O Iceberg DEFINITIVO das Lendas BRASILEIRAS [Vol. 3]

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เฮ [Música] [Música] E aí meus nobres, como vocês estão? O seu amigo senhor Areia aqui novamente para finalizar de vez o iceberg das lendas brasileiras. Mas antes de começar a falar das lendas desse vídeo, três avisos importantes. Primeiro, assim como eu falei no segundo vídeo, você consegue assistir esse vídeo tranquilamente, sem assistir os outros. Porém, seria interessante se você assistisse todos em sequência para ter uma experiência mais imersiva. E os vídeos em questão vão estar na descrição e nos recomendados ao fim do vídeo. Ou você pode simplesmente entrar no canal e assistir o penúltimo e antepenúltimo vídeo postado. O segundo recado é, como de costume, depois de eu postar esse vídeo aqui, eu vou unir todas as partes de um vídeo só e fazer uma ediçãozinha bem básica, só para mesclar tudo. E para você que é novo aqui, isso é um costume que eu tenho aqui no canal há algum tempo. Sempre que eu posto um vídeo com mais de uma parte, eu acabo juntando os vídeos e um vídeo mais longo, porque tem um pessoal aqui no canal que adora escutar o vídeo longo enquanto faz outra coisa. Então, pr esse pessoalzinho, eu sempre faço essa edição final para melhorar a experiência. E por fim, como dito anteriormente, esse vídeo vai finalizar de vez o iceberg e passaremos pelas camadas 7, 8 e 9. Eu não vou mentir para vocês não, esses três vídeos deram trabalho do cão para ser feito. Então, já peço o seu like, o seu comentário e sua inscrição aqui no canal. E caso você tenha condições e queira ajudar o canal a crescer ainda mais, faça sua doação no Live Pix no comentário fixado. E não se esqueça de hypar o vídeo. Acho que é isso. Bora lá terminar esse iceberg gigantesco. [Música] A história de Januário Garcia Leal, mais conhecido como Sete Orelhas, é uma das mais violentas e emblemáticas do interior colonial do Brasil. Nascido em 1761 em Jacuí, Minas Gerais, ele viveu uma vida pacata até a morte brutal do seu irmão, que foi esfolado vivo por sete homens. E revoltado com a impunidade o silêncio da justiça colonial, Januário decidiu fazer justiça com as próprias mãos. Ao lado do irmão caçula e de um primo, formou um grupo de vingadores e caçou implacavelmente os assassinos. Seguindo a famosa lei de italião, ele eliminou cada um dos culpados e cortou uma orelha de cada, reunindo-as em um cordão que passou a exibir como troféu. E daí surgiu seu apelido de sete orelhas. O chupaci de Goianinha é uma figura folclórica moderna criada como uma sátira nas redes sociais brasileiras, especialmente no falecido Twitter em 2017. A criatura foi idealizada por Renan Ribeiro, criador do perfil fictício TV Maressol, e se popularizou rapidamente pelo seu nome duvidoso. Descrito como uma mistura de alienígena com ator de filmes adultos, o Chupass supostamente atacava moradores de Goianinha, no Rio Grande do Norte, de uma forma no mínimo inusitada, onde ele sugava as portas dos fundos das suas vítimas. E esse bicho é sinistro demais. Você tá louco? Imagina você tá andando de boa em Goianinha e dar de cara com esse bicho. Aí dá mais da forma que ele ataca. Então se você mora em Goianinha e tá vendo esse vídeo, eu sugiro você usar uma cueca de ferro. E nessa pegada de seres com nomes extremamente duvidosos, que só pronunciar o nome deles pode derrubar o canal, nós temos a próxima lenda. Se você entendeu o título, beleza. Agora, se você não entendeu, claramente você é uma criança e nem devia est assistindo esse vídeo. Mas enfim, a fazedora de amor com a boca fantasma é uma figura misteriosa que ronda cidades brasileiras e procura homens embriagados e desacompanhados. E o mais estranho dessa lenda é que ela não é uma lenda, é literalmente uma pessoa que sai por aí fazendo aquilo. E o mais intrigante é que essa lenda ronda várias cidades. Ela não fica limitada em capital ou cidade pequena. É algo full aleatório que acontece com certa frequência. E é isso, sem mais detalhes, até porque aqui é o canal do Mr. Sandman Draçaria do X. No interior do Piauí existe uma lenda sobre uma entidade conhecida como Beebu do Piauí, considerado mais temido do que qualquer outra criatura do folclore. Segundo a tradição popular registrada por José Nonon de Moura Fontes, esse ser assume a forma de um touro preto monstruoso com olhos, língua, boca e narinas em chamas. E o seu aparecimento está ligado a um ritual macabro. O interessado deve ir até uma encruzilhada meia-noite de uma sexta-feira da paixão e recitar um verso pedindo que o bicho salte em suas costas. Aqueles que ousaram invocar a criatura relatam experiências perturbadoras. Reza a lenda que apenas a oração de ofício de Nossa Senhora é capaz de fazê-lo recuar, especialmente no trecho Deus vos Salve Relógio. Quando isso acontece, a terra se abre com o estrondo e o monstro é tragado de volta ao inferno, deixando um cheiro insuportável de enxofre no ar. Porém, nem todos que tentaram escaparam ilesos. Muitos deles acabaram enlouquecendo. Na região do Arapote, no Paraná, circula uma lenda conhecida como monstro da fazenda Três Marcos. Segundo a lenda, um trabalhador rural foi enviado por seu patrão para contar pilhas de madeiras deixadas na floresta. E montado em seu cavalo, ele percebeu algo estranho ao passar pela porteira. O cavalo simplesmente resistia em seguir adiante e conforme avançavam pela trilha entre os pinheiros, um arrepio tomou conta do homem e gemidos começaram a ecuar seu redor. Foi então que uma sombra grotesca surgiu do nada flutuando no ar, assustando o cavalo ao ponto de jogá-lo no chão. E imobilizado pelo medo, ele viu a sombra se transformar numa fera de fogo que atingiu as pilhas de madeira, provocando um incêndio instantâneo. O homem então fugiu em disparada e só parou quando cruzaram uma segunda porteira. E no dia seguinte, ao retornar com outros funcionários, não havia qualquer sinal do incêndio da criatura. E desde então o local passou a ser evitado por todos, como se algo invisível ainda estivesse espreita na mata silenciosa. A danceteria Amnesia em Curitiba ficou famosa apenas pelas festas dos anos 90, mas por esconder uma lenda urbana sombria ligada ao prédio e ao passado. Antes de virar uma casa noturna, o local teria pertencido a um cientista misterioso chamado Vicente, que realizava experiências bizarras no século XIX, quando a cidade ainda era chamada de vila de Nossa Senhora da Luz dos Penhais. Dizem que pessoas que entravam em sua casa saíam completamente sem memória, como se algo dentro do lugar drenasse suas lembranças. E isso teria inspirado o nome da danceteria anos depois. E durante essa fase como balada, surgiram alguns relatos ainda mais estranhos. Várias jovens relataram terem dançado com homem loiro e sedutor, mas acordavam nuas em um cemitério, deitadas sobre o túmulo com o rosto do próprio parceiro gravado na lápide. E o mais sinistro, nenhuma delas lembrava o que aconteceu após a dança, um verdadeiro apagão mental, como se um espírito do passado ainda estivesse por lá, se alimentando da memória e da sanidade de suas vítimas. Mian é uma entidade presente na tradição oral indígena da região amazônica, mencionada por autores como Antônio Brandão e Mário de Andrade. Com uma aparência grotesca, essa criatura assustadora tinha os olhos no lugar dos seios, ouvia pelo umbigo e respirava pelos dedos. Sua boca, dividida em duas partes, escondia-se nas dobras internas dos pés. E, segundo os relatos, ele aparece à noite como uma forma ameaçadora vinda para devorar heróis adormecidos, como ocorreu numa passagem do livro Makuna. E a origem da lenda está ligada a uma tragédia mística entre os Auanas, onde espíritos enganaram moças da tribo com falsas aparências, levando-as à morte em rituais de dança hipnótica. O Varapau é uma entidade descrita como um guardião das florestas que se camufla entre as árvores e protege a natureza dos abusos humanos. Alto, magro e quase invisível em meio à mata, ele age como um vigilante contra madeireiros e gananciosos, especialmente os que ameaçam árvores centenárias. E a sua risada sinistra é o último aviso antes de partir pra violência. Caso nenhuma das advertências funcione, essa criatura não ataca quem apenas retira madeira para necessidades básicas, como cozinhar ou construir moradia, pois ele entende o equilíbrio natural. Os Rossilanar são criaturas demoníacas do folclore do Serenete, um povo indígena que mora no Tocantins. Essas entidades assumem formas grotescas como pássaros gigantes com asas de morcego flácidas e bicos afiados como tesouras, mas também podem aparecer como antas ou até mesmo seres humanos deformados com dentes salientes e caudda de macaco. E seu assubio sinistro marca sua presença. E além de ameaçarem os vivos, esses seres também emboscam almas no pós-vida, devorando os espíritos dos mortos, a não ser que enfrente um chamã poderoso suficiente para detê-los no próprio mundo dos mortos. Uma lenda local conta que um casal encontrou dois desses monstros numa caverna. O homem lutou para dar tempo à esposa grávida de escapar, mas acabou desconectado. A tribo atacou a caverna em retalhação, matando duas criaturas, sem saber que haviam mais dois escondidos. O filho do casal, nascido pouco tempo depois, cresceu rapidamente, se tornou um herói, vingando o pai ao destruir os demônios restantes. E desde então, essas criaturas nunca mais foram vistas naquela região. O mastopogon, também conhecido como Egomastus ou Heroperu, é uma criatura aquática lendária descrita por exploradores europeus nos séculos X e X que teriam a visto na costa da América do Sul. E segundo relatos, essa criatura tem aparência de um peixe grande e agressivo, com uma estreia barba que lembra uma teta de uma cabra pendurada sobre o queixo, além de uma longa barbatana dorsal espinhosa e pele áspera. Alguns autores, como Tevete Holm, descrevem-no como um monstro carnívoro que devora tudo que encontra no mar, com exceção de um pequeno peixe semelhante à carpa, que vive sob sua proteção numa relação que lembra do tubarão com peixe piloto. A noiva da estação ferroviária, também conhecida como a loira das ferroviárias. Uai, tá louco, mais uma loira. Por que será que todos os fantasmas femininos do Brasil tem que ser loira? Alguém explica isso? Pelo amor de Deus, eu simplesmente não entendo. Nem tem tanta loira no Brasil, porque todos os fantasmas são loiros. Enfim, voltando. Ela é uma figura fantasmagórica que assombra antida estações de trem pelo Brasil. E segundo a lenda, ela aparece vagando entre trilhos e vagões abandonados vestido de noiva, sempre em busca de um marido, seja aquele que abandonou no altar ou uma nova vítima. Relatos indicam que ela costuma atacar homens solitários que passam pelo local, especialmente durante a noite. E a origem exata da lenda varia conforme a região, mas o seu tom melancólico e ameaçador sempre é constante. E um dos locais mais famosos onde essa lenda ganha força é o distrito de Marcílio Dias, localizado em Canoinhas, em Santa Catarina, porque lá tem uma série de casarões antigos e uma estação ferroviária em ruínas. Um cenário macabro que contribui para alimentar os contos passados de geração em geração. Os Lamai, também chamados de homens morcego, são criaturas híbridas descritas em lendas do sertão de São Vicente e do Araguaia. Essas figuras aterrorizantes vivem uma montanha conhecida como Rocha do Morcego, onde há uma caverna que, segundo relatos indígenas, abrigava seres chamados de Cupedie Ep, que eram basicamente humanos, mas com as morcego. E eles são conhecidos por sugar a energia vital e o sangue das vítimas. Diversos caçadores foram mortos por essas entidades, até que os guerreiros apinangés tentaram exterminá-los, queimando sua caverna. E embora tenham fugido pelo alto da rocha, os cuped deixaram um menino para trás, que apesar de criado por humanos, logo morreu, deixando uma estranha canção como último legado. E essa lenda tomou novas proporções com o passar do tempo, especialmente por causa de uma criatura empalhada e exposta no museu da história natural Wilson Stenovic, que se assemelha muito ao Humanoide morcego. Nas noites de luar, nas praias próximas à guarita, os pescadores contam sobre um pequeno ser que surge silenciosamente, vestido com roupas extravagantes e coloridas. Ele corre pela praia até desaparecer misteriosamente dentro das rochas. Dizem que ele é um dos anõezinhos guardiões de um antigo tesouro escondido. Baús repletos de ouro e diamantes enterrados por piratas do século X7 que saqueavam galeões espanhóis carregados de riqueza as vindas do Peru. Mas esses pequenos seres não vivem apenas para proteger tesouros. Eles permanecem nesse lugar para preservar a beleza natural do litoral, uma vez que eles são apaixonados pelas plantas, animais e o equilíbrio do ecossistema local. E se um dia você tiver a sorte de encontrar um deles, não tente se aproximar e nem falar, apenas observe, pois dizem que presenciar o trabalho de um gnomo é uma bênção silenciosa da natureza. O diabo da boate Lua Azul é uma das lendas urbanas mais marcantes de Rio Branco, no Acre. Nascida durante um carnaval do início dos anos 2000. Na época, a boate Lua Azul era um ponto de encontro popular entre os jovens, inclusive entre os chamados crentes desviados, atraídos pela bebida conhecida como bebida do capeta. Na última noite de carnaval, por volta da meia-noite, testemunhas juraram que o próprio diabo apareceu no local com rabo, chifres, olhos vermelhos e língua de cobra. Inicialmente pensaram se tratar de apenas uma fantasia, até que ele dançou com uma jovem e diante de todos desapareceu no ar, deixando apenas fumaça e cheiro de enxofre. A jovem desmaiou e mais tarde revelaram que ela era uma afastada da igreja. O acontecimento gerou muito pânico e até fotos circularam mostrando a figura demoníaca abraçada com frequentadores e a moça caída no chão. E a repercussão foi tanta que muitos jovens voltaram para suas igrejas e a boate começou a perder público até fechar de vez. Mas há quem diga que tudo foi uma armação de concorrentes para sabotar o local, mas outros defendem que foi mesmo uma visita sobrenatural. E até hoje o caso é lembrado como o dia em que o diabo foi dançar na lua azul. No coração da floresta amazônica, o povo Yanomami conta as história sobre os Aum Pará, também chamados de Perril Atinome. Essas criaturas são descritas como peixes gigantes e peludos com braços que vivem nas águas profundas dos rios e possuem comportamento antropofágico, ou seja, eles comem seres humanos. E segundo a tradição, eles não são apenas predadores físicos, mas também detentores de poderes mágicos. Os relatos dizem que os aumpaná se unem para atacar humanos e certa vez teriam mordido e destruído uma ponte usada pelos ianomames, fazendo com que os sobreviventes da queda fossem transformados em porcos. E falando em peixe, no litoral brasileiro, muitos pescadores contam a história do peixe de olhos de fogo, uma criatura que habita uma caverna próxima ao mar. Quando as redes voltam vazias e o mar se recusa a oferecer seus frutos, os moradores logo culpam o monstro e dizem que é preciso apagar o fogo dos seus olhos para que os peixes voltem a aparecer. Além da conta que enfurecido pela presença humana e pela pesca desenfreiada, o peixe sai da gruta, causa naufrágios, devora pescadores e impede qualquer um de entrar no mar. E como eu disse, a situação só melhora quando alguém com coragem resolve enfrentar o ser e apagar as chamas que saem dos olhos. E a cada 100 anos, a maldição retorna. O primeiro herói, um jovem chamado Pedro, descobriu que o monstro tem aversão à água nos olhos e com uma onda conseguiu cegá-lo por quase um século. E desde então o ciclo se repete. O peixe volta para assombrar os pescadores e é necessário que outro herói valente entre na caverna e o enfrente novamente. Mesmo assim, o monstro nunca mais deixou se ver, preferindo agir nas sombras, trazendo medo e incerteza para quem depende do mar para viver. O chulaxáque é uma das figuras mais intrigantes do folclore amazônico, especialmente entre os povos do Peru e do Brasil. A criatura é descrita como um ser pequeno, feio e com os pés deformados, sendo um maior do que o outro e até mesmo virado para trás. E essa característica o torna bem reconhecível, mesmo quando tenta disfarçar. Isso porque ele tem a habilidade de se transformar em parentes, amigos distantes ou até em animais da floresta. Tudo para atrair suas vítimas cada vez mais para dentro da mata, onde se perdem e nunca mais voltam. Dizem que até caçadores experientes são enganados por ele. Além disso, o Schulaque também é visto como um espírito guardião da floresta e ele pune aqueles que desrespeitam a natureza ou caçam de forma imprudente, podendo amaldiçoar uma pessoa com azar extremo, destruição familiar ou a perda total da sorte na caça. E em algumas versões, ele até desafia os homens para uma briga. E só quem vence essa trocação franca descobre tesouros enterrados na selva. E há relatos de que ele pode roubar crianças humanas para criá-las como se fossem suas, transformando-as em seres como ele. O burro dos olhos vermelhos é uma lenda típica do Piauí que conta a história de um rapaz que foi castigado por blasfêmia e desrespeito à religião, à natureza e à pessoas. Ele foi transformado em uma criatura meio homem, meio burro, com olhos vermelhos que lançam chamas infernais. Durante quase o ano todo, ele vaga pelas matas e só nas noites, entre quinta e sexta-feira santa, consegue voltar temporariamente à forma humana. Porém, toda vez que ele tenta entrar na sua antiga casa, ele se transforma novamente no burro e é expulso pelos moradores. E quem olha nos olhos dessa entidade pode enlouquecer ou até mesmo morrer perdido na mata, já que o burro também suga suas energias, deixando-as fracas e desmaiadas. E a lenda diz que o burro aparece mais intensamente na semana santa e no dia de finados, quando a barreira entre o mundo dos vivos e o mundo dos mortos fica mais fraca. Para espantar o burro dos olhos vermelhos, é preciso fazer um ritual com uma cruz de madeira, uma vela acesa no centro e quatro dentes de alhos posicionados nos pontos cardeais. E tudo isso o afasta rapidamente. A dona morango, também conhecida como bruxa do morango, é uma personagem dos contos de Rosana Caramelo. Ela é uma bruxa ligada especificamente aos morangos. Por isso o apelido e seu bolo preferido é justamente o de morango. Dona morango tem o poder de deixar a pele bem branca e suas roupa sempre em tom de vermelho com desenhos de morango, reforçando ainda mais sua ligação com a fruta. Na mitologia dos contos, ela faz parte de um grupo de bruxas que representam frutas, cada um com sua personalidade e poderes ligados a elas. O kibungo é uma criatura que mistura homem e bicho, conhecida principalmente no folclore da Bahia, com origem nas tradições africanas dos povos bantus. Ele tem uma cabeça enorme e um buraco nas costas que se abre e fecha com família baixa e levanta a cabeça. E é famoso por capturar pessoas, especialmente mulheres e crianças, jogando-as dentro desse buraco. Apesar de assustador, o Kibung é considerado covarde, vulnerável e pode ser morto facilmente com qualquer arma. Na Bahia, o kibungo virou uma espécie de bicho papão local usado para assustar crianças desobedientes e forçá-las a dormir cedo. O M Boitu é um monstro lendário da mitologia guarani conhecido como a serpente papagaio. Ele tem o corpo de uma cobra gigante, mas com cabeça e bico de papagaio, além de uma língua bifurcada vermelha. Sua cabeça é coberta de penas e ele possui asas nas cores branca, vermelha e preta. Na caudda carrega um artefato metálico com cristais que permitem voar e reduzem o poder do seu veneno. E essa criatura é a protetora dos pântanos e dos anfíbios, vivendo em ambientes úmidos e floridos. E o seu grito é tão poderoso e aterrorizante que pode causar danos físicos graves em quem escuta de perto. Além disso, seu olhar traz visões horríveis e premonições angustiantes, assustando qualquer um que o encontre. E ele é um dos sete monstros filhos do casal divino Tau e Guerana. O Bolaro é um espírito místico dos povos indígenas turanos. Conhecido por seus pés virados para trás, ele vagueia pelos igarapés, protegendo os instrumentos sagrados de Juru Pari. Contra a curiosidade de mulheres e crianças, essa criatura é temida porque chupa o cérebro de suas vítimas, o que por si só já é um detalhe bem macabro. Apesar de existir em versões masculinas, o Bolaro costuma ser apresentado como uma figura feminina, uma mulher de cabelos longos e vermelhos, pele clara e uma aura misteriosa. Ele também carrega objetos que rouba da casa dos índios ou que pega após eliminar suas vítimas, reforçando ainda mais seu lado sombrio. E muitos a vem como uma espécie de versão feminina do famoso curupira. A velha branca e o bode vermelho é uma lenda urbana do Recife ambientada no final do século XIX. E a história gira em torno de uma idosa extremamente religiosa que vivia num casarão cercado de frutos raros e cuidava com obsessão de uma estátua do menino Jesus de Praga, onde escondia suas joias. Egoísta e avarenta, ela ignorava suas sobrinhas e guardava todo o afeto apenas para a imagem do santo. Certo dia, enquanto jantava, ela foi surpreendida por um forte cheiro de enxofre e diante dela surgiu um bode de pelo vermelho, uma aparição demoníaca que só ela conseguia ver. E desde esse dia, a idosa defininhou fisicamente e espiritualmente até morrer. E ela definhou tanto, mas tanto, que coube de um caixão de criança. A lenda diz que o bode vermelho era o próprio demônio vindo buscar a alma da velha como punição por seu egoísmo e obsessão. E após essa visita, a mulher perdeu toda a vontade de viver como se tivesse sido condenada a um vazio eterno. Essa lenda urbana envolvendo a reitoria da UFPR mistura tragédias reais e relatos sobrenaturais que circulam há décadas entre os estudantes e funcionários. Tudo teria começado nos anos 80, quando um aluno inconformado com o fim de um relacionamento proibido com a professora se jogou no 11º andar do prédio. E desde então, vários relatos indicam que o espírito desse rapaz permanece ali como se revivesse eternamente o desespero que o levou à morte. E em 2005, um novo caso reaccendeu os rumores. Um estudante de história, aparentemente saudável e sem sinais de depressão, também se jogou do mesmo andar e havia contado amigos que conversava com um garoto que havia morrido ali anos atrás. Em 2012, mais um episódio perturbador se juntou à lenda, quando uma jovem caiu do prédio após alegar, ouvir vozes. E não é só nas janelas que a assombração se manifesta. Na biblioteca da reitoria há relato sobre o espírito de uma estudante ruiva que ajuda alunos a encontrar livros e ela teria morrido nos anos 70 após cair no fço do elevador. Entre sussurros nos corredores, quedas inexplicáveis e aparições silenciosas, a reitoria da UFPR se tornou um dos locais mais temidos e fascinantes da cena sobrenatural curitibana. Na década de 1980, moradores do Jardim Tóquio em Londrina começaram a relatar algo perturbador. Em noite de lua cheia, cães e outros animais domésticos eram encontrados mortos com marcas misteriosas e sinais de violência. E rapidamente surgiram boatos de que um lobisomem rondava a região, especialmente nas divisas com jardim redimi. Alguns juraram ter visto a criatura, uma figura alta, peluda e de olhos brilhantes que ficava espreitando pelas sombras. Essa história se espalhou como fogo e logo virou uma lenda urbana. As crianças passaram a ser alertadas para não saírem de casa à noite e o bairro viveu um curto período de medo coletivo. Mas curiosamente depois da fama, o suposto lobisomem nunca mais foi visto e as mortes cessaram. E até hoje moradores mais antigos ainda contam o caso com certo arrepio, jurando que por pelo menos uma temporada a zona oeste de Londrina foi território de uma fera das trevas. A cabeça satânica é uma figura macabra do folclore brasileiro, especialmente temida nas zonas rurais do Nordeste. A entidade é descrita como uma cabeça humana com cabelos longos, olhos arregalados e feições que lembram o cangaceiro. Ela costuma aparecer de costas para a vítima em locais escuros e silenciosos, como se fosse uma pessoa comum. Então, no momento de puro horror, seu corpo se desmancha e sua cabeça permanece rolando sozinha pelo chão. Há relatos também de que essa cabeça seria carregada por uma entidade maior que a solta ao encontrar uma vítima. A sua origem é incerta, mas acredita-se que o mito tem a influência portuguesa e as famosas lendas de cabeças voadoras. E o pavor da lenda é tanto que muitas pessoas evitam até mencionar o seu nome. Dizem que seu toque adoece e que ela é capaz de dividir-se em duas partes para se locomover simultaneamente. Uma habilidade chamada de bilocação. E a única forma eficaz de afastá-la seria pendurar uma cruz feita com as palhas do Domingo de Ramos na porta de casa, uma prática bem comum no interior. E para muitos essa cabeça demoníaca não é só apenas uma aparição assustadora, mas também um verdadeiro presságio de desgraça. Durante o século XIX, o temido dono do Engenho Ponte no litoral norte do Alagoas ficou conhecido por sua extrema crueldade com os escravizados, chegando a enterrá-los vivo e até matar a própria filha. Após sua morte misteriosa com o caixão recheado de pedras, moradores da região passaram a ouvir gritos ensurdecedores de um bode vindo do engenho até sua casa de praia. Acredita-se que o cruel senhor teria se transformado em uma criatura demoníaca conhecida como Bod, uma entidade horripilante que aterrorizou vilarejos inteiros com seus berros assustadores. Com o tempo, o bode parou de ser visto, mas passou a visitar as pessoas em sonhos indicando locais onde supostos tesouros estariam enterrados. Alguns tentaram desenterrar o ouro, mas sem sucesso, enquanto outros se recusaram por medo de se tratar de coisa do diabo. E posteriormente, a casa do Engenho foi usada como delegacia, depois habitada por dois irmãos que, segundo os moradores, viravam lobisomens. E com o passar dos anos, a casa foi saqueada até restarem somente ruínas. O Xundara, também conhecido como peixe Xundara, é uma criatura colossal do folclore brasileiro, com origens entrelaçadas a mitos africanos e indígenas. Sua aparência lembra um peixe boi, mas com proporções mais gigantescas comparado a seres mitológicos greco-romanos. Habitante de rios profundos e regiões isoladas, a sua presença é considerada tanto um presságio quanto um mistério. Uma criatura rara, quase impossível de ser vista e ainda mais de ser capturada. E a sua lenda carrega um aviso um tanto sombrio. Caso alguém consiga matar a criatura, será graciado com sorte eterna. Mas apenas se a vítima for o segundo ou terceiro da espécie avistado, matar o primeiro é considerado um ato maldito, trazendo uma tripla maldição ao responsável, especialmente se for um caçador ou parente de alguém que já tenha cometido esse erro. No interior do Piauí, uma história de assombração tomou conta do imaginário popular com o caso da professora fantasma. Tudo teria começado quando uma menina chamada Laura, moradora da zona rural de Altos, contou a sua mãe que havia sido repreendida por uma professora desconhecida durante uma visita temporária à outra escola. O detalhe perturbador era que ninguém mais, nem sua irmã, que estudava ali, nem os funcionários da escola, lembravam de tal professora. E a descrição física feita pela criança coincidia Cadmali, uma antiga professora conhecida por sua rigidez, que havia morrido tragicamente após ser assassinada pelo ex-namorado. Intrigada, a mãe levou Laura até o túmulo de Mali, onde a menina reconheceu imediatamente o rosto da falecida, mesmo com o rosto da lápide de Roberto. O caso ganhou força nas redes sociais e entre os moradores da cidade como um relato verídico de manifestação espiritual. O caso dos irmãos Aragãos é uma daquelas histórias tão perturbadoras que faz a gente questionar se realmente é verdade. Em junho de 2005, nos arredores de Manaus, três irmãos, Soberval, Reinaldo e Alícia realizaram ritual macabro com a intenção de invocar uma entidade chamada Hortembrac. O ritual envolvia elementos esotéricos como círculos de proteção, velas pretas, textos bíblicos queimados e recitações em latim. E segundo a carta deixada por Roberv, tudo teria saído do controle quando a entidade passou a influenciar seu irmão e exigiu relações com a própria irmã como parte do pacto. E a situação culminou em violência, loucura e morte. E esses desdobramentos foram trágicos. Reinaldo foi encontrado morto com sinais estranhos. RV morreu asfixiciado e Alícia foi achada desnorteada na mata completamente nua. A carta encontrada depois narrava todos os passos do ritual e as perturbações que o trio sofreu, incluindo visões, ataques espirituais e perda do controle da realidade. A polícia nunca confirmou a existência do gravador mencionado por eles e a família se recusou a dar mais declarações. Desde então, o caso se tornou uma lenda moderna, levantando debate sobre rituais de invocação, forças ocultas e os perigos de brincar com o desconhecido. E muitos acreditam que há mais por trás dessa história do que os registros oficiais revelam. O bicho homem é uma das figuras mais assustadoras e misteriosas do folclore brasileiro. Ele é descrito como um ser colossal com apenas um olho no centro da testa e uma única perna com pé redondo que deixa pegada semelhante ao fundo de garrafa, o que lhe rendeu o apelido alternativo de pé de garrafa, que também é outra criatura diferente do folclore brasileiro. Suas mãos têm dedos longos e desformes, com unhas afiadas como garras, e seus gritos são tão aterradores que fazem os moradores da serra se esconderem. E dizem que ele tem força suficiente para derrubar montanhas com socos e sede para secar rios inteiros. A Seius, também conhecida como velha gulosa, é uma fada do folclore indígena brasileiro, famosa por sua fome insaciável. Além da conta que durante uma pescaria ela viu a sombra de um homem na água, mas não conseguiu pegá-lo. Irritada com isso, ela ordenou que as vespas e formigas atacassem um rapaz que acabou se salvando, mergulhando no rio. Porém, Sei o capturou e levou para casa, planejando a Salá-lo para saciar sua fome. A filha de Seu, se sentindo pena do rapaz, o libertou e o alertou para fugir e se proteger do canto da Cancan, que seria mais ou menos um canto que indica a aproximação da velha. Ela também deu a ele artefatos mágicos para usar contra a mãe. E durante a fuga, o homem usou esses artefatos que se transformaram em animais, enganando a velha que os devorava sem perceber o truque. E mesmo assim a velha gulosa continua a perseguição até o rapaz encontrar refúgio. E essa lenda aí é basicamente a lenda de João e Maria, só que brasileira. Agora vamos para a última lenda e finalizar a camada. 7. O hotel Brisol, localizado no coração de São Paulo, carrega uma história que mistura luxo do passado, abandono e lendas urbanas aterrorizantes. Construído no início do século XX, o prédio possui uma arquitetura eclética cheia de detalhes ornamentais que contam uma história em que ele era ponto de encontro para negócios e viajantes. Porém, o que antes era símbolo de requinte, hoje é palco de relatos sombrios e acontecimentos assustadores. passa perto do hotel, ouve histórias de vultos que surgem nas janelas, sons inexplicáveis e até a famosa velha do Titanic, uma misteriosa aparição feminina ligada a uma tragédia desconhecida dentro do prédio. E com isso nós terminamos a camada sete do iceberg. Hora de irmos para a penúltima camada, a camada oito, também conhecida como vazio. Então, bora lá. [Música] E como eu disse, é hora de entrar no vazio pós-oceânico. Na região das vertentes, em Minas Gerais, há um nome que muitos preferem não pronunciar, a desgraça pelada. E segundo o folclore local, trata-se de uma entidade assustadora, uma mulher altíssima, magra, com pele ressecada e um olhar sombrio. Dizem que ela parece para aqueles que vivem amaldiçoando a própria sorte como uma forma de punição sobrenatural por palavras negativas e blasfêmias. E sua figura é tão chocante que seu único poder é causar terror absoluto em quem a ver. Mas existem versões ainda mais sombrias. Há quem afirme que ela é um espírito maligno que vive em lugares sujos e degradados, se alimentando de restos e até fezes de animais. E quando persegue alguém, é como um encosto difícil de afastar. E os seus ataques envolvem risadas macabras, xingamentos e até possessões violentas. Em alguns relatos, ela aparece sem rosto ou com rosto substituído por um buraco escuro. Ela é o símbolo da ausência total de graça divina e um aviso de que palavras têm peso e consequências. No sertão do Cariri paraibano, na pequena cidade de Amparo, uma história marcada pela dor e pela fé popular ganhou força através das gerações. Ali existe uma capela simples, conhecida como a Cruz da Menina. E segundo a tradição oral, o local guarda a memória de uma criança anônima que morreu de fome e sede durante um dos muitos períodos de seca que devastaram o Nordeste entre os séculos XIX e XX. Viajando com a família em busca de abrigo e alimento, a menina não suportou a longa caminhada e desmaiou onde hoje ergue-se a cruz. Dizem que seus últimos momentos foram de desespero absoluto, encontrada já sem forças, ainda tentando mastigar um lenço na esperança de extrair algum líquido. E essa tragédia tocou profundamente os moradores da região que passaram a considerar a criança uma santa popular. E essa história ganhou contornos milagrosos com o tempo, como sonhos, curas e promessas cumpridas. No interior do Rio de Janeiro, na cidade histórica de Vassouras, uma flor misteriosa intriga moradores e visitantes há mais de um século, conhecida como a flor de carne, ela surge todos os anos na mesma sepultura, a do Monsenhor Ros, um padre que morreu em 1875 e pediu para ser enterrado em uma cova rasa sem caixão. E segundo a tradição oral, a flor brotou pela primeira vez 10 meses após a sua morte e desde então reaparece fielmente em novembro, justamente o mês dos mortos. Seu cheiro forte, semelhante ao de carne podre, faz com que muitos acreditem que ela é mais do que uma simples planta. Seria um sinal do além. uma manifestação espiritual ligada ao padre que em vida cuidava dos escravizados e dos indigentes da cidade. No coração de Curitiba, a casa Hoffman guarda não apenas a memória de uma família austríaca do século XIX, mas também o espírito inquieto de uma jovem artista. O casarão, que já foi símbolo de prosperidade da família Hoffman, hoje abriga o Centro de Estudos do Movimento, um polo cultural dedicado às artes performáticas. No entanto, por trás das paredes de arquitetura histórica, ecou uma lenda que mistura tragédia e devoção, a da bailarina da casa Hoffman. Dizem que uma jovem chamada Patrícia, diagnosticada com câncer, decidiu enfrentar sua doença de forma incomum, recusou os tratamentos médicos e optou por dançar até o fim. Ela teria desmaiado e morrido durante um ensaio, exatamente no lugar onde tantos outros seguem seus próprios passos de arte. E desde então relatos dão conta de que seu espírito nunca deixou o salão. Testemunhas afirmam ver sua silueta leve e etérea se movendo suavemente pelas janelas, especialmente nas noites de lua cheia. Mas o que mais chama atenção é que ao invés de assustar, a presença da bailarina parece ajudar. Alunos afirmam sentir um toque sutil nos ombros, passos conduzidos por mãos invisíveis e uma energia acolhedora nos momentos de dúvida ou cansaço. E para muitos, Patrícia se tornou uma guardiã do espaço artístico, um espectro não de dor, mas de amor à dança. O edifício onde hoje funciona o Sesc Passo da Liberdade em Curitiba é cercado por uma atmosfera pesada e por relatos assustadores que se acumulam desde os anos de 1930. E tudo começou quando o local ainda era o antigo cine Curitiba. Na época, uma mulher casada teria sido flagrada pelo marido enquanto entrava no cinema com amante. Uma descoberta que terminou de forma brutal. Ela foi eliminada a facadas pelo próprio marido. Com isso, nasceram boatos de que o espírito da mulher passou a assombrar o antigo cinema, que acabou demolido no final daquela mesma década. Mas a sensação de tragédia não parou por aí. Nas décadas seguintes, novos episódios violentos reaccenderam as histórias macabras. No ano de 1980, surgiu outro caso. Um homem teria ordenado a morte da esposa para receber o seguro de vida. E em 2008, novamente, o prédio voltou a ser palco do horror. Uma mulher que afirmava ver espíritos e dizia que entidades atormentavam sua família, acabou cometendo um ato extremo. Jogou sua filha de apenas 8 meses do sexto andar, acreditando estar livrando a criança das forças do mal. O presídio a rua em Curitiba carrega uma herança marcada por violência e mistério. Funcionando por mais de um século, o Cadeião foi palco de rebeliões, assassinatos brutais e incontáveis histórias sinistras que assombraram quem trabalhou ou viveu próximo ao local. Um dos relatos mais marcantes envolve o assassinato de um detento isolado que, mesmo trancado em segurança, foi caçado por presos após renderem um agente penitenciário. Os gritos do homem preso em sua cela earam por todo o presídio, enquanto seus algozes tentavam abrir a porta. E quando conseguiram, a execução foi descrita como extremamente brutal pelos próprios funcionários. E além dos episódios reais, surgiram lendas que alimentaram ainda mais o imaginário popular. Uma das mais conhecidas fala sobre um grupo de presos que teria feito a famosa brincadeira do copo para invocar espíritos. E no dia seguinte todos foram encontrados mortos. Há também histórias de bolas de fogo flutuando nas galerias, aparições de um homem de cartola nos corredores e até espíritos vistos no lado de fora nas madrugadas de sexta-feira 13. A lenda da velha barragueira é um dos contos mais marcantes e misteriosos de ilha solteira no interior de São Paulo. E tudo começou nos anos de 1950, quando uma senhora humilde e idosa vivia com seu filho em meia mata, nas terras que mais tarde seriam inundadas pela construção da hidrelétrica da região. Quando o governo iniciou as desapropriações, muitos moradores foram obrigados a abandonar suas casas, mas o filho da velha entrou em profunda tristeza e sumiu misteriosamente. Pouco tempo depois, a mãe também desapareceu sem deixar vestígios e desde então, trabalhadores da barragem começaram a relatar encontros estranhos com a figura de uma mulher muito velha que surgia apenas para quem estava sozinho, sempre em silêncio e com uma aparência simples. E alguns relatos como do professor Dak Mendes, alimentaram ainda mais essa história. Ele conta que certa madrugada, enquanto voltava de viagem, parou seu gipe antigo chamado Rocinante para urinar na estrada. Foi então que viu uma figura idosa sentada ao volante do carro e assustado, ele mal conseguiu reagir e quando se virou novamente a mulher havia desaparecido, mas o Jeep havia voltado a funcionar sozinho. E esse episódio só ganhou sentido para ele dias depois, quando ouviu pela primeira vez sobre a lenda da velha barragueira. A lenda do fantasma da Praça da Ucrânia é uma daquelas histórias urbanas que misturam tragédia e um toque de surrealismo. E segundo folclore local, todas as sextas-feiras uma mulher grávida e pálida aparece na praça, sempre repetindo o mesmo pedido. Um sanduíche de mortadela de uma barraca específica com um toldo cor de canela. A origem da história remonta uma tarde comum na feira, quando uma jovem acompanhada do marido, foi atingida por balas disparadas por um motoqueiro que queria matar o esposo. A grávida não resistiu aos ferimentos e dizem que morreu com um desejo não realizado, aquele fome gerado, pão com mortadela. Ou seja, o Chaves é um espírito que não comeu sanduíche de presunto. Essa história se passa na antiga Avenida João Coelho, atualmente Constantino Neri. Reza a lenda que sempre se via tarde da noite uma moça caminhando sozinha pela ladeira em noite de lua cheia. E um sujeito conhecido por sua fama de conquistador, que era conhecido como Zazá, resolveu tentar a sorte com a misteriosa jovem. Ele encostou a bicicleta e ofereceu uma carona. E ela, com a voz fraca, disse que sentia muita dor no dente. E animado, com a chance de impressionar, Zazá se aproximou, pediu que ela abrisse a boca e se preparou para roubar um beijo. Mas o que aconteceu ali foi digno de um filme de terror. Ao virar o rosto, a moça revelou uma boca monstruosa com dois dentões enormes assustadores. E apontando para eles, ela disse: “Esse aqui é o problema”. E o homem apavorado saiu pedalando com tanto desespero que foi parar longe da sua casa. E essa história ensina nunca abordar pessoa aleatória na rua, ainda mais de madrugada. Só vai paraa casa, pô. Fica de boa em casa, é mais seguro. Na cidade de Itajubá, Minas Gerais, existe uma lenda curiosa sobre Gabriela de Moura, uma mulher que odiava ser fotografada. Dizem que em vida ela só permitiu um único registro de sua imagem e que após a morte seu filho mandou construir uma estatueta de bronze em tamanho real para colocá-la junto ao túmulo no cemitério da cidade. O que ninguém esperava era que pouco tempo depois a estátua fosse misteriosamente encontrada no centro da cidade. E desde então moradores acreditam que o espírito de Gabriela passou a assombrar quem ousa fotografar sua imagem ou sua estátua sem permissão. Lenda ainda afirma que quem tira uma foto sem autorização é perseguido por ela durante a noite até que apague o registro. Posteriormente, a estátua foi devolvida ao cemitério, onde permanece até hoje só esperando alguém tirar uma foto. E esse é o famoso fantasma introvertido. No centro histórico de Curitiba, uma figura marcou presença por anos, o fame gerado gato Boris, um felino preto que andava livremente entre, bares e ruas antigas da cidade. Elegante e silencioso, Bor se tornou uma espécie de guardião do local. Mas o que realmente chamou atenção foi a lenda que cresceu ao seu redor. Dizem que nas noites de lua cheia ele se transformava em um homem misterioso, visto caminhando pelos bares da região, como se observasse tudo em silêncio. E mesmo após sua morte em 2016 e o fechamento do Sebo, onde vivia, muitos afirmaram que o espírito de Boris ainda ronda o local. O gato Kiko é mais uma lenda de gato e mais uma lenda de Curitiba. E ela fala de um gato que seria a reencarnação de um antigo morador da rua Dr. Murici. E é só isso mesmo, não achei mais nada sobre. No alto do edifício Acácia, na praça Zacarias, em Curitiba. Nossa Senhora, Curitiba de novo, uma imponente águia de duas cabeças observa a cidade silenciosamente e essa escultura misteriosa, símbolo da maçonaria, resistiu à demolição do antigo templo maçônico construído ali em 1919, permanecendo como marco histórico. Dizem que a águia representa o grau 33 da maçonaria, simbolizando sabedoria, vigilância e equilíbrio entre o passado e o futuro. E com o tempo, é óbvio que surgiram lendas em torno da escultura. Alguns moradores afirmaram que à noite a águia ganhava vida e voava pela cidade para assustar as crianças ou vigiar quem ousa desrespeitar seus símbolos. Em outubro de 2009, moradores da região da Vársia no Brasil começaram a relatar ataques misteriosos a animais de perseguições às pessoas, o que deu origem à lenda do monstro da Vársia. A criatura foi descrita como ser alto com cerca de 2,40 m de altura, uma pele escura, olhos vermelhos e uma cabeça semelhante a de um cachorro. Embora também tivesse feições humanoides distorcidas, a polícia chegou a investigar o caso após relatos de ataques a jovens, mas nada foi oficialmente encontrado. O único registro visual da criatura teria sido feito por um morador chamado Josias S, que gravou um vídeo na madrugada de 31 de outubro. E essas imagens mostrariam a criatura em transformação com um rosto que oscilava entre formas humanas e monstruosas. E embora o vídeo original tenha sido removido da internet, uma cópia republicada em 2017 ainda circula entre os entusiastas do mistério. No bairro do Pilarzinho, em Curitiba, onde estão localizadas várias emissoras de TV e rádio, existe uma lenda sobre uma casa de um antigo morador que cometeu auto extermínio. E após sua morte, fenômenos estranhos começaram a ocorrer no local que mais tarde se tornou uma rádio. O homem que era conhecido por seu gosto por música clássica teria começado a interferir nas transmissões trocando músicas de pop rock por composições eruditas. Um locutor da época relatou alterações súbitas nas faixas que estavam no ar e mudanças inexplicáveis na frequência sonora. E durante os anos 80, o caso ficou ainda mais estranho quando o suposto espírito teria feito uma ligação ao vivo para o programa da rádio, deixando uma mensagem para sua esposa. E funcionários da emissora afirmam que até hoje vozes são ouvidas nos plantões noturnos, especialmente aos domingos, e portas abrem e fecham sozinhas. A mulher de 7 m é uma das figuras mais intrigantes e desconhecidas do folclore brasileiro. Conhecida por surgir, principalmente na época da Quaresma, essa entidade é descrita como uma mulher gigantesca com altura que ultrapassa os 7 m. Os relatos indicam que ela costuma aparecer em áreas rurais, campos abertos ou pontes, apenas caminhando silenciosamente, sem atacar ou interagir. E o seu rosto nunca é visto, pois está sempre alto demais ou envolto por alguma distorção visual. Em montes claros, h relatos de um ônibus que teria passado entre suas pernas, reforçando ainda mais seu tamanho descomunal. E quem tenta se aproximar dela nunca consegue. Quanto mais se corre em sua direção, mais distante ela parece ficar. como se o espaço ao redor dela simplesmente se curvasse. Além disso, segundo a lenda, existem algumas variações da sua aparência. loira de vestido branco, ruiva de marrom ou morena com trajes escuros, o que alguns acreditam indicar estágios na sua transformação. E embora não cause dano direto, sua simples aparição já é o suficiente para gerar medo, sendo vista por muitos como um aviso ou uma espécie de presságio. Em Kanguaretama, no Rio Grande do Norte, existe uma lenda antiga sobre uma baleia encantada que repousaria sob a igreja matriz de Nossa Senhora da Conceição. De acordo com a história, se a imagem da padroeira for retirada do altar, a criatura despertaria, provocando temores e rachaduras que liberariam um grande rio capaz de inundar toda a cidade. Moradores afirmam que rachaduras persistentes na base da igreja e temores frequentes seriam sinais dos movimentos da baleia. E a origem da lenda remonta ao século XIX, época em que a igreja foi construída com técnicas que incluiam areia, pó de ostra e óleo de baleia. E acredita-se que a história tenha surgido como uma forma de proteger o templo contra roubos. E curiosamente, versões semelhantes da lenda também aparecem em outras cidades onde o frei Serafi de Catânia atuou, como a cidade de Seará, Mirim e Nova Cruz, reforçando a ideia de que essas narrativas eram comuns em construções religiosas da época. No bairro Cubatão e Votorantim, moradores relatam a décadas aparição de uma figura sombria conhecida como homem da capa preta. Segundo a lenda, ele seria o espírito de um antigo capitão do mato que vagueia pelas ruas desde o tempo da escravidão. E as descrições sobre ele são sempre semelhantes. Um homem alto vestido com roupas pretas, capa e chapéu, sem os pés e flutuando silenciosamente. Muitos dizem ouvir à noite sons de correntes, cavalos e cantigas vindas de um cemitério antigo nos arredores, reforçando ainda mais a atmosfera sobrenatural do local. As testemunhas contam que o espírito aparece sempre durante a noite, geralmente à meia-noite, e costuma desaparecer de forma repentina. Em uma das histórias mais conhecidas, uma moradora viu a figura provocando seu cachorro e, em outro momento a viu desaparecer ao olhar pelo retrovisor do carro. E apesar do medo que a lenda já causou, atualmente os moradores mais antigos dizem estar acostumados com sua presença. O memorial da resistência em Mossoró foi construído para homenagear a corajosa defesa da cidade contra o ataque do bando de Lampião nos anos de 1927. No entanto, com o passar dos anos, surgiu uma lenda que adicionou um tom mais sombrio ao local. Dizem que Lampião jamais superou a humilhação da derrota e que por isso ele e seus cangaceiros continuam rondando memorial mesmo após sua morte. Moradores afirmam que por volta das 4 da madrugada, alguns vultos são vistos vagando pelas redondezas e algumas testemunhas dizem ouvir lamentos e sons abafados, como passos e murmúrios vindo do interior do prédio. E para muitos dos moradores são os fantasmas do bando de Lampião, presos à lembrança do único fracasso da sua trajetória. Embaixo das águas do lago Paranoá, um dos cartões postais mais icônicos de Brasília repousam as ruínas da antiga vila Amauri. Um acampamento que abrigou 16.000 operários durante a construção da capital. Em 1959, com o avanço das obras da barragem, a vila foi sendo lentamente inundada e muitos moradores resistiram à remoção. E por isso o processo de evacuação aconteceu de forma apressada. Até hoje, mergulhadores encontram restos de construção, alguns pertences dos moradores e até um ônibus submerso a mais de 27 m de profundidade, preservando assim um pedaço da história da fundação da cidade sobre as águas. A lenda local conta que ao mergulhar no lago, é possível sentir a presença da antiga vila como se o tempo tivesse parado no instante em que a água engoliu tudo. Há também relatos de pequenos tremores e ruídos subaquáticos, alimentando os rumores de que a Vila fantasma ainda guarda questões mal resolvidas. No coração do centro histórico de Salvador, na antiga rua do Passo, está a misteriosa casa das sete mortes. Construída no século X7, a residência guarda uma das lendas mais sombrias da capital baiana. Em 1756, um crime bárbaro ocorreu dentro daquelas paredes. O padre Manuel de Almeida e dois escravizados foram brutalmente assassinados a facadas. E o assassino nunca foi identificado. E desde então a casa passou a ser cercada por relatos de fenômenos estranhos, barulhos inexplicáveis durante a noite, vultas que surgem e somem e a sensação constante de que algo assombra o local. Atualmente, o casarão restaurado funciona como uma escola técnica, mas nem isso afastou os relatos sobrenaturais. E a tragédia das sete mortes, como ficou popularmente conhecida, está registrada no arquivo público da Bahia e alimenta o folclore local até os dias de hoje. No centro de São Paulo, um antigo casarão em estilo medieval guarda uma das histórias mais enigmáticas da cidade. Construído em 1912, o castelinho da rua APA foi cenário de uma tragédia em 1937, quando Maria Cândida e seus dois filhos, Álvaro e Armando, foram encontrados mortos a tiro dentro da residência. E as versões sobre o crime nunca se alinharam. A indício de que as vítimas foram mortas com armas diferentes e até a hipótese de um quarto assassino misterioso foi levantada. O caso jamais foi solucionado e o mistério envolvendo a família dos reis continua alimentando a fama de que o local é mal assombrado. E após décadas de abandono, o imóvel foi restaurado e abriga a sede da ONG Clube das Mães do Brasil, que oferece assistência social à população mais vulnerável. E apesar da nova função, o clima sombrio do castelinho permanece cercado de relatos sobre presenças inexplicáveis, ruídos durante a noite e uma atmosfera pesada. Em São Luís, no Maranhão, existia um sobrado cercado por tragédias e mistérios, o famoso palácio das lágrimas. Construído no início do século XIX, o prédio de três andares abrigava histórias sombrias que envolviam traições, assassinatos e lendas sobrenaturais. Uma das versões mais conhecidas conta que um homem apaixonado por uma bela jovem mantida como concubina pelo dono da casa, envenenou os filhos do Senhor como vingança. E para se livrar da culpa, escondeu frasco com veneno entre os pertences da moça, que foi injustamente acusada e enforcada. E desde então diziam que os degraus da escada do sobrado amanheciam molhados, banhados pelas lágrimas do espírito da mulher inocente. Nos subterrâneos de São Luís, uma antiga lenda ainda assombra o imaginário popular, a serpente encantada. Segundo os moradores, essa criatura colossal vive nas galerias construídas há séculos atrás sob o centro histórico da cidade, que foram originalmente feitas para armazenar água. Dizem que a cabeça da serpente está escondida na fonte do ribeirão e quem encara seus olhos vermelhos e hipnóticos pode nunca mais voltar. E ela cresce sem parar, estendendo seu corpo por igrejas com ventos e becos antigos, como o segredo adormecido sobre os pés da cidade. A lenda também adverte sobre um possível fim catastrófico. Quando a cabeça e o rabo da serpente se encontrarem, São Luís enfrentará terremotos, maremotos e a destruição. O zumbi da meia-noite é popular no Rio de Janeiro e em Pernambuco. E ele é basicamente um fantasma que sai pelas ruas cantando um refrão repetitivo só para zoar. E apesar do nome, ele não é um zumbi, ou seja, esse nome não faz sentido nenhum. O Pinto Pelado, também chamado de gogô, frango pelado ou até Domingos Pinto Colchão, é uma das figuras mais inusitadas do folclore brasileiro. A criatura tem a forma de um galo sem penas, de aparência grotesca, quase demoníaca e poderes sobrenaturais. E ele é conhecido por causar destruição ao invadir casas e por sua força monstruosa, capaz até de engolir rios e criaturas místicas. Em alguns casos dizem que ele pode até devolver a vida à aqueles que aceitam servi-lo. E as aparições do [ __ ] são associadas a matas fechadas, as noites sem lua e a encontros assustadores com caçadores ou pescadores. E no interior do Piauí, o pinto pelado virou uma lenda viva. Em Demerval, Lobão, um caçador jurou ter visto a criatura gigante aparecer embaixo de uma árvore, convidando ele para um forró. Já em Esperantina, perto da cachoeira do urubu, ele surge noite de lua cheia para roubar os peixes dos pescadores e cegar quem tenta capturá-lo. Ninguém sabe ao certo o que ele é, mas todos concordam em uma coisa: encontrar comigo depois do banho é pedir para se ferrar. Desde a década de 1960, moradores do centro de uma cidade próxima à rua Teresa Cristina contam histórias assustadoras sobre uma figura aterrorizante que habita os vagões abandonados da antiga rede ferroviária federal, também chamada de RFFSA. Dizem que tudo começou com um funcionário de comportamento estranho, sujo, de unhas compridas e aparência selvagem, que acabou sendo demitido pelo seu diretor. E sem ter onde morar, ele passou a viver escondido entre os vagões e depois disso nunca mais foi visto como mano. Desde então, em toda sexta-feira de lua cheia, uivos sinistros recam pelos trilhos. Portas são arranhadas durante as madrugadas e vultos rápidos são avistados correndo entre os vagões. E a população da vila vizinha tem uma certeza. O antigo funcionário se transformou em um lobisomem e até hoje assombra os trilhos da ferrovia. E com isso, finalizamos essa camada. E finalizada a camada oito, vamos adentrar na camada nove, a última do vídeo e do iceberg como um todo. Então, bora lá terminar esse trem. [Música] E depois de afundar tanto, chegamos no inferno. Nessa camada, as lendas são extremamente obscuras e macabras. Então vamos finalizar o iceberg em grande estilo. As lendas das afogadas estão espalhadas por praticamente todos os estados do Brasil, quase sempre associadas a meninas que desobedecem suas mães ou a tragédias envolvendo violência e abuso. E esses relatos serviam como forma de assustar crianças para que evitassem tomar banhos em rio sozinhas, mas também carregam camadas mais sombrias de histórias de assassinato. Muitas dessas figuras aparecem como fantasmas vestidos de branco e com olhos brilhando no escuro, atraindo os curiosos com gritos de socorro e levando-os à morte por afogamento. Algumas versões da lenda dizem que quem tenta ajudar ouve lamentos, vê visões e pode acabar amaldiçoado, perdendo a sorte ou a sanidade para sempre. No rio Longá, no Piauí, uma jovem que morreu afogada é ouvida gritando por socorro nas madrugadas. Já nos Tapajós, no Pará, uma menina foi devorada por uma criatura mítica e virou um espírito protetor, mas ainda assombro local com assobios estrondosos. E no rio São Francisco, o famoso velho Chico, inúmeros acidentes reforçaram a fama de lugar amaldiçoado, alimentando as histórias das afogadas que nunca encontraram descanso. A história de Akim dos quatro sóis é um conto raro que mistura elementos da cultura japonesa, chinesa e brasileira, criando um universo fantástico onde quatro sóis representam os elementos da natureza: o fogo, a terra, o ar e a água. Aem nasceu da união entre dois casais reais que eram descendentes diretos desses sóis e tudo ocorreu em meio a uma guerra. E enquanto seus irmãos herdaram um elemento cada, a Kem foi a única a nascer com o poder dos quatro sóis. E após seus pais se sacrificarem para restaurar o equilíbrio do mundo, Kem assumiu a missão de proteger os sóis e manter a harmonia entre os reinos. E ela se tornou guardiã do castelo central e símbolo da união dos elementos. E eu achei muito interessante essa lenda, cara, porque é literalmente uma lenda chinesa padrão que faz parte do folclore brasileiro do nada. No alto sertão de Sergipe, uma lenda antiga ainda provoca calafrio entre os moradores. Trata-se de João Valentim, um homem aparentemente comum durante o dia, mas que, segundo a tradição popular, se transforma em lobisomem durante as noites de lua cheia, especialmente no mês de junho. Nessa época era comum aparecerem animais mortos em fazendas da região e os mais velhos não tinham dúvidas. Com certeza era a obra do lobisomen. A criatura é descrita como alta com feições animalescas, corpo coberto de pelos, unhas compridas e um odor forte de enxofre. E apesar da aparência assustadora, João Valentim nunca atacou pessoas, o que torna a lenda ainda mais misteriosa. Quem cruza com ele durante a noite garante que o susto é inevitável e a história é passada de geração em geração, ganhando força, especialmente nas festas juninas, quando o folclore regional está mais vivo do que nunca. Na cidade distância, em Sergipe, existe uma lenda sinistra e intrigante. Dizem que durante a noite uma criança aparece sob a ponte de uma velha fábrica. Ninguém sabe ao certo se é um menino ou uma menina, pois a única coisa visível são os olhos brilhantes como chamas, que lembram muito uma fogueira acesa. Seu choro suave e inocente atrai os desavisados que se aproximam tentando ajudar apenas para encontrar o vazio ou em alguns casos serem tomados por um medo inexplicável. E essa aparição está fortemente ligada ao clima mágico dos festejos juninos, tão tradicionais na cidade. Com tantas fogueiras e luzes espalhadas por estância durante o mês de junho, muitos acreditam que a criança é um espírito ligado a essa celebração. Essa é uma das lendas mais marcantes do Rio Grande do Norte, contada com jeito poético e carregado de simbolismo típico do sertão. A história fala sobre João, um carreiro que guiava uma boiada durante uma noite de lua cheia, levando um sino sagrado para a capela de estremos. Entre cochilos e toadas melancólicas, ele atravessava a estrada, até que, distraído, comete um erro fatal, pronuncia o nome do coisa ruim em voz alta. E nesse instante o próprio diabo responde: “E antes que pudesse reagir, o pobre João é tragado junto da boiada e do carro para o fundo de uma lagoa. E desde então os moradores da região contam que em noite de quaresma, depois da primeira cantada do galo, é possível ouvir o carro chiando, o sino tocando e os gemidos da boiada vindo das profundezas. No sertão Pontiguar, há uma lenda que paira sobre as águas do poço feio, um local marcado por formações calcárias curiosas e histórias que atravessam gerações. Dizem que em noite de lua cheia, uma moça encantada aparece se banhando nas águas azuis do poço. Seu canto hipnotizante atrai os homens que, enfeitiçados seguem a figura misteriosa até túneis submersos da caverna e nunca mais retornam. E a lenda diz que ela vive presa no baú da moça, uma estrutura rochosa que só abre com o brilho da lua cheia, permitindo que a bela mulher reviva por algumas horas. A história é que muitos acreditam ser anterior à própria colonização portuguesa, possivelmente tem raízes nas tradições indígenas da região, especialmente dos monchoróz. No coração do Rio Grande do Norte, mais precisamente nos arredores da Praça Augusto Severo, circula uma lenda que aterroriza gerações. A da coruja da igreja matriz, também conhecida como rasga mortalha. Dizem que essa coruja misteriosa sobrevou os céus durante a noite, soltando um canto que lembra o som de uma mortalha sendo rasgada e que seu aparecimento é prenúncio de morte. E para afastar o mau agouro, moradores recorrem a gestos e frases mágicas, como a figa ou o clássico Vivos Noivos. Mas a história vai muito além do medo popular. Uma lenda antiga afirma que o espírito de uma mulher assassinada foi aprisionada e uma estátua de coruja pelo próprio pai, que era um feiticeiro conhecido na região. E depois disso, ela foi enviada para vingar sua própria morte. E desde então a aparição da coruja branca passou a ser associada à morte eminente. Entre os ecos do passado colonial do Nordeste há um conto que atravessa os tempos com um texo inquietante, a história do visconde de sua suna narrada por Gilberto Freire, o velho casarão do Pombal, que foi símbolo da riqueza senhorial, acabou envolto numa aura sombria de arrependimento e aparições fantasmagóricas. Dizem que o fantasma do Visconde, um homem que em vida castigava escravos com extrema crueldade, vaga pelas ruínas da propriedade, pedindo perdão e missa. Sempre com dedos longos e pálidos, ele indica quantas celebrações deseja por sua alma inquieta, geralmente três ou cinco, aparecendo para pessoas específicas durante a madrugada. E o fantasma tornou-se tão presente no imaginário local que há quem diga que mesmo depois da casa ter sido transformada numa fábrica, ele continuou aparecendo nas redondezas. Na tradição indígena do sul do Brasil existe uma lenda sobre a origem do pássaro João de Barro. Segundo o mito, Jaebé, um jovem apaixonado pediu a mão da moça mais formosa da tribo, mas para isso precisou provar sua força e amor enfrentando nove dias de jejum, enrolado num couro de anta enquanto era vigiado e contra todas as expectativas ele sobreviveu. Quando foi libertado, o seu corpo começou a se transformar em um pássaro diante de todos, cantando para sua amada, que também foi tocada pelo luar e transformada em um pássaro. Os dois voaram juntos, floresta adentro, desaparecendo para sempre. E com isso, o povo passou a acreditar que os Joões de Barro são reencarnação dos dois amantes. A dedicação da ave na construção do ninho e na proteção dos filhotes é vista como um reflexo da força do amor de Jaebé, que foi tão intenso a ponto de vencer a morte e se eternizar em forma de canto e voo. No Recife do século XIX correu uma história sobre um barão pernambucano que, segundo as lendas, teria feito um pacto com o diabo, embora vivesse como o típico lord da época, frequentando teatros. restaurantes e corridas, era perseguido por uma dívida infernal. De tempos em tempos, recebia um chamado misterioso para encontrar-se com o próprio diabo nas brenhas, sempre em noites escuras, montado num cavalo tão sinistro que parecia não ter saído desse mundo. E ele sempre voltava desses encontros esgotado e com uma aparência cadavérica, como se tivesse visto o próprio inferno. E apesar do respeito que tinha entre as pessoas, o pacto era um segredo que corroía sua alma. As má línguas diziam que ele não era como outros nobres gananciosos, que faziam fortuna por meios ilícitos ou com ajuda demoníaca. O pacto do Barão parecia mais antigo e mais pessoal. A onça Maneta é uma figura do folclore descrita como uma fera selvagem que perdeu uma das patas dianteiras. Mesmo com essa limitação, ela é considerada ainda mais perigosa, agressiva e veloz do que uma onça comum. O seu apetite parece não ter fim e os seus ataques são rápidos e brutais, mirando desde animais de fazenda até pessoas que cruzam seu caminho. O mais assustador é que ela não demonstra qualquer receio. Não importa se é um homem sozinho ou um grupo de caçadores armados, ela ataca com a mesma fúria. É dito que a onça maneta vivia escondida nas matas fechadas, onde é raramente avistada, mas seus vestígios e o rastro de destruição que deixa para trás são inconfundíveis. No interior do Alagoas, uma figura sinistra conhecida como anjo corredor aterroriza engenhos e povoados. Ele é descrito como um andarilho que nunca para, sempre vestido com uma túnica suja e carregando um cajado que usa tanto para se apoiar quanto como arma. E quando ele bate nas canelas dos engenhos durante a madrugada, o som é o suficiente para fazer as crianças se esconderem e as mães trancarem as portas em pânico. E a origem do mito pode estar ligada ao conceito do judeu errante, uma alma condenada a vagar eternamente. Em uma história assustadora numa madrugada gelada de sexta-feira, uma governanta ouviu as batidas e chamou Capataz para investigar. E ao investigar, ele foi brutalmente assassinado com um golpe na cabeça. E não satisfeito, o estranho subiu o casarão e, sem piedade, eliminou todos os moradores, incluindo crianças e empregados com pauladas violentas na cabeça. E depois disso desapareceu pelas estradas escuras. E dizem que até hoje ele vaga por Alagoas, batendo seu cajado nas portas de quem ousa ouvir sua chegada. Diretamente do sul de Minas Gerais, o Shibamba é uma entidade do folclore brasileiro com raízes africanas, considerado uma variação do bicho papão. Coberto por uma longa esteira de folhas de bananeira e sempre dançando de forma lenta e compassada, ele se move como parte de um ritual, emitindo um ronco semelhante ao de um porco. Seu nome, de origem bantu, remete a um tipo de música ou dança africana. E a figura do Shibamba era usada como ameaça para fazer as crianças dormir, principalmente aquelas que choravam ou desobedeciam. A BR316, que corta o Brasil ligando Belém, a Maceió, guarda um trecho particularmente temido entre o barro duro e a passagem franca no Piauí. Embora a estrada seja plana, reta e bem conservada, a taxa de acidentes é assustadoramente alta e muitos moradores atribuem isso a causas sobrenaturais. Relatos de motoristas e motociclistas incluem aparições repentinas de jumentos, de cães e até pessoas no meio da pista que somem logo após causar colisões fatais. O mais intrigante é que esses fenômenos ocorrem em locais sem curvas ou obstáculos, o que torna as mortes ainda mais inexplicáveis. E apesar do ceticismo de alguns, a fama de estrada mal assombrada cresce a cada novo acidente. O sanguan é uma figura peculiar do folclore ítalo gaúcho, especialmente presente nas regiões serranas do sul do Brasil, com origem nas tradições dos imigrantes italianos, ele é descrito como ser pequeno e vermelho ágil brincalhão, que vive nos Pinheirais e adora pregar peças nas pessoas. Apesar de gostar de assustar crianças, levando-as para o alto das árvores ou matas densas, ele nunca as machuca, oferecendo até mel e água durante o sequestro. Agora, entre os adultos, ele costuma praticar travessuras inofensivas, especialmente contra os preguiçosos e os bêbados. Algumas versões mais modernas até afirmam que ele surfa em lava com uma prancha mágica, reforçando seu papel como um trixter imprevisível. E um Trixter é basicamente um brincalhão. É um ser que vive só para zoar. Na festa do vinho, o sanguanel aparece como um bobo da corte, animado e cativ, representando o lado festivo da tradição. Ele também tem uma contraparte feminina chamada sanguanela, um símbolo de harmonia e cura que equilibra as travessuras do irmão com doçura e restauração. A cachorra da palmeira é uma lenda do folclore nordestino, especialmente conhecida em Palmeira dos Índios, em Alagoas. A história mais famosa contada em literatura de cordel fala de uma jovem rica, arrogante e vaidosa que zombou da morte do padre Cícero, comparando a perda do religioso com a morte de sua cachorrinha de estimação. E como castigo, a moça se transformou em uma cadela monstruosa e passa a vagar pelas ruas, mordendo as pessoas e espalhando o caos. Em versões populares, ela é capturada e trancada, mas permanece uma figura aterrorizante, símbolo do castigo, pela blasfêmia e pelo orgulho. A serpente emplumada da Lapa é uma versão sombria e apocalíptica do deus mesopotâmico Kitzacoat, também conhecido como Kucukan. Diferente das representações tradicionais, essa entidade possui uma enorme parte de asas e um comportamento violento e destrutivo. A lenda diz que ela foi descoberta, aprisionada dentro de uma cova selada e uma gruta sagrada, no mesmo local onde um eremita construiu um antigo santuário religioso. Segundo relatos, mesmo trancado, era possível ouvir sons da criatura se debatendo com fúria, como se lutasse para se libertar e cumprir um destino catastrófico. Para os moradores da região, a criatura não representa sabedoria ou fertilidade como sua contraparte mitológica, mas sim uma ameaça ancestral que aguarda o momento certo para despertar e trazer consigo um ciclo de destruição. O capeta do vilarinho é uma das lendas urbanas mais populares de Belo Horizonte, surgida nos anos de 1980 e enraizada na famosa Avenida Vilarinho, um reduto de bailes e festas da capital mineira. A história nasceu como uma estratégia de marketing para atrair público jovem às quadras da região, mas logo ganhou vida própria e se espalhou como mito urbano. E o enredo mais famoso envolve um misterioso dançarino elegante e habilidoso, que ao vencer um concurso de dança revela dois chifres ao tirar o chapéu, causando pânico entre os presentes. Em meio à confusão, ele desaparece e os rumores crescem ainda mais, apontando até mesmo que ele teria patas de bode e deixado o cheiro de enxofre para trás. E com o tempo, a figura do capeta do vilarinho ganhou novas camadas. Foi descrito como um jovem loiro de olhos azuis, sedutor e mestre dos ritmos. Em versões mais dramáticas, ele engravida uma jovem e desaparece, deixando o bairro tomado pela especulação. Ou seja, o diabo é pai ausente. A charia, também chamada de Aná, é uma entidade colossal da mitologia Tupi Guarani, representada por uma onça cósmica de olhos flamejantes, simbolizados pelas estrelas Antares e Aldebarã. Ou seja, é a versão feminina do nosso amigo Yodabaot de Miurgo. Com uma natureza destrutiva, ela é temida por sua eterna batalha contra Guaraci, o deus do sol, e Jaci, a deusa da lua. Nas lendas, Xaria devora Jaci durante os eclipses, mas é impedida por Guaraci de mergulhar o universo em trevas. Os indígenas acreditam que caso Xia consiga matar o Deus do sol, ela consumirá as estrelas do céu, mergulhando o mundo em uma escuridão sem fim. Dotada de poderes cósmicos, uma das figuras mais poderosas do folclore brasileiro, sendo descrita como anterior ao tempo e ao espaço, com força para devorar astros, manipular gravidade, calor e radiação. Além de resistir ao frio extremo do universo, sua presença representa uma literal ameaça ao equilíbrio cósmico. E, apesar da sua imortalidade e astúcia, há um detalhe curioso. Ela pode ser afastada com barulhos altos. o que os povos indígenas utilizavam para proteger a Terra durante eclipses. Eu achei essa lenda extremamente da hora. Tá louco, a gente tem nosso próprio dama, o demiurgo, no folclore brasileiro. E com certeza isso me motivou ainda mais a trazer um vídeo específico aqui no canal pros deuses do panteão tupi guarani e para essas criaturas cósmicas extremamente poderosas. Então aguardem que em breve vai sair no canal. Na misteriosa gruta das encantadas ao sul da Ilha do Mé, no Paraná, os antigos Caiengs contam histórias de mulheres mágicas de beleza hipnotizante que dançavam e entoavam cânticos ao nascer e ao pô do sol. Seus cantos encantavam os mortais de tal forma que pescadores perdiam o rumo e naufragavam nas pedras. Um jovem indígena fascinado pela melodia e pela visão das dançarinas de cabelos feitos de algas, se apaixonou por uma delas e mesmo alertado por ela que só poderia viver ao seu lado se morresse, ele aceitou o destino. Mergulhou no mar com ela e desapareceu para sempre. E desde então nunca mais se viram as encantadas. Monai é uma criatura lendária do panteão Tupi Guarani, conhecido como o senhor dos campos abertos do ar e dos pássaros. Terceiro, entre os sete monstros lendários, ele é descrito como uma gigantesca serpente com dentes afiados e dois chifres em forma de antenas. Usado para hipnotizar suas vítimas e suas ações aterrorizavam as aldeias. Furtava objetos e os escondia numa caverna secreta, causando desconfiança e conflito entre os moradores, que se acusavam mutuamente pelas perdas misteriosas. A situação muda quando por assim uma jovem bela e corajosa se oferece para enganar Monai, fingindo estar apaixonada por ele. E durante os preparativos do casamento, enquanto seus irmãos estavam embriagados, ela tenta fugir, mas é impedida e presa na caverna. Mas em um último ato de coragem, pede que a caverna seja incendiada, mesmo com ela dentro para destruir os monstros. E como recompensa por seu sacrifício, os deuses transformaram sua alma na estrela talva, destinada a iluminar o amanhecer. Mas é uma criatura folclórica que foge de qualquer lógica comum. Representado como um bode colossal com corpo feito de ferro fundido e resistências elétricas, seus olhos são chamas vivas e os chifres tão afiados que, segundo os contos, atravessariam até cinco homens enfelerados ou até mais, se tivessem bem exprimidos. Dizem que suas pernas feitas de torta de morango não comprometem sua velocidade e que seu trote pode causar tremores no chão. Apesar da aparência demoníaca, Massoni seria uma entidade do bem maior. Kurupi é uma figura grotesca e enigmática do folclore guarani, conhecido por habitar as matas densas da América do Sul. O seu corpo é pequeno, de pele amarelada, bochechas rosadas e olhos pretos sem pupilas, além de uma estranha barriga triangular e cabelos sempre desgrenhados. Um traço físico marcante, bem bizarro, é seu pênis extremamente longo que enrola várias vezes ao redor do próprio corpo. Ah, cara, na moral, essa descrição ficou tão boa que eu acho que eu não vou seguir mais o roteiro, não. Vamos pra próxima criatura que aqui já ficou perfeito. O time tá perfeito. A lenda da babai do telefone é bem conhecida aqui no Brasil. Eu nem sei por que ela tá nessa camada. Basicamente, uma moça vai cuidar de duas crianças e começa a receber umas ligação sinistra de um cara falando umas barbaridade. E quando ela vai ver, as duas crianças foi eliminada e ela logo em seguida. lenda urbana bem padrão brasileira, daquele tipo do assassino escondido dentro de casa e tals. Na costa do Rio de Janeiro, especialmente em locais como Ilha Grande e a Restinga de Marambaia, corre uma lenda inquietante sobre os homens dos pés de louça. Segundo relatos populares, seriam fantasmas de pescadores ou náufragos que não encontraram a paz. Em primeiro momento, eles se parecem com qualquer homem comum, exceto por um detalhe terrível. Os seus pés são feitos de louça brilhante. Quem caminha sozinho pela praia e ouve seu chamado deve resistir a qualquer estímulo de olhar, pois encarar seus pés reluzentes é cair em loucura e a maldição é levado a sério entre os moradores. Um dos casos mais conhecidos é o de um homem chamado seu Colimério, que enlouqueceu após ter visto os pés dessas entidades. Desde então, o seu nome é citado como prova do perigo real que esses seres representam. E por isso, a recomendação é clara. Se ouvir o chamado, cubre os ouvidos, reze um Pai Nosso e aprecie o passo. O jai de Terê é mais uma figura central na mitologia guarani, conhecido como Pedaço de Lua e um dos sete filhos do espírito maligno tal com a bela querana. Ele é o contrário dos seus irmãos monstruos. Já sei se destaca por sua aparência encantadora, loiro, de olhos claros e com uma aparência juvenil quase como uma criança mágica. Ele carrega um cajado mágico que lhe concede poderes e é o guardião das matas e da erva mate. E muitas vezes também é associado a proteção de tesouros escondidos na floresta. O mito conta que ele surge durante a sexta, o tradicional cochilo, ao meio-dia, e persegue crianças que se recusam a descansar. Ele é invisível a maioria e só se revela para os pequenos desobedientes. Com seu cajado os coloca em transos para a floresta, onde brincam até serem magicamente devolvidos a suas camas, sem lembrar de nada. E em versões mais sombrias, as crianças desaparecem ou são entregues ao irmão canibal auau. Se alguém conseguir tirar seu cajado, Jaci se torna inofensivo e pode até revelar a localização de tesouros. Esses adores acreditam que a lenda influenciou a criação do sassi pererê, mesclando elementos indígenas com traços europeus e africanos. Na cidade de Cruz Alta, no Rio Grande do Sul, existe uma lenda conhecida como monstro da lagoa do cemitério. Dizem que a criatura surge nos arredores de uma antiga lagoa, sempre carregando um bebê nos braços. Alguns acreditam que seja o próprio filho do monstro, enquanto outros afirmam que é uma criança que foi cruelmente jogada no lago pela sua própria família. a lenda que uma jovem de família nobre engravidou de um homem pobre, o que gerou revolta entre os parentes. E para evitar deshonra, a criança foi lançada na lagoa, o que deu origem a gritos de dor vindos da água, ouvidos por várias noites seguidas. Com o tempo, os moradores começaram a relatar a aparição de uma figura coberta de ludo vagando pela lagoa com uma criança no colo. Um padre foi chamado e ao batizar a alma do bebê, os gritos pararam. No entanto, o padre acabou sendo preso por suposta bruxaria. E na mesma noite, os lamentos voltaram e o delegado, que foi visitar a cela encontrou o padre misteriosamente livre no pátio. E muitos dizem que o próprio monstro o libertou. A lenda ainda afirma que uma maldição foi lançada. Para alguém de cruz alta prosperar na vida, teria que abandonar a cidade para sempre. A lenda da Teniágua, também conhecida como Salamanca do Jaraú, é um dos mitos mais tradicionais do folclore gaúcho. Ela conta a história de uma princesa que foi transformada em uma criatura parecida com a salamandra pelo espírito Aangar, enquanto fugia da queda do último reduto na Espanha. Exilada no cerro do Jaraú, no Rio Grande do Sul, Teniago assumiu a forma de uma largicha com uma pedra rubi no lugar da cabeça, com um brilho que atraía homens para sua armadilha mágica. Dizem que ela vivia escondida numa lagoa até que um sacristão, ao se banhar ali, a capturou e levou para sua cela, onde se transformava em mulher à noite e pedia vinho. Esse encontro proibido logo despertou suspeitas dos religiosos e, ao ser descoberta, a criatura fugiu e o sacristão foi preso. princesa, usando seus poderes, o resgatou e ambos desapareceram dentro de uma furna conhecida como Salamanca do Jaraú e desde então esperam por alguém capaz de superar sete provas mágicas para quebrar o feitiço. Segundo as lendas, um gaúcho chamado Blau conseguiu realizar os desafios, mas ao não desejar nada como recompensa, quase arruinou a libertação do casal. Só ao receber e depois devolver uma moeda encantada, o encanto foi desfeito e os dois renasceram como jovens humanos, fundando uma linhagem que mistura raízes indígenas e ibéricas no sul do Brasil. que há no Macamanã, também conhecida como mulher onça ou onça cabocla, é uma figura mítica venerada pelas etnias indígenas do norte de Minas Gerais, especialmente entre os chakraaba, vista como uma deusa guerreira ligada à liberdade e à força das onças, ela representa a resistência indígena diante da invasão dos fazendeiros em suas terras e, segundo o mito, há versões diferentes da sua origem. Numa delas, uma jovem se transforma em onça para alimentar a mãe faminta, mas ao não ser reconhecida, fica presa para sempre na forma de fera, assombrando com rais durante a noite. Na outra, uma índia chamada Indaiá, ao ver seu povo sendo perseguido e com fome, pede para ser encantada e virar uma onça, carregando o gado para alimentar seu povo. Em contrapartida lenda anterior, temos o Iguareté Abá, também conhecido como capiango ou homem onça. E é uma figura temida do folclore guarani que mistura elementos de feitiçaria e transformação animal. Segundo a lenda, ele é um bruxo capaz de se transformar em uma onça pintada por meio de um ritual sombrio, usando incenso, penas de galinha e couro de um felino. Durante o ritual, o feiticeiro caminha sobre o couro da esquerda pra direita, recitando preces até adquirir uma forma híbrida entre homem e onça. Depois da caçada, ele realiza o mesmo ritual ao contrário, voltando à forma humana. E essa criatura é descrita como um grande felino, com características humanas, mas com a parte traseira, sem pelos e quase sem caudda. E esse mito guarda semelhanças com lobisomen, principalmente pela transformação noturna e comportamento predatório. A lenda de Agostinho e Mariazinha assombra até hoje o interior de São Paulo, mais precisamente a cidade de Taiuva. Em 1927, um amor proibido floresceu entre Agostinho, um jovem soldado de família rica, e Mariazinha, uma moça humilde de Taiaçu, que escondia um passado difícil. Abandonada pelos pais, ela se mantinha através de programas com homens poderosos da região. Apesar disso, ela se apaixonou sinceramente por Agostinho e aceitou seu pedido de casamento, planejando largar tudo por uma vida simples ao lado dele. E para bancar o vestido e a festa, Mariazinha marcou um último encontro com o cliente rico. Mas Agostinho descobriu tudo ao encontrar uma carta sobre a mesa da casa dela. Tomado pelo ódio e pelos ciúmes, a esfaqueou até a morte antes de voltar para casa e cometer auto extermínio. E desde então, a cidade nunca mais foi a mesma. A cruz do túmulo de Agostinho se partia misteriosamente a cada 15 dias, mesmo quando substituída. E o casarão da família ficou abandonado, pois ninguém conseguia passar mais de 20 dias lá dentro devido a sussurros vindos do quarto, onde o jovem tirou a própria vida. Já a Capela erguida em homenagem a Mariazinha ainda permanece de pé e a quem juri vê-la nas noites de lua cheia vestida de noiva pedindo perdão ao amado. O au, também chamado de cão doende, é uma criatura do folclore amazônico que mistura características caninas e humanoides. Esses metamorfos vivem nas profundezas da floresta e atacam principalmente a meia-noite. De sua forma original são feras de pelos escuros, com orelhas que se movem sozinhas. E quando se transformam, tornam-se humanoides magros, com traços cadavéricos e orelhas caninas. Eles são considerados espíritos malignos e não formam grandes comunidades, preferindo viver sozinhos ou em pequenos grupos de saqueadores. Eles não produzem nada, apenas roubam e intimidam as aldeias, muitas vezes apenas por diversão ou para manter as pessoas sob medo constante. Apesar de não darem valor a ouro ou joias, eles valorizam armas ou objetos úteis, os quais costumam roubar de suas vítimas. E são conhecidos por atacar viajantes e pequenas aldeias, buscando alimentos, principalmente carne de ave. E em algumas versões mais sombrias, até carne humana. E agora, finalmente, vamos para a última lenda do vídeo e do iceberg. O Anadi é o deus dos povos lecuanas e está presente em um mito que conta como o sol criou os primeiros seres vivos para habitar a terra. Segundo a lenda, o sol fez três seres, mas apenas o Anade nasceu perfeito. Seus irmãos vieram com deformidades que simbolizavam os males que existem no mundo, como a fome, a doença e a morte. É só isso mesmo, uma lenda bem curtinha e bem desconhecida para finalizar o vídeo. E com isso nós finalmente finalizamos tudo. Agora vamos para as considerações finais e alguns avisos. [Música] E esse foi o vídeo de hoje, pessoal. Você é louco, que vídeo cansativo de fazer. Vocês devem até ter percebido no final ali que minha voz começou a falhar, mas no fim valeu a pena, até porque nesses três vídeos eu consegui falar de todas as lendas do iceberg e até adicionar algumas novas que eu achei interessante. E só para deixar os senhores cientes, os três vídeos do Iceberg serão compilados e um quarto vídeo que postarei esse domingo aqui no canal pro pessoalzinho que curte ouvir um vídeo grande quando joga alguma coisa ou faz alguma tarefa e tals. Mas é isso, se você gostou, deixa o seu like, o seu comentário e o seu hype no vídeo. E caso você tenha condições e querer investir no canal para crescermos ainda mais, faça sua doação no Live Pix no comentário fixado. E por hoje é só. Um abraço do seu mano Sandman e até o próximo vídeo. A comida está pronta. A comida está pronta. Jantar agora tem feijoada. Comprei feijoada, pão e mortadela. M.

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