ONDE ESTÃO TODOS OS ALIENS – Ciência Sem Fim #308
0[Música] [Aplausos] [Música] [Aplausos] [Música] Salve salve, terráqueos, como estamos hoje? Bem-vindo à nossa live. Eh, hoje temos uma live for de fora desse mundo, assim para lá do mundo da lua. Hoje vamos responder a grande pergunta: Onde será que estão todos os alienígenas? E para essa discussão, temos aqui na mesa turminha mais do que qualificada para responder. Somos hoje três astrobiólogos e uma farmacêutica espacial. Já vou apresentar eles. Antes de de apresentá-los, quero falar aí, pessoal. se inscreva no no canal, se torne membro do nosso canal ali no na sessão de membros para você ter acesso a conteúdos exclusivos, eh live de membros, etc. Ali junto com o Serjão vocês podem fazer perguntas, etc. E mande aí essa live, com certeza vai ter muita pergunta. Então mandem seus super chats, mandem seus live pics com a vozinha de vocês, que nós gostamos muito de ouvir a voz de vocês. E é isso aí. Então vamos lá. Temos, então sou Rebeca Gonçalves, sou astrobióloga. Aqui do meu lado temos Patrícia Lazarota, nossa farmacêutica espacial favorita de todo o Brasil. E temos do outro lado da mesa nossos dois astrobios favoritos. Gente, hoje estou acompanhada de do não um, mas dois astrobios. Pela primeira vez somos a maioria na mesa. Nossa, tô de minoria, mas nem tanto, né? De minoria, mas nem tanto. É a maior convenção de astrobiólogos do Brasil. Carola, por favor, se apresente brevemente, dica o que que você faz como astrobióloga, qual sua pesquisa, se introduza. Eu, meu nome é Carola Carvalho. Eu sou, eu fiz mestrado e doutorado em biotecnologia e eu trabalho com astrobiologia já faz alguns anos na parte de exploração espacial. Eu isolo levuras selvagens de biomas nacionais paraa aplicação em astrobiologia, pra exploração espacial, especialmente fazer cerveja no espaço. Cerveja no espaço em Marte, porque a gente não pode estar só plantar batata, a gente precisa, né, alguma coisa para comer batata. Exatamente. Tem que ter uma cervejinha para comer junto com a batata. Aí, Patti, olha, coloca a Pat na sua lista também. Ela já tá na minha lista de vip de ganhar batatinhas quando para mar ajudar, entendeu? Entra na lista da Carola também. Space fryer. Space fryer. Nossa, resolveu todos os problemas da humanidade. Que que você precisa além de batata frita e cerveja? Mais nada, né? Já dá para morar em Marte tranquilamente, né? É. Já dá. Talvez oxigênio. Ah, talvez um medicamento pra ressaca. Daí eu cuido. É. Daí daí, dona Pat, é porque a ressaca em em em baixa gravidade. Talvez o negócio pegue um pouco mais, né? Douglas, grande Douglas Galante, por favor, se introduza, se apresente e fala o que você faz. É bom, meu nome é Douglas Galante. Eu sou professor do Instituto de Geociências da USP, trabalho com astrobiologia também há bastante tempo. A minha tese de doutorado foi uma das primeiras a ser defendidas no tema aqui no Brasil, então já tô ficando velho. A área tá ficando velha e bem conhecida aqui no país também. E eu trabalho na área de geobiologia. Então eu trabalho estudando como que os microorganismos interagem com os minerais do nosso planeta e como que eles podem usar esses minerais para obter energia e também produzir bioinaturas, que é um dos temas que a gente vai falar hoje. Muito bom. Então você pesquisa eh como que nós poderíamos identificar tais bioinaturas em Marte, Lua e Afins. É isso, exatamente. Como que a gente pode ir para um planeta, seja lá onde for, no sistema solar ou além do sistema solar, nos exoplanetas, e procurar por sinais de vida e de preferência sinais que sejam inequívocos, porque tem muita coisa que a gente vai falar que pode ser, mas pode não ser e isso é um problema. Então a gente precisa entender melhor como resolver essas coisas. Com certeza. Aí fala um pouquinho do laboratório de vocês na USP que é bem legal. Ast o Astrolab. Bom, na USP a gente tem um laboratório que a gente fundou em 2011, eh, 2010, 2011, que chamado Astroláb, o laboratório de astrobiologia, que é um laboratório multiusuário, então a gente recebe pesquisadores do Brasil inteiro e algumas vezes até do exterior para trabalhar nesses temas de astrobiologia, especialmente na parte de simulação de ambientes extraterrestres. Então a gente coleta esses microorganismos, como a Carola falou, em alguns biomas interessantes, às vezes na Antártica, no deserto, no oceano, traz pro laboratório e coloca eles em condições parecidas com o que existiria em outros planetas, na em Marte. Hoje a gente tá interessado na Lua também e mesmo em exroplanetas. Só falar que eu tive a oportunidade também de trabalhar com os dois no Astrolab, foi maravilhoso na no experimento da Simed. Então, só parabenizá-los por todo o caminho até aqui, por ter chegado onde chegaram e de ter feito, né, o caminho da astrobiologia tão bonito e tão instigante. Com certeza. Falou tudo, Patti. Eu também tive a honra de poder visitá-los, né, no laboratório deles. E é um laboratório incrível, gente, hightechíssimo. Assim, você se sente numa inclusive um beijo para todo mundo do LAB, né? Lógico. Fábio também. Fábio também. Grande beijo. E vocês aceitam eh alunos de graduação lá para fazer o mestr mestrandos? Vocês aceitam pessoas que talvez tivessem estiverem interessadas aí na astrobiologia? Bom, temos a Carola, que foi aluna nossa, né? Foi aluna. sua experiência. É, eu fui, na, é que a minha história é tão bizarra, mas assim, eu entrei lá como iniciação científica, mas eu já tinha doutorado, é uma coisa meio bizarra, mas vamos só aceitar ele e começar de novo, entendeu? Aí eu fiz mestrado lá com o Douglas, ele era meu orientador e é e agora eu tô com pós ddoc, que eu não estou com o pósdoc lá oficialmente, mas eu continuo lá. Então, uma vez você tá no astrolab, você não sai nunca mais do astrolab. É, é isso. E sim, a gente aceita alunos de graduação, eh, de graduação e e pós-graduação. Ah, isso é uma coisa interessante. Tem bastante gente que vai para conhecer o laboratório, que que começa a fazer um projeto, mas eh a gente sabe como é a graduação, é muito puxada muitas vezes e a pessoa acaba saindo. Então, assim, quando a gente fala, pessoal, fique, se dedique, a gente é legal, parece tudo louco, mas no final todo mundo legal, tá? É, é, é só, mas iniciação científica é isso, né? Para ter um contato com a ciência. E uma das coisas boas da astrobiologia, um dos pontos fortes, é que ela é muito atrativa. Então, muita gente vem pra ciência porque quer fazer astrobiologia, acha legal, acha instigante. No meio do caminho, alguns ficam, outros vão embora, mas é assim mesmo, né? É normal. O caminho não é para todos. É, mas eu acho que o que é importante é que eles têm esse contato com a ciência que talvez de outra forma eles não teriam. Então é legal para atrair e dar essa visão de como se faz ciência de verdade no Brasil e no mundo. É que o que uma coisa que é legal do laboratório que a gente tem essa parte de campo também, então de ir para campo, de fazer coleta, que muitas vezes você acha que astrobiologia é uma coisa somente do do ali só fazer simulação, mas a gente precisa do organismo, a gente precisa de um microrganismo que seja extremófilo mais próximo disso possível. Então tem essa parte também que é, eu acho, legal de ir para cá. Ah, astropologia é fascinante, né, gente? Ah, modéstia parte, não tem não tem nada mais fascinante que astrobiologia, né? Eu sou farmacêutica arespacial, mas com é um, é um pezinho agora trabalhei com as leveduras deles, então eu já tô com pezinho na astrobiologia, gente. Amante. Aliás, temos aqui super chat já de Guilherme Matos, R$ 20. Queria, queria conhecer uma mulher igual a Pat, muito linda, inteligente. Vou ficar aqui porque o tema está bom e a Pat me apaixona. Ó, vou te falar, tem muitas meninas muito mais inteligentes, muito mais lindas, muito mais maravilhosas. Então, fique aí. Obrigada pelo vintão. Vintão. É, valeu, Guilherme. Pessoal, respondendo a pergunta, tem algumas perguntas aqui no chat. Cadê o Serjão? Vamos lá. O Serjão, no momento ele está de férias, tá? Mas normalmente aí nas últimas semanas ele ele esteve ele ele tá num projeto maravilhoso que chama Ciência na Estrada. Ele tá rodando o Brasil com esse projeto. Então ele não está aqui no Cens sem fim todos os dias ou a maioria dos dias da semana como ele estava antes, mas ele ainda vem pro censim, claro, duas vezes por semana, por semana, pelo menos, pro Sakar responde e pro Sens Fim News. Então ele está aqui no Censo sem fim, mas temos também um espaço aberto para outros entrevistadores entrevistarem pessoas também maravilhosas para que a gente possa ter aí ouvir a voz de outras pessoas na ciência, né, pra gente ter outros pontos de vista que é muito legal você ter outros pontos de vistas de um entrevistador, né, com com os entrevistados. Então, uma vez por semana eu e a Pat apresentamos e uma vez na semana é o Álvaro Dias que apresenta. OK? Então, posso só complementar? Porque pessoal, a ciência é colaborativa e o Ciência sem fim hoje é colaborativo. Somos um pool aqui de criadores, de cientistas. Nós duas somos cientistas. Estamos aqui para levar a ciência, tá? Então assim, o o Sérgio tá aqui ainda, ele faz parte do ciência, todo mundo, ele é o dono do ciência, é o pai do ciência e ele nos confiou essa missão de ajudar ele a manter a ciência e o canal vivos. Exatamente isso aí. ciência colaboração. Então temos aqui várias vozes, né, de de diferentes cientistas, porque eu sou cientista, Pát é cientista, Álvaro é cientista, então é legal também ter essa diversidade de temas, né? Porque eu sou astrobióloga, a pátria farmacêutica, o Álvaros, qual que é a formação do Álvaro? Não sei, é, não sei exatamente, mas o Sérgio, você sabem, né, com Sérgio energioofísico, né? É, físico então, diversidade também de de áreas da ciência aqui no podcast, né? Então vamos lá pessoal para o nosso tema principal da live que eu estou adoro conversar disso. Meu Deus, se essa live, se eu pudesse ficava aqui 6 horas de live. Então vou dar um vou setar aqui o a cena, tá? Pra gente começar essa conversa. Nossa, vou vou vou montar aqui a cena, o contexto. Vamos lá, vamos pegar somente a Via Láctea, OK, gente? Na Via Láctea existem, somente na Via Láctea existem 400 bilhões de estrelas. 1/5 dessas estrelas, ou seja, 4 bilhões, eh, desculpa, 20 bilhões de estrelas da Via Láctea são como o Sol. Então, 400 bilhões de estrelas da Via Láctea, 20 bilhões dessas são estrelas como o Sol. 1/5 dessas 20 bilhões, ou seja, 4 bilhões de estrelas, tem planetas ali rodeando na zona habitável dessa estrela. O que que é zona habitável? É aí onde pode ter água líquida. OK? Então beleza, 4 bilhões de estrelas, tem um pelo menos um planeta na zona habitável, ou seja, 4 bilhões de planetas. Se somente 0.1% 1% desses 4 bilhões de planetas tivesse, tem uma vida ali inteligente, nós teríamos 1 milhão de planetas com civilizações inteligentes somente na Via Láctea. Você achou que a aula de probabilidade não ia servir para nada, não é mesmo, viu? E além disso, OK, então vamos pegar um, teremos no mínimo 1 milhão de de planetas com vida inteligente. Agora vamos pegar que a Via Láctea tem 13 bilhões de anos de idade, ou seja, a vida aqui na Terra surgiu há 4 bilhões de anos e meio, mas temos 9 bilhões de anos antes para milhares de possibilidades de vida existir, surgirem e se expandirem também. Se pelo se somente uma dessas vidas tivesse surgido nesses bilhões de anos, levaria somente alguns 1 2 milhões de anos para essa vida colonizar a Via Láctea inteira. Então, por que cargas d’água? Em 13 bilhões de anos, em bilhões e bilhões de planetas, nós não temos, nós não vemos alienígenas aí como nós vemos no Star Wars? Onde estão todos os alienígenas? E essa é a grande pergunta de Henrique Ferme, que estava num jantar com seus amigos, conversando sobre essas possibilidades. Senhora, eles estavam ali loucos falando sobre essas possibilidades e ele vai lá e solta pergunta: “Poxa, mas você tem tanta possibilidade de vida? Onde estão todos alivios?” Ele nem sabia fazer todas essas contas porque ele não tinha acesso a todas essas informações daquela informações. Exatamente. Hoje nós temos, né, esse acesso. Então esse é o paradoxo de Ferne. Chama paradoxo porque se tem tanta possibilidade de vida, como não tem? Como que a gente não encontra vida? Por quê? Cadê vocês? Cadê os alienígenas? Então esse é o paradoxo de férme que nós vamos discutir hoje. Agora abrindo a primeira pergunta, né? Porque esse paradoxo de Ferme tem algumas soluções, algumas respostas, algumas teorias que a gente, né, inventa aí para tentar responder essa pergunta. Qual que é a resposta favorita de vocês do paradoxo de Ferme? O que explica melhor essa essa pergunta? É, é bom, a minha, o paradoxo de ferme, ele é um paradoxo especialmente bom, ele é desenhado, configurado aí sobre vida inteligente. Uhum. Eu, como astrobiólogo, com a formação que eu tive, eu não tô nem aí pra vida inteligente. Eu gosto dos microorganismos. Então eu acho que o universo, na verdade, ele tá fervilhando de vida de baseada em microorganismos, seres unicelulares muito pequenininhos e não tanto com vida inteligente. A vida inteligente, como a gente, bom, para começar é perigoso usar esse nome inteligente, a gente fazendo que a gente, a gente tá chamando nós como inteligentes e deixando de fora todo o resto. Insetos são inteligentes, bactérias são inteligentes, muita coisa é inteligente do ponto de vista biológico, né? Então a gente tem que tomar cuidado com isso. A gente pode falar talvez tecnologicamente inteligente, né? Ou ou civilizações tecnológicas, talvez tecnológicas. Escala de Carda Chev, né, usando ela como parâmetro. Eh, e eu me perdi completamente no que eu tava falando, não. Você tava falando que, na verdade, são os microorganismos que estão na sua maioria na espalhados por aí. É. Eu, mesmo na história da evolução da vida na Terra, só surgiu uma vez em toda a evolução, nos 4 bilhões de anos de vida na Terra, uma vez uma civil, uma um grupo de organismos vivos capazes de ter tecnologia como a nossa, tecnologia comunicante, produzir rádios e coisas assim. Então, talvez processo evolutivo, né, da tecnologia. É, mas a gente tem que tomar muito cuidado quando a gente fala de evolução. A evolução não é uma escadinha que leva o homem lá no ápice, não precisa ter esse caminho. Então, em muitos outros lugares pode ter vida, ter surgido vida, a vida evoluiu, mas nunca levou a vida tecnológica. Então, tecnologia não é necessária, não é inevitável, não é o fim que toda a vida vai ter. Então, por isso que eu falo, é melhor a gente ser mais neutro e pensar em microorganismos. E é isso que eu acho que realmente vale a pena procurar. Então essa é a minha solução. O universo deve estar cheio de vida, sim, mas de microorganismos. E para isso a gente precisa desenhar experimentos e ferramentas capaz de detectar esses microorganismos e isso é mais difícil. Ou seja, a vida, a vida mesmo, seja microorganismos, ou seja uma vida que não tem tecnologia, talvez seja muito comum na galáxia, mas o uma civilização capaz de desenvolver uma tecnologia para viajar intercelamente, talvez seja muito raro. E sim, aí torna tudo mais difícil também, porque aí nós que temos que entrar em contato com eles, porque nós que temos a tecnologia para ir atrás e os outros estão ali, entendeu? estão somente vivendo, não estão pensando nisso. será que, desculpa, pala parou, será que existe outros seres por aí passeando no universo? Entendeu? Então tu, tudo isso também fica mais complicado. Sim. Quando você para para pensar, qual que é a sua, qual que é a sua resposta favorita, Carola? Cara, a minha resposta favorita é que eles, eles estão olhando a gente e não querem entrar em contato com a gente, entendeu? Hum. Ah, hipóteses zoológico. Zológico. Zoológico. Explica. Hipótese. Mas eu também gosto da hipótese da floresta negra. Hum. Existe uma comunicação entre elas. Primeiro que assim, a o paradoxo do zoológico, eles estão observando a gente até o momento de, ah, ou o os caras chegaram num ponto que vão se destruir, então vamos eliminá-los ou eles estão agora prontos para receber a gente. Ou você pode ter a parte do da floresta negra, que é a parte que a a na verdade uma hipótese, né? Eh, é a hipótese de você eh de que eles vão matar a gente em qualquer momento, que eles vem que tá entrando muito num nível de eh de evolução que que pode competir com eles, entendeu? E vai eliminar. Ã, e é aquela coisa, o espaço pode estar cheio de pessoas mortas e ou pessoa pessoas organismos mortos ou organismos também. Isso, caçadores. Ou pode ter de tudo também. A gente também não pode pensar também na na resposta do paradoxo sendo única, né? De repente você tem toda essa gama de coisas acontecendo ao mesmo tempo, essa gama de hipóteses acontecendo ao mesmo tempo. Uhum. É. E da floresta negra também tem um lado, né, que talvez a gente não consiga escutar. A gente não, ainda não achou nenhum alienígena, nenhuma comunicação, porque todas as raças alienígenas sabem dessa raça alienígena que destrói todo mundo. Então, todo mundo fica quietinho. Ninguém eh faz um broadcast da sua civilização, como a gente faz, né? Tipo, a gente a gente tem tipo Mat aqui, né, que a gente manda mensagem, a gente mandou o Golden Record, né? A gente manda mensagem, mandou nudes e e o endereço pro universo a gente já mandou porque a gente é uma espécieua que não sabe que os outos só estão olhando falando assim: “Ó lá os trouxa daqui a pouco vão ser eliminados”. Ali os trouxa ali, cara mandando um monte de mensagem, daqui a pouco chega os caçador aí me leva eles embora. Então esse é round six realmente a essa essa essa teoria da da floresta negra é assustadora. E a sua parte que que você qual que você gosta mais? Então, eu acho que mais da floresta negra mesmo, eu acho que ela faz mais sentido. Se você for parar para pensar, ela até parece meio que uma teoria da conspiração assim, alien, né? Então, eu acho que a do zoológico é legal, mas ela também Sim. Eu acho que a floresta ela ela ela ela ela abraça mais. Isso. Exatamente. Sim, sim. É, é, ela é bem assustadora, né? Essa, na verdade. Bem é, mas é a realidade, entendeu? Se você pensa na natureza, como que é o comportamento dos animais na natureza, é muito parecido com isso, entendeu? Então, Uhum. cara sobrevive mais forte nessa. Mas também não é um pensamento tipo meio antropocêntrico esse, porque a gente tá acostumado com o jeito que a nossa evolução se deu, né, dessa dessa da caça e do da presa, né? Então, mas um ponto. Tá, mas eu não eu não diria antropológico, porque a natureza por si só é assim. Você pode pensar em questão de microorganismos também são assim. Existem microorganismos que são predadores, microorganismos também que eles vão tentar eliminar o outro por uma competição de alimento. Então vão produzir álcool, que nem as leveduras, vão produzir toxinas e, enfim, por aí vai. Então, eu acho que isso faz parte da natureza, entendeu? Essa essa Então, mas faz parte da nossa natureza. Imagina um planeta que desenvolve vida, eh, que tem recursos tipo, basicamente limitados, tipo assim, é uma vida que só se alimenta do de sol, por exemplo, da luz do sol com recursos. É, tudo bem, é limitado, mas tipo, é uma vida que só se alimenta ali de recursos e não precisa comer ninguém. Essa essa microbactéria não precisa engolir ninguém, ela pode somente viver da luz ali da estrela do planeta. E essa vida e daí, tipo, a vida inteligente também faz fotossíntese ali na estrela do planeta e nunca teve essa concepção de que deveria se alimentar de um outro ser vivo daquele planeta. Eu acho isso interessante, mas assim, eu acho, bom, voltando à questão da astrobiologia também, a gente se baseia em astrobiologia no que a gente conhece, porque o único lugar que a gente conhece que existe vida é na Terra. Então, todos os conceitos de astrobiologia são baseados no no paradigma terreno, né? É exato. Então, como começou a vida na Terra? Como evoluiu? E você, Douglas? Não, eu, bom, eu não sei. Eu não, eu acho que essa hipótese, eu sou muito mais pessimista no sentido de que eu acho que danse a as a não, as civilizações inteligentes, eu acho que só tem bactéria. E é isso aí. E lidem com isso. Não, eu ouvi isso hoje. O o o Douglas ser pessimista e você vai ser a otimista. É, eu acho que acontece. Acho que a maior a maior parte da vida é assim. Se existe uma outra civilização que chegou ao nível tecnológico, acho que ela tá tão longe da gente que ela nunca vai alcançar a gente. A gente nunca vai saber que ela existiu e acabou. E é isso. E o universo vai esfriar e todo mundo vai morrer antes disso. A gente saber. Então é melhor viver a vida dear qualquer coisa ao mesmo tempo. Ao mesmo tempo. Eu sou um fã de Star Trek e eu adoro a ideia de ter uma nave capaz de fazer viagens intergaláticas e procurar por novas civilizações e novas fronteiras. Então eu também tenho uma um pezinho otimista. Mas assim, por perto, na nossa vizinhança galática, eu acho que o que a gente vai encontrar são sinais de bactérias. Sim. E é isso que a gente deve procurar. Realmente, eu acho que é isso. E você tava falando do das das dos bichinhos fofinhos que só vivem de fotossíntese. Mesmo os bichinhos fofinhos que só vivem de fotossíntese, eles também competem. A gente tem um trabalho que é bem interessante, que é o trabalho da Flávia Calefo, que hoje é minha pósdoc, que é um trabalho de um microbialito do do mesoproterozóico. Hum. Explica isso para quem não fala biologia. Microbialito é uma estrutura rochosa que foi formada por atividade biológica. Então são bactérias que produzem rochas. Uau! É, elas produzem como os estromatólitos, que eles produzem calcário, que ou os corais são exemplos, né, que fazem isso. Esses microorganismos, eles viveram cerca de 1 bilhão de anos atrás aqui no Brasil e eles produziram estruturas, que são esses microbialitos na forma de cone, por isso eles são chamados conófitons. E uma coisa que a Flávia encontrou nesse, desenvolveu nesse trabalho, que é um artigo que ela publicou, é que são, ela propõe que são organismos fotossintetizantes competindo pela luz. E cada hora você vê um tipo de célula que tenta chegar, ficar por cima da outra e mata de baixo, sobe de cima da outra e mata de baixo. Então, existe competição mesmo com organismos fofinhos que usam a luz. Uhum. Então, a competição por recursos, eu acho que ela sempre vai existir em algum nível, ela sempre vai existir. Era isso que eu ia falar, entendeu? Além de entrar no no conceito da astrobiologia, da gente se basear na na no que a gente conhece, a vida que a gente conhece, tem essa parte também. Eu acho que faz parte quase da natureza a competição, o o até mesmo eh agregar eh não sei se a palavra certa agregar, eh eh estocar coisas, entendeu? Então, por quê? Porque a gente sabe que em algum momento a gente vai passar por uma certa dificuldade, então a gente estoca. Isso você vê em microorganismos. Existem microorganismos. Ah, putz, agora eu tô no lugar que tá cheio uma bactéria, uma levedura. Tô num néctar de flor, meu, florada, cheio de néctar, cheio de açúcar, vou estocar todo esse açúcar para dentro de mim. E elas estocam tudo isso dentro delas. Na hora que seca tudo, começa o inverno, beleza, eu consigo viver. Uhum. Entendeu? Então, então tem uma, eu acho que a competição e o e o e o e o acúmulo de de recursos, o acúmulo de recursos leva competição e, enfim, é porque você podia pensar que é uma coisa do instito de sobrevivência, né? Sobrevivência. Exato. Que é uma talvez uma contraposição a um a uma comunidade, não é caridosa, como que chama? Quando um ajuda o outro. Psicotropia. Nossa senhora. É parecido com ess amiguinhos. di não ética não é não, não é simbiótica que eu queria, mas tudo bem. São organismos que se ajudam mutuamento, é meio que o simbiose, né? Eh, existem algumas alguns organismos que fazem isso, né? A gente sabe aqui na Terra vários organismos que vivem juntos uns dos outros, as bactérias que vivem nos nódulos das plantas, etc e tal, e muitos outros. Mas existem exemplos disso. Mas um ecossistema inteiro que seja baseado em mutualismo, acho que não funcionaria. Ele em algum nível vai precisar de uma competição, inclusive para manter a estabilidade dele. Você não existe equilíbrio total na natureza. Você precisa do hum do caos para manter o a tendência ao equilíbrio. Nem no mutualismo e nem no começo, no no comessoalismo, né? Você vai encontrar ali uma hora em que as coisas vão perder para encrenca, né? Olha, olha. Olha para nós humanos que estamos nos reproduzindo loucamente sem ter um competidor claro e estamos nos matando e matando o planeta no meio do caminho, né? Amando essa vibe da Vader, né? Todo mundo vai morrer hoje à noite. Nossa senhora. Mas esse conceito de de estocar, Carola, tipo você falar, né? Os seres estocam tipo no verão para ter no inverno mesmo? Isso eu acho que é uma coisa, uma natureza terrestre, porque pode ser que tenha planetas que não tenham estações e que a vida surgiu num planeta que não tem estações, que é uma estação só, é um é um constante verão. É tipo se Plutão fosse planeta, né? Sim. Ele demora tanto tempo para chegar em alguma estação. É, exatamente. Sabe que é um constante verão com amplas, The Winter is always coming on us. Temos um super chat aqui, R$ 5. Galante esse Douglas. Carola Rumy também arrebenta até no céu da Amazônia. Abrado Peninha é de Gedino Teimoso. É, vocês conhecem? Acho que a gente conhece, né? Acho. É, eu acho que ele conhece vocês. Eu acho que ele conhece. Abraço, Peninha. Um beijo na bunda, Peninha. Academia cerveja. E temos outro super chat aqui da Astromimes, R$ 10. Boa noite a todos. Floresta negra. Erramos ao enviar a mensagem de Arecibo e as placas de Voyager ou já fomos entregues pelas primeiras ondas de rádio? Putz. Too late. Too late. So sorry. Agora já agora menos assim, a as ondas, as primeiras ondas de rádio, elas têm uma um característica, elas foram emitidas com muito baixa potência e de forma isotrópica, ou seja, ela foi emitida para todos os lados ao mesmo tempo, saindo com uma onda esférica. Isso faz com que a potência dela caia com a distância ao quadrado, ou seja, muito rapidamente ela fica muito fraca. Então ela de fato atingiu com uma potência razoável só os planetas próximos. Ela não foi muito longe, ela não atingiu outras galáxias nem nada disso. Agora, a mensagem de Arecibo, ela foi mandada por um rádiotelescópio gigante que existia lá no Porto Rico, né? O o o rádiotelescópio de Areciibo. E ela foi direcionada para uma estrela. Foi Vega? Eu não lembro. Acho que foi Vega. Acho que foi Vega. Acho que foi Vega. Foi direcionada para uma estrela. Então ela sim tinha potência suficiente. Então se existe de fato uma civilização escutando a gente, ela poderia ter escutado. Uhum. Essa mensagem recib é muito legal. Eh, Deco, eu mandei ali no no grupo umas umas imagens para você pôr aqui na tela para vocês verem o tamanho do do rádiotelescópio, né? Inclusive tem uma camiseta na stream da mensagem, eu acho. É, eu eu tô usando a camiseta da do da É do sinal au que legal. que a gente pode falar de sinal também quando a gente for falar de set, mas para vocês verem aí o tamanho do do disco, né, e a o que que foi exatamente mandado por por esse sinal, que é uma coisa muito legal. Vocês já viram já a mensagem CB, é muito legal. Que acho que ela é bem doida. É bem doida mesmo. Ela vai, ele vai colocar, ele vai colocar aqui na tela o agora o Deco. Esse é o Golden Record. Deco é o é um que tem um satélite. Esse esse esse. Pronto. Aumenta pra gente pra gente ver aí. Ainda não apareceu o grupo para aparecer agora. Aí então quem tá vendo aí na já o pessoal tá vendo já agora? Tá vendo? Beleza. Então para quem tá vendo aí na tela, né? Esse daí é o é o tamanho ali do do disco que a gente usou, né? Para enviar esse sinal. E ali do lado esquerdo é o sinal que foi enviado em basicamente em código binário, né? E ele tá em código binário. Então ali em cima, essa primeira linha, eh os números de 1 a 10 para pro pro ET poder, né, ter um parâmetro do do dos outros números aí. E daí embaixo tem, deixa eu pegar aqui uma colinha que é muito legal esse não é número. Daí embaixo tem o número, o número atômico dos elementos. Fósforo, oxigênio, nitrogênio, carbono e hidrogênio. Esse em rosinha. E daí na segunda linha aí, nessa ness nas outras linhas em verde são as fórmulas pros açúcares e as bases nos núcle nucleotídios, chamei português de DNA. Eh, e daí embaixo, nessa linha branca vertical, nós temos os números de nucleotídios no nosso DNA. E daí assim, azul é a hélice, né, o formato da hélice, a dupla hélice do DNA. E daí embaixo temos um a forma de um humano conectado a dupla hélice para falar que tipo isso pertence ao ser humano, né, a nós. E daí do lado direito nós temos eh a população de humanos na Terra e 4.5 bilhões de humanos que era na época que foi mandado, né, esse sinal. E do lado temos o altura do humano ali em nos dois tracinhos azuis temos a altura média de um ser humano em amarelo. Altura média será acho que foi 1,70 acho que 1,709 é. E daí embaixo, muito legal, temos o sistema solar. Então tem o Sol e os e os oito planetas, nove planetas, né, na na época. E a Terra tá tá destacada para cima, né? Então, a ter é o terceiro planeta eh ali na né, depois do depois do Sol e embaixo tem aí o o arecibo em si, né, o disco de arecibo do telescópio, que transmitiu a mensagem e o diâmetro do telescópio embaixo. Ou seja, né, uma gama de mensagens. É, eles vão achar que o DNA é gigante. É, eles vão achar aí que tá, né? a gente parte do princípio que eles têm a capacidade de decodificar as coisas que estão ali, mas é porque a gente tem essa ideia de paradigma terráqueo, né, que eles vão entender, mas e se a vida for baseada em outra coisa que não o carbono, por exemplo? E se matéria lá não é matéria que tem aqui? E se eles não enxergam? Se eles não t se eles não conseguem ter imagem, não é? É talvez o que, talvez, né? o que é vida aqui, como nós a vimos e o que significa pra gente, não faça sentido nenhum para eles, né? E se eles não entendem código binário, logicamente, né? Assim, ou se eles não entendem a lógica mesmo, né? Porque imagina, pode falar isso até para nós é difícil alguém que percebesse isso, né? Como sa belo desenho que seu filho fez, né? Nossa, lindo, né? É verdade. Parece um tétris, não é verdade? Tres. Parece um tétris, para quem tem ouvido no podcast. É verdade, parece um tétris assim com vários pixels, porque também, tipo, a gente pode ser ou avançado demais pra civilização ou primitivo demais, né? Tipo, porque se pra nossa, pro nosso nível de civilização já é difícil entender, é para um mais avançado é falar: “Cara, entendi nada”. Porque imagina assim o o esquilo mais inteligente de todos os esquilos, se ele se esse esquilo tentar se comunicar com a gente, a gente não vai entender o que esse esquilo tá falando. Assim, ele a gente não vai entender que ele está querendo se comunicar, né? Ex. É, mas aí também posso falar que assim, você não vai entender até você observá-lo várias e várias vezes, porque você consegue entender o comportamento dos animais através de observação. Verdade. Então, se você poderia ter isso de você, sei lá, de alguém tá olhando pra gente e observar, observar até entender o que que tá, que que esses caras é vocês viram que a Gemini, a IA do Google tá traduziu a linguagem dos golfinhos hoje dá para tá vendo que fofinho. Por que não, né? É, talvez dê para entender. É, é verdade. A, o disco da Voyager eu acho até mais legal porque ele tem uma sequência para você aprender como ler o disco, né? É, coloca aí na tela, De, por favor. Agora sim, o disco da Voyager, Golden Record, né, que chama. Ah, boa, Douglas. Fala um pouquinho sobre esse disco. Ah, eu não sei, eu não sei falar muito dele, mas ele tem essas imagens macroscópicas, né, que mostram a posição da Terra, mostram o átomo de hidrogênio, eh, e mostram outras informações, mas eles têm uma uma explicação de como você construir uma um sistema de leitura do disco, porque ele tem um ele tá gravado com informações, que tem vídeos, tem áudio de todas as pessoas da terra. É super interessante. Então ele vai por etapas, desde você pegar uma imagem, só que de novo, pressupõe que ele consiga enxergar, né? Sim. A pessoa, a coisa, o ser lá vai ter que conseguir enxergar e entender essa sequência de imagens até chegar no microscópico para conseguir fazer a leitura da informação que tá ali contida, né? É. Ou que ele consegue viver um ambiente que dá para construir a vitrola, né, entre aspas, para tocar esse disco, né? Porque se for debaixo da água, é pens se for um um planeta habitado por polvos inteligentes. Aham. Aham. Exatamente. Os povos são um exemplo de inteligência, outra inteligência que evoluiu de forma independente da humana, né, aqui na Terra e nunca não ia funcionar simplesmente, né? É, exatamente. O, para quem nunca viu os os conteúdos, né, desse disco, talvez. Você pode eh tocar o vídeo, esse acho que foi esse último vídeo que eu te mandei aí no no Whats. Uhum. Só para para vocês, né, ouvintes, terem uma noção do que que tá nesse dia. Como Dougla falou, né, tem várias coisas coletadas da terra, né? Então tem risada de criança, sons de baleia, o som da chuva, o que eu acho muito legal porque a chuva seria o mesmo som, né, em qualquer planeta. Isso. Dá uma põe aí, tipo assim, dá um, sobe uns minutinhos no vídeo para já, só um minuto. O vídeo tá vazando aqui um segundinho. Tem uma, o disc, né, de em várias línguas diferentes. Então, eh, né, chinês, japonês, russo, português, inclusive um dos um dos comecinhos. E enfim, o som da chuva. Acho legal, né? Porque seria o mesmo som, né? Em todos os planetas da chuva caindo do céu. Nunca para pensar isso. Isso. Essas são algumas das imagens, né, que estão no disco. Alguém bebendo água. Tem cerveja? Não. [Risadas] Cerveja. Pode passar mais. Aí a proporção é a proporção dos humanos. como eles crescem na barriga, algumas espécies, né, diferentes. Deve você ouvir atrás as imagens de as mensagens de paz, né, que as pessoas estão falando em várias línguas. DNA, bota ali no minuto 11. É o som da chuva. Chuva foi perfeito, hein? Nossa, pronto para dormir. Nossa, barulho, barulho para botar bebê para dormir. Olha, trovão. Eu amo. Delícia. Ó, até o feto. Olha, mar, o som do mar, que também seria igual, né, em outro planeta. Essa provavelmente, né, são das ondas do mar. Ou seja, meios de da gente tentar fazer uma conexão, né, com com qualquer raça alienígena. Amiguinhos, olha só, a gente tem essas coisas iguais a você. Nós somos legais. É, duvido. Tenho certeza que ninguém pôs uma bomba nuclear explodindo. Tenho certeza. Que que vocês acham assim que seria assim o o resultado desse encontro com alienígena? Se a gente descobrisse uma raça alienígena em outro planeta, qual que seria? Então assim, aí eu aí eu acho que eu eu pensaria aqui igual o Douglas, entendeu? Que eu acho que a gente talvez encontre uma vida microscópica, eh, que as chances são muito maiores, a gente sabe disso, do que encontrar uma vida inteligente. Eu acho que isso já seria um totalmente, vamos falar disso primeiro, né, eu acho que assim, já seria um um se se quebraria vários paradigmas. Quais seriam as consequências paraa ciência e pra humanidade se a gente encontrasse uma vida microscópica? Mas você pessimista, todo mundo mataria. Daí, daí seria uma pergunta super interessante. Depende onde que a gente encontra, se a gente encontra num exoplaneta ou se a gente encontra no sistema solar. Hum. Se a gente encontrar em Marte, por exemplo, que tá aqui do lado, ficaria a primeira pergunta: será que é um tipo de vida que surgiu de forma independente da vida da Terra? Ou será que nós somos que é um que é um parente nosso, que nós tivemos um ancestral comum que deu origem a ambos as formas de vida. Então a primeira coisa que a gente ia fazer é bater no liquidificador, fazer sequenciamento e ver o que que tinha ali para ver se as bases nucleotídeas nucleotídicas, o DNA de se ele tem DNA, né, para começar e se o DNA é formado pelas mesmas bases nas mesmas sequências. Porque se forem iguais é uma descoberta fantástica. Quer dizer que de alguma forma a vida surgiu em um ponto e viajou pra Terra e viajou pra Marte, que é uma coisa muito difícil de acontecer. Se eles são diferentes, quer dizer que a vida surgiu de forma independente, o que também é super interessante, mas é muito perto, né? Então também você podia falar que é para uma bactéria. Não, mas você você pode existe meio de locomoção por aí. Então, acho que, mas assim, mas eu acho interessante eh eh se você descobrisse uma vida microscópica mais longe, eh mas o problema é que você não vai conseguir descobrir no exoplaneta porque é muito distante, que é uma é uma das coisas também de de é uma dificuldade que a gente tem que também engloba um pouco do paradoxo, é a distância entre as coisas, né? A distância entre os planetas, a distância entre os astros. Então, muito muito a gente muitas vezes não vai conseguir saber se tem vida por causa disso, porque está há muitos anos luz de distância distância mesmo por bioinaturas já. Então aí, então aí você vem a parte da bioinatura, que era um pouco que o Douglas estava falando no começo. você pode e identificar uma bioinatura em outro exoplaneta, em outro planeta que seja. Ah, mas tem que ser uma bioinatura que seja realmente de vida e não uma bioassinatura que que a gente sabe que na Terra ela pode ou não ser de vida, pode ser biótica ou abiótica, que é o caso da fosfina que a gente tava falando no que a gente tava discutindo antes de começar a live. Mas, ó, vamos fazer só um um parênteses. Vamos explicar pra galera o que que é bioassinatura para todo mundo ficar na mesma página, porque nós aqui falando, gente, vamos voltar um pouquinho só para o pessoal entender. Bom, bioinatura é qualquer substância, estrutura ou entidade que seja um indicador de atividade biológica em um outro planeta. Ela pode ser uma molécula, ela pode ser que como a fosfina que a Carola comentou, ela pode ser uma bioconstrução, como os estromatólitos que eu falei, aquelas estruturas de rocha formada por microrganismos. Ou ela pode ser até mesmo pode ser um gás ou ela pode até mesmo ser uma bioassinatura tecnológica, que são chamadas de tecnoassinaturas, também cai dentro da mesma categoria, que é um sinal de rádio, que é uma uma sonda ou qualquer outra coisa parecida com isso. Tipo, o que a gente o que a gente mandou, o que a gente construiu é uma tecnoassinatura. Interessante. E enviou para longe. Então isso é o que é uma bio assinatura. O que normalmente a gente trabalha, a maioria das pessoas trabalham são com bioinaturas moleculares. São moléculas que você vai encontrar em um planeta como Marte ou como em outro ou como no exoplaneta que são indicativos da da atividade biológica. Ó, por exemplo, vamos pensar o contrário. A gente tá procurando vida, mas se alguém tivesse procurando vida e olhasse pra Terra, qual que seria a bioinatura que eles encontrariam na Terra? Hum. Qual seria? Qual seria? de longe, sem chegar aqui. Sem chegar aqui. O cara tá lá no do outro lado da Via Lácto para cá. Algum gás? Não é porque tem que ser alguma coisa que só uma coisa muito óbvia, muito óbvia que ele olharia pra terra e falar: “Caceta ali tem ali tem vida”. Água? Não, não sei qual é. Clorofila. Clorofila. Clorofila. Ah, mas clorofila não é a biocinatura. Clorofila. Clorofila é biocinatura. Ela também pode ficar na atmosfera? Não, você não precisa que ela fique na atmosfera. Você consegue detectar clorofila por por um espectô de massa, você mede por reflexividade da superfície. A luz bate na superfície, ela vai ser absorvida pela clorofila nas florestas e você vê essa mudança do espectro solar. Ah, daria para ver de longe. Esse é uma espectrofotometria, ele chama do red. É a borda vermelha que é típica da absorção da clorofila. Então, se você tiver uma borda de absorção grande na parte vermelha do espectro, isso é um indicativo de de clorofil. E a gente tem muita planta no planeta, entendeu? Então, então isso seria fácil. Você pode falar de outros pigmentos que também são biocsinaturas, ah, como carotenoide, melanina, melanina do peninho, mas eh mas assim, como a gente tem muitas árvores no muitas plantas, né, no planeta, eh, então seria fácil de detectar. E se fosse um gás, Carola, qual que você escolheria? Putz, metano. É, eu escolheria metano. Foi a primeira coisa que eu pensei. Não biológica. É, então, mas aí depende da concentração, né? Porque aí é que nem a fosfina, você dep na no planeta a gente tem ciclos de metano. Putz, é cara, ele tá me olhando com um cara de orientador agora. Ferroga. Fala, fala, fala. Tá certo? Então acho que seria muito mais pelos ciclos do gás do que realmente somente da emissão do gás. O Seigan fez essa proposta, né? Quando a Cassini tava passando, a sonda Cassini que visitou o sistema de Saturno, eh, tava passando aqui perto da Terra, ele ele, o Sean teve essa ideia, o Carl Sean, o astrônomo norte-americano, teve a ideia de olhar, colocar as câmeras pra terra e observar a Terra, exatamente para fazer essa pergunta que você fez. o que uma uma civilização extraterrestre observaria. E o que ele viu foi o metano, mas não só o metano, o metano junto com oxigênio. H porque metano com oxigênio, se você tem em equilíbrio termodinâmico, ele rapidamente é destruído pelo oxigênio e produz CO2. Mas se você tem uma fonte ativa de metano, você vai ver o metano e o oxigênio junto. Então ele propõe que os dois gases juntos são uma biocsinatura potente. Olha que interessante isso, hein? Aprendemos coisa nova. É, eu também não sabia disso. Que legal. É uma proposta do Seiga, mas não serve para todos os tipos de ambiente o metano e oxigênio, porque tem planetas que não tem oxigênio como Vênus. E aí que a gente faz em Vênus, Carol? Sim. Fosfina. Conta. Agora vamos falar da fosfina. Fala da fosfina, Carola. Explica pra gente. Então, alguns anos atrás, no meio da pandemia, saiu um artigo mostrando que havia a presença de fosfina na atmosfera de Marte. Fosfina é Vênus. Nossa, Vênus. É que ela olhou para ela. É, olhei para ela. Mate, batata. Batata. É fome. É fome. Tá chegando a nossa comida já, gente. É bom. Vamos lá. Então, tinha tinha a presença desse gás fosfina na na atmosfera de de Vênus. falei errado de novo de Vênus e só que ele não e ele tinha ciclos também, então era muito semelhante com a Terra. Ele tinha e também nós também temos emissão de fosfina em alguns lugares no no planeta Terra, principalmente em pântanos, porque a fosfina vem de de microrganismos que acabam num processo de decomposição, eles acabam produzindo fosfina. E então a ideia seria baseado também numa teoria de do Sean que era que de haver vida nas nuvens de Vênus. Então, a gente sabe que a a superfície de Vênus é muito muito quente, então não tem como ter vida na superfície de Vênus. E mas que numa determinada altura da atmosfera, a a que a a atmosfera lá é muito mais alta do que a nossa e as nuvens são muito mais altas, muito mais espessas e numa determinada altura você teria uma temperatura mais amena e você teria presença de água líquida, mas não só de água líquida, também de ácido clorídrico, sulfúrico, agora não lembro. eh e que mais que poderia ter microrganismos que conseguiriam sobreviver eh nessas condições. E é interessante essa teoria dele de vida eh nas nuvens, porque a gente sabe que na Terra a gente consegue ter existem alguns microrganismos que conseguem fazer uma parte do ciclo de vida deles nas nuvens, sejam bactérias, sejam fungos. Então, um até um dos projetos que a gente tem, né, que é estudar os biozóis, que são esses marcadores, esses microrganismos que ficam nas nuvens e que são muito importante paraa manutenção do clima na Terra. Enfim, voltando à fosfina, então eles encontraram a a a presença de fosfina em Vênus e que isso poderia ser um indício de vida nas nuvens de Vênus, só que a a concentração era tão baixa que não poderia ser um vida, mas isso acendeu radares de muitas pessoas. Por quê? Porque você parar para pensar, ai a temperatura ela é muito alta para ter uma para ter vida. A quantidade é muito pouca para ter vida. O que que faz a gente ter essa concepção? É sempre o paradigma daqui. É exatamente a gente se baseia na gente, né? Uhum. Será que a gente não tá olhando com a lupa errada pras coisas? Não tô dizendo que vocês estão eu, mas eu tô falando assim, nós como humanidade, será que a gente não olha errado uma lupa distorcida de repente? Que que vocês acham? Bom, não, você p dizer não, ela tá não. Ele ia falar que a gente não tem a lupa. Não é difícil. É difícil porque a gente porque é o ú é a única lupa que a gente tem de fato é a lupa terrestre, né? Mas existem nos últimos anos algumas tentativas de minimizar esse efeito antropocêntrico aí na na busca por bioassinaturas para não procurar tanto tanto bioassinaturas terrestres. Eh, tanto que tem tem as pessoas têm chamado dessa nova eh pesquisa de bioassinaturas agnósticas. Agnóstico é aquela pessoa que não crê nem descrê em nada, né? Só quando a mesma coisa serve pra biocinatura. Biodinatura agnóstica é aquela que que não partiria de nenhum princípio préviou. Uhum. Ou seja, você não parte, ah, tem que ser um organismo baseado em DNA ou baseado em carbono. Você simplesmente joga uma grande quantidade de informações que você coleta em um planeta, numa IA, e ela procura padrões e através dessa procura de padrões, ela tenta dizer se existe vida ou não tem. E o pessoal tem feito isso com espectrometria de massas em Marte e tem conseguido resultados interessantes. Então, parece que é promissor, mas é um dos das poucas maneiras de você ter um tentar tirar esse viés humano. Legal, né? Isso daí na astrobiologia. Isso tá começando agora, é muito recente. Os primeiros artigos são de 2023. Para você alimentar, a saiar também você precisa ensiná-la. E o único jeito de ensinar é ensinar é é treinar ela com dados terrestres. Sim, sim. Aí aí você acaba caindo sempre no mesmo isso não tem muito paradoxo você precisa partir de algum princípio. Existe algumas tentativas mais genéricas, termodinâmicas de procurar por vida, porque a vida ela tem uma tendência a diminuir a a desorganização localmente. Eu não queria falar o nome porque achei que era muito feio para falar essa hora da noite. Fala bastante essa ordem ao caos. Não, mas é é diminuir a entropia localmente, aumentando, claro, no externo, né, no banho. Eh, ou seja, ela organiza as coisas. Então, existem algumas tentativas de você procurar por locais que sejam excessivamente organizados. Se eu tirar uma foto de um planeta e eu encontrar, por exemplo, uma estrutura que parece um coral, ou seja, ela tem uma organização estrutural maior, aquilo pode ser um indício que seja vida. Então, essas são bioassinaturas estruturais. Daí a gente cai de novo. Cara, eu sempre falo que o Nicooleles falou aqui, porque é uma coisa que gravou, eu gravei muito na mente, as meninas também, que ele falou que o nosso cérebro, o cérebro humano, ele não consegue trabalhar com a desordem. Então, ele sempre vai procurar algo lógico para poder explicar aquilo que não teria explicação por não ser algo quadradinho. Patrícia, você precisa conviver mais comigo. Essa não, não, não. Essa daqui um dia me falou assim: “Eu trabalho no caos”. Eu só vivo no caos, lembra? A gente conversou, você ela. Quantos cílios você tem? Quatro. Quatro. Eu tenho um. Eu falei: “Amiga, como é que você consegue?” Porque cria cria o próprio ecossistema. Ela falou isso para mim. Eu disse: “Você acha que eu esqueci? Não esqueci. É autoorganizado. Tipo, a mãe tá de fora só olhando e aí fica aí a bagunça vai se organizando. Vai se organizando. Você sempre vai ter que ter alguém que é líder. E o gente, mas é isso, assim, você ter essa coisa do você jogam um bif ali, não? E ultimamente, então é só pagar a conta e colocar os grandes, grandes, amiga, já tão grandinhos. Mas aí você vê que não tem como você sair dessa dessa questão de desordem se você procurar uma explicação lógica. Então você vai alimentar essas reas sempre dessa maneira, né? Sim, porque é humano, né? Porque é humano isso. A própria pareidol é isso, né? Você identificar padrões de uma um rosto humano, porque a desordem não cabe no seu cérebro. É, mas isso é muito louco mesmo você falando porque mesmo mesmo procurar ordem padrões é humano, né? Pode ser que humano, pode ser que, né? Tipo, cara, não tá tudo bem assim, tá tudo bem e a desordem é a vida, né? Então eu não sei, é isso, é muito maluco. Então se a gente for parar para pensar no James Web agora, né, na nos últimos acontecimentos também foram bioassinaturas que foram vistas, né? Vocês querem falar um pouquinho sobre isso de repente? É, sim, sim. Quais delas? do do James Web, do K218B, por exemplo. É bom, o K218B é um plan um exoplaneta que orbita a estrela K218. Ninguém é muito criativo nessa hora. Nossa, KB K2. Nossa, fal uma coisa feia. Eh, mas o que o web detectou foram algumas, ele faz espectroscopia também, ou seja, ele é capaz de ele é capaz de quebrar o espectro da luz em diferentes comprimentos, em diferentes faixas. ele encontrou algumas bandas que são características de algumas moléculas que são típicas de organismos marinhos. Então, é uma coisa muito louca. Eh, pode ser uma bioinatura, se for confirmada, precisa ser confirmada com alguma observação independente e indica não só a presença de vida, mas a presença de um oceano também naquele planeta. Então, são duas coisas que vêm tempos, né? É. Uhum. Então é muito, é uma coisa que pode ser muito forte, precisa ser confirmado. Uhum. É uma afirmação muito forte que precisa de confirmação. A gente tem toda uma escala, na verdade, para confirmar tais descobertas astrobiológicas, né, que chama cold scale. E Deco, coloca aí na tela, por favor. Te mandei no no Whats. Vocês perceberam taque britânico da sua mão? É, você viu a escala code de frio mesmo, porque ela, o code é sigla pra confidence of life detection, né? A confiança aí da detecção de vida. E tem sete sete eh degraus aí, né, nessa nessa detecção. Então, para quem tá vendo aí na tela, assim, qualquer detecção de vida, por exemplo, da fosfina, na verdade, eh, esse essa escala surgiu depois da fosfina. É, a fosfina foi bem polêmica, né? É, porque quando a fosfina, o o, né, o notícia da fossina surgiu, meu Deus, achamos vida em Vênus, é vida, tem vida testerrestre, pá, pá. E alguns meses depois foi refutado e não era. É, não era. Mas assim, todo mundo, existem muito, muitos muitas agências espaciais que ficaram com a pulga atrás da orelha e existem projetos de se mandar um balão para para Vênus para estudar as nuvens de de Vênus. Sim, é verdade. Corretíssimo. Eh, mas por, tipo, fez de repente fez ali a primeira página dos jornais, né? Achamos vida em Vênus. O teve um grupo de cientistas da NASA, inclusive, inclusive o Jim Green. Jim Green foi um cientista que a gente, eu e a Pat conhecemos, ele foi um dos dos autores do desse paper de definir, de organizar as coisas, né, na astrobiologia, definir uma escala para realmente a gente falar que sim, isso é vida extraterrestre. Então, na primeira, no primeiro nível aí, algum de vocês quer explicar essa, essa essa escala, posso explicar? Então, no primeiro nível, a gente tem, nível um, a detecção de um final, de um sinal, eh, sabidamente resultante de uma de uma atividade biológica, ou seja, uma biocinatura. Detectamos uma uma bio assinatura, por exemplo, do K218B. Hum, parece interessante. Nível dois é a o descarte de uma possível contaminação terrestre. Ou seja, se a gente tivesse encontrado uma biocinatura em Marte, a gente teria que primeiramente descartar que ali o robozinho de Marte, over, não trouxe essa essa essa molécula, essa biocsinatura da Terra que pertence à Marte, né? Eh, nível três é a demonstração, a previsão de produção biológica do sinal no ambiente onde ele foi detectado, né? Ou seja, você demonstra que ele foi detectado ali em loco mesmo, então ali no K218B. Nível quatro, todas as fontes não biológicas conhecidas do sinal demonstradas como implausíveis naquele ambiente. Ou seja, nada mais ali naquele planeta K28B pode emitir tal bioinatura. Ela deve ser biologicamente emitida. Nível cinco, sinais adicionais de biologia detectados independentemente, que foi o que o Douglas acabou de falar, eh, que agora pessoas, laboratórios independentes um dos outros devem detectar a mesma assinatura com o mesmo nível de confiança ali para que a gente possa então saber que aqui, OK, realmente foi detectado por pessoas independentes. Então, é uma coisa que existe de verdade. O nível seis, observações futuras que descartem hipóteses alternativas propostas após o anúncio original. Ou seja, esses elaboratórios independentes continuam fazendo as observações, descartando as hipóteses que não é mais nada daquele planeta que tá produzindo essa bioinatura. E o nível sete, que é a confirmação mesmo, são observações adicionais independentes do comportamento biológico previsto no ambiente. Ou seja, realmente você aí, né, achou da onde vem, laboratórios independentes acharam, confirmaram, observações futuras confirmaram de novo a mesma hipótese que não vem de nenhum outro lugar do planeta. E digamos assim que é o pe review do é o pew da da da fedalia indígena. Exatamente. Ou seja, hoje a gente tem essa escala do K28B, a gente só chegou na no nível um, né? Até agora, na verdade, a gente detectou as bio assinaturas, né? Mas ainda não subimos de nível, então a gente tá muito longe de realmente confirmar que as biocsinaturas ali do K28B são eh são vida alienígena, mas é muito promissor, né? Então a gente vai continuar fazendo esses esses estudos, né? Não, e é assim, eu acho que é muito louco quando a gente pensa em vida fora da terra, porque a gente, cara, o que a gente quer é encontrar um serzinho vivo, bonitinho, fofinho, verdinho, azulzinho, que cor que seja, né? Entendeu? Mas e eu acho que tipo assim, tipo assim, ti eu acho que é mais do que encontrar uma bio assinatura e você continuar com essa coisa vai fictícia da vida, de como é, como que não é, pá, pá, pá, pá, pá. Eu acho que todo mundo quando pensa em vida, você quer realmente encontrar um aquela vida que a gente acha que é vida reconhecer, reconhecer como vida, né, na nossa mente que aquilo é talvez eu honestamente tem algo que eu penso muito que é a gente ainda não sabe enxergar o que é vida fora daqui porque não temos a, por exemplo, você tem um Wi-Fi na época pré-histórica, ninguém vai conseguir captar aquele Wi-Fi, ele tá ali, mas você não consegue captar e e decodificar isso. Talvez estejamos em algo semelhante, não sei. É, você já ouviu a história da biosfera oculta? Não, conte-nos. É uma teoria do Paul Daves, um físico norte-americano, que diz que talvez aqui na Terra, entre nós, nesse momento, existam ETS vivendo, hum, etês microscópicos, microrganismos que têm uma biologia diferente da biologia dos outros organismos, que usem, por exemplo, outras bases nucleotídicas no código genético deles. Porque como que a gente sabe quais são os organismos vivos que existem na Terra? A gente basicamente sequencia o nosso planeta por DNA 16 ou 18s e faz árvores filogenéticas, mas só funciona com organismos que t DNA. Todos os qualquer organismo que não tenha DNA ou tenha alguma coisa diferente, não seria sequenciado e passaria despercebido. Então talvez aqui na Terra existam organismos que sobreviveram do início da formação da Terra. Não são ETs, mas eles sobreviveram lá do início da Terra com outro tipo de biologia e que a gente simplesmente não sabe. O tipo Man in black que seja, se a gente não consegue, se se existe essa possibilidade na própria Terra, quem dera no universo, né? Com todas as probabilidades que ela falou. Sim. Mas seriam seres físicos. Sim, com células, mas só que não tem um DNA como o nosso. Mas como que a gente nunca, tipo, encontrou um desses seres até agora? Porque hoje a gente, a ciência moderna encontra esses seres como a Carola faz, sai sequenciando. Hum. Só que a gente não sequenciou todos. Não, não dá para sequenciar. Você joga no sequenciador, isso não sequencia, porque ele tem uma, tem bases diferentes. Então, pode ser que a gente em É. Aí você volta várias casinhas e aí você fala: “O que é vida, entendeu?” Você volta pergunta. Ó, só vou te pedir uma coisa, não fala de sequenciamento para mim e pra Carola. Entendi. Que então pode ser que a gente simplesmente não ainda não encontrou. E talvez existem alguns e ele propõe que a gente deveria fazer um esforço para tentar encontrar aqui na Terra, porque seria um exemplo de vida exótica, de vida diferente dessa que a gente tá acostumado, tipo alguma coisa do fundo do mar ou que a gente ainda nem explorou respirando, entendeu? Olha só que legal. Ex, existem algumas propostas e estratégias de fazer isso, só que ninguém leva muito a sério essa essa proposta porque acho que é meio descabida e ninguém paga para fazer isso. Se eu escrever um projeto para FAPESP para procurar por por esse tipo, por biosfera oculta, vai ser negado. Provavelmente, provavelmente. Mas tem até aquela questão, eu fui procurar aqui que eu que eu andei lendo esses tempos sobre a até aqui na Terra ter a mescla da vida carbono silício. silício também como sendo algo que é como usar como base como base de vida. Se a gente tem isso na terra, né? Encontra tipo ligação carbonício, uau, imagina fora, né? Se aqui na terra a gente ainda não sabe todos os mistérios. É, com certeza. É, com certeza. Eh, temos o super chat aqui de Jorge Costa Cinquentão. Muito obrigada, Jorge Costa. Ele fala assim: “Morrerá a tabuleta e os versos. Morrerá a rua onde esteve a tabuleta e a língua em que foram escritos os versos. Morrerá o planeta gigante em que tudo isso se deu. Em outros satélites e sistemas, qualquer coisa como gente continuará fazendo versos. Sua senhora. OK. Eu sou muito ruim nessas coisas, mas assim, eu vou falar uma na hora que que você estava recitando, eu eu pensei numa coisa que também quando a gente pensa em paradoxo, quando a gente pensa em vida na Terra, que vem a grande questão: E se não existe ninguém? Hum. Nem a gente. E se não existe ninguém? E se na hora que a gente extinguir, puf, acabou tudo. Acabou. Silêncio. Macabro agora. Acabou. Acabou. Eu, eu, ó, eu fui a pessimista agora. Mas é mesmo, é uma possibilidade, é uma possibilidade. E também isso, mas isso também dá uma responsabilidade. Será que a gente deveria desenvolver uma tecnologia e deveria sobreviver a todos os desastres ambientais e a gente deveria colonizar a galáxia? Então, mas a gente pode colonizar outra, não precisa ser nós, seres humanos, a gente pode mandar células. Eas, que células, bichinhos vivos, leveduras. Ah, para colonizar outros planetas. Pelo menos vai ter cerveja em outros planetas. Ah, boa. Eita, tá nem vi. Eita, pega. De repente o Deco virou Tainá. Era alení. Estamos aqui de Deco para Tainá. Tainá alerígena, cara. A gente pode se entender como tendo essa responsabilidade também em algum nível, né? Eu já fiz quatro filhos. É, mas é mesmo, a gente tava falando disso, na verdade, na live anterior com o César Lenzi, da da consciência, né, e do paradoxo ali do observador, né, de um observador consciente meio que, né, eh, fazer a realidade, entre aspas aí, né, que a gente falou duas horas sobre isso. Mas se nós formos realmente os únicos seres conscientes do universo, nós temos quase como como que a responsabilidade de fazer o universo continuar existindo. Então, mas a gente precisa passar isso adiante. Mas amiga, responsabilidade vai acabar mesmo uma hora. É, então, ou a gente passa isso adiante Aham. e ferra o universo inteiro ou deixa morrer aqui mesmo. Nossa, mas é meio é muito triste porque você pensa que todo ensinamento, tudo que você tudo que a humanidade construiu, não estamos nem pensando em, vamos pensar só, é no no planeta e em todo tipo de vida, mas vamos pensar só na na humanidade. Tudo que você construiu, de repente se vai. Mas a gente tá falando, eu não sei se cabe da gente falar, a gente tá falando mais de um tempo só. um universo, a gente não chegou nesse papo de universos multiversos e etc. E aí, né, aí o negócio se expande um pouco mais. É sim, porque até a nossa existência a gente fica ainda não sabe se a gente tá aqui só nesse plano, se tem coisas além, não sei, não sei. Então, a gente tá muito preso aqui nesse só nessa vida aqui, na vida como a gente conhece, na vida como a gente conhece. teoria das cordas, multiversos existirem, as coisas estão andando de formas diferentes, né? Não sei se estou falando besteira, porque não é minha área, estou falando algo que não sei. Deixa eu ler a pergunta do Giovani do nascimento, R$ 10. Falando sobre genética, a diferença entre um homem e um chimpanzé é pequena e por conta disso somos a espécie dominante. Desculpa, com o nosso DNA, dá para fazer um ser fisicamente superior, mudando muito pouco? Boa pergunta. Bom, primeiro entre o homem e o chimpanzé é pequeno, entre o homem e um camundongo também é pequeno, entre o homem e uma levedura também é pequeno. Então assim, a as as mudanças no DNA, sim, elas são muito muito eh tênuas, são muito pequenas entre um organismo e outro. Aí ele pergunta como como nosso fazer um ser superior mudando muito pouco. Então aí você entra numa outra questão e eh eh assim, você mudar geneticamente alguém, um ser complexo como nós é complicado você mudar um uma bactéria, uma levedura através de uma engenharia e genética é muito mais fácil do que você mudar. Uhum. humano, né? Mas não é impossível, não, não é impossível. Mas com a tecnologia que a gente tem hoje, a gente não consegue fazer isso de uma maneira que seja que seja o corpo inteiro. Tem um filme, né? Tem um filme que é sobre isso que é de ah ai que eles tem um filme Netflix, agora não vou lembrar o nome, hum, que eles estão fazendo um processo de melhorar um ser humano para ir pra, como chama aquela lua? Titã. Ah, é que chama, acho que titã, talvez. A gente falou semana passada, enfim. Então, então, ou seja, mas eu não acho que semana retrasada, ah, muda a célula germinativa. Você não precisa mudar um corpo, né? Todo todo soma. Muda a célula germinativa e deixa crescer. É, mas nem na Dolly deu muito certo. Vai dar certo. Ah, funcionou. Vai, funcionou. Ficou fofinha. Acho que é gata. Gataca. Gata. Gataka. Não, gatak é aquele outro que eles fazem todo eles eles são engenerados, eu não lembro, são são diferentes castas, né, humanas que são geneticamente engenheir na verdade eles, eu não sei se eles não são engenados, eles são selecionados. Ele, eles são selecionados no embrião. Não me lembro. Não lembro muito tempo que eu assisti esse filme. Eles são selecionados no embrião e por isso que não existe o sexo, não existe a reprodução sexuada. É. E aí tem a ideia do cara que é o Etan HK, que ele que ele nasceu de um de de sexo, de de paixão, de amor, enfim, que seja. Olha só. Nossa, de quê? De amor. Ah, você quer saber? A cegonha foi lá, entendeu? Daria teoreticamente para bioengenheirar e clorofila em humanos pra gente poder fazer fotossíntese? Olha. Ô louco. É, daí não precisa mais comer. É que não é só clorofila, né? Você precisa de toda uma maquinaria para fazer a fotossíntese. Então, seria bem mais complicado que isso. E eu comendo, né? Como seria bem mais complicado. Não sei. Hum. Não de maneira fácil. Certamente não de maneira fácil. Nossa, sabe o que eu pensei agora? Esses homenzinhos verdes fazem fotossíntese, por isso que eles são verdes. Me avisa também, cara. Nunca pensei. Então, esse isso agora a loucura agora. Um brainorm interessante. Quem chegou na teoria que eles são verdes? Pois é, da onde que vem isso, né? Mas tem uma tem toda uma dissidência, porque tem os grays, que são os mais comuns, né? Os cinzentos. 50 tons cinzas. Pois é. É. Da onde que veio, né? Mas o verde sabe Hollywood. Eu acho que veio de Hollywood. Já vi já. Hollywood. Não veio do livro do ã J Gilverne? Não, não, do não, de do Wells, Wels ou Guerra dos Mundos. Guerra dos Mundos. Eu não sei se eles eram verdes. Acho que não, mas eu acho que tem uma parte do livro, se não me engano, que fala alguma coisa, não sei se é desse livro, não lembro, que fala algo eh meio que lembra isso. Não sei. Tô errado. Não sei. Realmente não não me lembro. Alguém sabe aí, galera? Coloquem no chat. Vem primeiro os homenzinhos, os os ETs humanoides, eles surgiram primeiro na ficção, né? E depois veio relatos. É porque eles não existem em outros lugares. Essa é sua opinião, Carol. Porque assim, eh, e aí e daí que vem um pouco, né, essa teoria de, tipo, as pessoas só vem ã quando eles elas pessoas vêm alienígenas, elas vêm desse jeito porque é o que tá incutido na cabeça delas de ver, né? Mas para vocês astrobiólogos devem receber muito essa pergunta também, como eu recebo, por que que um alienígena humanoide não rolaria? Não, não, provavelmente não existe. Na verdade, não é porque não existe, pode existir, mas a pergunta é por que ele tem que ser humanoide, né? Por que ele tem que ter dois braços, duas pernas, simetria bilateral desse jeito? Uhum. Porque ele não pode ser como um povo ou como uma estrela do mar ou como um pepino do mar super sexy, não sei. É, mas aí vem também a toda tudo que a gente estava discutindo, né? Antropocentrismo. A gente sempre pensar que nós somos o o mais inteligente, o mais isso, mais aquilo. É. É. É. Porque também assim e se a gente pega só o planeta Terra, né? a diversidade de espécies que a gente tem na terra, estrela do mar, o polvo, a zebra, minhoca, leveduras, não, assim, e são muito mais adaptados a a mudanças climáticas, a a a enfim, colapsos que acontecem do que nós, entendeu? Se você pensar, por exemplo, ah, existem muitos organismos que sobreviveram a a várias extinções em massa, inclusive as abelhas, e que estão até hoje por aí. jacarés, tubarão, enfim. Uhum. Você acha que a gente sobreviveria a uma grande extinção em massa? Não. Duvido. Ou seja, assim, por que que um uma civilização de outro planeta se pareceria humanoide? Que coincidência, né? Humanoide com tanta diversidade de espécie. Até porque diversidade de espécie a gente estava falando muito sobre como que a gravidade, tudo que a gente tem aqui moldou como nós somos, né? Então assim, sim. Não necessariamente os outros lugares até a gente estava falando com o Norton semana passada sobre Star Wars, né? Então, coisas que não fazem sentido, obviamente porque é uma obra de ficção, mas que a gente estava comentando sobre ciência nesse viés, como que tem vários planetas gravidades totalmente diferentes. Os planetas são de tamanhos diferentes, como que eles são todos iguais? E a gente chega lá, caminha, né? Os humanos chegam lá e caminham perfeitamente. É a mesma coisa. Tipo, se for em outro planeta com uma gravidade completamente diferente, ou para mais ou para menos, esses eh seres eles ficariam diferentes, as células seriam diferentes. Até nós se você nascer em Marte amanhã você vai ser diferente. As suas células vão mudar, a sinalização dessas células vão mudar. Então, se você é nasce daquele meio que é diferente daqui, com certeza você não vai ter dois braços desse tamanho com essa proporção, pernas, enfim. Uhum. Uhum. É a proporção, né? Exato. Que essa proporção ela é toda trabalhada. Aliás, tinha uma questão ética interessante que a gente tá discutindo sobre montar colônias em Marte, manter pessoas em Marte e talvez manter multigerações em Marte. Mas no momento que nasceu o primeiro marciano, ele vai crescer lá e ele nunca vai poder voltar pra Terra, porque ele vai ser adaptado a baixa gravidade. Ético fazer essa essa pessoa ser restrita à Marte a vida inteira. Tem um filme sobre isso também. É. E tem um filme ai chama Meu Namorado marciano. É um filme é verdade. É um filme super fofo de que é uma astronauta que descobre que ela tá grávida quando ela está indo para Marte. Ai assim é. E aí? E aí o filho a nasce lá e o cara fica lá. Só que ele começa a a conhecer uma menina por pela internet, se apaixona na terra. Uma menina na terra. Pessoa se apaixona e resolve vir para cá. Tipo, fugiu, fugiu de casa para encontrar menina. Mas é mais ou menos isso. E aí tem toda essa questão, entendeu? Que ele não consegue sobreviver na terra. Uhum. Uhum. Gente, tô gostando. Mas senta o de esse like, galera. E a gente tá dando ainda dicas de filmes hoje. É, lembrar o nome do filme com esse adicional. Posso falar do Life Pix HS? Opa, vai lá. Bora que hoje temos Live Pix. Nossa, tem live Pix. Tem live Pix. Tem live Pix. Sim. Live Pix. Pix, bota aí, tá? Espero que seja com vóz. Olá, boa noite a todos. Eu sou a Amanda, sou professora da rede pública do estado de São Paulo. Eu faço mestrado na área de ensino e astrobiologia. Eu queria saber com vocês, pesquisadores da área, como tornar a astrobiologia acessível a todos os públicos, desde crianças até adultos que nunca ouviram falar sobre esse assunto. Obrigada. Ai, que pergunta maravilhosa. Deixa eu ver que tava baixinho no início. Sumiu. Não consegui ouvir. Amanda Gasparini. Amanda Gasparini. Maravilhosa. Muito obrigada. Tão em cinc, né? Muito obrigada. Alguém falou aqui no chat o serão alienígena, que às vezes ele se transforma em duas meninas, duas mulheres. Muito rico. Boa. Pode ser também uma teoria da conspiração, gente. Eh, gente, respond, por favor, responda essa pergunta maravilhosa. Nossa, acho que divulgação. Acho que é um pouco isso que a gente tá fazendo hoje. é um pouco que existem outras pessoas que fazem isso muito bem, seja em que nem o pessoal da do do Ah, pergunte a um cientista, eh, eu acho que você você tem várias núcleos que que fazem isso. Uhum. É divulgação. Sim. Você o que eu acho é a astrobiologia por si só, ela já tem um potencial enorme de atração. Uhum. Então você começa a falar de ETS, eu acho que você sempre pode usar o gancho do ET para atrair e falar de ciência de verdade, porque o ET é meio besteira, né? Mas vamos falar de ciência de verdade, vamos falar da levedura, vamos falar do povo, vamos falar de alguma coisa mais legal, mas o gancho já tá aí. Usa o gancho, atrai a pessoa e começa a falar de ciência. E quando começar a falar de ciência, é o que a gente sempre fala para qualquer pessoa que vai fazer extensão, evitar de usar jargão, né? Sim. usar palavras do dia a dia que a pessoa conheça, sempre pensa: “Como eu explicaria isso pra minha vozinha?” E conversa normalmente numa boa sobre aqueles temas. E não tenha medo, o tema já é super empolgante e vai atrair a atenção. Aproveita para colocar temas interessantes e temas importantes, como a gente falou aqui de mudanças climáticas, de grandes extinções, coisas que a gente tá causando no nosso próprio planeta e que a gente pode ajudar a evitar também. Então, a gente pode trazer esses temas políticos também de alguma forma para discussão. Sim. E também chamar astrobiólogos e astrônomos para conversar, né, com os jovens. Eu faço, Amanda, eu faço muitas palestras em escolas públicas. Se você quiser, a gente me manda uma mensagem no Instagram e eu vou ter o maior prazer do mundo de conversar com a sua classe. Eh, eu vou, né, muitas escolas assim, converso com os jovens. É muito legal mesmo, porque os jovens nunca ouviram falar de astrobiologia, de repente tem lá uma astrobióloga, né, abre mente assim, né? Desculpa, pode falar. Não, a gente tinha uma competição até um tempo atrás, né, que era o do projeto Garateia, então que era era levar a a ideia, né, de de astrobiologia para as escolas, escolas públicas e escolas privadas. Era uma competição onde os alunos tinham que desenvolver um projeto, um projeto que iria para pra estação espacial. Então, eh as escolas públicas, eu acho que eles não tinham custo, né? e as escolas privadas, eles tinham que pagar uma uma taxa. Eh, esse todo esses projetos vinham pra gente, a gente eh eh via qual que poderiam ser eh realmente que poderiam realmente ir pra estação espacial e no final iam três projetos pra NASA e a NASA acabava escolhendo qual daqueles projetos que era mais viável para fazer na na estação espacial. tinha várias regras, era muito legal porque você tinha desde o do da e era tinha que vir da cabeça das crianças, não podia ser nada muito do professor ou uma tese, não, não, não. Então, e era muito interessante. Então, a gente viu muitas coisas interessantes passando. Que legal. Que quais foram algumas dos experimentos que foram que subiram através desse projeto? Teve o cimento verde, né, que era teve o cimento, teve da Cari, como que a Ki crescia nos na boca dos astronautas. Não, não, mas esse não foi. Não, o que foi do cimento, que foi o primeiro. É o que voou. O primeiro foi do cimento, o segundo foi aquele do ah para filtrar água, que era era um processo de filtragem de água, porque a gente sabe que uma das coisas que é limitada no espaço é água potável pra gente beber. Então, seria um um modelo de filtro, como se fosse um modelo de filtro de barro que a gente usa aqui. Então eles fizeram mais ou menos o mesmo modelo. E eu não lembro, eu não lembro mais. É a nossa levedura. Fala, aliás, Carola, fala. Eu tô vendo que você tá com com a camiseta na Space Beer Project. Fala um pouco do seu projeto. Acho que você trouxe até uma cervejinha aí. Eu trouxe várias cervejinhas, mas ninguém tá bebendo hoje. Ó, pronto, já olhou. Opa, a Tainá já levantou a mãozinha aqui. Então, essa cerveja, vamos lá. Essa cerveja e a história dessa cerveja é muito legal. Ela ela ela é comercializada por uma cervejaria que chama Caibear, que fica aqui em São Paulo. Ela chama Amazon IA. Eh, ela foi feita com uma levedura que eu isolei do Acre. O Acre existe, eh, de abelhas, de abelhas nativas do Acre. Ela é uma uma levedura que já é conhecida para fazer fermentação, principalmente de cerveja. quer dizer, não só, principalmente cerveja, mas enfim, e que é sacaromicis. Então, ela é uma uma uma levedura já pronta para fazer cerveja. Ã, uma parte interessante eh a gente fez essa cerveja totalmente com insumos nacionais, com insumos brasileiros, lúpulo, malte, levedura, ã, água, obviamente. E e ela já ganhou prêmios. Ela ganhou o prêmio de melhor cerveja o ano passado. Ano passado não, acho que dois anos atrás, na Copa Brasil da Braserva, ela ganhou com com o melhor cerveja no no estilo dela, que seria Brazilian Ale. Wau! Uau! E ela depois foi por World Beer Cup, mas infelizmente passou muito. Mas enfim, eu trouxe ela aqui para vocês, para vocês provarem. Que mais? Eu trouxe uma outra também que essa daqui é da Cervejaria Nacional. Ela é uma uma eh uma ela foi feita pro Pint of Science. Para quem não sabe, o Pinch of Science é a maior eh eh evento de divulgação científica do mundo. Eu não lembro exatamente quando que começou o Pint of Science e faz alguns anos que eu produzo cerveja pro Pint. Então a cerveja oficial do Paint a gente que faz. E esse ano a gente fez com uma levedura, uma bretanomicis, que é um tipo de levedura, na verdade ela chama bretanomicesis bruxelenses, então você sabe que ela não veio muito daqui, né? E e só que essa bretanicis eu isolei da Amazônia, eu isolei da região do ato, que é a torre alta da Amazônia, e a gente fez essa essa essa que é BR breta, né? Essa brincadeira com essa levedura que é a primeira vez que ela faz também essa cerveja pra gente. Que legal. Tem mais, tem mais cerveja. É só porque você saiu, Pati. A gente puxou a cerveja que eu fiz, na verdade não tem mais. Elas são eles agora é só cervejas que ganharam esse ano também competição, que é o pessoal da Cyber que mandou. Eles tem um logo, uns logos, olha os logos bonitão, hein? Os logos, os logos. Muito legal. Então, enfim. E por que chama Space Bear Project? Ah, porque a ideia é assim, cara, a gente vai viajar pro universo. É assim, é inevitável o homem sair da Terra. A gente já mandou sondas, já já estamos olhando para para onde nós vamos. Eh, e não dá para a gente sair da terra sem a nossa cultura, sem a a parte das coisas que a gente gosta, porque é muito triste a gente ir para um lugar e não ter o até quando você vai para outro país, você sente falta das coisas do Brasil. Imagina se você for para outro planeta, você vai sentir falta das coisas. Então, uma das coisas que são que é muito importante pra humanidade, pode parecer besteira, é cerveja. cerveja. A, os seres humanos já, já produzem cerveja há muito tempo, seja uma questão de celebração, ser seja por gosto, enfim. Uhum. Por morte. Deixa eu ver aí, cara. Deixa eu ver. É, é muito, isso é muito interessante porque eh inclusive esse fator eh cultural é um pouco o que a NASA tá lendo os guias da NASA do que do que cultivar na estação espacial internacional e que cultivar nas bases de Marte e Lua, né? Porque dependendo ali da da cultura que vai est na base, a gente vai ter que cultivar comidas diferentes. Interessante. É, então se for assim uma vão ser mais japoneses que estão ali, então talvez vai cultivar mais arroz, mais algas. É, porque o peixe não vai dar para levar, né? É, mas se for mais brasileiro, talvez cultivar mandioca, feijão, né? Coisas que os brasileiros gostam, porque realmente a comida tem um fator muito psicológico de bem-estar, né? Assim. Sim. A gente a gente se identifica com a comida, né? você tem o o fator da sua da sua existência, da da sua família, de tudo isso. Então, e a e a cerveja faz parte disso, entendeu? Parece besteira, mas a faz parte da nossa ah vivência, da nossa e vinho. Sim, um confort vinho também, mas quem fermenta vinho também são leveduras, entendeu? Então, por isso que eu falei, o vinho também, né, amig? Vinho também. É, não, mas aí você vai, você vai para tudo. Você vai para vários tipos de fermentados, até mesmo pão. A gente gosta do pão, a gente vive em torno. Eu sei que você não pode, tudo que eu falei para você, você não pode. Cerveja, pão. É que eu sou intolerante a gluten, gente. Mas vinho você pode? Posso. Então, por resolvemos seu problema com bucha. Não, total. O importante é o, o importante é o álcool. Alguém falou aqui, álcool. Cara, mas o importante é o álcool, entendeu? faz parte da da dover com pequenas doses de álcool assim, e não só nós, existem muitos eh animais, muitos organismos, não somente animais, que precisam do álcool. Então, por exemplo, sabia que as borboletas elas têm preferência pelo pelo néctar que já tá fermentado, que tem uma dosinha de álcool? Hum. Olha, elas se acasalam melhor. Elas se acasalam melhor, menos. Exatamente. Vontade e tal. Open bar. Open bar de nectar. Amiga, amei saber disso. Eh, na a gente também tem conversas aí eh com outros agricultores, astrobiólogos que da ideia de levar qualquer coisa que tenha cafeína também, né? Para pr Sim. Por favor. Obrigada. Agradeço. Cafeína. Porque nem pé de café é um pouco difícil, né? Mas, por exemplo, né, de levar o a folha, né, do mate pra poder fazer. Os caras vão querer levar folha de Coca daqui a pouco. É, Carola, tô perguntando no chat se tem onde comprar essas cervejas. Vende, tem um link. É CAR, tem o link. Ela vai, é o pessoal da Cyber. Ciert, nos até o nome dela é é chique. Ó lá, gente, essa cerveja você vai tomar aí pode ser a cerveja que nós tomaremos em Marte. Então, ó. cerveja basicamente marciana. É, e a minha dissertação foi em base em cima disso, entendeu? Em fazer e leveduras que fossem resistentes a condições atmosféricas de Marte. Você falou do balão. Olha do balão do estratosférico das leveduras. Não. Ah, não, não falei do balão estratosférico não, porque era um dos experimentos que eram super legais que a gente fazia. Porque assim, no laboratório a gente criava eh simulava ambientes marcianos, mas tudo separado. Então, simulava eh eh um um ambiente anóxico, ã simulava um ambiente frio, simulava um ambiente com radiação. É, mas assim, você conseguir simular todos ao mesmo tempo ou a gente ia para Marte? Gente, vou vou lá do Lab da gente no simulador de atmosfera. Ah, tem mesmo. Vocês querem ver, galera? Eh, ou a gente iria para pode, lógico, ou a gente iria para Marte ou a gente simularia que na Terra existem um lugar que é muito que tem condições semelhantes, condições atmosféricas semelhantes à Marte, que é na nossa a na na estratosfera, ou seja, na nossa alta atmosfera, a gente tem baixa pressão, a gente tem eh alto índice de radiação, a gente tem baixa temperatura, que mais pouca a disponibilidade de água. Uhum. É isso, né? Perfeito. É. Perfeito. Então, o que que era um experimento muito legal que a gente fazia, que era mandar microrganismos para a estratosfera. Então, esses microorganismos subiam num balão atmosférico. Quando chegavam lá em cima por causa da pressão, o balão estourava, era um balão cheio de hélio, ele estourava. E aí, eh, quer dizer, antes dele estourar, todo aqueles organismos eram expostos a essas condições por alguns minutos, o balão estourava e a gente fazia uma captura, saía correndo atrás do balão para para para pegar o quando caía de para-quedas. Quais eram os efeitos eh que vocês viam nesses microganos? Então essa foi a parte interessante. Aliás, eu comecei a trabalhar com leveduras por causa de um projeto desses, né? E que que foi eh foi observado que a gente tinha muito mais leved as leveduras conseguiam resistir muito mais a essas condições do que as bactérias. Existiam poucas bactérias que que sobreviviam a essas condições e as leveduras eram a maioria. Eh, só que nessa época eles estavam trabalhando com algumas leveduras que já é que já que, por exemplo, tinha uma levedura que chama exofiala, que ela ela produz eh melanina, então ela é preta, ela é negra. Então, a a o esse pigmento já é conhecido por ser eh eh radioprotetor, então já era meio fácil dela sobreviver aquela condução, entendeu? Ou outros que tinham carotenoide e por aí vai. Sim. E aí a minha parte foi começar a estudar os organismos que eram ã que que não tinham cores apigmentados, né, que eram brancos e que poderiam ter essa eh que poderiam também resistir a essas condições. E aí que veio a ideia de falar: “Poxa, vamos pegar uma levedura que já produz coisas, uma levedura que seja uma biofábrica de não somente de bebidas, mas de pão, de de combustível. de fármacos e por aí vai. E aí que veio a ideia da gente mandar sacaromissa e começar a estudar sacaromissa. E aí foi a parte muito legal que meu trabalho de campo era ir nas cervejarias buscar leveduras. Olha só. Boa desculpa, né? Nossa, foi muito difícil esse esse campo. Nossa, não. Isso aí é no final do dia, porque você sai pro laboratório, aí você vai no final do dia, aí o cervejeiro fala: “Nossa, prova essa, né? Vai por aí vai.” Aí você esqueceu a levedura. Sabe que artigo nunca ficou pronto? Mas você falar uma coisa interessante aí de biofarma, né? Explica, porque eu acho que isso pode não ser tão intuitivo. Como que uma um uma célula de levedura pode produzir fármacos e a importância disso para bases mar? Posso pedir um copo antes? Claro. Copo vai ter que ser uma caneca, eu acho, né? Cara, cadê a foto da gente no peg mesmo, não? Pegar o melhor, né? Nossa, pegar o melhor. Deixa eu ter trazer do aqui. É só o melhor, né, Carola? pedir para trazer um copo de Bom, então voltando à pergunta. Ah, pera, volta quando quer? Como que um um organismo unicelular ali, uma levedura, pode ser uma biofarma? Ou seja, como que ela pode produzir fármacos e qual que é a importância disso pras bases marcianas? É, por exemplo, a gente consegue inserir dentro de uma levedura, tá? Vou usar o exemplo como levedura, mas mas existem algumas bactérias que a gente consegue fazer isso. A gente consegue eh eh inserir eh sequências de DNA e e fazer com que essa sequência seja inserido no DNA da levedura e ela comece a produzir eh eh se ela tiver toda a maquinaria, né? Muitas vezes a gente até insere alguma parte da maquinaria também, ela começa a produzir ã determinadas exatamente o que a gente quer medicinais, né? medicinais. Uma coisa muito interessante que é um pouco do que eu faço também é de trabalhar com eh eh leveduras não convencionais. Então assim, quando eu tô falando disso, eu tô falando de sacaromises, que é uma levedura que já é muito conhecida pela humanidade, já é utilizada pela humanidade a milhares de anos de anos antes mesmo da gente saber o que era um microrganismo, eh, no processo de fermentação de hidromel, cerveja, pão e etc. Mas existem outros organismos, outras leveduras, eu falo de leveduras porque é o que eu estudo, eh, que produz outras coisas, que produz coisas que sejam mais fáceis, por exemplo, ã, eritrol. Eritrol é um adoçante já muito utilizado. Existem algumas leveduras que na na na via metabólica dela, ela vai produzir isso. Existe outras que vão produzir ácido acético, enfim. Então, muitas vezes você não precisa engenheirar, você só precisa procurar na natureza e você vai talvez encontrar. Nossa, agora veio o copo X. Eu tecnologiei isso, viu, pessoal? Você utilizar já de eh substâncias, mecanismos e e organismos eh como base para medicamentos, né? Então, a biotecnologia nada mais é do que você usar o que é vivo para fazer a seu a todo o seu favor, né? Medicamentos, alimentos, tudo. Saúde, saúde, tear. É isso aí. E e as bases marcianas, lunares, etc. Assim, né? vão ter que ser bases totalmente independentes, né? Então a importância da gente produzir esses remédios ali nas próprias bases, né? Sim. Sim. Então é quando você pensa, o homem vai paraa Marte, eh, cara, o que que você precisa para sobreviver? Vamos pensar no básico. Comida, água e medicamento. Uhum. E álcool. E cafeína. E cafeína. E cafeína. Cara, a gente precisa de uma levedura que produza cafeína. Imagina. Uau! Sacara o cofe. A gente podia fazer cofe. Sacar o cofe. Muito bom. Vamos, vamos pesquisar isso, meu. Daria um prêmio Nobel da pelo menos. Oigobel é muito mais legal de conseguir porque é tanta gente idiota para cara é muito mais difícil conseguir conseguir que que alienígena vai querer vir conversar com a gente, né? Não. Eles estão olhando falando: “Meu, esses caras tão loucos”. Temos um super chat aqui da Astros Brasil, R$ 5. Voltando ele, a gente vai voltar no tempo agora, voltar lá na nossa conversa. Vocês não acham que estamos procurando de forma errada? Estamos olhando o passado de uma estrela e se procurarmos, não se há vida, mas se vai haver, se vai haver vida. É porque a gente tá olhando o passado sempre, né? Boa pergunta essa. É, sim. É, na verdade, o que a gente pode, quando a gente olha para quando sempre que a gente olha para uma estrela, a gente tá observando luz de anos, luz de distância, portanto de vários anos, às vezes milhares ou milhões de anos no passado. Então, se a gente detectar um sinal extraterrestre, pode ser que você venha de uma civilização que hoje já não existe mais. Uhum. Então, na verdade, a gente tá olhando o passado, né? Não se vai haver, mas se houve vida. Uhum. É tipo assim, nossa, ele vai vir atacar a gente, vai vir atacar a gente, ah, morreu. É mais ou menos isso. Então, e não tem muito como escapar disso, porque a velocidade que a luz se move pelo espaço, que é o mais rápido que a gente consegue. Uhum. A gente sempre vai ter informação sobre o passado. É. E a zona habitável pode já ter deixado de ser a zona habitável. Exatamente. E também tem um pouco do paradoxo também. Eh, se alienígenas a, né, 1000 anos luz de distância tá olhando pra Terra, eles estão vendo dinossauros, eles não estão vendo raça humana, né? Então também pode haver esse desencontro entre civilizações por causa da distância mesmo, né? É, o delay é um pouquinho complicado, por isso que eles não querem chegar aqui ainda, talvez. É, a gente tem que e a gente tem que lembrar, a gente tá aqui na Terra fazendo transmissão, assim, os rádiotelescópios foram inventados nos anos 30, 1930. Então eles malemal tem 100 anos de idade. Aí é muito pouco tempo pra gente estar fazendo essas comunicações de ida e de volta. A gente precisa de alguns milhares de anos para ter uma estatística. Então vamos com calma, né? Antes de dizer que tem ou não tem. Uhum. Vamos dar mais tempo ao tempo. E o mais engraçado que antigamente se assumia que tinha vida em Marte, né? Que teve até uma competição, é que teve uma competição da NASA, não era que para que era para procurar vida como Não, não. Muito anterior era na França, era o prêmio Guzman. Ah, da família Guzman. Isso foi em, sei lá, 1800 por aí. Ó lá o Lucas. Lucas fazendo gracinha. Tem levura selvagem, mas vamos lá, super chat em breve. Olha, mandou 10,90. Rico, Lucas, Lucas. Tá dando dinheiro, hein? Espaço dá dinheiro. Ó, tem levadura selvagem em Marte? Não sei. Ninguém sabe ainda. Acho que selvagem é só você, Lucas. Gente, o Lucas é o nosso parça. Ele veio falar sobre vocês é New Space. Não fiquem com medo de mandar super chat. Não fiquem com medo de mandar super chat. Tá enchendo sa. Talvez a gente faça uma piadinha, mas é só isso. É. Nossa, eu me segurei várias piadinhas aqui agora. Eh, mas a gente a gente não encontrou ainda na vida em Marte, mas o que estamos fazendo para encontrar? Quais são as as missões atuais que a gente tá que estão aí ocorrendo? Vocês estão trabalhando no quê? Não é confidencial? Nossa Senhora não quer responder. A gente assinou o NJ antes. A grande vantagem de Marte é que a gente consegue mandar sondas até lá porque ele tá perto o suficiente do nosso planeta, do nosso planeta. Então, a gente consegue fazer estudos muito mais precisos do que em outros lugares. Existem duas formas de fazer. Ou você pousa e anda com hover, como a Perseverance ou a Curiosity. E o que a Perseverance tá fazendo hoje é além de fazer, ela tem vários experimentos científicos que ela mede no incito, a composição química, a mineralogia, etc. das rochas, procurando por sinais de vida. Ela também tá coletando amostras e colocando em cápsulas e deixando essas cápsulas na superfície do planeta para elas serem coletadas por uma futura missão que vai buscar e trazer de volta pra Terra. Então ela tá ela tá coletando amostras paraa futura missão de retorno de amostras que tá prevista para acontecer lá para 2030, mas ninguém sabe cortando. É muito maravilhoso que o Sérgio ele no espetáculo, teatro, apresentação dele, ele fala sobre isso e fala: “Precisa se ligar que a China daqui a pouco vai lá e vai pegar essa mostra e vai fazer assim, ó, pode acontecer”. É. É. E outro e outra forma de estudar Marte também é com os orbitadores. Marte tem uma série de satélites que orbitam a superfície do planeta e nos últimos anos eles têm feito os mapas super precisos da superfície, mas não só, eles têm coletado também amostras da atmosfera. Foram assim que foram descobertas as medidas de metano em Marte e várias outras coisas super interessantes de da composição do CO2. Tem gente que diz que ele pode ser biogênico ou não, enfim. Sim. Então você pode estudar da superfície e da da órbita do planeta. São as duas maneiras por enquanto. E o que provavelmente vai trazer uma grande mudança, eu acho que são essas amostras que vão voltar pra Terra. Com cerza porque daí a gente vai poder levar pro laboratório e estudar usando síncrotron, microscópios, tudo de tecnologia que a gente tem para ver se ali tem sinais de livedor, uma metagômica. É sim. E a China, a China também mandou, né, um hover, o Chan 3, né, que tá também, quer também trazer essas amostras, né, de volta. Vai lá. Então temos, olha, temos até terra planistas nesse chat hoje. Ai, que maravilhoso, gente. É tão boa essa discussão. Então, mandem uma mensagem pro, esqueci o nome dele, dizendo que a terra é plana. Pedro Souza. Ped, ô Pedro. Ô, Pedro, se quiser a gente pode conversar. Pedro, vem aqui e a gente discute teoria da Terra Plan. Mas sim, eu gostaria de saber qual que é como que é a como que é a teoria do do de vida fora da Terra para um terraplanista. Então, para eles, o sistema da a Terra é um sistema fechado e o que a gente vê no céu está dentro do domo, né? Então não é que a Terra tá um disco não existe universo. Na verdade tem as águas em cima do domo e abaixo. E a o domo que seria o complexo da Terra e aquele universo que a gente enxerga seriam parte do sistema e que a Terra se que tem depois da água. Não sei. Mas as estrelas deve saber. E as estrelas é estrela do mar. Aí o sol e a lua para eles seriam os luminários. Mas as estrelas do céu não não faço ideia. Pedro, fala que que você acha que são as estrelas do céu aí na sua teoria da terra plana que não tem que convidar ele para vir. Não, mas eu acho interessante. Eu comecei a sofrer muito rate de terra planista 50 milhões de anos atrás no Facebook. Eu comecei a estudar para entender o que que é que como que eles pensavam, né? Foi interessante. É, quando você não concorda, não quer dizer que é outra pessoa, né? Eu acho que cada um tem um direito de pensar o que quiser. Não sou terra planista. Ponto. Mas eu fui tentar entender como que eles pensavam, né? E e é interessante, mas é importante entender para você poder entender como como você explica assim da onde que vem o argumento. É porque você não pode rebater eles falando a que o a terra plana é um disco giratório no universo, sendo que não é assim que eles pensam, né? Para eles a a é uma coisa fechada, é um sistema fechado dentro do domo. É. Eh, bom, a gente falou das consequências paraa ciência de de uma descoberta de vida microscópica, que é a vida, forma de vida favorita do Douglas. Todo mundo podia ser assim, cara. Mas imagina se fosse um vírus microscópico, né? Se fosse um vírus e será daí tava lascado, né? É, mas e as consequências, eu gostaria de saber de você, ouvir de vocês, o que que vocês acham que seriam as consequências científicas, filosóficas eh religiosas da descoberta de uma vida inteligente, vamos dizer assim, né? Uma civilização tecnológica. Quais ser, o que que vocês acham que mudaria na Terra se a gente descobrisse uma vida, uma civilização tecnológica no universo? Escala dois. Não é de escala dois, tipo assim, exatamente, de Cardochev. Cardochef. Hum. Eu não sei. Eu acho que tinha um tem um grande potencial de se instaurar um grande caos no nosso planeta. Hum. Por quê? É, tem, eu acho que as pessoas teriam medo. E acho que teria um medo terrível. Ninguém achar que era uma civilização boazinha. A gente, a gente tem medo do Trump. Porque a gente não teria medo de uma civilização escala dois, sabe? Eu acho que a gente teria muito medo. Eu acho que caus teria grandes conflitos. Eu acho que esse é o desastre na Terra. É que esse medo vem do nosso própria história, né? Porque sempre que uma uma civilização mais avançada encontrou uma menos avançada, não deu muito certo pra menos avançada, né? Então acho que é um medo incutido na nossa história da humanidade que uma civilização mais tecnologicamente avançada iria abusar da gente, né? Mas eu acho que teria tem você tem a curiosidade também, entendeu? Então assim, é que eu tô pensando como eu eu não teria medo, eu teria curiosidade, talvez o meu pensamento científico traz isso. Então eu não sei, eu não sei como que a a humanidade agiria. Hum. E pensa, é, tem que pensar com uma grande quantidade de pessoas que têm uma religião, como que elas iam responder a isso. Então, mas é, eu eu sou meio de f pessoas fanáticas, de repente vendo uma civilização, uma grande ser extraterrestre, talvez talvez criasse uma nova religião que que colocasse esses caras como Deus. Talvez isso dá mais velho. É porque a gente deixaria de ser uma criação única de Deus, né? Vamos pensar em termos religiosos assim, né? E cristãos eh na Bíblia não fala nada sobre outras outras civilções, outras criações. Não se, ou seja, deixaríamos de seres especiais e nos tornaríamos somente Então, por isso a teoria da Terra plana, porque ela faz com que o o ser humano seja especial. Ó, nossa, desenterrei, amiga. Desent. Calma, eu tenho uma foto melhor. Minha boca tá meio estranha para fui eu que fiz esse jaleco do Não, a boca tá meio estranha. Tá não não tá não. Para tá horrível. Mostra ver. Ai para nem tinha visto isso. Tá linda na foto. Mostra de quem é essa mão aqui? Gata. É do repórter. A gente tava filmando o documentário do da Simed. Você participou também? Você não lembra não? Você, o Fábio, eu e ela. E ali conta ali pro pessoal que ali é o simulador de atmosferas. É você que é o responsável por esse simulador? Não, você você que é o cara do simulador. Isso é uma câmara que a gente chama de Astrocan, que é uma câmara de simulação de superfícies planetárias. Ela tá, ela é usada na maior parte do tempo para simular as condições de Marte. Então, ela, ela é capaz de simular a temperatura, a radiação, a pressão e a composição gasosa da superfície de Marte. E a gente coloca ali microrganismos para serem simulados, as leveduras da Carola, bactérias ou outras. Às vezes algum aluno tem que dar uma comprimida. Patrícia já foi colocada lá dentro já. Não, pedi, mas não deixaram deixaram. Droga. Muito bom. Mas só para eu mostrar lá o lápis. Muito bom. Estávamos falando sobre sobre as consequências de encontrar vida tecnologicamente avançada. Assim. Então eu eu vejo desse lado que eu acho que vai você tem que pensar a no no momento zero a curto e longo prazo. Boa. Entendeu? A acho que no momento zero sempre ia ter aquele questionamento a mentira é isso, é aquilo, até ver que aquilo ali é verdade. Ah haters, pessoas, sempre esse tipo de gente sempre existe e sempre vai existir. Tem gente que não acredita que o homem foi pra lua. Uhum. Hum. Mas enfim, tem gente que acredita que tá reaplana, mas enfim, o fato real. Ah, aí você teria o o o a curto prazo, eh, que que esses caras querem com a gente, entendeu? O que que eles vieram? Eles são mais tecnológicos com a gente, eles são, eles estão armados, eles têm eles querem invadir, querem matar a gente. Então, você tem esse a curto prazo, qual a intenção deles aqui e como que se comunica com esses caras? Então, eh, eh, eu acho que lógico, você vai ter governos, você vai ter eh um exército que vai tentar blindar a humanidade disso tudo. Eu tô me baseando em filmes, né, no que a gente pensa também, o que que aconteceria. Mas eu acho que o do, se a gente pensar o lado humano, acho que as pessoas ficariam curiosas para saber, lógico, você vai ter as pessoas que vão entrar em pânico, você pode você ter até mesmo eh pessoas suicídios em massa, entendeu? Eh, até você tentar entender tudo que tá acontecendo. E depende também, acho que o quão longe é essa civilização que a gente encontrou tá, né? Tipo assim, se se ela tá lá, né? Sim. Então, mas uma civilização longe é tipo Dan, entendeu? É, eu acho que uma civilização perto ou um cara que chega aqui na terra e que vai vem visitar a gente, chegou uma nave. É. E como vai ter aquela pessoa também que nem vai saber o que tá acontecendo, entendeu? Tipo, é tipo o Dom Luc, né? Aquele aquele filme muito bom, né? no olho para cima do nosso. Nossa, maravilhoso. Uma analogia para muitas coisas. Perfeito. E eu vou falar, a primeira vez que eu vi, eu não gostei. Meu marido, nossa, eu amei. Falei: “Putz, eu tô assistindo isso com olho errado”. Acho que vale, é, vale a pena. É porque ele é bem crítico. Ele é bem crítico em tod em todas. Ele consegue criticar todo mundo, toda, todas as critica tudo de uma maneira excelente, espetáculíssima, né? É, adoro esse filme. E que que vocês acham do filme A chegada, que eu acho que é um filme que tem uma pegada muito do que a gente tá falando aqui, sobre formas de vida que realmente não são iguais à da terra, de comunicação principalmente. Comunicação. Sim, eu gosto. É um filme que eu sou fã porque exatamente mostra isso. Mostra seres não antromorfizados, né? Não são humanoides, mostram uma linguagem diferente que eles têm que aprender. E eu acho que é super interessante do ponto de vista matemático. O filme é super instigante nesse sentido. Eu eu adoro, sou casa do filme. Eles são meio povos, né? Também são meio povos. São meio povos. Não, e tem essa até essa parte do pânico, né? No começo do filme, no começo não, na noquela interação ali, tem aquela parte do pânico, cara. Eles vão matar a gente, eles vão matar a gente até que ela mostra que calma, não é bem assim, entendeu? Não é que nem no programa dos três corpos que é eu não assisti Tramontina pá é Tramontina não vou falar então é sem spoilers que você acha aquela do contato do filme não então eu gostei bastante filme o contato ou o filme gost o contato. O contato. Não, contato. Contato chamada contato. Ah, o contato é muito legal também. Contato é da Jud da Jud Foster. O contato é outro. É verdade. É chegada. A gente tá falando da chegada. É verdade. Aham. É chegada. Sim. É a chegada. Então eu eu também gosto muito que você muda um pouco essa ideia de você abre um pouco mais o campo da astrobiologia, entendeu? É, é verdade. Eu gosto muito da ideia da dessa da língua que muda o cérebro, que a gente estava falando com Gaven, né, outro dia, como que como que a língua mesmo na Terra, nas diferentes línguas na Terra mudam a sua percepção de mundo. E é eles levam, o filme leva isso, né, num grau extremo assim, faz a sua neuroplasticidade atuar em graus insanos. Vamos deixar uma lista de três filmes. Mas deixa só falar mais um filme então. É daquele no começo. Arrival. Ó, gente, esse é o Arrival que é maravilhoso o filme mesmo. O quando a gente antes de começar a live a gente estava conversando sobre o qual seria um filme que que tem vai que tá mais relacionado à astrobiologia. E eu falei daquele filme live, né? Uhum. live que eu não sei como como que é a tradução, a vida que é bem interessante que também tá tá muito relacionado a essa volta das amostras pra terra da essa essa da volta não agora vinda das amostras muito boa é interessante porque tem tem olha a menina do silo, hum tem esse medo aqui da estação espacial internacional que a gosma preta, a gente sabe que você tem essa parte meio fictícia do do bicho se se proliferar em numa velocidade, ah, ué, por que não, né, estratosférica, mas enfim. Mas mas a parte interessante é essa de você, a gente sabe que quando quando essas amostras que estão sendo coletadas em Marte, elas não vão vir para a Terra. Uma das coisas, uma das das ideias é que elas sejam analisadas na estação espacial, porque se der alguma merda, desculpa o palavrão, é, já elimina lá mesmo, entendeu? Olha, a gente precisava disso. É, é que até lá acesso já foi, né? Vai ter vai ter que ir na Action ou na na chinês que até lá, cara, os chinêses já construíram 10 até lá ainda. É, né? Então, mas a outra opção é colocar essas amostras em biocontenção de nível quatro aqui na Terra. Só se fosse nos árticos, talvez. Não, nível quatro é o NB4. Oróum. A gente no Brasil tá construindo um aqui em Campinas, um é um laboratório de biocontenção, de nível de segurança máximo, que é o nível guerra biológica. Então ele pode tratar com ebola, antrax, coisas daí para pior. A gente tem um laboratório aqui que poderia receber amostras de Marte no Brasil. Lembra daquele na época da pandemia que você falou muito de NB1, NB2, NB3, NB4? Tipo, quando você tem aquele aparato, aquelas EPIs para você mexer? Tem vários filmes, acho que retratam isso, né? Sim, tem epidemia. É, e você não pode entrar em contato de forma alguma com a amostra. Então, você tem o fluxo de arente, não é um fluxo de ar normal. Eu tô explicando porque às vezes as pessoas podem tá assistindo, não manjam dessa questão de nomenclatura de B1, B3. É, e assim tudo que na verdade o acho que nem o Ebola é mais tratado como NB4, NB3, ele já é NB3. É, então você todos os organismos que você não conhece, eles acabam sendo NB4. Claro, você não faz nem ideia do potencial patogênico daquilo virulento e tudo mais. Então, vamos deixar três filmes. Que que você acha, menina? Vamos, vamos fala, vamos fala os seus três filmes. Cada um fala três. Não, eu eu concordo com eu acho que a chegada é para mim é a chegada. Na verdade, a chegada é muito legal. Eu acho que tem que tá. Eu também. Então a gente compartilha do mesmo. Para mim a chegada. Para mim concordo com a chegada, mas vou adicionar um contato, que para mim é um filme contato. Eu eu ia falar contato, mas eu gosto do live também. Ah, vou falar o ET. É louca. E não. O que eu acho contat aqui, eu gosto do DT. Não, eu gosto tanto DT que eu até trouxe ele aqui comigo para fazer. Você prometeu pra sua filha que você ia dar um isso? Ele tá mostrando não. Como chama aquele das vacas que é ai aquele é maravilhoso. Tô já vou voltar para casa. É o da minha filha, gente. Não, o das vacas é o Man in Black, não é mesmo? Acho que é. Mas o que eu acho fascinante do filme Contato é que ele aborda não só essa parte toda científica, né, de de procura, set pá, mas também toda a política que existe na ciência, que meu filmes não abordam e que existe muita política na ciência, que meu é um obstáculo sério, né? É, e que talvez a gente até tenha sido visitado por alienígenas e a gente não saiba. É, exatamente. Bom, temos Chegada e contato. Vai, vocês dois adicionem dois filmes. Ué, eu falei live. Life, live da Carola. Prontos, Douglas. Mais um. Tem um filme, mas é meio trash, chama Europa Report. Não sei se alguém assistiu. Você já assistiam? Não, eu não assisti, mas o meu marido já me falou. É meio trash que ele falou que é muito massa. É uma viagem de busca de vida na lua Europa, a lua de Júpiter. Mas não vou contar, né? É, não posso contar assist. Mas é difícil de encontrar esse. Tem no Netflix. Ah, tem mesmo? Tem. Opa. Hoje à noite como chama Europa? Europa reporter. Report. Vou procurar. É muito divertido, gente. É muito divertido. E todo mundo morre. Já falei. [Risadas] Mas eu gosto daquele filme das abelhas, aquele que todo mundo saiu da terra e só sobrou uma pesquisadora que, na verdade, o pai dela era pesquisava ão. Ai, como que era? Ouvi gosto de filmes apocalípticos e é fala de mim. Mas eu tô aprendendo a sobreviver ali, entendeu? É, no chat tão estão sugerindo aqui perdido em Marte, Interstellar, passageiros também são ótimos. Interstellar eu acho chato. Ai, passageiros eu adoro. Quer dizer, é uma sacanagem, mas eu adoro. É, eu também gosto. Exato. Verdade. Falando que a gente é da turminha do chá de cogumelo. Não é que uma viagem interstellar, né? essa essa conversa realmente eh pra gente quase finalizando, fala um pouquinho do do set pr galera, assim que eu acho que isso é um projeto muito legal, né, que a gente tem aqui na terra para buscar alienígenas. Explica um pouquinho o que que é o set. O projeto set vem do inglês, né? Busca de vida inteligente e extraterrestre. E ele é um projeto que tem exatamente esse nome, buscar bioassinaturas, no caso tecnoassinaturas. de vida inteligente, usando técnicas astronômicas, tipicamente. Então, as formas, a forma mais comum de fazer set é usando um radiotelescópio. Uhum. Que é uma antena gigante que capta sinais de rádio que vem do espaço. E a ideia é que outras civilizações poderiam estar gerando sinais de rádio que a gente poderia captar. Então, o Arecibo que a gente viu agora há um tempo atrás é um telescópio que fazia sete, né? Que é o telescópio do contato, né? que aparece no filme contato. É um dos telescópios que aparece no filme contato, não é o único. Então, a ideia é essa, captar esses sinais de rádio e detectar coisas como tá na camiseta da Rebeca. Hum. Sim. O sinal W, por exemplo, que é o sinal W, que foi um sinal que foi detectado, não lembro que ano, 60, 77, não lembro. Acho que foi 77. 77, que foi que é talvez 77 hoje, até hoje existe uma grande controvérsia se ele foi um sinal real ou não, né? explica o que que é o sinal. Para quem não sabe, é um cin lembro exatamente da história, na verdade, mas tava tinha o que eu lembro tinha o pesquisador que tava acompanhando o sinal que tava sendo coletado no pelo rádiotelescópio e em dado momento ele viu uma anomalia no nesse sinal que ficou conhecido como sinal auau. Ele circulou ali e escreveu au do lado e por isso que ficou famoso eh como sinal au e ninguém sabe se era um satélite, se era alguma alguma coisa, alguma interferência terrestre interferência que que deu esse sinal. E o engraçado do set é que ele tem tem várias coisas super interessantes. Uma das coisas que eu acho mais interessante é que tem gente que fala que procurar por ETs é uma coisa inútil, mas o set é a base de toda a computação em nuvem que a gente faz hoje. Lá nos anos 90, Harvard criou um projeto chamado Set at home, Set em casa, porque eles não tinham um computador grande o suficiente, poderoso o suficiente para processar os dados que eles coletavam do radiotelescópio. Então eles fizeram um pequeno software que era instalado nos nos computadores pessoais das pessoas e cada um recebia um pacotinho de dados e deixava o computador processando aqueles dados nos tempos livres, como se fosse um protetor de tela. Quando ele terminava, ele devolvia pro computador central os dados já processados. E isso criou o maior computador delocalizado do nosso planeta, que foi a primeira computação em nuvem já feita. Olha só, a computação em nuvem nasceu para procurar ET. É uma coisa assim que ninguém pensa muito. É, tá aí os Pinof. Mas isso, isso, essa é a parte interessante porque a gente muitas vezes vem sempre aquele aquela questão, mas cara, por que que vocês estão gastando dinheiro procurando vida fora da Terra? E muitas vezes a a tecnologia é desenvolvida para isso, para coisas do noso dia a dia. Sempre fala aqui, a pesquisa aeroespacial, ela é feita justamente, claro, temos o objetivo de eh viagens e colonizar planetas, mas o que a gente tem de retorno pra Terra acaba sendo tão ou mais importante quanto, né? É, sim. É, na verdade é muito cultural dentro do setor espacial da gente ter sempre essa preocupação, né, de que todas as pesquisas deem algum retorno benéfico para pra terra, né? Isso é muito importante. Tá no coração de todo cientista espacial, né? De todo astrônomo, astrobiólogo, farmacêutico espacial, etc. É, antes de fazer cerveja em Marte, a gente precisa fazer cerveja aqui. É, sim. Exatamente. Exatamente. Eh, Taina, temos algum Ah, tem aqui um super chatinho que eu que eu pulei. R$ 5 do Geovânia branches. A radiação prejudica o DNA, a microgravide. Não, a radiação prejudica o DNA. A microgravidade prejudica os nossos órgãos. No espaço, a microgravidade também prejudica o DNA. Essa é para Patrícia. Vai, Fati. Sim. Tanto a microgravidade quanto a Deixa eu ler a pergunta dele para eu não para eu falar em ordem. A radiação prejudica o DNA, micro prejudica os Sim. Ó, a tanto a gravidade quanto a radiação prejudicam o DNA. E a gente consegue analisar isso muito bem, porque existem alguns genes que são associados a essa alteração do DNA. No corpo humano a gente chama ele de P53. Esse P53 é o danadinho que se der qualquer BO ali nele, tudo vai pro saco. Então sim, a microgravidade ela tem essa capacidade de alterar algumas eh sinalizações entre as células e também a o citoesqueleto de algumas células acaba sendo alterado e com isso a gente tem uma reação em cadeia. Então não é com certeza que pode acontecer que vai acontecer, mas pode acontecer sim da microgravidade causar um dano do DNA. Tanto que isso é uma das primeiras coisas, inclusive eu e a Carola, a gente estuda muito isso juntas. Eh, é uma das coisas que primeiro a gente faz o screening, é entender se teve o dano de DNA. A gente olha primeiro isso, se não teve, parte para as outras coisas. É, e assim, e tem uma parte interessante. A gente estuda, não nós somente como grupo, mas todo mundo que estuda astrobiologia, eh, estuda muito microorganismos, né? que é muito mais fácil se mandar microorganismos para espaço do que seres humanos e muito mais fácil de analisar, de matar e enfim. Uhum. Eh, então, uma das coisas que que já já é visto, que que já existem trabalhos publicados, que já existem resultados, eh, é que, por exemplo, alguns eh vírus, bactérias e e leveduras, fungos, eh eles se tornam mais patogênicos em microgravidade, eles se proliferam mais rápido. por exemplo, leveduras, teve um experimento que fizeram um tempo atrás, nunca foi publicado, eh, que e que que era para produzir etanol no aliás, era era até uma cerveja, eh, que foi feito até por uma cervejaria chamada Corns, nos Estados Unidos. E só que ela ela foi feita por estudantes e acabou nunca sendo publicado, mas eles viram que a no processo de fermentação para produzir a cerveja se produzia muito mais álcool, muito mais rápido do que aqui na Terra, no mesmo processo. Então, ou seja, é um mecanismo de defesa do microrganismo ou ele se tornar mais patogênico ou ele produzir substâncias para se defender e até mesmo a proliferação. Então, quando você tem o organismo, ele tá se proliferando, ele sai daquela fase de como fala, como chama? Nossa, esqueci, ele vai direto pra fase e eh eh é, ele sai da fase estacionária e não era nem fase estacionária e vai direto para inicial. Ah, tá. Não, não, enfim, eu me perdi agora também. OK. É a primeira fase lag. Lag. ele sai da fase lag e vai direto pra fase e e exponencial. Então, ou seja, ele se prolifera muito mais rápido. Então, tudo isso é um mecanismo e tudo isso, lógico, tá? Você tá alterando o o DNA, você tá alterando o metab o metabolismo desses organismos, entendeu? Sim. Uau! Interessantíssimo, né? Então, ou seja, se você vai fazer uma viagem interesterar, você sa você interstellar, não, interplária, você sabe que você vai sofrer consequências porque o seu corpo tá cheio de microrganismos e esses microorganismos vão se prolifer mais rápido e o que é patogênico vai se tornar pior. Então, isso é então por isso que a gente também estuda a questão de vírus e vacinas muito na estação. E por isso que é importante a a empresa farmacêutica por trás disso tudo. Exatamente. Inclusive o microbioma dos nossos astronautas, né, que vai literalmente pro espaço quando você tá no espaço. Já estudou o cocô dos astronautas? Não. Então, eu tava lendo alguns estudos sobre isso. A gente já sabe que os questão da malacésia, né, que acontece na pele já é por conta dessa alteração. É uma doença causada por fungos. Eh, e aí os astronautas eles têm muita malacésia, então, e é um fungo que é difícil de você de você eliminar. por causa dessa plorifação, né? Talvez. É assim, porque você tem uma microbiota, é, você tem uma uma microbiota que vive na sua pele que acaba protegendo o seu corpo. Eh, é o que eu falo, a gente sempre quando pensa em microorganismo, a gente sempre pensa naqueles ruins, não matar, vão matar, mas tem aqueles caras que vivem ali, que fazem parte da sua da sua da sua epiderme e que e que e por exemplo, então quando você tem em contato com um fungo desse, ele não deixa esse fungo avançar, ele não deixa esse fungo proliferar, entendeu? Disbiose. Disbiose é quando você tem uma, a gente vive numa homeostase que é um equilíbrio dos bons e os maus. Só que com a microgravidade e com a radiação também você tem essa esse desequilíbrio que causa essa disbiose, né? Então você tá mais propenso a ter determinados tipos de doenças como a malacésia, entendeu? Olha só, você acaba entrando naquele naquele quadro de pessoas que são imunidas, entendeu? muda também. É, eu acho que assim, conforme a gente vai proliferar a raça humana mais e mais, né, as bases extraterrestres em martilo, etc., eu acho que em algum momento a gente vai evoluir, né, para poder lidar com essa com esses efeitos de microgravidade. Sim. Ou se extinguir. É muito otimista. A gente é prazer ter ele aqui no podcast. Ele vai vir com uma camiseta #vemmeteor. Exatamente. Meteoro sou eu. Maravilhoso. Ou se extinguir, Dougro. Assim é verdade. Pelos microorganismos os seus favoritos. Mas são, né? É. Como chama aquele filme também que é que é o o vírus que acaba Ah, nossa, hoje tá filme filme total. Aquele Guerra dos Mundos. Ah, é sim. Guerra dos Mundos, né? É, é verdade. É verdade. Pode ter mais alguma pergunta assim que você quer fazer? Não, já fiz todas. Temos mais alguma aí no super chat Pix. Não, não, galera, mas muito obrigada pela participação de vocês hoje. Vocês foram excepcionalmente excepcionais hoje. Maravilhosas perguntas. O chat também aqui tava pegando fogo. Muito legal. Eh, Carola e Douglas, diga onde que as pessoas podem encontrar vocês aí online se vocês tiverem alguma presença online. Online Douglas não tem não. O Douglas é o cara mais Não, não existe online. Tá, ele é tão sabe aqui, ó. A nata científica não é milhões de seguidores, é você ser low profile e ser conhecido mundialmente como esse ser aqui. O dia que eu tive uma reunião com ele no microg, quantos anos faz isso? Uns 10 anos. Pensei: “Meu Deus, eu vou ter uma vou ter uma reunião com com era o Lucas para Era o Lucas, não era o Lucas e o Douglas. Na reunião eu passava, gente, eu tenho uma reunião com o Douglas Galante, não tava nem acreditando, tá? E naquela época, é, não era essa coisa de redes sociais absurdas, é o nome e o reconhecimento dele científico, acadêmico. Que isso, meus amores, ó? Não, e eu também tinha isso. Falei: “Nossa, o Douglas, o Douglas”. Aí o dia que ele me chamou de vaca num grupo, falei: “Mas a gente mandou até um um emoji de vaca.” Eu falei: “Cara, gente, como a gente é a linguagem do amor. Eu sei, bullying é. E e você, Carola? Space Bear Project. Pode achar no Instagram Space Beer Project. Vocês vão ver um pouco de ciência, um pouco de cerveja, um pouco de memes idiotas. É muito boa mesmo. Só adoro a Carola. E aliás, a gente tem um aqui no Brasil, né, a uma comunidade de astrobiologia. fala como que as pessoas podem entrar nessa nessa comunidade. A gente tem uma sociedade de astrobiologia, né, que é a Sociedade Brasileira de Astrobiologia é a SB Astrobio. Então temos um site, temos rede social, é SB Astrobi, é fácil de achar. Espastrobil, qualquer um pode se tornar membro, né? Eh, qualquer um que esteja, não é aberto geral, não só para interessados, mas é para quem esteja trabalhando com astrobiologia. Pode ser em divulgação, pode ser em um professor que trabalha com projetos emologia na escola é mais do que bem-vindo a se associar. Pronto. E a gente vai ter a nossa reunião anual dias 13 e 14 de novembro desse ano. Então em breve a gente vai colocar no site também as informações, mas já fiquem atentos aí. Pronto, gente. Então, ó, quem quiser se engajar mais na astrobiologia pode entrar aí na na sociedade de astrobiologia do Brasil. Bom, Patrícia Lazaroto, @patrícia Lazaroto no Instagram, para quem for seguir a Patrícia, meu Instagram é Rebeca Gonçalves. Você coloca Rebeca Gonçalves lá, você já consegue me encontrar. Uma fotinha com robozinho assim, um roverzinho de Marte. E deu aí, Tainá? Deu, Tainá. Falou.