O Órfão que Deixou de ser Alguém pra ser Ele mesmo ~ Kiyama Hiroto (Super Onze/Inazuma Eleven)
0O Herot é aquele tipo de personagem que a gente não entende de primeira, né? Ele entra em cina como um vilão, depois vira um aliado e quando você acha que já entendeu, vem mais um segredo. Mesmo ele sendo apresentado como um alienígena, ele acaba se tornando um dos personagens mais humanos da série. E aqui vamos entender como esse órfã encontrou a força de vontade que precisava para se tornar um dos jogadores mais poderosos de Super 11. Bom, como todos devem saber, o Hiroto foi introduzido como um vilão, mas diferente dos outros líderes do Instituto Alien, ele aparenta ser um cara mais tranquilo e sorridente, mas por trás disso, ele é também o líder da Gênesis, o time mais forte de todo o instituto. É um pouco estranho isso, porque ele é carismático, é educado, joga com elegância, mas tá do lado errado da história. Por quê? A resposta começa a surgir quando a gente entende quem ele acredita ser. Até aquele momento, o Hiroto, que conhecemos atende por outro nome, Grun. Esse era o nome alienígena que ele recebeu ao ser criado dentro do Instituto Helen. Ele cresceu ali, foi treinado ali, foi doutrinado ali. Ele aprendeu desde cedo que era diferente dos humanos normais, que tinha uma missão e a função dele era liderar a Gênesis para provar que os alienígenas eram superiores. Ele passou a acreditar que o futebol era um meio de dominação e que ele, como Gram era a peça principal de tudo isso. Mas a real é que tudo isso era mentira. Gram não era alienígena, não era criação de outro planeta, não era um ser superior, ele era só um garoto comum, órfão, que cresceu numa estrutura de mentiras construída por um homem quebrado, Kira Seijuro, o maior nome por trás do instituto. Sejero criou toda essa faça como forma de vingança depois de perder o seu filho chamado de Kira Hiroto num acidente que não temos muita informação sobre. Consumido pela dor e pela rejeição do governo que recusou a sua proposta de militarizar a pedra alienígena, ele decidiu usar o futebol como um arma. E como Zeisen, o primeiro ministro, era apaixonado por futebol, o plano era simples. Destruir esse símbolo de alegria aos poucos, atacando as escolas, os clubes e os sonhos dos jovens, até que fosse impossível ignorar. E no centro de tudo isso estava o Gram, ou melhor, que ama Hiroto. Esse era o nome verdadeiro do garoto que a gente conhece. Kira Sejuro viu naquele menino uma nova chance. Kira deu a ele o nome do filho falecido, deu uma nova identidade, deu um novo papel e o garoto aceitou com todo o seu coração, porque no fundo ele só queria ser aceito. Por fora, o todo poderoso Gram, mas por dentro um ser humano que sentia que algo não encaixava. Ele começa a perceber que o mundo que ensinaram para ele talvez fosse uma faça. E isso não vem de um bac, não vem de uma revelação repentina. Vem aos poucos. Vem quando ele observa os outros jogadores do instituto sendo tratados como peças, quando ele percebe que a dor deles não comoove ninguém, quando vê o próprio time sendo pressionado, sem espaço para sentimento nem pra verdade. E aí que ele começa a olhar para fora, começa a olhar para Raymond. Mesmo enfrentando escolas destruídas, jogadores mais fortes e sistemas injustos, a Raymond continua lutando com garra, com união, com algo que ele nunca viu antes. E isso bate nele de um jeito estranho, porque não faz sentido. Eles não têm pedra sobrenatural, não tem tecnologia de ponta, não tem laboratórios, nenhum comandante por trás, mas tem algo que falta na alien, vontade de jogar futebol. E o Heroto, mesmo que ainda não admita, sente falta disso. A forma como Endo lidera o time com energia, como o Guengi joga sério mais com paixão, como o Fubuk tenta superar o passado com o futebol, tudo isso começa a mexer com ele, porque o Hiroto percebe que o futebol deles é verdadeiro, é suado, é sofrido, mas é real. E ele começa a se perguntar se o que ele vive também é. Será que ele realmente ama jogar do jeito que ensinaram ou será que ele só segue jogando porque foi condicionado a isso? Será que ele tá jogando para vencer ou só para cumprir um papel que colocaram nas costas dele? Essas perguntas começam a crescer dentro dele e aí que o personagem começa a mudar, a observar cada vez mais, a questionar em silêncio, porque no fundo ele ainda não sabe se pode escolher, não sabe se pode ser alguém diferente, se pode largar o papel de Gran, se pode jogar o futebol de um jeito diferente, mas a vontade nasce ali na dúvida, na comparação, no desejo de jogar com liberdade. O Hiroto ainda não virou aliado, ainda não virou ama Hiroto, que a gente conhece, mas naquele ponto ele já não era mais só o Gran. A gota d’água chega quando a verdade em que ele acredita e a verdade que o Wend acredita é colocada em jogo. O Hiroto entendeu que ele não sabia o verdadeiro significado de ser forte. Entendeu que o caminho que o pai queria seguir não era o correto. Tudo aquilo que ele acreditava desaparece. Ah, então é assim que funciona. Mas junto com Ad vem uma possibilidade que ele nunca tinha cogitado, a de escolher. Se ele não é o Gran Kiraoto, então quem ele é? Quem ele quer ser? É nesse momento que ele escolhe parar de fingir. Mesmo que ele ainda ame muito o Sergiro por ser o único que o acolheu, ele se vira contra tudo que foi construído ao redor dele e decide jogar buscando seu próprio estilo. Não para provar poder, nem para dominar ninguém, mas para jogar de verdade. E mais do que isso, para fazer parte de algo real. O pedido de jogar juntos novamente foi feito. Parecia aquele tipo de despedida que nunca terá reencontro, mas na verdade isso não demorou muito para acontecer. Pouco tempo depois ele ressurge. Seu penteado parece ser uma versão intermediária das outras que vimos e sua postura tá bem diferente, mas mesmo assim ele permanece com aquele olhar atento, curioso e determinado. Ele é selecionado para jogar no torneio mundial e se torna uma peça chave. Ele corre, pensa, se entrega, se engaja com o time. Não é mais o vilão. Ele passa a jogar não para cumprir uma missão, mas para se divertir jogando futebol. Uma coisa interessante sobre o Hiroto é que enquanto personagens como Goeng e Endo precisaram criar novas técnicas para poder passar no mata-mata, o Hiroto só continuou com o seu meteoro cortante. Essa técnica foi o suficiente para ele fazer alguns gols no torneio e maior parte dos gols foram feitos em técnicas em dupla ou trio. Mas aí na final esse jogador conseguiu fazer algo que ninguém poderia imaginar. Os L giants pareciam ser uma equipe invencível. Todos os jogadores eram de alto nível e a equipe parecia estar 100% sintonizada. O rococó parecia estar brincando de váia durante todo o torneio e afinal não poderia ser outra. Mesmo utilizando o meteorocortante em sua versão mais poderosa, o Rokocó não tinha trabalho para defender. O Riroto precisava superar seus limites e ele começa a ver como seus companheiros começam a evoluir durante a partida. Ele começa a pensar e como cada fase do torneio deixou a seleção cada vez mais forte e o gatilho que ele precisava para evoluir estava na frente, quer dizer, estava atrás dele o tempo todo, estava na pessoa que mudou o ponto de vista dele sobre o futebol. O endo também precisava evoluir naquela partida. Sem o Godcat, ele não conseguiria proteger o gol, mas ele dominou e conseguiu. Como Endo é o Endo, ele também precisava guiar seu novo amigo pro próximo nível. E graças ao passe alto dele, o Hiroto desperta a técnica solo mais poderosa do clássico Tenko Otto [Música] pela primeira vez, o Rokocó sentiu que precisava usar toda a sua força, mas na primeira vez que ele precisou fazer isso, ele aprendeu a lição de nunca subestimar seus adversários. A Io Madapan acaba de empatar o jogo. As técnicas Big Bang, que inclusive o Hiroto participou e a Jet Stream fecharam o placar que tornou a Raymond campeã do torneio. E quanto ao MVP não tinha como ser outro, não mais o garoto condicionado a obedecer, não mais o substituto de ninguém, mas alguém com nome, com estilo e com essência. Em Nasumelev Go, o Hiroto tem pouco tempo de tela, mas sua vida pessoal parece ter sido resolvida. Ele virou oficialmente o membro da família Kira, ou seja, o que ama Hiroto passou a ser Kira Hiroto e ele se torna o presidente da Kira Zaibatsu, a empresa da família. Além disso, descobrimos que ele também é um membro da resistência contra a Dragon Link, o verdadeiro inimigo daquela geração. Junto com Midorikauwaa, eles descobrem todo o plano dos vilões e passam as informações para o endo, como o mundo dá voltas, né? Os grandes vilões do clássico se tornaram heróis nacionais e agora enfrentam outras organizações criminosas. Um desfecho básico, mas que mostra como o personagem encontrou seu lugar no mundo depois de seguir seu estilo e com isso influenciou todos ao seu redor. No mundo de Arisnoten Beimin, o Hiroto reaparece, ou melhor, que dois Hirotos reaparecem, até porque o verdadeiro Kira Hiroto está vivo. Aquele que morreu na linha principal da história, o filho biológico do Kira Sero, nesta realidade sobreviveu. Essa revelação muda tudo. Oriroto que a gente conheceu, o garoto ófan criado dentro da mentira do instituto, agora não pode mais carregar o nome que foi dado a ele. E é aí que ele adota um novo nome que ama tatsia, agora sim o genuíno. Nessa alenha do tempo, a alien se chama Eigakoin, composta pela mesma turminha que já conhecemos, mas sem nenhuma pedra sobrenatural ou intenções perigosas. Tatsia continua sendo aquele jogador calmo e concentrado, porém um pouco nerfado. Com o verdadeiro Hiroto vivo, nenhum Tatsia, nem o resto dos irmãos precisaram passar pela pressão rigorosa do pai. E pra nossa surpresa, o Kira Hiroto chocou todos os fãs quando foi apresentado. Imaginávamos que ele seria um cara mais tranquilo, assim como o nosso herói sempre foi, mas ele mostrou-se alguém muito temperamental e competitivo. Ele se autodenomina o goleador divino, fazendo uma provocação direta ao colégio Zeus. Mas não podemos negar que ele é um atacante inabalável. Mesmo sendo nerfado, o talento do Tatsia não o impediu de ser convocado pra seleção. E lá ele é crucial para manter o equilíbrio do temperamento do irmão. Essa é a palavra-chave que resume o Tatsar no arco final, equilíbrio. No clássico, ele era um cara decisivo, mas em Orion essa função ficou para o Kira. O Tatus já vem como um apoio técnico e emocional, aquele jogador que você só percebe o impacto quando ele não tá em campo, um jogador versátil e estratégico. E é justamente essa postura que o destaca. O Tatsa é o cara que segura as pontas quando tudo parece desmoronar, que observa em silêncio e entende onde cada peça se encaixa, que respeita o coletivo mais do que o próprio brilho. Durante os jogos, ele mostra maturidade, altruísmo e visão de jogo. Ele decide até virar um defensor por puro senso de estratégia. Ele não busca o brilho individual, mas está sempre pronto para fazer o que o time precisa. constrói jogadas, ajusta posicionamentos, ajuda na marcação e mais do que tudo protege os companheiros. Pro Tats o futebol é um espaço de reconstrução, não é só um esporte, é um recomeço, uma forma de curar, a mesma forma de enxergar que o endo, que tentava colocar isso na cabeça dele desde o clássico. Ou seja, é um paradoxo temporal que se repete. E mesmo que ele não diga isso em voz alta, cada passe que ele dá carrega essa ideia. É como se dentro do campo ele dissesse: “Eu encontrei o meu lugar e vou garantir que vocês encontrem o de vocês também”. No fim das contas, o Hiroto, ou melhor, o Tatsia, nunca precisou de aplausos para provar quem ele era. Ele foi o jogador que cresceu no meio da mentira e escolheu viver a verdade. O garoto que teve vários nomes, mas que criou uma identidade própria, que carregou o peso da expectativa, do trauma, da ausência e ainda assim jogou como quem cura. O Tatsuan não é só o cara que joga futebol, ele é o cara que mostrou para todo mundo que é possível se encontrar. mesmo quando te ensinaram a ser outra pessoa. Muito obrigado por assistir. Eu sou o Danuk e até o próximo vídeo.







