Os desafios para os Fundos Imobiliários em agosto
0O mercado de fundos imobiliários fechou o mês de julho em queda. O IFIX caiu 1,36%, terminou o mês cotado a 3.436 pontos e agora no mês de agosto, o mercado de FIS passa por três desafios para continuar se mostrando atraente aos investidores. Eu sou Fernando Cesarotti, editor de fundos imobiliários dos portais da Suno e vou te contar quais são esses três desafios. Antes, peço que você siga o Sun Notícias aqui no YouTube e se você gostar desse vídeo, que deixe o seu curtir aqui para que ele possa chegar a mais gente, a mais investidores interessados no mercado de fiz. O primeiro desses desafios é lidar com a SELIC a 15%. Esse talvez seja o desafio mais tranquilo. Afinal de contas, a Silic tá em processo de ascensão desde o ano passado e a gente viu o mercado difícil se recuperar ao longo do primeiro semestre deste ano, né, subindo mais de 10% no acumulado do ano, mas é sempre complicado lidar com o cenário de juros altos. Eles podem até ser benéficos para os fundos de recebíveis, né, os fs de papel, principalmente aqueles que têm um portfólio com mais títulos atrelados ao CDI, que sobe junto com a CELIC. Porém, o aumento do custo do crédito pode dificultar a situação de alguns dos devedores desses títulos e, portanto, levar aí a eventos de inadimplência, né? Quanto mais alto o juro, maior o risco de calote para os fundos imobiliários. No caso dos fis de tijolo, né, os segmentos de galpões logísticos, shoppings, imóveis corporativos, eh imóveis de varejo, supermercados, etc., os fundos imobiliários vão enfrentar o risco da queda da atividade econômica, né? Afinal, a CELIC é elevada justamente para isso, para reduzir o nível da atividade econômica e assim conter a inflação. Então você pode ter alguns shoppings aí tendo redução no consumo, né, mesmo nos supermercados e tal, e mais dificuldade eventualmente aí de alguns fundos fecharem novos contratos, embora alguns dos setores estejam ainda bem aquecidos, né, o segmento de logística puxado pela demanda sempre crescente do e-commerce tem mostrado aí bastante resiliência e muitos dos especialistas já estão de olho, na verdade, em sinais de desaceleração, né, da atividade econômica e da inflação para já começar a projetar quando o AELIC vai cair. Em embora a maior parte dos especialistas acredite que isso é assunto só para o ano que vem, o segundo desafio é algo que impactou indiretamente o mercado durante o mês de julho, que é o tarifaço do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Embora as tarifas de importação, né, que os produtos brasileiros terão que pagar lá nos Estados Unidos são menores e menos extensas do que a gente imaginava, né, muitos produtos foram isentos. A gente ainda não sabe exatamente como isso vai impactar. Também tem muitos setores que terão que pagar essas tarifas e devem ter as suas vendas ao mercado externo reduzidas, por exemplo, o café e a carne. A gente ainda não sabe como isso vai impactar na inflação ou na atividade econômica, né, nos níveis de emprego, por exemplo. E isso pode afetar indiretamente o mercado de investimentos, já que a percepção de que a CELIC vai ficar mais tempo em alta pode levar os investidores para renda fixa e retirar a liquidez do mercado de fundos imobiliários. Além disso, também a gente viu em julho uma queda do capital estrangeiro, né, na bolsa brasileiro, justamente por essa incerteza de como a economia nacional ia reagir. A gente ainda não sabe se esse fluxo de capitais, né, muita gente diz que a bolsa brasileira continua barata, entre aspas, a gente ainda não sabe se esse fluxo vai voltar e se essa liquidez vai poder entrar no mercado de fiz. Então, esse é mais um dos desafios. O terceiro desafio é o risco de taxação dos dividendos. Para quem não se lembra, em junho o governo emitiu a medida provisória 1363, que determina a taxação de dividendos de fiz e fia em 5% a partir de janeiro de 2026, né? Embora a medida provisória ela entre em vigor a partir da publicação, no caso da criação de um imposto novo, né, ou da imposição de um imposto a algo que era isento anteriormente, isso só pode acontecer a partir do próximo ano. A questão é que para virar lei, a medida provisória tem que ser aprovada após 4 meses da publicação. Isso vai ser lá em meiados de outubro. Se ela não for aprovada no Congresso e ela tem que passar para votação na Câmara e no Senado, essa medida vai caducar e a lei, né, a proposta do governo não vai valer, não vai ser convertida em lei a medida provisória. Esse assunto ficou meio murcho agora em julho, né, tanto diante da questão das importações como também porque o Congresso estava em recesso. Na semana que vem, né, tô falando agora na sexta-feira, 1o de agosto, na semana que vem, a partir do dia 4, o Congresso volta suas atividades normais e certamente a medida provisória 1363 vai entrar em pauta e a gente sabe que isso vai dar bastante discussão. Para saber como essa história vai se desenrolar nos próximos meses, eu peço mais uma vez que você siga o Suno Notícias aqui no YouTube, que você também acesse os nossos sites, o suonotícias fiz.com.br br para acompanhar a nossa cobertura do setor de fiz. E se você gostou desse vídeo, deixe sua curtida, deixe seu joinha, o seu hype, compartilhe com seus amigos ali, com o seu grupo de investidores, para que eles também fiquem por dentro e não percam nada sobre os fundos imobiliários. Um abraço e até o próximo vídeo.