O Jogo Virou: Agressor enfrenta o Inferno na Cadeia – Entenda o caso
0No dia 26 de julho, o Brasil inteiro ficou chocado com mais um caso de agressão contra a mulher, dessa vez vindo do ex-atleta Igor Cabral. Foram mais de 60 socos aplicados contra a vítima. Juliana Garcia dos Santos, o que fez com que Igor fosse preso em flagrante, acusado de feminicídio. Atualmente, Igor segue preso atrás das grades, apenas começando a pagar pelo seu crime, que, segundo suas próprias declarações, parece que pode piorar bastante. Nos últimos dias, Igor Cabral fez uma denúncia alegando ter sido vítima de abusos na prisão por parte dos agentes penitenciários e até mesmo por parte de outros presidiários. Sua defesa segue pedindo por uma cela isolada, enquanto a Secretaria de Administração Penitenciária do Rio Grande do Norte alega que irá investigar o caso. Neste vídeo, você vai entender tudo por trás dessa história, desde a carta com pedido de desculpas que Igor escreveu, os e-mails apaixonados que ele recebeu, até mesmo suas supostas alegações de ameaças dentro da prisão. Que bom estarmos juntos novamente. Espero que esteja tudo bem com você. Para entendermos melhor toda essa história, precisamos retornar ao início, no sábado, dia 26 de julho, quando acontecia um churrasco. O churrasco entre amigos estava acontecendo dentro de um condomínio na zona sul de Natal, no bairro Ponta Negra. Nesse churrasco estavam o casal Igor Cabral e Juliana dos Santos junto a vários amigos. Durante a confraternização, o casal teve um desentendimento, pois Igor ficou com ciúmes de algumas mensagens no celular de Juliana e se iniciou uma discussão. Posteriormente, a polícia chegou até mesmo a analisar as mensagens no celular de Juliana, constatando que não eram nada demais. Conforme relatos, Igor teria jogado o celular dela na piscina e subido ao apartamento para pegar suas coisas. Juliana foi atrás para tentar conversar com ele. Quando o Igor anotou no elevador, tentou tirá-la de lá e, chamando-a para o corredor. Porém, sabendo que não haviam câmeras no corredor e com medo de que ele pudesse fazer algo contra ela, Juliana decidiu permanecer ali, mas mesmo com a câmera do elevador. Isso não impediu que Igor socasse o rosto de Juliana 61 vezes em apenas 36 segundos. Algo monstruoso. Manuel Anesio, o porteiro, foi o responsável por chamar a polícia na mesma hora que presenciou o crime pelas câmeras. Em depoimento, ele chegou a dizer: “Eu nunca tinha visto algo desse tipo acho que qualquer um que estivesse ali no meu lugar faria a mesma coisa e teria chamado a polícia.” Igor foi contido por moradores locais e no momento em que a polícia chegou, foi preso em flagrante. Juliana foi hospitalizada no mesmo instante e impossibilitada de falar. teve de prestar depoimento à polícia através de bilhetes. Igor Eduardo Pereira Cabral, o agressor, já atuou profissionalmente pela seleção brasileira de basquete na modalidade 3×3. No entanto, assim como possui um histórico de atleta, ele também possui um de agressões. Em seu depoimento, Juliana revelou que Igor já havia lhe agredido antes, mas não nessa proporção. Segundo ela, ele já havia empurrado, praticado violência psicológica e até mesmo incentivado-a a atentar contra a própria vida. Mas e por parte de Igor? Como ele poôde começar a se explicar? Afinal de contas, as câmeras capturaram sua ação, sendo impossível inventar qualquer narrativa. Ainda assim, ele tentou se justificar. Ao prestar depoimento, Igor alegou ter sofrido um surto claustrofóbico, o qual foi resultado justamente da discussão que ele e Juliana vinham tendo. Além disso, ele também alegou que dentro do elevador Juliana o havia xingado e rasgado sua camisa, o que apenas agravou o seu surto. Contudo, a delegada responsável por coletar o depoimento de Igor parece não ter acreditado na sua versão, pois logo depois descreveu a postura dele como debochada e sem arrependimentos. Igor foi preso em flagrante e no dia 1eo de agosto foi transferido para a cadeia pública de Noráimas. De lá para cá, muita coisa foi revelada, principalmente sobre o passado dele. Além de ter cometido violência contra Juliana, foi revelado que ele já havia sido réu em outra acusação. A ação veio da justiça de Macapar, quando Igor e uma ex-namorada adquiriram dois ingressos para um festival musical em Salvador e deram um calote de R$.200. A vítima acabou recorrendo à justiça, mas alegou que sempre a justiça tentava localizar Igor em um dos seus endereços. Ele nunca estava no local. Com o tempo, a vítima resolveu desistir do processo e arcar com prejuízo. No entanto, esta não é nem de perto a parte mais surpreendente sobre a história do ex-atleta. Conforme o nome dele começou a ser veiculado cada vez mais na mídia, mais e mais relações do seu passado foram surgindo, entre elas, vários casos de traição que Igor Cabral mantinha com outros homens. Essas revelações surgiram não apenas de boatos, mas através do vazamento de um vídeo íntimo de Igor com um outro homem. Essas revelações geraram ainda mais debates, mas é importante termos em mente que a sua orientação sexual em nada justifica ou explica os crimes que ele cometeu. Em entrevista, o suposto amante de Igor, que preferiu não se identificar, disse que ele dizia que estava sem trabalho, com dificuldades. Eu ajudava porque gostava dele, mas ele sempre teve medo de se assumir. A pessoa que eu conheci era instável, mas eu nunca imaginei algo tão monstruoso. Isso não é tudo. A história ainda possui uma nova camada. Mesmo após a condenação de Igor por violência contra a mulher, depois de ter o seu vídeo íntimo vazado, ele recebeu mais de 1000 e-mailos de mulheres se declarando e querendo se encontrar com ele. Apesar de surpreendente, os especialistas explicam que esse tipo de comportamento é resultante da ibristofilia, uma condição na qual as pessoas desenvolvem algum tipo de interesse, seja romântico ou sexual, por aqueles que cometeram crimes violentos. A coisa doentia, sem dúvida. Deixando passado de lado e voltando para a prisão de Igor, uma das primeiras coisas que ele fez ao ser preso foi escrever uma carta de desculpa. A carta divulgada pela defesa do mesmo, além do pedido de desculpa, trazia também trechos nos quais ele culpabiliza o uso de substâncias pelo seu crime cometido. Enquanto Igor tentava de algum modo obter perdão por um crime imperdoável, a sua defesa corria para tentar conseguir uma cela isolada, mas até o momento não obteve sucesso. A defesa alegava que devido ao fato do caso ter adquirido uma enorme publicidade midiática, Igor estava sendo ameaçado por uma facção criminosa e seria perigoso para ele permanecer numa cela com outros presos. O ex-jogador acabou indo para uma cela com outros detentos, mas conforme ele mesmo vem alegando, também vem sofrendo violência dos próprios agentes penitenciários. Em seu boletim de ocorrência, o qual ele prestou acusando os agentes, Igor destaca que no momento em que foi preso, os agentes teriam dito que ele tinha acabado de chegar ao inferno. Conforme relata, ele foi isolado numa cela onde foi algemado sem roupa, enquanto os agentes o agrediram com golpes e spray de pimenta. Ainda conforme Igor, ele teria até mesmo ouvido ameaças de violência sexual, envenenamento e morte, além do fato de os agentes o teriam oferecido um lençol e o aconselhado a atentar contra a própria vida. No final, ele acabou sendo transferido para uma cela com os demais detentos, os quais, de acordo com os agentes, já o estariam aguardando. Ainda não se sabe quanto do depoimento de Igor é verdadeiro e quanto é apenas um estratagema de sua defesa para conseguir uma cela isolada. No momento, as acusações dele estão sendo investigadas pela Polícia Civil, mas nesse meio tempo segue aguardando numa cela com todos os outros presos que lhe acusou de pertencerem a uma facção que o tem como alvo e sobre os olhares dos agentes penitenciários que ele acusou publicamente de agredi-lo. Já em relação a Juliana, após passar por uma cirurgia de 7 horas, ela segue em recuperação. Entrevista à Rede Record no domingo espetacular, Juliana enviou uma mensagem diretamente a Igor, seu agressor, afirmando que eu quero que ele saiba que não deu certo. Eu estou viva. No Brasil, conforme estatísticas, quatro mulheres são vítimas de feminicídio todos os dias. Nenhum pedido de desculpas escrito horas após a agressão deve ser minimamente considerado como redenção. Justiça não se escreve em bilhete. Justiça precisa ser feita. É urgente também que acabe a passividade e clicidade doentia de muitas mulheres que, mesmo agredidas, escolhem continuar ao lado dos seus agressores. E você, queremos saber sua opinião sobre esse caso especificamente e esse tema? Deixe nos comentários. Muito obrigado pela sua companhia especial. A gente se vê num próximo vídeo.