O Iceberg dos Experimentos Psicologicos
0[Música] [Música] Sejam todos muito bem-vindos a mais um vídeo de Iceber. G no canal. No vídeo de hoje estaremos conhecendo o iceberg dos experimentos psicológicos. Dentro da psicologia, foram feitos ao longo dos anos diversos experimentos que buscavam compreender melhor como a mente humana funciona, se utilizando de cobaias em ambientes controlados que eram expostos a diversos tipos de estímulos e situações onde o seu comportamento era estudado. Dentre esses vários experimentos feitos ao longo da história, muitos ficaram infames graças a como eles foram conduzidos, levantando problemas éticos em sua prática. e outros através do seu resultado, revelando muit das vezes o pior que o ser humano guarda em si. Para esse vídeo, eu estarei usando um iceberg que eu encontrei lá no Redit, que eu estarei deixando ele aí embaixo na descrição do vídeo. E agora, sem mais explicações, vamos conhecer o perturbador iceberg dos experimentos psicológicos. [Música] [Música] O cão de Pavilov. Esse é o nome pelo que ficou conhecido um dos experimentos mais famosos da psicologia, que foi conduzido em 1897 pelo fisiologista russo Ivan Pavilov. Nele ele se utilizou de diversos cães, onde sempre que eles eram alimentados era tocado um pequeno sino. Esse ritual foi repetido diversas vezes, até que Pavilov identificou que os cães começaram a associar o barulho do sino com comida. Logo os animais começavam a salivar logo após escutar o sino, mesmo quando não era dado comida a eles. Esse estudo mostrou que seres vivos no geral, incluindo seres humanos, t facilidade de associar elementos distintos quanto eles são frequentemente identificados juntos, criando reações que podem até mesmo serem geradas através de reflexos involuntários. Isso ficou conhecido como condicionamento clássico. Atualmente, essa ideia é usada em áreas como nos estudos de fobias e ansiedades, na busca de melhores técnicas para o aprendizado e até no entretenimento e no marketing com empresas que tentam associar seus produtos a estímulos positivos para condicionar os consumidores a escolhê-los. [Música] A caixa de Skinner. A caixa de Skinner foi um experimento pensado pelo psicólogo americano BF Skinner, que colocava um animal, sendo ele um rato ou um pumbo, dentro de uma caixa que havia duas alavancas. Quando o animal finalmente apertava uma dessas alavancas, algo de positivo ou negativo acontecia, dependendo de qual alavanca ele puxou. Uma delas jogava um pouco de comida dentro da caixa e a outra dava um pequeno choque no animal. Durante o experimento, foi observado que o animal, após entender o que cada coisa fazia, ele começava a evitar o dispositivo que trazia a dor a ele, no caso choque, e repetia constantemente a ação que lhe dava o reforço positivo, no caso, a comida. Nesse experimento foi tirado a ideia do reforço positivo quando o animal recebe uma recompensa por fazer algo. A punição positiva quando uma ação dele gera algo negativo. O reforço negativo quando uma ação sua faz com que algo negativo pare de acontecer. e a tal extinção quando um reforço positivo, nesse caso a alavanca que dava comida ao animal, parar de depositar comida dentro da caixa. Isso fazia com que gradativamente o animal também parasse de puxar essa alavanca. O experimento da caixa de Skinner é muito relacionado com o experimento mencionado anteriormente do cão de pavilov, sendo que a caixa de Skinner evidencia condicionamentos que levam uma pessoa a ações voluntárias, onde um indivíduo tem consciência que se ele fazer algo, essa ação vai ter uma consequência, seja ela positiva ou negativa. Logo, ele teria esse estímulo para fazer a ação que o traria o reforço positivo, criando assim o condicionamento operante visto na caixa de Skinner e o condicionamento clássico visto no cão de pavilov. Ambos os experimentos são muito relacionados a uma corrente da psicologia chamada [Música] behaviorismo. O experimento do Facebook. Em 2012, a rede social Facebook iniciou um experimento com cerca de 700.000 usuários que frequentavam a rede para entender como os posts que eles recebiam em seu feed influenciavam suas postagens. Alguns usuários começaram a receber muitos posts positivos e outros muitos posts negativos. E no fim, esse experimento mostrou que, de fato, quando um usuário é inundado com negatividade no seu feed, ele tende a fazer posts mais negativos e vice-versa. Esse experimento foi muito criticado devido à forma como ele foi feito, sem o consentimento desses usuários, levantando preocupações em torno da coleta de dados de usuários que o Facebook pratica, mesmo eles alegando que para esse experimento nenhum dado desnecessário foi coletado. Após o experimento vir à tona, os seus responsáveis apareceram publicamente e se desculparam. [Música] [Música] Estranhos idênticos. Esse caso está relacionado a três irmãos gêmeos chamados Edward Galland, David Kelman e Robert Shaffron. Os três nasceram em Nova York em 1961 e foram oferecidos à adoção pouco tempo depois. Cada um dos três foi adotado por uma família diferente e cresceram sem saber que eles tinham irmãos. Na verdade, os três só se encontraram já na vida adulta, quando Robert, no seu primeiro dia de faculdade, começou a ser constantemente confundido com a outra pessoa, com estudantes o chamando de Eddie. Logo curioso, ele decidiu ir atrás desse tal Ed, descobrindo que ele era idêntico a ele, sendo realmente o seu irmão gêmeo. E quando esse reencontro ficou conhecido na região até aparecendo nos jornais, surgiu um terceiro gêmeo, o David. Todos os três irmãos, mesmo não sabendo da existência um dos outros, viveram todos na mesma região, sendo separados por minutos de distância. Quando esse fato bizarro foi descoberto, logo muitas dúvidas surgiram, já que tanto os irmãos quanto os seus pais adotivos não faziam ideia que eles eram trigêmeos. Logo eles foram atrás do centro de adoção, onde os irmãos ficaram, para perguntar porque essa informação não foi falada a eles. E lá eles ficaram sabendo que os irmãos foram separados propositalmente, já que eles faziam parte de um experimento. Esse experimento foi supervisionado pelo psiquiatra e psicanalista chamado Peter Nelbayer, que junto da Child Development Center desenvolveram esse experimento para entender como indivíduos geneticamente muito parecidos se comportariam em ambientes sociais distintos para responder o que pesava mais, a genética ou meio. Os membros dessa pesquisa acompanharam a família por vários anos, acompanhando o crescimento dos gêmeos, alegando que aquela pesquisa era, na verdade, sobre crianças adotadas, não sobre gêmeos separados. Após esse experimento ser exposto, houve muitas críticas em cima dele, o considerando um experimento cruel e antiético, tendo comparações até com experimentos que eram feitos lá na Alemanha dos anos 40. Os resultados da pesquisa estão em sigilo com os arquivos guardados na Universidade de Yo. O líder da pesquisa, o Peter Nayer, veio a falecer em 2008. Robert e David ainda estão vivos. No entanto, Edward tirou sua própria vida em 1995, antes de toda a verdade viratona. Essa história foi explorada no documentário Tree Identical Strangers de 2018. [Música] O experimento da prisão de Stanford ocorrido na Universidade de Stanford, na Califórnia em 1971, o experimento da prisão de Stanford se tornou um dos mais conhecidos experimentos psicológicos da história. Ele foi planejado pelo professor de psicologia Felipe Zimbardo, que decidiu testar se uma pessoa considerada boa poderia mudar o seu comportamento dependendo do seu entorno. Philip então separou 24 estudantes que se voluntariaram para o experimento, dando aleatoriamente a eles papéis de detentos e guardas em uma prisão falsa que foi construída no subsolo da universidade. Quando o experimento se iniciou e os estudantes começaram a vivenciar um ambiente de prisão, não demorou muito para o experimento sair do controle, com estudantes designados como guardas, começando a terem comportamentos abusivos e autoritários. Eles evitavam chamar os detentos pelo nome, o chamando através de números, além de os enviarem frequentemente para solitária, os obrigando a dormir no chão e fazer flexões constantemente, também os fazendo fazer suas necessidades em baldes. A situação estava tão caótica que o experimento teve que ser interrompido antes da hora, durando cerca de uma semana. No entanto, esse curto período de tempo foi o suficiente para que Zimbardo chegasse à conclusão que o ambiente exerce de fato uma forte influência sobre o comportamento humano. O estudo mostrou que colocar pessoas consideradas boas em situações ou lugares ruins pode levar a mudanças drásticas em seu comportamento. Os participantes que assumiram o papel de guardas, por exemplo, rapidamente adotaram comportamentos abusivos, enquanto os prisioneiros se tornaram submissos e resignados, aceitando os maus tratos. Existem, no entanto, questionamentos em torno do próprio Zimbardo, que nesse experimento tinha o papel de mais ou menos o diretor dessa prisão. E ele pode, segundo alguns, ter aconselhado os guardas a terem esse tipo de conduta. Inclusive, um dos participantes que assumiu o papel de guarda disse posteriormente que ele assumiu esse papel de um guarda autoritário, porque ele lidava com esse experimento como se fosse uma peça de teatro. E ele achava que seria mais divertido interpretar esse papel de um guarda cruel. O pequeno Albert. Nesse experimento conduzido pelo psicólogo John B. Watson em 1920 foi utilizado um bebê conhecido como Albert, que foi exposto pela primeira vez a diversos animais peludos, como ratos, coelhos, cachorros e macacos. Inicialmente, o pequeno Albert não demonstrava medo nenhum desses animais. No entanto, posteriormente, Watson começou a fazer um barulho bastante alto toda vez que Albert era exposto a esses animais, fazendo com que o bebê começasse a lentamente associar o desconforto e o susto que ele levava daquele barulho com os animais, já que toda vez que ele era exposto a eles, aquele som emitido. Após isso, o bebê Albert começou a ter uma aversão aos animais, mesmo quando o barulho não era emitido. Ou seja, segundo esse experimento, Albert desenvolveu uma fobia a animais peludos. Para John B. Watson, que também foi um dos precursores do beviorismo, o experimento foi um grande sucesso, evidenciando que medos não são algo que é necessariamente herdado, mas algo que é desenvolvido por um indivíduo através da sua vivência. Inclusive, o experimento foi filmado e a sua gravação está disponível na internet. Mas apesar de Watson ter considerado o experimento um sucesso, existem diversas críticas sobre os seus métodos e resultados. Com o teste tendo sido feito apenas uma vez, com hipóteses que levantam até que Albert já poderia ter uma predisposição para desenvolver essa fobia, além de indagarem como o experimento foi realmente conduzido. Atualmente, a identidade do pequeno Albert é desconhecida e não se sabe como o experimento afetou sua vida dali em diante e se ele está vivo hoje em dia, sendo que após o experimento não houve tentativas para tentar fazer ele perder esse medo. que foi condicionado a ter. [Música] Efeito espectador. Esse é o nome de um fenômeno psicológico que descreve a ideia de quanto mais pessoas estão presentes em um ambiente, menor é a probabilidade de algum desses indivíduos intervir em alguma situação que está acontecendo naquele ambiente. Esse efeito é frequentemente associado à difusão de responsabilidade, em que as pessoas assumem que outra pessoa ajudará, diluindo assim a obrigação de agir. O efeito ganhou por eminência a partir de um caso que ficou conhecido como o assassinato de Kit Genovesi, que ocorreu em 1964 em Nova York, quando a bartender Kit Genovesi foi abusada, roubada e morta do lado de fora do seu apartamento. É dito que quando ela estava sendo agredida, ela estava gritando, podendo ser ouvida por todos os moradores da região. O seu assassino, que se chamava Wilston Mosley, de 29 anos, foi preso alguns dias depois do crime. Inicialmente, ele foi sentenciado à morte, porém sua sentença foi logo mudada para a prisão perpétua. Ele veio a falecer na prisão em 2016. Algumas semanas após o crime, o jornal New York Times fez uma denúncia afirmando que dezenas de pessoas ouviram os gritos de Kit, porém ninguém tentou ajudá-la. Apesar disso, hoje muitos consideram que algumas pessoas realmente chamaram a polícia, mas ainda assim sendo uma minoria. Inspirado nesse caso, em 1968, os psicólogos americanos John M. Darley e Bibi Latan desenvolveram um experimento para testar na prática o efeito espectador, onde eles colocavam uma pessoa em meio a um grupo ou sozinha junta de um ator onde era emulado uma emergência médica. Esse ator que era cúmplice do experimento, em algum momento simulava estar passando mal. Na maioria das vezes em que a pessoa acreditava estar sozinha com o ator, ela ajudava rapidamente. No entanto, quando ela estava no mesmo ambiente que muitas pessoas, o tempo de reação aumentava significativamente. No entanto, é um estudo feito em 2019, analisando filmagens reais de câmeras de segurança em países como o Reino Unido e a Holanda. Se notou que quando existe uma emergência, em 90% dos casos, alguma pessoa se prontifica para intervir naquela situação. Segundo esse estudo, quanto mais pessoas presenciarem alguma situação, maior é a chance de alguém intervir nela. O experimento do João Bubo. Esse experimento foi conduzido por Albert Bandura em 1961 para estudar como as pessoas podem absorver atos que elas presenciam, especialmente o ato de agressão, com um foco especial na infância, observando como crianças absorvem ações que elas vêm ao seu redor. Para o estudo, foram escolhidas algumas crianças que foram separadas em três grupos. O grupo um assistiu uma pessoa agredindo um boneco João Bobo. O grupo dois assistiu uma pessoa interagindo normalmente com o João Bobo. E o terceiro grupo de controle não viu nenhuma interação. Após isso, essas crianças foram colocadas em uma sala junto de um boneco João Bobo e outros brinquedos. E foi percebido que as crianças pertencente ao grupo dois e três ou ignoraram o boneco ou brincaram normalmente com ele. Enquanto no grupo um, também chamado de O grupo de Agressão, foi percebido que as crianças tinham uma tendência maior em relação aos outros grupos de serem agressivos com o João Bubo, evidenciando a absorção da prática agressiva que eles assistiram anteriormente. O experimento Rose Hanen. O experimento Rosen foi desenvolvido entre 1969 a 1972 pelo psicólogo David Rosenham da Universidade de Stanford. Rose Han queria investigar a confiabilidade dos diagnósticos psiquiátricos e questionar a validade das práticas de internação em hospitais psiquiátricos, querendo entender se os funcionários desses hospitais conseguiam diferenciar uma pessoa sã de uma pessoa doente dentro de um ambiente de um hospital psiquiátrico. Para o experimento, oito pessoas consideradas saudáveis, sem nenhum histórico de doença mental, incluindo o David Rosham, se infiltraram em 12 hospitais psiquiátricos dos Estados Unidos. Eles foram internados nesses hospitais após relatarem, estarem ouvindo vozes dentro das suas cabeças. Após serem admitidos no hospital, eles começaram a se portar de forma natural, agindo como eles sempre agiram, justamente para ver se os funcionários destas instituições conseguiam notar que eles não tinham nenhum problema. Mas durante o experimento foi notado que esses funcionários os tratavam de forma diferente, diagnosticando muitos deles com esquizofrenia. Na verdade, esse comportamento, entre aspas, normal desses pseudos pacientes, muitas das vezes foram descritos como indícios da sua doença mental, com alguns funcionários acreditando que esses pacientes estavam agindo dessa forma para esconder os seus sintomas. Também é relatado que os funcionários tiveram pouco contato com eles, ativamente os evitando e os ignorando. Muito dos que participaram desse experimento classificaram o tratamento que eles receberam como desumano. O tempo médio de internação desses pacientes foi de 19 dias e todos os participantes foram liberados com o diagnóstico de esquizofrenia em remissão. Josehan publicou seu estudo em 1973 com o título Be in insan insunny places ou ser são em lugares insanos. Evidenciando também nesse estudo que tipos de comportamentos podem ser rotulados de formas diferentes dependendo do lugar onde a pessoa tem esse comportamento. Seu estudo foi de grande impacto em sua época, sendo visto como um fator para o aceleramento nas reformas de instituições psiquiátricas. Esse experimento é muito relacionado a um filme chamado Um Estranho do Ninho, lançado em [Música] 1975. O estudo monstro. Esse é o nome de um controverso experimento feito pelo fono audiólogo Wendel Johnson em 1939 na cidade de Denyport, no Iowa, que foi feito para investigar as reais causas da gagueira, já que Wendel acreditava que o desenvolvimento de Gagueira estava ligado à educação. Ele então reuniu cerca de 22 crianças or fãs do estado e as dividiram inicialmente em dois grupos, as que tinham gagueira e as que não tinham. Dentro desses dois grupos foram formados mais dois grupos. No primeiro grupo, as crianças passavam por uma terapia de fala em que elas eram bem tratadas e elogiadas, enquanto o outro grupo tinha a experiência oposta, onde eles passavam por uma terapia de fala em que elas eram criticadas por pequenos erros e onde o profissional que a atendia falava que a sua fala era bastante defeituosa. Ao fim do experimento, que durou alguns meses, o grupo de crianças que não tinha gagueira e passaram por uma terapia negativa desenvolveram ansiedade e problemas de fala que antes elas não tinham. E as que já apresentavam gagueira e passaram pela terapia negativa pioraram o seu quadro. As que passaram pela positiva não apresentaram piora. Esse estudo foi extremamente criticado na sua época pela sua natureza antiética. Não é à toa que ele recebeu o nome de estudo monstro. Foi levantado que o feedback negativo causou danos emocionais e psicológicos duradouros em algumas das crianças. E isso foi agravado ainda mais pelo fato dessas crianças serem órfãs. O estudo nunca foi publicado e permaneceu na obscuridade até o ano de 2001. Em 2007, um processo foi movido junto aos pacientes do experimento, que ainda estavam vivos, que alegaram ainda vivenciar, mesmo depois de décadas sequelas do experimento. A justiça do estado do Iowa determinou uma indenização a cinco deles, que receberam uma quantia de $900.000 por participar desse experimento. Experimento 1000. O experimento Milgram foi um estudo feito durante o ano de 1961, conduzido pelo psicólogo americano Stanley Milgram. Milgram queria investigar o quanto uma pessoa poderia obedecer a uma autoridade, especialmente em situações em que as ordens dadas entravam em conflito com a consciência moral destas pessoas. Para isso, Milran juntou alguns voluntários que iriam fazer um papel de um professor em um estudo sobre memória, aprendizagem e punição. Esses tais professores teriam que passar um teste de memória para um aluno responder as perguntas. O professor era guiado por um cúmplice do experimento, que é chamado de o experimentador. Considerado no experimento uma figura de autoridade, o experimentador orientou os voluntários a cada vez que um aluno, que também era um ator e cúmplice do experimento, errasse uma pergunta, ele tinha que apertar um botão que daria um choque naquele aluno. E a cada erro que esse suposto aluno cometia, a voltagem desse choque aumentava, chegando a níveis fatais para um ser humano, sendo que todos os voluntários tiveram essa opção de apertar o botão que daria o choque fatal. Quando o voluntário apertava o botão de choque, o ator que se passava pelo aluno simulava ele tomando o choque, chegando a chorar de dor e implorando para que aquilo parasse. A única pessoa que não sabia que aquilo era um experimento era justamente esse tal professor. E o estudo queria entender o quão longe uma pessoa podia fazer algo moral simplesmente porque ela estava recebendo ordens. Milran publicou sobre o seu estudo em 1963, revelando que de todos os voluntários que participaram do teste, 65% deles daria um choque elétrico fatal no talo, apenas porque ele estava cumprindo ordens. Esse experimento foi muito relacionado à ideia de pessoas durante períodos de guerra, como a Segunda Guerra Mundial, que cometeram atos ediondos, justificaram seus atos com o argumento de que eles estavam apenas cumprindo ordens, levantando questões morais sobre, nesses casos, se realmente essas pessoas podem ser responsabilizadas por algo que elas foram ordenadas a fazer. Utopia dos ratos. Em 1962, o etólogo John B. Kun conduziu um experimento que ficou conhecido popularmente como a Utopia dos ratos, também conhecido como universo 25 ou ralo comportamental. Kon queria entender os efeitos da superpopulação em uma colônia de ratos. Para o experimento, foi criado um ambiente controlado onde esses ratos viveriam. descrito como um paraíso para os animais com comida e água ilimitada e ambientes propícios para a reprodução. O tanque onde se localizava esse ambiente podia comportar mais de 3.000 ratos. De início, os ratos, após chegarem no lugar, começaram a criar ninhos e se reproduzir, com a população crescendo cada vez mais. Logo, a partir de um certo momento, já no estado considerado de superpopulação, já era possível ver sinais estranhos naquela população. Alguns ratos começaram a se tornar extremamente agressivos uns com os outros, sem motivo aparente. Outros começavam a se isolar por completo e também era possível ver algumas mães abandonando seus filhos, aumentando em muito a taxa de imortalidade, com ratos jovens morrendo por negligência. Então, por causa desses fatores, aquela comunidade entrou em declínio com os animais morrendo até que não restasse mais nenhum deles. Esse experimento ficou bastante popular durante os anos 70, principalmente nos Estados Unidos, onde o experimento foi visto como um presságio assustador para um possível futuro da humanidade, já que durante essa década a população dos grandes centros crescia exponencialmente junto do crime que proliferava em um estado alarmante. Logo, esse experimento poderia nos mostrar que o crescimento populacional desenferiado poderia nos levar a um estado tão grande de estresse social que a sociedade poderia colapsar. No entanto, apesar disso, esse estudo também é criticado levantando diferenças comportamentais entre ratos e seres humanos, sendo que é dito que os ratos tendem a se estressar mais do que humanos em um estado de aglomeração. [Música] MK Ultra. MK Ultra é um dos mais conhecidos experimentos secretos conduzidos pela CIA durante a Guerra Fria entre os anos de 1950 até mais ou menos 1970, com o principal objetivo de encontrar estratégias de interrogação e controle da mente. Tudo a fim de extrair informações sigilosas de espiões e outras figuras de interesse. A agência se utilizou de diversas organizações de fachada nos Estados Unidos, Canadá e Reino Unido para se aproximar de possíveis cobaias para conduzir experimentos sem o seu consentimento. Essas cobaias passavam por tratamentos de descarga elétrica, também sendo forçadas a consumirem drogas alucinógenas como o LSD, além de práticas como a privação do sono. Muitas dessas cobaias eram pacientes em hospitais psiquiátricos e presos em instalações federais. Uma prática comum dentro do MKutra era organizar festas onde pessoas eram drogadas com alucinógenos para serem estudadas pelos agentes. Existiu até mesmo uma operação dentro do MK Ultra chamada Midnight Climax, onde foi criado bordéis falsos em que os clientes civis eram atraídos para eles serem secretamente drogados. Por muito tempo, esses experimentos eram parte de teorias da conspiração e isso perdurou até que foram disponibilizados ao público documentos secretos da CIA que comprovavam a existência do MK Ultra. Isso em 1975, através da Comissão Church, que liberou esses documentos. Pitch of despair. Harry Harl da Universidade do Wisconsin fez diversos experimentos com macacos ressus entre os anos 60 e 70, especialmente para estudar a afeição maternal. Nesses diversos experimentos, ele isolava macacos jovens para entender como eles reagiriam sem o contato com seus semelhantes e principalmente sem o contato maternal. Harry Harl também quis estudar como a depressão pode surgir através do total isolamento. Para esse experimento, ele desenvolveu um dispositivo que ele chamava de Pitch of Despare ou Poço do Despero. O poço do desespero era uma câmara vertical de aço inoxidável em que eram colocados macacos jovens que já haviam criado laços sociais, tendo já vivido um tempo em grupo. o poço do desespero, eles eram completamente isolados por semana. Esse poço foi desenvolvido para que o animal não conseguisse escalar e fugir, realmente dando essa sensação que não tinha escapatória. Herl então analisou como os animais se comportavam nesse estado de isolamento total. Foi observado que após alguns dias os macacos ficavam a maior parte do tempo imóveis, demonstrando sinais claros de depressão. Inclusive, esses comportamentos persistiam mesmo depois que os macacos fossem removidos do dispositivo, com pouca ou nenhuma vontade de interagir com os outros macacos, indicando danos psicológicos de longo prazo. Você acredita que esse estado depressivo surgiu tanto do isolamento quanto do sentimento de desesperança de não conseguir sair daquele poço? O experimento foi muito criticado por sua crueldade e por violar princípios éticos. Durante o desenvolvimento do Pitch of Despare, o próprio Harl estava passando por um momento depressivo, dado a morte da sua esposa. E ele justificava o uso do dispositivo como uma forma de capturar a essência da depressão humana. Gini. OK. Esse talvez seja um dos casos mais perturbadores que eu já trouxe aqui no canal. Gin foi o nome dado a uma garota que nasceu no ano de 1957 em Acárdia, na Califórnia. Com 20 meses de idade, ela foi isolada à força pelo seu pai chamado Clark Wily, em um quarto trancado amarrando os seus membros. Durante anos, Janny ficou isolada do resto do mundo, com o seu pai a proibindo de ter contato com qualquer outra pessoa. Inclusive, ele a punia por coisas mínimas, como fazer pequenos barulhos. Isso dado ao fato do seu pai parecer ser mentalmente instável. Seu isolamento a impediu de ser exposta a qualquer quantidade significativa de fala. E como resultado, ela não aprendeu a falar durante a infância, além de ela estar sempre amarrada, fazer ela ter dificuldades de se locomover. Isso só acabou quando ela fez 13 anos de idade em 1970, quando sua mãe e seu pai brigaram e ela a levou embora da casa do seu pai indo para outra cidade. Sua mãe, que era cega um certo dia, a levou junto para tentar solicitar benefícios por invalidez para cegos na cidade de Temple City, na Califórnia. Mas por causa da sua deficiência visual, ela acidentalmente entrou no escritório de serviços sociais gerais, onde rapidamente os funcionários ficaram intrigados com o comportamento e a aparência de Din sendo que, apesar dela ter 13 anos, ela se comportava como uma criança de seis, com aparência bastante magra e com gestuais não convencionais. Após esses funcionários saberem da história da garota, logo a polícia foi chamada e os seus pais foram indiciados por deixar sua filha naquela situação de isolamento total por tantos anos. No entanto, seu pai em específico nunca foi julgado propriamente, já que quando a história de Janny se tornou pública, ele decidiu tirar sua própria vida, deixando para trás um bilhete que dizia apenas algo como eles nunca irão entender. Quando foi resgatada, Gan estava severamente subdesenvolvida física e mentalmente. O caso chamou a atenção de cientistas e linguistas que viram nela uma oportunidade única para estudar os efeitos do isolamento extremo no desenvolvimento humano, especialmente na aquisição da linguagem. Após o seu resgate, Jinny foi colocada sobre os cuidados de uma equipe de pesquisadores e terapeutas que tentaram ajudá-la a se recuperar e a aprender habilidades sociais básicas. Eles se concentraram em ensiná-la a falar e a se socializar, também ajudando a desenvolver suas habilidades motoras. Inicialmente, houve progresso nesses desenvolvimentos. Ela aprendeu algumas palavras e também começou a se comunicar de forma bem rudimentar. No entanto, seu desenvolvimento linguístico nunca foi muito longe. Ela nunca teve a capacidade de formar frases muito complexas. Durante esse período, ela passou por várias mudanças de lar e cuidadores, até que ela retornou aos cuidados da mãe, que proibiu mais pesquisas e estudos em cima de seu caso. Sua mãe veio a falecer em 2003. Dinny hoje vive emit cuidados e pouco se sabe sobre sua vida atual, já que ela foi afastada do público e da mídia para proteger a sua privacidade. Inclusive, Din é um pseudônimo dado a ela, já que não se sabe o seu nome real. Ela também ficou conhecida como a garota feral. Atualmente, o caso de Disney chama a atenção pela crueldade que ela passou durante a infância e o que a sua infeliz situação contribuiu para o entendimento do desenvolvimento humano e o quão prejudicial pode ser o isolamento para o desenvolvimento inicial de uma pessoa. [Música] Então eu acho que é isso. Esse foi o iceberg dos experimentos psicológicos. Mais uma vez um tema bem específico, mas eu acredito que ele tenha gerado um vídeo minimamente interessante. Eu espero que vocês tenham gostado do vídeo. Se sim, não deixe de comentar aí embaixo, deixar o seu like e se inscrever no canal, caso não tenha feito isso ainda. E no mais, é isso. Eu espero todos vocês em um próximo vídeo. Até mais.







