Oeste Negócios com Adalberto Piotto (Douglas Haacke)
0[Música] [Música] Olá, muito boa noite a você. Eu sou Adalberto Piot e seja muito bem-vindo ao Negócios desta segunda-feira aqui pelos canais da revista Oeste. O Brasil insiste em não negociar com os Estados Unidos. É o único caso no mundo. Até o momento, ao menos formalmente, o governo Lula não sinalizou que estaria disposto a conversar com a Casa Branca. E se não investe em diplomacia profissional, técnica e de gente capaz disposta a representar o país numa mesa de negociação com um parceiro do tamanho dos Estados Unidos, as conversas laterais e os arroubos de palanque, nada inteligentes e completamente insensatos, ganham espaço dentro do próprio governo. A começar de Lula, que deveria ser o presidente a falar em nome de um país inteiro, mas que prefere esbravejar para a militância de fanáticos da extrema esquerda que ele lidera. Sem noção do cargo que ocupa, Lula, que já chegou a dizer que resolveria a guerra da Ucrânia com cerveja numa mesa de boteco, disse em um vídeo publicado nas redes sociais que levaria jabutaba para o presidente Donald Trump. A suposta brincadeira de Lula não vai além de mais um ato de irresponsabilidade do governo brasileiro ao lidar com provavelmente o que pode se tornar a maior crise diplomática de sua história. Será que Lula e seus assessores ignoram que 70% das exportações aos Estados Unidos saíram apenas dos estados do Sudeste Brasileiro, a região mais desenvolvida do país e com os melhores índices de qualidade de vida? Mas não só. O Brasil exporta carne do Centro-Oeste, petróleo de vários estados, produtos metalúrgicos da região sul. vai de suco de laranja e café do competente agronegócio do país a aviões da Embra, que é a terceira maior fabricante de aeronaves do mundo. Ou seja, tecnologia de ponta, valor agregado. Comércio exterior é vida de alto nível de qualidade e prosperidade, senhor presidente. E o Brasil construiu isso tudo por competência própria. deve ao seu governo afrontar o maior mercado consumidor do mundo, indo contra a corrente de comércio da própria economia brasileira é bem pior que apenas irresponsabilidade. É uma omissão na defesa dos interesses dos brasileiros, até porque a sobretaxa de Trump tem muito pouco de economia ou de questões tarifárias envolvidas. Na carta, o presidente americano expõe ao mundo a jabuticaba, indigesta que o consórcio entre o STF e o governo Lula transformaram a democracia brasileira, que promove censura, persegue opositores e afronta as liberdades e direitos garantidos pela própria Constituição. Dado o tamanho da economia brasileira estratégica e essencial que se tornou ao mundo, ao alimentar quase 1 bilhão de pessoas ao redor do planeta, o Brasil que flerta com ditadura se tornou uma ameaça ao planeta. É contra essa jabuticaba azeda que Trump reclama e que sabemos nós, os brasileiros, que defendem a democracia e a soberania de verdade do Brasil também. [Música] E para falar sobre os últimos desdobramentos da relação comercial entre os Estados Unidos e o Brasil, eu converso agora com o ex-embaixador do Brasil em Washington Rubens Barbosa. Embaixador, boa noite ao senhor. Seja muito bem-vindo aqui ao Negócios. Boa noite. Obrigado pelo convite. Muito prazer. Tô voltando aqui. Embaixador, qual a avaliação que o senhor faz deste momento? Eu disse que pelo menos formalmente, até o momento, pelo menos, o governo não mostrou que tá disposto a negociar. Muito provavelmente deve fazer algum gesto nisso. Aliás, esperamos que o faça e que o faça com competência diplomática que o Brasil tem história. Inclusive o senhor fez parte da diplomacia e é um exemplo claro disso. Mas que avaliação o senhor faz deste momento em relação a justamente esse assunto? O senhor vê potencial para se transformar numa das maiores crises ou na maior crise diplomática do país? Se por acaso o governo Lula mantiver essa situação de simplesmente atacar e não negociar com o governo americano? Olha, eu acho que tá evoluindo aqui, não é? Você hoje teve uma entrevista com o vice-presidente, ministro da indústria, Geraldo Alkm, estão fazendo reuniões com empresários lá em Brasília, aqui em São Paulo, eh, empresários do agro, empresários da indústria. Eu acho que eles já identificaram, né, a as dificuldades eh na área comercial e certamente vai haver uma contraproposta. O Geraldo Alkmin disse que em meados de maio foi entregue uma contraproposta ao governo americano. Eles certamente vão de novo entregar essa proposta agora com a com esse 50%, né? Certamente vai haver alguns ajustes. Agora eu queria chamar a atenção de vocês pro seguinte. Tá todo mundo focado em dois aspectos dessa carta. a o aspecto político e o aspecto comercial. O aspecto político, eu acho que deve ser deixado de lado, porque o governo brasileiro convocou o encarregado de negócios lá em Brasília, deu uma dura nele, não é? Deu uma uma resposta dura na defesa da soberania, da não interferência. Então, a resposta para esse primeiro parágrafo já foi dada. Eu acho que a gente tem que ignorar isso totalmente. E na minha visão, ao contrário de muitas análises que eu tenho visto e lido aí, essa esse parágrafo inicial nessa carta não está vinculado à solução da questão comercial. É outra coisa. Foi colocado lá, como no caso do México, foi colocado o o medicamento lá de contrabando que entra nos Estados Unidos. Enfim, o que o que me preocupa é o segundo parágrafo que poucas pessoas estão dando atenção de vida. Esse segundo parágrafo diz respeito às à regulamentação das bigtecs. A há amigos americanos que pensam que esses 50% foram colocados aí não por causa do Bolsonaro, por causa do comércio, mas por causa da bigtech, por causa da pressão das bigtecs. Vocês sabem que houve uma regulamentação pelo Supremo, o Congresso também tá examinando isso. Então, eu acho que o governo brasileiro teria que dar mais atenção a essa questão da Bigtec, que que ele vai dizer pros americanos, inclusive porque tem uma empresa ligada ao grupo do Trump Rumble que está processando o o Supremo e a o Alexandre Morais. Então, eu acho que esse ponto é muito delicado e precisa ser tratado com com muita atenção e com uma proposta concreta para conversar com os americanos. Eu acho que uma das possibilidades que eu teve aí pela minha experiência é que o governo brasileiro deveria propor um grupo eh de trabalho, talvez conjunto, Estados Unidos e Brasil para examinar esse tema. Na Europa, na Europa o os europeus recuaram, eles iam regulamentar e não regulamentaram de medo de uma de um contra-ataque da dos Estados Unidos. O segundo ponto aí eu eu encerro comentários nessa hora, é a questão da da que o presidente tá repetindo e é a questão da retaliação. Essa lei da retaliação que, segundo se informou, foi regulamentada hoje, vai ser publicada amanhã no Diário Oficial. Eu cheguei a lei quando foi aprovado no Congresso e a lei de retalhação não prevê eh a retalhação no sentido de olho por olho, dentro por dentro. Quer dizer, 50% da tarifa sobre o Brasil, a gente põe 50% na tarifa dos produtos americanos. Não é isso? A lei de da de retalhação comercial, primeiro foi pensado em relação à União Europeia, lembra das restrições, sobretudo questões ambientais, né? É, eram questões ambientais e eh também a questão da gastono, isso foi adiado pela União Europeia, resolveram tudo isso e agora o governo coloca isso como a gente não sabe que o presidente fala em retalhação, né? Eh, eu eu acho muito complicado se a gente levar isso adiante. Eu acho que o o Geraldo que tá aparentemente vai quem quem vai negociar isso é uma pessoa moderada e tal. Eu acho que dificilmente a gente vai partir para essa retaliação. Nós temos que acompanhar esses dois pontos, né? A retaliação e sobretudo o que vai ser oferecido na questão das bittex. Embaixador, deixa eu só voltar um ponto antes, então, até pra gente dividir exatamente esta relação. Eu tenho questões sim políticas nessa carta, tá muito claro o primeiro parágrafo. Eu tenho questões sim que podem ser de questões meramente alfandegárias e essa questão específica das empresas americanas e referindo-se especificamente às bigtecs nas questões alfandegárias a com relação a 50% ou ou imposições brasileiras que o Brasil, por exemplo, tem uma série de restrições que que não são, por exemplo, de questões sanitárias que imponha produtos importados. O Brasil, se não me engano, é o país que mais tem esse tipo de de sanção, ou seja, de proibição alfandegária ou limitação ao fandegária, não por questões de saúde, ou seja, sanitárias. Eh, o que hoje pode ser negociado ou isso nem nem não é o interesse americano? Há há questões que o Brasil pode melhorar para colocar na mesa, pelo menos para um conversa, um começo de uma um começo de conversa, perdão. Não, eu acho que eles vão assistir isso, né? O etanol é uma das coisas que vai se colocar, não é, eh, que é o mais importante do ponto de vista americano pelo nível da tarifa aqui no Brasil. E há outros produtos que eles exportam. Agora, como o vice-presidente mencionou, dos 10 principais produtos de exportação americana, oito entram com tarifa zero. Então, por isso que eu digo, eh, eh, eu quando li a carta, eu percebi que esse segundo parágrafo que era o crucial e pouca gente tá dando atenção a isso aqui no Brasil. Eu acho que esse parágrafo de como eles vão reagir a essa regulamentação que foi feita, a questão da liberdade de expressão, como eles dizem, enfim, tudo isso que nós sabemos, isso para mim ainda é uma incógnita. Eu não sei como é que o governo vai reagir a isso, porque tá todo mundo, os analistas, os economistas, a mídia, tá todo mundo focalizando nesse na relação comercial. E pouca gente se refere a essa questão da da regulamentação das eh das empresas de alta tecnologia, né, as BigTechs e e a e essas redes sociais. Então eu acho que a gente vai ter que aguardar essas primeiras reuniões, né, que vão se realizar amanhã. Certamente as empresas americanas que vão ser contactadas terão interesse em ajudar o Brasil, porque eles também são afetados, não é? Não é só o Brasil que vai ficar afetado. As empresas americanas também. Você imagine no café, na carne, no alumínio e no aço pra indústria automobilística. Isso afeta diretamente produção americana. Eu acho que o o setor privado brasileiro vai ter um papel muito grande junto ao setor privado americano. Eu quando tava lá em Washington em 2002, foi a primeira vez que colocaram restrições ao aço e ao e ao e ao alumínio. Colocaram 25% de tarifa e nós negociamos e conseguimos fazer eh cotas eh que estavam isentas dessas tarifas. Mas eu acho que vai caminhar nesse sentido também, tenho impressão. Embaixador, deixa só voltar então à questão política. Professor já fez uma ponderação em relação ao primeiro parágrafo da citação explícita ao presidente Bolsonaro, o ex-presidente Bolsonaro. O presidente americano já fez essa citação, citou novamente o o caso do do presidente Bolsonaro, até porque ele vê uma semelhança muito clara na perseguição que ele que ele sofreu e na perseguição que está sofrendo no entendimento da própria carta do que diz Donald Trump. Aí eu tenho a segunda questão que eu também entendo como política, porque a censura que pode ocorrer nessa regulamentação das redes sociais foi aprovada dentro do Supremo Tribunal Federal, o que é uma afronta para por entendimento da democracia dos americanos, mas também aqui no Brasil, porque o Congresso já brasileiro já tinha se manifestado. Mantém-se o marco civil da internet tal como está. veio o Supremo e criou uma nova legislação, o que é um absurdo, mas motivado, sobretudo, se a gente olhar paraa realidade brasileira, por questões políticas internas e que me parecem muito claras também pro Departamento de Estado, pro governo americano. Ou seja, eu tenho a política um e a política dois dentro dessa carta. O senhor vê isso dessa maneira? Porque d alguma maneira o governo teria que ceder e para ceder nessa questão ele teria que afrontar o Supremo Tribunal Federal que hoje é parceiro dele, sobretudo numa série de medidas. O próprio governo pediu que o Supremo intervie e legislasse sobre as as redes sociais. O senhor vê possibilidade de recuo neste ponto por parte do governo brasileiro, porque me parece que talvez aí os americanos não vão ceder em nada, não. Na questão política do presidente Bolsonaro, eu acho que esse assunto não vai ser nem tratado, não. A gente não tem que mencionar isso porque isso não está relacionado com a negociação comercial e essa negociação com as BigTechs. É outra história, como eu falei, já houve a conversa com o encarregado de negócio, já já resolveu. Então, a parte comercial, eu acho que vai ser coacionado. Resta essa questão da das bigtechs. Por isso que eu tô chamando a atenção de vocês, porque eu não sei o que que vai acontecer. Nós temos aí três semanas para resolver. Por isso que eu digo que eh como solução intermediária, se a gente não vai mudar isso, eu acho que não vai ser alterado, a gente tem que propor alguma coisa pros americanos, talvez uma reunião eh entre os ministérios competentes dos Estados Unidos, aqui os Ministérios das Comunicações, enfim, os ministérios competentes aqui para examinarem isso, como é que fica, entendeu? Porque esse vai ser um ponto muito delicado e e é um ponto, como você diz, que envolve instituições e o governo brasileiro não tem condição de influir para mudar a decisão do do Supremo. Então, tem que haver algum tipo de entendimento com os americanos para superar essa dificuldade. Nessa questão, nesse tipo de negociação, que tipo de medida, por exemplo, poderia postergar a aplicação a da sobretaxa americana, especificamente no caso das bigtec, que o senhor tem chamado atenção aí e particularmente eu concordo com o senhor, eh uma postergação da aplicação desse entendimento do Supremo, ou seja, o Congresso voltaria a se debruçar sobre o assunto e construiria, digamos, um consenso em relação a isso, porque pros pro próprio Brasil, pra lógica brasileira, O Supremo legislar é uma afronta. Então, e isso obviamente chama atenção porque tá afrontando interesses americanos de empresas que atuam aqui no Brasil. E o senhor citou, o senhor tem feito essa citação aí com muita frequência, essa menção à questão europeia. A Europa voltou atrás, aliás, acho que o senhor é o único que tem citado isso com bastante frequência e já há bastante tempo. Eh, esse tipo de gesto já abre caminhos? Ou seja, se o governo brasileiro disser assim: “Olha, vou levar pro país e dizer, vamos suspender essa decisão ou pelo menos postergar que ela entre em ela ela entra em vigor e vamos remeter novamente o assunto ao Congresso, porque se o Congresso decidir legislar novamente sobre esse assunto, suspende-se a decisão do Supremo em algum momento ou pelo menos um entendimento ali diplomático dos dos três poderes. Isso já poderia, digamos, permitir uma conversa em melhores termos por parte do Brasil em relação à decisão americana? Olha, é muito difícil você opinar sobre isso. A gente não tá acompanhando isso de dentro do governo. Até que ponto ah o governo brasileiro está disposto a fazer concessões, não fazer concessões. Por isso que eu tô dizendo, a solução neutra é propor uma reunião com os americanos para examinar esse assunto, entendeu? E aí vê o que acontece, porque esse é um assunto delicado, tá afetando a Europa, tá afetando outros outros países aqui na região e e o Brasil vai ficar no meio no meio dessa questão, entendeu? Eu acho que é muito difícil você opinar sobre como deveria ser feito e tal, porque nós estamos no começo, né, da das da preparação do governo, né, temos que ver como é que fica a reunião com os empresários. Certamente esse assunto vai sair também porque os advogados do da Rumble estão se pronunciando publicamente aqui no Brasil. Então eu acho que eu prefiro não emitir nenhuma previsão, porque realmente é um tema muito complicado e vai exigir uma uma ação ah política do governo. Agora, o que eu o que eu insisto desde o começo, quando em abril, né, foi colocada essa taxa geral para todo mundo, é primeiro que a gente não pode ficar muito chateado porque o Brasil foi afetado, todo mundo foi afetado. A Europa com 30%, o Japão com 20 e tantos por, o México a 30%, agora o Canadá 35%, que são países muito mais próximos dos Estados Unidos do que nós. Então eu acho que a gente tem que negociar. O importante é negociar, não fechar a porta, porque o o presidente há uns dias atrás ele declarou que não ia fazer nada até agosto e agosto ele ia ver como ficava. Eu acho que isso foi qualificado, porque a minha impressão, ouvindo as declarações do vice-presidente, é que vai ser apresentada uma proposta ou a mesma proposta que foi entrega em maio ou uma nova proposta agora, entendeu? Mas eu acho que eles vão fazer um gesto de apresentar uma proposta para diminuir essa tarifa. E se for o caso até de postergar, porque o o Trump é tão volátil, não é? ele vai e vem, amplia o prazo, diminui o prazo, tal. Isso tá dentro do cálculo, né, dos negociadores brasileiros. Eh, embaixador, o senhor me enviou recentemente um artigo seu sobre a diplomacia brasileira e o senhor ah esteve tanto tempo à frente da diplomacia e de decisões e e discussões diplomáticas. Diplomacia é uma coisa de gente sensata e pragmática. Ah, nós temos críticas muitas sobre a atuação do Itamarati recentemente. E olha que o Itamarati tem uma história brilhante de diplomatas capazes. O Brasil sempre foi capaz, inclusive, de diplomaticamente fazer seu valor no mundo. O senhor vê o o o Itamarati hoje em condições sobretudo de independência política para discutir com sensatez e pragmatismo uma questão que requer a sensatez e pragmatismo, como essa questão comercial? Olha, não sei se tá se referindo ao ao trabalho que eu fiz sobre o esvazeamento do Itamarati. Quer dizer, o Itamar tá coordenando essa negociação, quem tá coordenando é o MIDIC e a Casa Civil. Essa é outra prova do esvaziamento do Itamarati, entendeu? O Itamarati tá assessorando, mas quem tá dirigindo é o Geraldo Alkm e o Rui Costa. Então eu acho que tá vendo problemas lá no Itamarati por causa de dos cortes no orçamento. Você não tem dinheiro para mandar os diplomatas participar de reuniões. Você não tem atrasa a as remoções pro exterior porque não tem dinheiro para mandar os diplomatas. Enfim, tá vendo uma situação muito complicada. nem falando do aspecto político, né, da da divisão que existe entre a presidente da República e o Itamarati, não tô nem falando isso, mas na em termos práticos, o o Itamarati nesses últimos anos, né, 20, 30 anos, vem sofrendo uma um esvaziamento gradual que eu acho que não é bom pro país. Quer dizer, se você olhar a história dos 200 anos da política externa brasileira, você, desde 1822, na independência até agora, você vai ver que o Brasil é um dos poucos países em que a política externa plasmou o país, os a a negociação das fronteiras, né, eh, com o Alexandre Guzmão, depois com Marão do Rio Branco, e o desenvolvimento econômico antes de de haver Ministério do Planeja. jamento de haver Ministério da Economia. O Itamarati já falava em desenvolvimento econômico e brigava nos fors multilaterais a favor do Brasil. Então eu acho que ah os futuros governos vão ter que repensar essa posição do Itamarati para fortalecer o Itamarati, inclusive nessas negociações ah internacionais. O o papel do Itamarati é muito importante. Nós temos antenas em todas as embaixadas, temos que ter uma presença, né, da diplomacia pública. Enfim, isso vai ter que ser, em algum momento, vai ter que ser corrigido. Embaixador, só um último questionamento, por gentileza. O senhor acha que e este alinhamento ah da presidência da República do presidente Lula, seja com, por exemplo, declarações hostis a Israel, ao próprio presidente Trump, a Elon Musk, que pertencia ao quadro de assessores diretos do presidente até recentemente na Casa Branca, ou mesmo com relação ao Irã, ao Ramask, elogiou o governo brasileiro, ou seja, esse tipo de alinhamento, as a posição dele em relação à guerra na Ucrânia e tudo mais, o senhor acha que isso não vai pesar nesse momento da negociação. Isso não acendeu um alerta na Casa Branca em relação ao estado da democracia brasileira e essa sobretaxa talvez vá também se investir com esse objetivo de tentar trazer um pouco de normalidade institucional. Não, eu acho que o geral do Alkim lá e a assessoria do Itamarati, eh, eu acho que eles vão, o bom senso vai prevalecer. O problema é que eh desde o segundo mandato do presidente Lula, passando pela Dilma e agora no terceiro mandato, a política externa foi contaminada por influências ideológicas e partidárias. O problema todo é esse. Nesse mundo dividido, você teria que manifestar a sua posição de independência. a gente é ocidental, a gente tem muita boa, muito boa relação com Estados Unidos, mas nos últimos 15 anos a Ásia se transformou no nosso maior parceiro e a China no nosso maior parceiro comercial. Então não tem não tem jeito. Nós temos que conviver de um lado com a Ásia, com a China, do outro lado com os Estados Unidos, sem preconceitos ideológicos ou sem preconceitos eh partidários. É. é colocar o Brasil em primeiro lugar. Embaixador Rubens Barbosa, muitíssimo obrigado pela gentileza de nos atender aqui em West Negócios. Boa noite ao senhor, viu? Boa noite. Muito obrigado. Bom, nós conversamos com o embaixador Rubens Barbosa, você viu durante muito tempo na embaixada do Brasil em Washington. Aliás, o senador Rubens Barbosa, eu me lembro de uma entrevista há muito tempo que fiz com ele em que o Brasil tava preocupado em vender, se não me engano, eu acho que era etanol pros Estados Unidos. havia uma certa pressão e ele dizia assim: “Olha, o Brasil tá procurando um produto que os americanos não querem, sendo que tem pelo menos uns 100 outros produtos que o Brasil tem para entregar e que tem, por exemplo, para líqução, ou seja, que os americanos não não impõe nenhuma alíquota, ou seja, havia um mercado muito grande para se aproveitar”. Mas aí nós estamos falando de um de um diplomata preparado, técnico e pragmático, né? Sem esse viés ideológico que hoje, como ele mesmo disse, né? Tem o Itamarati. Os interesses do Brasil são do Brasil, de todos os brasileiros, não deste ou daquele governo. Bom, deixa eu dar um recado antes da gente fazer o intervalo e trazer o nosso próximo convidado. Oeste está em busca dos 120.000 assinantes. E para concretizarmos este novo projeto, queremos você com a gente no próximo passo. Faça sua assinatura com o pagamento em até oito vezes sem juros. Você pode assinar oeste pelo site revistaoeste.com/cine ou pelo telefone. Ligação gratuita, hein, 0800 580 2020. Ambos estão aqui embaixo. Aqui você pode ver na tela. Mas vou repetir uma vez mais. O número do telefone é 0800 580 2020. A nossa equipe está de prontidão esperando por você. Vamos fazer um rápido intervalo. Na sequência eu converso com Douglas Raqu, diretor comercial da Rack Empreendimentos. Olha, tem um empreendimento gigantesco. A empresa já atua no setor, é preponderante no setor em Santa Catarina e agora tá se ramificando. Aliás, é uma baita ramificação pra região centro-oeste do país, onde tá o coração do agronegócio brasileiro. Logo depois do intervalo, [Música] o ano de 2026 tem tudo para mudar os rumos do Brasil. O povo vai eleger 27 governadores, 54 senadores, 513 deputados. escolherá o próximo presidente da República, que vai nomear três ministros do Supremo Tribunal Federal. E a chave pro país seguir o rumo que a sociedade livre deseja é a informação. A oeste nasceu para romper o silêncio e se tornou referência no jornalismo independente. Também por não aceitar um único centavo de dinheiro público, porque o nosso compromisso é com você e com a verdade. Agora chegou a hora do próximo passo. ampliar o espaço que já ocupa com a entrada no universo da TV AAB com que os fatos cheguem a milhões de brasileiros que ainda não tm acesso ou familiaridade com o mundo digital. Porque no ano decisivo o Brasil precisa escolher entre propaganda e o que de fato é fato. Para tornar isso possível, dependemos de você. Precisamos de mais 20.000 assinaturas para cruzarmos a marca de 120.000 assinantes. É a sua assinatura que faz toda a engrenagem da Oeste funcionar. 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Concede em Balneário Camburiu, um dos polos imobiliários mais aquecidos da América Latina. A empresa está levando sua tecnologia e conhecimento para o Mato Grosso, capital do agronegócio brasileiro. O objetivo construir um gigantesco centro de negócios na cidade de Sinop. Douglas, boa noite. Seja muito bem-vindo, obrigado por atender o nosso convite. Você atua em Santa Catarina, em Balneário? Sim. Que é o que mais chama atenção hoje no mundo da construção civil. Os prédios são gigantescos, a cidade cresce, assegura e atrai investidor e cliente, que é o melhor dos mundos. A gente vai falar um pouco de balário, mas me diz o que que você tá pretendendo fazer lá em Sinope? É isso no Mato Grosso? É, Sinop é resultado de uma de uma expansão da empresa, aonde nós identificamos um nicho muito grande do mercado imobiliário e resolvemos nessa cidade implementar e colocar um empreendimento que de certa forma é uma homenagem ao agrobrasileiro. Além dos nossos empreendimentos residenciais, nós fechamos com uma marca internacional chamada World Trade Center para justamente em Sinope, nessa cidade maravilhosa, uma centralidade conhecida como a capital do Nortão do Mato Grosso, implementar ali esse empreendimento que vai ser um grande divisor de águas e vai mudar a vida dos do povo e das pessoas que ali moram e vivem a acerca dessa cidade, tá? O World Trade Center, claro, todo mundo se lembra da questão de Nova York, é uma marca, isso marca para centros empresariais. Isso. O World Trade Center é a maior grife de negócios do mundo. São mais de 300 unidades em mais de 90 países. É uma é um é um é um ecossistema. É uma é é impressionante o poder que a marca tem em agregar negócios, em fazer network. Então, não é somente uma marca, um naming, é um conjunto de coisas que rodam junto com o empreendimento, entre elas mesas de negócios, eh eh jantares executivos que integram as pessoas e e levam conhecimento para essas áreas aonde às vezes não tende de algum segmento do mercado. E é isso que se pretende colocar lá em Sinop. Isso. Isso. O empreendimento que será feito em Sinope, ele é um empreendimento composto de 10 fases, sendo que a primeira fase é uma fase que vai ser edificado dentro de uma rotatória. Sim, uma rotatória de 5.000 m, sendo a fase um, que é a Torre Sky. E ao redor dessa rotatória, nós teremos mais nove conjuntos de empreendimentos, aonde teremos é essa é a foto. É, essa é a maquete, é isso? A foto da maquete? Isso. Essa é a foto do empreendimento principal da torre Sky. Essa é a torre que vai ficar no centro do complexo, né? E aí teremos ao redor de toda essa avenida, teremos mais empreendimentos. Dentro desses empreendimentos aí nós teremos eh centro médico, teremos eh área de educação, teremos hotelaria, teremos loftes, apartamentos, eh enfim, mais dois empreendimentos corporativos. Isso tudo sob demanda. A ideia é que nós iniciemos a cada ano uma fase e ao e ao final de tudo isso, de 15 anos, nós tenhamos aí o o lançamento de todas as torres. Qual é o tamanho do investimento para um um empreendimento deste porte na região lá de Sinop? O investimento deste empreendimento, ele fica em torno de 1,5 bilhões ao longo da construção de todo o empreendimento. Então ele eh nós temos aí 33.000 1000 m² de áreas a serem construídas de terras e teremos aí mais ou menos uns 500, 450, 500.000 1000 m² de obra todo complexo. Quando você cita essa região toda, é claro que há estudos para chegar nessa conclusão. Eh, vamos falar das dificuldades aí do Brasil real quando se quer empreender. A gente estava mostrando, por exemplo, dessas questões comerciais entre Estados Unidos e Brasil, mas a gente sabe que há dificultadores muito grandes aqui e que sim, que os empresários brasileiros fazem um esforço enorme, coisas que poderiam sair mais rápido, demoram muito por questões de licenças ambientais, burocracia esta ou aquela. Mas deixa eu voltar só à questão comercial, há essa demanda? Porque é uma pergunta que toda pessoa que é fora do mercado imobiliário, quando você vê o crescimento, embora o país esteja num momento mais delicado do que esteve recentemente, com expansão, a vinda de investidor estrangeiro pro país, investimento direto, não tô nem falando de bolsa de valores, investimento que vem para ficar aqui, ah, nós tivemos um decréscimo nisso muito claro, além de questões em segurança jurídica, a demanda e essa demanda é local ou de quem atua lá e pode aumentar a sua participação de atuação numa região como sinope, dada a importância do agronegócio, é, a demanda ela já foi identificada, né? Nós temos aí quatro fases já com demanda já consolidada, que são as fases que é a fase de hospitalar educacional, a torre corporativa e a torre de de hotelaria. Essas já estão consolidadas, já tem projeto, já estamos trabalhando para construir e as outras fases são de acordo por demanda, por estudos, que são feitos de seis em seis meses para identificar se realmente existe saída, porque nós vamosos fazer um empreendimento desse porte, daqui a pouco você fica com elefante branco e não comercializa. Mas esse empreendimento ele é entregue por uma mesorregião. Nós estamos falando de mais de 1,2 milhões de pessoas que vivem na região de Sinope, nesse entorno dessa cidade, que frequentam Sinope a vários momentos do mês ou da semana. Então esse empreendimento, ele não é empreendimento somente pro agro, é empreendimento para os profissionais liberais que ali vivem, para o os o os os outros todos segmentos que agregam através do agro para estarem nesse empreendimento. Há alguma coisa parecida já com o que vocês pretendem fazer em Sinop na região do Centro-Oeste, que fuja, por exemplo, das capitais? Porque claro, você vai à Goiânia, uma capital. Eu fui recentemente à Goiânia, a última vez que eu tinha ido era 10 anos antes. Eh, me impressionei com o crescimento imobiliário da cidade. Ah, o mesmo eu vi exatamente tanto em Campo Grande quanto também em Cuiabá. Mas há algo parecido, ou seja, desse negócio pensado em desenvolvimento do local e obviamente para que você tenha essa questão imobiliária a que faça justiça ao que já é economicamente importante a região. É o que acontece desse porte de empreendimento vocacionado e nessa multimodalidade, eu não conheço nenhum no estado do Mato Grosso. É o primeiro. E por que em Sinope? sinope porque tem todos os argumentos que nós precisávamos para aprovar o empreendimento na marca. Esses empreendimentos da WTC, eles são um pouco mais conceituados, eles têm que ter um motivo de estar ali, porque para mim e credenciar o empreendimento deste porte da maior grife de negócios dentro de uma cidade como Sinope, que não é uma uma capital, eu tive que trazer vários argumentos e um e dentro deles a questão do alimento. Então, se você tem um empreendimento é vocacionado do mercado financeiro em Nova York, você tem outro empreendimento do petróleo em Abu Dhabi, onde é que está o do alimento, que é a maior matriz energética do planeta, está em Sinop. Então, foi um dos motivos que e conceitos que nós apresentamos pra marca e eles compraram a ideia. Eles compraram a ideia. Compraram a ideia. Sabe que tem um estúdio, eu cito isso com muita frequência. Se Roberto Rodrigues, ex-ministro da agricultura, teve aqui recentemente, o Roberto tem eh traz uma informação que é um estudo da FAL, só para você ter uma ideia, né? Eh, da ONU, o FDA americano, ou seja, todos eles estão em but que o mundo até 2030 precisa aumentar a produção de alimentos em 20%. Desses 20%, 40% quem tem capacidade de oferecer o Brasil. O Brasil tem que crescer 40% do que ele já oferta hoje. E olha que a gente tem mais de praticamente 800 eh milhões de pessoas. comem no mundo com esse excedente feito no Brasil. Uhum. Quase 1 milhão, 200 e poucos brasileiros. O resto, o resto é excedente que a gente exporta e garante segurança alimentar. Então o WTC alimentar tá mais que na hora de acontecer. Eu acho que chegou um pouco tarde já. E é essa, essa essa chancela do prendedor é sempre assim, não? Já devíamos ter feito. Vamos fazer rápido. Então, é essa essa chancela do WTC em Sinop, a gente trouxe ela como um grande uma grande coroa para esse povo que ali construiu o Mato Grosso. Você veja bem, quando nós chegamos no Mato Grosso, era época de pandemia. As cidades estavam trabalhando normalmente. Eu fiquei apavorado. Eu saí de Baunero Camburiu tudo fechado. Cheguei em Primavera do Leste, cheguei em Sorriso, cheguei em Sinope, as empresas funcionando normalmente, as pessoas como se nada tivesse acontecido. Cheguei a encontrar um senhorzinho do lado da farmácia que disse que esse tal de COVID que se quisesse pegar ele que corresse atrás dele. Então, para tu ter uma ideia da força desse povo, então essa força o não parou. É verdade. Não, não parou. E foi ele que manteve o Brasil inteiro. Terimos uma pandemia de de falta de comida, que é muito pior, justamente. E aí a gente veio com este empreendimento para justamente coroar o segmento que mais cresce no Brasil, que é o agro. E escolhemos sinope por estar inserido dentro da região de maior produção, do estado de maior produção e do país de maior produção. Se você olhar Sinope, afastar pelo Google Earth, tu vai ver que Sinope é o centro geodésico da América Latina. É verdade. Eu já fiz essa consulta uma vez. É verdade. Agora, que tipo de demanda específica vocês perceberam com mais intensidade? Eh, quando se fala do agronegócio, é claro que você tem as capitais, as cidades ali, todo mundo precisa negociar, mas você tá imaginando sempre as grandes fazendas, as grandes plantações, ou seja, a venda de maquinária, ou seja, algo que atenda exatamente a terra. Agora, nós estamos falando de um setor extremamente internacionalizado, razões óbvias, é que faz se internacionalizar ainda mais pela demanda de comida que eu expliquei aqui com números que são completamente oficiais de um estudo sério, reconhecido pelo governo americano inclusive e também pelas Nações Unidas. Mas que demanda especificamente o que falta lá ser fez menção a escolas? Claro, porque nós estamos falando de pessoas que que vão morar lá, tem família, precisam desse tipo de de atendimento. Hospitais de ponta, eu tô imaginando, né? Ou seja, saúde de primeira de primeira linha, até porque é um público com alto poder aquisitivo e consome muito, que não vai precisar vir, por exemplo, se deslocar para São Paulo, sendo que vai ter um atendimento lá. Tal como o Brasília em algum momento também cresceu nessa nesse quesito para atender a demanda específica a do funcionalismo e das dos moradores da política de Brasília e dos empresários que atuam lá. É, mas que outro tipo de demanda? O que é preciso ainda construir para poder atender? Que há uma demanda, há uma necessidade, há um vácuo ainda? Eh, existe um vácuo muito grande na questão do mercado imobiliário, de todos os produtos, do mercado imobiliário. Você veja bem, Sinop, eh, quando nós chegamos era uma cidade que estava no início da sua verticalização. Então, eh eh eu digo que nós chegamos no momento certo também, não pouco atrasado, como eu falei, mas no momento certo, porque as operações do mercado imobiliário que existiam em Sinop, ou elas eram rurais, de áreas rurais, ou elas eram de loteamentos e terrenos, onde as pessoas tinham que comprar o lote comprar o terreno para edificar o empreendimento ali para poder fazer renda de aluguel. Então, nós identificamos isso de cara. Não existia imóvel para aluguel na cidade. Então, as pessoas tinham que fazer esse movimento. O produtor rural tinha que fazer o papel do construtor e se incomodar como um construtor para poder criar o o o ambiente pro investimento imobiliário dele. Então, a gente veio justamente para entrar nesse momento para cumprir esse vácuo e e fechar essa lacuna, trazer o imóvel para que o nosso produtor rural pudesse fazer a aquisição e ter a sua rentabilidade do aluguel. Então, todas as áreas do do mercado imobiliário tem que ser preenchidas porque não existe. Hoje não se compra mais terra no Mato Grosso. Hoje a gente fala de 1000, 100 sacas por hectar. Por um produtor vender uma uma área dessa, quem compra não consegue pagar. Isso são 20 anos para pagar. Não dá para fazer mais essas essas vendas. área, ninguém mais está comprando e ninguém mais tá vendendo. Então, a gente chega com esse tipo de de de imóvel para justamente eh trazer uma solução para o investimento do do agro na região. E como a expertise de vocês em Balneário Camburiu, que é uma grife hoje no mercado imobiliário, vai ser transportada para lá? Há um desejo de replicar? Tô divisendo qualidade de vida, tô dizendo qualidade especificamente de imóvel, seja o que ele tem dentro do imóvel, que ele tem dentro de um escritório corporativo, por exemplo. É, é essa demanda, porque a vocês começaram exatamente em Balniário Camburiu. Essa é a principal atuação de vocês até hoje. Sim, nós iniciamos em Baalério Camburu há 33 anos atrás, através do meu pai Carlos, que que foi um visionário que que criou a Raquimentos e que nem era da área da construção civil, era da área da economia, professor universitário de macro e microeconomia, reitor de universidade que virou construtor. Então ele acabou indo para Balneário Camburiu, onde nós montamos a nossa empresa. E ao longo desse tempo, a gente foi entendendo que o mercado imobiliário ele é ele é altamente volátil e mutante, digamos assim. você precisa a cada dia criar fatos, criar argumentos, eh eh conceitos para que você consiga agregar mais valor ao produto. E quando a gente criar, quando a gente cria esses produtos lá em Balério, Camburiu, a gente nem pensa muito em met quadrado, porque o metro quadrado para nós no Sul faz parte do valor do nosso produto. E nem é o mais importante, porque é muito conceituado os empreendimentos. a gente entrega eh áreas de lazer fantásticas, empreendimentos de altíssimo padrão e o alto padrão em Baalneira Camburu não está relacionado em tamanho e sim em material construtivo e localização. Então isso é que fez Balneário Camburu ser o que é escassez, trouxe o alto padrão e trouxe e acabou elevando a régua de todas as construtoras. Hoje todas as construtoras de Bauna Camburu que já estão há um tempo Bunério Camburu todas constróem alto padrão e muito bem construído. E é esse alto padrão que nós exportamos paraa Sinop, que nós levamos para lá. Não adianta eu chegar com o mais do mesmo. Eu fui para lá para construir um padrão de qualidade diferenciado e entregar aquele padrão diferenciado de balneário pros produtores, pras pessoas que ali vivem, que conhecem Balneário Camburu e que visitam Balneário Camburu muito e sabem do padrão e não tinham isso na cidade deles. Então a gente foi fazer esse movimento, fizemos esse movimento de levar o padrão construtivo e um valor de produto com um valor mais agregado de produto. Isso funcionou perfeitamente. Nós temos eh eh fizemos um lançamento em 2023, aonde foram 45 unidades liquidadas antes do lançamento. Dessa dessa fama, tamanho da demanda, tamanho da demanda é a escassez gigantesca. Não existe imóvel para compra e consequentemente não existe para aluguel. Claro. E só que eu tenho uma região que cresce, cada vez mais gente precisa estar lá. Não tô falando do agronegócio dos anos 90, eu tô falando do ano de 2025, em que obviamente as pessoas têm que se deslocar para lá. Eh, e convenhamos, né? Você conhece bem a cultura do Centro-Oeste, que é uma cultura muito do interior de São Paulo, de onde eu vim. As pessoas gostam de conversa pessoalmente, né? De conversa ali, coisas, fio de bigode, né? conversa ali, não adianta esse negócio, vamos fazer uma reunião para videoconferência, claro, para detalhes eventuais do time B, eu posso imaginar que isso seja razoável, mas não para quem vai tomar decisão. É isso. É, é esse tipo de coisa que você tem visto lá também. E se e se alguém vai para lá, ele precisa ficar hospedado. É, as nossas reuniões lá acontecem normalmente às 7 horas da manhã. Sim. Que é é é o horário é o horário que o produtor tá tomando o chimarrão e ele e ele não foi pra fazenda ainda, né? Então, é um povo que acorda muito cedo. Sim. E dorme muito cedo também. Mas eh o olho no olho nunca vai deixar de ser o grande fator de fechamento, porque eh eh a energia que é passada, a forma que aquele povo trabalha, isso tudo eh eh na mesa de negociação, isso isso não tem preço. É impressionante as histórias que nós ouvimos de superação. Quantas pessoas tiveram, quantas famílias tiveram, entes queridos que que morreram na na colonização do Mato Grosso? É é é assim fantástico. É cada sentada de de mesa com com alguém de Sinope é uma história maravilhosa que você escuta. E a gente se apaixonou por essa cidade, pelo povo e é por isso que a gente está lá. A gente acredita no água. Douglas, e como é que é investido o Brasil hoje? Você tá falando de dois estados ah, que são governados praticamente pela oposição, o que nós temos em Santa Catarina com Jorginho Melo, mesmo no Mato Grosso. Ou seja, ele seguem uma outra cartilha, uma cartilha de desenvolvimento de economia liberal, de criar condições que facilitem o investimento, que tragam o investimento. Eles querem ver o estado crescer rapidamente. Eh, nós temos dois Brasis nesse aspecto, né? Você tem São Paulo, Centro-Oeste, Santa Catarina, Paraná, um pouco Rio Grande do Sul, mas sobretudo aqui, né? Você tem uma visão Minas Gerais, é o Sudeste, o Sul e o Centro-Oeste que tem visões muito semelhantes de trazer o investimento, de facilitar a vida. Tá sendo fácil investir no Brasil? Porque eu tenho uma coisa que é estadual, que é municipal. Eu lido de uma maneira, tem assuntos que são federais, por exemplo, a estabilidade do país. Esse é um assunto que, claro, você tem, eu me lembro que o governador Tarcísio Freitas aqui de São Paulo teve sentado aí onde você está hoje e e eu perguntei a ele, como é que eu resolvo o problema de insegurança jurídica pro investidor? Ele falou: “Olha, o estado faz tudo que pode e avança até em outros aspectos para mitigar o risco, para dizer para um investidor, olha aqui na questão federal é passageira, mas veja o se você vai estar”. Ou seja, para convencer o investidor, porque ele vê, ele olha o macro, né? Você tá falando de macro e microeconomia, eu tenho questões micro, mas eu tenho macro. Esse macro para um sujeito que conhece pouco o Brasil tem problemas, mas investir no Brasil hoje tá fácil ou como é que você lida com toda essa situação? Porque seus empreendimentos são de anos. Você não tá pegando hoje e vendendo amanhã. Você tem licenças ambientais, você tem todo um processo, mão de obra, processos que vão acontecer durante todo o empreendimento, até a entrega e a venda, enfim, a negociação toda. Isso são anos. Um empreendimento como esse leva quantos anos mais ou menos? Desde da da dos projetos iniciais, as aprovações e a entrega da última torre, nós estamos calculando em torno de 20 anos o complexo todo. E aí muitas águas vão passar debaixo da ponte, né? Esse que é o problema. 20 anos dividido por quatro. Nós estamos falando de cinco, possivelmente cinco presidentes diferentes, se por acaso a reeleição for sustenta no Brasil. Sim. Por isso que a gente tem que ter uma sensibilidade muito grande na hora de lançar o empreendimento. Nós temos que fazer estudos pontuais, regionais e e temporais para saber se é o momento certo de você lançar o empreendimento, porque nós eh eh se se tiver mais um governo desse, segura tudo, porque aí é loucura, né? Mas nós cremos que a situação que a situação muda. E também nós estamos em dois estados que nunca foram governados por esquerda, sempre pela direita, sempre pela oposição. São estados extremamente pujantes, que se mantém sozinho, que quase são ilhas de investimento. É, é, por exemplo, Bunério Camburu, por mais que hoje o juro esteja altíssimo, o investidor ainda compra em Balunario Camburiu, porque as margem, a margem de de de valorização fica em 20% ao ano. Então, ainda vale a pena o mercado imobiliário de Balunário Camburu e ainda vale a pena o mercado imobiliário de Sinop. Então o movimento dessas cidades, eles são favoráveis a nossos construtores de alto padrão. O restante do Brasil, aí fica um pouco mais difícil eu falar, porque eu não tenho conhecimento tão profundo das outras regiões, mas creio que se não tiver uma valorização dessa forma mais acentuada, eu creio que vai ficar muito mais difícil pro investidor colocar o dinheiro. No Centro-Oeste tem bastante espaço, apesar da da disputa pela terra, que você já me disse, porque claro, a a a produtividade é alta e, claro, todo mundo mede cada metro. Deixa lhe fazer uma pergunta sobre Banol Camboriu que chama a atenção dos brasileiros como todo cabe tudo aquilo. Tô tô lhe perguntando do ponto de vista de infraestrutura, porque que é uma ilha de excessão, tá muito claro, que é um lugar com extrema demanda, tá claríssimo também, que as pessoas acham aquilo formidável, sobretudo quem gosta de desenvolvimento de um país que tá dando certo também, não há menor sombra de dúvida. do ponto de vista meramente técnico, assim, eh, como é que lida com esse crescimento tão grande num espaço, convenhamos, geograficamente falando, muito pequeno, porque é é na verdade assim que as demandas crescem, né? Pequenas porções que todo mundo quer, bom, o preço vai lá em cima. Cabe tudo que tá acontecendo em Balnior e Camboriu? Eu digo para ti, Pioto, que que serve isso tudo dentro de Baunero Camburiu, porque tem demanda. O povo Bunero Camburiu é objeto de desejo. As pessoas gostam de estar ali. Nós estávamos conversando através ali nos nos bastidores através a respeito do trânsito de Baunero Cambiu que você me comentou, Douglas, as pessoas não andam de carro na orla. Como é que a pessoa vai trabalhar? Eu eu falei para ti que as pessoas que ali na orla estão passeando com seus carros a 20 km/h, 10 km/h, eles não estão ali para trabalhar, estão ali para passear com seus conversíveis, com seus braços para fora, exibindo seus Rolex. estão com a maior segurança possível, estão felizes e passeando e dentro de um carro a 10 km/h, muitas vezes 15, 20 minutos parado. Esse é o perfil. As pessoas que ali estão estão por causa disso, porque gostam desse movimento. E Bunério Camburiu, ela ela é uma cidade que ela se reinventa porque ela tem recurso e muito desse recurso é oriundo da construção civil através das outorgas. Bon Camburu criou esse dispositivo das outorgas onerosas, que aonde eh eh, por exemplo, tem o índice de confortabilidade, o Icon. O ICON é um índice vendido para as construtoras para dar mais conforto para os apartamentos. Então, se você tem apartamentos permitidos de 120, você vai lá e compra mais 30 m para aquele apartamento. Isso você paga pra prefeitura. E a prefeitura tem o destino certo para esse recurso, que é ou alargamento de faixa de areia, ou é requalificação da orla, ou é indenização de de casas para abrir novas ruas, novas avenidas. Então, Bunário Camburu a todo momento abre uma avenida nova, indeniza uma casa e abre uma avenida nova. Isso tudo muito com o recurso da construção civil, ou seja, tá crescendo aqui do ponto de vista particular de quem vai morar naquele edifício, mas esse dinheiro tá sendo revertido através da autógra onerosa e e dos impostos. Normalmente há uma administração eficiente em usar esse recurso. Eficiente, eficiente. E assim, e o mais engraçado de tudo, que eu costumo fazer essa alusão, que as pessoas que moram em Baal Camburu, que tem imóvel em Baal Camburu, que pagam seus impostos, não utilizam serviço público. Então, escolas são particulares, hospitais, planos de saúde, segurança, seus prédios extremamente seguros. Sobra para qu em toda essa estrutura? para as pessoas que ali trabalham e que servem a cidade. Então, por isso que nós temos de qualidade, então isso é uma grande virada de Balunário Camburiu, que é todo tudo que é recolhido de recursos é investido e quem paga não usa. E a relação com o poder público, sobretudo para licença ambiental, seja no Mato Grosso agora, como é que é isso aí? A coisas poderiam ser bem menos burocráticas no Brasil. Essa é a coisa que eu mais ouço com muita frequência. o disposto que tá ali, ou seja, tá muito claro na lei, mas às vezes os prazos não são cumpridos, não pela parte que tá pedindo, é porque o poder público normalmente é lento, entra em greve, essas coisas todas e o investidor tá tem pressa, o investidor tem demanda para atender, tem quer cada vez mais investir. E se uma vez investido esse dinheiro em alguma parte retorna ao estado via impostos que serão cobrados ou que já estejam obra parada, ninguém ganha. ganha. Eu não consigo entender como o poder público não conseguiu compreender a coisa mais básica do mundo. É hoje, hoje para você entre o concepção de um projeto e o alvará de construção, em Balunário Cambur é normal você levar 2 anos para que isso aconteça. 6 meses é o tempo que leva paraa obtenção de uma certidão ambiental, de uma licença ambiental. Levam 6 meses. Mas por que 6 meses? Porque vence o prazo, você entra com mandado de segurança e aí eles emitem a licença numa área totalmente consolidada, sem sem riosuentes, sem nascente, sem nada, totalmente consolidada, a área leva 6 meses. Então, essa burocracia e essa dificuldade que é criada atrasa o investimento e todo mundo perde. A cidade perde, as pessoas que ali vivem perde. E é eu acho que é é é impressionante impressionante quanto tempo leva-se para conseguir uma licença ambiental nesse país. Eu fiquei e um ano. A licença é de que de quem quem concede a licença? Lá em Santa Catarina é IMA. É o IMA Instituto do Meio Ambiente. E lá no Mato Grosso é a SEMA. Eu fiquei 1 ano e 7 meses com uma licença do World Trade Center em Cuiabá esperando aprovação. Então você vê que um ano 7 meses muda muita coisa, muda muito o cenário econômico. Claro, muda as coisas. E aí você entra, você faz um projeto de, você faz um custo de um projeto, daqui um ano e meio tá totalmente diferente. Então tem que se tomar muito cuidado entre o orçamento da obra, o momento do lançamento, para que esse lançamento não comprometa o teu a compatibilização do teu fluxo de caixa com o teu fluxo de desembolso. Douglas, vamos fazer um uma comparação. Se eu fizesse esse investimento, por exemplo, em Miami, e depois eu eu explico porque que eu vou citar que eu citei em Miami, é qual é você tem ideia de qual é o tempo lá? Mas eu explico já por Miami, eh aqui nós temos um problema muito claro com qualquer lugar que tenha ali um um riozinho, um riacho. O Brasil ainda dá muito mal com seus recursos hídricos. Se tem um riacho ali, ah, vem o Ministério do Meio Ambiente ou vem o Ministério Público e diz que você não pode fazer nada ali perto porque tem que preservar. Bom, aí o lugar fica completamente abandonado e vira, na verdade, um esgoto céu aberto. Se eu tivesse legislado e criado condições para investimento privado, eu poderia, viagosa, ou seja lá o que for, criado condições para aquele rio permanecer lá limpo, enfim, e com as pessoas aproveitando. É, o Ministério Público, eu sei porque eu já vi várias dessas coisas, intervém porque a legislação, e não tô dizendo que é culpa do Ministério Público, porque a legislação impõe certas coisas e claro, o Ministério Público tem que vigiar a aplicação da lei. Eh, Miami, eu você vai a Miami, você vê as pessoas morando do lado dos canais, a Rios ali, tá? Tem, eu me lembro que eu fui uma vez, acho que se não me engano, acho que era Fort Lail ali muito perto ali, e tinha uma hora que as luzes tinham que ser apagadas por causa das tartarugas que vinham. Tudo bem, OK? Tá tudo disciplinado. Foi um biólogo disse que o horário é esse, mas vamos inviabilizar a vida de todo mundo por causa das tartarugas. Muito pelo contrário, virou um lugar de atração turística, as tartarugas lá atraiu dinheiro e as tartarugas estão vivendo melhor do que se não tivesse nada. Aqui não. Aqui a gente lida muito mal. Eh, por isso que eu lhe fiz essa pergunta. Só que os investimentos lá não param. Prédios e mais prédios numa lindíssima também. Eu tô falando ali, é o Caribe americano, podemos chamar. Eh, numa comparação entre Miami, por exemplo, que você tem aqui de prazos para conseguir essas licenças de construção, é muito grande a diferença. Não sei te dizer exatamente qual é o tempo que leva uma licença nos Estados Unidos, mas eu creio que ela ela é possível. Ela é possível e é viável. O problema é que no Brasil você consegue uma liberação para construir, daqui a pouco eles te te revogam a licença. É é é é uma é uma loucura você às vezes não segurança jurídica, insegurança. É, é para para ter uma ideia, é quando a gente fez o o lançamento desse empreendimento na rotatória, fizemos o empreendimento, não falando do meio ambiente, mas falando de uma questão de revogação de de de incômodo de alvará, fizemos a licença, licenciamos o empreendimento, eh fizemos o alvará, fizemos adequação viária, fizemos estudos viários, cumprimos com todas as exigências da prefeitura, pois teve um momento em que alguém da prefeitura cancelou o nosso alvará porque não podia se construir numa rotatória. Pô, já estava tudo consolidado. E essa é a insegurança jurídica que bate também na questão ambiental. Você tem uma liberação, daqui a pouco você não tem mais. Por exemplo, Balneário Camburiu, na orla e do sul de Balneário Camburiu tem uma é uma espécie de uma de um de uma penínsulazinha assim. Você tem que respeitar 30 m da praia e 30 m do rio. Os prédios todos construídos. De repente vem o desembargador e disse que teriam que demolir todos os prédios porque estavam em cima de área de de preservação, entendeu? Então você você fica você fica refém de de interpretações e esse que é o problema e muitas delas são ideologizadas, né? Então isso é um grande problema hoje e gera eh receio para quem tá construindo. E um judiciário ideologizado é um problema, porque ele ele termina com cumpra-se na na sentença, né? Temos outras fotos de empreendimentos da construtora. O Vamos lá, tá? Vamos lá. Ah, esse que a gente já mostrou, tá? Tá. E aqui, ah, também é a mesma coisa, só que uma um uma outra perspectiva, né? né? Uma outra perspectiva, justamente. É, aí a dita rotatória que eu te falei, onde vai ser edificado. Aqu o Jeepsinat é um dos nossos parceiros loteadores, ele que é dono de todas as áreas, então ele é meu parceiro permuto. É uma planície, pelo que a gente tá vendo. É isso. Isso ajuda na construção. Eh, eu te digo que a construção lá, a fundação no Mato Grosso, ela é mais cara que a fundação em Santa Catarina. Mesmo eu estando com o meu lençol freático a 30 cm do solo em Balério de Camburil, o meu custo de de de fundação aqui é maior porque eu não tenho o o o ponto de ancoragem das estacas, eu tenho que fazer por atrito lateral. Então eu gasto muito mais concreto, muito mais. Você não chega na pedra rápida? Não chega porque não tem a pedra. Em Balneiro Camburiu existe as rochas, você consegue ancorar essas estacas nas rochas. Aqui você não tem as rochas, então você tem que fazer por atrito lateral. Então o meu custo de obra também é mais caro aqui, mão de obra é mais cara aqui, tudo assim, tá? Vamos explicar isso pro nosso espectador. Quando eu faço uma fundação, eu coloco uma estaca, se ela encontrar solo muito duro, pedra, por exemplo, tem uma metragem, resistência, pronto, ele ganhei a estabilidade que eu preciso para construir de acordo com o projeto. Quando você diz ancoragem por atrito lateral, é isso, por atrito lateral, você enche de estacas no terreno para que o terreno vire um grande radi. Você tá fazendo uma pedra quase, praticamente. Eu tô, eu tô construindo uma rocha embaixo do, uma rocha embaixo do empreendimento. E que profundidade? Normalmente no solo, como no Mato Grosso, isso precisa torno de 26 m, 26 m de profundidade. É quase dois, são quase dois caminhões de concreto por estaca. 12 cúbicos, mais ou menos. Por estaca. Por estaca. Aí que você diz que esse custo é bem mais alto da fundação. É mais é mais alto. Bem mais alto. São dificuldades da região, mas e nós somos teimosos, né? Mas o projeto continua de pé. Isso não é limitador, não, né? Continua de pé. Não, não, não. Ele ele ele já faz parte do curso do empreendimento, né? A gente já tinha orçado isso. Glitíssimo obrigado pela gentileza da entrevista, por estar conosco aqui em negócio. Sucesso. Obrigado. É uma honra para mim poder estar aqui falando um pouco além da nossa história, mas também do mercado imobiliário de Santa Catarina e do Mato Grosso. Togas RCK, diretor comercial da RCK Empreendimentos. Obrigado mais uma vez. Bom, a você que nos acompanhou até agora, muito obrigado pela sua companhia, pela sua audiência. Na sequência você segue aqui com a Oeste e a gente volta na próxima segunda-feira de novo às 8:30 da noite. Boa noite e até lá. Boa semana, hein? [Música] [Música]