O QUE ACONTECE COM A CHINA DEPOIS DE XI JINPING? I Professor HOC
0Por mais de uma década, a política chinesa tem sido definida por um homem, Xijinpim. Desde que assumiu a liderança do Partido Comunista Chinês, o PCC, em 2012, o Chicei se consolidou como um governante autoritário. Ele remodelou a elite do partido por meio de uma ampla campanha de espurgos disfarçados de combate à corrupção. Ele também restringiu a sociedade civil, suprimiu dissidâncias, reorganizou e modernizou as forças armadas e reforçou o papel do Estado na economia. A ascensão do Ch também redefiniu a relação da China com o resto do mundo e ele adotou uma política externa mais assertiva, intensificando exercícios militares, por exemplo, no estreito de Taiwan e ampliando a presença militar no mar do sul da China. E ele também aproximou a China da Rússia, mesmo depois do presidente russo Vladimir Putin iniciar a guerra na Ucrânia. Em resumo, foi o início de uma nova era pra China, a era de Chi. Em breve, porém, tudo vai começar a mudar. A medida que a elite do Partido Comunista Chinês inicia a busca por um sucessor, pro líder, que já tá com 72 anos hoje, o país vai entrar numa fase que deixa de ser marcada pela consolidação de poder e passará a ser dominada pela questão da sucessão dele. Em qualquer regime autoritário, a transição política é um momento de risco e, apesar das suas forças, o Partido Comunista não é a exceção. A última vez que o partido enfrentou essa situação, quando o X substituiu Hugintown, circularam em Pequim rumores de tentativas de golpe, assassinatos fracassados e tanques nas ruas. Mesmo que às vezes enfundados, os boatos refletiam um drama político real no alto escalão. O Ship, provavelmente, ele ainda tem alguns anos no poder, talvez mais de uma década antes de sair mesmo, né? Deixar o poder. Mas no entanto, a realidade é que a sucessão ela influencia as decisões políticas muito antes da saída efetiva do líder. Os ditadores chineses, sempre cuidadosos com seu próprio legado, buscam posicionar os aliados que deem continuidade às suas agendas. Por exemplo, a obsessão de Mald Setung em preservar o espírito revolucionário da China depois da sua morte levou à revolução cultural, uma campanha política de massa que reorganizou repetidamente a liderança do Partido Comunista na última década da sua vida. A sucessão do Xi dificilmente vai ser tão catastrófica, mas o processo desde o período de preparação até a execução e as consequências vai moldar a política interna externa na China nos próximos anos. Isso é indiscutível. O vácuo deixado por um líder forte como o Xi tornará essa transição especialmente desafiadora, podendo provocar uma disputa cirrada pelo poder e pelo rumo do país. Tal instabilidade na segunda maior economia, ela pode ter repercussões além das fronteiras chinesas e especialmente no contexto das tensões com Taiwan. Mas antes da gente entrar nesse assunto, eu quero olhar pra história e entender como as sucessões aconteceram na China. Pessoal, vamos fazer uma pausa no vídeo para eu falar do nosso parceiro e patrocinador, o BTG Pactual, maior banco de investimentos da América Latina. E o BTG tá com uma promoção fantástica. Ele não vai cobrar IOF de 3,5% nas seguintes situações. Se você usar o seu cartão de crédito ou débito do BTG fora do Brasil, né, em compras internacionais, online ou física, você não paga o IOF. Ou se você usar o cartão de crédito ou débito do BTG para sacar dinheiro no exterior, também não vai e ser cobrado IOF. E não é que você precisa selecionar o serviço ou benefício, optar por alguma coisa ou ou avisar que você tá indo viajar. Não é nada disso. Automático para todo mundo em todos os cartões BTG. Não percam essa oportunidade porque simplesmente você tá economizando 3,5% todas as compras suas fora do Brasil ou SAC. Essa promoção é por tempo indeterminado. Aproveitem. Então vejam o link aqui e abram a sua conta no BTG. Vamos voltar pro vídeo. Desde a Fundação da República Popular da China em 1949, só um dos cinco antecessores do Xi deixou o poder de forma plena e voluntária. O Malt Setung, o fundador e líder autoritário da China comunista, ele manteve um controle absoluto até a sua morte. O Juagon Feng, escolhido como o herdeiro do mal, ele permaneceu no poder por apenas alguns anos antes de ser afastado. O Dening, o arquiteto das reformas econômicas, ele continuou influenciando as decisões mais importantes do Partido Comunista, mesmo depois de abandonar todos os cargos formais, sendo considerado o homem mais poderoso da China até os meados da década de 1990. O seu sucessor como líder supremo, o Zang Zemin, ele se manteve como chefe das Forças Armadas, mesmo depois de deixar a chefia do partido minando a autoridade do Ru Gintown. Só o Ru entregou o poder de uma só vez para o Xjinim, por um acaso, em uma sucessão que foi relativamente ordeira. O retorno do Xi ao modelo de liderança centralizada e mais autoritária indica que a sua sucessão provavelmente vai seguir o padrão do mal e do deng, ambos empenhados em escolher sucessores que governassem em sintonia com a sua visão. O Chi vai precisar encarar o desafio de como encontrar entre milhares de quadros siores do Partido Comunista alguém com as convicções políticas semelhantes às dele. Mas a história mostra que só isso não é suficiente ou não basta, né? O escolhido também vai precisar sobreviver as intrigas e as manobras daqueles que não foram escolhidos. Assim que o Chi começar a se afastar do poder, um novo jogo político vai ter início. As figuras políticas remanescentes no alto escalão vão apoiar o novo líder ou elas vão resistir à sua agenda, minar sua autoridade ou conspirar para removê-lo? A história do Rua Gonfeng é reveladora. O mal escolheu ele em 1976, quando já estava com a saúde debilitada. O problema é que o Rua tinha status e influência medianos dentro do partido e era um quadro que o mal e os seus aliados enxergavam como alguém que podia ser controlado e por um outro lado, também sem força suficiente para resistir a uma disputa de poder. O ma chegou a escrever uma nota dizendo o seguinte: “Abre aspas, com você no comando fico tranquilo.” Fecha aspas. Mas nem a palavra do mal foi suficiente para mantê-lo no poder. No fim, o Rua precisou de apoio dos militares para se sustentar. Na noite de 8 de setembro de 1976, enquanto o mal estava à beira da morte, os membros si do Polituo reuniram-se em seu quarto, no complexo da liderança Pequim para prestar as últimas homenagens. O presidente já não conseguia mais falar e em vez disso ele levantou uma mão fragilizada e estendeu ela para um dos visitantes, o marechal I Zanning, um dos mais respeitados líderes militares do país. E apertando a mão de I, o Ma moveu lentamente os lábios e I depois contou aos colegas que o Ma tinha instruído ele a apoiar o Rua como seu herdeiro designado. A escolha do mal de dirigir-se especificamente a U, em vez dos outros civis influentes que sobreviveriam a ele, foi intencional. O Rua tinha pouca experiência na política nacional e nenhum vínculo sólido com a alta cúpula militar. Quando os inimigos do Rua se voltassem contra ele, caberia ao líder das forças militares e a outros oficiais de peso decidir se o apoiariam ou o abandonariam. Ou seja, o chefe das Forças Armadas Chinesas era na prática o fazedor de reis do Partido Comunista, quem realmente escolhia o governante. O apoiou Rua na primeira ofensiva contra sua liderança, lançada logo após a morte do mal pela esposa do finado ditador e três radicais aliados conhecido como o bando dos quatro. Com o apoio do IE e de outros líderes militares, tropas do Exército de Libertação Popular prenderam o grupo e isso garantiu que o Rua permanecesse no poder, mas somente enquanto tivesse o respaldo das forças armadas. Apenas dois anos depois, quando o Deng Shia Ping articulou uma nova ofensiva contra o Rua U, e os outros comandantes dessa vez se aliaram ao Deng, que possuia uma ampla rede de contatos e bom relacionamento com os oficiais seniors. O Shi vai ter várias formas de fortalecer as credenciais do seu sucessor, mas como mostra conturbada a sucessão do mal, nada vai ser mais importante do que os vínculos e a sintonia desse sucessor com os militares. e observadores externos tendem a minimizar o papel do exército na política chinesa. Afinal, né, as forças armadas no país nunca tomaram o poder diretamente, como ocorreu em tantos outros países pelo mundo. E para muitos, isso indicaria que a China moderna consolidou normas firmes de controle civil, colocando o exército sob o comando do partido. Para muitos isso pode indicar que a China moderna consolidou de forma firme o controle civil sobre os militares, colocando o Partido Comunista no controle do país. Mas a ausência de um governo militar direto esconde o poder silencioso que o exército exerce na China. Na prática, as forças armadas, elas têm um tipo de controle coercitivo, moldando as interações entre os tomadores de decisão. A razão é simples. Embora os líderes chineses eles não temam um golpe militar direto, eles enfrentam constantemente o risco de rivais civis. E nessas disputas, o exército atua como um fazedor de reis, um fiador implícito, enquanto os líderes civis buscam manipular os mecanismos de controle sobre os militares para garantir vantagem contra adversários. Quando Deng quis reforçar a posição dos seus sucessores escolhidos, por exemplo, ele promoveu o seu aliado próximo, o almirante Lil Hangin, considerado o pai da marinha chinesa ao comitê permanente do Politiburo. Algo raríssimo para um oficial militar e jamais repetido desde então. É tentador a gente pensar que o exército não tem um papel mais fundamental na troca de poder ou na condução do país hoje. Mas no fundo, sim, o exército chinês ele é esse fiador que organiza e direciona e define de muitas maneiras o que vai acontecer com a liderança civil. Os militares eles não escolheram os líderes sozinhos, né? O Shi, por exemplo, ele teria sido escolhido depois de vencer o Lee Kyang em uma votação informal envolvendo os líderes civis e militares atuais e aposentados. Mas o seu apoio pode tornar um líder imune aos desafios civis. Rugintal, por exemplo, ele foi considerado politicamente fraco em parte porque a sua trajetória ofereceu poucas oportunidades para construir relações pessoais com os militares. Ao assumir o cargo, ele não tinha laços com membros da comissão militar central na CMC. Já o Xi, fruto de uma combinação de designações favoráveis e habilidade política, começou com vínculos com quatro dos 10 membros da CMC. vantagem que lhe permitiu iniciar uma ampla campanha de espurgos contra rivais e reorganizar o alto comando militar. Pros líderes personalistas como X Mau, purgas constantes garante que nenhum centro de poder rival surja e que os militares permaneçam leais. As recentes mudanças do Chim na Comissão Militar Central e no exército mostram que ele continua jogando esse velho jogo. Um dilema fundamental de qualquer sucessão é que se o sucessor escolhido for muito forte, ele pode se voltar contra o líder, inclusive derrubá-lo. Mas por outro lado, por isso o dilema, se ele não forte o suficiente, é provável que ele seja derrubado por outros. logo depois de assumir. Ou seja, tá na linha de sucessão na China durante período de governo personalista é altamente perigoso. Historicamente, os líderes autoritários chineses, eles passaram por vários sucessores antes de escolherem o definitivo. O mal, por exemplo, apontou Lil Shauk e o Limba como possíveis herdeiros antes de descartá-los. E ele só escolheu o Rua quando a sua saúde já estava claramente debilitada. E de forma semelhante, o dengue, seguro no poder, afastou dois sucessores presumidos, os secretários gerais do Partido Comunista, o Hu e Abang, e o Zaal Jinyang, antes de se decidir pelo Zang Zemin. Tudo isso indica que o Xi, ele pode ter dificuldades para definir um sucessor. Por um lado, ele vai precisar garantir que essa pessoa aprenda a operar os mecanismos de poder no partido e na burocracia militar. Por outro, provavelmente ele vai querer evitar que seu sucessor ganhe o poder suficiente para se tornar independente cedo demais. Além disso, se o Xi for indeciso e alternar entre vários nomes, como aconteceu com Mau e com o Deng, ele pode acabar enfraquecendo o controle do Partido Comunista e criar brechas para divisões na elite partidária. O movimento estudantil de 1989, que resultou na repressão violenta da praça da paz celestial, começou como reação a morte repentina do Huang, o líder liberal, que era o sucessor mais provável do Deng, até se afastado por ser considerado brando diante dos protestos estudantis anteriores. Sua morte, causada por um ataque cardíaco durante a reunião do Politiburo, mobilizou manifestantes que viam escapar a chance de um futuro mais liberal pra China. Os estudantes que defendiam as reformas políticas encontraram um apoio tácito no Zang, o segundo sucessor apontado por Dem, até que esse também foi afastado e colocado em prisão domiciliar. Aí o Zang Zenin chegou discretamente a Pequim no meio dos protestos para substituir o Zal em parte por ser visto como ideologicamente aceitável para todos os lados e mais rígido na capacidade de repressão dos protestos dos estudantes e desses outros movimentos que estavam se rebelando contra o partido. O drama de uma disputa sucessória é que ela não vai se restringir, no caso da China somente à política interna, mas certamente ela vai ter repercussões na política externa chinesa e, claro, na geopolítica do mundo. O Xi, que tá atento ao seu legado, ele pode, ao sentir o tempo se esgotar, tornar-se mais propenso a assumir riscos, especialmente em relação a Taiwan. Ele já ordenou que o exército esteja preparado para uma campanha contra a ilha. até 2027, embora não exista, né, um prazo formal para suposta reunificação com Taiwan e a gente não sabe exatamente em que condições o Xi daria o sinal verde para essa ação, ele enxerga isso como parte do seu projeto de rejuvenescimento nacional. E se ele sentir que o relógio da sucessão tá correndo, ele pode estar inclinado a apostar numa guerra para finalizar ou terminar o seu legado do rejuvenecimento nacional. Por um outro lado, nenhum legado pode ser pior para um líder chinês do que aquele que tentou reunificar Taiwan e fracassou. Apesar dos avanços militares chineses nas últimas décadas, um bloqueio naval ou uma invasão bem-sucedida, tão longe de serem garantidos. E mesmo no caso de Vitória, o custo vai ser alto. A China pode se tornar um paria internacional, sofrer com sanções que debilitariam sua economia e ter as forças de segurança sobrecarregadas com a tarefa de controlar uma Taiwan rebelde. E mais uma vez o papel do exército pode ser decisivo. Ao começar a transferir poder, o Chiv vai est sempre atento para garantir que a alta cúpula militar tem as pessoas certas ligadas ao seu sucessor escolhido e que não existam sinais de deslealdade política. Esse ambiente ele certamente favorece a politização de análises e julgamentos dos militares. Pode se tornar mais difícil para subordinados falarem abertamente sobre os custos de uma invasão e os processos de avaliação de inteligência podem ser distorcidos com relatórios vagos, moldados para parecer alinhados ao pensamento do líder, seja qual for ele. Não tá claro se o Shin vai conseguir manter-se um passo à frente das avaliações dos seus conselheiros quando se aproximar dos seus anos finais no poder. Sua relutância, por exemplo, em mudar o rumo da impopular política de COVID zero, que provocou protesto em 2022, sugere que talvez não esteja recebendo as informações cruciais e quem o suceder, provavelmente vai ter pouca experiência em política externa para saber em quem ou no que confiar. Mais preocupante é o fato de que guerras já serviram a propósitos políticos durante sucessões passadas devido ao papel oculto dos militares na política chinesa. Essas guerras oferecem a um novo líder a chance de mostrar seu comando sobre o exército. Vê a cúpula militar obedecendo as suas ordens pode dissuadir os rivais políticos internos. A breve invasão da China ao Vietnã em fevereiro de 1979, última vez que o exército participou de um conflito em larga escala, é um lembrete de como intrigas sucessórias e erros de cálculo podem levar líderes chineses à guerra. O planejamento coincidiu com a manobra de Den Shelping para derrubar a rua Golfen. Uma das razões pelas quais a invasão pode ter atraído Deng foi a oportunidade de reafirmar suas profundas credenciais militares. Assim, o resultado militar em si importava menos pro DEM do que o ganho político interno. Por outro lado, o processo de avaliação antes da guerra foi um dos piores da história chinesa. Os oficiais siores tinham dificuldade em compreender os objetivos estratégicos do DE e duvidavam que o enfraquecido exército conseguisse levar o Vetinã à mesa de negociações. Mas sabendo que o DEM favorecia a ação militar, preferiam ficar em silêncio. A invasão fracassou no seu objetivo principal, que era forçar uma mudança imediata na política do Vietnã em relação à União Soviética e ao Camboja. Além disso, pros líderes vietinamitas, o fraco desempenho em campo destacou o quanto a revolução cultural tinha prejudicada a eficácia militar chinesa, exatamente o oposto do que Pequim queria mostrar pro Vietnã. Na China, esse jogo de sucessão política, ele acontece atrás dos altos muros eh vermelhos do Partido Comunista. E o que deixa difícil a tarefa de analistas externos conseguirem entender o que tá realmente acontecendo. A falta de informações públicas sobre a política interna do partido, ela também alimenta rumores frequentes de que o Xi estaria com problemas políticos. Nesse verão, por exemplo, circularam boados de que ele estaria prestes a ser afastado por seu antecessor Rugintal e por seu chefe militar, o Zang Yosia. Na prática, esses rumores são raramente confiáveis e as chances de um líder máximo chinês ser deposto não são nulas, mas são extremamente pequenas, ainda mais um líder como o Shi. Ainda assim, eles revelam algo importante. São produtos de um sistema no qual a dinâmica da sucessão vai ter um peso cada vez maior. Enquanto o Xi tiver com boa saúde, ele provavelmente vai cumprir pelo menos mais um mandato, o que o manteria no poder até 2032 ou mais. E vai ser ele sozinho quem vai decidir que é o sucessor. No passado, líderes aposentados desempenharam papéis importantes no processo, participando, por exemplo, de um órgão cerimonial chamado presídium do partido. Dessa vez, porém, é provável que os veteranos vão ficar de fora. Aos 82 anos, o Rugint, ele tá com a saúde debilitada. E na sua última aparição pública no Congresso do partido em 2022, ele parecia confuso enquanto era retirado do palco numa cena constrangedora que inclusive suscitou vários boatos sobre o que tava acontecendo ali. Outros veteranos também dificilmente vão intervir. Alguns como o ex-premier Wengibal carecem de influência e outros como Zoni já ultrapassaram os 90 anos. Se o Xi morrer sem escolher seu sucessor, vai ter uma corrida pelo poder. Pela Constituição do Partido Comunista, o novo líder deve ser eleito em sessão plenária do Comitê Central com mais de 200 membros. Porém, antes dessa reunião, um grupo restrito de altos dirigentes, possivelmente consultando líderes aposentados e generais, provavelmente decidiria o resultado. Um nome natural, caso Ximorra inesperadamente, vai ser o Premier Lee Giang, de 66 anos. Mas nada é garantido. Um civil, com apoio dos militares, dos serviços de segurança e de parte suficiente do politiburia afastá-lo. O cenário ideal do Shi é nomear um sucessor que nos últimos anos pudesse construir uma base de poder e de alianças. Por exemplo, após o massacre da Praça da Paz Celestial, o Deng entregou ao Zang Zenin os cargos de chefe militar e líder do partido em 1989, quando ainda estava lúcido e ativo. Zang era um novato, tanto em Pequim quanto na política de elite e seus fracos laços com os militares davam a Deng margem de influência. Deng usou seus últimos anos para guiá-lo, protegê-lo de rivais e direcioná-lo para o liberalismo econômico. Por outro lado, sei indicar um sucessor, mas não lhe permitir criar uma base própria, ele vai ficar vulnerável a disputas caóticas após a morte do Shi, como aconteceu com Rua Golfen. Para seguir o modelo de D, o Shi precisaria escolher alguém relativamente jovem, capaz de levar adiante sua agenda por anos. poderia primeiro nomeá-lo chefe da secretaria do partido, uma função importante que o familiarizaria com o funcionamento interno do politiburo. Eventualmente o Chi poderia torná-lo vice-presidente da Comissão Militar Central, dando-lhe experiência em assuntos militares e autoridade para governar. O objetivo seria preparar o sucessor para assumir o comando por volta dos 50 e poucos ou 60 anos. Curiosamente, dos atuais membros do comitê permanente do politiburo, nenhum dos sete tem essas características. Lee Kang, ele vai estar na casa dos 70 anos em 2032, significativamente mais velho do que os líderes recentes do partido quando assumiram. O próximo da lista, que é Kiki, ocupa o cargo crucial de chefe da secretaria do partido, um trampolim pra liderança máxima. Mas é apenas alguns anos mais jovem que Shi. O Jing Xenang vai ter 65 anos em 2027, o que o torna uma escolha mais plausível, mas ele nunca governou uma província ou município, algo realmente considerado um requisito para demonstrar capacidade administrativa. Os outros três, o Liishi, o Wang Runing e o Zegi também são velhos demais para serem candidatos prováveis. O politiburo mais amplo, ele oferece alguns nomes, mas todos com ressalvas. Shenzenining, o secretário do partido em Shanghai, cargo que já foi de Xi e Zang, é um dos mais jovens com 61 anos. Porém, ele não é membro do comitê permanente. Isti provavelmente preferiria promovê-lo alguns anos antes de assumir o topo para que se preparasse em um prazo que já estaria bem apertado. O mundo provavelmente conhecerá os possíveis sucessores no próximo congresso do partido previsto para 2027, ocasião em que normalmente ocorrem mudanças no comitê permanente. Mas olhando pro quadro atual, se o Chi pensar em uma transição para 2032, ele vai ter que escolher um herdeiro mais velho do que o costume ou um nome surpresa sem o histórico tradicional. O herdeiro mais velho significaria que o sucessor indicado por Xi não conseguiria levar sua visão adiante por muito tempo, criando mais incertezas pro país. Ele quer evitar o problema enfrentado pela União Soviética na última década do seu regime, que depois da morte do Leonid Bresnev em 1982, seus dois sucessores idosos governaram apenas um ano cada, antes de também morrerem, o que acabou levando à ascensão do Mikel Gorbachov, que presidiu o colapso soviético. O Shi cita com frequência a queda da União Soviética e ele quer evitar que a China tenha o mesmo destino. Por outro lado, uma escolha surpresa seria arriscada, pois implicaria pular todos os atuais membros do politiburo, composto por 24 pessoas. Isso deixaria uma geração inteira de políticos sem chance de chegar ao topo e as suas ambições frustradas poderiam influenciar a política chinesa por anos. Tal tensão interna pode abrir espaço pro surgimento de um líder com uma agenda reformista como o deng em 1978 ou ainda mais conservador e nacionalista que a de tudo aponta para um clima político cada vez mais tenso à medida que o problema da sucessão paira sobre o partido. Cada ano que o Chi passar sem identificar e preparar um sucessor, aumenta a possibilidade de caminhos mais caóticos, como a ascensão de um líder fraco, que pode acabar sendo vítima das disputas internas. Nesse sentido, os rumores periódicos sobre a suposta queda do Shi são sinais urgentes, não por serem verdadeiros, óbvio, mas por revelarem esses riscos futuros. Bom, como vocês estão percebendo, essa é uma das transições mais importantes da geopolítica. Isso determina não só o futuro da China, mas eh o futuro da geopolítica. O que vai sair dali? é uma China forte, consolidada, uma China reformista, é o colapso do Partido Comunista, não é um novo chiado. Eh, assim, os caminhos eles têm impactos gigantescos paraa geopolítica. Prestar atenção nessa história é extremamente relevante e ninguém vive para sempre. Eh, o XI já tem uma idade avançada. Por mais que esses líderes e ditadores fiquem no poder muito tempo, esse prazo tá começando a vir à tona, a ser discutido e nós temos que estar muito atentos, porque esse é um dos grandes temas da geopolítica e deu para ficar claro aqui que o jogo é nebuloso, truncado e tem um monte de coisas que podem acontecer. A gente vai estar aqui acompanhando, pessoal. Então não esquece de dar like no vídeo, siga o canal, ativa o sininho para você receber notificação quando tem vídeo novo e compartilhe com seus amigos. Até mais. Yeah.







