O impacto assustador de ler livros VS assistir TV no cérebro

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Olá, aqui é Mateus Santana e se você passa mais tempo assistindo TV do que lendo livros, tem alguma coisa muito errada aí. Então já vai se despedindo da sua TV porque até o fim desse vídeo você vai querer jogar ela fora. Brincadeira, não é para tanto. Mas o fato é que o que eu vou te mostrar aqui pode mudar completamente a forma como você enxerga o tempo que você gasta na frente da TV e talvez até te motive de uma vez por todas a criar o hábito da leitura, porque existem diferenças reais e muito profundas entre o impacto que um livro e um programa de TV causam no seu cérebro. E eu não vou aqui simplesmente te dizer que ler é melhor do que TV baseado na minha opinião. Não, não. Eu vou te entregar estudos e dados que provam as mudanças estruturais que eles causam no seu cérebro e como eles podem acelerar ou atrofear suas habilidades cognitivas com o tempo. Veja, existe uma ideia quase universal de que ler livros é bom e que ver TV é ruim. Até porque passar horas mergulhado numa leitura faz você parecer culto, disciplinado e alguém que investe em si mesmo, né? Agora, passar esse mesmo tempo maratonando uma série qualquer já carrega um julgamento automático de que a pessoa tá sendo preguiçosa e improdutiva. E apesar de nenhum comportamento isolado definir o que uma pessoa é ou deixa de ser, os dados que eu vou te mostrar são bem claros. Olha só, esse estudo de 2013 analisou o cérebro de 276 crianças e a relação entre o tempo em que elas passavam vendo TV e o desenvolvimento de algumas regiões do cérebro. E o que os pesquisadores encontraram foi bem preocupante. Eles viram que quanto mais tempo de tela, maior o espessamento entre aras ligadas à excitação e a agressividade. E até o córtex pré-frontal, que é a parte do cérebro responsável pelo raciocínio, tomada de decisões e funções mais complexas, também se modificava, só que de um jeito negativo. Na prática, isso significava o seguinte: quanto mais TV a criança assistia, pior era o vocabulário dela e mais dificuldade ela tinha para se expressar com clareza. E o mais preocupante é que esses efeitos apareciam de forma consistente, independentemente da idade, do gênero ou da classe social. Era um padrão claro. E tudo isso numa fase super sensível, cara, onde o cérebro ainda tá em formação e absorve tudo com muito mais impacto. E no mesmo ano nos Estados Unidos, um outro estudo, agora liderado pelo pesquisador Gregory Burns, investigou os efeitos da leitura de um romance na atividade cerebral. E para isso eles escolheram um livro chamado Pompeia, o qual mistura fatos históricos com uma narrativa emocional e envolvente. E o que eles descobriram foi o oposto completo do estudo anterior, porque após dias de leitura, os participantes apresentaram um aumento significativo, não só na conectividade das áreas relacionadas à linguagem, como também na região sensó motora, indicando que ao ler o cérebro simula como se tivesse realmente sentindo as mesmas sensações que os personagens da história. E olha que interessante, esse aumento na atividade cerebral se mantinha mesmo depois que o livro já havia chegado ao fim. Ou seja, os efeitos da leitura não eram apenas momentâneos, mas eles pareciam deixar uma espécie de rastro bastante funcional no cérebro por dias. Agora pensa comigo, enquanto a TV tende a te deixar num estado passivo em que você apenas consome um estímulo visual e sonoro pré-pronto, a leitura te coloca no modo ativo, porque você precisa processar, imaginar, interpretar e preencher as lacunas. E quanto mais envolvente for a história, mais intenso vai ser esse exercício mental. Só que os benefícios não param por aí, porque tem também um estudo conduzido pelo Dr. David Lewis mostrando que ler por apenas 6 minutos já é o suficiente para reduzir o estresse em até 68%. E isso é mais do que ouvir música, tomar café ou até caminhar. Então, a leitura, por algum motivo, promove um estado de relaxamento profundo que outras atividades dificilmente conseguem. E como você já deve imaginar, esse tipo de efeito acumulado tem um impacto muito positivo na sua saúde mental. Agora, voltando pra nossa comparação aqui, por será que essas duas atividades afetam nosso cérebro de formas tão diferentes? Bom, a resposta tá em dois fatores principais. O primeiro é o nível de envolvimento cognitivo, porque ler exige foco, exige atenção, exige que você ative áreas do cérebro relacionadas à linguagem, memória, imaginação e raciocínio. Já a TV entrega tudo isso pronto de bandeja, os diálogos, as expressões, os cenários, o ritmo, a trilha sonora, enfim, tudo já vem mastigadinho, pronto para você só engolir. Você não precisa nem mastigar se você não quiser. Isso te deixa num estado muito mais passivo, quase que hipnótico às vezes. O segundo fator é a forma como essas atividades moldam seus hábitos de pensamento. E aqui entra uma diferença importantíssima, a leitura aprofunda, já a TV superficializa. Isso acontece porque a TV, por natureza, precisa prender sua atenção de forma rápida e constante. Se o programa enrola demais ou exige muita reflexão, você troca de canal e pronto. Então, o formato se adapta ao seu cérebro imediatista. Já o livro não, meu amigo. O livro te obriga a desacelerar, a seguir o ritmo da narrativa, a mergulhar em ideias que talvez você não consiga digerir na primeira leitura. E o mais interessante é pensar no nível de esforço mental que a leitura exige, principalmente quando a gente tá falando de histórias complexas. Pensa num livro como O Senhor dos Anéis, por exemplo. Você precisa lembrar o nome de dezenas de personagens, os lugares onde eles estiveram, os eventos que aconteceram numa certa fase da história e tudo isso sem ter uma imagem pronta na sua frente. O cenário é construído na sua mente, os rostos, os diálogos, enfim, tudo parte da sua imaginação. E mais, você precisa manter essa estrutura viva e coerente ao longo de centenas de páginas, conectando uma cena à outra, lembrando falas que aconteceram lá atrás e entendendo como elas se desdobram mais adiante. Então, esse tipo de leitura exige raciocínio, memória, atenção e, principalmente, profundidade de pensamento. Não dá para fazer isso com uma mente acelerada ou dispersa. É por isso que com o tempo quem lê mais tende a desenvolver uma mente mais crítica, mais concentrada e mais atenta aos detalhes. Enquanto quem passa horas por dia consumindo TV, especialmente conteúdos rasos, sensacionalistas ou repetitivos, acaba reforçando o oposto, que é uma mente mais reativa, imediatista, distraída e emocionalmente instável. E o mais louco é que isso não afeta só o jeito que você pensa, mas também o jeito que você se conecta com outras pessoas. Porque quando você condiciona a sua mente a pensar de maneira superficial, as suas relações tendem a seguir o mesmo caminho. Por exemplo, tem um estudo bem interessante que analisou o comportamento de mães com seus filhos pequenos enquanto eles assistiam TV ou liam juntos. E a diferença foi gritante, porque veja, quando eles assistiam TV, as interações entre eles diminuíam, tanto em quantidade quanto em profundidade. Era comum que as mães ficassem em silêncio por longos períodos ou respondessem de forma superficial quando os filhos falavam algo. E mesmo quando o programa era educativo, o tipo de conversa não melhorava. Agora, quando eles estavam lendo juntos, a história mudava completamente. As mães faziam mais perguntas, explicavam mais, respondiam com mais atenção e a troca se tornava muito mais rica. Ou seja, a leitura não só ativa mais o cérebro individualmente, como também estimula conexões sociais mais profundas, que é uma coisa que a televisão, por mais sofisticada que seja, não consegue proporcionar da mesma forma. E isso nos leva a uma reflexão importante, que é o fato de que também não dá para generalizar, porque sim, tem série boa, tem documentário excelente, tem muita coisa útil ali, mas o ponto é que a estrutura dos programas de TV, principalmente foi feito para prender sua atenção com o mínimo de esforço e às vezes de uma forma muito tóxica, até porque basta você ligar a TV em qualquer canal aleatório e você só vai ver desgraça acontecendo, porque é isso que gera audiência. A leitura, por outro lado, não grita por atenção. Ela exige que você é quem vá até ela. E é exatamente por isso que ela fortalece tanto sua mente, porque ela simplesmente exige mais. E tudo que exige mais de você também te desenvolve muito mais. Agora, eu sei que talvez você esteja pensando algo como: “Tá, já entendi o quanto ler é maisfico pro cérebro do que assistir TV, mas como é que eu começo a ler mais se eu passo o dia inteiro na maior loucura, estressado e quando chego em casa eu só quero desligar a mente?” Essa é uma dúvida muito pertinente e a resposta tá menos na força de vontade e mais no ambiente que você construiu ao seu redor, porque o ambiente molda seu comportamento. Se quando você senta no sofá, o controle remoto tá sempre ao alcance da sua mão ou se a primeira coisa que você faz quando chega em casa do trabalho é ligar a TV, é claro que seu cérebro vai preferir assistir TV, porque é mais fácil. Mas se você muda o ambiente, mesmo que sutilmente, muita coisa começa a mudar sem você nem perceber. Por exemplo, experimenta deixar um livro num lugar visível e fácil de pegar na sua casa. Cria um cantinho de leitura, mesmo que simples. Coloca uma luminária, uma poltrona ou até mesmo um travesseiro num cantinho da sua casa ali no chão, onde você possa se sentar com calma. Esses pequenos ajustes criam gatilhos visuais e comportamentais que te lembram, sem nenhum esforço consciente de que existe uma outra opção para relaxar além da TV. E um outro ponto importante é você escolher bem o que você vai ler, porque muita gente desiste da leitura porque começa por livros difíceis, densos, que exige um preparo que ela ainda não tem. Só que não precisa ser assim. Você pode começar por algo mais fácil e que te interesse de verdade. Pode ser desenvolvimento pessoal, pode ser biografia, pode ser um romance bem escrito, pode ser livro de ficção, não importa. O importante é você criar o hábito, porque o prazer vem depois. E se puder, prefiro o livro físico, porque além de ajudar na concentração, ele evita as distrações que vêm junto com o digital. Porque quando você lê no celular ou no tablet, qualquer notificação, qualquer tentação de abrir uma outra aba já quebra o seu foco. Já com o livro físico você não tem esse problema. É só você e um bloco de texto na sua frente, então fica muito mais difícil se distrair assim. Agora se você ainda acha que não tem tempo para ler, faz o seguinte teste: antes de dormir, reserva 15 minutinhos. Só isso. Nada de redes sociais, nada de TV. Só você uma luz baixa e um bom livro. Faz isso por uma semana e depois me conta aqui nos comentários como se sentiu. Você vai perceber que a sua mente vai desacelerar, seus pensamentos ficaram mais organizados, você vai conseguir dormir mais rápido e não só isso, você também vai conseguir ter um sono de muito mais qualidade. Eu digo isso porque a leitura tem esse poder. Agora, se você tem uma TV no seu quarto que você assiste enquanto pega no sono, eu sinto em te dizer, você pode até achar que tá dormindo bem, mas você só vai perceber o quanto estava dormindo mal quando passar uma semana fazendo isso que eu te falei com relação ao livro. Faz isso e você nunca mais vai querer parar. Bom, a verdade é que ler um bom livro de vez em quando pode até te trazer alguns insightes, sim, mas é o hábito da leitura feito com consistência, dia após dia, que realmente vai transformar sua mente. Porque o poder da leitura não tá só no conteúdo, tá no processo, tá na disciplina de sentar, abrir o livro e mergulhar em algo que exige muito mais da sua atenção, da sua imaginação e do seu raciocínio. E fazer isso com frequência é como treinar um músculo mental. Quanto mais você lê, mais você pensa, mais você questiona e mais você entende o mundo e a si mesmo. Isso vale para qualquer outro hábito também, porque no fundo a gente é uma coleção de hábitos. Então, pequenas repetições diárias quando somadas definem quem a gente se torna. E é por isso que se você quer prever como vai estar sua vida daqui a 1 ano, 5 ou 10 anos, é só você olhar pros hábitos que você cultiva hoje. Onde você investe seu tempo e sua energia sem pensar muito? O que você faz de forma automática para lidar com o estresse, com a ansiedade, com a preocupação e com outras emoções? Come porcaria? Assiste pornô? Joga videogame? Fica rolando o feed das redes sociais? Ou será que você faz alguma coisa mais produtiva e saudável no lugar? Enfim, as respostas para essa pergunta diz muito mais sobre o seu futuro do que qualquer plano ou desejo que você tenha. E é exatamente por isso que mudar um hábito nunca é só sobre mudar um comportamento, é sobre mudar a trajetória da sua vida. Então, se você sente que precisa mudar, mas não sabe por onde começar, ou se já tentou antes, mas acabou voltando pros mesmos padrões, eu quero te apresentar o método mais simples e rápido que você pode utilizar para mudar absolutamente qualquer hábito que você quiser. Basta clicar no primeiro link da descrição ou no comentário fixado e assistir ao vídeo que preparei para você lá. Um forte abraço e até a próxima. Yeah.

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