O QUE FELCA NÃO DISSE NO VÍDEO E VOCÊ PRECISA SABER
0O vídeo do Felca tá explodindo na internet, só que tem algo que é tão importante quanto as denúncias do Felka, que eu tô vendo pouca gente comentar. E sim, é claro, ele expôs casos pesadíssimos, né, de sexualização, exploração infantil na internet, né, derrubou, eh, acabou derrubando perfis ali por consequência, né, colocou esse assunto no topo das redes. Mas sabe o que vai acontecer daqui uma semana? o hype vai passar, as pessoas vão seguir para o próximo escândalo e esse problema vai continuar acontecendo, né? longe os holofotes. É justamente aí que mora o perigo, porque se a gente deixar esse assunto esfriar, o algoritmo vai impulsionar esse tipo de conteúdo, os responsáveis continuam ganhando dinheiro e nada muda. É por isso que esse vídeo, né, é tão importante. Além de mostrar o que o Felka fez do dossier, as denúncias formais, a gente vai falar sobre o que precisa acontecer para manter essa luta acesa, né? Se você acha que essa história termina com a queda de alguns perfis, você tá enganado, né? É, o verdadeiro desafio começa agora. Fica comigo porque no fim desse vídeo eu vou te mostrar como que a gente pode pelo menos tentar, né, fazer algo para evitar que isso caia no esquecimento e como cobrar, né, para que algo realmente mude. Eu sou o Marcelo Milos e depois a vinheta eu te conto. Bom, nesse vídeo aqui eu vou trazer um pouco sobre o que aconteceu no vídeo do Felka, sobre o que ele abordou, né? É claro que quem já assistiu ao vídeo inteiro do Felka, essa primeira parte talvez fique um pouco redundante, mas eu vou trazer algumas reflexões minhas a princípio depois, eh, que eu não tô vendo tanta gente comentar, tá? Não vou ser egocêntrico aqui de falar que só eu tô comentando sobre isso, que não é, tá? Mas eu eu tô vendo que a galera tá focando no escândalo em si, mas estão deixando passar algumas coisinhas que eu vou tentar dar aqui meus R$ 2 de contribuição no final desse vídeo, tá bom? Bom, recentemente o Felka publicou aí um vídeo que merece atenção, né, não apenas pelo peso do tema, mas também pela forma como ele foi conduzido, né? Ele não agiu por impulso. Ele passou um bom tempo reunindo provas, organizando informações e conectando cada ponto. Quando tudo estava pronto, ele apresentou o material de forma contundente, indo direto ao cerne da questão. A estrutura do vídeo foi pensada para aumentar o impacto gradualmente. Ele iniciou trazendo exemplos mais leves, né, se é que é possível usar essa palavra, e aos poucos ele avançou para casos mais graves até chegar ao que pode ser descrito aí como o fundo do poço, né? Segundo Felka, a principal força por trás dessa adultização precoce de crianças na internet é a monetização, né? Quando a lógica é voltada para gerar visualizações e lucro, a linha entre o que é aceitável, né, se torna cada vez mais distorcida e as condutas problemáticas, né, surgem aí como consequência. Bom, o primeiro caso foi o do bel para meninas, né? Nesse caso, a mãe da criança conduzia ali, produzia os conteúdos eh considerados aí inapropriados pra idade, né, exclusivamente para poder atrair as visualizações, né? O assunto repercutiu muito na época, né, foi pra televisão, chamou a atenção das autoridades, né? Enfim, não vamos focar tanto nisso aqui. Vamos pro próximo caso que foi o do Ítalo, né? Ele levou o nível aí da gravidade ao citar o Ítalo Santos, né? Esse mesmo que a gente já trouxe tantos vídeos aqui que a internet em si, né? né? Não tô nem falando eu. Eh, mas a internet de maneira geral já trouxe tantos vídeos comentando sobre esse esses absurdos, né, que são os conteúdos do Ital, né? Bom, o Ital é junto com a Camilinha lá, né, ele tinha criou meio que uma espécie de reality show, né, numa casa ali com várias crianças e pré-adolescentes, adolescentes, enfim. e o conteúdo acabou mais se aproximando de um de um programa voltado para um público diferente, né, digamos assim, um público talvez um pouco mais adulto, né, do que algo saudável para menores, para crianças. Enfim, esse vídeo foi postado em 2023. Camilinha tinha 16 anos. Olha que vídeo indigesto. Um homem adulto chega no quarto com dois menores de idade deitado de conchinha e ele puxa o cobertor para mostrar a pouca veste dos adolescentes. Adulto cujo qual sem ele essa cena não aconteceria. Ele é o criador e publicador dessa ceda e de outras. Bom, o Felco, ele também apontou que o Ítalo, ele explorava a imagem da Camilinha há muito tempo, né? A relação profissional entre os dois teria começado quando ela tinha apenas 12 anos de idade e desde então ele publicava conteúdos ali com eh roupas e situações inadequadas pra idade dela, né? Chegando a mostrá-la com supostos namoradinhos, né? Bom, isso não começou agora, né? Perto da sua maioridade, já acontecia quando ela era pré-adolescente, né? Inclusive, durante apresentações públicas. Aparentemente, o Ítalo percebeu que esse tipo de material gerava engajamento, decidiu explorá-lo, né? E a situação se torna ainda mais preocupante quando se observa o perfil do público, né? Não se restringia crianças e adolescentes, né? Que o que por si só grave, mas incluía também muitos homens mais velhos que não estavam ali por razões legítimas, né? Homens adultos. E eu vou te falar uma coisa, esses homens, alguns deles não assistem pelas dinâmicas divertidas da casa. Não é o único vídeo que existem deles dormindo juntos. Esse comportamento é incentivado e exposto. Assim, o influenciador acabou então contribuindo para poder normalizar uma prática aí altamente problemática. Outro caso apresentado foi o da de Caroline Draher, né? Eu sinceramente nem conhecia essa menina aí, né? Mas e ela começou na internet aos 11 anos fazendo ali vídeos de dança, mas com o tempo, né, o seu conteúdo passou a seguir uma linha mais polêmica, mais controversa, né? O aspecto aí é mais preocupante seria então de que a sua própria mãe administrava o perfil dela, né? E com aumento dessa exposição da da Caroline, né, ela passou a receber então eh comentários de homens mais velhos, com má intenções, né? E ao invés de encerrar a situação, a mãe criou um grupo no Telegram, até um um VIP ali usando imagens da filha para poder obter lucro, quando a menina ali teria então por volta de 14 anos, tá? O vídeo também explorou ali eh como determinados grupos de pessoas, mais especificamente pófilos, né, atuam, né, utilizando códigos para se comunicarem e evitar ali que as suas intenções fiquem explícitas. Ele alertou ainda é pro papel do algoritmo das redes sociais, né, que em alguns casos acaba distribuindo esse tipo de conteúdo como se fosse algo neutro, né, ampliando o seu alcance. Outro ponto grave levantado foi a participação de pais nesse cenário, né? Muitas vezes movidos pelo engajamento e pelo retorno financeiro, né? Ignorando completamente o impacto que isso terá sobre os filhos. Todos os comentários são com esses gifs, até o último comentário, ou seja, a maioria das visualizações, likes e seguidores é composto quase que todo deófilos e ela tem mais de 100k de seguidores. Os pais vendo isso, vendo engajamento, sabem do que se trata, mas deixa acontecer ou até incentiva ou manipula a filha para ela fazer conteúdo pelas visualizações e pelo retorno monetário que o perfil da filha gera. para demonstrar como o acesso a esse tipo de material é fácil. O Felco então criou um perfil, né, uma conta simulando o comportamento desses criminosos, né, e o resultado, é claro, né, foi alarmante. Ele encerrou o experimento rapidamente, excluindo a conta ali, mas eh a intenção era mostrar que, infelizmente, o caminho para esse tipo de conteúdo é simples demais. Bom, buscando a aprofundar ainda mais a reflexão, ele convidou uma psicóloga especializada em infância para analisar a situação. Ela falou sobre os danos emocionais que esse tipo de exposição pode gerar, deu orientações para que os pais saibam como agir e chegou a avaliar vídeos da própria camininha. Tem claramente uma utilização da sexualidade para uma comunicação, né? É, e isso é um risco, uma falta de repertório muitas vezes que pode existir de habilidade social mesmo e essa, né, dos adolescentes aprenderem a se comunicar apenas através da sexualidade. Então isso é um ponto muito relevante. Vale comentar que eh após e o vídeo do Felca, né, os perfis da Camilinha e do Ítalo foram desativados, né? O vídeo do Felca já alcançou ali, pelo menos da última vez que eu vi, tava com mais de 13 milhões de visualizações em apenas dois dias. pelo ritmo, vai passar ali dos 15, talvez 20 milhões de visualizações num vídeo na horizontal, né, onde hoje eh grandes repercussões se vem pelo vertical. É um é um número incrível, né? Bom, a repercussão também chegou à imprensa. Diversos jornais noticiaram a iniciativa do Felca, né? Elogiaram ali esse dossiê que ele montou para poder pressionar ali por providências. Bom, a expectativa é que toda essa visibilidade sirva para combater ou pelo menos eh reduzir esse tipo de crime. Existe solução? Quando a gente fala sobre esse tipo de crime, né, cometido a céu aberto na internet, é impossível não pensar no papel do algoritmo. Ele é basicamente o motor que decide o que aparece para você, o que ganha destaque e o que some do seu feed. O problema é que ele não tem senso moral, né? O que importa é o engajamento. E se algo gera cliques, comentários e compartilhamentos, ele entrega para mais gente. Isso significa que na prática, conteúdos que exploram e expõe crianças de forma inapropriada acabam sendo impulsionados da mesma forma que qualquer outro material popular. E aí que tá uma parte da raiz do problema, né? Se o próprio sistema que deveria filtrar e moderar tá amplificando, é óbvio que esse combate fica muito mais difícil. Uma possível solução seria a desmonetização imediata de conteúdos com qualquer tipo de sexualização infantil. Sem retorno financeiro, boa parte dos criadores, né, entre aspas aí que exploram esse nicho perderiam um interesse. Outra medida importante seria e reduzir drasticamente a entrega desses conteúdos. Basicamente, o algoritmo deixaria de impulsioná-los e até os esconderia de recomendações. Não é uma solução única, né? Porque a gente tá falando de algo bem mais complexo, mas já seria um primeiro passo para poder cortar um incentivo. Se as plataformas realmente quisessem, poderiam criar mecanismos de detecção mais rigorosos, associando tecnologia e equipes humanas especializadas, e assim impedir esse que esses vídeos, né, viralizassem aí antes mesmo de chegarem ao grande público. Por outro lado, muita gente defende que a solução para esse tipo de crime seria uma regulamentação mais rígena da internet, né, por parte do Estado. A primeira vista, pode até parecer um caminho lógico. Afinal, se existe um problema, cria-se uma lei específica para combatê-lo, mas na prática não é tão simples assim, né? O primeiro ponto é que ao fazer isso, a gente estaria ampliando demais, mais ainda, né, o poder do Estado sobre o que pode ou não permanecer online. E isso, por si só, já é perigoso. Se hoje um governo tivesse o poder de com um clique derrubar um perfil, quem garante que esse mesmo poder não seria usado amanhã para silenciar opiniões contrárias ou censurar críticas? A linha entre combater crimes e restringir liberdade de expressão é muito tênua, né? E quando se cruza, a democracia é a primeira a sofrer. Outro ponto que precisa ser lembrado, leis para combater crimes virtuais já existem, né? O que falta não é criar eh novas regras, né? E sim fazer valer as que já estão aí. Basta que o Estado atue de forma eficaz, pressionando as bigtecs, por exemplo, para remover perfis de conteúdos criminosos. Prova disso é que o próprio perfil da Camilinha, né, foi derrubado logo após a publicação do do vídeo do Felca. E diferente do caso do Ítalo, que provavelmente caiu por conta de denúncias, o dela foi removido por intervenção direta do Ministério da Fazenda. Tem, tava escrito lá, né, quando você entrava. Agora parece que mudou, mas a gente tem o print aí para não dizer que a gente tá falando bobeira. Bom, ou seja, né, não precisamos entregar e ainda mais poder ao estado para resolver o problema. Precisamos sim garantir que a lei seja aplicada de forma eficiente e que as plataformas sejam responsabilizadas pelo que hospedam e promovem. É claro, se falando em casos criminosos, assim dessa maneira, né, que envolve um tema tão sensível como a exploração, sexualização infantil, né? O caminho tá aí, né? Falta apenas é vontade de percorrê-lo. Outro ponto essencial é entender que a força de um debate não tá apenas no impacto inicial, né, mas na capacidade de se manter vivo. O vídeo do Felkaa tá em alta agora, dominando as redes, gerando comentários e indignação, mas se a gente for realista, em poucas semanas a internet já terá migrado para outro assunto. E esse caso corre o risco de cair no esquecimento, como tantos outros, não é? E é exatamente aí que mora o perigo. Quando o assunto esfria, o problema não desaparece. Ele continua acontecendo, só que longe dos holofotes, né? Por isso, é fundamental que essa discussão não dependa apenas de um criador. Outros influenciadores, especialmente aqueles eh com um grande alcance, né, precisam se posicionar, denunciar e reforçar a importância de combater esse tipo de conteúdo. Quanto mais vozes se unirem, mais difícil será para o algoritmo e para as próprias plataformas ignorarem a situação. A pressão pública precisa ser constante, porque se ela cessa a engrenagem volta a girar como se nada tivesse acontecido. Não basta um vídeo viral, né? é preciso transformar o momento em um movimento. No fim, combater esse tipo de crime exige ação conjunta, né? Leis mais duras, fiscalização e, principalmente, a responsabilização das próprias plataformas que lucram enquanto fingem não vê nada disso. E, é claro, também, né, e a responsabilização desses eh pais, desses criadores que promovem esse tipo de conteúdo, né? No fim das contas, tudo isso que vimos, né, não é só sobre o vídeo do Felcon, nem apenas sobre alguns influenciadores específicos, é sobre o reflexo de um problema muito maior que tá acontecendo diante dos nossos olhos todos os dias na tela do celular e que muitas vezes escolhemos não enxergar. A internet é uma ferramenta poderosa, né, capaz de educar, inspirar e conectar pessoas, mas nas mãos erradas se transforma num campo fértil para crimes que destróem vidas. E quando a gente tá falando de crianças, o impacto é irreversível, né? Não podemos terceirizar a responsabilidade apenas para o algoritmo, para as plataformas ou para as autoridades. Esse é um problema que exige ação coletiva, pais atentos, criadores conscientes, usuários dispostos a denunciar e cobrar, porque se a gente se cala, né, quem ganha espaço são justamente aqueles que deveriam ser afastados. O vídeo do Felka mostrou que é possível usar a influência para o bem, né? A pergunta que fica é: será que nós também estamos fazendo a nossa parte ou vamos esperar o próximo caso estourar para nos indignarmos, né, por alguns dias e depois esquecer? Comenta aqui embaixo o que que você acha sobre isso. เฮ [Música]







