O que NUNCA TE CONTARAM sobre AUTISMO
0No vídeo de hoje, eu vou te revelar o que
nunca te contaram sobre autismo. É estimado que 1% da população mundial seja autista. Parece
pouco, mas são cerca de 80 milhões de pessoas! Você conhece alguém autista
ou se encaixa nesse espectro? A verdade é que o número de pessoas que se descobrem autistas e os diagnósticos
em crianças não param de crescer. Mas o que estaria por trás desse fenômeno?
Será que você pode ser autista e nem saber? Antes de tudo, você precisa
descobrir o que é o autismo. Lucrécia desde pequena tem
dificuldade nas relações sociais. Sempre foi complicado se apresentar, manter contato visual e saber se
comportar em diferentes situações. Todos falam que é timidez, mas ela
sabe que o desconforto vai além disso. Ela até tenta imitar seus colegas para
se enturmar, mas isso é exaustivo. Todo dia ela toma café na mesma xícara, no mesmo horário, enquanto observa
padrões entre os carros na rua. E se essa rotina muda, gera incômodo. A Lucrécia também sente as
coisas de forma diferente. Tanto que não fica muito tempo no mercado por
causa do barulho e da quantidade de pessoas. As coisas também nunca foram fáceis pro Lucrécio. Mas diferente de Lucrécia, ele
não sabe quando parar de falar. Muita gente pensa que ele é grosso,
e acaba se afastando, principalmente quando ele começa a movimentar o corpo de um
lado para o outro, aparentemente sem motivo. Lucrécio também não suporta quando alguém toca nele e tem dificuldade em
se organizar no dia a dia, precisando sempre da ajuda da
mãe para lembrar das atividades. Com suas semelhanças e diferenças,
Lucrécia e Lucrécio são autistas. O autismo, pessoal, é um
transtorno do desenvolvimento que faz a pessoa se comportar e se
comunicar de forma atípica, ou seja, diferente daquilo que é socialmente esperado. E cada autista vai ter uma combinação
diferente dessas características. Por isso, o autismo é considerado como um
espectro, com variações em cada pessoa. Mas duas características sempre estão
presentes nos autistas de alguma forma: dificuldade na comunicação social
e comportamentos repetitivos, ou seja, insistência nas mesmas atividades. Eu sei que pode parecer muito amplo, afinal, todo mundo já precisou de um
empurrãozinho para interagir, ou tem apego a alguma atividade que faz todo dia. O problema é quando essas
características estão em uma intensidade que prejudicam a qualidade de vida. Aí nós COMEÇAMOS a pensar no autismo. Não basta ter UMA característica atípica. Existem protocolos criados por instituições
sérias para guiar o diagnóstico, e eles trazem uma lista imensa de características
que podem se enquadrar no espectro autista. Eu não vou colocar toda a lista aqui
porque seria até irresponsabilidade minha, já que o diagnóstico tem que ser feito com
auxílio de um psicólogo e um psiquiatra. Mas no geral, quando a pessoa apresenta pelo
menos 3 características da lista de dificuldades em comunicação social e duas no comportamento, a possibilidade de ser autismo ganha força. Para definir que uma pessoa é mesmo autista,
as características que impactam o dia a dia têm que estar presentes desde a infância. Claro que algumas características
só vão aparecer mais pra frente, quando as demandas sociais vão surgindo, mas olhando para trás é possível ver
que alguns traços sempre estiveram lá, tomadas as devidas proporções. E o mesmo vale para as pessoas que só
receberam o diagnóstico na vida adulta: olhando para a infância, as
características já estavam lá. A última condição para se definir o autismo é que não deve ter outra explicação
médica para essas características. Elas não podem ter surgido por uma doença,
deficiência intelectual, ou algo do tipo. Todas essas condições precisam ser muito bem avaliadas por vários profissionais
para garantir o diagnóstico correto. Mesmo assim, o que vemos, são
autodiagnósticos pela internet e uma tentativa de simplificar
algo que é naturalmente complexo. Por isso, diante de tanta variedade, chegou
a hora de falar sobre os tipos de autismo. Existem várias formas de classificar
o autismo. E essas classificações mudam conforme nosso conhecimento avança. Antigamente, se falava em autismo
“leve”, “moderado” e “grave”. O problema desses termos, pessoal, é
que eles se referem ao autismo como se fosse uma linha horizontal que tem vários “graus”. Isso dá a entender que existe uma pessoa
“mais autista” que outra. E não é assim. Uma pessoa pode ter muito de uma característica,
e ter quase nada de outra. Ou o contrário. E isso gera uma variedade enorme! Mesmo com essa variedade, muitas vezes o autismo
é reduzido a dois extremos de estereótipos: autistas com grande dificuldade em
atividades consideradas simples, e autistas “gênios” em
alguma área do conhecimento. Mas isso NÃO representa a realidade. A classificação mais aceita hoje
se baseia no que os especialistas chamam de níveis de suporte, que vai do 1 ao 3. Ela leva em conta as formas de auxílio que
os autistas precisam para se comunicar, se adaptar a novos espaços
ou fazer tarefas diárias. O autista no nível 1 consegue
fazer as tarefas sozinho, só precisa de alguma adaptação no dia a dia. Por exemplo, um fone abafador de ruídos,
se ele tiver sensibilidade auditiva. Já no nível 3, o autista é totalmente dependente
de outra pessoa para se cuidar ou se comunicar. A verdade é que classificar o autismo
não tem sido uma tarefa fácil. Mas graças aos avanços da ciência, hoje
nós temos um entendimento muito melhor. O diagnóstico e uma classificação mais
precisa ajudam o autista e a família a respeitar certos limites e buscar maneiras
de adaptação para melhorar a qualidade de vida. E foi preciso muito estudo para
entender as reais causas do autismo. De onde ele vem? Será que nós estamos fazendo algo
que justifique os casos não pararem de aumentar? Bem dizia o grande divulgador científico Carl
Sagan que, para afirmações extraordinárias, nós precisamos de evidências extraordinárias. Mas esse nunca foi o caso de muitas
afirmações sobre as causas do autismo. Lá nos anos 40, o médico Leo Kanner disse que o
autismo era causado pela falta de afeto da mãe. Isso gerou a expressão pejorativa “mãe geladeira”, para se referir à frieza
da figura materna distante. Imagina quantas mães se culparam por conta disso? Mas hoje, a ciência sabe que isso não é verdade. Na realidade, 99% dos casos de
autismo têm causas genéticas. Já foram identificados mais de
mil genes relacionados e vários deles têm papel na comunicação
entre os neurônios do cérebro. Cada autista possui um
conjunto diferente de genes, o que faz com que eles apresentem
características diferentes. Na maioria dos casos, esses
genes foram transmitidos de forma hereditária, dos pais para o filho. Já os outros 1% são causados por fatores que
afetam o desenvolvimento do bebê ainda no útero, como o uso do medicamento anti-epiléptico
valproato que já foi associado ao autismo. Outros fatores de risco incluem
obesidade e uso de XXXXX na gestação. Pela causa do autismo serem alterações
cerebrais que acontecem ainda na gestação, não é possível se tornar autista ao longo da vida. Uma pessoa autista já nasce autista. Mas é claro que algumas características só vão
se manifestar quando a pessoa cresce, afinal, é aí que começamos a
enfrentar os desafios sociais. Centenas de estudos científicos já foram
feitos mostrando que nenhuma substância é capaz de causar autismo em adultos. Eu sei que tem muita desinformação
sobre isso na internet e eu já vou te falar sobre o que provavelmente
está aumentando os casos de autismo, mas antes eu te peço pra curtir e
compartilhar esse vídeo para que a informação baseada em ciência
chegue a cada vez mais pessoas. É fato que o número de diagnósticos de
autismo aumentou 60% entre 2012 e 2022. Nos anos 2000, 1 a cada 150 crianças era
autista. Em 2020, 1 a cada 36 nasceram assim. Mas o que está por trás desse aumento? Será
que a gente pode fazer algo para evitar? Eu sei que você vai encontrar um
tanto de explicações mirabolantes, associando autismo ao uso de vacinas ou até de 5G. Existe uma indústria da desinformação que
usa pseudociências e mentiras para manipular pessoas genuinamente preocupadas
e depois arrancar seu dinheiro. Inclusive, galera, uma dica que eu
tenho pra você entender em detalhes a explicação para o aumento dos
casos de autismo é bem simples. Antes, só os casos extremos eram
diagnosticados como autistas. Aquelas pessoas que hoje seriam
classificadas no nível de suporte 3. As outras eram rotuladas como esquisitas,
antissociais e viviam sem nunca se encaixar. A ciência precisou evoluir muito para entender a variedade de características
que um autista pode apresentar. E nós ainda estamos aprendendo. E com isso os critérios de
diagnóstico foram ampliados. Tivemos também um aumento no número de
profissionais especializados em autismo. E com cada vez mais informação sobre o assunto,
mais pessoas foram em busca de uma avaliação. Inclusive, é muito comum os pais
se descobrirem autistas ao levarem o filho ao psicólogo, porque é uma coisa genética Se a gente considera as estatísticas
de 1 autista a cada 36 pessoas, é bem provável que ao seu redor existam vários
adultos que nem imaginam que são autistas. Imagina em uma sala de aula. E foi assim que houve um aumento nos
diagnósticos de autismo, pessoal. Ele reflete mudanças graduais
na ciência e na sociedade. Se você acha que é autista, é hora
de buscar uma avaliação profissional. É possível ser autista e viver bem. Fazer amigos, namorar ou trabalhar.
O diagnóstico é libertador, você passa a se conhecer e pode adaptar a sua
rotina para melhorar sua qualidade de vida. Então se você gostou do vídeo, compartilha com pessoas que querem entender
melhor o autismo e o seu diagnóstico. Eu tenho certeza que você vai
me ajudar a compartilhar um conhecimento extremamente útil para a população. Assim como as pessoas que
compartilharam esse vídeo aqui, que fala sobre um remédio para o sono famoso que está alucinando pessoas. Um grande abraço, autismo não é doença
e eu te vejo no próximo vídeo. Tchau.