O que existe acima e abaixo do sistema solar?

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o sistema solar é o nosso cantinho da galáxia onde oito planetas principais orbitam uma estrela de porte médio as órbitas dos planetas seguem mais ou menos um plano só herdado da nuvem primordial que formou tudo que existe hoje ao redor do Sol esse plano segue o equador solar mas com algumas variações a depender do mundo em questão que estamos lidando dessa forma podemos imaginar o sistema solar como um disco orbital mas o que existe exatamente acima e abaixo dele bom a resposta para essa pergunta é mais complexa do que parece no vídeo de hoje vamos entender o que existe por trás dessa questão inusitada antes de seguirmos para o que há de fato abaixo e acima do sistema solar é preciso fazer uma pausa e repensar algo fundamental essas direções tão familiares para nós aqui na Terra simplesmente não existem no espaço da forma como imaginamos na superfície do nosso planeta cima é o céu baixo é o chão essa noção nasce da gravidade puxando tudo para o centro da Terra é o que faz a água escorrer ladeira abaixo o que dá sentido ao horizonte e até mesmo o jeito de construir cidades sempre com chão firme sobre nossos pés mas no espaço onde não há chão absoluto e onde a gravidade não puxa igualmente em todas as direções essas palavras perdem sentido no cosmos não há um norte universal nem um para cima que vale para todos os lados a orientação depende sempre do ponto de vista um astronauta em órbita pode flutuar de cabeça para baixo sem sentir qualquer diferença uma galáxia pode estar de pé para nós e totalmente inclinada para outro observador em outro lugar do universo é assim que cada um desses pontos de vista está igualmente certo assim quando falamos de cima e embaixo no sistema solar usamos uma espécie de convenção aqui podemos nos guiar pelo plano orbital dos planetas mais conhecido como elíptica e é a partir desse plano orbital que podemos imaginar que existe acima e abaixo dele como se fosse uma grande pista de Fórmula 1 só que em escala astronômica apesar dessa aparente organização nem tudo gira perfeitamente alinhado cada planeta possui uma pequena inclinação orbital ou seja um ângulo que define o quanto sua órbita está inclinada em relação à elíptica do sistema solar mercúrio por exemplo tem uma inclinação de cerca de 7º plutão embora já não seja considerado um planeta de fato tem uma órbita ainda mais inclinada em relação ao Sol com cerca de 17º mas são os cometas que realmente ignoram esse alinhamento vindo de regiões mais externas do sistema solar muitos deles seguem trajetórias extremamente inclinadas e às vezes quase perpendiculares o plano da elíptica eles cortam o sistema solar como se fossem agulhas atravessando um disco de vinil vindo de direções imprevisíveis é por isso que quando um grande cometa aparece ele pode surgir de qualquer lugar do céu do norte do sul celeste conforme o nosso ponto de vista aqui na Terra no final das contas o plano da elíptica é apenas uma forma de enxergar uma ordem em meio ao caos para entendermos o que há exatamente acima desse plano orbital vamos focar primeiro em escalas menores logo acima e abaixo temos a chamada nuvem de horte uma imensa esfera de detritos que envolve o sistema solar para todos os lados estendendo-se possivelmente até 1/4 da distância até a estrela mais próxima próxima Centauri não é um disco como o plano das órbitas planetárias mas sim uma bolha tridimensional distribuída de forma quase esférica acredita-se que a nuvem de horte seja composta por trilhões de corpos pequenos muitos com apenas alguns quilômetros de diâmetro formados principalmente por gelo de água amônia e metano esses objetos seriam os restos da formação do sistema solar arremessados para longe por interações gravitacionais com planetas gigantes especialmente Júpiter e Saturno nos primeiros tempos do nosso sistema solar ao invés de escaparem completamente da gravidade solar muitos desses detritos acabaram presos em órbitas muito vastas e excêntricas criando essa nuvem esférica que se estende em todas as direções mas indo um pouco além dessa nuvem gigantesca temos outras coisas um tanto interessantes isso porque nem contamos ainda a heliosfera que é uma bolha magnética gigantesca que pode chegar a 100 a 120 unidades astronômicas de distância em termos astronômicos isso é quase três vezes mais distante que a órbita de Plotão a borda externa da heliosfera chamada de heliopausa marca o ponto onde a influência do vento solar é vencida pelo meio interestelar seguindo aém da helopausa entramos na chamada nuvem local de gás interestelar uma região relativamente densa no espaço onde o sol atravessa através do braço de Oron da Via Láctea essa nuvem tem poucos anos luz de espessura e o sol pode levar dezenas de milhares de anos para sair completamente dela mesmo nessa região o espaço é quase um vácuo absoluto mas há átomos de hidrogênio poeira e campos magnéticos galáticos que afetam levemente a heliosfera e as partículas cósmicas continuando nossa rota vertical depois da nuvem local encontramos um espaço ainda mais vazio a chamada bolha local ou super bolha local uma cavidade na galáxia criada por explosões de supernovas passadas essa região se estende por cerca de 300 anos luz e é preenchida por gás quente e raro efeito subir ou descer nessa direção é como atravessar uma vastidão silenciosa onde há poucas estrelas e quase nenhum obstáculo à medida que nos afastamos ainda mais do plano galático a densidade da matéria começa a cair drasticamente a Via Láctea é estruturalmente um disco de cerca de 100.000 1000 anos luz de diâmetro e apenas 1000 anos luz de espessura no disco principal onde estão concentradas as estrelas nuvens moleculares e braços espirais quando seguimos na direção perpendicular a esse disco ou seja para cima ou para baixo estamos indo em direção ao alo galático uma região quase esférica e muito mais rarefeita o alo galático é habitado por algumas das estrelas mais antigas da Via Láctea além de aglomerados globulares e matéria escura invisível que compõe boa parte da massa da Via Látea é uma região tênue sem o brilho concentrado dos braços espirais ele pode se estender por até 300.000 anos luz a partir do Centro Galático em todas as direções nessa região o sol se tornaria praticamente invisível um pontinho apagado perdido em meio ao escuro para realmente se sair da galáxia seria necessário percorrer centenas de milhares de anos luz nessa direção vertical os limites da galáxia não são uma borda sólida mas sim uma transição gradual onde a densidade estelar vai caindo até que restam apenas estrelas do espaço intergalático estima-se que para cruzar totalmente a região onde a influência gravitacional da galáxia domina seria necessário ultrapassar cerca de 500.000 anos de luz somente então estaríamos fora da Via Láctea flutuando no espaço entre as galáxias cercados apenas pela escuridão e pela luz tênue de galáxias vizinhas distantes dessa forma o que começou como uma simples viagem acima e abaixo do sistema solar basicamente chegamos em regiões onde o universo é praticamente um vazio completo e assustador tudo isso é simplesmente fenomenal pessoal se vocês gostaram deste vídeo não se esqueçam de deixar o like aqui que é muito importante e se você não está inscrito aqui no canal ainda convido você a apertar o botão inscrever-se aí embaixo até a próxima [Música]

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