O Verdadeiro Preço da Armadura Romana que NINGUÉM CONTA
0Você já parou para pensar no custo de todo o equipamento militar de um soldado romano? Por trás da armadura do legionário, havia uma realidade financeira que poucos conhecem. Primeiramente, precisamos entender que as armas de um soldado romano não eram um presente do estado. Durante os primeiros séculos da República Romana, o soldado deveria pagar por seu próprio equipamento. O tipo de arma e armadura que ele usava dependia da sua riqueza. Os mais ricos podiam comprar armaduras de bronze e espadas de alta qualidade. Os mais pobres, por outro lado, tinham que se contentar com equipamentos mais simples, como um escudo de madeira e uma lança. Mas esse sistema mudou por volta do ano 107 a de. Cristo com as reformas do general Caio Mário. Para resolver a falta de homens elegíveis para o exército, Mário começou a recrutar voluntários, incluindo os cidadãos mais pobres, que não tinham terras e, por isso, não podiam pagar por seu próprio equipamento. A partir desse momento, o Estado romano passou a fornecer o equipamento de forma padronizada. No entanto, o custo das armas, da armadura e até mesmo das rações de comida era descontado do salário do soldado. Ele não precisava ter o dinheiro para a compra inicial, mas a longo prazo era ele quem pagava pelo seu próprio equipamento. O sistema de descontos continuou durante a maior parte do período imperial, mas as coisas mudaram novamente. A partir do terceiro século depois de Cristo, o império começou a enfrentar crises econômicas e militares constantes. Além disso, o exército cresceu em tamanho e a necessidade de equipar novos recrutas, muitos deles de origens ainda mais pobres, se tornou urgente. A partir daí, o Estado assumiu totalmente a responsabilidade de pagar e fornecer as armas. As grandes oficinas militares se tornaram uma parte vital da economia imperial, produzindo armas em massa para um exército que dependia cada vez mais do estado para se manter. Só que nesse vídeo vamos nos concentrar no período do alto império entre o primeiro e segundo século depois de Cristo, quando o exército era uma força profissional e os custos do equipamento, mesmo que descontados do salário, nos dão uma visão clara do valor de cada item. Nesse período, o salário anual de um legionário era de cerca de 225 a 300 denários. Mas esse valor sofria vários descontos, já que o soldado tinha que pagar por sua própria comida, roupas e, claro, seu equipamento. Para se ter uma ideia do poder de compra, um denário poderia comprar cerca de 8 kg de trigo, o que demonstra que um salário não era tão alto e cada moeda contava. Embora a fabricação em massa nas oficinas mantivesse os custos mais baixos, os materiais de alta qualidade e a mão de obra especializada ainda tornavam o equipamento caro. O Gládio era a arma principal do legionário e podia custar cerca de 15 denários. Para um soldado, com um salário de 300 denários, essa espada representava cerca de 5% do seu salário anual. Já o pílum era o dardo pesado que os romanos lançavam antes do combate. Um único pílum poderia custar cerca de dois denários. Um soldado teria que gastar quatro denários para ter dois. Então, no contexto de um salário de 300 denários, o pílum custava menos de 1% do salário anual. A lorica segmentata era a armadura mais icônica do exército romano, usada principalmente no primeiro e segundo século depois de Cristo, sendo obviamente o item mais caro de um legionário romano. A armadura de placas podia custar de 50 a 60 denários, um investimento enorme, chegando a representar cerca de 20% do salário anual de um soldado. Já o Scoton tinha um custo similar ao do Gládio, custando cerca de 15 denários e representando 5% do salário anual. E no que diz respeito aos capacetes, o seu design variou muito ao longo do tempo, mas a maioria era de metal, com protetores para as bochechas. Um bom capacete poderia custar cerca de 10 denários ou cerca de 3% do salário anual de um soldado. A soma de todos esses custos para um novo recruta era muito alta. Um kit completo, incluindo um gládio, dois pílons, a lorica segmentada, o capacete, o scuton. poderia custar mais de 100 denários ou cerca de 1/3 do salário anual de um soldado. É importante deixar claro que não existe um único documento romano como uma tabela de preços oficial que nos diga exatamente quanto custava cada arma em um ano específico. Os valores que nós vimos aqui são baseados em um consenso de estudos e análise de historiadores e arqueólogos modernos que usam uma combinação de fontes indiretas. Por exemplo, autores como o escritor militar Vegécio descrevem o equipamento e a sua importância. E outros textos como édito sobre preços máximos do imperador Dioclesiano, apesar de ser do final do império, fornecem alguns preços para vários produtos e também alguns serviços. Isso nos ajuda a traçar um panorama geral da economia romana naquela época. Além disso, as análises de armas e armaduras que já foram encontradas em fortes e cemitérios romanos nos dão informações sobre os materiais que eram usados e a complexidade da sua fabricação. Isso nos ajuda a estimar o custo do trabalho dos materiais. Mas é óbvio que os soldados romanos não precisavam trocar o equipamento com tanta frequência assim. A responsabilidade do soldado era manter e reparar o seu próprio equipamento. Eles precisariam só comprar um item novo se ele fosse perdido ou danificado de forma irreparável em batalha e isso significava mais gastos. Mas no geral, os soldados cuidavam muito bem da sua própria armadura e aplicavam olhos ou graxas sobre a armadura, criando uma camada protetora que evitava a oxidação. E o couro também precisava ser tratado regularmente para não rachar, especialmente depois de se expor à chuva ou umidade, o que poderia enfraquecer o escudo. Reparos no escudo, como a substituição de revestimentos danificados era muito comum, já que o Sculton frequentemente recebia golpes diretos durante as batalhas. Mas eu também quero saber a sua opinião. Que tipo de soldado romano você seria? Daqueles que preferem comprar tudo novo ou você manteria a sua armadura antiga em dia, brilhando? Deixa aí sua opinião nos comentários. E se você gostou desse vídeo, não se esqueça de deixar um like também de se inscrever no nosso canal. Então, a gente se vê no próximo vídeo.







