O preço mais importante da economia global
0$4.290 por onça Troia. Essa é a cotação do ouro neste momento, que é a máxima histórica, assim como a da prata também que atingiu mais de 54 por onça no dia de hoje, também fazendo topo histórico. Mas muitas pessoas não entenderam o significado do movimento do ouro nos últimos meses e o quão histórico isso é. E até para ter a ideia do que significa 4.291 por onça troy, onça troy é equivalente a 31 g. Então imaginem uma moeda aqui tem uma moeda de prata de onça tró, então 31 g, que a 55 seria mais ou menos R$ 300 um pouquinho é ao redor desse número. Pois imaginem esta mesma moeda, mas agora de ouro, o preço dela em reais seria mais de R$ 23.000. Sim, exatamente isso. R$ 23.000 neste momento. R$ 345, cara. é insano, mas a verdade é que tem muita coisa acontecendo e é um indicador tão fundamental pra história financeira e que é preciso entender o que o preço do ouro está querendo nos dizer nesse momento. E não apenas olhando sobre a perspectiva dos principais investimentos, mas porque tem algo por trás que revela desconfiança, busca por segurança, por proteção, a perda de credibilidade das moedas fiduciárias, déficites fiscais crescentes, tudo isso está embotido no preço do ouro. E eu quero mostrar primeiro aqui, então, até a performance neste momento aqui, ó, eare. Então, vamos lá. 2025 apenas os melhores investimentos. Selecionei aqui grandes classes de ativo. Primeiro, prata subindo 83%, ouro subindo quase 62%. Depois temos aqui o EWZ, bolsa brasileira em dólares, subindo 29%, quase 30%. O Bitcoin que hoje está caindo, mas no ano está com uma alta de pouco mais de 12,5%. E depois temos também aqui SP500 subindo mais de 13%, ali por último com uma alta singela de 4% no ano o ETF TLT que é de bom de longo prazo. Mas aí a pergunta que fica é até onde vai esse movimento? Até onde o ouro pode subir? E nos últimos dias, eh, claro que isso se tornou matéria e tá chamando atenção dos investidores, de banqueiros centrais, de economistas, enfim, de todo mundo que acompanha o mercado financeiro, mas não apenas o mercado financeiro, e sim as economias globais. E um autor que eu acompanho já há alguns anos, que é o seu Willam Buter, ele foi economista chefe do Citybank e também trabalhou no Banco da Inglaterra como um membro externo do comitê de política monetária ao redor de 97 e 2000, 1997 a 2000. E ele é um antiouro desde sempre. Ele tem oeriza a ouro. Imagina se se o Superman é alguém que defende o ouro, esse cara seria o Lex Lútero. Ele detesta ouro com, eu diria que visceralmente. Mas neste artigo que ele publicou agora no dia 10 de outubro, ele disse o seguinte, ó, que a bolha do ouro deveria levar os bancos centrais a vender o metal. Inclusive, na última parte aqui do artigo, ele diz o seguinte, ó: “Indos e firmas de investimentos, considerando investir no ouro, deveriam fazê-lo apenas se vocês estão dispostos a perder tudo ou quase tudo desse investimento. Os bancos centrais deveriam vender o máximo possível para esses agentes privados que atendem a este critério.” Então ele defende que você deve vender o ouro. E ele inclusive estava no Banco Central da Inglaterra quando o primeiro ministro do Reino Unido era o Gordon Brown. E eles realizaram talvez, talvez não, com certeza, a pior venda de ouro da história, porque foi o fundo, um fundo de décadas no preço do ouro que se situava ali ao redor de 260, 270 por onça troia. Aqui este gráfico, ó, de 97 até 2002, começaram a vender em 98 até 2002, o banco da Inglaterra decidiu vender metade das suas reservas de ouro. Não sei se o Willen Butter teve algum input ou influência nessa decisão, mas certamente se perguntaram para naquele momento se valeria a pena vender, ele teria dito que sim, vendam tudo o máximo possível. e que ele segue dizendo. E o que é curioso é que apesar da realidade estar contrariando tudo que ele vem dizendo há décadas, tanto é que ele já em 2009 dizia que o ouro era uma bolha de 6.000 1000 anos e que o ouro não tinha nenhum valor intrínseco e que, portanto, o seu valor intrínseco era mínimo e que não fazia o menor sentido dispender recursos para extrair ouro, minerá-lo, refiná-lo, colocá-lo em formatos de barras, de moedas e novamente colocar debaixo da terra em cofres, porque o ouro não fazia nada e era um desperdício de recursos escassos. E ele é um grande defensor, obviamente, de moedas fiduciárias, de bancos centrais, e que estes ditem o poder de compra das moedas e que inflacionem, imprimam moeda como bem quiserem. E ele até já num passado não tão longinco, dando uma entrevista a isso logo depois da grande crise financeira de 2008, ele defendia, por exemplo, medidas como a seguinte que eu vou colocar aqui na tela, que revela muito do seu pensamento intervencionista. Vamos lá. agam petulância, o nível de intervencionismo. Se os investidores tiverem que absorver juros muito negativos, que assim seja. Mas essa é a visão dele, que então defende que as moedas devem ser gerenciadas por bancos centrais, por seres iluminados, por PhDs de economia, por banqueiros centrais. E claro que o grande problema por trás das moedas, e isso é o que a história monetária atesta, é como gerenciar a escassez do dinheiro. E essa é uma das grandes fragilidades do sistema monetário atual, baseado no dólar e nas demais moedas de papel que não são conversíveis em nada, é que elas podem ser impressas a de infinito. Um banqueiro central, dependendo da política, qualquer que seja, a justificativa o pretexto, pode imprimir dinheiro, injetar liquidez, resgatar amigos, empresas parceiras, enfim, o que quiser que seja. E quem acaba sofrendo é a população, os trabalhadores que vem o seu dinheiro perdendo poder de compra ano após ano, porque não há escassez com o dinheiro moderno que é controlado pelos bancos centrais. E essa é justamente uma das grandes forças do ouro, porque ele é escasso pela natureza, pelas leis da natureza, e não é possível em laboratório replicar e criar e inflacionar a oferta de ouro. Não, é custoso. E, por definição, precisa ser custoso para garantir a escassez do dinheiro. Mas a verdade é que o preço do ouro, ele vem sendo acompanhado há milênios. Não é uma bolha de 6.000 anos. Na verdade, é talvez o preço mais importante que é acompanhado de perto por imperadores, por reis, rainhas, príncipes, por todos os estados, nação da história mundial nos últimos 200 anos, pelos banqueiros centrais, por políticos, porque o preço do ouro é o grande termômetro da desconfiança dos cidadãos no dinheiro que é imposto pelos governos. Essa é verdade. Quando o preço do ouro está subindo, é porque há uma busca por proteção, há uma busca por alternativa para se livrar ou na expectativa de que o dinheiro que está aí sendo usado, controlado, inflacionado, pode perder ainda mais valor. Por isso é tão importante acompanhar o preço do ouro. E essa pergunta foi feita para o secretário do tesouro americano, o atual Scott Bessent, agora no dia 15 de outubro. justamente sobre isso. Bom, o que que significa o preço do ouro? Vamos lá ver o que ele falou. Certo? Min the amount of actual gold mining went down. Aí, claro que o Scott Bent é um cara muito inteligente, conhecedor da história financeira, é um grande investidor e ele sabe muito bem o que que o ouro representa, mas ele jamais vai falar ali que representa uma perda de confiança no dólar. E até a resposta que ele deu depois foi no sentido de mostrar, bom, mas o dólar neste ano ele até ou desde que foi aprovada aquela big beautiful, a lei grande e bonita, um pacotaço fiscal e e de gasto do tesouro americano, desde aquele momento que foi no dia 4 de julho deste ano, o dólar se valorizou em relação a uma cesta de moedas ponderada pelo comércio internacional dos Estados Unidos. Então, o dólar se valorizou, mas a verdade é que todas as moedas, inclusive o dólar, perderam valor em relação ao ouro. E esse é o grande sinal do metal precioso, a relíquia Bárbara, porque mostra então que há uma crescente desconfiança. E diferentemente do que aconteceu lá no final da década de 70, em janeiro de 80, quando o ouro atingiu então a máxima histórica, aquele momento de inflação ainda muito elevada, mas que os bancos centrais, começando pelo Fed, começaram a subir e muito as taxas de juros para combater a inflação e trazer mais confiança de volta para as suas moedas. E aquele processo ou início desse processo também acabou desencadeando a queda do preço do ouro, que durou até o fim dos anos 90, quando então o Reino Unido vendeu metade de suas reservas. Agora o momento é diferente. Agora nós temos o endividamento global no maior patamar, o endividamento público de vários países, inclusive o dos Estados Unidos, também no seu maior nível. Portanto, aumentar os juros agora seria um suicídio fiscal para o tesouro americano. Não é mais possível. E é por esse, não apenas por esse motivo, mas é também um dos grandes motivos que os investidores estão buscando algum refúgio, alguma proteção, alguma segurança do que pode vir. Não nem apenas o que já veio, mas sim o que pode vir em termos de repressão financeira. deixa a inflação correr, mas controla os juros, tabela juros e impede que os juros reflitam a real perda de poder de compra do dinheiro. Esse é um fator. O outro são os próprios bancos centrais estrangeiros, que também começaram a comprar mais ouro nos últimos 15 anos e aceleraram essas compras depois do início da guerra na Ucrânia, com a Rússia sendo sancionada, com reservas congeladas e vários bancos centrais aumentaram as suas compras de ouro, China, Índia, Rússia, enfim. Então, há também essa busca por estados nação para se desvencilhar ou se proteger também de sanções financeiras do dólar. E aí para responder finalmente a pergunta, para onde vai o preço do ouro? Até qual é o o teto do preço do ouro? Eu me lembrei de um artigo que eu escrevi pro Instituto Mis Brasil no dia 23 de agosto de 2011, justamente com essa pergunta. Naquele momento, a onça Troy tava batendo o recorde, quase 1900, eh, chegou quase ali no $.000 por onça Troy. E muitos perguntavam, bom, até onde pode ir o preço do ouro? A pergunta mais correta não é para onde vai o preço do ouro, até onde pode subir, e sim qual é o piso do dólar ou quanto podem ser desvalorizadas as moedas fiduciárias. E eu digo todas, dólar, euro, real, franciso, libre, enfim, todas as moedas. E não há um piso para essas moedas, elas seguirão sendo desvalorizadas. Se o ritmo diminuir no próximo ano, nos próximos 3 anos, até pode acontecer. Mas com uma visão de longo prazo secular, a tendência inevitável e irreversível é de desvalorização das moedas fiduciárias. Por isso que o ouro seguirá vendo seu preço subir. Por mais que possa haver também correções no meio do caminho. Se o ouro é uma bolha, é uma bolha que nunca estoura. Até aqui vale um parênteses, porque o próprio dinheiro pode ser considerado uma bolha que nunca estoura, porque ninguém adquire dinheiro para consumi-lo, para usar em alguma atividade industrial como um meio de produção. E sim, porque a gente sabe que outra pessoa vai aceitar aquele dinheiro no futuro e você pode trocar aquele dinheiro por bens e serviços. O problema é que o dinheiro atual ele pode se desvalorizar demais. Já com o ouro não. A expectativa é a mesma de que seguirá aumentando de preço porque as moedas estão sendo depreciadas. Então, ouro, na minha avaliação, se for uma bolha, é uma bolha que nunca estoura. E da mesma forma eu enxergo o Bitcoin, que é o candidato a ouro digital, que vem se consolidando e tendo essa percepção crescente dos investidores, mas está longe de estar no mesmo patamar do ouro. Pô, tem 6.000 1 anos. Bitcoin tem 15, não dá para comparar ainda, mas está trilhando na minha avaliação o mesmo caminho. E mais a longo prazo, se tem algo que pode desinflar a bolha do ouro ou tomar mercado do ouro, é justamente o Bitcoin. Espero que você gostar deste vídeo, compartilhem, se inscrevam no canal, ativem o sininho. A gente vai continuar porque nos nossos assinantes tem mais algumas coisas para falar sobre este momento de história financeira. Então, assinantes do Follow the Money, sigam no nosso aplicativo, já vejo vocês por lá. Compartilhe o vídeo, se inscreva no canal e nos vemos no próximo. Valeu, obrigado.







