O Prazer Inexplicável das Cenas de TRANSFORMAÇÃO!
0[Música] [Aplausos] Himin, uma palavra japonesa que significa simplesmente transformação, mas que se tornou um sinônimo de um dos elementos mais poderosos e universais do entretenimento. O Renchim é responsável por aqueles momentos onde começa a tocar uma música épica, o vilão começa a entrar em pânico e todo mundo ao redor começa a olhar assustado e a gente começa a ficar tipo, é o elemento que nos entrega sequências onde o visual explode em cores super saturadas ou completo oposto disso, onde o áudio deixa de ficar em segundo plano e onde cada segundo parece durar uma eternidade de pura adrenalina. Não é coincidência que essas cenas sejam tão marcantes. Existe toda uma ciência e história por trás do que torna as transformações algo tão viciante. E é isso que vamos descobrir aqui. Para entender como as transformações chegaram ao nível de hoje, precisamos olhar além dos animes e reconhecer que isso é um conceito verdadeiramente global. No Ocidente, temos histórias de metamorfose desde a mitologia grega, deuses que se transformavam em animais, histórias de lobis, homens, vampiros, entre outros. A ideia de transformação sempre fascinou a humanidade, mas foi no Japão que essa fascinação encontrou a sua forma mais refinada e sistemática. Na cultura tradicional japonesa existem os baquemonô e obquas sobrenaturais capazes de mudar de forma, como espíritos que alteram sua aparência e raposas que se transformam em belas mulheres. Sim, aqui já dá para ter uma noção de onde vamos chegar. Essa tradição de metamorfose se tornou a base para várias outras ideias. Os tokusats dos anos 50 e 60 pegaram essa base cultural e criaram o Kyodai Hero, o herói gigante, um subgêno que envolve superheróis ou robôs terem a capacidade de crescer alturas imensas para derrotar monstros gigantes. Ultran, Cam Rider, Super Senai, todos seguiam o mesmo princípio que influenciou muitas outras obras. A transformação com uma capacidade de superar seus limites. Mas o que realmente faz a nossa mente vibrar quando vemos isso acontecer? A resposta está na química do nosso cérebro. A cada transformação, experimentamos uma descarga de dopamina. É o mesmo mecanismo que nos faz sentir satisfação quando completamos uma tarefa ou alcançamos um objetivo. A transformação representa crescimento, evolução, superação. E nosso cérebro interpreta isso como uma conquista, mesmo que isso esteja vindo de um personagem que não existe. Quando os animes começaram a adaptar esse conceito, eles criaram uma fórmula que se tornaria lendária. Não bastava apenas mudar de forma, era preciso criar toda uma experiência sensorial completa. A transformação precisava ser um evento, um ritual, um momento muito impactante tanto para o personagem quanto para você. Essa fórmula estabeleceu o elemento chave, a música específica que começa a tocar, os movimentos coreografados, a sequência visual elaborada e o grito icônico que marca o momento da mudança. Isso é só a forma mais comum de transformação. Com o passar do tempo, esse elemento começou a ser utilizado de formas mais criativas. Dragon Ball foi um dos que popularizou a ideia com as transformações Super Sain, onde cada nova forma representa não apenas uma mudança visual, mas um salto enorme no poder do personagem. E esse conceito de transformação encontrou sua expressão mais refinada em Bleach, onde cada zampaco vem selada em dois níveis, a Shikai e a Bankai. Quando vemos suas formas finais, experimentamos aquela sensação única de descoberta, o poder que estava oculto o tempo todo, sendo finalmente revelado. Outra visão revolucionária aconteceu em Pokémon e Digimon. Eles usaram a ideia de transformação para transmitir os ensinamentos que eles querem para quem tá assistindo. Diferente de Dragon Ball, agora a evolução representa mais do que um simples aumento de poder. Ela passa a ser uma forma de recompensa por ter aprendido uma nova lição ou por ter criado laços de amizades mais fortes. Porém, nem todas as transformações seguem ao caminho da elegância. A evolução natural desse elemento nos trouxe abordagens mais ousadas e violentas. Chensum quebrou todas as regras estabelecidas. As transformações do Deng não são bonitas nem mágicas. Elas são brutais e quase horripilantes, mas ainda assim satisfatórias, pois elas representam uma liberação completa, uma transformação que abraça o caos como forma de poder. Vocês conseguem entender o que eu tô falando? Dandad também pegou essa energia mais dark e adicionou uma dose de comédia absurda. Talvez seja melhor eu sumir desse mundo. Para de falar desse jeito, tá me irritando. Esses dois criam transformações que são simultaneamente ridículas e impressionantes. É a evolução natural do conceito. Mostrar que a transformação pode ser tanto grotesca quanto grandiosa, tanto cômica quanto épica. É uma coisa que diferentes culturas tentam fazer, mas ainda assim seguindo suas próprias tradições. No Ocidente, superheróis como Superman ou Batman tendem a manter uma identidade consistente. Claro que K veste a roupa e vira Superman, mas ele continua sendo fundamentalmente a mesma pessoa. Já no Japão, a transformação é vista como uma mudança do ser. Quando o Goku se transforma em Super Saadin, ele não tá apenas mais forte, ele tá com sangue nos olhos. Seus valores, sua personalidade e até mesmo sua moralidade podem mudar. Essa diferença torna as transformações em animes muito mais legais. Depois você me conta se você concorda com isso. Outros países asiáticos também tm suas próprias interpretações. Na China, histórias como a San Wong mostram transformações como habilidades práticas para resolver problemas. E na Coreia, solo Levelin trata de transformação como o par de nível, como se fosse um jogo mesmo. Já aqui na América Latina, Sent Seia foi um dos grandes responsáveis por popularizar o tema. Vestir uma armadura mágica é o elemento da transformação aqui. Mas o anime pode trazer a seguinte questão: a armadura dá poder ao cavaleiro ou somente o protege? Se caso for a segunda opção, a constelação que representa a armadura seria na verdade um guia que não dá força, mas se que cuida e dá coragem ao cavaleiro para despertar o poder que está dentro dele através do seu cosmo. E com esse aprendizado podemos dar seguimento à história com novos desafios, assim como One Piece, que demonstrou como transformações podem fazer parte da narrativa. As gears do Luffy, as akumanomi, as transformações zoam. Para quem tá acompanhando os episódios atuais, isso faz mais sentido ainda. Inclusive, cada novo poder despertado agora desbloqueia novas pistas da história real daquele mundo. Essa abordagem influenciou uma geração inteira de criadores a pensar em transformações como ferramentas narrativas. Eles começaram a pensar em momentos onde a história muda de direção, onde personagens evoluem, onde conflitos são resolvidos e não só mais um monte de coisa bonita na tela, tá ligado? A combinação de música épica, dublagem e efeitos sonoros durante uma transformação cria o que os psicólogos chamam de experiência sinestésica. Múltiplos sentidos são ativados simultaneamente, criando uma memória mais vívida e, quem sabe marcante o suficiente para se tornar nostálgica depois. É por isso que mesmo transformações vistas dezenas de vezes continuam nos arrepiando. O nosso cérebro reage à mesma estrutura sensorial como se fosse a primeira vez. Voltando pro foco dos animes atuais, além de dando Shening, outros animes modernos continuam inovando no conceito de transformação de maneiras fascinantes. Demoner trouxe transformações mais sutis e baseadas em respiração, onde a mudança é tanto interna quanto externa. E Juju de Sukai se explora transformações temporárias com custos reais, adicionando drama e consequência ao processo. O que vemos aqui é uma nova geração de criadores que entendem a importância dessas cenas de transformação e como elas podem dar início a uma nova etapa da história. Essa evolução garante que, independentemente de como a mídia mude, o conceito de transformação vai sendo uma ferramenta poderosa, porque no final das contas todos nós nos conectamos com a ideia de que podemos nos tornar ainda mais do que somos atualmente. E é exatamente isso que torna a transformação algo tão [Música] extraordinário. Me diz nos comentários qual foi a transformação mais memorável que você já viu e se inscreve no canal para mais conteúdos como esse. É isso, obrigado por assistir. Eu vou ficando por aqui. Eu sou da Nuk e até o próximo vídeo.







