for morto, o outro continua ataque incansavelmente. E falado da onça boi, vamos adentrar um pouco mais nas águas e começar a segunda camada do iceberg. [Música] Nessa segunda camada, vamos nos aprofundar ainda mais nesse alguma das criaturas e das lendas que vão ser tratadas aqui são mais desconhecidas do que do tópico anterior, mas ainda assim são conhecidas. E para começar a camada dois, eu acho que todos vocês já conhecem a Lena do Chupacabra, né? Ele é uma criatura que possui algumas variações. Alguns alegam que ele se parece com um pequeno rpt, enquanto outros falam que ele lembra um cachorro todo capenga. Isso é isso bomba. Mas que diabo é essa? Você gambarás? [ __ ] que hoje ai desgraça. E como o próprio nome já diz, ele se alimenta sugando os animais, mas precisamente as cabras. Bem semelhante a uma criatura que vamos falar mais pra frente no vídeo. E apesar da sua fama nas terras brasileiras, a sua lenda perambula por toda a América Latina e algumas partes dos Estados Unidos. E o miocão, e eu não tô falando desse aí que você esconde dentro da cueca, é uma criatura bem interessante do folclore brasileiro. Se liga. A lenda do miocão é uma das mais temidas do Mato Grosso, especialmente entre os pescadores do rio Cuiabá. Descrito como uma cobra gigante que vivia nas profundezas do rio, o Miocão era conhecido por virar embarcações e devorar pescadores desavisados. E a história ganhou força no século XIX, após a chegada do padre Ernesto Barreto, à região da Barra do Paris. Dizem que a criatura só desapareceu depois de uma enchente em 1974, quando foi aprisionada debaixo da igreja matriz pelos fios do cabelo de Nossa Senhora, o que teria gerado a proibição de qualquer reforma no local sob o risco de libertá-la. E algumas outras versões da lenda apontam a existência de um irmão do miocão, o miocão de baús, que além de causar redemoí nas águas, destruía casas inteiras. A lenda da mandioca conta a história da pequena Man, uma menina muito querida da tribo Topi. Segundo a lenda, a sua mãe engravidou misteriosamente, o que causou revolta ao Casscique, já que ela não era casada com Guerreiro. E mesmo insistindo que não sabia como engravidou, foi desacreditada até que o Cassik teve um sonho revelador, dizendo que ela dizia a verdade. E depois disso, ele aceitou a situação e passou a esperar com alegria a chegada da neta. E assim, Manu saudável e feliz, mas morreu repentinamente durante o sono. Ainda criança com um sorriso no rosto. E devastada, a sua mãe enterrou na ocava o local todos os dias com suas lágrimas. Depois disso, nasceu ali uma planta diferente de todas. E ao cavar a terra, encontrou uma raiz branca que era a primeira mandioca. E o nome da raiz veio da união de Mane e Oka. E desde então essa planta passou a fazer parte da alimentação dos povos indígenas. Essas figuras misteriosas que sempre estão em dupla pilotam uma motocicleta nas ruas das grandes capitais e algumas cidades pequenas, só esperando alguém moscar para perder seus pertences. Então, cuidado com os dois caras numa moto. A lenda da mulher da capa preta é uma das mais conhecidas de Maceió, capital de Alagoas, e gira em torno de Carolina de Sampaio Marques, cujo túmulo no cemitério Nossa Senhora da Piedade chama atenção por uma cruz coberta por uma capa de mármore preto. A história conta que no início do século XX, um homem conheceu uma bela mulher em um baile e passou a noite dançando com ela. e ao levá-la embora sob a chuva, emprestou-lhe a sua capa. E então ela pediu para ser deixada na porta do cemitério e deu o endereço. No dia seguinte, ao procurar por ela, descobriu que a jovem já havia morrido e ao ir ao cemitério com a família dela, encontrou sua capa sobre o túmulo da falecida. Olha a Xuxa da Mimo. [Música] Beijinho, beijinho e tchau. Tchau. Beijinho, beijinho. E cadê o tchau, tchau? Ai, ela não faz tchau, tchau. Pr mim nem pensar. Ela quer ir pra casa comigo. Todo mundo vai poder levar a Xuxa pr casa. Nos anos 80, a boneca da Xuxa virou uma febre entre as crianças brasileiras, vendendo quase 1 milhão de unidades. Mas em meio ao sucesso, nasceu uma lenda urbana que assombrou Sorocaba, no interior de São Paulo. Segundo a lenda, uma mãe sem condições financeiras disse que só compraria bonecas que o diabo mandasse dinheiro. E no dia seguinte, misteriosamente, o valor apareceu e após comprar o brinquedo, a filha passou a ter experiências horríveis com a boneca. Em uma versão da história, a boneca teria desenvolvido garras, atacado a menina durante a noite e deixado suas unhas sujas de sangue. Em outra versão ainda mais macabra, a criança foi encontrada desvivida e dizem que a boneca roubou sua alma. E na época o caso gerou tanto alvorooço que, segundo a lenda, a boneca teria sido levada a uma catedral onde um padre a exorcizou e acorrentou no museu sacro. O viraoupas, também conhecido como fantasma perverso ou fantasma bagunceiro, é uma entidade folclórica do Recife que age dentro das casas durante a noite, desorganizando roupas que haviam sido cuidadosamente arrumadas. Ninguém nunca viu sua verdadeira forma, mas seu comportamento é comparado ao de figuras como Romãozinho, que eu vou falar mais pra frente, e o já citado Sassi Pererê. E ele parece se alimentar do caos e da tristeza que causa as famílias, sendo especialmente ativo nos bairros de Casaforte, Poços da Panela e Casa Amarela. Já em estados vizinhos, como Parnaíba e o Rio Grande do Norte, dizem que o vira-roupas aparece como uma figura alta, magra, extremamente ágil, que gosta de infernizar a vida de quem lava roupa e rios ou lagoas, manchando tecidos, virando tudo do avesso e até enchendo os bolsos de areia. Com o tempo e a chegada da água encanada, acredita-se que o vira-roupas praticamente desapareceu. Mas há quem diga que ele ainda se diverte nas poucas casas que lavam a roupa ao ar livre. O ipupiara, conhecido também como homem marinho, é uma criatura mitológica dos povos tupi que habitavam o litoral brasileiro no século X. Descrito como monstro aquático, ele era temido por atacar humanos e devorar partes dos seus corpos. Um dos relatos mais antigos vem de 1564 na capitania de São Vicente, onde supostamente um desses seres foi eliminado pelo bandeirante Baltazar Ferreira. E segundo o cronista português Pedro de Magalhães Gandavo, a criatura media cerca de 15 palmos de o corpo coberto por pelos e longos bigodes no focinho, uma aparência que misturava traços humanos e animais marinhos. Os indígenas o chamavam de hipupara, termo que ele traduziu como demônio d’água. Mas o nome Ipupiar em si vem do tupi antigo e significa aquele que vive dentro d’ água. A comadre Fulosinha é uma entidade do folclore nordestino, conhecida como a mãe da mata e vista como a protetora da natureza. Ela costuma ser descrita como uma mulher de longos cabelos pretos que vive nas florestas, onde age de forma ambígua, podendo ser generosa com quem a respeita, mas também vingativa com quem desrespeita a mata. A sua lenda é cheia de causos, como os relatos de cavalos com as crinas amarradas por ela ou pessoas sendo chicoteadas com seus cabelos. Ela gosta de receber oferendas como fumo, mel, doces e aveia e o seu assumir tem um detalhe assustador. Quanto mais próximo, mais baixo soa. A origem da lenda é incerta, mas acredita-se que surgiu entre os séculos 17 e XVI, sendo repassada oralmente pelas famílias do interior. Uma das versões mais conhecidas da lenda diz que ela era uma menina que morreu na floresta e virou um espírito guardião da mata. Cachorrinha d’água ou cadelinha d’Água é uma criatura mágica com aparência de cachorro de pelagem branca que possui uma estrela dourada na cabeça e habita às margens do rio São Francisco. Diz a lenda pernambucana que quem avistar essa cachorrinha receberá riqueza sem fim. A não se pode ou Maria Não se pode é uma figura que assombra as noites de Teresina no Piauí desde os anos de 1930. A lenda fala de uma mulher extremamente alta e bonita, vestida de branco ou vermelho, que aparece pelas praças da cidade, especialmente a praça Saraiva. Ela aborda homens sozinhos à noite pedindo um cigarro com uma voz calma, mas quando pergunta o seu nome, ela responde apenas num se pode e começa a crescer até alcançar os lampiões da rua, onde acende o cigarro com um toque sobrenatural. A partir daí, persegue suas vítimas com bafo fétido e risadas sinistras desaparecendo ao nascer no sol. Alguns acreditam que seu verdadeiro nome é Miotá, como uma boneca tradicional de São Luís de Paraitinga, mas ninguém sabeu certo a sua origem. Há relatos semelhantes desde a época em que Oeiras era a capital do Piauí e com a mudança para Teresina dizem que a entidade também mudou. O Sem Pescoço é uma entidade do folclore potiguar surgido na região litorânea de Goianinha, no Rio Grande do Norte. O seu nome vem de um morro de areia branca e vegetação fechada, que, segundo a lenda, é impossível de ser escalado por qualquer animal devido a instabilidade no solo. E nesse cenário isolado e coberto por mata que dizem surgir um corpo sem cabeça que sobrevoa as copas das árvores durante a noite, emitindo sons estranhos com um chamado insistente que diz: “Ei, ei, quem escuta ou vê a figura, costuma ser atraído por ela, como se fosse hipnotizado, mas o desfecho nunca é revelado.” O cabôlo d’água é uma figura que vive nas margens do rio São Francisco. Ele é descrito como uma criatura de aparência monstruosa, musculosa, baixa, com tom de cor de pele bronze e apenas um olho no meio da testa. Ele é extremamente ágil e dotável de habilidades sobrenaturais. Além disso, ele pode se multiplicar e até assumir a forma de animais. O seu comportamento é agressivo, principalmente com pescadores e barqueiros, a quem costuma atormentar virando embarcações ou afugentando os peixes, prejudicando a pesca. Quando irritado, o seu grito pode ser ouvido à distância, o que espalha pânico entre os moradores ribeirinhos. Entretanto, há quem diga que ele pode ser acalmado com um pedaço de fumo ou afastado com símbolos de proteção, como uma estrela branca pintada no barco, carrancas esculpidas na proa ou facas cravadas na madeira. A lenda do diabinho da garrafa, também chamado de familiar ou cramulhão, é uma das histórias mais macabras do folclore brasileiro. E ela gira em torno de um pacto com o diabo, onde a pessoa entrega sua alma em troca de riqueza. E para selar o acordo, o indivíduo precisa encontrar um ovo especial, supostamente fecundado pelo próprio demônio durante a quaresma. Na primeira sexta-feira, após adquirir o ovo, deve ir até uma encruzilhada à meia-noite com ele debaixo do braço esquerdo. Depois de cumprir esse ritual e esperar cerca de 40 dias, o ovo choca e nasce o diabinho com cerca de 15 a 20 cm. Assim que nasce, o pequeno ser é aprisionado em uma garrafa bem lacrada. A partir daí, ele começa a conceder riquezas e favores ao seu dono ao longo dos anos. Mas como todo pacto com o diabo, há sempre um preço a ser pago. No fim da vida, o dono é levado direto para o inferno pelo próprio diabinho. O bicho da fortaleza é uma lenda assustadora do interior de Minas Gerais e da Bahia, especialmente no Vale do Jaquinhonha. Conhecido também como bicho da carneira, bicho de pedra azul, lanudo ou bicho da rodagem, ele assume várias formas como um cachorro preto gigante, um lobisomem, um homem sedutor de capa escura ou até mesmo uma pessoa comum com comportamentos sobrenaturais. Seja devorando bezerros, atacando cachorros ou realizando rituais mágicos, a criatura serve como alerta para que as crianças durmam cedo ou ele pode aparecer. É como se fosse mais uma releitura do bicho papão no folclore nacional. E a origem do mito gira em torno de Joaquim Antunes, figura histórica que foi amaldiçoada após cometer atos cruéis como agredir a própria mãe. E após a sua morte, fenômenos bizarros cercaram o seu túmulo, como rachaduras inexplicáveis pelos de animais saindo do caixão e um corpo em decomposição em comum. Em algumas versões, ele teria até montado na própria mãe como se fosse um animal. E depois disso surgiram relatos do bicho vagando pelas redondezas, atacando animais e aterrorizando a população. E paraiguá-lo, moradores deixavam bichos sacrificados fora de casa durante a quaresma, na esperança de que ele não entrasse em suas casas. No meio da folia de carnaval em Amarante, no Piauí, surge uma figura sinistra disfarçada entre os foliões, o pé de pato. Essa entidade demoníaca aparece vestida com uma batida folgada e colorida, dançando ao som das marchinhas e se misturando a multidão. A sua aparência lembra o personagem fofão, mas o que denuncia são seus pés enormes com membranas iguais a de pato. Embora muitos não percebam sua presença, as crianças costumam notar e evitá-lo. Mas quando é descoberto, o pé de pato desaparece em uma nuvem de enxofre voltando ao inferno. Ele não está ali só pela festa. A sua verdadeira intenção é sugar a energia vital dos vivos, especialmente daqueles que usam o carnaval como desculpa para abandonar qualquer senso moral. Ele age como vampiro espiritual, atacando pecadores que, como eles, somam das regras sociais. Em Belo Horizonte circula uma lenda sobre um porteiro que frequentemente via uma menina pedindo para subir até o oitavo andar de um prédio. Ela parecia ter cerca de 10 anos. Usava um vestido branco com detalhes cor-de-osa, incluindo um laço na cintura, no cabelo e um par de sapatos com o mesmo tom delicado. E por muito tempo ele permitiu a sua entrada sem questionar. Ela era educada, discreta e nunca causava alarde. Apenas seguia para o apartamento sem chamar atenção. Certo dia, o porteiro começou a estranhar a frequência com que havia e decidiu conversar com os moradores do oitavo andar, um casal de idosos. Quando ele mencionou a menina e descreveu sua aparência, os dois ficaram em choque. Aquela menina era neta deles, mas ela já estava morta há algum tempo. O porteiro, então, tomado por um arrepio, percebeu que havia liberado a entrada de um espírito por inúmeras vezes, sem sequer desconfiar do que realmente estava acontecendo. A Matinta Pereira é uma mulher idosa que se transforma em um pássaro agourento. é uma figura muito conhecida do folklore nacional e provavelmente logo mais eu trago um vídeo completo sobre ela. Mas como é uma figura bem conhecida e o objetivo desse vídeo é ir atrás de figuras mais obscuras, eu não vou me aprofundar. [Música] Mão fina é uma lenda urbana sobre uma mãozinha que irá perturbar crianças durante o sonos se elas não se comportarem na mesa de refeições. Os pais falavam que uma mão fina iria entrar em seu quarto e arranharia suas costas. Todavia, a lenda também se estende para a vida adulta, onde as crianças que foram malvadas durante a infância com seus pais, principalmente com suas mães, seria amaldiçoada pelo resto da vida. O Romãozinho é um moleque babaca do folclore brasileiro, conhecido por sua natureza maldosa desde o nascimento. Ele era filho de um agricultor e se divertia em maltratar animais e destruir as plantas. Um dia, sua mãe pediu que ele levasse o almoço ao seu pai na roça, mas Romãozinho comeu a galinha no caminho e deixou apenas os ossos na marmita. Ao entregar aquilo ao pai, mentiu que a mãe havia comido a carne com amante. Cego de raiva, o pai voltou para casa e eliminou a esposa, que em seu último suspiro amaldiçoou o filho, dizendo que ele nunca morreria, nunca conheceria o céu ou o inferno e vagaria eternamente pela terra. E desde então, Romãozinho permanece como uma criança travessa e imortal, que vagueia por vilarejos, quebrando telhas, assustando moradores e atormentando animais, especialmente galinhas. Ele é basicamente o corpo seco da infância, só que ao invés de você correr de medo, só uma bicuda resolve. E o capelobo é basicamente um lobisomem, só que ao invés de metade lobo e metade homem, ele é metade homem e metade tamando a bandeira. Agora a cabra cabriola, apesar desse nome paia, é um dos seres mais perturbadores do folclore brasileiro. A cabra cabriola é uma criatura trazida de Portugal para o folclore nacional durante a colonização, principalmente enraizada no imaginário popular do Nordeste. Ela é descrita como macabra horrenda com aspecto deformado e um fedor insuportável que devora crianças desobedientes. Considerado um equivalente do bicho papão, a cabra cabriola se tornou o terror das noites nas histórias contadas pelos pais, que diziam que o monstro invadia as casas à procura de meninos levados. Quando se aproximava, ela recitava versos assustadores, prometendo comer meninos aos pares. E qualquer choro repentino era interpretado como um sinal de que ela estava atacando outra criança em algum lugar. Além da aparência bestial, a cabra cabriola possui alguns poderes sobrenaturais. Ela consegue imitar a voz da mãe da criança, se transforma na personificação do medo de quem vê e, segundo alguns cordéis, é capaz de se curar rapidamente de qualquer ferimento. E para afastá-la, as famílias costumavam rezar quando ouviam ruídos suspeitos durante a noite. Além disso, só as crianças obedientes escapavam da visita dessa entidade. Cabra cabriola, corre montes e vales, corre meninos a pares, te comerá a ti se cá chegares. Eu sou a cabra cabriola que como meninos aos pares também comerei a vóz carochinhos de nada. A porca do dente de ouro é uma das lendas urbanas mais temidas de Teresina, no Piauí. Segundo a lenda, em uma noite sem lua nos anos 50, uma criatura monstruosa começou a percorrer velozmente os bairros da cidade, da zona norte à zona sul, sem nunca ser vista no centro. Dizem que ela era, na verdade, uma moça que, após morder o seio da própria mãe durante uma briga por querer sair para festas, foi amaldiçoada se transformar numa porca enorme, com tetas arrastando no chão e um dente de ouro brilhando no focinho. E a punição era clara: correr pelas ruas da cidade como penitência até que alguém tivesse coragem de arrancar o tal dente de ouro, o que até hoje ninguém conseguiu. Relatos antigos dão detalhes assustadores sobre a criatura, como o grunido apavorante e a velocidade sobrenatural. com que atravessava os bairros. Nas serras do Seridó, no Rio Grande do Norte, existe a lenda do carneir dourado, uma criatura mística associada ao tesouro escondido pelos índios Tapuias após a expulsão dos holandeses. Dizem que esse carneiro, reluzente como ouro ao sol atravessa velozmente o céu entre a serra da rajada e o marimbondo nas madrugadas de ano novo, protegendo um cofre oculto de ouro e pedras preciosas enterrado pelos nativos. O cofre é guardado pelos acauans, aves místicas associadas às almas dos tapoias e amaldiçoado por uma índia violentada por um general holandês. E com isso, o tesouro jamais poderia ser tocado por seus descendentes. A maldição, alimentada pela dor e pelo sangue dos indígenas, ecco até hoje em forma de assombrações, cantos noturnos e aparições sobrenaturais nas serras. Já do Piauí, mais precisamente em Roeiras, outra versão da criatura toma forma. Um carneiro de ouro com uma estrela brilhante na testa que vaga pelas madrugadas entre o morro do Leme e o morro da sociedade. Dizem que quem conseguir capturá-lo ficará imensamente rico, mas nenhum dos corajosos caçadores jamais retornou. Nos anos de 1980, o boneco do fofão virou o alvo de uma das lendas urbanas mais macabras do Brasil. Dizem que dentro da cabeça do brinquedo havia uma faca escondida, supostamente usada para eliminar crianças durante a noite. E o boato ganhou ainda mais força com histórias de que Orivaldo Piscini, o criador do personagem, teria feito um pacto com o diabo para alcançar a fama e que o fofão espalhava mensagens subliminares pela TV e pelos discos. E a paranoia foi tão grande que muitas famílias queimaram os bonecos para expulsar o mal, mas a verdade era bem menos macabra. Em 2015, um dos responsáveis pelo design do boneco explicou que aquele suposto punhal era, na verdade, uma estrutura interna de plástico usado para manter a cabeça firme, já que o recheio do boneco de isopor não dava sustentação. E no fim, a peça nunca foi metálica ou cortante de fato, foi apenas uma histeria coletiva da época. A boiuná, também chamada de cobra grande ou boiçu, é uma das figuras mais intrigantes do folclore amazônico. Representada como uma sucuri gigantesca com até 45 m, os seus movimentos criou igarapés e a sua presença é associada a fenômenos sobrenaturais. Segundo as lendas, ela habita o mais profundo dos rios e alguns relatos dizem que ela dorme sob cidades como Belém, podendo causar destruição caso desperte. e as suas formas variam, podendo surgir como uma cobra, uma mulher sedutora nas festas juninas ou até mesmo um navio encantado que engana os ribeirinhos ao refletir o luar em suas escamas. As histórias também falam de filhos da Boyoná, como a cobra Norato e a Maria Canina, gêmeos que foram lançados ao rio quando nasceram. Maria se tornou uma criatura maligna enquanto Norato era bondoso e buscava redenção. Outra origem da boiuná diz que o primeiro homem que entrou no igarapé encantado virou a primeira cobra, dando origem às serpentes. E essa cobra foi morta por guerreiros da aldeia. Mas a sua esposa grávida libertou os filhotes na mata, explicando assim o surgimento das cobras. [Música] Essa história de que a Xuxa teria mensagens satânicas escondidas nas músicas infantis dela é uma das lendas urbanas mais populares de todo o Brasil. Tudo começou no fim dos anos de 1980, quando algumas pessoas resolveram tocar os discos da apresentadora de trás para frente e juraram ter escutado mensagens bizarras como evocações demoníacas e referências a rituais de sangue. Músicas como Lari, Doce Mel e Até Quem Quer Pão foram alvo dessas interpretações que rapidamente se espalharam por setores religiosos e teorias conspiratórias. Mas com o tempo a própria Xuxa e seu compositor Michael Sullivan vieram a público desmentir tudo, dizendo que era impossível prever frases ao contrário e que essas histórias não passavam de invenção popular. No sertão nordestino, especialmente na região da Chapada do Apod, entre o Ceará e o Rio Grande do Norte, existe uma lenda assustadora, o monstro Labatuti. Essa criatura tem aparência parcialmente humana, mas o seu corpo é coberto de pelos. Os seus cabelos são longos e desordenados, suas mãos são compridas e seus pés redondos. O seu rosto é dominado por um único olho no meio da testa e seus dentes lembram presas de elefante, o que o torna ainda mais aterrorizante. Entre os moradores locais, ele é considerado ainda pior que o lobisomem e sua fama é de puro terror. E a origem dessa entidade mistura o folclore com a figura histórica do general francês Pedro Labatuti, que lutou na Guerra da Independência do Brasil, famoso por sua crueldade. Segundo a lenda, a carne das crianças, por ser mais mole seria a sua refeição favorita. E é justamente essa característica que o torna um pesadelo vivo para os habitantes da região. A lenda de que pessoas são dopadas e tus ss roubados em hotéis é uma das histórias mais conhecidas e perturbadoras da cultura urbana. Essa teoria surgiu nos anos de 1990, espalhada principalmente por e-mails em cadeia e relatos anônimos com a seguinte narrativa: alguém conhece uma pessoa muito atraente, vai para um hotel e acorda em uma banheira de gelo e descobre que teve um rim removido para o tráfico de órgãos. A história é bem chocante e fácil de acreditar, mas não há qualquer registro oficial ou caso confirmado com esse enredo. Mas autoridades médicas e policiais ao redor do mundo já investigaram essas histórias diversas vezes, mas nunca encontraram provas concretas de que esse tipo de crime organizado, tão sofisticado e arriscado, ocorra dessa maneira. E por mais que o crime de tráfico de órgãos realmente aconteça na vida real, o que é extremamente perturbador não é feito desse jeito amador. E com isso, finalizamos a camada dois e vamos adentrar nas águas médias do iceberg. [Música] Aqui na camada três, as lendas urbanas começam a ficar um pouco mais obscuras. Ou você vai me falar que conhece a lenda do montador de cachorro pro inferno, Pedro II. Se você falar que conhece essa lenda, aí você tá me tirando, né, chefe? Essa lenda arrepiante de Pedro I no Piauí conta a história de um menino que durante uma caçada com o pai acidentalmente dispara uma espingarda e o elimina com um tiro no peito. E desesperado com o que fez, o menino foge, mata dentro e nunca mais é visto. Mas no ano seguinte, exatamente na data do acidente, um cão monstruoso começa a aparecer na região, um animal enorme, com pelos faiscantes e que solta fogo pelas narinas. O mais assustador é que montado nessa criatura, aparece o próprio garoto agora nu chorando, pedindo perdão e gritando frases como: “Tristina de quem assassina o próprio pai, vai montando em um cachorro direto pro inferno, Havaí”. E esse espírito amaldiçoado volta a aparecer todo o mês de agosto, repetindo a penitência de cavalgar sobre um cão infernal e ecoar seus lamentos na mata. Tudo começa com uma garota que, buscando silêncio para estudar, passa a frequentar um cemitério da região. Certo dia, ela resolve levar uma flor do local para casa como lembrança. Mas é a partir daí que alguns acontecimentos estranhos começam. Telefonemas sussurrantes, aparições em sonhos e a presença constante de uma mulher cadavérica, exigindo que a flor seja devolvida. E conforme os dias se passam, a presença dessa entidade se intensifica, invadindo a realidade da menina com pesadelos violentos e aparições assustadoras. E mesmo após tentar se livrar da flor queimando-a, a garota é atacada em um sonho tão real que termina com sua morte misteriosa durante o sono. No dia seguinte, o seu corpo é encontrado de uma forma macabra, com os olhos desconectados, uma flor ensanguentada nas mãos e a frase “Devolva-me pessoalmente: rabiscada nas paredes.” A bruxa de ferro é uma figura conhecida principalmente em regiões interioranas e ela parece como uma mulher idosa vestida com uma armadura de ferro ou com a própria pele endurecida como metal, tornando-se praticamente invulnerável. Dizem que ela assombra vilarejos e comunidades durante a noite, sendo uma entidade vingativa que manipula o fogo e o metal para punir quem quebra tradições ou desrespeito à natureza. Entretanto, uma das versões mais marcantes da lenda diz respeito a um orfanato construído sobre ruínas de um antigo hospital infantil. Nesse local, uma enfermeira perturbada e inconformada com o sofrimento de uma criança doente desligou os aparelhos que a mantinham viva e se autoexterminou após prender em si mesma as ferragens da criança. Após a sua morte, barulhos metálicos e aparições começaram a assustar os órfãos, combinando no extermínio de uma criança com o corpo completamente retorcido. Desde então, o espírito da bruxa de ferro continua aparecendo em orfanatos, quebrando ossos de crianças para tentar transformar seus corpos em extensões da dor que ela carrega. E assim como a mandioca que eu citei na camada anterior, também existem outras lendas que falam da origem de alguns alimentos conhecidos e eu vou falar delas em sequência. A lenda do açaí vem da região norte do Brasil e fala de uma tribo que enfrentava sérios problemas com a escassez de alimento, já que a população crescia demais. O Cassci Tac, para conter isso, tomou uma decisão cruel. Ordenou que todas as crianças nascidas a partir de certa data fossem sacrificadas. E por conta disso, a sua própria filha e a San teve seu bebê tirado por causa dessa regra. E tomada pela dor, ela passou dias chorando e rezando a Tupan por uma solução que evitasse mais extermínios. E em resposta, Tupan atendeu as preces de Assçã. E certa noite ela viu sua filha fora da ocaçá-la, mas a criança desapareceu em seus braços. No dia seguinte encontraram Iassan falecida, mas com uma expressão serena. E ela estava abraçada a uma palmeira. E nos galhos dessa árvore havia frutos escuros e pequenos, o açaí, o cassig. Então mandou colher os frutos e fazer um suco que alimentou toda a tribo e com isso ele suspendeu os sacrifícios. E o nome Açaí veio da filha do Casscique, que é Iação ao contrário, uma homenagem eterna à mãe que salvou todas as outras crianças. E nesse sentido, outra lenda que tem como tema uma planta é a lenda da erva mate. A lenda da erva mate também tem origem indígena e fala sobre um velho pajé que já enfraquecido pela idade temia não conseguir liderar sua tribo por muito mais tempo. E ele só tinha uma filha, a bela índia Kaiari, que secretamente amava dos guerreiros mais valentes da aldeia. E mesmo apaixonada, ela abriu mão desse amor para continuar ao lado do pai e cuidar dele. Certo dia, um pajé misterioso visitou a tribo e, ao perceber a tristeza da jovem, perguntou o que poderia fazer para ajudá-la. Ela então pediu forças para o pai, desejando que ele se recuperasse e seguisse com a tribo. Em resposta, o pajê entregou ao ancião uma folha verde com cheiro marcante e ensinou como preparar uma bebida com ela. O velho pajé então passou a tomar a infusão quente e amarga e logo recuperou sua vitalidade. E a partir disso, a erva mate virou símbolo de renovação e também de amizade entre os guerreiros. E para finalizar, vamos falar da lenda do guaraná. A lenda do guaraná tem origem na região norte do Brasil, mais uma vez entre os povos indígenas da Amazônia. E segundo a história, um casal da tribo Maués vivia triste por não ter filhos e pediu a Tupan que lhe enviasse uma criança. Atendendo ao pedido, o deus lhe deu um menino bonito e bondoso que cresceu trazendo alegria para todos ao seu redor. No entanto, a sua luz despertou a inveja de Juruari, o espírito das trevas, que se disfarçou de serpente e matou o menino com uma mordida venenosa enquanto ele colhia frutos na floresta. E devastada com a situação, a mãe ouviu os trovões e relâmpagos como sinal divino de Tupã, instruindo a plantar os olhos da criança. O ritual foi seguido e do solo nasceu uma planta com sementes pretas envolvidas por uma película clara que lembram os olhos humanos. Era o guaraná. E assim o fruto se tornou símbolo da força espiritual daquele menino e até hoje é usado em bebidas e rituais da Amazônia. A perna cabeluda é uma das lendas urbanas mais bizarras e icônicas do folclore recifense dos anos de 1970. E como o próprio nome já diz, trata-se literalmente de uma perna peluda, decepada que se movia sozinha pela cidade, dando saltos e atacando pessoas com chutes e rasteiras violentas. As vítimas apareciam com ossos quebrados e ferimentos inexplicáveis e por isso a lenda rapidamente se espalhou, assustando crianças e adultos. Com unhas podres e uma aparência monstruosa. Alguns diziam que ela nem era humana. O mais curioso é que essa lenda tem um autor, o jornalista Raimundo Carreiro, que criou a história como parte de uma coluna no diário de Pernambuco. O palhaço do coqueiro do Janga é uma lenda urbana bizarra do litoral norte de Pernambuco. Dizem que ele aparece nas noites de lua minguante, escondido no alto de um coqueiro, observando quem passa. Com o rosto sempre sorridente e um sorvete na mão, o palhaço desce silenciosamente quando a lua é coberta por nuvens e procura por sorrisos humanos para substituí-lo da lua. E se ele encontrar alguém com a cara fechada, castiga a pessoa com hipnose e agressões até forçar o sorriso no rosto da vítima. Segundo a história, esse palhaço era filho de um artista circscense muito famoso, que frustrado por não conseguir fazer ninguém rir nos palcos, ele enlouqueceu e sumiu. E desde então vaga pelo bairro do Janga, assustando moradores e turistas. Na praia do Itaguaçu, em Florianópolis, existem pedras enormes que muitos acreditam serem, na verdade, bruxas petrificadas. A lenda criada nos anos 90 pelo professor Peninha conta que um grupo de bruxas exaustas por serem exploradas pelo diabo decidiram dar um tempo das maldades e organizar uma festa para relaxar. Elas aproveitaram uma noite em que o diabo saiu para cuidar de outros assuntos e fizeram um festival com direito à comida, música alta e muita bagunça. E a curtição foi tanta que chamou a atenção do capeta, que voltou furioso e como punição, transformou todas em pedra. Mas nem a maldição foi capaz de prender essas feiticeiras para sempre. Dizem que em sexta-feiras de lua cheia as bruxas voltam à vida por algumas horas e elas dançam, riem e zombam dos que não acreditam em sua existência antes de voltarem a serem pedras ao amanhecer. A loira do Bom Fim é uma lenda urbana clássica de Belo Horizonte. A história gira em torno de uma mulher loira, descrita como sedutora, que costumava atrair homens no centro da cidade e os convencia a acompanhá-la até sua casa, no bairro Bonfim. Mas ao chegar ao destino, o local revelava ser o próprio cemitério Bonfim. E nesse momento a mulher desaparecia misteriosamente, deixando os homens assustados. Existem várias versões dessa lenda. Em uma, ela teria sido uma noiva abandonada no altar e se autoexterminou. e em outra seria uma mulher possessiva em vida que continuou guardando seus bens mesmo após a morte. A história da bruxa da Sapolândia é um dos casos mais macabros e controversos de Campo Grande. Tudo começou entre 1967 e 1969, quando denúncias levaram a polícia até a casa de Célia de Souza, acusada de maltratar e eliminar crianças e rituais. E no quintal de sua casa foram encontrados corpos enterrados em covas rasas. E a imprensa rapidamente pintou Célia como uma bruxa assassina. E imagens dela ao lado dos caixões chocaram a população. E mesmo após décadas se passarem, o caso não foi esquecido. E a casa onde Célia viveu virou ponto de peregrinação para curiosos que relatam vultos, sensação de ar pesado e até histórias de objetos estranhos, como um caixão cheio de roupas infantis encontrado no forro da casa. A criatura conhecida como mão de cabelo é uma figura do folclore popular, principalmente em Minas Gerais e no sul do Brasil, sendo usada as gerações como ameaça para coibir o hábito das crianças de fazer xixi na cama. Ele é descrito como um fantasma de aparência humana esgil vestido de branco com mãos cobertas por tufos de cabelo. E aí vem seu nome em algumas versões, ele é acompanhado por uma coruja que ronda as casas durante a noite em busca de pequenos mijões. E o seu papel é claro, punir crianças, especialmente meninos, que não conseguem segurar a urina enquanto dormem. E segundo relatos, se a criança urinar da cama, o mão de cabelo aparece para cortar o pinto fora. Ô sacanagem com a criançada, velho. Você é louco. Quem que conta uma lenda dessa pro filho? A lenda da gangue do palhaço surgiu nos anos de 1990 em São Paulo, quando começou a circular a história de que um palhaço supostamente inspirado em um assassino norte-americano estaria sequestrando crianças e uma come branca ou azul, dependendo da versão e junto com ele estaria uma bailarina em um anão e os ataques teriam como alvo as escolas públicas. A história ganhou força com supostos avistamentos e rumores que foram alimentados por capas sensacionalistas de jornais como notícias populares que tratavam o caso como se fosse real. Além disso, muitos diziam ter visto reportagens no programa aqui agora, embora nunca tenha havido uma comprovação real dos crimes. O Boca de Ouro é uma assombração clássica do folclore urbano pernambucano, descrito como uma figura meio zumbi, meio fantasma e com traços demoníacos. Segundo o historiador Gilberto Freire, ele não assombra apenas o Recife, mas já foi mencionado em outras regiões do Brasil desde o começo do século XX. Ele é sempre visto de forma elegante. Veste um palitó branco impecável, sapatos brilhando e um chapéu panamá. E a lenda conta que o Boca de Ouro aborda pessoas sozinhas durante a noite pedindo fogo para o seu cigarro. A princípio, ele parece um homem comum, mas ao se aproximar a sua verdadeira aparência é revelada. Um rosto apodrecido com cheiro de enxofre e olhos que emanam maldade. Dizem que o susto é tão grande que algumas vítimas desmaiam ou ficam em estado de choque. A lenda da carruagem incandescente de Anna Jensen é uma das mais famosas da cidade de São Luís, no Maranhão. Anna foi uma figura controversa do século XIX, conhecida por sua postura cruel e pela forma como comandava seus negócios com mão de obra escravizada. E a sua fama de mulher impiedosa gerou muita antipatia na época. E após sua morte, surgiu o mito de que ela jamais descansou em paz. Dizem que de quinta para sexta-feira à meia-noite ela retorna montada em uma carruagem de fogo cruzando o centro histórico da cidade. E a cena é digna de um filme de terror. A carruagem é guiada por um homem sem cabeça e Ana James aborda quem cruza seu caminho perguntando onde fica o cemitério do gavião. A lenda diz que ao responder a vítima recebe uma vela acesa, mas aceitar esse presente é um erro fatal, pois quem pega a vela está condenado a morrer. A porca dos Sete Leitões é uma criatura que aparece durante a madrugada em ruas desertas, florestas encruzilhadas, sempre cercada por sete leitãozinhos que gritam enquanto ela ronca de forma perturbadora. E apesar da aparência sinistra, ela geralmente não ataca, preferindo apenas assustar, especialmente homens casados que voltam para casa fora de hora. Quem tenta encará-la vê a criatura desaparecer por alguns segundos só para reaparecer logo adiante num ciclo que parece não ter fim. Essa lenda é de origem portuguesa, mas chegou ao Brasil com diferentes interpretações. Em Cuiabá, acredita-se que seja um castigo de uma mulher que interrompeu a gravidez, sendo sete leitões a representação de cada filho perdido. Já em versões paulistas, é uma rainha amaldiçoada junto com seus filhos por um feiticeiro. E segundo a interpretação do escritor Luís da Câmara Cascudo, a porca representa desejos carnais e imundí, surgindo diante de quem busca prazeres noturnos. Em 1877, uma mãe e uma filha italiana chegaram ao Brasil, fugindo de perseguições por bruxaria. E escondidas entre os imigrantes do Paraná, fixaram-se no bairro Santa Felicidade, em Curitiba. A jovem Constantina, descendente de uma antiga linhagem de bruxas, recebeu da mãe uma maldição cruel por negar sua herança. Manter-se jovem durante o dia, mas tornar-se uma velha grotesca ao anoitecer. e com o tempo aprendeu a se comunicar com os mortos, prever o futuro e até sugar a energia vital das pessoas. Com o passar dos anos, a sua maldição se agravou ainda mais. E para controlar a maldição, Constantina então começou a devorar os corpos das vítimas noturnas e aí a sua fama virou lenda entre os moradores da região. E por conta disso, as crianças foram alertadas a nunca cruzar a floresta após o anoitecer, especialmente nos meses de frio, quando ela se tornava mais ativa. O Luison é basicamente uma versão de lobisomen, só que bem mais grotesco. Não tem muito mais além disso. lenda segue uma pegada muito parecida com a lenda do lobisomem brasileiro original, mas a título ilustrativo eu vou deixar a imagem dele no fundo do vídeo para vocês verem. Antes de se tornar um centro cultural em 1988, o espaço abrigava antigos reservatórios de água com enormes tonéis que foram transformados em salas dentro do teatro. No entanto, por trás desta aparência moderna e artística, circula uma lenda sinistra. Durante a ditadura militar, esses mesmos reservatórios teriam sido usados como locais de tortura. E mesmo sem confirmação oficial, os rumores ainda persistem. E os relatos de fenômenos estranhos só alimentam o mistério. Alguns funcionários e visitantes relatam vultos que atravessam os teatros, portas que se abrem sozinhas, além sussurros e lamentos inexplicáveis. A lenda da Sagaia contada a gerações em São Roque de Minas gira em torno de uma antiga fazenda usada como pouso por tropeiros durante o ciclo do ouro. Segundo a lenda, um tropeiro e seus dois filhos partem transportando mercadorias, mas nunca retornam. E tempos depois, o filho mais novo parte em busca dos desaparecidos e se hospeda na sinistra fazenda Zagaia. E lá ele é avisado por uma jovem para não dormir na cama, pois no teto havia uma armadilha mortal, uma zagaia, uma espécie de lança que era acionada para eliminar os viajantes durante o sono. E ao descobrir que seu pai e irmãos foram assassinados da mesma forma e seus corpos jogados de um penhasco, o jovem lhe dera uma vingança contra os assassinos da fazenda, exterminando todos. A bruxa do arco de Teles, conhecida como Bárbara dos Prazeres, é uma figura do imaginário popular do Rio de Janeiro desde o início do século XIX. Dizem que ela veio de Portugal após eliminar a própria irmã e no Brasil eliminou o marido para viver um caso com o amante. E com o tempo ela se tornou uma cortesã influente, mas ao contrair doenças viu sua clientela desaparecer. Isolada, ela teria se voltado à magia e um beco escuro sob o arco de tênis, onde praticava rituais macabros envolvendo sangue de crianças. E o seu rosto, deformado pelo tempo e pela doença, alimentou ainda mais os rumores de que ela seria uma bruxa até ela desaparecer misteriosamente. Entretanto, o seu corpo deformado foi encontrado boiando na Bahia em 1830. Este número que você ligou não recebe chamadas ou não existe. A besta fera surgiu no folclore português e foi trazida ao Brasil pelos colonizadores, onde ganhou novas características e significados. No imaginário popular, ela é uma entidade feroz associada ao próprio diabo, que aparece em noite de lua cheia para marcar as pessoas com sinal da besta, selando o seu destino para o inferno. No Brasil, ela é descrita como uma figura híbrida com corpo de cavalo e dorso humano, tipo um centauro, só que bem mais cabreiro, e percorre florestas e matas à noite, deixando rastros de terror com seus cascos e chicotadas e animais. E o seu rugido seria tão aterrorizante que poderia enlouquecer qualquer um que visse seu rosto. Embora a insanidade durasse apenas alguns dias. Apesar da sua aparência assustadora e de ter uma aura demoníaca, a lenda também diz que a bestafera raramente ataca pessoas diretamente. A mãe de ouro é uma figura que aparece com diferentes formas e significados dependendo da região. Em geral, ela é descrita sendo uma bela mulher vestida de branco com cabelos dourados ou uma bola de fogo, uma estrela cadente, um lagarto dourado ou até mesmo uma serpente luminosa. E a origem da lenda remonta ao século XVII em pleno ciclo do ouro e pode estar ligada a fenômenos naturais como fogo fato. Em algumas histórias, ela guia os garimpeiros até as veias de ouro, enquanto em outras, especialmente nas versões indígenas, ela os engana para proteger as jazidas. O bicho da porteira é uma criatura do folclore do sudeste brasileiro que surgiu como um personagem de funf rural. Ele é descrito como monstro peludo e branco que chora suco de manga e tem dentes parecidos com cenouras. Com poderes ligados à natureza, ele consegue fazer frutas, legumes e raízes brotarem do chão, além de ter garras afiadas para colhê-los. Embora sua dieta principal seja comer terra. Basicamente o caba come terra igual você quando era criança. A sua aparência bizarra contrasta diretamente com seu comportamento gentil. Ou seja, o bicho é feio, mas é muito gente boa. A mulher emparedada, também conhecida como emparedada da rua Nova, é uma das lendas urbanas mais sombrias do Nordeste brasileiro, especialmente popular no Recife. E segundo o relato, uma jovem de família rica teria engravidado do namorado, o que causou a fura do seu pai, o comerciante Jaime Favais. E para esconder o escândalo e preservar a honra da família, ele teria ordenado que a filha fosse emparedada viva dentro do seu próprio quarto. E o suposto crime teria ocorrido em um sobrado da rua Nova, onde hoje existe um prédio conhecido por carregar uma atmosfera pesada e misteriosa. A história ganhou força depois de ser publicada em formato de folhetim entre 1909 e 1912 no Jornal Pequeno e mais tarde reunida como romance por Carneiro Vilela. Teresa Bicuda é uma figura do folclore goiano, lembrada por sua crueldade extrema com a própria mãe. Moradora de Jaraguá, no Laguinho de Santana. Ela ganhou o apelido por causa dos lábios grossos e era conhecida pelo temperamento violento. Dizem que chegou ao cúmulo dela colocar um frio de cavalo na boca da própria mãe e montá-la como animal, exibindo esse ato monstruoso para toda a vizinhança. E a mãe, em seus últimos momentos, amaldiçoou a filha antes de morrer. E a maldição se cumpriu. Teresa enlouqueceu e passou a vagar pelas ruas, gritando loucuras até finalmente morrer. Mas mesmo após sua morte, o tormento continuou. O seu espírito enlouquecido assombrava as ruas da cidade, repetindo os mesmos gritos da época em que maltratava sua mãe. E os moradores da região tentaram conter o espírito, enterrando-a em locais diferentes. Primeiro no cemitério, depois atrás da capelinha do rosário e, por fim, à abelha de um córrego onde colocaram uma cruz. Mas nenhuma dessas medidas nunca funcionou. E até hoje o espírito vaga pelas ruas da região, gritando enlouquecido pelos ratos feitos em vida. E esse bicho aí é só um gorila gigante que come a língua das pessoas. É bem autossugestivo. Agora o encourado é um vampiro do folclore nordestino. E esse bicho é [ __ ] viu? Ele se veste com roupas de couro preto, parecidas com a de um cangaceiro exalando um cheiro forte de sangue seco. Só aparece à noite e tem o hábito de se alimentar tanto de animais quanto de seres humanos. A lembra diz que ele só entra nas casas se for convidado, mas sempre consegue manipular as pessoas para ganhar a sua entrada. E a sua presença, sempre precedida pelos mesmos sinais. As galinhas param de botar ovos, os cachorros gemem e não saem de casa e os urubus sobrevoam à cidade. E para afastá-lo, alguns moradores oferece uma galinha preta ou um galo vermelho na entrada da cidade, algo que deve ser feito com respeito, pois o monstro sempre entra pela porta da frente. E ao contrário de vampiros clássicos, o encourado é praticamente invencível. Nada funciona contra ele, nem alho, crucifixos, estacas de madeira, água benta ou a luz do sol. A criatura parece ter habilidades sobrenaturais como hipnose e controle de energia vital, além de saber exatamente quem não vai à igreja. E por esses poderes, ele escolhe suas vítimas antes mesmo de chegar ao vilarejo. E algumas lendas antigas relatam que no passado até sacrifícios humanos eram feitos para aplacar sua fúria. O dragão de Guabiruba é uma das lendas mais curiosas do folclore catarinense e ela surgiu em 1982 na região montanhosa de Lagueado Alto. Primeiro a relatar o encontro foi o agricultor Pedro Esmanioto, que voltou para casa apavorado depois de ver uma criatura marrom escamas e uma língua vermelha em chamas, pousada em um galho logo acima de sua cabeça. Ele teria ficado paralisado de medo, ajoelhado no chão, até que conseguiu finalmente fugir. A sua esposa Laura confirmou a história dizendo ter sentido o desespero do marido ao visitar o local com ele. E o impacto da aparição foi tão grande que Pedro, antissético, passou a rezar o terço diariamente. Outros moradores também relataram aparições semelhantes, mas o mistério aumentou com o boato de que o dragão teria causado um acidente aéreo em 1996, destruindo um avião que sobrevoava a região de Aimoré. E supostamente as gravações da caixa preta teriam sido abafadas para evitar o pânico. E o pé de garrafa, o nome já diz, né? É um monstro feio para [ __ ] que tem um pé em formato redondo, igual de uma garrafa e sai pulando por aí. Mas é só isso mesmo, não tem mais nada para acrescentar não. Agora o Gorjala lembra os gigantes primitivos das epopeias antigas. Ele é descrito como um colosso completamente preto, deformado e feroz. E essa criatura habitaria os confins do mundo, vagando por regiões inóspitas e cortando ravinas com passos largos e pesados. O seu corpo grotesco e sua boca aberta revelam um apetite insaciável, tornando ele uma ameaça viva para qualquer um que cruze caminho. Mas apesar da força descomunal, o Gorjala é quase sempre vencido por adversários mais inteligentes, porque ele é grande e burro para [ __ ] Mas o ataque do Gorjala é descrito com uma crueldade impressionante. Ele devora suas vítimas enquanto caminha, começando pela cabeça e terminando pelos pés. Embora às vezes ele inverta a ordem puramente por sadismo. O edifício ASA, no centro de Curitiba é conhecido por abrigar uma das lendas urbanas mais sombrias da cidade, a lenda da noiva loira do ASA. Segundo relatos, a jovem teria tirado a própria vida ao se atirar do último andar após ser abandonada no altar. E desde então, muitos dizem ver uma mulher misteriosa vestida de festa vagando pelos corredores ou esperando o elevador, deixando um clima pesado no ar. Além da famosa lenda, o prédio tem histórico de tragédias reais, como autoestermínio de uma jovem em 2005 e muitos outros casos nunca noticiados que foram supostamente abafados pela mídia. [Música] O urutalu, conhecido como ave fantasma ou mãe da lua, é cercado por lendas que misturam tristeza, castigo e mistério em várias regiões da América do Sul. No Pantanal, o seu canto melancólico é visto como um presságio de má sorte, o que leva muita gente a temê-lo e até pedir seu recolhimento pela Polícia Ambiental. Uma das lendas mais conhecidas da criatura vem da Bolívia, onde dizem que o Urutau seria uma jovem índia transformada em ave pelo próprio pai após ela ameaçar contar que ele matou o seu amado. E a voz dela então teria sido passada para a ave que chora todas as noites pela perda do rapaz. Já no Peru, o urutal aparece na forma de um pássaro que lamenta como uma criança pedindo pela sua mãe. Conta-se que essa ave nasceu da dor de um bebê abandonado na floresta para escapar de uma praga agora no Rio Grande do Sul. Outra versão diz que a criatura foi um rapaz festeiro que esqueceu de buscar socorro para a própria mãe doente ao ser seduzido por um baile e ao descobrir que ela morreu durante a sua ausência, ele fugiu em desespero para a mata e nunca mais foi visto. E transformado em ave pela floresta, ele chora sua culpa todas as noites. A figura do pai do mato é uma das mais imponentes e assustadoras do folclore brasileiro, especialmente popular nos estados de Goiás, Mato Grosso, Alagoas e Pernambuco. E ele é descrito de formas variadas, mas quase sempre como uma criatura gigantesca. Muito maior que as árvores, com cabelos longos, unhas de 10 m, orelha de cavaco e uma barba preta. Sua voz rouca ecoa por toda a floresta em urros e risadas noturnas que apavoram os que arriscam a atravessar o mato. Dizem que ele engole pessoas inteiras e que nem bala nem faca podem feri-lo. Sua única fraqueza é uma misteriosa roda em volta do seu umbigo. Em algumas regiões, ele é conhecido como mãozão, um ser peludo que começa como uma anta e rapidamente se transforma em um homem de aparência monstruosa e seu mero toque, segundo as lendas, pode enlouquecer quem o recebe. Já em outros relatos, como os encontrados no norte, no Centro-Oeste, o pai do Mato assume um papel semelhante ao curupira ou a caipora. A lenda da Maria degolada, bastante conhecida em Porto Alegre, tem origem e um crime real ocorrido em 12 de novembro de 1899. Maria Francelina Trenes, uma jovem de origem alemã, foi brutalmente exterminada por seu namorado, soldado Bru, durante um piquenique no morro da Conceição. Após uma discussão, ele a degolou com uma faca, sendo encontrado ao lado do corpo com a arma na mão. O crime chocou a cidade e Brunom foi preso e condenado a 30 anos de reclusão, morrendo assassinado na cadeia 7 anos depois. Mas com o tempo, a figura de Maria Francelina foi ganhando uma aura de assombração. Alguns habitantes da região começaram a considerá-la uma santa milagreira, atribuindo a ela curas e graças, desde que os pedidos não fossem feitos por policiais. Uma capela foi construída sobre o local onde estaria seu túmulo e até hoje a quem suba ao morro para acender velas, fazer promessas e homenagens. O jacaré luminoso é uma figura do folclore de Viamão no Rio Grande do Sul. A criatura é descrita como um enorme jacaré que brilha com uma luz azulada semelhante ao luar mesmo em noites mais escuras. Dizem que essa luminosidade começa nos olhos e depois se espalha por todo o corpo, tornando o animal parcialmente translúcido e com uma aparência fantasmagórica. Ele habita o lago Taruman e uma piscina natural conhecida como Cimbbar, atraindo olhares curiosos, principalmente de casais apaixonados, pois há quem diga que sua presença intensifica os sentimentos amorosos. E apesar da popularidade da lenda, o jacaré luminoso nunca foi visto por mais de duas pessoas ao mesmo tempo. E, segundo os relatos, ele não pode ser fotografado e nem filmado. O Aangá é uma entidade poderosa e temida no panteão Tupi Guarani, descrito como um deus do submundo e espírito guardião da natureza. E ele pode assumir a forma de diversos animais, sendo a mais famosa de um veado de olhos flamejantes. Sua aparência varia, mas sempre mantém a pele extremamente pálida e os olhos vermelhos incandescentes. Considerado o metamorfo e mestre das ilusões, ele pune severamente aqueles que desrespeitam a vida selvagem, especialmente caçadores que matam fêmeas grávidas ou filhotes. e as suas punições vão desde ilusões que levam a loucura até redirecionar projéteis contra os entes queridos dos caçadores. Em São Tombé das Letras, uma das lendas mais peculiares envolve a misteriosa gruta do carimbado, que, segundo moradores e pesquisadores místicos, seria a entrada de um portal dimensional que conecta diretamente a cidade mineira com pío no Peru. E esse portal estaria escondido no centro de um labirinto subterrâneo da gruta e operaria por uma dobra no espaço-tempo, algo que encontra respaldo teórico na teoria física de Einstein. A lenda afirma que seria possível atravessar os mais de 4700 km entre os dois pontos de forma instantânea, usando a energia concentrada do local, se fosse considerado um dos sete pontos energéticos da Terra. Um dos relatos mais emblemáticos é do pesquisador Luís Noronha, conhecido como Tatá, que teria vivenciado um fenômeno de distorção temporal dentro da gruta, onde passou o que sentiu ser em 15 minutos, mas na verdade corresponderam a dois dias inteiros. E desde 2011, a gruta do carimbado está fechada pelo Ministério Público Ambiental, dificultando novas investigações. Ou seja, se o estado teve que intervir para fechar a gruta, alguma coisa tem ali. O cão era, também conhecido como cão morcego, morcego vampa, é uma criatura do folclore dos índios mura, descrito como morcego gigante, cego e do tamanho de um urubu. Ele invade casas durante a noite usando um canto hipnótico que faz suas vítimas dormirem profundamente enquanto ele suga todo o sangue delas. E ao fim do ataque, muitas vezes só resta a caveira da pessoa. E é só isso mesmo, vampiro clássico. Agora a lenda do lobisome de ratones no norte da ilha de Florianópolis é uma das mais conhecidas da região. Conta-se que uma mulher costumava sair todas as noites para dar um banho no seu bebê, mas sempre era perseguida por um cachorro agressivo que tentava morder a criança. E ela o espantava como podia, até que certa noite precisou acertá-lo com uma pancada. O bicho fugiu, mas rasgou a saia dela ao escapar pela mata. No dia seguinte, veio a revelação assustadora. O marido dela estava com os pedaços da saia preso entre os dentes. Era ele que se transformava em lobisomem durante a noite. Nada mais para acrescentar. História clássica de lobisomem também. A misteriosa luz do canto da bota é mais uma lenda do norte da ilha de Florianópolis. Segundo os relatos, trata-se de uma luz que aparece nas madrugadas, perseguindo pescadores e caminhantes que passam pelo costão na ponta da bota. E muitos afirmam que ela cresce de forma assustadora, como se ganhasse vida própria. O aposentado Wilson Senabil, morador da região, contou que viu a luz se transformar de um ponto pequeno até virar uma enorme esfera luminosa, que os acompanhou silenciosamente e depois passou no telhado da cabana onde estavam. Apesar do susto, Senabil garante que a luz não é agressiva, a menos que alguém tente atacá-la e que ela é brilhante ao ponto de iluminar até objetos minúsculos no chão. E essa luz é considerada por alguns como uma manifestação espiritual ligada à alma de um padre que teria morrido por ali. A lenda da amorosa é um conto tradicional do interior do Rio de Janeiro, especialmente da região de Conceição de Macabu. E ela narra o romance entre Ipojan e Jandira, dois jovens indígenas de tribos distintas unidos desde a infância por laços de amizade e mais tarde por um profundo amor. Durante a juventude, Ipo Pojucan tem um encontro com Kurupira, que o reconhece como um caçador justo e lhe dá a bênção de Tupã. E anos depois, prestes a se casar com Jandira e Pojuan é desafiado por Aangá, o espírito da morte que se disfarça de uma onça branca. E após uma intensa perseguição, o conflito atingira seu ápice quando a criatura tenta atacar Jandira. Ijukan salva sua amada, mas a Yangang em um ato de vingança, transforma-se em uma tromba d’água e arrasta os dois para o fundo da cachoeira. E essa tragédia deu origem ao nome da cachoeira que passou a ser chamada de amorosa, eternizando assim o amor e o sacrifício dos jovens. A lenda da casa de 365 janelas fala de um casarão construído no século XIX pelo comendador Joaquim, um dos homens mais ricos de Goiás. Ele mandou erguer uma mansão grandiosa com exatamente 365 janelas, uma para cada dia do ano, usando os materiais mais nobres da época. Foi usado madeira fina, ouro nos acabamentos e lâmpadas de cristal. E após a morte do comendador, que não deixou herdeiros, a população invadiu o local em busca de riquezas escondidas. Mas sem encontrar tesouros, muitos levaram partes da casa. Foram levadas janelas, pisos e outros objetos, espalhando pedaços da construção por toda a cidade. E desde então, a lenda diz que o espírito do comendador vaga pelas ruas de Goiás, tentando recuperar fragmentos de sua antiga morada. Quem passa por certas casas afirma ouvir passos e sussurros durante a noite, como se o velho dono ainda procurasse as janelas que lhe foram tiradas. A lenda do arroó veio do folclore da região sul do Brasil e também circula entre os povos guarani do Paraguai, da Bolívia e da Argentina. Ela descreve uma criatura monstruosa que lembra uma ovelha com grandes chifres ou um cachorro peludo que solta a fumaça pela boca. O arroó andava sempre em grupo e emiti o som arro para se comunicar com os outros. E eles atacavam pessoas que se afastavam das missões jesuísticas, servindo como um alerta para não sair da segurança da religião. E segundo a lenda, só havia uma forma de escapar, subir numa palmeira sagrada, pois os monstros não conseguiam alcançá-la. E essa história provavelmente foi criada por padres jesuítas durante o período das missões, com o objetivo de manter os indígenas guaranis nas aldeias cristianizadas, usando o medo como forma de controle. A lenda da mula sem cabeça do cercado do Zé Padre é uma mistura de folclore e história urbana que circula há décadas no bairro Farias Brito, em Fortaleza. O lugar conhecido como cercado do Zé Padre surgiu nas décadas de 1920 ou 1930, quando famílias fugidas da seca do interior começaram a ocupar um terreno no mato. E o seu nome veio de um morador casto chamado Zé Padre, que levava uma vida recatada, cultivava hortas e era respeitado por sua devoção. Com o tempo, o terreno foi invadido por novos moradores e a vida pacata de Zé Padre virou alvo de fofocas e vigilância constante. E foi nesse clima de tensão que surgiram alguns relatos assustadores. Uma figura em volta e uma capa preta com chocalho no pescoço e um lampião aceso corria pelo cercado durante a madrugada. E por conta disso os moradores diziam que era mula sem cabeça e a comunidade tomada pelo medo fazia vigílias e rezas constantes. Até que o morador descobriu a verdade. O monstro era, na verdade, o próprio Zé padre que usava esse disfarce para visitar secretamente sua amante, a madame de uma pensão vizinha. A história da bailarina azul envolve o centenário Teatro José de Alencar em Fortaleza, onde muitos afirmam ter visto o fantasma de uma jovem dançarina vestida de azul. Mesmo com uma aparência translúcida, seu vestido sempre reluz na penumbra dos corredores e seus cabelos longos acompanham os movimentos graciosos enquanto ela dança sozinha pelo palco. O mais curioso é que antes de desaparecer ela sempre sussurra e eu preciso ensaiar. E há quem diga que essa alma penada surgiu de alguma tragédia não registrada nos livros de história. A lenda mais popular conta que durante a festa de 90 anos do teatro, um funcionário afirmou ter dançado uma valsa com essa figura e ele achava que se tratava de uma atriz fantasiada e só depois descobriu que ninguém havia sido escalada para esse papel naquela noite. A lenda do Akuti Pupu vem das tradições indígenas e fala de uma criatura andrógena que possui tanto corpo de homem quanto de mulher. Na forma feminina, ela dava luz a filhas de beleza estontiante. Já na masculina, fecundava mulheres que geravam filhos fortes e brilhantes, como o sol. É dito que essa entidade vivia na serra do Japó e era símbolo de fertilidade e equilíbrio entre os gêneros. No imaginário popular, os Aoris são figuras que nascem exclusivamente uma sexta-feira da paixão. Apesar de parecerem pessoas comuns, os seus olhos têm um brilho mágico capaz de atravessar qualquer superfície opaca, enxergando tesouros escondidos sobre a terra, como ouros, joias e artefatos raros. A lenda sugere que eles não podem usar esse dom para benefício próprio, devendo sempre ajudar outras pessoas com suas descobertas. E apesar da origem do mito ser árabe, a crença se espalhou pela Espanha e chegou ao Brasil, especialmente no Rio Grande do Sul, onde se tornou parte do folclore local. O Eberê, também conhecido como Índio Anão, é uma criatura resultada de uma junção de culturas indígenas e africanas. Ele é descrito como um ser pequeno, parecido com um doente, com apenas uma perna e morador de tocos de árvores ou casas antigas e deterioradas. E apesar do tamanho e aparência estranha, ele possui uma personalidade traiçoeira, atraindo crianças perdidas com brinquedos e amaldiçoando com azar eterno. O Janaí é uma criatura que lembra um lemore de pelagem em vermelho sangue e olhos igualmente vermelhos. Originário de lendas indígenas da Amazônia, especialmente nos estados do Amazonas e Pará. Essa entidade é vista como uma espécie de espírito da floresta. Ele traz maldições para quem não possui magia. Mas se a pessoa for de bom coração e encará-lo chorando, a maldição é quebrada. As lendas dizem que ele se alimentava do sangue de crianças desacompanhadas, mas também podia jurar proteção eterna a uma criança que demonstrasse amor pela natureza, tornando-se seu guardião em momentos de perigo. Curiosamente, os seus ossos têm cor azul e o tamanho da sua cauda indica a idade. O caso do vampiro de Osasco marcou os anos de 1970 como dos episódios mais curiosos da crônica policial brasileira. Tudo começou em junho de 1973, quando o jornal Notícias Populares estampou na capa a seguinte manchete: Vampiro de Osasco elimina e bebe o sangue de 11 cachorros. E o boato surgiu após o morador do bairro Helena Maria encontrar seu cão morto com as veias do pescoço abertas e completamente sem sangue. E com o passar dos dias, outros relatos semelhantes começaram a surgir, espalhando medo pela cidade. Moradores passaram a recolher os animais antes do anoitecer. Crucifixos foram espalhados pelos bairros e a ideia de que o monstro andava solto pelas ruas ganhou força. A situação chegou a um ponto em que até mesmo um cobrador de ônibus afirmou ter visto tal vampiro, que seria um homem branco meio forte, com sotaque americano e que fugiu em um jeip no escuro. A polícia chegou a dizer que os ataques poderiam ter sido causados por uma jaguatirica, mas a população não acreditou e o medo cresceu ainda mais com relatos de perseguição, como de uma jovem que diz ter sido caçada pelo monstro no Jardim Velozo, descrevendo-o como uma espécie de homem macaco. A confusão só terminou quando o cineasta José Mogica Marins, o Zé do caixão, foi chamado pelo próprio jornal para liderar uma processão simbólica e declarar que o vampiro não existia. E segundo ele, tudo passava de sensacionalismo causado por uma tragédia animal mal interpretada. Mas mesmo assim, o caso entrou para o folclore urbano de Osasco como uma verdadeira lenda moderna. A lenda da igreja de Nossa Senhora das Dores, no centro histórico de Porto Alegre, gira em torno da figura de Josino, um homem escravizado, acusado injustamente de roubo durante a construção do templo. Condenado à execução, ele teria lançado uma maldição pouco antes de ser esganado, dizendo que as torres da igreja jamais seriam concluídas como prova de sua inocência. E por décadas, relatos de desastres e falhas da construção alimentaram essa crença popular, dando origem a uma das lendas urbanas mais conhecidas da capital gaúcha. E embora não existam registros oficiais confirmando a história, a demora nas obras que se estenderam por quase um século e as dificuldades enfrentadas como guerras e faltas de recursos, ajudaram a fortalecer o mito. Essa é a história de Alex, um garoto apaixonado por música que ao invés de ganhar a guitarra que tanto queria, ganha de presente de aniversário uma escrivaninha velha. Decepcionado, ele tenta esconder o desânimo, mas sua vida muda completamente ao encontrar um diário antigo em uma das gavetas. O que parecia apenas um caderno esquecido, logo revela frases que prevêem acontecimentos futuros. Alex então tenta alertar as pessoas, mas ninguém acredita nele. Conforme o tempo passa, o diário vai prevendo eventos cada vez mais graves e no fim o protagonista da história morre ele trocutado. E essa história aí é basicamente o Death Note brasileiro. A Kaip é basicamente uma versão feminina do Kurupira e eu sei que tem muito mais coisa sobre ela, mas como ela já é figurinha repetida em vídeos sobre folclore brasileiro, eu vou deixar sua menção nesse vídeo. Na cidade histórica de Mariana, em Minas Gerais, uma tradição toma conta das ruas na madrugada da sexta-feira santa, a procissão das almas. Realizada a meia-noite, essa celebração mistura elementos religiosos e folclóricos, resgatando um costume secular que remonta aos tempos do Brasil colônia. Os participantes percorrem o centro histórico vestido com túnicas brancas e capuzes, carregando velas e entoando cantos, enquanto figuras, como a própria morte desfilam com uma foice em mãos e o rosto encoberto. Correntes arrastadas e matracas dão um tom fúnebre ao evento, que, embora inspirado nas procissões católicas, traz uma atmosfera pagã quase teatral. Mas a lenda que envolve essa tradição é ainda mais macabra. contam que antigamente essa processão era feita pelas próprias almas penadas que vagavam invisíveis pelas ruas. E quem ousasse espiar pela janela seria amaldiçoado com uma vela que se transformaria em um osso humano. Dizem que se você sentir frio, um arrepio na espinha e cheiro de vela queimada, é melhor se trancar em casa, pois a processão invisível está passando. O conto do bicho P é uma versão brasileira da história da Cinderela, misturando elementos do folclore local e da religiosidade popular. E apesar do nome, o personagem é uma jovem chamada Maria, que sofre nas mãos da madrasta cruel. Quando ela foge de casa, ela encontra uma senhora misteriosa que, em algumas versões da lenda, dizem ser Nossa Senhora Aparecida. Ela recebe uma varinha mágica com a qual consegue transformar sua realidade. Ela se disfarça sob uma capa de palha e trabalha num palácio onde participa secretamente de três bailes, cada um com um vestido diferente, conquistando o coração do príncipe, sem revelar sua verdadeira identidade. E assim como no conto clássico, ela desaparece na última festa e perde um sapatinho que acaba servindo de pista para o príncipe reencontrá-la. Quando finalmente experimenta o sapato, Maria revela sua verdadeira aparência, encantando a todos com sua beleza e o vestido com estrelas cintilantes. A varinha desaparece depois do seu propósito se cumprir e ela se casa com o príncipe, encerrando a história com final feliz. Em 1970, um crime chocante aconteceu em Recife e deu origem a uma das lendas urbanas mais marcantes do Brasil. No dia 23 de junho, o corpo de uma menina foi encontrado na praia do Pina, com o rosto enterrado na areia e as mãos amarradas. O mais perturbador, no entanto, foi o fato de que ninguém jamais apareceu para reconhecer a garota. Sem nome, sem história e sem família conhecida, ela foi enterrada como indigente no cemitério de Santo Amaro. Mas o mistério não terminou aí. Com o passar do tempo, moradores começaram a relatar que pedidos feitos no túmulo da menina, agora conhecida como menina sem nome, estavam sendo atendidos. Ela teria realizado desejos, curado doentes e concedido graças a quem a visitava. Atualmente, o seu túmulo é um dos mais visitados do país, coberto de brinquedos, flores, doces e cartas de agradecimento, especialmente no dia de finados. No centro do Recife, a praça Chora Menino chama atenção não só pelo nome comum, mas também pelas histórias sombrias que acercam. Segundo o historiador Pereira da Costa, o local foi palco da violenta revolta conhecida como centembrizada em 1831, quando soldados rebeldes entraram em confronto com as forças oficiais e alguns civis, incluindo mulheres e crianças, acabaram exterminados no meio do conflito. Diz a lenda que as vítimas foram enterradas no antigo sítio Mondengo, área que hoje abriga a praça. E desde então, moradores afirmam ouvir à noite o lamento de uma criança. Daí o nome chora menino. E essa aura assombrada do local é reforçada por obras de artes espalhadas pela praça. Uma escultura feita em 1983 retrata uma mulher segurando uma criança simbolizando o luto da tragédia. Já um painel de cerâmica de Francisco Benand exibe a frase do escritor Nilo Pereira. Essa cidade é mágica, meio bruxa e feitiça, quebranta, tira as forças, deixando o clima do local ainda mais enigmático. E para finalizar a camada quatro, vamos falar da casa mal assombrada da rua Otávio Bonfim. Em 30 de maio de 1934, as atenções da capital cearense estavam voltadas para uma casa do bairro Otávio Bonfim, nas proximidades da Avenida Domingos Olímpio. Segundo os vizinhos e um ex-morador da casa, a construção era constantemente assombrada por ruídos e pancadas misteriosas. Alguns alegavam inclusive ter visto cadeiras virarem de pernas para o ar. Mas o que mais chamou atenção foi o caso da pequena Maria Gueda, uma criança que teria sido atacada repetidamente por um espírito louco. E com isso finalizamos a camada quatro do iceberg. Agora é hora de afundar ainda mais e adentrar na camada cinco, onde entraremos nas águas profundas. Na camada cinco, a gente começa a entrar numa zona em que a maioria das pessoas não conhecem as lendas que vão ser faladas. Então, vamos começar. [Música] O cavalo invisível é uma lenda que costuma circular durante o período da quaresma e ele é visto como aviso divino àqueles que ignoram as tradições religiosas, como a abstinência de carne e o respeito ao sofrimento de Cristo. E segundo o mito, durante a noite, um cavalo invisível galopa próximo às janelas das casas onde dormem os discrentes. Embora muitos relatem ouvir o som dos cascos e até tentem avistá-lo, ninguém jamais conseguiu vê-lo. Apenas rastros misteriosos no chão são deixados, reforçando a ideia de que ele é invisível por natureza, uma espécie de fantasma enviado por Deus para lembrar a importância da fé. E existe uma variação mais curiosa da lenda chamada cavalo invisível de cristal, descrito como uma estátua com propriedades sobrenaturais. Basta algumas gotas do seu material sobre qualquer objeto quebrado para que ele seja restaurado como se fosse uma cola milagrosa. A mulher de duas cores, também conhecida como Maduke, é uma assombração que surge em plena luz do dia nas estradas de Minas Gerais, especialmente nas regiões próximas à divisa com São Paulo. E a sua aparência é no mínimo intrigante. Ela veste roupas de algodão bicolores com o corpo coberto por manchas pretas e brancas. Caminhando rapidamente na ponta dos pés em completo silêncio. A lenda diz que ela é neta de um fazendeiro que, ao descobrir que a sua filha havia engravidado de um escravo e fugido para um quilombo, mandou uma bruxa amaldiçoar a criança. E mesmo com a magia lançada, a menina nasceu com a pele dividida entre o preto e o branco, sendo chamada de branca morena. Anos depois, ela foi exterminada por engano e seu corpo foi jogado numa estrada e desde então, seu fantasma sombra viajantes da região. Cara, na moral, quando eu tava escrevendo essa parte do roteiro, tudo que eu pensava era nessa parte da novela Carrossel, simplesmente um dos grandes momentos da TV brasileira. No conto visita de um amigo moribundo narrado por Gilberto Freire, somos apresentados a uma história inquietante que mistura a amizade e o inexplicável. Segundo o conto, dois estudantes Antônio e José dividem um quarto em Olinda com o seguinte combinado: “Quem chegasse tarde da noite deveria entrar pela janela para não incomodar o outro”. Uma noite, Antônio já deitado vê alguém entrar dessa forma e atravessar todo o quarto. Tudo normal, até que José, no dia seguinte revela que passou a noite no Recife dormindo na casa de outro amigo. Então o que parecia um hábito comum se transforma num enigma. E horas depois o mistério toma um rumo sobrenatural. Antônio é chamado às pressas para visitar um amigo querido que está morrendo no hospital Pedro II. E chegando lá, o moribundo se anima ao vê-lo e diz com serenidade: “Ontem fui à noite a Olinda a despedir-me de você.” O vulto que atravessou o quarto não era um ladrão ou um colega brincalhão. Era a última visita de um amigo à beira da morte. O Dom maracujá é uma criatura que aparece em um conto popular brasileiro. Ele tem olhos que brilham como fogo, orelhas enormes e em algumas versões corpo peludo e deformado, lembrando a casca rugosa de um maracujá. E a história gira em torno de uma família extremamente avarenta, que resolve fazer um churrasco longe de tudo, só para não dividir a carne com os vizinhos. E ao perceberem que esqueceram o fogo, mandam os filhos buscar duas luzes ao longe, que na verdade são os olhos flamejantes da criatura. E o monstro se apresenta cantando orgulhoso seus feitos: “atei tigre, matei onça, matei leão”. E começa a perseguir a família. A velha de um peito só é uma das entidades mais estranhas do folclore piauiense e ela é conhecida desde o século XIX por assombrar estradas desertas e matas nos arredores de Oeiras. Segundo os relatos, ela surge nas chamadas horas mortas, ou seja, momento em que não há mais movimento nas ruas. Geralmente aparecendo como uma senhora de aparência comum, mas com um único seio enorme e desproporcional. Apesar da aparência frágil, ela possui uma força descomunal e costuma atacar viajantes solitários, derrubando-os e forçando-os a mamarem seu peito. E caso a vítima resista, ela torce violentamente as orelhas da pessoa até que aceite seu castigo. O mais assustador é que o ato não parece apenas uma punição, mas um ritual em que a velha sente prazer. A vítima é forçada a sugar até ficar sem forças, muitas vezes com espuma escorrendo pelos cantos da boca. E a frase mais lembrada da lenda é a ameaça da entidade. Ou mama ou mama por gosto meu filho ou contra a sua vontade. Eu não tenho nada para falar, não. É simplesmente uma velha [ __ ] que abusos caba no meio da rua. Não tem como tancar essa lenda não, velho. Vou pra próxima. A lenda do Kamondong é um típico exemplo do folclore sombrio que ecoa pelos vilarejos esquecidos do Brasil. Em meio às madrugadas silenciosas do interior de Minas Gerais, o som agourento de um carro de boi sem bois com rodas rangendo assombra quem permanecer nas ruas tarde da noite. Segundo a lenda, um casal de namorados distraído pela paixão é surpreendido por esse ruído vindo de lugar nenhum. O som é real, mas o veículo é invisível ou fantasmagórico. E quando finalmente o avistam, o carro de boi cruza a rua sem ninguém aguiá-lo e desaparece como fumaça, deixando para trás só o medo. O Kamon Dong parece ser uma entidade do além que percorre cidades onde pecados e segredos são mal resolvidos. Essa lenda fala de uma criatura temida das matas do interior. Uma onça enorme rajada com uma das patas dianteiras tortas. Os caçadores são os que mais temem cruzar com ela, pois dizem que não é um animal comum. Segundo os moradores antigos, essa onça é, na verdade, o espírito de um vaqueiro cruel que tinha mão torta e era conhecido por sua maldade. E após a sua morte, ele passou a assombrar as matas sob a forma desse bicho enfeitiçado, como se fosse uma espécie de castigo eterno. A criatura parece imortal e muitos garantem já ter disparado contra ela, mas nenhum tiro a atinge. Quando confrontada, ela simplesmente desaparece na mata ou encara friamente quem tenta feri-la, como se zombasse da tentativa. O capeta multiplicador é uma lenda da região norte do Brasil, especialmente no Amapai, no Pará. A história gira em torno de seu Osório, um homem religioso e trabalhador, mas infeliz por não conseguir dar uma vida confortável à sua família. Certo dia, ele acolhe um estranho viajante que, na verdade era o próprio diabo disfarçado. E como agradecimento pela hospitalidade, o visitante ensina Osório a plantar apenas um pé de milho, prometendo que o resto se multiplicaria sozinho. E assim a promessa se cumpre. Cada ação de Osório é duplicada milhares de vezes pelos diabinhos, tornando-o rico em pouco tempo. No entanto, a maldição vem logo depois. Quando a sua esposa colhe uma espiga ainda verde, toda a plantação desmorona. E ao agredi-la no acesso de raiva, os diabinhos replicam um gesto violentamente, eliminando a mulher. E desesperado, Osório tenta acabar com a própria vida e é morto pela mesma multiplicação demoníaca. A lenda da anta esfolada é uma das mais macabras do Rio Grande do Norte. Conta-se que uma anta possuída pelo demônio espalhava o terror pelas matas de um antigo povoado chamado Anta Esvolada. Certo dia, um caçador conseguiu prendê-la e, acreditando que poderia acabar com feitiço, tentou esfolá-la viva. Mas para o seu horror, a anta escapou no meio do processo, deixando o couro para trás e sumindo na mata completamente esfolada. E com o tempo, o missionário decidiu acabar com a maldição de vez. Ele construiu uma cruz com ramo ginharé e cravou na trilha por onde a anta passava. E a partir daí ela nunca mais foi vista. A lenda da princesa encantada de Jerikoaquara mistura elementos mágicos e sombrios do folclore nordestino. Segundo a história, uma princesa chamada Carolina foi amaldiçoada por uma bruxa ao entrar numa caverna misteriosa e acabou sendo transformada em uma serpente. Em algumas versões, ela foi salva por dois irmãos com ajuda das lágrimas de uma sereia. Agora, em outras permanece como uma criatura, metade mulher, metade serpente, aprisionada sob o serrote do farol de Jericoaquara. Os cupenps são criaturas aladas descritas como vampiros da selva, como a aparência humana e as de morcego. Segundo lendas indígenas, essas entidades habitavam cavernas nas regiões do Alto Tocantins e Araguaia, de onde saiu a noite para atacar outras tribos. eram considerados ceifadores sobrenaturais, empunhando machados em forma de meia lua que simbolizavam a própria morte. Para os indígenas apinagés, esses índios morcegos eram tão temidos que suas tribos se uniram para queimá-los vivo em sua própria caverna. A lenda urbana do diabo no baile funk é uma das histórias mais comentadas no Rio de Janeiro desde os anos de 1990, com relatos semelhantes aparecendo em várias regiões do Brasil. Segundo as narrativas, o diabo se manifesta durante bailes funks, surgindo de dentro das caixas de som após explosões no meio da pista ou até no palco entre as fumaças do show, provocando pânico entre os presentes. E essas aparições costumam ocorrer quando a música incorporado é o diabo toca, como se fosse um convite ao próprio Satanás. E essas histórias são passadas oralmente nas comunidades, onde as testemunhas garantem ter visto o demônio dançando e se divertindo, além de espalhar medo e confusão até o fim da festa. A lenda da Maria Papuda, também conhecida como fantasma do palácio, é uma das histórias mais marcantes da região centro-ul de Belo Horizonte. Maria, uma mulher que sofria de bócio, vivia em um Casebre, onde hoje se encontra o Palácio da Liberdade. E revoltada por ter que deixar sua casa, ela teria lançado uma maldição contra todos que morassem no novo palácio, afirmando que qualquer governador que assumisse em ano par sofreria um acidente grave ou morreria precocemente. E curiosamente essa maldição parece ter se concretizado várias vezes. Silviano Brandão, eleito em 1898, morreu antes de assumir o mandado federal. João Pinheiro, que tomou posse em 1906, faleceu 2 anos depois. Raul Soares, eleito em 1922, também morreu durante o mandato, assim como Olegário Maciel em 1924. E essa sucessão de mortes criou um clima de temor tão grande que governadores como Jcelino Kubichek, Tancredo Neves e Itamar Franco evitavam permanecer no palácio após o anoitecer. Itamar Franco chegou a afirmar em 2012 que portas e janelas se movem sozinhas no Palácio da Liberdade, reforçando a fama do local como um lugar amaldiçoado. A lenda do atormentado do cuscuz vem do bairro da ilha de Santa Luzia e causa calafrios nos moradores da região até os dias de hoje. Segundo relatos, esse espírito aparece no início da noite, surgindo como uma fumaça que sai dos fornos enquanto o cuscuz está sendo preparado. E onde ele passa causa confusão. Ele derruba as panelas, apaga as bocas dos fogões e deixa no ar um cheiro marcante de palha de coqueiro queimada com queroe. Acredita-se que essa entidade seja o fantasma de um homem solitário que vivia apenas de cuscuz e que foi brutalmente eliminado por dois rapazes que, ao invadir em sua casa, o amarraram em um coqueiro, o incendiaram e comeram o cuscuz que ele havia preparado. E o terror do crime foi tão profundo que, segundo os moradores, a alma daquele homem nunca encontrou descanso. O coração dos mangues de Bragança no Pará habita uma figura temida e respeitada, o encantado Ataïde. Conhecido como um protetor dos ecossistemas locais. A Thaí é parte da pagelança cabocla e integra a categoria dos oirás, seres místicos que zelam pela natureza. Com o corpo coberto de pelos, garras afiadas, força descomunal e uma genitalia desproporcional. Essa entidade age como vigilante do equilíbrio natural. Quem ameaça os manguezais, os rios, o arfaluna local pode acabar sendo vítima de sua fúria, que inclui castigos físicos e até a morte. Então, no fundo do vídeo vai est a imagem da criatura, só que tá censurado porque a parte da genitalia gigante é realmente grande, é literalmente gigantesco, é um colosso, não tem como mostrar isso, senão o YouTube já sabe, né? O gigante de pedra da Guanabara, também conhecido como gigante adormecido ou giganto, é uma das figuras mais intrigantes do folclore carioca. A partir da Baia de Guanabara, é possível ver uma silhueta esculpida nas formações rochosas que se estende por sete bairros do Rio de Janeiro com impressionantes 18 km de extensão. Segundo a lenda, esse colosso de pedra seria um antigo guardião da Bahia que, ao eliminar uma Índia foi amaldiçoado por Deus e transformado em rocha, condenado a dormir eternamente com o corpo moldado na paisagem da cidade. E dizem que de tempos em tempos o gigante desperta e caminha entre as montanhas, cobrindo tudo com uma neblina para esconder sua presença. E muitos acreditam que ele supera até o lendário pai do mato em tamanho de força, sendo considerado o maior gigante do folclore brasileiro. Entre as figuras mais curiosas do folclore piause está o Teba João, um ser lendário que aterrorizava os moradores da cidade de Picos na década de 1930. descrito como um tatu do tamanho de um homem, ele aparecia em pé dançando, rindo e cantando músicas de duplo sentido enquanto segurava suas partes íntimas. Um comportamento que para o povo daquela época era sinônimo de algo demoníaco. Alguns estudiosos locais como Ibiapina o associam a um tipo de doende nordestino, enquanto outros como Rafael Noleto, o veem como uma divindade da Mata, um deus tatu ligado às raízes pré-históricas do Piauí. Isso porque o tatu, animal comum na região, já era representado em pinturas rupestres e associado a rituais de caça entre os primeiros habitantes. A lenda da onça Borges vem da região sudeste do Brasil, especialmente das margens do rio São Francisco em Minas Gerais. Segundo os relatos populares, essa onça não é um animal comum, mas sim a forma amaldiçoada do vaqueiro misterioso, um homem que teria se transformado em onça por meios mágicos. E a única forma de quebrar o feitiço seria colocar em sua boca um molho de folhas verdes. Mas seu companheiro, tomado pela covardia, não teve coragem de realizar o ato. E desde então Borge jamais retornou à forma humana, tornando-se uma fera cada vez mais violenta. Com o tempo, a onça Borges passou a ser temida nas fazendas, atacando com cada vez mais violência, até que teve que ser eliminada de vez. No entanto, a sua história não termina aí. Outros relatos contam que Borges teria se unido a uma espécie de sociedade das onças, uma irmandade de ferinos encantados que protegem uns aos outros os caçadores. No coração das florestas do rio negro no Amazonas vive o temido Motoku, uma entidade sobrenatural das tradições dos indígenas Manaus e Aralucos, conhecido como demônio dos pés virados. Essa criatura se assemelha ao curupira por caminhar com os pés para trás, mas carrega traços ainda mais perturbadores, com dentes grossos e afiados, chifres ponteagudos e um corpo em chamas, o que lembra a imagem clássica de um demônio cristão. E por onde passa, o Motoku deixa rastros de destruição. Ele queima a mata e transforma tudo em seu redor em rochas. A sua principal habilidade é a de encontrar atalhos em qualquer caminho, antecipando-se para capturar a caça como se o seu destino. Dotado de velocidade sobrehumana, o moto ocupa de correr com tamanha agilidade que seu corpo em chama se assemelha a um cometa, sendo capaz de alcançar até veículos em movimento. A história do bicho da água verde ocorrida nos anos de 1960 no Ceará é uma das histórias mais peculiares da criptozoologia brasileira. Tudo começou quando moradores de Pacoti afirmaram ter visto uma criatura gigantesca no açu de Água Verde. E, segundo os relatos, o monstro teria de 5 a 6 m de comprimento, andava ereto em duas patas e arrastava suas vítimas para o fundo do açud. O alvorosso foi tanto que o Denox montou uma força tarefa armada com apoio do exército, usando de fuzis e até lança-chamas, liderada por um famoso exterminador de piranhas, o Dr. Ademar Braga. E após uma noite de vigília e muitos disparos, a criatura finalmente foi abatida. Mas para frustração geral, o temido monstro não passava de um jacaretinga de apenas 1 m. Na década de 1940, um caso aterrorizante tomou conta de Fortaleza, o famoso episódio da casa mal assombrada de Itaoca. Moradores da rua Romeu Martins relataram fenômenos inexplicáveis que atribuíram diretamente a presença do próprio cão. Segundo os testemunhos, objetos se moviam sozinhos. Um santuário foi misteriosamente destruído. Talheres e louças dançavam como se fossem animados por forças invisíveis. E até um fogão chegou a virar de cabeça para baixo por vontade própria. E essa movimentação sobrenatural foi tão intensa que a história estampou as capas dos principais jornais da capital cearense em 1941 e virou assunto recorrente na única rádio da região na época. E o medo foi tanto que a família residente simplesmente desapareceu e ninguém nunca mais ouviu falar deles. A lenda da serpente do tanque é uma das histórias mais assombrosas de Lajes em Santa Catarina. Segundo o folclore local, uma jovem mãe desesperada jogou seu bebê no tanque da cidade para esconder sua gravidez fora do casamento. Mas ao invés de morrer, a criança teria se transformado em uma gigantesca serpente. Dizem que a cabeça do monstro está sob a catedral de lajes, enquanto a caé o rio Caraá. Nossa Senhora, padroeira da cidade, teria prendido a cabeça da criatura com os pés para impedir que ela destruísse tudo. E há quem jure que toda vez que a imagem da santa sai em procissão, tempestades violentas caem sobre a cidade, como se o monstro tentasse libertar. E com o passar dos anos, a história se espalhou entre as lavadeiras que usavam o tanque e o medo se instalou na cidade. Ninguém mais queria ir sozinha até lá, especialmente durante a noite, quando se dizia ouvir choros e gritos vindos da água. Durante o período da quaresma, uma criatura aterrorizante, conhecida como cão do inferno de quaresma, ronda espreita de quem ousou selar pactos com forças malignas. Descrito como um cão demoníaco com pelagem verde fluorescente e corpo vibrante, ele surge com a missão de arrastar para o submundo as almas que pertencem ao coisa ruim. A crença popular afirma que sua presença é um sinal de maldição, especialmente entre os que quebram promessas sagradas ou participam de rituais proibidos durante a quaresma. Esses cães infernais, também conhecidos como Hell Hounds, aparecem em várias culturas com variações, mas sempre envoltos em elementos sombrios, como olhos em chamas, cheiro insuportável de podridão e habilidades sobrenaturais, como abrir portais entre mundos ou manipular a loucura e o medo. O lobreu, também conhecido como Doende Lobo, é uma criatura folclórica que vagaria pelas matas do Piauí durante as noites de quinta-feira para sexta-feira. Ele tem a aparência de um filhote de lobo, mesmo quando adulto, com olhos completamente pretos e três caudas. E a sua pelagem pode variar entre várias cores comuns a cães e lobos. E apesar da aparência até que fofa, ele é descrito como um ser sanguinário que persegue qualquer criatura sem distinção de idade, gênero ou tamanho, atacando com uma fúria descontrolada. Algumas versões da lenda afirmam que ele apenas espanca suas vítimas, enquanto outras dizem que ele as trocida até não sobrar mais nada além de poeira. E o único modo conhecido de afastá-lo é através de uma oração com fé verdadeira. A pedra do castelo localizada no município de Castelo do Piauí é uma formação rochosa que se assemelha a um castelo medieval, mas que esconde um conjunto sombrio de lendas. Segundo os moradores, lá teria sido um castelo real que foi amaldiçoado, onde um rei perverso promovia orgias que terminavam em extermínios e massa. E revoltado com tanta crueldade, Deus teria enviado um anjo disfarçado para testemunhar a atrocidade. E ao nascer do sol, transformou tudo. Rei, convidados e o castelo em pedra. Mas há quem diga que nas noites de lua cheia, o castelo volta à vida por alguns instantes, com sons de violinos ecoando em seus salões. Antes de tudo, virar pedra novamente ao amanhecer. O Mingusto, também chamado de Mengusto, é um fantasma da Paraíba que ganhou fama por seu aspecto indefinido e pelas aparições perturbadoras na capital do estado. A criatura não tem forma fixa. Para uns, ele se manifesta como um leão de bronze com brilho dourado e para outros é um falcão de ferro que cruza os céus em silêncio. O Mingusto seria senhor dos elementos naturais da região, das águas, dos rios, lagoas e Barreiros. E essa entidade é temida não só por sua aparência monstruosa, mas pelo propósito que dizem ter, que é basicamente punir os adultos que dão maus exemplos às crianças. Em vez de assustar apenas os pequenos, como muitas figuras do folclore fazem, ele volta a sua fúria contra os responsáveis por corrompê-los. A apoia são criaturas mágicas do folclore tupi guarani que habitam o imaginário de diversos países da América do Sul, como o Brasil, o Paraguai e a Bolívia. conhecidas como fadas do apoio. Elas são espíritos da natureza associadas à chuva e ao equilíbrio climático. Elas são pequenas e geralmente com pele verde e asas de inseto. E são vistas como híbridos de fadas e doentes que aparecem para ajudar a Terra a se recuperar em tempos de seca. E elas também podem assumir algumas formas curiosas, como animais parecidos com raposas verdes e até mesmo pequenas plantas. E além disso, elas só se aproximam de pessoas puras, principalmente crianças. A Alamoa é uma lenda de Fernando de Noronha que descreve uma aparição feminina conhecida como a dama branca. Segundo os relatos, ela é uma mulher loira de pele clara e completamente nua, que surge durante a noite, especialmente as sextas-feiras. E ela surge nos arredores do Pico, o ponto mais alto da ilha. sedutora e hipnotizante, ela atrai os homens com a sua beleza sobrenatural e quando consegue levá-los ao topo do morro, se transforma em um esqueleto horrendo ou uma caveira completa, enlouquecendo de vez ou fazendo desaparecer para sempre quem a seguiu. Algumas versões contam que ela os empurra do penhasco, enquanto outras dizem que os aprisiona dentro da montanha. E acredita-se que a alamoa tenha raízes em antigas lendas europeias, como as da sereia e a mulher fatal, sendo resultado da mistura cultural entre povos nativos europeus e africanos. Doer, também conhecido como Doende Duer, é uma figura temida no folclore indígena da região do rio Negro. Apesar do seu tamanho diminuto, ele é descrito como extremamente perigoso e cruel. Segundo os relatos, Dué surgiu com a missão de espalhar a maldade pelo mundo, sendo responsável por desastres naturais e eventos sobrenaturais devastadores. Ele é acusado de secar as terras para provocar a fome, roubar os raios do sol para mergulhar o mundo na escuridão e no frio, além de provocar incêndios e mata cercras para causar causa e destruição. E entre seus poderes mais temidos estão a manipulação do fogo e a habilidade se tornar invisível, o que o torna ainda mais perigoso para suas vítimas. Os povos indígenas viam doer como uma força desequilibrada da natureza, o oposto das entidades protetoras. Ele representa o lado destrutivo do mundo espiritual e aquele que castiga e corrói tudo em sua volta. E agora nos encaminhando para o fim da camada cinco, vamos falar do bebê diabo do ABC paulista. O bebê diabo foi um fenômeno midiático criado pelo jornal Notícias Populares em maio de 1975, marcado por uma série de notícias falsas que capturaram a imaginação popular por mais de um mês. A história começou com a suposta notícia de que uma criança demoníaca havia nascido em São Bernardo do Campo e ele apresentava características sobrenaturais como chifres, um rabo, pelos pelo corpo e a capacidade de falar ou nascer. O jornal alegava que o bebê era agressivo, ameaçava as pessoas, rasgava objetos com chifres e até fugiu do hospital após declarar que não era daquele mundo. A sequência de reportagens aumentou significativamente a venda do jornal e se estendeu por mais de 37 dias, sempre trazendo novas e absurdas alegações, desde aparições do bebê empelhados até o envolvimento de padres feiticeiros e até o Zé do caixão. Mas quando a história perdeu força, o bebê diabo já havia virado um símbolo do sensacionalismo no jornalismo brasileiro, sendo lembrado como dos maiores casos de fake news da imprensa do país. E apesar de fictício, o caso teve muita repercussão social. Pessoas relataram medo real e houve pânico em bairros da região do ABC paulista. E o mito se tornou uma lenda urbana. E com a lenda do bebê diabo, nós finalizamos a camada cinco e passamos do meio do iceberg. Agora vamos para a última camada do vídeo de hoje. A camada seis, ou melhor, o fundo do oceano. [Música] Aqui nessa camada, as coisas começam a ficar bem obscuras. Creio que a grande maioria que esteja assistindo não tem a mínima ideia do que se trata. Então eu vou contar para vocês. Hatanabá é uma teoria da conspiração brasileira que afirma a existência de uma cidade perdida e altamente avançada escondida pela Amazônia, supostamente construída por extraterrestres há aproximadamente 450 milhões de anos. E a ideia foi popularizada pelo ufólogo Urandir Fernandes de Oliveira, o mesmo do Etebilu. A história viralizou em 2022 após ser divulgada por algumas páginas de fofoca, mas no fim nada foi concluído. O Abuu, também conhecido como Abu Vampiro Bicão, é uma criatura do folclore indígena da Amazônia. Trata-se de uma espécie de vampiro monstruoso com cabeça de mosquito, corpo magro coberto por pelos fétidos e pegajosos e habilidades macabras. Ele caça durante a noite drenos fluídos e órgãos de suas vítimas por um buraco no crânio e deixa a pele estendida em galhos como se fossem roupas num varal. E apesar do seu comportamento mortal, ele pode ser repelido com fumaça de pimentas queimadas, sendo a pimenta calabresa considerada especialmente eficaz. Algumas lendas dizem que os machos atacam mulheres e raptam seus filhos enquanto as fêmeas matam os homens. E como se já não fosse bizarro suficiente, eles possuem um segundo rosto na parte de trás de suas cabeças, usam hipnose, criam ilusões e possuem poderes telepáticos. Em certas condições raras, como eclipses lunares, é possível cortar os pelos de suas axilas com uma folha de espiga de milho, o que resulta em ingredientes tanto para curas quanto para venenos. E curiosamente quando eles são mortos, eles se transformam em bichos preguiças. O Spongebob Defication Brazilian Broadcast é um boato bizarro que surgiu em 2018 no fórum Forchan e dizia que durante as Olimpíadas de 2016, um canal brasileiro teria transmitido um episódio pirata de Bob Esponja, onde ao invés do som normal da clarineta do Lula Molusco, foi usada uma nota marrom tão poderosa que teria feito vários brasileiros defecarem instantaneamente. Ou seja, os car ouviu o som e do nada cagou nas calças. E o rumor foi além, dizendo que vários vídeos do incidente circularam pelas redes brasileiras, mas foram removidos pela CIA e pelo governo para proteger a população de cagar nas calusas. Essa história do suposto demônio de Florianópolis no Google Street View é um exemplo clássico de como uma falha técnica vira uma lenda urbana digital. Tudo começou quando um usuário do Twitter encontrou uma área escurecida na rua Prefeito Osmar Cunha, localizada no centro de Florianópolis, e compartilhou a descoberta como se fosse algo sobrenatural. E esse boato ganhou ainda mais força com a ajuda de outros internautas, que disseram ver um rosto sinistro na imagem escura e até afirmaram que se tratava de um portal para outra dimensão. E com o tempo, a história viralizou, chegando até ser publicada em sites estrangeiros e blogs de humor da época, como o famoso Amegão. No entanto, uma investigação mais detalhada revelou que o tal demônio nada mais era do que uma paredolia, que é basicamente aquela loucura que o cérebro humano tem de ver rosto em lugar aleatório, que foi causada por imagens corrompidas ou erros de renderização no sistema do Google. E essa suposta censura também não passa de um recurso automático do Google que embaça rosto, placas e outros elementos sensíveis por padrão. A história da sereia da praia da Lua em Manaus é mais um exemplo perfeito de como uma fake news pode se transformar em uma lenda urbana moderna. Tudo começou em 2006 quando uma imagem perturbadora de um corpo com traços de peixe e o rosto humano assustador começou a circular nas redes, sendo atribuída a um suposto achado na praia da Lua. A criatura tinha presas afiadas, barbatanas no lugar dos cabelos e um aspecto sinistro, o que rapidamente gerou teorias de que seria uma sereia real encontrada na Amazônia. E a comoção foi tão grande que até jornais chegaram a noticiar o caso como se fosse o verdadeiro. Mas toda a história foi uma criação do produtor audiovisual Anderson Mendes, que inspirado no impacto da rádiovela A Guerra dos Mundos, criou uma notícia falsa como experimento para um projeto de mestrado, onde foi usado uma imagem real de uma escultura feita por um artista da Flórida. Ele elaborou personagens fictícios como um vendedor ambulante e um biólogo. Tudo isso para dar mais veracidade à narrativa e depois ele espalhou a reportagem por e-mail. A notícia viralizou, chegou a ser publicada em jornais sensacionalistas e até virou debate acadêmico até finalmente ser desmascarada por um jornal de Manaus. A lenda do fantasma da estrada para Petrópolis no RJ é uma das mais clássicas aparições brasileiras envolvendo motoristas solitários em trechos perigosos. Segundo o relato popular, numa noite em volta por Névoa, um motorista vê à beira da estrada uma mulher loira vestida de branco pedindo ajuda e ela aponta para um carro acidentado logo adiante com uma mulher aparentemente morta caída do lado de fora. Mas quando o motorista tenta agir, tudo simplesmente desaparece. A mulher, o carro, o corpo, como se nada tivesse estado ali. E essa aparição costuma acontecer nas curvas mais perigosas da serra. E há quem diga que o espírito é de uma mulher que morreu tragicamente em um acidente naquela mesma estrada. A lenda do gritador assombra várias regiões do Piauí e é uma das mais sinistras do folclore local. Em todas as versões, o personagem principal é uma alma condenada que vaga pelas noites, gritando de dor e desespero. Mas em Parnaíba dizem que ele é um espírito de um homem que matou o próprio irmão e foi amaldiçoado pelo pai, sendo forçado a carregar nas costas uma criatura que o morde constantemente. E esse ciclo de dor e sofrimento se repete todas as noites, com gritos que ecoam por bairros específicos até ele desaparecer na escuridão. Em Luzilândia, a história se mistura com a figura bíblica de Caim, que carrega Abel como punição eterna, seguido por cães fantasmagóricos que mordem seus calcanhares toda vez que ele tenta parar. Já em lugares como Esperantina e São Raimundo Nonato, o gritador aparece como uma sombra monstruosa ou uma criatura cabeluda que berra com tanta força que faz a terra tremer e desmaia quem cruza seu caminho. Agora em Lagoa de São Francisco, a lenda ganhou mais um elemento. Quem ousa responder aos gritos do gritador acaberdando a sua maldição. E por isso os moradores já sabem, se ouvir um grito no meio da noite, jamais grite de volta. No município de Oeiras, no Piauí, duas pegadas marcadas na pedra alimentam uma lenda antiga. Uma seria o pé de Deus e a outra o pé do diabo. A primeira com formato de pé humano sulcada e suavemente côncava e venerada como sinal divino. Um registro deixado por Jesus ao caminhar por ali, segundo os devotos. E é comum encontrar velas ao redor da pegada e até partes da rocha raspada por fiéis em busca de proteção ou milagres. Já o pé do diabo, mais desforme e escondido sobre o monte de pedra seria a marca do próprio Satanás, que teria seguido Cristo em tempos antigos, mas foi vencido e desprezado. E a tradição manda que se jogue uma pedra sobre o pé do diabo em sinal de repúdio, formando com o tempo um monte tão grande de pedras que precisa ser removido ocasionalmente. Cara, a lenda de Akakor é mais uma que fala de uma cidade perdida e extremamente tecnológica no meio da Amazônia. Mas sinceramente eu não aguento mais esse tema, cara, de cidade perdida, tecnológica, alienígena no meio da floresta. Eu não tanco isso mais não, velho. Mas tá aqui. Existe a lenda, ela tá na Amazônia. É mais uma lenda de cidade perdida, tipo Eldorado da Vida ou Rata na Barra, eu já citei, mas é só isso, é só uma menção porque esse tema tava lá no iceberg, mas eu não vou me aprofundar nisso nem ferrando. A lenda de Antan fala sobre o indígena da misteriosa tribo Peló Peló Nai, que possui a incrível habilidade de se transformar em um lobo com pelagem semelhante a do lobo guará. E ao contrário das histórias comuns de lobis homens malignos e sem a capacidade de pensar, Antã mantém sua consciência e inteligência mesmo transformado, sendo descrito como um guerreiro astuto, com sentidos aguçados, especialmente o olfato que permanece poderoso tanto em forma humana quanto animal. Basicamente é um lobisomen, só que ao invés de ser híbrido com lobo normal, é com lobo guará. Curiosamente o lobo guará, biologicamente falando, tá mais perto de um cachorro do que de um lobo em si. Então, o lubisomem guará pode ser considerado um homem cachorro. A cidade perdida de ser é mais uma lenda de cidades perdidas no Brasil, mas dessa vez é no Mato Grosso do Sul. Só isso mesmo. É outra lenda genérica de cidade perdida que eu me recuso a falar sobre. A lenda da bola de fogo é uma das mais temidas do agreste de Pernambuco, especialmente na cidade de Cupira, onde os moradores dizem avistar essas misteriosas tochas flamejantes cruzando céus ou vagando pelas estradas. Muitos acreditam que essas bolas de fogo são almas penadas, espíritos que não encontraram a paz e agora vagam pelas noites como uma espécie de penitência. E entre as explicações mais conhecidas está a história de um compadre e uma comadre que, ao quebrarem um antigo tabu religioso, ao se envolverem romanticamente, foram condenados após a morte a pagar eternamente como chamas errantes. E essas aparições são frequentemente vistas quando os moradores estão reunidos conversando em frente à suas casas, geralmente ao interdecer e à noite. Ai meu Deus, mais uma lenda de lugar místico e cidade perdida do Brasil. Vamos lá. A ilha do Brasil, também chamada de Hai Brasil, é uma ilha mítica que apareceu por séculos em mapas medievais e renascentistas, especialmente ao oeste da Irlanda e no meio do Oceano Atlântico. Considerada uma terra fortunada, ela era cercada de mistérios e lendas celtas, sendo descrita como um lugar oculto por névoas e que só podia ser visto a cada 7 anos. E é só isso, mano. Se você achou que ia ter algo diferente das lendas genéricas de cidade perdida, você se ferrou. Em Ouro Preto, Minas Gerais, existe uma assombração conhecida como Emília, que aparece durante as noites de festa junina, dançando quadrilha sozinha pelas ruas do centro histórico. Em vida, ela era filha de um comerciante influente e vivia um romance proibido com Bolão, estudante de engenharia da escola de Minas. O casal se comunicava de forma secreta. Emília tocava o sino da igreja com batidas lentas para marcar os encontros. No entanto, o pai da jovem descobriu tudo e, ao saber que Bolão partiria para Portugal, viu ali a oportunidade de separá-los para sempre. Maliciosamente, o pai mentiu para a filha, dizendo que o navio em que Bolão viajava havia afundado. Emília morreu de tristeza, sem nunca deixar de tocar o sino, na esperança de vê-lo novamente. E quando Bolão retornou anos depois, soube da mentira e do destino trágico de sua amada. e não suportando a dor, praticou o autoestermínio. E desde então, a antiga casa onde Emília viveu permanece em ruínas, cercada de relatos de aparições e sons de sinos ecuando pela madrugada, fazendo com que ninguém nunca queira morar lá. A lenda da loira da W3 assombra as madrugadas de Brasília, especialmente entre os taxicistas que rodam pela famosa Avenida W3 Sul. Segundo os relatos mais conhecidos, um taxista foi abordado por uma bela mulher doira vestida com elegância e usando um perfume marcante. Ela pediu uma corrida até o cemitério e durante o trajeto manteve um comportamento sereno, quase hipnótico. No entanto, ao chegar ao destino, o taxista se deu conta de que o bango traseiro estava vazio. A mulher havia simplesmente sumido, deixando para trás apenas o perfume forte no ar. E esse episódio se espalhou rapidamente e virou parte do imaginário popular da cidade. A partir daí, muitos motoristas passaram a evitar pegar passageiras loiras naquela região durante a madrugada, temendo repetir o encontro sobrenatural. O vapor encantado é uma lenda que ronda o rio São Francisco, especialmente entre a cidades de Janoária e Bom Jesus da Lapa. Segundo os barranqueiros, tudo começou quando dois canoeiros viram ao longe uma embarcação iluminada, cruzando as águas calmas do rio. E, curiosos, eles tentaram se aproximar para ver mais de perto, mas o barco a vapor simplesmente desapareceu diante de seus olhos, como se tivesse dissolvido no ar. E até hoje moradores relatam avistamento dessa embarcação fantasma. Alguns afirmam ouvir música e ver luzes como se uma festa estivesse acontecendo a bordo, enquanto outros garantem que o barco está sempre vazio, o navio solitário vagando eternamente pelas águas do rio. A lenda da Megaaconda ganhou notoriedade em 1948, quando um grupo de nativos brasileiros afirmou ter capturado uma cobra gigantesca com cerca de 40 m e encontrada nas profundezas da floresta amazônica. A criatura, apelidada de matatouro ou matadora de touros, teria sido encontrada com um boi parcialmente engolido em seu estômago, algo que chocou até os mais acostumados com os perigos da selva. E embora a ciência nunca tenha registrado oficialmente uma serpente desse tamanho, a vastidão ainda inexplorada da Amazônia e a existência realistério. A história da menina do corredor marcou uma geração inteira que explorava os cantos mais sombrios da internet nos anos 2000. A imagem assustadora de uma garotinha segurando uma boneca em um corredor escuro se espalhou por e-mail em forma de corrente, acompanhada do seguinte texto: “Não olhe fixamente para ela” ou algo horrível pode acontecer. E com o tempo, lendas surgiram dizendo que a foto foi tirada por um fotógrafo na Indonésia durante a cobertura de túmulos em um hospital onde teria ocorrido um massacre. E devido à fama, a menina até ganhou um nome, Katherine Mellen, uma menina de 11 anos ligada a eventos sobrenaturais e mortes bizarras, como extermínio da própria mãe. Mas em 2021, a origem da imagem finalmente foi desvendada e basicamente não tinha nada de sobrenatural, era a imagem de uma revista japonesa que foi adulterada pela internet afora. O manuscrito 512 é um documento encontrado que faz referência àquela cidade perdida Z que eu falei antes. E foi a partir dele que surgiram as teorias da existência dessa cidade e tals. É mais um complemento daquela lenda lá. Só que eu acabei esquecendo de colocar um depois do outro, então tô colocando aqui. Foi mous. O bradador tem a mesma história do corpo seco, só que ao invés de só assustar os outros, ele fica pelas matas gritando. Nada mais para acrescentar. É basicamente uma releitura da lenda original. A lenda do espírito de Lampião está relacionada à crença popular na figura do cangaceiro Bergulino Ferreira da Silva, conhecido como Lampião. A lenda envolve a ideia de que seu espírito permanece vagando pelo sertão, algumas vezes como Justiceiro e outras como assombração. O piterossauro de Manaus se refere a relatos e lendas sobre um animal voador com envergadura de até 6 m que algumas pessoas afirmam ter visto na região de Manaus. E embora esses relatos sejam populares, não há evidências científicas ou forces que comprovem a existência de um piterossauro vivo ou extinto naquela região. A apresentadora Silvia Bravel, filho de Silvio Santos, revelou em uma entrevista que o estúdio 6 do SBT é conhecido por ser mal assombrado e, segundo ela, há relato de aparições e fenômenos estranhos, como o caso de um pintor que teria visto o espírito de Jorge Lafonde, famoso por interpretar Vera Verão. Durante uma madrugada de trabalho, o pintor ouviu um grito característico e deu de cara com a figura de Lafonte, que já havia falecido anos antes. E assustado, o homem caiu da escada e fugiu do local abandonando o serviço. E essa não é a única história envolvendo atividades paranormais na emissora. Silvia também relatou que muitos funcionários ouvem barulhos, vem vultos e sentem presenças estranhas, especialmente nos arquivos e nos antigos estúdios. A lenda da viúva Machado surgiu em Natal, capitão do Rio Grande do Norte, e marcou o imaginário popular como uma figura misteriosa e temida. Amélia Duarte Machado, uma mulher rica, culta, viúva e sem filhos, passou a ser alvo de boatos e lendas após a morte do marido. O comerciante português, Manuel Duarte Machado. Vista como excêntrica por viver sozinha e administrar os negócios do falecido em pleno início do século XX, Amélia acabou associada ao folclore popular como uma espécie de papa figo acusada de atrair e devorar crianças. A lenda urbana da cobra do extra surgiu em 2002 e rapidamente se espalhou por diversos estados do Brasil. Segundo o boato, uma família estava fazendo compras em um supermercado da rede Extra quando percebeu que a criança que dormia no carrinho estava morta, vítima de uma picada de cobra e o caso ganhou força, especialmente no Ceará, onde uma das lojas da rede ficava próxima ao mangue, local que naturalmente abriga répteis. A história assustou funcionários e consumidores, alimentando a ideia de que cobras poderiam estar à espreita entre as prateleiras. E a repercussão foi tão grande que o Estra precisou emitir uma nota oficial em âmbito nacional, negando qualquer veracidade do ocorrido. E segundo a empresa, foram realizadas vistorias completas na lojas e nenhuma evidência foi encontrada. Além disso, consultas a hospitais, delegacias e o IML não indicaram qualquer caso semelhante. A lenda da desgraça é uma crença popular que associa a palavra desgraça com manifestação de entidades negativas ou com a atração de infortúnios. E não há uma única versão consensual dessa lenda, mas existem várias narrativas que a descrevem como uma força sobrenatural que pode ser invocada ou atraída pelo uso frequente da palavra. No fim do século XIX, uma figura sinistra chamada Anne ONIL, acusada na Escócia de praticar rituais com sacrifício de crianças, fugiu para o Brasil e um navio clandestino. E ao chegar no porto de Paranaguá, subiu à serra até Curitiba, onde se estabeleceu na rua Benjamim Lins. E lá ela montou uma tenda para atuar como curandeira evidente. Anne tinha um apetite voraz por doces e um corpo avantajado, o que lhe rendeu o apelido de Ana Formiga. E como ela sofria com hipoglicemia, muitas vezes aceitava balas, bolos e tortas como pagamento por seus serviços místicos. Mas sua fama tomou um rumo sombrio em 1889, quando foi flagrada roubando golose de uma confeitaria e presa por um cabo do exército. E na hora da prisão, ela lançou uma ameaça arrepiante. Quando eu sair desse lugar, farei um feitiço forte e você perderá sua amada. Pagando a fiança com a ajuda de seus fiéis clientes, Ana foi libertada. E no dia seguinte, a esposa do cabo teve um sonho terrível com formigas invadindo sua casa. Ao despertar, encontrou na janela uma rã seca amarrada com uma rosa branca e uma cruz na boca. E junto do animal havia um bilhete escrito em tinta roxa: “Cabo, sua esposa morrerá daqui s dias”. E exatamente uma semana depois, a mulher faleceu misteriosamente. O caso se espalhou pela imprensa local e com o tempo, virou uma lenda urbana da cidade. Reza a história que o local onde ficava a casa da bruxa hoje funciona um hotel de luxo, onde fenômenos paranormais são relatados, desde vultos assustadores até telefonemas de quartos que deveriam estar vazios. Uma das lendas mais curiosas do folclore é o da mãozinha preta, uma criatura bizarra que, como o nome já diz, é apenas uma mão peluda e escura capaz de aparecer do nada para interagir com as pessoas. E o mais estranho é que ela não segue uma lógica clara. Em alguns casos, ajuda nas tarefas domésticas, movendo objetos e até limpando o ambiente. Em outros, mostram um lado sombrio e agressivo, causando medo e caos. O comportamento da mãozinha preta varia tanto que ninguém sabe se ela é um espírito brincalhão ou uma entidade vingativa. Além disso, a criatura não parece seguir padrões de aparição, surgindo em qualquer lugar e para qualquer pessoa sem motivo aparente. Mas há um consenso na lenda. Quando ela é ofendida ou provocada, a sua fúria é assustadora. Relatos falam de vítimas sendo puxadas pelos pés, beliscadas com força ou até mesmo enforcadas por dedos invisíveis. A lenda do Mimiran, originada do Monte Roraima, é contada pelos indígenas Makuxi e descreve uma criatura pálida, magra e completamente desengonçada, que persegue quem trabalha em locais fechados. O seu nome significa algo como louco babão, uma referência à figura perturbadora de um ancestral que, segundo os macchis, foi expulso de sua aldeia por seu comportamento insano. E desde então o seu espírito vagueia pelos espaços fechados. que ele acredita serem seus por direito, já que ele passou a vida enclausurado. E é nessas salas escritórios e porões que ele surge sem aviso, sussurrando palavras incompreensíveis e deixando uma sensação duradora de pavor. O relato mais conhecido sobre o Mimiran conta a experiência de um homem que, ao trabalhar sozinho uma sala, viu a criatura surgir do nada, vasculhar seus documentos e sair sem explicação. E desde então, o homem vive sob constante tensão, esperando a qualquer momento um novo encontro com aquele ser demoníaco. O Mimiran não parece ferir diretamente suas vítimas, mas seu impacto psicológico é tão forte que elas nunca mais voltam a viver em paz. Tudo teria começado com o desaparecimento de um jovem de 16 anos em 2005 na Barra do Ceará após um jogo de futebol. Ele foi raptado por um homem e um carro preto, identificado inicialmente como ecossport. Mas com o tempo, no boca a boca da população, o modelo virou uma Hilux, um veículo bem mais imponente e assustador. E o foco da história passou a ser o sequestro de crianças e a extração do fígado. E a lenda ganhou força e se espalhou como fogo. E logo a tal Hilux preta foi vista em vários bairros de Fortaleza e da região metropolitana. Tiroteios, ocultações de cadáver e até perseguições começaram a ser associadas ao veículo. Tudo isso sem provas concretas. E curiosamente a mesma história já havia circulado nos anos de 1980 com o Opala Preto como protagonista, também ligado ao sequestro e tráfico de órgãos. O monstro da Barra do Jacu é uma lenda urbana capixaba que surgiu entre os anos de 1980 e 1990, assustando moradores da região de Vila Velha no Espírito Santo. Segundo os relatos, pescadores e moradores locais viam uma estranha criatura no manguezal e no rio que corta a barra do Jucu. E a descrição variava. Alguns diziam que era uma criatura peluda, com olhos brilhantes, enquanto outros falavam de um bicho enorme de feições monstruosas que emitia sons bizarros durante a noite. Tejo Jaguar é uma criatura do panteão tupiarani, considerado o primeiro dos sete monstros filhos de Tau e Querana. Ele é descrito como um gigantesco lagarto com sete cabeças de cão ou em algumas versões com uma cabeça de lobo e uma pedra brilhante cravada no topo do seu crânio. Associado à terra e ao fogo, o monstro habita cavernas e grutas próximas a lagos de Água Doce, locais onde guarda com zelo suas frutas, mel e pedras preciosas. E apesar da aparência monstruosa, o Teju Jaguá é visto como uma entidade neutra ou até benigma, desde que não seja provocado. Mas seu comportamento muda drasticamente diante de ladrões ou invasores. Ele é conhecido por capturar quem tenta roubar seus tesouros e os arrastar até sua caverna, onde os prende e armazena para se alimentar mais tarde. Além da força e aparência intimidadora, Tejujaguá tem o poder de lançar chamas pelos olhos, o que deixa tudo mais caliente. O Castelinho do Flamengo, hoje conhecido como centro cultural Advaldo Viana Filho, é uma construção histórica localizada no Rio de Janeiro e famosa por sua arquitetura excêntrica e também pelas lendas que o cercam. Inaugurado em 1918 para ser a residência de Joaquim da Silva Cardoso, a mansão passou por vários donos até cair no abandono e se tornar palco de histórias assustadoras. A mais conhecida envolve Maria de Lourdes, filha de Avelino Fernandes, que teria sido torturada e presa na torre após a morte dos pais. Acredita-se que após morrer, ela passou a assombrar o local em busca de vingança. Moradores de rua que ocuparam o prédio durante o período abandonado relataram sons estranhos, toques invisíveis e vultos durante a noite. Atualmente, o prédio funciona como um espaço cultural com auditório, videoteca, salas para cursos e exposições. Mas o passado sombrio não foi completamente apagado. Torre onde Maria teria sido mantida ainda é considerado o local mais assombroso do castelinho. No. [Música] A história de Januário Garcia Leal, mais conhecido como Sete Orelhas, é uma das mais violentas e emblemáticas do interior colonial do Brasil. Nascido em 1761 em Jacuí, Minas Gerais, ele viveu uma vida pacata até a morte brutal do seu irmão, que foi esfolado vivo por sete homens. E revoltado com a impunidade o silêncio da justiça colonial, Januário decidiu fazer justiça com as próprias mãos. Ao lado do irmão caçula e de um primo, formou um grupo de vingadores e caçou implacavelmente os assassinos. Seguindo a famosa lei de italião, ele eliminou cada um dos culpados e cortou uma orelha de cada, reunindo-as em um cordão que passou a exibir como troféu. E daí surgiu seu apelido de sete orelhas. O chupaci de Goianinha é uma figura folclórica moderna criada como sátira nas redes sociais brasileiras, especialmente no falecido Twitter em 2017. A criatura foi idealizada por Renan Ribeiro, criador do perfil fictício TV Maressol, e se popularizou rapidamente pelo seu nome duvidoso. Descrito como uma mistura de alienígena com ator de filmes adultos, o Chupass supostamente atacava moradores de Goianinha, no Rio Grande do Norte, de uma forma no mínimo inusitada, onde ele sugava as portas dos fundos das suas vítimas. E esse bicho é sinistro demais. Você tá louco? Imagina você tá andando de boa em Goianinha e dar de cara com esse bicho. Aí dá mais da forma que ele ataca. Então se você mora em Goianinha e tá vendo esse vídeo, eu sugiro você usar uma cueca de ferro. E nessa pegada de seres com nomes extremamente duvidosos, que só pronunciar o nome deles pode derrubar o canal, nós temos a próxima lenda. Se você entendeu o título, beleza. Agora, se você não entendeu, claramente você é uma criança e nem devia est assistindo esse vídeo. Mas enfim, a fazedora de amor com a boca fantasma é uma figura misteriosa que ronda cidades brasileiras e procura homens embriagados e desacompanhados. E o mais estranho dessa lenda é que ela não é uma lenda, é literalmente uma pessoa que sai por aí fazendo aquilo. E o mais intrigante é que essa lenda ronda várias cidades. Ela não fica limitada em capital ou cidade pequena. É algo full aleatório que acontece com certa frequência. E é isso, sem mais detalhes, até porque aqui é o canal do Mr. Sandmanova Draçaria do X. No interior do Piauí existe uma lenda sobre uma entidade conhecida como Beebu do Piauí, considerado mais temido do que qualquer outra criatura do folclore. Segundo a tradição popular registrada por José Nonon de Moura Fontes, esse ser assume a forma de um touro preto monstruoso com olhos, língua, boca e narinas em chamas. E o seu aparecimento está ligado a um ritual macabro. O interessado deve ir até uma encruzilhada meia-noite de uma sexta-feira da paixão e recitar um verso pedindo que o bicho salte em suas costas. Aqueles que ousaram invocar a criatura relatam experiências perturbadoras. Reza a lenda que apenas a oração de ofício de Nossa Senhora é capaz de fazê-lo recuar, especialmente no trecho Deus vos Salve Relógio. Quando isso acontece, a Terra se abre com o estrondo e o monstro é tragado de volta ao inferno, deixando um cheiro insuportável de enxofre no ar. Porém, nem todos que tentaram escaparam ilesos. Muitos deles acabaram enlouquecendo. Na região do Arapote, no Paraná, circula uma lenda conhecida como monstro da fazenda Três Marcos. Segundo a lenda, um trabalhador rural foi enviado por seu patrão para contar pilhas de madeiras deixadas na floresta. E montado em seu cavalo, ele percebeu algo estranho ao passar pela porteira. O cavalo simplesmente resistia em seguir adiante e conforme avançavam pela trilha entre os pinheiros, um arrepio tomou conta do homem e gemidos começaram a ecoar ao seu redor. Foi então que uma sombra grotesca surgiu do nada flutuando no ar, assustando o cavalo ao ponto de jogá-lo no chão. E imobilizado pelo medo, ele viu a sombra se transformar numa fera de fogo que atingiu as pilhas de madeira, provocando um incêndio instantâneo. O homem então fugiu em disparada e só parou quando cruzaram uma segunda porteira. E no dia seguinte, ao retornar com outros funcionários, não havia qualquer sinal do incêndio da criatura. E desde então o local passou a ser evitado por todos, como se algo invisível ainda estivesse espreita na mata silenciosa. A danceteria Amnesia em Curitiba ficou famosa apenas pelas festas dos anos 90, mas por esconder uma lenda urbana sombria ligada ao prédio e ao passado. Antes de virar uma casa noturna, o local teria pertencido a um cientista misterioso chamado Vicente, que realizava experiências bizarras no século XIX, quando a cidade ainda era chamada de vila de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais. Dizem que pessoas que entravam em sua casa saíam completamente sem memória, como se algo dentro do lugar drenasse suas lembranças. E isso teria inspirado o nome da danceteria anos depois. E durante essa fase como balada, surgiram alguns relatos ainda mais estranhos. Várias jovens relataram terem dançado com homem loiro e sedutor, mas acordavam nuas em um cemitério, deitadas sobre o túmulo com o rosto do próprio parceiro gravado na lápide. E o mais sinistro, nenhuma delas lembrava o que aconteceu após a dança, um verdadeiro apagão mental, como se um espírito do passado ainda estivesse por lá, se alimentando da memória e da sanidade de suas vítimas. Mian é uma entidade presente na tradição oral indígena da região amazônica, mencionada por autores como Antônio Brandão e Mário de Andrade. Com uma aparência grotesca, essa criatura assustadora tinha os olhos no lugar dos seios, ouvia pelo umbigo e respirava pelos dedos. Sua boca, dividida em duas partes, escondia-se nas dobras internas dos pés e, segundo os relatos, ele aparece à noite como uma forma ameaçadora, vinda para devorar heróis adormecidos. Como ocorreu numa passagem do livro Makuna. E a origem da lenda está ligada a uma tragédia mística entre os auanas, onde espíritos enganaram moças da tribo com falsas aparências, levando-as à morte em rituais de dança hipnótica. O Varapau é uma entidade descrita como um guardião das florestas que se camufla entre as árvores e protege a natureza dos abusos humanos. Alto, magro e quase invisível em meio à mata, ele age como um vigilante contra madeireiros e gananciosos, especialmente os que ameaçam árvores centenárias. E a sua risada sinistra é o último aviso antes de partir pra violência. Caso nenhuma das advertências funcione, essa criatura não ataca quem apenas retira madeira para necessidades básicas, como cozinhar ou construir moradia, pois ele entende o equilíbrio natural. Os Rossilanares são criaturas demoníacas do folclore do Serenete, um povo indígena que mora no Tocantins. Essas entidades assumem formas grotescas, como pássaros gigantes com asas de morcego flácidas e bicos afiados como tesouras, mas também podem aparecer como antas ou até mesmo seres humanos deformados com dentes salientes e caudda de macaco. E seu assubio sinistro marca sua presença. E além de ameaçarem os vivos, esses seres também emboscam almas no pós-vida, devorando os espíritos dos mortos, a não ser que enfrente um chamã poderoso suficiente para detê-los no próprio mundo dos mortos. Uma lenda local conta que um casal encontrou dois desses monstros numa caverna. O homem lutou para dar tempo à esposa grávida de escapar, mas acabou desconectado. A tribo atacou a caverna em retalhação, matando duas criaturas, sem saber que haviam mais dois escondidos. O filho do casal, nascido pouco tempo depois, cresceu rapidamente, se tornou um herói, vingando o pai ao destruir os demônios restantes. E desde então, essas criaturas nunca mais foram vistas naquela região. O mastopogon, também conhecido como Egomastus ou Heroperu, é uma criatura aquática lendária descrita por exploradores europeus nos séculos X e X que teriam a visto na costa da América do Sul. E segundo relatos, essa criatura tem aparência de um peixe grande e agressivo, com uma estreia barba que lembra uma teta de uma cabra pendurada sobre o queixo, além de uma longa barbatana dorsal, espinhosa e pele áspera. Alguns autores, como Tevete Holm descrevem-no como um monstro carnívoro que devora tudo que encontra no mar, com exceção de um pequeno peixe semelhante à carpa, que vive sob sua proteção numa relação que lembra do tubarão com peixe piloto. A noiva da estação ferroviária, também conhecida como a loira das ferroviárias. Uai, tá louco? Mais uma loira. Por que será que todos os fantasmas femininos do Brasil tem que ser loira? Alguém explica isso? Pelo amor de Deus, eu simplesmente não entendo. Nem tem tanta loira no Brasil, porque todos os fantasmas são loiros. Enfim, voltando. Ela é uma figura fantasmagórica que assombra antida as estações de trem pelo Brasil. E segundo a lenda, ela aparece vagando entre trilhos e vagões abandonados vestido de noiva, sempre em busca de um marido, seja aquele que abandonou no altar ou uma nova vítima. Relatos indicam que ela costuma atacar homens solitários que passam pelo local, especialmente durante a noite. E a origem exata da lenda varia conforme a região, mas o seu tom melancólico e ameaçador sempre é constante. E um dos locais mais famosos onde essa lenda ganha força é o distrito de Marcílio Dias, localizado em Canoinhas, em Santa Catarina, porque lá tem uma série de casarões antigos e uma estação ferroviária em ruínas. Um cenário macabro que contribui para alimentar os contos passados de geração em geração. Os Lamai, também chamados de homens morcego, são criaturas híbridas descritas em lendas do sertão de São Vicente e do Araguaia. Essas figuras aterrorizantes vivem uma montanha conhecida como Rocha do Morcego, onde há uma caverna que, segundo relatos indígenas, abrigava seres chamados de Cuped eepe, que eram basicamente humanos, mas com as morcego. E eles são conhecidos por sugar a energia vital e o sangue das vítimas. Diversos caçadores foram mortos por essas entidades, até que os guerreiros apinangés tentaram exterminá-los, queimando sua caverna. E embora tenham fugido pelo alto da rocha, os cuped deixaram um menino para trás, que apesar de criado por humanos, logo morreu, deixando uma estranha canção como último legado. E essa lenda tomou novas proporções com o passar do tempo, especialmente por causa de uma criatura empalhada e exposta no Museu da História Natural Wilson Stenovic, que se assemelha muito aumanoide morcego. Nas noites de luar, nas praias próximas à guarita, os pescadores contam sobre um pequeno ser que surge silenciosamente, vestido com roupas extravagantes e coloridas. Ele corre pela praia até desaparecer misteriosamente dentro das rochas. Dizem que ele é um dos anõezinhos guardiões de um antigo tesouro escondido. Baús repletos de ouro e diamantes enterrados por piratas do século X7 que saqueavam galeões espanhóis carregados de riqueza as vindas do Peru. Mas esses pequenos seres não vivem apenas para proteger tesouros. Eles permanecem nesse lugar para preservar a beleza natural do litoral, uma vez que eles são apaixonados pelas plantas, animais e o equilíbrio do ecossistema local. E se um dia você tiver a sorte de encontrar um deles, não tente se aproximar e nem falar, apenas observe, pois dizem que presenciar o trabalho de um gnomo é uma bênção silenciosa da natureza. O diabo da boate Lua Azul é uma das lendas urbanas mais marcantes de Rio Branco, no Acre. Nascida durante um carnaval do início dos anos 2000. Na época, a boate Lua Azul era um ponto de encontro popular entre os jovens, inclusive entre os chamados crentes desviados, atraídos pela bebida conhecida como bebida do capeta. Na última noite de carnaval, por volta da meia-noite, testemunhas juraram que o próprio diabo apareceu no local com rabo, chifres, olhos vermelhos e língua de cobra. Inicialmente pensaram se tratar de apenas uma fantasia, até que ele dançou com uma jovem e diante de todos desapareceu no ar, deixando apenas fumaça e cheiro de enxofre. A jovem desmaiou e mais tarde revelaram que ela era uma afastada da igreja. O acontecimento gerou muito pânico e até fotos circularam mostrando a figura demoníaca abraçada com frequentadores e a moça caída no chão. E a repercussão foi tanta que muitos jovens voltaram para suas igrejas e a boate começou a perder público até fechar de vez. Mas há quem diga que tudo foi uma armação de concorrentes para sabotar o local, mas outros defendem que foi mesmo uma visita sobrenatural. E até hoje o caso é lembrado como o dia em que o diabo foi dançar na lua azul. No coração da floresta amazônica, o povo Yanomami conta as história sobre os Aum Pará, também chamados de Perril Atinome. Essas criaturas são descritas como peixes gigantes e peludos com braços que vivem nas águas profundas dos rios e possuem comportamento antropofágico, ou seja, eles comem seres humanos. E segundo a tradição, eles não são apenas predadores físicos, mas também detentores de poderes mágicos. Os relatos dizem que os aumpaná se une para atacar humanos e certa vez teriam mordido e destruído uma ponte usada pelos ianomames, fazendo com que os sobreviventes da queda fossem transformados em porcos. E falando em peixe, no litoral brasileiro, muitos pescadores contam a história do peixe de olhos de fogo, uma criatura que habita uma caverna próxima ao mar. Quando as redes voltam vazias e o mar se recusa a oferecer seus frutos, os moradores logo culpam o monstro e dizem que é preciso apagar o fogo dos seus olhos para que os peixes voltem a aparecer. Além da conta que, enfurecido pela presença humana e pela pesca desenfreiada, o peixe sai da gruta, causa naufrágios, devora pescadores e impede qualquer um de entrar no mar. E como eu disse, a situação só melhora quando alguém com coragem resolve enfrentar o ser e apagar as chamas que saem dos olhos. E a cada 100 anos, a maldição retorna. O primeiro herói, um jovem chamado Pedro, descobriu que o monstro tem aversão à água nos olhos e com uma onda conseguiu cegá-lo por quase um século. E desde então o ciclo se repete. O peixe volta para assombrar os pescadores e é necessário que outro herói valente entre na caverna e o enfrente novamente. Mesmo assim, o monstro nunca mais deixou se ver, preferindo agir nas sombras, trazendo medo e incerteza para quem depende do mar para viver. O chulaxáque é uma das figuras mais intrigantes do folclore amazônico, especialmente entre os povos do Peru e do Brasil. A criatura é descrita como um ser pequeno, feio e com os pés deformados, sendo um maior do que o outro e até mesmo virado para trás. E essa característica o torna bem reconhecível, mesmo quando tenta disfarçar. Isso porque ele tem a habilidade de se transformar em parentes, amigos distantes ou até em animais da floresta. Tudo para atrair suas vítimas cada vez mais para dentro da mata, onde se perdem e nunca mais voltam. Dizem que até caçadores experientes são enganados por ele. Além disso, o Shulaque também é visto como espírito guardião da floresta e ele pune aqueles que desrespeitam a natureza ou caçam de forma imprudente, podendo amaldiçoar uma pessoa com azar extremo, destruição familiar ou a perda total da sorte na caça. E em algumas versões, ele até desafia os homens para uma briga. E só quem vence essa trocação franca descobre tesouros enterrados na selva. E há relatos de que ele pode roubar crianças humanas para criá-las como se fossem suas, transformando-as em seres como ele. O burro dos olhos vermelhos é uma lenda típica do Piauí que conta a história de um rapaz que foi castigado por blasfêmia e desrespeito à religião, à natureza e à pessoas. Ele foi transformado em uma criatura meio homem, meio burro, com olhos vermelhos que lançam chamas invernais. Durante quase o ano todo, ele vaga pelas matas e só nas noites entre quinta e sexta-feira santa consegue voltar temporariamente à forma humana. Porém, toda vez que ele tenta entrar na sua antiga casa, ele se transforma novamente no burro e é expulso pelos moradores. E quem olha nos olhos dessa entidade pode enlouquecer ou até mesmo morrer perdido na mata, já que o burro também suga suas energias, deixando-as fracas e desmaiadas. E a lenda diz que o burro aparece mais intensamente na Semana Santa e no dia de finados, quando a barreira entre o mundo dos vivos e o mundo dos mortos fica mais fraca. Para espantar o burro dos olhos vermelhos, é preciso fazer um ritual com uma cruz de madeira, uma vela acesa no centro e quatro dentes de alhos posicionados nos pontos cardeais. E tudo isso o afasta rapidamente. A dona morango, também conhecida como bruxa do morango, é uma personagem dos contos de Rosana Caramelo. Ela é uma bruxa ligada especificamente aos morangos, por isso o apelido e seu bolo preferido é justamente o de morango. Dona morango tem o poder de deixar a pele bem branca e suas roupas sempre em tom de vermelho com desenhos de morango, reforçando ainda mais sua ligação com a fruta. Na mitologia dos contos, ela faz parte de um grupo de bruxas que representam frutas, cada um com sua personalidade e poderes ligados a elas. O kibungo é uma criatura que mistura homem e bicho, conhecida principalmente no folclore da Bahia, com origem nas tradições africanas dos povos bantus. Ele tem uma cabeça enorme e um buraco nas costas que se abre e fecha com família baixa e levanta a cabeça. E é famoso por capturar pessoas, especialmente mulheres e crianças, jogando-as dentro desse buraco. Apesar de assustador, o Kibung é considerado covarde, vulnerável e pode ser morto facilmente com qualquer arma. Na Bahia, o kibungo virou uma espécie de bicho papão local usado para assustar crianças desobedientes e forçá-las a dormir cedo. O M Boitu é um monstro lendário da mitologia guarani conhecido como a serpente papagaio. Ele tem o corpo de uma cobra gigante, mas com cabeça e bico de papagaio, além de uma língua bifurcada vermelha. Sua cabeça é coberta de penas e ele possui asas nas cores branca, vermelha e preta. Na caudda carrega um artefato metálico com cristais que permitem voar e reduzem o poder do seu veneno. E essa criatura é a protetora dos pântanos e dos anfíbios, vivendo em ambientes úmidos e floridos. E o seu grito é tão poderoso e aterrorizante que pode causar danos físicos graves em quem escuta de perto. Além disso, seu olhar traz visões horríveis e premonições angustiantes, assustando qualquer um que o encontre. E ele é um dos sete monstros filhos do casal divino Tau e Guerana. O Bolaro é um espírito místico dos povos indígenas turanos. Conhecido por seus pés virados para trás, ele vagueia pelos igarapés, protegendo os instrumentos sagrados de Juru Pari. Contra a curiosidade de mulheres e crianças, essa criatura é temida porque chupa o cérebro de suas vítimas, o que por si só é um detalhe bem macabro. Apesar de existir em versões masculinas, o Bolaro costuma ser apresentado como uma figura feminina, uma mulher de cabelos longos e vermelhos, pele clara e uma aura misteriosa. Ele também carrega objetos que rouba da casa dos índios ou que pega após eliminar suas vítimas, reforçando ainda mais seu lado sombrio. E muitos a vêm como uma espécie de versão feminina do famoso curupira. A velha branca e o bode vermelho é uma lenda urbana do Recife ambientada no final do século XIX. E a história gira em torno de uma idosa extremamente religiosa que vivia num casarão cercado de frutos raros e cuidava com obsessão de uma estátua do menino Jesus de Praga, onde escondia suas joias. Egoísta e avarenta, ela ignorava suas sobrinhas e guardava todo o afeto apenas para a imagem do santo. Certo dia, enquanto jantava, ela foi surpreendida por um forte cheiro de enxofre e diante dela surgiu um bode de pelo vermelho, uma aparição demoníaca que só ela conseguia ver. E desde esse dia, a idosa defininhou fisicamente e espiritualmente até morrer. E ela definihou tanto, mas tanto, que coube de um caixão de criança. A lenda diz que o bode vermelho era o próprio demônio vindo buscar a alma da velha como punição por seu egoísmo e obsessão. E após essa visita, a mulher perdeu toda a vontade de viver como se tivesse sido condenada a um vazio eterno. A lenda urbana envolvendo a reitoria da UFPR mistura tragédias reais e relatos sobrenaturais que circulam há décadas entre os estudantes e funcionários. Tudo teria começado nos anos 80, quando um aluno inconformado com o fim de um relacionamento proibido com a professora se jogou no 11º andar do prédio. E desde então, vários relatos indicam que o espírito desse rapaz permanece ali, como se revivesse eternamente o desespero que o levou à morte. E em 2005, um novo caso reaccendeu os rumores. Um estudante de história, aparentemente saudável e sem sinais de depressão, também se jogou do mesmo andar e havia contado amigos que conversava com um garoto que havia morrido ali anos atrás. Em 2012, mais um episódio perturbador se juntou à lenda, quando uma jovem caiu do prédio após alegar, ouvir vozes. E não é só nas janelas que a assombração se manifesta. Na biblioteca da reitoria há relato sobre o espírito de uma estudante ruiva que ajuda alunos a encontrar livros e ela teria morrido nos anos 70 após cair no fço do elevador. Entre sussurros nos corredores, quedas inexplicáveis e aparições silenciosas, a reitoria da UFPR se tornou um dos locais mais temidos e fascinantes da cena sobrenatural curitibana. Na década de 1980, moradores do Jardim Tóquio em Londrina começaram a relatar algo perturbador. Em noite de lua cheia, cães e outros animais domésticos eram encontrados mortos com marcas misteriosas e sinais de violência. E rapidamente surgiram boatos de que um lobisome rondava a região, especialmente nas divisas com jardim redi. Alguns juraram ter visto a criatura, uma figura alta, peluda e de olhos brilhantes que ficava espreitando pelas sombras. Essa história se espalhou como fogo e logo virou uma lenda urbana. As crianças passaram a ser alertadas para não saírem de casa à noite e o bairro viveu um curto período de medo coletivo. Mas curiosamente depois da fama, o suposto lobisomem nunca mais foi visto e as mortes cessaram. E até hoje moradores mais antigos ainda contam o caso com certo arrepio, jurando que por pelo menos uma temporada a zona oeste de Londrina foi território de uma fera das trevas. A cabeça satânica é uma figura macabra do folclore brasileiro, especialmente temida nas zonas rurais do Nordeste. A entidade é descrita como uma cabeça humana com cabelos longos, olhos arregalados e feições que lembram o cangaceiro. Ela costuma aparecer de costas para a vítima em locais escuros e silenciosos, como se fosse uma pessoa comum. Então, no momento de puro horror, seu corpo se desmancha e sua cabeça permanece rolando sozinha pelo chão. Há relatos também de que essa cabeça seria carregada por uma entidade maior que a solta ao encontrar uma vítima. A sua origem é incerta, mas acredita-se que o mito tem a influência portuguesa e asiática, como as famosas lendas de cabeças voadoras. E o pavor da lenda é tanto que muitas pessoas evitam até mencionar o seu nome. Dizem que seu toque adoece e que ela é capaz de dividir-se em duas partes para se locomover simultaneamente. Uma habilidade chamada de bilo e a única forma eficaz de afastá-la seria pendurar uma cruz feita com as palhas do Domingo de Ramos na porta de casa, uma prática bem comum no interior. E para muitos essa cabeça demoníaca não é só apenas uma aparição assustadora, mas também um verdadeiro presságio de desgraça. Durante o século XIX, o temido dono do Engenho Ponte no litoral norte do Alagoas ficou conhecido por sua extrema crueldade com os escravizados, chegando a enterrá-los vivo e até matar a própria filha. Após sua morte misteriosa com um caixão recheado de pedras, moradores da região passaram a ouvir gritos ensurdecedores de um bode vindo do engenho até sua casa de praia. Acredita-se que o cruel senhor teria se transformado em uma criatura demoníaca conhecida como Bodonte, uma entidade horripilante que aterrorizou vilarejos inteiros com seus berros assustadores. Com o tempo, o bod parou de ser visto, mas passou a visitar as pessoas em sonhos indicando locais onde supostos tesouros estariam enterrados. Alguns tentaram desenterrar o ouro, mas sem sucesso, enquanto outros se recusaram por medo de se tratar de coisa do diabo. E posteriormente, a casa do Engenho foi usada como delegacia, depois habitada por dois irmãos que, segundo os moradores, viravam lobisomens. E com o passar dos anos, a casa foi saqueada até restarem somente ruínas. O Chundaraua, também conhecido como peixe Xundara, é uma criatura colossal do folclore brasileiro, com origens entrelaçadas a mitos africanos e indígenas. Sua aparência lembra um peixe boi, mas com proporções mais gigantescas comparado a seres mitológicos greco-romanos. Habitante de rios profundos e regiões isoladas, a sua presença é considerada tanto um presságio quanto um mistério. Uma criatura rara, quase impossível de ser vista e ainda mais de ser capturada. E a sua lenda carrega um aviso um tanto sombrio. Caso alguém consiga matar a criatura, será graciado com sorte eterna. Mas apenas se a vítima for o segundo ou terceiro da espécie avistado, matar o primeiro é considerado um ato maldito, trazendo uma tripla maldição ao responsável, especialmente se for um caçador ou parente de alguém que já tenha cometido esse erro. No interior do Piauí, uma história de assombração tomou conta do imaginário popular com o caso da professora fantasma. Tudo teria começado quando uma menina chamada Laura, moradora da zona rural de Altos, contou a sua mãe que havia sido repreendida por uma professora desconhecida durante uma visita temporária à outra escola. O detalhe perturbador era que ninguém mais, nem sua irmã, que estudava ali, nem os funcionários da escola, lembravam de tal professora. E a descrição física feita pela criança coincidia comali, uma antiga professora conhecida por sua rigidez, que havia morrido tragicamente após ser assassinada pelo ex-namorado. Intrigada, a mãe levou Laura até o túmulo de Mali, onde a menina reconheceu imediatamente o rosto da falecida. Mesmo com o rosto da lápide de Roberto. O caso ganhou força nas redes sociais e entre os moradores da cidade como um relato verídico de manifestação espiritual. O caso dos irmãos Aragãos é uma daquelas histórias tão perturbadoras que faz a gente questionar se realmente é verdade. Em junho de 2005, nos arredores de Manaus, três irmãos, Soberval, Reinaldo e Alícia realizaram um ritual macabro com a intenção de invocar uma entidade chamada Hortembrac. O ritual envolvia elementos esotéricos como círculos de proteção, velas pretas, textos bíblicos queimados e recitações em latim. E segundo a carta deixada por Roberv, tudo teria saído do controle quando a entidade passou a influenciar seu irmão e exigiu relações com a própria irmã como parte do pacto. E a situação culminou em violência, loucura e morte. E esses desdobramentos foram trágicos. Reinaldo foi encontrado morto com sinais estranhos. Roberval morreu asfixiciado e Alícia foi achada desnorteada na mata completamente nua. A carta encontrada depois narrava todos os passos do ritual e as perturbações que o trio sofreu, incluindo visões, ataques espirituais e perda do controle da realidade. A polícia nunca confirmou a existência do gravador mencionado por eles e a família se recusou a dar mais declarações. Desde então, o caso se tornou uma lenda moderna, levantando debate sobre rituais de invocação, forças ocultas e os perigos de brincar com o desconhecido. E muitos acreditam que há mais por trás dessa história do que os registros oficiais revelam. O bicho homem é uma das figuras mais assustadoras e misteriosas do folclore brasileiro. Ele é descrito como um ser colossal com apenas um olho no centro da testa e uma única perna com pé redondo que deixa pegada semelhante ao fundo de garrafa, o que lhe rendeu o apelido alternativo de pé de garrafa, que também é outra criatura diferente do folclore brasileiro. Suas mãos têm dedos longos e desformes, com unhas afiadas como garras, e seus gritos são tão aterradores que fazem os moradores da serra se esconderem. E dizem que ele tem força suficiente para derrubar montanhas com socos e sede para secar rios inteiros. A Seius, também conhecida como velha gulosa, é uma fada do folclore indígena brasileiro, famosa por sua fome insaciável. Além da conta que durante uma pescaria ela viu a sombra de um homem na água, mas não conseguiu pegá-lo. Irritada com isso, ela ordenou que as vespas e formigas atacassem um rapaz que acabou se salvando, mergulhando no rio. Porém, Sei o capturou e levou para casa, planejando a Salálo para saciar sua fome. A filha de Seu, se sentindo pena do rapaz, o libertou e o alertou para fugir e se proteger do canto da Cancan, que seria mais ou menos um canto que indica a aproximação da velha. Ela também deu a ele artefatos mágicos para usar contra a mãe. E durante a fuga, o homem usou esses artefatos que se transformaram em animais, enganando a velha que os devorava sem perceber o truque. E mesmo assim a velha gulosa continua a perseguição até o rapaz encontrar refúgio. E essa lenda aí é basicamente a lenda de João e Maria, só que brasileira. Agora vamos para a última lenda e finalizar a camada. 7. O hotel Brisol, localizado no coração de São Paulo, carrega uma história que mistura luxo do passado, abandono e lendas urbanas aterrorizantes. Construído no início do século XX, o prédio possui uma arquitetura eclética cheia de detalhes ornamentais que contam uma história em que ele era ponto de encontro para negócios e viajantes. Porém, o que antes era símbolo de requinte, hoje é palco de relatos sombrios e acontecimentos assustadores. Quem passa perto do hotel, ouve histórias de vultos que surgem nas janelas, sons inexplicáveis e até a famosa velha do Titanic, uma misteriosa aparição feminina ligada a uma tragédia desconhecida dentro do prédio. E com isso nós terminamos a camada sete do iceberg. Hora de irmos para a penúltima camada, a camada oito, também conhecida como vazio. Então, bora lá. [Música] E como eu disse, é hora de entrar no vazio pós-oceânico. Na região das vertentes, em Minas Gerais, há um nome que muitos preferem não pronunciar, a desgraça pelada. E segundo folclore local, trata-se de uma entidade assustadora, uma mulher altíssima, magra, com pele ressecada e um olhar sombrio. Dizem que ela parece para aqueles que vivem amaldiçoando a própria sorte como uma forma de punição sobrenatural por palavras negativas e blasfêmias. E sua figura é tão chocante que seu único poder é causar terror absoluto em quem a ver. Mas existem versões ainda mais sombrias. Há quem afirme que ela é um espírito maligno que vive em lugares sujos e degradados. se alimentando de restos e até fezes de animais. E quando persegue alguém, é como um encosto difícil de afastar. E os seus ataques envolvem risadas macabras, xingamentos e até possessões violentas. Em alguns relatos, ela aparece sem rosto ou com rosto substituído por um buraco escuro. Ela é o símbolo da ausência total de graça divina e um aviso de que palavras têm peso e consequências. No sertão do Cariri paraibano, na pequena cidade de Amparo, uma história marcada pela dor e pela fé popular ganhou força através das gerações. Ali existe uma capela simples, conhecida como a Cruz da Menina. E segundo a tradição oral, o local guarda a memória de uma criança anônima que morreu de fome e sede durante um dos muitos períodos de seca que devastaram o Nordeste entre os séculos XIX e XX. Viajando com a família em busca de abrigo e alimento, a menina não suportou a longa caminhada e desmaiou onde hoje ergue-se a cruz. Dizem que seus últimos momentos foram de desespero absoluto, encontrada já sem forças, ainda tentando mastigar um lenço na esperança de extrair algum líquido. E essa tragédia tocou profundamente os moradores da região que passaram a considerar a criança uma santa popular. E essa história ganhou contornos milagrosos com o tempo, como sonhos, curas e promessas cumpridas. No interior do Rio de Janeiro, na cidade histórica de Vassouras, uma flor misteriosa intriga moradores e visitantes há mais de um século, conhecida como a flor de carne, ela surge todos os anos na mesma sepultura, a do Monsenhor Ros, um padre que morreu em 1875 e pediu para ser enterrado em uma cova rasa sem caixão. E segundo a tradição oral, a flor brotou pela primeira vez 10 meses após a sua morte e desde então reaparece fielmente em novembro, justamente o mês dos mortos. Seu cheiro forte, semelhante ao de carne podre, faz com que muitos acreditem que ela é mais do que uma simples planta. Seria um sinal do além. uma manifestação espiritual ligada ao padre, que em vida cuidava dos escravizados e dos indigentes da cidade. No coração de Curitiba, a casa Hoffman guarda não apenas a memória de uma família austríaca do século XIX, mas também o espírito inquieto de uma jovem artista. O casarão, que já foi símbolo de prosperidade da família Hoffman, hoje abriga o Centro de Estudos do Movimento, um polo cultural dedicado às artes performáticas. No entanto, por trás das paredes de arquitetura histórica, ecou uma lenda que mistura tragédia e devoção, a da bailarina da casa Hoffman. Dizem que uma jovem chamada Patrícia, diagnosticada com câncer, decidiu enfrentar sua doença de forma incomum, recusou os tratamentos médicos e optou por dançar até o fim. Ela teria desmaiado e morrido durante um ensaio, exatamente no lugar onde tantos outros seguem seus próprios passos de arte. E desde então relatos dão conta de que seu espírito nunca deixou o salão. Testemunhas afirmam ver sua silueta leve e etérea se movendo suavemente pelas janelas, especialmente nas noites de lua cheia. Mas o que mais chama atenção é que ao invés de assustar, a presença da bailarina parece ajudar. Alunos afirmam sentir um toque sutil nos ombros, passos conduzidos por mãos invisíveis e uma energia acolhedora nos momentos de dúvida ou cansaço. E para muitos, Patrícia se tornou uma guardiã do espaço artístico, um espectro não de dor, mas de amor à dança. O edifício onde hoje funciona o Sesc Passo da Liberdade em Curitiba é cercado por uma atmosfera pesada e por relatos assustadores que se acumulam desde os anos de 1930. E tudo começou quando o local ainda era o antigo cine Curitiba. Na época, uma mulher casada teria sido flagrada pelo marido enquanto entrava no cinema com amante. Uma descoberta que terminou de forma brutal. Ela foi eliminada a facadas pelo próprio marido. Com isso, nasceram boatos de que o espírito da mulher passou a assombrar o antigo cinema, que acabou demolido no final daquela mesma década. Mas a sensação de tragédia não parou por aí. Nas décadas seguintes, novos episódios violentos reascenderam as histórias macabras. No ano de 1980, surgiu outro caso. Um homem teria ordenado a morte da esposa para receber o seguro de vida. E em 2008, novamente, o prédio voltou a ser palco do horror. Uma mulher que afirmava ver espíritos e dizia que entidades atormentavam sua família, acabou cometendo um ato extremo. Jogou sua filha de apenas 8 meses do sexto andar, acreditando estar livrando a criança das forças do mal. O presídio a rua em Curitiba carrega uma herança marcada por violência e mistério. Funcionando por mais de um século, o cadeião foi palco de rebeliões, assassinatos brutais e incontáveis histórias sinistras que assombraram quem trabalhou ou viveu próximo ao local. Um dos relatos mais marcantes envolve o assassinato de um detento isolado, que mesmo trancado em segurança, foi caçado por presos após renderem um agente penitenciário. Os gritos do homem preso em sua cela earam por todo o presídio, enquanto seus algozes tentavam abrir a porta. E quando conseguiram, a execução foi descrita como extremamente brutal pelos próprios funcionários. E além dos episódios reais, surgiram lendas que alimentaram ainda mais o imaginário popular. Uma das mais conhecidas fala sobre um grupo de presos que teria feito a famosa brincadeira do copo para invocar espíritos. E no dia seguinte todos foram encontrados mortos. Há também histórias de bolas de fogo flutuando nas galerias, aparições de um homem de cartola nos corredores e até espíritos vistos no lado de fora nas madrugadas de sexta-feira 13. A lenda da velha Barragueira é um dos contos mais marcantes e misteriosos de ilha solteira no interior de São Paulo. E tudo começou nos anos de 1950, quando uma senhora humilde e idosa vivia com seu filho em meia mata, nas terras que mais tarde seriam inundadas pela construção da usina hidrelétrica da região. Quando o governo iniciou as desapropriações, muitos moradores foram obrigados a abandonar suas casas, mas o filho da velha entrou em profunda tristeza e sumiu misteriosamente. Pouco tempo depois, a mãe também desapareceu sem deixar vestígios e desde então, trabalhadores da barragem começaram a relatar encontros estranhos com a figura de uma mulher muito velha que surgia apenas para quem estava sozinho, sempre em silêncio e com uma aparência simples. E alguns relatos como do professor Oldak Mendes, alimentaram ainda mais essa história. Ele conta que certa madrugada, enquanto voltava de viagem, parou seu gipe antigo chamado Rocinante para urinar na estrada. Foi então que viu uma figura idosa sentada ao volante do carro e assustado, ele mal conseguiu reagir e quando se virou novamente a mulher havia desaparecido, mas o Jeep havia voltado a funcionar sozinho. E esse episódio só ganhou sentido para ele dias depois, quando ouviu pela primeira vez sobre a lenda da velha barragueira. A lenda do fantasma da Praça da Ucrânia é uma daquelas histórias urbanas que misturam tragédia e um toque de surrealismo. E segundo o folclore local, todas as sextas-feiras uma mulher grávida e pálida aparece na praça, sempre repetindo o mesmo pedido. Um sanduíche de mortadela de uma barraca específica com um toldo cor de canela. A origem da história remonta uma tarde comum na feira, quando uma jovem acompanhada do marido foi atingida por balas disparadas por um motoqueiro que queria matar o esposo. A grávida não resistiu aos ferimentos e dizem que morreu com um desejo não realizado, aquele fome gerado, pão com mortadela. Ou seja, o Chaves é um espírito que não comeu sanduíche de presunto. Essa história se passa na antiga Avenida João Coelho, atualmente Constantino Neri. Reza a lenda que sempre se via tarde da noite uma moça caminhando sozinha pela ladeira em noite de lua cheia. E um sujeito conhecido por sua fama de conquistador, que era conhecido como Zazá, resolveu tentar a sorte com a misteriosa jovem. Ele encostou a bicicleta e ofereceu uma carona. E ela, com a voz fraca, disse que sentia muita dor no dente. E animado com a chance de impressionar, Zazá se aproximou, pediu que ela abrisse a boca e se preparou para roubar um beijo. Mas o que aconteceu ali foi digno de um filme de terror. Ao virar o rosto, a moça revelou uma boca monstruosa com dois dentões enormes assustadores. E apontando para eles, ela disse: “Esse aqui é o problema”. E o homem apavorado saiu pedalando com tanto desespero que foi parar longe da sua casa. E essa história ensina nunca abordar pessoa aleatória na rua, ainda mais de madrugada. Só vai paraa casa, pô. Fica de boa em casa, é mais seguro. Na cidade de Itajubá, Minas Gerais, existe uma lenda curiosa sobre Gabriela de Moura, uma mulher que odiava ser fotografada. Dizem que em vida ela só permitiu um único registro de sua imagem e que após a morte seu filho mandou construir uma estatueta de bronze em tamanho real para colocá-la junto ao túmulo no cemitério da cidade. O que ninguém esperava era que pouco tempo depois a estátua fosse misteriosamente encontrada no centro da cidade. E desde então, moradores acreditam que o espírito de Gabriela passou a assombrar quem ousa fotografar sua imagem ou sua estátua sem permissão. Lenda ainda afirma que quem tira uma foto sem autorização é perseguido por ela durante a noite até que apague o registro. Posteriormente, a estátua foi devolvida ao cemitério, onde permanece até hoje só esperando alguém tirar uma foto. E esse é o famoso fantasma introvertido. No centro histórico de Curitiba, uma figura marcou presença por anos, o fame gerado gato Boris, um felino preto que andava livremente entre, bares e ruas antigas da cidade. Elegante e silencioso, Bor se tornou uma espécie de guardião do local. Mas o que realmente chamou atenção foi a lenda que cresceu ao seu redor. Dizem que nas noites de lua cheia ele se transformava em um homem misterioso, visto caminhando pelos bares da região como se observasse tudo em silêncio. E mesmo após sua morte em 2016 e o fechamento do Sebo, onde vivia, muitos afirmaram que o espírito de Boris ainda ronda o local. O gato Kiko é mais uma lenda de gato e mais uma lenda de Curitiba. E ela fala de um gato que seria a reencarnação de um antigo morador da rua Dr. Murici. E é só isso mesmo, não achei mais nada sobre. No alto do edifício Acácia, na praça Zacarias, em Curitiba. Nossa Senhora, Curitiba de novo, uma imponente águia de duas cabeças observa a cidade silenciosamente. E essa escultura misteriosa, símbolo da maçonaria, resistiu à demolição do antigo templo maçônico construído ali em 1919, permanecendo como marco histórico. Dizem que a águia representa o grau 33 da maçonaria, simbolizando sabedoria, vigilância e equilíbrio entre o passado e o futuro. E com o tempo, é óbvio que surgiram lendas em torno da escultura. Alguns moradores afirmaram que à noite a águia ganhava vida e voava pela cidade para assustar as crianças ou vigiar quem ousa desrespeitar seus símbolos. Em outubro de 2009, moradores da região da Vársia, no Brasil começaram a relatar ataques misteriosos a animais de perseguições às pessoas, o que deu origem à lenda do monstro da Vársia. A criatura foi descrita como ser alto com cerca de 2,40 m de altura, uma pele escura, olhos vermelhos e uma cabeça semelhante a de um cachorro, embora também tivesse feições humanoides distorcidas. A polícia chegou a investigar o caso após relatos de ataques a jovens, mas nada foi oficialmente encontrado. O único registro visual da criatura teria sido feito por um morador chamado Josias S, que gravou um vídeo na madrugada de 31 de outubro. E essas imagens mostrariam a criatura em transformação com um rosto que oscilava entre formas humanas e monstruosas. E embora o vídeo original tenha sido removido da internet, uma cópia republicada em 2017 ainda circula entre os entusiastas do mistério. No bairro do Pilarzinho, em Curitiba, onde estão localizadas várias emissoras de TV e rádio, existe uma lenda sobre uma casa de um antigo morador que cometeu auto extermínio. E após sua morte, fenômenos estranhos começaram a ocorrer no local, que mais tarde se tornou uma rádio. O homem que era conhecido por seu gosto por música clássica teria começado a interferir nas transmissões trocando músicas de pop rock por composições eruditas. Um locutor da época relatou alterações súbitas nas faixas que estavam no ar e mudanças inexplicáveis na frequência sonora. E durante os anos 80, o caso ficou ainda mais estranho quando o suposto espírito teria feito uma ligação ao vivo para o programa da rádio, deixando uma mensagem para sua esposa. E funcionários da emissora afirmam que até hoje vozes são ouvidas nos plantões noturnos, especialmente aos domingos e portas abrem e fecham sozinhas. A mulher de 7 m é uma das figuras mais intrigantes e desconhecidas do folclore brasileiro. Conhecida por surgir, principalmente na época da Quaresma, essa entidade é descrita como uma mulher gigantesca com altura que ultrapassa os 7 m. Os relatos indicam que ela costuma aparecer em áreas rurais, campos abertos ou pontes, apenas caminhando silenciosamente, sem atacar ou interagir. E o seu rosto nunca é visto, pois está sempre alto demais ou envolto por alguma distorção visual. Emes claros a relatos de um ônibus que teria passado entre suas pernas, reforçando ainda mais seu tamanho descomunal. E quem tenta se aproximar dela nunca consegue. Quanto mais se corre em sua direção, mais distante ela parece ficar. como se o espaço ao redor dela simplesmente se curvasse. Além disso, segundo a lenda, existem algumas variações da sua aparência. loira de vestido branco, ruiva de marrom ou morena com trajes escuros, o que alguns acreditam indicar estágios da sua transformação. E embora não cause dano direto, sua simples aparição já é o suficiente para gerar medo, sendo vista por muitos como um aviso ou uma espécie de presságio. Em Kanguaretama, no Rio Grande do Norte, existe uma lenda antiga sobre uma baleia encantada que repousaria sobre a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição. De acordo com a história, se a imagem da padroeira for retirada do altar, a criatura despertaria, provocando temores e rachaduras que liberariam um grande rio capaz de inundar toda a cidade. Moradores afirmam que rachaduras persistentes na base da igreja e temores frequentes seriam sinais dos movimentos da baleia. E a origem da lenda remonta ao século XIX, época em que a igreja foi construída com técnicas que incluiam areia, pó de ostra e óleo de baleia. E acredita-se que a história tenha surgido como uma forma de proteger o templo contra roubos. E curiosamente, versões semelhantes da lenda também aparecem em outras cidades onde o frei Serafi de Catânia atuou, como a cidade de Seará, Mirim e Nova Cruz, reforçando a ideia de que essas narrativas eram comuns em construções religiosas da época. No bairro Cubatão e Votorandim, moradores relatam a décadas aparição de uma figura sombria conhecida como homem da capa preta. Segundo a lenda, ele seria o espírito de um antigo capitão do mato que vagueia pelas ruas desde o tempo da escravidão. E as descrições sobre ele são sempre semelhantes. Um homem alto vestido com roupas pretas, cap e chapéu, sem os pés e flutuando silenciosamente. Muitos dizem ouvir à noite sons de correntes, cavalos e cantigas vindas de um cemitério antigo nos arredores, reforçando ainda mais a atmosfera sobrenatural do local. As testemunhas contam que o espírito aparece sempre durante a noite, geralmente à meia-noite, e costuma desaparecer de forma repentina. Em uma das histórias mais conhecidas, uma moradora viu a figura provocando seu cachorro e, em outro momento, a viu desaparecer ao olhar pelo retrovisor do carro. E apesar do medo que a lenda já causou, atualmente os moradores mais antigos dizem estar acostumados com sua presença. O memorial da resistência em Mossoró foi construído para homenagear a corajosa defesa da cidade contra o ataque do bando de Lampião nos anos de 1927. No entanto, com o passar dos anos, surgiu uma lenda que adicionou um tom mais sombrio ao local. Dizem que Lampião jamais superou a humilhação da derrota e que por isso ele e seus cangaceiros continuam rondando memorial mesmo após sua morte. Moradores afirmam que por volta das 4 da madrugada, alguns vultos são vistos vagando pelas redondezas e algumas testemunhas dizem ouvir lamentos e sons abafados, como passos e murmúrios vindo do interior do prédio. E para muitos dos moradores são os fantasmas do bando de Lampião, presos à lembrança do único fracasso da sua trajetória. Embaixo das águas do lago Paranoá, um dos cartões postais mais icônicos de Brasília repousam as ruínas da antiga vila Amauri. Um acampamento que abrigou 16.000 operários durante a construção da capital. Em 1959, com o avanço das obras da barragem, a vila foi sendo lentamente inundada e muitos moradores resistiram à remoção. E por isso o processo de evacuação aconteceu de forma apressada. Até hoje, mergulhadores encontram restos de construção, alguns pertences dos moradores e até um ônibus submerso a mais de 27 m de profundidade, preservando assim um pedaço da história da fundação da cidade sobre as águas. A lenda local conta que ao mergulhar no lago é possível sentir a presença da antiga vila como se o tempo tivesse parado no instante em que a água engoliu tudo. Há também relatos de pequenos tremores e ruídos subaquáticos, alimentando os rumores de que a vila fantasma ainda guarda questões mal resolvidas. No coração do centro histórico de Salvador, na antiga rua do Passo, está a misteriosa casa das sete mortes. Construída no século X7, a residência guarda uma das lendas mais sombrias da capital baiana. Em 1756, um crime bárbaro ocorreu dentro daquelas paredes. O padre Manuel de Almeida e dois escravizados foram brutalmente assassinados a facadas. E o assassino nunca foi identificado. E desde então a casa passou a ser cercada por relatos de fenômenos estranhos, barulhos inexplicáveis durante a noite, vultos que surgem e somem e a sensação constante de que algo assombra o local. Atualmente, o casarão restaurado funciona como uma escola técnica, mas nem isso afastou os relatos sobrenaturais. E a tragédia das sete mortes, como ficou popularmente conhecida, está registrada no Arquivo Público da Bahia e alimenta o folclore local até os dias de hoje. No centro de São Paulo, um antigo casarão em estilo medieval guarda uma das histórias mais enigmáticas da cidade. Construído em 1912, o castelinho da rua APA. Foi cenário de uma tragédia em 1937, quando Maria Cândida e seus dois filhos, Álvaro e Armando, foram encontrados mortos a tiro dentro da residência. E as versões sobre o crime nunca se alinharam. A indício de que as vítimas foram mortas com armas diferentes e até a hipótese de um quarto assassino misterioso foi levantada. O caso jamais foi solucionado e o mistério envolvendo a família dos reis continua alimentando a fama de que o local é mal assombrado. E após décadas de abandono, o imóvel foi restaurado e a briga sede da ONG Clube das Mães do Brasil, que oferece assistência social à população mais vulnerável. E apesar da nova função, o clima sombrio do castelinho permanece cercado de relatos sobre presenças inexplicáveis, ruídos durante a noite e uma atmosfera pesada. Em São Luís, no Maranhão, existia um sobrado cercado por tragédias e mistérios, o famoso palácio das lágrimas. Construído no início do século XIX, o prédio de três andares abrigava histórias sombrias que envolviam traições, assassinatos e lendas sobrenaturais. Uma das versões mais conhecidas conta que um homem apaixonado por uma bela jovem mantida como concubina pelo dono da casa, envenenou os filhos do Senhor como vingança. E para se livrar da culpa, escondeu frasco com veneno entre os pertences da moça, que foi injustamente acusada e enforcada. E desde então diziam que os degraus da escada do sobrado amanheciam molhados, banhados pelas lágrimas do espírito da mulher inocente. Nos subterrâneos de São Luís, uma antiga lenda ainda assombra o imaginário popular, a serpente encantada. Segundo os moradores, essa criatura colossal vive nas galerias construídas há séculos atrás sob o centro histórico da cidade, que foram originalmente feitas para armazenar água. Dizem que a cabeça da serpente está escondida na fonte do Ribeirão e quem encara seus olhos vermelhos e hipnóticos pode nunca mais voltar. E ela cresce sem parar, estendendo seu corpo por igrejas com ventos e becos antigos, como o segredo adormecido sobre os pés da cidade. A lenda também adverte sobre um possível fim catastrófico. Quando a cabeça e o rabo da serpente se encontrarem, São Luís enfrentará terremotos, maremotos e a destruição. O zumbi da meia-noite é popular no Rio de Janeiro e em Pernambuco. E ele é basicamente um fantasma que sai pelas ruas cantando um refrão repetitivo só para zoar. E apesar do nome, ele não é um zumbi, ou seja, esse nome não faz sentido nenhum. O Pinto Pelado, também chamado de gogô, frango pelado ou até Domingos Pinto colchão, é uma das figuras mais inusitadas do folclore brasileiro. A criatura tem a forma de um galo sem penas, de aparência grotesca, quase demoníaca e poderes sobrenaturais. E ele é conhecido por causar destruição ao invadir casas e por sua força monstruosa, capaz até de engolir rios e criaturas místicas. Em alguns casos dizem que ele pode até devolver a vida aqueles que aceitam servi-lo. E as aparições do [ __ ] são associadas a matas fechadas, as noites sem lua e a encontros assustadores com caçadores ou pescadores. E no interior do Piauí, o pinto pelado virou uma lenda viva. Em Demerval, Lobão, um caçador jurou ter visto a criatura gigante aparecer embaixo de uma árvore, convidando ele para um forró. Já em Esperantina, perto da cachoeira do urubu, ele surge noite de lua cheia para roubar os peixes dos pescadores e cegar quem tenta capturá-lo. Ninguém sabe ao certo o que ele é, mas todos concordam em uma coisa: encontrar comigo depois do banho é pedir para se ferrar. Desde a década de 1960, moradores do centro de uma cidade próxima à rua Teresa Cristina contam histórias assustadoras sobre uma figura aterrorizante que habita os vagões abandonados da antiga rede ferroviária federal, também chamada de RFFSA. Dizem que tudo começou com um funcionário de comportamento estranho, sujo, de unhas compridas e aparência selvagem, que acabou sendo demitido pelo seu diretor. E sem ter onde morar, ele passou a viver escondido entre os vagões e depois disso nunca mais foi visto como humano. Desde então, em toda sexta-feira de lua cheia, uivos sinistros recam pelos trilhos. Portas são arranhadas durante as madrugadas e vultos rápidos são avistados correndo entre os vagões. E a população da vila vizinha tem uma certeza. O antigo funcionário se transformou em um lobisomem e até hoje assombra os trilhos da ferrovia. E com isso, finalizamos essa camada. E finalizada a camada oito, vamos adentrar na camada nove, a última do vídeo e do iceberg como um todo. Então, bora lá terminar esse trem. [Música] E depois de afundar tanto, chegamos no inferno. Nessa camada, as lendas são extremamente obscuras e macabras. Sim. Então vamos finalizar o iceberg em grande estilo. As lendas das afogadas estão espalhadas por praticamente todos os estados do Brasil, quase sempre associadas a meninas que desobedecem suas mães ou a tragédias envolvendo violência e abuso. E esses relatos serviam como forma de assustar crianças para que evitassem tomar banhos em rio sozinhas, mas também carregam camadas mais sombrias de histórias de assassinato. Muitas dessas figuras aparecem como fantasmas vestidos de branco e com olhos brilhando no escuro, atraindo os curiosos com gritos de socorro e levando-os à morte por afogamento. Algumas versões da lenda dizem que quem tenta ajudar ouve lamentos, vê visões e pode acabar amaldiçoado, perdendo a sorte ou a sanidade para sempre. No rio Longá, no Piauí, uma jovem que morreu afogada é ouvida gritando por socorro nas madrugadas. Já nos Tapajós no Pará, uma menina foi devorada por uma criatura mítica e virou um espírito protetor, mas ainda assombro local com assobios estrondosos. E no rio São Francisco, o famoso velho Chico, inúmeros acidentes reforçaram a fama de lugar amaldiçoado, alimentando as histórias das afogadas que nunca encontraram descanso. A história de Akim dos quatro sóis é um conto raro que mistura elementos da cultura japonesa, chinesa e brasileira, criando um universo fantástico onde quatro sóis representam os elementos da natureza, o fogo, a terra, o ar e a água. Aem nasceu da união entre dois casais reais que eram descendentes diretos desses sóis e tudo ocorreu em meio a uma guerra. E enquanto seus irmãos herdaram um elemento cada, a Kem foi a única a nascer com o poder dos quatro sóis. E após seus pais se sacrificarem para restaurar o equilíbrio do mundo, a Kem assumiu a missão de proteger os sóis e manter a harmonia entre os reinos. E ela se tornou guardiã do castelo central e símbolo da união dos elementos. E eu achei muito interessante essa lenda, cara, porque é literalmente uma lenda chinesa padrão que faz parte do folclore brasileiro do nada. No alto sertão de Sergipe, uma lenda antiga ainda provoca calafrio entre os moradores. Trata-se de João Valentim, um homem aparentemente comum durante o dia, mas que, segundo a tradição popular, se transforma em lobisomem durante as noites de lua cheia, especialmente no mês de junho. Nessa época era comum aparecerem animais mortos em fazendas da região e os mais velhos não tinham dúvidas. Com certeza era a obra do lobisomen. A criatura é descrita como alta com feições animalescas, corpo coberto de pelos, unhas compridas e um odor forte de enxofre. E apesar da aparência assustadora, João Valentim nunca atacou pessoas, o que torna a lenda ainda mais misteriosa. Quem cruza com ele durante a noite garante que o susto é inevitável e a história é passada de geração em geração, ganhando força, especialmente nas festas juninas, quando o folclore regional está mais vivo do que nunca. Na cidade distância, em Sergipe, existe uma lenda sinistra e intrigante. Dizem que durante a noite uma criança aparece sob a ponte de uma velha fábrica. Ninguém sabe ao certo se é um menino ou uma menina, pois a única coisa visível são os olhos brilhantes como chamas, que lembram muito uma fogueira acesa. Seu choro suave e inocente atrai os desavisados que se aproximam tentando ajudar apenas para encontrar o vazio ou em alguns casos serem tomados por um medo inexplicável. E essa aparição está fortemente ligada ao clima mágico dos festejos juninos, tão tradicionais na cidade. Com tantas fogueiras e luzes espalhadas por estância durante o mês de junho, muitos acreditam que a criança é um espírito ligado a essa celebração. Essa é uma das lendas mais marcantes do Rio Grande do Norte, contada com jeito poético e carregado de simbolismo típico do sertão. A história fala sobre João, um carreiro que guiava uma boiada durante uma noite de lua cheia, levando um sino sagrado para a capela de estremos. Entre cochilos e toadas melancólicas, ele atravessava a estrada, até que, distraído, comete um erro fatal, pronuncia o nome do coisa ruim em voz alta. E nesse instante o próprio diabo responde: “E antes que pudesse reagir, o pobre João é tragado junto da boiada e do carro para o fundo de uma lagoa. E desde então os moradores da região contam que em noite de quaresma, depois da primeira cantada do galo, é possível ouvir o carro chiando, o co tocando e os gemidos da boiada vindos das profundezas. No sertão Pontiguar, há uma lenda que paira sobre as águas do Poço Feio, um local marcado por formações calcárias curiosas e histórias que atravessam gerações. Dizem que em noite de lua cheia, uma moça encantada aparece se banhando nas águas azuis do poço. Seu canto hipnotizante atrai os homens que, enfeitiçados seguem a figura misteriosa até túneis submersos da caverna e nunca mais retornam. E a lenda diz que ela vive presa no baú da moça, uma estrutura rochosa que só abre com o brilho da lua cheia, permitindo que a bela mulher reviva por algumas horas. A história é que muitos acreditam ser anterior à própria colonização portuguesa, possivelmente tem raízes nas tradições indígenas da região, especialmente dos monchoróz. No coração do Rio Grande do Norte, mas precisamente nos arredores da Praça Augusto Severo, circula uma lenda que aterroriza gerações. A da coruja da igreja matriz, também conhecida como rasga mortalha. Dizem que essa coruja misteriosa sobrevou os céus durante a noite, soltando um canto que lembra o som de uma mortalha sendo rasgada e que seu aparecimento é prenúncio de morte. E para afastar o maagouro, moradores recorrem a gestos e frases mágicas, como a figa ou o clássico vivos noivos. Mas a história vai muito além do medo popular. Uma lenda antiga afirma que o espírito de uma mulher assassinada foi aprisionada e uma estátua de coruja pelo próprio pai, que era um feiticeiro conhecido na região. E depois disso, ela foi enviada para vingar sua própria morte. E desde então a aparição da coruja branca passou a ser associada à morte iminente. Entre os ecos do passado colonial do Nordeste, há um conto que atravessa os tempos com um texo inquietante, a história do visconde de sua suna narrada por Gilberto Freire. O velho casarão do Pombal, que foi símbolo da riqueza senhorial, acabou envolto numa aura sombria de arrependimento e aparições fantasmagóricas. Dizem que o fantasma do Visconde, um homem que em vida castigava escravos com extrema crueldade, vaga pelas ruínas da propriedade, pedindo perdão e missa. Sempre com dedos longos e pálidos, ele indica quantas celebrações deseja por sua alma inquieta. Geralmente três ou cinco, aparecendo para pessoas específicas durante a madrugada. E o fantasma tornou-se tão presente no imaginário local que há quem diga que mesmo depois da casa ter sido transformada numa fábrica, ele continuou aparecendo nas redondezas. Na tradição indígena do sul do Brasil, existe uma lenda sobre a origem do pássaro João de Barro. Segundo o mito, Jaebé, um jovem apaixonado pediu a mão da moça mais formosa da tribo, mas para isso precisou provar sua força e amor enfrentando nove dias de jejum, enrolado num couro de anta enquanto era vigiado e contra todas as expectativas ele sobreviveu. Quando foi libertado, o seu corpo começou a se transformar em um pássaro diante de todos, cantando para sua amada, que também foi tocada pelo luar e transformada em um pássaro. Os dois voaram juntos, floresta adentro, desaparecendo para sempre. E com isso, o povo passou a acreditar que os Joões de Barro são reencarnação dos dois amantes. A dedicação da ave na construção do ninho e na proteção dos filhotes é vista como um reflexo da força do amor de Jaebé, que foi tão intenso a ponto de vencer a morte e se eternizar em forma de canto e voo. No Recife do século XIX correu uma história sobre um barão pernambucano que, segundo as lendas, teria feito um pacto com o diabo, embora vivesse como o típico lord da época, frequentando teatros. restaurantes e corridas, era perseguido por uma dívida infernal. De tempos em tempos, recebia um chamado misterioso para encontrar-se com o próprio diabo nas brenhas, sempre em noites escuras, montado num cavalo tão sinistro que parecia não ter saído desse mundo. E ele sempre voltava desses encontros esgotado e com uma aparência cadavérica, como se tivesse visto o próprio inferno. E apesar do respeito que tinha entre as pessoas, o pacto era um segredo que corroía sua alma. As más línguas diziam que ele não era como outros nobres gananciosos, que faziam fortuna por meios ilícitos ou com ajuda demoníaca. O pacto do Barão parecia mais antigo e mais pessoal. A onça Maneta é uma figura do folclore descrita como uma fera selvagem que perdeu uma das patas dianteiras. Mesmo com essa limitação, ela é considerada ainda mais perigosa, agressiva e veloz do que uma onça comum. O seu apetite parece não ter fim e os seus ataques são rápidos e brutais, mirando desde animais de fazenda até pessoas que cruzam seu caminho. O mais assustador é que ela não demonstra qualquer receio. Não importa se é um homem sozinho ou um grupo de caçadores armados, ela ataca com a mesma fúria. É dito que a onça maneta vivia escondida nas matas fechadas, onde é raramente avistada, mas seus vestígios e o rastro de destruição que deixa para trás são inconfundíveis. No interior do Alagoas, uma figura sinistra conhecida como anjo corredor aterroriza engenhos e povoados. Ele é descrito como um andarilho que nunca para, sempre vestido com uma túnica suja e carregando um cajado que usa tanto para se apoiar quanto como arma. E quando ele bate nas canelas dos engenhos durante a madrugada, o som é o suficiente para fazer as crianças se esconderem e as mães trancarem as portas em pânico. E a origem do mito pode estar ligada ao conceito do judeu errante, uma alma condenada a vagar eternamente. Em uma história assustadora, numa madrugada gelada de sexta-feira, uma governanta ouviu as batidas e chamou o Capataz para investigar. E ao investigar, ele foi brutalmente assassinado com um golpe na cabeça. E não satisfeito, o estranho subiu o casarão e, sem piedade, eliminou todos os moradores, incluindo crianças e empregados com pauladas violentas na cabeça. E depois disso desapareceu pelas estradas escuras. E dizem que até hoje ele vaga por Alagoas, batendo seu cajado nas portas de quem ousa ouvir sua chegada. Diretamente do sul de Minas Gerais, o Shibamba é uma entidade do folclore brasileiro com raízes africanas, considerado uma variação do bicho papão. Coberto por uma longa esteira de folhas de bananeira e sempre dançando de forma lenta e compassada, ele se move como parte de um ritual, emitindo um ronco semelhante ao de um porco. Seu nome, de origem bantu remete a um tipo de música ou dança africana. E a figura do Shibamba era usada como ameaça para fazer as crianças dormir, principalmente aquelas que choravam ou desobedeciam. A BR316, que corta o Brasil ligando Belém, Maceió, guarda um trecho particularmente temido entre o barro duro e a passagem franca no Piauí. Embora a estrada seja plana, reta e bem conservada, a taxa de acidentes é assustadoramente alta e muitos moradores atribuem isso a causas sobrenaturais. Relatos de motoristas e motociclistas incluem aparições repentinas de jumentos, de cães e até pessoas no meio da pista que somem logo após causar colisões fatais. O mais intrigante é que esses fenômenos ocorrem em locais sem curvas ou obstáculos, o que torna as mortes ainda mais inexplicáveis. E apesar do ceticismo de alguns, a fama de estrada mal assombrada cresce a cada novo acidente. O sanguan é uma figura peculiar do folclore ítalo gaúcho, especialmente presente nas regiões serranas do sul do Brasil. Com origem nas tradições dos imigrantes italianos, ele é descrito como um ser pequeno e vermelho ágil brincalhão, que vive nos Pinheirais e adora pregar peças nas pessoas. Apesar de gostar de assustar crianças, levando-as para o alto das árvores ou matas densas, ele nunca as machuca, oferecendo até mel e água durante o sequestro. Agora, entre os adultos, ele costuma praticar travessuras inofensivas, especialmente contra os preguiçosos e os bêbados. Algumas versões mais modernas até afirmam que ele surfa em lava com uma prancha mágica, reforçando seu papel como um trixter imprevisível. E um trixter é basicamente um brincalhão. É um ser que vive só para zoar. Na festa do vinho, o sanguanel aparece como um bobo da corte, animado e cativ, representando o lado festivo da tradição. Ele também tem uma contraparte feminina chamada sanguanela, um símbolo de harmonia e cura que equilibra as travessuras do irmão com doçura e restauração. A cachorra da palmeira é uma lenda do folclore nordestino, especialmente conhecida em palmeira dos Índios em Alagoas. A história mais famosa contada em literatura de Cornell fala de uma jovem rica, arrogante e vaidosa que zombou da morte do padre Cícero, comparando a perda do religioso com a morte de sua cachorrinha de estimação. E como castigo, a moça se transformou em uma cadela monstruosa e passa a vagar pelas ruas, mordendo as pessoas e espalhando o caos. Em versões populares, ela é capturada e trancada, mas permanece uma figura aterrorizante, símbolo do castigo, pela blasfêmia e pelo orgulho. A serpente emplumada da Lapa é uma versão sombria e apocalíptica do deus Mesopotâmico Kitakoat, também conhecido como Kucukan. Diferente das representações tradicionais, essa entidade possui uma enorme parte de asas e um comportamento violento e destrutivo. A lenda diz que ela foi descoberta, aprisionada dentro de uma cova selada e uma gruta sagrada, no mesmo local onde um eremita construiu um antigo santuário religioso. Segundo relatos, mesmo trancado, era possível ouvir sons da criatura se debatendo com fúria, como se lutasse para se libertar e cumprir um destino catastrófico. Para os moradores da região, a criatura não representa sabedoria ou fertilidade como sua contraparte mitológica, mas sim uma ameaça ancestral que aguarda o momento certo para despertar e trazer consigo um ciclo de destruição. O capeta do vilarinho é uma das lendas urbanas mais populares de Belo Horizonte, surgida nos anos de 1980 e enraizada na famosa Avenida Vilarinho, um reduto de bailes e festas da capital mineira. A história nasceu como uma estratégia de marketing para atrair público jovem às quadras da região, mas logo ganhou vida própria e se espalhou como mito urbano. E o enredo mais famoso envolve um misterioso dançarino, elegante e habilidoso, que ao vencer um concurso de dança, revela dois chifres ao tirar o chapéu, causando pânico entre os presentes. Em meio à confusão, ele desaparece e os rumores crescem ainda mais, apontando até mesmo que ele teria patas de bode e deixado o cheiro de enxofre para trás. E com o tempo, a figura do capeta do vilarinho ganhou novas camadas. Foi descrito como um jovem loiro de olhos azuis, sedutor e mestre dos ritmos. Em versões mais dramáticas, ele engravida uma jovem e desaparece, deixando o bairro tomado pela especulação. Ou seja, o diabo é pai ausente. A xharia, também chamada de Aná, é uma entidade colossal da mitologia Tupi Guarani, representada por uma onça cósmica de olhos flamejantes, simbolizados pelas estrelas Antares e Aldebarã. Ou seja, é a versão feminina do nosso amigo Yodabaot de Miurgo. Com uma natureza destrutiva, ela é temida por sua eterna batalha contra Guaraci, o deus do sol, e Jaci, a deusa da lua. Nas lendas, Xaria devora Jaci durante os eclipses, mas é impedida por Guaraci de mergulhar o universo em trevas. Os indígenas acreditam que caso Xaria consiga matar o deus do sol, ela consumirá as estrelas do céu, mergulhando o mundo em uma escuridão sem fim. Dotada de poderes cósmicos, uma das figuras mais poderosas do folclore brasileiro, sendo descrita como anterior ao tempo e ao espaço, com força para devorar astros, manipular gravidade, calor e radiação. Além de resistir ao frio extremo do universo, sua presença representa uma literal ameaça ao equilíbrio cósmico. E, apesar da sua imortalidade e astúcia, há um detalhe curioso. Ela pode ser afastada com barulhos altos. o que os povos indígenas utilizavam para proteger a Terra durante eclipses. Eu achei essa lenda extremamente da hora. Tá louco, a gente tem nosso próprio dama, o demiurgo, no folclore brasileiro. E com certeza isso me motivou ainda mais a trazer um vídeo específico aqui no canal pros deuses do panteão tupi guarani e para essas criaturas cósmicas extremamente poderosas. Então aguardem que em breve vai sair no canal. Na misteriosa gruta das encantadas ao sul da Ilha do Mé, no Paraná, os antigos caigues contam histórias de mulheres mágicas de beleza hipnotizante que dançavam e entoavam cânticos ao nascer e a pôr do sol. Seus cantos encantavam os mortais de tal forma que pescadores perdiam o rumo e naufragavam nas pedras. Um jovem indígena fascinado pela melodia e pela visão das dançarinas de cabelos feitos de algas, se apaixonou por uma delas e mesmo alertado por ela que só poderia viver ao seu lado se morresse, ele aceitou o destino. Mergulhou no mar com ela e desapareceu para sempre. E desde então nunca mais se viram as encantadas. Monai é uma criatura lendária do panteão tupi guarani, conhecido como o senhor dos campos abertos do ar e dos pássaros. Terceiro, entre os sete monstros lendários, ele é descrito como uma gigantesca serpente com dentes afiados e dois chifres em forma de antenas, usado para hipnotizar suas vítimas e suas ações aterrorizavam as aldeias. Furtava objetos e os escondia numa caverna secreta, causando desconfiança e conflito entre os moradores, que se acusavam mutuamente pelas perdas misteriosas. A situação muda quando por assim uma jovem bela e corajosa se oferece para enganar Monai, fingindo estar apaixonada por ele. E durante os preparativos do casamento, enquanto seus irmãos estavam embriagados, ela tenta fugir, mas é impedida e presa na caverna. Mas em um último ato de coragem, pede que a caverna seja incendiada, mesmo com ela dentro para destruir os monstros. E como recompensa por seu sacrifício, os deuses transformaram sua alma na estrela talva, destinada a iluminar o amanhecer. Mas é uma criatura folclórica que foge de qualquer lógica comum. Representado como um bode colossal com corpo feito de ferro fundido e resistências elétricas. Seus olhos são chamas vivas e os chifres tão afiados que, segundo os contos, atravessariam até cinco homens enfelerados ou até mais, se tivessem bem exprimidos. Dizem que suas pernas feitas de torta de morango não comprometem sua velocidade e que seu trote pode causar tremores no chão. Apesar da aparência demoníaca, Massoni seria uma entidade do bem maior. Kurupi é uma figura grotesca e enigmática do folclore guarani, conhecido por habitar as matas densas da América do Sul. O seu corpo é pequeno, de pele amarelada, bochechas rosadas e olhos pretos sem pupilas, além de uma estranha barriga triangular e cabelos sempre desgrenhados. Um traço físico marcante, bem bizarro, é seu pênis extremamente longo que enrola várias vezes ao redor do próprio corpo. Ah, cara, na moral, essa descrição ficou tão boa que eu acho que eu não vou seguir mais o roteiro, não. Vamos pra próxima criatura que aqui já ficou perfeito. O time tá perfeito. A lenda da babai do telefone é bem conhecida aqui no Brasil. Eu nem sei por que ela tá nessa camada. Basicamente, uma moça vai cuidar de duas crianças e começa a receber uma ligação sinistra de um cara falando umas barbaridade. E quando ela vai ver, as duas crianças foi eliminada e ela logo em seguida. lenda urbana bem padrão brasileira, daquele tipo do assassino escondido dentro de casa e tals. Na costa do Rio de Janeiro, especialmente em locais como Ilha Grande e a Restinga de Marambaia, corre uma lenda inquietante sobre os homens dos pés de louça. Segundo relatos populares, seriam fantasmas de pescadores ou náufragos que não encontraram a paz. Em primeiro momento, eles se parecem com qualquer homem comum, exceto por um detalhe terrível. Os seus pés são feitos de louça brilhante. Quem caminha sozinho pela praia e ouve seu chamado deve resistir a qualquer estímulo de olhar, pois encarar seus pés reluzentes é cair em loucura e a maldição é levado a sério entre os moradores. Um dos casos mais conhecidos é o de um homem chamado seu Colimério, que enlouqueceu após ter visto os pés dessas entidades. Desde então, o seu nome é citado como prova do perigo real que esses seres representam. E por isso a recomendação é clara. Se ouvir o chamado, cubre os ouvidos, reze um Pai Nosso e aprecie o passo. O Jacierê é mais uma figura central na mitologia guarani. Conhecido como Pedaço de Lua e um dos sete filhos do espírito maligno tal com a bela querana. Ele é o contrário dos seus irmãos monstruosos. Já sei se destaca por sua aparência encantadora. Loiro, de olhos claros e com uma aparência juvenil quase como uma criança mágica. Ele carrega um cajado mágico que lhe concede poderes e é o guardião das matas e da erva mate. E muitas vezes também é associado a proteção de tesouros escondidos na floresta. O mito conta que ele surge durante a sexta, o tradicional cochilo, ao meio-dia, e persegue crianças que se recusam a descansar. Ele é invisível a maioria e só se revela para os pequenos desobedientes. Com seu cajado os coloca em transos para a floresta, onde brincam até serem magicamente devolvidos a suas camas, sem lembrar de nada. E em versões mais sombrias, as crianças desaparecem ou são entregues ao irmão canibal auaua. Se alguém conseguir tirar seu cajado, Jaci se torna inofensivo e pode até revelar a localização de tesouros. Essesadores acreditam que a lenda influenciou a criação do saci pererê, mesclando elementos indígenas com traços europeus e africanos. Na cidade de Cruz Alta, no Rio Grande do Sul, existe uma lenda conhecida como monstro da lagoa do cemitério. Dizem que a criatura surge nos arredores de uma antiga lagoa, sempre carregando um bebê nos braços. Alguns acreditam que seja o próprio filho do monstro, enquanto outros afirmam que é uma criança que foi cruelmente jogada no lago pela sua própria família. Reza a lenda que uma jovem de família nobre engravidou de um homem pobre, o que gerou revolta entre os parentes. E para evitar deshonra, a criança foi lançada na lagoa, o que deu origem a gritos de dor vindos da água, ouvidos por várias noites seguidas. Com o tempo, os moradores começaram a relatar a aparição de uma figura coberta de ludo vagando pela lagoa com uma criança no colo. Um padre foi chamado e ao batizar a alma do bebê, os gritos pararam. No entanto, o padre acabou sendo preso por suposta bruxaria e na mesma noite, os lamentos voltaram e o delegado que foi visitar a cela encontrou o padre misteriosamente livre no pátio. E muitos dizem que o próprio monstro o libertou. A lenda ainda afirma que uma maldição foi lançada. Para alguém de cruz alta prosperar na vida, teria que abandonar a cidade para sempre. A lenda da Teniágua, também conhecida como Salamanca do Jaraú, é um dos mitos mais tradicionais do folclore gaúcho. Ela conta a história de uma princesa que foi transformada em uma criatura parecida com a salamandra pelo espírito Aangar, enquanto fugia da queda do último reduto na Espanha. Exilada no cerro do Jaraú, no Rio Grande do Sul, Deniago assumiu a forma de uma largicha com uma pedra rubi no lugar da cabeça com um brilho que atraía homens para sua armadilha mágica. Dizem que ela vivia escondida numa lagoa até que um sacristão, ao se banhar ali, a capturou e levou para sua cela, onde se transformava em mulher à noite e pedia vinho. Esse encontro proibido logo despertou suspeitas dos religiosos e, ao ser descoberta, a criatura fugiu e o sacristão foi preso. princesa usando seus poderes, o resgatou e ambos desapareceram dentro de uma furna conhecida como Salamanca do Jaraú e desde então esperam por alguém capaz de superar sete provas mágicas para quebrar o feitiço. Segundo as lendas, um gaúcho chamado Blau conseguiu realizar os desafios, mas ao não desejar nada como recompensa, quase arruinou a libertação do casal. Só ao receber e depois devolver uma moeda encantada, o encanto foi desfeito e os dois renasceram como jovens humanos, fundando uma linhagem que mistura raízes indígenas e ibéricas no sul do Brasil. que há no Macamanã, também conhecida como mulher onça ou onça cabocla, é uma figura mítica venerada pelas etnias indígenas do norte de Minas Gerais, especialmente entre os chakraaba, vista como uma deusa guerreira ligada à liberdade e à força das onças, ela representa a resistência indígena diante da invasão dos fazendeiros em suas terras e, segundo o mito, há versões diferentes da sua origem. Numa delas, uma jovem se transforma em onça para alimentar a mãe faminta, mas ao não ser reconhecida, fica presa para sempre na forma de fera, assombrando com rais durante a noite. Na outra, uma índia chamada Indaiá, ao ver seu povo sendo perseguido e com fome, pede para ser encantada e virar uma onça, carregando o gado para alimentar seu povo. Em contrapartida lenda anterior, temos o Iguareté Abá, também conhecido como Capiango ou Homem Onça, e é uma figura temida do folclore guarani que mistura elementos de feitiçaria e transformação animal. Segundo a lenda, ele é um bruxo capaz de se transformar em uma onça pintada por meio de um ritual sombrio, usando incenso, penas de galinha e couro de um felino. Durante um ritual, o feiticeiro caminha sobre o couro da esquerda pra direita, recitando preces até adquirir uma forma híbrida entre homem e onça. Depois da caçada, ele realiza o mesmo ritual contrário, voltando à forma humana. E essa criatura é descrita como um grande felino, com características humanas, mas com a parte traseira, sem pelos e quase sem caudda. E esse mito guarda semelhanças com lobisomen, principalmente pela transformação noturna e comportamento predatório. A lenda de Agostinho e Mariazinha assombra até hoje o interior de São Paulo, mais precisamente a cidade de Taiuva. Em 1927, um amor proibido floresceu entre Agostinho, um jovem soldado de família rica, e Mariazinha, uma moça humilde de Taiaçu, que escondia um passado difícil. Abandonada pelos pais, ela se mantinha através de programas com homens poderosos da região. Apesar disso, ela se apaixonou sinceramente por Agostinho e aceitou seu pedido de casamento, planejando largar tudo por uma vida simples ao lado dele. E para bancar o vestido e a festa, Mariazinha marcou um último encontro com o cliente rico. Mas Agostinho descobriu tudo ao encontrar uma carta sobre a mesa da casa dela. e tomado pelo ódio e pelos ciúmes, a esfaqueou até a morte antes de voltar para casa e cometer auto extermínio. E desde então, a cidade nunca mais foi a mesma. A cruz do túmulo de Agostinho se partia misteriosamente a cada 15 dias, mesmo quando substituída. E o casarão da família ficou abandonado, pois ninguém conseguia passar mais de 20 dias lá dentro devido a sussurros vindos do quarto, onde o jovem tirou a própria vida. Já a Capela erguida em homenagem a Mariazinha ainda permanece de pé e a quem juri vê-la nas noites de lua cheia vestida de noiva pedindo perdão ao amado. O au também chamado de cão doende é uma criatura do folclore amazônico que mistura características caninas de humanoides. Esses metamorfos vivem nas profundezas da floresta e atacam principalmente a meia-noite. Em sua forma original, são feras de pelos escuros, com orelhas que se movem sozinhas. E quando se transformam, tornam-se humanoides magros, com traços cadavéricos e orelhas caninas. Eles são considerados espíritos malignos e não formam grandes comunidades, preferindo viver sozinhos ou em pequenos grupos de saqueadores. Eles não produzem nada, apenas roubam e intimidam as aldeias, muitas vezes apenas por diversão ou para manter as pessoas sob medo constante. Apesar de não darem valor a ouro ou joias, eles valorizam armas ou objetos úteis, os quais costumam roubar de suas vítimas. E são conhecidos por atacar viajantes e pequenas aldeias, buscando alimentos, principalmente carne de ave. E em algumas versões mais sombrias, até carne humana. E agora, finalmente, vamos para a última lenda do vídeo e do iceberg. O Anadi é o deus dos povos lecuanas e está presente em um mito que conta como o sol criou os primeiros seres vivos para habitar a Terra. Segundo a lenda, o sol fez três seres, mas apenas o Anade nasceu perfeito. Seus irmãos vieram com deformidades que simbolizavam os males que existem no mundo, como a fome, a doença e a morte. É só isso mesmo, uma lenda bem curtinha e bem desconhecida para finalizar o vídeo. E com isso nós finalmente finalizamos tudo. Agora vamos para as considerações finais e alguns avisos. [Música] E esse foi o vídeo de hoje, pessoal. Esse com certeza foi o maior vídeo da história do canal e eu fiquei bem satisfeito com ele. Mas eu não tenho absolutamente nada para falar que não. Já falei tudo que eu precisava durante o vídeo, então eu vou só pedir. Se vocês gostaram do vídeo tanto quanto eu, deixa o seu like, o seu comentário, sua inscrição no canal e não se esqueça de hypar o vídeo. E caso você queira me incentivar a trazer conteúdos cada vez mais, faça sua doação no Live Pix do canal, no comentário fixado. E por hoje é só. Um abraço do seu mano Sandman e até o próximo vídeo. Quando eu tinha 10 anos, eu tinha uma [ __ ] Ah, que [ __ ] maneira. Eu botava ela bem no alto, mal dava para ver. Um dia a [ __ ] caiu.







