O que James Webb diz a respeito sobre o 3I/ATLAS?
0Quanto mais o três e atas se aproxima de nós, mais novas informações vão sendo descobertas e reveladas sobre ele. Atualmente, o seu periélio, ou seja, quando ele chegar o mais próximo possível do sol, está previsto para 29 de outubro. Com a data se aproximando, os cientistas ao redor do mundo inteiro resolveram tomar uma atitude, direcionar todos os telescópios para ele. No dia 6 de agosto, o telescópio James Web, o melhor telescópio que existe atualmente, foi direcionado para o 3 Atlas. Até o momento, nós ainda não temos acesso às descobertas que o James Web possa ter feito, mas temos os dados de todos os outros. Além do James Web, o telescópio Rob é um que também estava direcionado a esse misterioso viajante e foi capaz de descobrir algumas coisas interessantes. Nesse vídeo, você confere o que os telescópios descobriram e o que podemos esperar até o momento da verdade. Qual seria a sua relação se você estivesse acabado de finalizar seu doutorado sobre objetos interestelares? E apenas cco dias depois o Atlas é descoberto? Pois foi exatamente o que aconteceu com agora Dr. Mateu Hopkins, que não teve de esperar nenhuma semana até sua tese de doutorado ganhar vida, e ele logo se tornar um dos principais pesquisadores sobre o 3 Atlas ao redor do mundo. O 3 Atlas foi descoberto no dia 1o de julho de 2025, quando estava em uma distância de 670 milhões de quilômetros do nosso Sol. Logo no dia seguinte, a NASA já avisava: “Trata-se de um objeto interestelar, o terceiro de seu tipo já identificado, mas muito mais estranho e misterioso do que os dois primeiros. Até o momento, os cientistas estão considerando como um cometa interestelar, mas cientes de que a qualquer momento essa classificação pode mudar justamente pelo fato dele ser um objeto interestelar. Sua composição pode muito bem ser completamente diferente das dos cometas do nosso sistema solar. Outro indício que até pouco tempo fazia com que as pessoas tivessem receio de categorizá-lo como cometa, estava no fato de que ele não demonstrava possuir uma cauda. Não demonstrava, pois assim que o telescópio Rob começou a observá-lo, essa foi uma das descobertas. O que o Hubble detectou foi uma pluma de poeira sendo ejetada do 3i Atlas, bem na parte em que o sol o toca. Isso é uma indicação de uma cauda de poeira se afastando do núcleo. Funciona assim. Sempre que os cometas viajam perto do sol, o calor do sol atua neles, fazendo com que eles liberem gás e poeira, sendo exatamente isso que cria suas caudas. Claro, ainda é cedo para afirmarmos com precisão se tratar de um cometa, mas até o momento essa foi a primeira vez que pudemos detectar sua cauda. As observações do Hubble também ajudaram a definir melhor as dimensões deste cometa interestelar. Inicialmente, acreditava-se que o núcleo dele tinha aproximadamente cerca de 11,2 km de largura. Agora, com as novas observações, essa estimativa caiu para algo mais próximo de 5,6 km de largura. Apesar de ter diminuído, isso ainda faz dele o maior objeto interestelar que já vimos, superando seus irmãos, o Omoamua e o Borsov, com 400 e 600 m de largura, respectivamente. Sobre essa nova medição, o S. Fraser, astrônomo do Conselho Nacional de Pesquisa do Canadá, disse que cada um desses objetos interestelares é um pequeno pedaço de fruta fácil de alcançar de uma árvore que pode nos dizer muito sobre as árvores que crescem em alguma outra vizinhança. Isso não é tudo, pois os telescópios ainda nos revelaram novas informações, como por exemplo, sobre sua velocidade. O 3 Atlas está se aproximando de nós a uma velocidade incrível de 209.000 km/h ou 58 km/. Se formos fazer uma comparação com as velocidades interestelares de seus irmãos, o o omboam apresenta uma velocidade de apenas 26,3 km/s, enquanto a velocidade do Borsof é de 32 km/s. Ou seja, ele é não apenas o maior dos objetos interestelares a entrar no nosso sistema solar, mas também o mais veloz deles. Ao comentar sobre a velocidade, Mateu Hopkins disse: “Essa velocidade é muito útil para nós em particular, pois nos últimos anos eu e meus coautores temos construído um modelo que nos permite prever propriedades de objetos interestelares, como sua idade e composição, apenas a partir de sua velocidade.” Algo que ajuda a explicar essa sua enorme velocidade é o que os cientistas chamam de efeito de estiling gravitacional. Esse efeito diz que conforme objetos viajam pelo espaço, eles vão passando por estrelas e bersários estelares, o que contribui para que sua velocidade vá aumentando. Ou seja, quanto mais ele viaja pelo espaço, mais rápido ele se move, o que nos leva à própria descoberta, a sua idade. Os cientistas já previam que o três de Atlas fosse um objeto com bilhões de anos. No entanto, até agora ninguém se arriscava fazer uma previsão. Mateu Hopkins foi o primeiro a dizer que conforme seus estudos e análises, existe uma chance de 67% de que este cometa interestelar tenha mais do que 7,6 bilhões de anos. A título de comparação, o nosso Sol, o nosso próprio sistema solar tem apenas 4,5 bilhões de anos. Nós estamos recebendo não apenas uma visita enorme e veloz, mas também extremamente antiga. No entanto, por mais estranho que o três de Atlas seja, é sempre importante termos em mente que esses visitantes não são assim tão incomuns. As palavras de Mateu Hopkins, objetos interestelares, na verdade passam pelo sistema solar o tempo todo, especialmente os menores, que são mais numerosos. 80 do tamanho do Omoomoa passam pela órbita de Júpiter todos os anos. Eles são apenas muito pequenos para serem detectados a menos que cheguem muito mais perto da Terra. Mais uma coisa, todos os cientistas e pesquisadores ao redor do mundo concordam. Não há nada de pequeno no 3 Atlas. Mas e quanto ao James Web? Até o momento, todas essas novas descobertas foram realizadas pelo telescópio Robel e demais telescópios ao redor do mundo. Afinal de contas, neste ponto não é segredo para ninguém que todos os olhares estão voltados para esses viajantes interestelar. O James Web, o melhor telescópio que existe, direcionou sua visão para o 13 Atlas no dia 6 de agosto de 2025, sendo que ele está programado para observá-lo de agosto a dezembro, registrando desde sua entrada até sua saída de nosso sistema solar. Nós ainda não temos acesso aos dados coletados pelo James Web e conforme estimativa, esses dados só serão divulgados ao público em até 3s meses depois de suas análises. Ou seja, nós podemos só ter acesso total a estes dados por volta de novembro. Trata-se de um tempo padrão do James Web, sendo que durante este prazo apenas os pesquisadores terão acesso aos dados neste primeiro momento, os divulgando para o público posteriormente. O mais curioso nessa história é que a chegada do 3 Atlas está prevista para outubro, ou seja, há uma chance real de que ele chegue, seja analisado pelo James Web e nós só tenhamos acesso a estes dados bem depois. E o que nos resta a fazer neste cenário? Aguardar. Conforme o tempo for passando e mais próximo ele for se aproximando, até mesmo os telescópios convencionais serão capazes de observá-lo. As principais perguntas sobre este cometa interestelar podem jamais serem respondidas, enquanto algumas delas só começar a ser respondidas em outubro, quando ele finalmente chegar bem perto de nós. As palavras do professor de astronomia da Universidade da Califórnia, David Jo ninguém sabe de onde o cometa veio. É como vislumbrar uma bala de rifle por um milésimo de segundo. Você não pode projetar isso para trás com precisão para descobrir de onde ela partiu. E aí, alguém arrisca sobre o que mais poderemos descobrir sobre o três e Atlas antes dele finalmente chegar até nós? 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