O que ACONTECEU com os BRINQUEDOS dos ANOS 2000?
0Eu tenho certeza que você teve um brinquedo na sua infância que desejou muito só porque viu no comercial de TV. Pode ser uma Beyblade soltando faísca, um boneco do Max Steel, as cartas de Yu-Gi-Oh vendidas nas bancas ou as pistas insanas da Hot Wheels que deixava qualquer criança maluca. E sabe o que que todos esses brinquedos tinham em comum? Eles viraram febre graças aos comerciais e desenhos que passavam sem parar na TV. Naquela época, se você quisesse ver o seu desenho favorito, tinha que estar na frente da televisão na hora certa. Não existia YouTube ou serviço de streaming para assistir quando e onde quiser. E foi por isso que os brinquedos marcaram tanto, porque todo mundo via os mesmos desenhos, os mesmos comerciais e todo mundo queria a mesma coisa. Mas agora vem a pergunta: o que aconteceu com todos esses brinquedos? Será que eles ainda existem? Ganharam novas versões ou simplesmente sumiram do mapa? Hoje eu vou te levar numa viagem do tempo para relembrar os brinquedos mais desejados da infância de quem cresceu nos anos 2000. Beyblade. Olha só, você vai concordar comigo que o anime Beyblade se popularizou no Brasil muito por conta da TV Globinho. O sucesso foi tão grande que de uma hora para outra dava para você encontrar Beyblades em qualquer canto. Loja de brinquedos, camelô, mercadinho de bairro e por aí vai. E claro, com aqueles níveis de qualidade bem questionáveis, as versões alternativas se espalharam rapidamente. As minhas mesmo era só da feirinha. E muitos delas vieram com aqueles anéis de metal e até pontas com pólvoras nas bordas ali para bater em outra B e sair faísca, tipo como acontecia no anime. Era perigoso, provavelmente, mas a gente adorava. As Beyblades originais até existiram por aqui, mas eram caras difíceis de encontrar e vendidas apenas em lojas de brinquedos maiores, como rap da vida. Você encontrava bastante em shopping e como na minha cidade não tem shopping, eu ficava com o que dava para comprar na feirinha mesmo, porque meu amigo, original aqui não chegou. E eu acho que a maioria das crianças também acabavam duelando com as falsificadas, pegava a bacia da avó, jogava lá e mandava um lad rip e era feliz demais da conta. Ou até fazia Beyblade com tampinha de detergente, pegava ali a pontinha do detergente, os anéis que vinha em refrigerante, tirava da tampinha, colocava lá e era feliz e não sabia. Eu brinquei muito assim. Depois da febre da primeira geração, veio uma segunda onda com Beyblade Metal Fusion com novo visual, novos sistemas de encaixe e comerciais dublados passando na TV brasileira. Essa fase ajudou a renovar o interesse por aqui. O que muita gente não sabe é que a franquia está mais viva do que nunca. Depois do Metal Fusion, veio a geração burst, onde as peças das Beyblades se soltam durante a batalha, criando a ilusão de que a batalha foi tão intensa que acabou quebrando o brinquedo. Mas é proposital, depois você consegue encaixar sem problema. Foram várias temporadas, todas dubladas inclusive e vendidas oficialmente aqui no Brasil. E agora, nesse exato momento, estamos vivendo mais uma fase com Beyblade X. Essa é uma nova história com novos personagens ilustrado pela mesma artista que fez The Promised Neverland. E tem um apelo mais competitivo. Os brinquedos estão sendo lançados no Japão e em outros países, inclusive no Brasil também. O anime já conta com duas temporadas. A primeira já foi até dublada pra gente aqui. Você pode assistir de graça pelo canal oficial no YouTube. Mas se ficou com vontade de matar a saudade da primeira geração, tem um canal oficial também com todas as temporadas clássicas lá com o Tyson, o Kai, mostrando aquelas Beyblades lendárias também. Mas o grande problema desse hobby, como qualquer outro aqui no Brasil, é que as coisas são caras. Então, essas Beyblades originais variam muito de preço, custando de R0 a R$ 200. Inclusive, eu fiquei tão fissurado em Beyblade nesses últimos anos que eu comecei a colecionar e comprei algumas. Essa aqui, por exemplo, do Tyson, né, do clássico Beyblade, a primeira temporada, a Dragon lendária demais. Eu tenho várias aqui dos clássicos também, ó. A Drzer do Kai, né, que eu gostava para caramba. A Drigger, temos aqui a Draciel também do Max, pô. E é muito bem feito, tá? Muito bem feito mesmo. Só que a minha primeira Beyblade que eu comprei original e eu fiquei encantado foi essa aqui, que é a Valtri do Valt, que é da temporada Beyblade Burst. E eu achei muito maneiro essa mecânica de que elas explodem, né? Todas as peças aqui elas saem e é muito maneiro na hora que você vai brincar, jogar e tal e dá aquela sensação mesmo de que elas quebraram. E a parada foi evoluindo tão insanamente que nas temporadas seguintes as beyblades ficaram enormes. Olha o tamanho disso aqui, cara. Tá muito grande, mas não deixa de ser muito legal também. Essa tem algumas peças em borrachas. Olha, cara, o design disso aqui é absurdo. É sério, eu fiquei com hiper foco em Beyblade. Eu mandei fazer uma arena personalizada com uma arte aqui do canal. Ficou muito legal. Foi o pessoal da Base Store que fez. Eu usei ela bastante para poder duelar, fazer campeonato com os meus irmãos, minha namorada. É muito bom. Só que a nostalgia bateu tão forte que quando eu vi isso aqui, que é uma edição especial de 20 anos de Beyblade, eu tive que pegar. Olha só, vem várias versões alternativas das Beyblades, né, que elas evoluíam no anime. E aí tem a arte aqui clássica também com a assinatura. Muito bacana. E isso aqui, cara, é assim, uma parada que vai ficar guardada. Isso aqui é para expor mesmo, mostrar a galera que era fã. Não só isso, mas eu peguei a versão também de Beyblade Metal, né, que muitos de vocês acompanharam também, que era a segunda geração de Beyblade. E essa aqui já vinha com dois lançadores e isso aqui é muito especial para mim. E como eu comentei com vocês, agora tem o Beyblade X, que é a nova coleção, que eu tenho algumas também e é bem interessante, mas a diferença na qualidade quando você pega aquela Beyblade que você comprou na feirinha, que você acha hoje em dia em qualquer mercadinho para uma original, é muito grande. Só que é um hobby que tem ganhado muita força por aqui, muito por conta de criadores de conteúdo inteiramente focados em Beyblade, como Cyprus e o Beyblade Galaxy, por exemplo, que são especialistas nesse assunto, onde mostram a melhor forma de criar combos misturando as peças, quase como se fosse montar um deck de jogos de cartas. E é complexo o joguinho, tá? Não é só força e lançar de qualquer jeito, não. Tem toda uma estratégia por trás. É um universo bem legal que eu fiquei muito curioso na época da pandemia e me diverti demais. Tanto é que atualmente tem rolado até campeonato por aqui, com eventos organizados na loja da KB Station, né, em São Paulo para um público mais velho, ou em lojas de brinquedos oficiais, que já tem competições ali mais focados na criançada e classificações para participar do campeonato mundial de Beyblade. Dá pr acreditar? Muito louco, né? Power Rangers. Esse aqui é quase um símbolo da infância de quem cresceu nos anos 2000, mesmo que o auge da febre tenha começado ainda nos anos 90. Quem lembra aí dos bonecos dos Power Rangers com capacete retrátil, também chamado de automorphing. Era o tipo de brinquedo que todo mundo queria ter, pô. Você pegava ele lá, invertia, tirava ele com capacete ou ele com capacete, ele girava, era muito doido. Bastava apertar um botãozinho que ele já girava e revelava o rosto do ranger. Tinha um charme quase mágico e fazia um barulhinho tão satisfatório que dava vontade de ficar repetindo o movimento o tempo todo até quebrar. Com o tempo, novas temporadas de Power Rangers foram chegando e os bonecos foram mudando também, ficando cada vez menos articulados e sem aquele mecanismo que fez tanto sucesso. Mais recentemente, uma notícia pegou os fãs de surpresa. A atual fabricante oficial da linha anunciou a coleção do Mighty Morphin Power Rangers, trazendo de volta exatamente esses modelos retráteis. Só que a ideia é justamente apelar pra nostalgia, com bonecos da primeira geração redesenhados, mas manter o visual e o mecanismo original. Agora só resta saber se vai chegar pra gente aqui no Brasil, né? Tamagoshi Digital Monsters. Cuidar, alimentar, limpar o cocô e ainda lidar com o luto se o bichinho morresse. Se você viveu nos anos 2000, deve saber bem o que era ter um tamagosche. Apesar de ter surgido ainda no fim dos anos 90, o tamagl anos 2000 e acabou virando febre em todas as escolas. E não importava se era original ou uma daquelas versões piratas que vendiam nos camelos. Todo mundo queria um bichinho virtual para falar e chamar de seu. A ideia era simples. Você criava uma criatura alienígena num dispositivo eletrônico minúsculo com tela monocromática parecera uma calculadora e passava o dia inteiro se dedicando a ela. Comida, carinho, banho, dormir, brincar era praticamente uma simulação de responsabilidade. E se você esquecesse, ele simplesmente morria e ficava parecendo aquela lápide. Dava dor no coração quando você era criança. Parecia que você tinha perdido um bichinho de verdade. Não tinha nada pior do que você dormir pensando, meu amigo, como é que eu vou fazer com Tamagos? Acordava, apertava o visorzinho ali, o botão, a lápide de todo tamanho. Triste demais. Porém, no Japão, depois do sucesso do Tamagoshi, e lá foi muito forte com as meninas, eles queriam trazer o mesmo brinquedo focado nos meninos. E foi aí que surgiu o Digital Monsters, uma espécie de tamagos só que agora com monstros, dinossauros e por aí vai. O conceito era praticamente o mesmo, cuidar da criatura, treinar, alimentar. Só que aqui agora existia também a possibilidade de batalha. Você conectava o seu aparelho ao de um amigo e colocava as duas criaturas para brigar. E alguns anos atrás, eles lançaram essa versão do Tamagosch para comemorar os 20 anos da franquia Digimon e eu consegui pegar. E é muito legal porque além de ser um tamagos que você tem que cuidar do bichinho, como eu comentei, tem a parte da batalha, né? Então, se você tiver dois ou algum amigo seu também tiver, você pode batalhar com ele com os Digimons que você evoluiu. Inclusive, teve um momento que eu joguei bastante isso aqui e assim, nesse momento, né, tardinho, eles morreram. Você cuida de dois inclusive ao mesmo tempo. E eu posso escolher outros ovos quando eles morrem também, né? Tem vários ovinhos aqui e ele começa pequeno. Deixa eu pegar um aqui aleatoriamente. E agora eu tenho dois ovinhos iguais aqui. Em algum momento eles vão chocar, mas aí a brincadeira fica mais séria quando eles lançaram essa versão de 25 anos que a tela é totalmente colorida e sente a nostalgia. Olha isso, galera. Mas enquanto isso, o nosso bichinho acabou de nascer. Ele tá na primeira fase dele, né? Então tem que cuidar. Ó, o ovinho ainda tá aqui. O outro já nasceu, mas tem que ficar dando comida, treinando ele para depois poder batalhar. Ó, o outro também vai nascer. Mas esse aqui eu acho que já é mais interessante, ó. Ele é mais nostálgico, né? É exatamente o digivice que tem no anime. E você tem os personagens aqui para escolher, ó. Ah, toda uma apresentação nostálgica, ficou muito bacana, mas é algo que só fica no Japão, né? Isso é triste. E foi uma luta para conseguir isso aqui. Eu aproveitei uma das minhas viagens e o Logan do Japão Nosso de cada dia me ajudou a conseguir esse item aqui que é bem exclusivo lá do Japão. Tinha que fazer pré-venda. Muito legal, né? E foi justamente essa diferença que deu a origem à franquia Digimon, como a gente conhece hoje. Ela começou como um tamagoshi chamado de Digital Monsters e depois virou anime, outros jogos, brinquedos, cartas e tudo começou com esse aparelhozinho de bolso. E o mais louco é que até hoje essas duas franquias continuam ativas. O Tamagosch ganhou novas versões, algumas com tela colorida, sensor de toque e até edições licenciadas com personagens da cultura pop. Tem uma goste do Star Wars, da Hello Kitty, de anime e o Digital Monsters também evoluiu. Teve o lançamento da versão comemorativa de 20 anos da franquia conta magoch com tela colorida também e variações inspiradas em Digimons como Ô Megamon e o Alfa. Dá vontade de ter todos. Digimon. E falando em Digimon, precisamos mencionar também os brinquedos físicos inspirados na franquia. Tudo começou com a chegada do anime no Brasil, que aconteceu numa velocidade quase inédita. Na época, a febre de Pokémon já tinha tomado conta de tudo e a Globo precisava de uma resposta à altura. Foi aí que Digimon Adventure chegou ao Brasil poucos meses depois do lançamento no Japão, algo raríssimo até então, e pegou em cheio quem já estava imerso nesse universo de monstrinhos, batalhas e evolução. E junto com o anime vieram os bonecos da Bandai. Era muito bem feito pra época, você podia desmontar. Eu lembro que tinha o Greymon que virava o metal greymond. Você tirava os negócios ali, era muito louco. Eu não tive nenhum desses, mas meu primo que tinha um padrinho rico, deu vários para ele e eu brincava junto com ele na casa dele, tá ligado? Eu lembro que o Gabumon dava para você abrir o peitoral dele, eu acho que de alguma forma montar e virar outro Digimon, a evolução, né, o Metal Garurumon, se eu não me engano. E teve vários desses, né, que você podia montar, desmontar, virava um negócio só. Era muito louco, mas eu nem preciso dizer que era extremamente caro, né? Hoje em dia, esses brinquedos viraram item de colecionador e a Bandai ainda produz action figure de Digimon, mas com foco no público mais adulto. Versões ultra detalhadas e com valores bem mais altos. E Yu-Gi-Oh, agora é a hora da gente falar do famoso baralho do diabo. Não tem como falar aqui de brinquedos que marcaram os anos 2000 e não citar o famoso Yu-Gi-Oh. Assim como Digimon e Beyblade, Yu-Gi-Oh, de maneira geral foi uma grande febre. E não era só pelas cartas, era o pacote completo. Anime na TV Globinho, jogos de videogame, campos de duelo e até os lendários discos de duelo. Pô, quem não queria aquele acessório do Yug para você colocar as cartas e tal? Sonho de infância de todo moleque. E que eu saiba que nunca chegou oficialmente para comprar, era sempre alguém que via de fora, alguma coisa do tipo. Mas de fato as cartas eram o carro chefe da febre. Tinha as cartinhas sendo vendidas nas bancas de jornal, com os efeitos escritos de forma errada, poder de ataque maior do que deveria ser, mas a gente era feliz. E tinha também claramente as cartas oficiais que desde aquela época já contava com um grande público entusiasta. E eu tenho as minhas cartinhas dessa época até hoje, principalmente essas aqui que eu acho que todo mundo teve que foi de banca de revista, né? Eram miniaturas bem pequenininhas. E essa é a primeira versão pelo menos, que chegou na minha cidade, né? Teve várias outras também. gostava muito. Inclusive era super difícil de tirar o dragão branco de olhos azuis e vinha escrito atrás mini cards. E aí foi chegando depois o GX, né? E foi mudando aqui também. Essa aqui é clássica. Eu não sei se na cidade de vocês era da mesma forma, mas eu notava que quando chegava alguém de outra cidade mudava muito as cartas que tinham e a as ilustrações na parte de trás também, né? Tiveram várias versões, ó. Essa aqui já é um pouco mais recente e eu gostava muito dessas de papelão aqui, ó. Inclusive, respeita o nosso exódio aí, hein? Todinho de papelão. Era bonitinho até. A qualidade era questionável, com certeza. Mas assim, eu cresci em uma cidade muito pequena, não tinha muitas lojas de brinquedos, então era difícil você ter acesso de forma oficial aos produtos oficiais. Eu lembro que na única loja de brinquedo que tinha na minha cidade, eu consegui comprar o starter deck do Yug, né? Mas não é também original, só que imitava muito bem. E olha só a diferença de tamanho das cartas, mas aí vinha com as cartas clássicas do Yug, né, para você poder jogar e se divertir com os amigos. E ainda vinha com uma um campo de batalha para você montar de papel, né? E eu gostava tanto de Yu-Gi-Oh que quando eu vi alguém com um deck da hora, eu tentava imprimir o mesmo deck e colava nas cartinhas para conseguir montar, porque eu não conseguia tirar no pacotinho e era muito caro também. Tá aqui, eu tenho até hoje, ó, tá até colado aqui o papel. Se procurar ainda acho. Ó, outras cartinhas, ó. O Cyber Dragon gostava demais. Impresso também. Fui numa copiadora e coloquei a carta lá. E aí na feirinha chegavam umas edições diferentes que com o deck que vinha o exódia completo, ultra raras. Muito bom. Mas hoje em dia eu já consigo fazer uma coleção só de cartas originais, né? A gente vai crescendo, trabalhando. E aí eu tenho algumas cartas aqui que eu trouxe do Japão, outras com um brilho, né? uma raridade diferente, mas a maioria são cartas que eu gosto, né? Fizeram parte da minha infância, marcaram bastante no anime. Essa aqui, por exemplo, é o Mago Negro, uma edição feito pela Bandai, quando não era Konami ainda que distribuía o Yu-Gi-Oh pelo mundo afora, né? E aí eu tenho diversas variações aqui do próprio Mago Negro. E aos pouquinhos a gente vai fazendo uma coleção com cartas que eu acho interessante e eu acho da hora também. Tô quase completando o exódio aqui, hein. Mas toda essa febre gerou também uma das maiores polêmicas nos anos 2000, quando o programa do Gilberto Barros relacionou o jogo à Coisa do Demônio em Rede Nacional. Pais testemunhando que depois dessas figuras entrando em casa, os filhos mudaram radicalmente para pior. Bons alunos se tornando péssimos alunos e achando um barato. O caso viralizou, gerou pânico entre alguns pais e quase fez Yu-io ser banido do Brasil. Era muito comum você ver relatos de pais que rasgavam as cartinhas dos filhos, jogavam fora, botava fogo. Eu não cheguei a passar por isso porque minha mãe não ligava tanto, mas eu lembro de ir na escola e os professores fazendo terror na gente, falando que se visse essas cartinhas por lá ia pegar, confiscar, podia chamar o papa para pedir de volta que não ia devolver as cartinhas. Então passou de todo mundo se divertindo, brincando de Yu-Gi-Oh no recreio para ninguém levando as cartinhas para mais nenhum lugar, o que eu nem preciso dizer que foi uma grande bobagem, né? Mas mesmo com tudo isso, Yu-Gi-Oh sobreviveu e não só sobreviveu, como continua firme até hoje. Estas cartas ensinam Magia Negra, teólogo? Sim, sem dúvida. E depois da série clássica vieram novas fases como GX, 5D e tem anime sendo lançado até hoje. Atualmente o que temos de novidade, principalmente no Japão, é o Yu-Gi-Oh Rush Duel, que é uma nova versão do jogo pensada para facilitar a entrada de novos jogadores, com regras mais simples e ritmo acelerado, quase um reboot mesmo. E por aqui no Brasil, o cenário ainda está mais vivo do que nunca. A gente pode não ter desenho passando aí pra gente poder acompanhar de forma oficial, mas as coleções continuam chegando em português. O campeonato brasileiro de Yu-Gi-Oh movimenta milhares de jogadores e o país já teve vários representantes em mundiais. Aliás, eu mesmo acompanhei e já fui em vários desses eventos mostrando para vocês como é que é acompanhando a jornada dos brasileiros, né? Aqui no canal já mostrei para vocês o campeonato mundial na Alemanha, no Japão e também nos Estados Unidos. E esse ano o campeonato acontece em Paris e temos jogadores brasileiros classificados também indo em busca de se tornar o rei dos jogos. Se você ficou curioso para saber um pouco dessa jornada, como é um campeonato mundial de Yu-Gi-Oh, eu vou deixar um card aqui para vocês com uma playlist mostrando todos os vídeos que eu fiz em vários desses países. Outro item de Yu-Gi-Oh que é lendário e vale ser lembrado são os tasos. Quem não lembra aí dos tazos metálicos que vinham na Elma Ships? Esse tipo de brinde fazia muito sucesso na época e teve vários tassos temáticos, chaveiros de cachorrinhos que eu adorava colecionar, aqueles cordões com o etezinho do Conexão Alien e tinha muitos desses brindes, né? O chaveiro de mini frasco da Coca-Cola. Quem que lembra disso? Nossa, velho, era bom demais. Coisas que hoje parecem simples, mas que marcaram demais toda uma geração. Aliás, eu contei para vocês no canal também a história completa dos tazos, né, que vale muito a pena conferir também. Max Steel. O Max Steel é outro exemplo de brinquedo desejado que seria impossível de não mencionar nesse vídeo. O boneco era um dos maiores ícones daquela época, principalmente entre os meninos. Tinha comercial passando o tempo todo, era desenho na TV, volta e meia tinha filme animado também rolando no sábado animado e repetia, viu? O negócio que passava toda hora. Na época a Matel investiu pesado e funcionou. Maxte virou uma febre, mas o que tornava tudo ainda mais legal era os vilões, em especial um que marcou muita gente, o Elementor. Tinha várias versões dele, como poder de pedra, fogo, água. E o visual era tão grotesco e bizarro que algumas versões pareciam ter saído diretamente do Resident Evil 4. Pô, fala aí, você não lembra o Regenerator aí, ô tô maluco. Eu lembro que tinha um colega da minha escola que tinha o Elementor de água ainda, ele era todo azul e tal, e eu morria de inveja, achava maió da hora. Mas Mac Steel foi um dos brinquedos que eu só via mesmo, nunca tive nenhum. Além da linha principal de bonecos, existiam os acessórios, né, os veículos, diversos armamentos, tudo conectado ao universo ali do personagem. E a cada ano surgiu uma nova coleção e os comerciais sabiam exatamente como deixar a criançada maluca. Turbo ligado. Força total. Força aí. Derrote o p cabeça explosiva com Maxill masteria moto ninja. Com o tempo, o personagem acabou precisando passar por algumas mudanças. Em 2013, por exemplo, Max Steel ganhou um reboot com o novo visual e um tom um pouco mais moderno. E hoje em dia os bonecos ainda existem e são fabricados pela Matel. Você até encontra alguns brinquedos por aí nas lojas e tal, mas não tem a mesma força de antes. Tanto é que se eu perguntar pro meu irmão de 11 anos quem é Maxtel, ele não vai saber nem que que se trata. Mas se perguntar de Roblox, ah, ele vai saber tudo. Mas ele não se entrega e revida com disparo certeiro, derrotando de vez o elemento. Missão cumprida. Moto relâmpago Max Steel e Elemento relâmpago. Movimentos produzidos por computador. E olha só, eu não posso esquecer que mesmo que quem cresceu vendo mais os brinquedos de menino, né, também era impactado pelos comerciais feito pras meninas, porque eles geralmente passavam colados um depois do outro. Só a Barbie tinha 1000 versões diferentes, como o avião da Barbie, por exemplo. Esse era, sem dúvida, um dos mais desejados pelas meninas, eu acho, né? Outro exemplo que vale ser mencionado são as bonecas da coleção frutinhas da Cotiplas, que tinha cheirinho de fruta e que tinha uma música no comercial que grudava na cabeça de todo mundo. São tão lindas e fofas. Adoro todas assim pr beijar, abraçar e hum as bonecas lindinhas com cheirinho de frutas. Corte PL, sempre um rostinho feliz. E claro, as bonecas do Clube das Wins, que acompanhava o sucesso do desenho que fazia no Bom Dia e Companhia. E o interessante é que todos os exemplos citados aqui ainda podem ser encontrados no mercado. Claro, com versões diferentes e tal, mas mantendo o mesmo conceito. E tem algum outro brinquedo aí que era voltado para meninas que você se lembra do comercial que era marcante para caramba também? Deixa seu comentário aqui. Hot Wheels. Se teve um brinquedo que marcou os anos 2000 e que definitivamente não poderia faltar nesse vídeo e que eu sei que muitos vão comentar antes de ver o vídeo até o final, foram as pistas da Hot Wheels. Claro, os carrinhos sempre estiveram por aí, mas o que realmente chamava atenção mesmo eram as pistas insanas, cheias de loops, quedas, rampas e obstáculos. Os comerciais de TV ajudavam muito a alimentar a imaginação da criançada. Sempre que passavam esses anúncios, as pistas da Hot Wheels pareciam os brinquedos mais legais do mundo. E entre todas as pistas, tem duas que se destacavam muito como objeto de desejo supremo, o lava ráp do Hot Wheels e a pista do Parque do Tubarão. Ambas tinham comerciais próprios que passavam direto na TV e até um especial juntando as duas e sempre começava: “Lava rápido, Hot Wheels! Lave seu carro que não sei o que, que não sei o que”. Depois vai na outra pista lá e seja radical. Não, era muito doido, mano. Parque do Tubarão, ele conseguiu. Parque do Tubarão Hot Wheels. Era impossível você não se empolgar. Uma pista onde um tubarão surgia do nada para acabar com os carrinhos. E outra onde você colocava os carrinhos para passar por todos os processos de lava rápido, utilizando água e sabão de verdade e saía sequinho. Esse eu não tive, mas brincava muito no vizinho rico. Todo mundo tinha um ali na região, né? Para brincar com os brinquedos que você não ganhava. Lava, sobe e seca e desafia o perigo mais uma vez. Lava rápido, Hot Wheels. Outro item que vale mencionar e que eu acho que poucos vão lembrar é do radar Gan, que era um radar que a velocidade dos carrinhos. Se hoje em dia os motoristas morrem de medo dos radares da rodovia na vida real, lá nos anos 2000 a criançada já tava medindo a velocidade dos carros que passavam na rua. E o mais incrível é que tudo isso nunca acabou. Até hoje a marca segue firme e forte. Os carrinhos continuam sendo vendidos em tudo que é canto, desde lojas grandes de brinquedos até em caixas de supermercado. E as pistas evoluíram juntos também tem modelos eletrônicos, interativos e com novos temas. Inclusive, existe uma versão moderna que une as duas pistas clássicas. Ela se chama Mega Lava Rápido do Tubarão City, que basicamente é a realização do sonho das crianças dos anos 2000. E que se a gente for pensar, você já tá chegando na casa dos 30 e tem gente aqui com o filho. Tá na hora de você realizar o seu sonho comprando brinquedo para ele. Amoa, a cena é a seguinte: a TV Globinho acaba e logo em seguida esse comercial começava a passar na TV. Criançada, vamos brincar. Mo é fe amoeba. A massinha de brincar é massa. Amoeba não era exatamente um brinquedo com regras ou objetivos. Era uma massa gelatinosa maleável, que você apertava, esticava, amassava. Era bem satisfatório e isso já bastava para entreter a criança por horas. Mas você tinha que ter cuidado em não colocar no cabelo e nem jogar na parede chapiscada, que senão nunca mais saía. E eu falo isso porque eu deixei uma marca vermelha na parede da casa da minha mãe de amoeba, que não saía nem por nada. E nessa época eu lembro que a amoeba estava em todos os cantos, principalmente por conta dessa música que grudava na cabeça. Até hoje eu lembro. Amoeba a massinha de brincar. É massa. Um jeito novo da garota da se divertir. É muito bom. Na virada dos anos 2000, a amoeba ainda era muito forte, mas na chegada à década de 2010, a massinha começou a perder um pouco de força. Só que depois de um tempo fora dos holofots, a amoeba teve uma segunda onda de sucesso. E se você tava na internet nessa época, você vai se lembrar a febre que foi também por causa do YouTube. Vários vídeos de desafios com amoeba, canais infantis no YouTube criando conteúdo sobre, mostrando misturas malucas ou criando amoeba de forma caseira, começou a se espalhar por toda a internet, apresentando o brinquedo para uma nova geração. Tanto é que comerciais novos foram lançados nessa época e hoje em dia ainda é muito fácil você encontrar esse brinquedo em papelarias, lojas de brinquedo e até em farmácia. A fórmula ela continua parecida, corbrante, textura grudenta e o mesmo apelo sensorial que fez aquele sucesso lá atrás. Amoeba. Amoeba. A massinha colorida pra gente brincar é massa. Amoa, a original, a verdadeira massinha de brincar. Amoa Cavaleiros do Zodíaco. Quem cresceu nos anos 90, provavelmente lembra dos bonecos clássicos dos Cavaleiros do Zodíaco. Aquela caixinha amarela cheio de peças desmontáveis, armaduras que se encaixavam no corpo e, claro, aquele visual que fazia qualquer criança querer ser um cavaleiro de Atena. Os verdadeiros cavaleiros do zodíacos são da Bandai. Mas mesmo nos anos 2000, o Cavaleiro do Zodíaco ainda era muito presente, principalmente quando o anime voltou a ser exibido na Band, naquela fase em que ele passava tarde. E foi nessa época que surgiu um dos brinquedos que mais me marcou, que eram os cosplays com mochila armadura. Mas como eu desejei ter isso aqui quando eu era criança. Era um kit inspirado direto do anime. Todo santo dia passava o comercial logo depois dos desenhos ou entre um episódio e outro. para conquistar a sua armadura e entre você também para os cavaleiros do zodíaco. E a mochila, pô, tinha um formato de uma urna onde os cavaleiros, né, guardavam suas armaduras e vinha acompanhada com partes de roupa que imitavam o visual dos personagens. Era um sonho de consumo para qualquer fã. Eu tenho certeza que alguém que tá vendo esse vídeo aqui teve e adorava sair na rua usando e fazendo inveja nas outras crianças. Era impossível ver e não ficar desejando aquilo. Os bonecos em si também continuaram saindo nessa fase, mas eu lembro que eu achava mais facilmente os bonecos travadão, que a armadura não saía, né? Não tinha braços articulados e nem nada, era durão. Eu brincava bastante com eles também. Esse aí eu tive alguns, principalmente o Chum, que era o mais fácil de achar nas lojas. Eu não tenho mais meus brinquedos dos Cavaleiros do Zodíaco. Mais recentemente eu consegui essa versão aqui dos anos 90, que eu sei que foi o sonho de consumo de muita gente e que eu acho legal demais. Meu irmão tinha, me fazia muita inveja e na minha época já não tinha mais, né? Isso aqui é velho para E essa nem é original, mas é muito bonito, cara. Inclusive, quero mandar um abraço especial pro Túlio, né, que vendeu para mim a coleção dele. E eu sabia, eu tinha certeza que em algum momento eu ia ter a oportunidade de mostrar para vocês no canal, né? É bem simples comparado com as versões de hoje em dia, né? Mas basicamente vem o personagem e todas as peças como se fosse de ouro para você mesmo montar, né? Tipo a saia dele aqui a gente pode colocar. Você vai montando pecinha por pecinha até ele começar a criar a forma do cavaleiro de ouro, né? Esse aqui é o de Virgem, o Chaka. E tem o Mu aqui também. Olha só que bacana. E atrás tinha as imagens deles transformados. Isso aqui foi um sucesso absurdo. Toda pessoa que nasceu ali no final dos anos 80, no começo dos anos 90, fala bastante desses brinquedos. Hoje em dia, Cavaleiros do Zodíaco continua vivo, mas num outro formato. Tem Action Figure aí super personalizada que custa um rim nas casas de R$ 1.000, R$ 2000. E o anime também ganhou versões alternativas como a série da Netflix e um filme live action tenebroso. Mas nenhum dos dois conseguiu de fato recuperar o impacto da série original. Advence Pet Mega Man. Quem cresceu assistindo a TV Globinho ou a Fox Kid no começo dos anos 2000, com certeza se lembra da versão futurista do Mega Man NT Warrior, que transformava o personagem clássico num herói digital que enfrentava vírus dentro de um mundo cibernético. E foi nessa onda que chegou por aqui o Mega Man Advence de Pet, um brinquedo que era meio um bichinho virtual, quase um tamagoshi, mais focado no combate. Na prática, ele simulava o terminal do anime, onde você era o operador e seu parceiro era o próprio Mega Man. Seu objetivo acabar com o vírus no mundo cibernético também. O pet foi lançado oficialmente no Brasil por volta de 2004 em duas cores, vermelho e azul. E o apelo era instantâneo. O tanto que esse comercial passou na TV também não tá escrito. E por muitos anos foi assim o meu brinquedo dos sonhos. Use seus chipes de batalha para seu super atque. Chip de batalha cl pronto carregando. Chip de batalha pronto que carrega. Eu sonhava com isso porque assim como no desenho, você também tinha os cartuchos para conectar no pet e ganhar atributos no seu personagem, né? E eu jurava que a gente estava realmente batalhando contra vírus. Eu acreditava fielmente que era isso que tava acontecendo. Eu tinha uma certa noção do que que era internet e na minha cabeça ele entrava na internet realmente ali no mundo virtual e protegia o mundo. E esses tips que você colocava no pet que te davam poder, vida e outras coisas eram vendidos separadamente. E sem eles, o ataque básico do Mega Man não fazia nem cóceas nos vírus mais fortes. O que obrigava os pais a ficar comprando esses chips, que vinham também com pequenas action figures, que foi o que eu consegui ter na época, porque o brinquedo era muito caro. A ideia era você sair por aí com o pet no bolso e o sensor de movimento detectava vírus digitais enquanto você andava. Na teoria, parecia a coisa mais incrível do mundo. Na prática, a criançada sacudia o brinquedo igual um chocalho para tentar acelerar as batalhas e muitas vezes precisava de umas 300 chacoalhadas pro negócio funcionar e encontrar algum vírus no mundo cibernético. Esse talvez foi o brinquedo que eu mais desejei na minha infância, que eu achava maneiro demais, cara. E assim, depois que eu consegui pegar esse aqui, tá funcionando. Inclusive, ele vem nessa versão vermelha e essa outra azul também, né? Que é um é meio que o Protomin e o outro é o próprio Mega Man. Esse aqui tá até estragado com a telinha não funcionando. Não sei nem se tem como arrumar, mas junto do brinquedo você tinha que ter essas fichas para ajudar na batalha, né? E aí eu abro aqui. Olha isso. E ele funciona igual um tamagoshi, né? A diferença é que eu tô controlando o Mega Man, eu preciso tipo batalhar, encontrar algumas coisas. Confesso que é bem simples e no comercial parecia ser bem mais interessante. O Mega Man ele tem level, tem experiência e eu tenho que ficar aqui igual um idiota, chacoalhando isso para ver se aparece algum vírus para eu poder batalhar. E esse é o problema. Às vezes demora uma eternidade para achar alguma batalha. Encontrou o vírus? E vai começar a batalha. Ixi, ó, o bichão tá me atacando, hein. Eita, prela. Errou, errou, errou. Eu posso usar o meu chip aqui de batalha também, ó. Agora eu insiro, ele já detecta exatamente o chip que eu coloquei. Eu confirmo. Ó animação. Que tecnologia é essa, molecotes? Olí, olha, ol, ol. Que que é isso, viu? Ih, tá atacando de volta. Acertou eu também, galera. Ai, ai, ai. Tô coitado. Deu erro. Que que deu erro? Preciso enfiar outra coisa. Vamos. É isso. O brinquedo basicamente tem que ficar trocando os chips e conseguir derrotar os inimigos. Nem parece que eu fiquei duas horas balangando aqui o brinquedo para funcionar. Essa é a parte chata. Demora demais a achar um vírus pra gente poder jogar. Mas esse brinquedo era muito caro na época. Eu só fui ter mesmo recentemente comprei de uma pessoa que tava se desfazendo da coleção, mas na época o que meu pai tinha condição de me dar era essa versão aqui que vinha, né, uma miniatura do Mega Man junto vinha algumas fichinhas também e foi basicamente isso que eu tive. Mas eu sonhava muito em ter esse brinquedo aqui, viu? Fora que depois eu consegui um adaptador que isso aqui conecta no Game Boy Advence e eu utilizo os chips dentro do jogo no Game Boy. Isso é muito louco, né? Tipo uma interação a mais. Fora que o jogo é bem mais complexo do que um tamagoshi e aí fica sensacional. Lá fora, o Japão recebeu várias versões mais avançadas, com sensores diferentes e elementos complementares e todas elas acompanhando a evolução do anime dos jogos também. E no Brasil foi lançado apenas essa versão no comercial mesmo. Me vem com três chipes de batalha e cabo conector. Papetes do Seninha. Para muita gente, o Seninha foi a primeira referência ao nome do Aton Sena, mesmo quem nasceu depois da morte do piloto, nos anos 2000, cresceu cercado por brinquedos, revistas, produtos e campanhas como personagem. O ceninha surgiu em 1994 com uma forma de transmitir os valores do piloto para um público infantil. Tinha álbum de figurinhas, carrinho de fricção, boneco que falava frases prontas e claro a clássica papete com kit espião. Essa papete tava no pé de nove em cada 10 crianças que cresceram no início dos anos 2000. Todo menino queria ter essa papete, não apenas pelo estilo. De fato, era estiloso demais isso aqui, rapaz. Você saía na rua assim, ó, todo mundo te olhava. Mas eu queria mesmo essa papet, não era nem para calçar ele, não. Era por causa do brinquedo, o brinde que vinha junto, o binóculo de espião iradíssimo. E nessa época tava no hype aí de filmes de espião, brinquedos de espião, desenhos, né? A gente tinha aí as três espiãs demais também na TV Globinho. E era sensacional, cara. Adorava brincar de espião com o meu primo na casa da minha avó. A gente usava muito esse binóculo para inventar histórias. Ele era maió maneiro, porque você girava ele assim, aí saia a parte, virava o binóculo ali bonitão. Mesmo eu tendo guardado muitas coisas da minha infância, esse sumiu. E essa conexão do ceninha com espionagem não se limitava somente nesse brinquedo, porque teve diversos outros também, como a mochila equipada laranjinha com azul. Eu tenho certeza que agora eu desbloqueei muitas memórias aí que você nem lembrava que existia. Eu também não na hora de fazer esse vídeo aqui, viu? E eu lembro que o mais novo que teve depois foi um gravador de conversa e era aquilo, calçou a papete do Senin aqui com os brindes de espionagem, já ganhava uma nova identidade. Virava um agente secreto mirim. O próprio comercial já incentivava isso pra gente. [Música] Apesar de todo esse sucesso, hoje em dia é difícil saber exatamente qual foi o último lançamento de modelo da Papete com brinquedos. A informação mais recente que eu encontrei foi essa sandália aqui da marca Kid, que chegou a ser vendida pro e-commerce e provavelmente foi um dos últimos calçados oficiais com o personagem. Mesmo assim o Senin ainda tá por aí. Tem site oficial que você vai encontrar vários produtos diferentes. Tem carrinho de Fórmula 1 para você montar jogos, quebra-cabeças oficiais e vários outros. O ceninha pode não ter mais papetes espiães nas vitrines, mas ainda corre por aí levando o legado de Aton Sena para as novas gerações. Chegou a nova Papete. No doelinha com o binóculo super espião. Sua missão começa aqui. Bank Mobiliário. Nos anos 2000, o Bank Mobiliário era sinônimo de status entre os jogos de tabuleiro. já era antigo, tinha chegado no Brasil lá nos anos 40, mas seguiu firme por décadas, atravessando gerações. Quem nunca quis ser o banco ali só para ficar com a maletinha, com todo aquele dinheiro distribuindo pra galera, pegando de volta, era maravilhoso. Mesmo sem estar o tempo todo comerciais na TV, o jogo fazia parte do imaginário popular, tanto de crianças quanto das pessoas mais velhas. E provavelmente acontecia por causa da natureza coletiva. Era um brinquedo de reunir os amigos, jogar em família, passar horas discutindo quem ia falência primeiro. O mais curioso é que além do Banco Imobiliário da Estrela, muita gente também teve o contato com o Monopoli, que é a versão internacional, que é basicamente a mesma premissa, com regras ligeiramente diferentes e nomes de propriedades estrangeiras, mas o espírito era o mesmo, comprar tudo, cobrar o aluguel e torcer pro dado te salvar da falência ou sair da prisão, que aí você perdia a rodada, todo mundo comprava as coisas lá e eu sei na cadeia. Hoje o jogo continua firme e forte nas prateleiras e existem versões atualizadas com cartões de crédito e maquininhas digitais. Você passa lá, coloca o crédito e meu Deus, como assim? Não precisa mais de dinheiro, é só cartão. E tem também aquelas edições temáticas como o Banco Imobiliário da Disney, o Monopoli do Bob Esponja ou até do Pokémon. E mesmo apesar do tempo, o jogo ainda é facilmente encontrado em qualquer lojas de brinquedos e segue sendo uma das formas mais divertidas de fingir que você é rico, pelo menos por algumas horas, né? O super banco imobiliário que vem com máquina de cartão de crédito e débito. Tem banco imobiliário de tudo que é jeito. Jump Ball e Jábolo. Entre uma propaganda da estrela e outra da Matel também tinham aqueles brinquedos mais simples, mas que grudavam na infância de um jeito especial. Jump Ball e Jabol são dois desses casos. O Jump Ball era uma bola que tinha uma alça no topo feita para você se equilibrar e sair pulando por aí. Era basicamente o pula pula clássico que a gente sempre via nos desenhos animados. Jump BP galera radical é da líder. Já o jabolô da Líder Brinquedos era descrito como um jogo de lançar e pegar. A proposta era simples, criar manobras e lançamentos radicais dessa espécie de disco. E era uma ótima opção para brincar no parque, no quintal ou na praia. Pura diversão é para brincar em qualquer lugar. Jabol é da líder. Dá vontade de brincar. Essa moda vai pegar Jabol. Hoje, tanto o Jump Ball quanto o Jabolô ainda existem com versões atualizadas que podem ser encontradas com certa facilidade nas lojas online. Revista Recreio. A revista Recreio também foi responsável por proporcionar um monte de coleções incríveis de brinds. A mais famosa e lembrada, com certeza, foi a Letronic, que contava com letras que se transformavam em robôs e todo mundo queria ter pelo menos a letra inicial do próprio nome. Também vale mencionar que o Dinomania e o Dino Rock, ambas com temáticas jurássica, tinha o circom, que eram os bonecos de circo que poderiam misturar as partes do corpo de cada personagem. Missão tótem, pô, lendário demais. Mas isso, infelizmente, acabou. A revista Recreio parou com as coleções de brinds em 2017. Inclusive, eu contei essa história com detalhes aqui no canal, te explicando o que que aconteceu com a revista Recreio. A verdade, meus amigos, é que para muita gente esses brinquedos ficaram só no desejo, porque crescer no Brasil nunca foi simples. Os preços eram caros, o acesso era limitado e quase tudo parecia distante demais. Pra maioria, o que restava era torcer para ganhar alguns desses brinquedos de presente em alguma data comemorativa. Os nossos pais iam lá, juntava dinheiro o ano todo, evitava de dar presente no Natal só para ganhar um presente melhor no dia do aniversário ou coisa parecida. Ou ganhava uma versão mais baratinha só para matar um pouco daquela vontade, com um brinquedo mais barato, um piratinha ou coisa parecida. E mesmo que a gente não tivesse tudo que a gente queria, a infância continuava sendo incrível, porque esses brinquedos não apareciam sozinhos. Eles vinham juntos com os desenhos da manhã, com a rotina depois da escola, com os momentos em família e com os amigos que você encontrava na rua para brincar. Eu acho que é por isso que rever essas propagandas hoje desperta muita nostalgia. Não é só pelo brinquedo em si, tem muita coisa ali que você lembra do momento, memórias que você teve naquele tempo em que passou esse comercial. E é muito gostoso revisitar essa história. E se você viu esse vídeo até o final e sentiu falta de algum brinquedo, algum comercial que você via muito na sua infância, comenta aqui embaixo que eu vou dar uma olhada e fortalece esse vídeo também, deixa o seu joinha, inscreva-se no canal aqui, você que tá vendo pela TV, muita gente agora no canal assiste sentado no sofá e tal, né? Então, dá uma moral pra gente aí e se torne um membro também, que agora a gente tá postando alguns conteúdos exclusivos e o seu nome aparece aqui do lado como forma de agradecimento. Você tem acesso aos emóticos também que podem ser usados durante as lives e ajuda a financiar esses projetos aqui que eu faço com muito carinho para vocês. Eu vou ficando por aqui, eu espero que a minha missão de fazer você viajar no tempo tenha sido cumprida e até um próximo vídeo. Valeu. Tchau. Tchau.