Os Estados Unidos vão invadir a Venezuela e caçar Nicolás Maduro? – Entenda o caso!
0Ao estilo dos filmes de Hollywood, no final de julho, o governo dos Estados Unidos divulgou um cartaz de procurado para o presidente venezuelano Nicolás Maduro. A recompensa, apenas 25 milhões de dólares. Mas acreditando que o valor ainda era pouco, no dia 7 de agosto, eles aumentaram essa recompensa para 50 milhões de dólares, tornando essa a maior recompensa que os Estados Unidos já ofereceram em toda a sua história, maior até do que a oferecida por Osama Bin Laden. Mas por quê? Nesse vídeo você confere o que levou o governo norte-americano a aumentar a recompensa num valor tão alto. Verá também que essa não é a primeira vez que uma recompensa foi colocada sobre a cabeça de Maduro e que mesmo assim isso não impediu o governo norte-americano de negociar com o governo da Venezuela ainda este ano. E que bom estarmos juntos mais uma vez. Espero que esteja tudo bem com você. No dia 29 de julho, o governo dos Estados Unidos emitiu um cartaz procurado para Nicolás Maduro, uma recompensa de 25 milhões de dólares. Conforme as acusações feitas pelo governo dos Estados Unidos, Maduro estaria envolvido em narcoterrorismo, facilitando a entrada de drogas e até mesmo armas para os Estados Unidos. Não apenas isso, mas eles também acusam Maduro de ser o líder do cartel de Los Soles, uma organização terrorista internacional. A declaração do Departamento do Tesouro Americano diz que o cartel de Los Soles é um grupo criminoso sediado na Venezuela, liderado por Nicolás Maduro Moros e outros membros de alto escalão do regime de Maduro que corromperam as instituições do Estado venezuelano, incluindo os setores das Forças Armadas, serviços de inteligência legislativo e judiciário para viabilizar o tráfico de drogas para os Estados Unidos. Ou seja, Maduro não é o único procurado dessa lista. Além dele, os Estados Unidos também estão oferecendo uma recompensa para Diosdalo Cabelho Rondon, o ministro do Interior, Justiça e Paz, e também para Vladimir Padrino Lopes, o ministro da defesa. Apesar das acusações e da grande recompensa, fato é que esta não é a primeira vez que isso acontece. Em 2020, durante o primeiro mandato do presidente Donald Trump, ele já havia oferecido uma recompensa pela prisão de Maduro. Na época, o valor era de apenas 15 milhões de dólares. Com o tempo, esse valor acabou subindo para 25 milhões. E, no entanto, quem subiu esse valor não foi Trump, mas sim o ex-presidente Joe Biden. o governo Biden. Os Estados Unidos subiram uma recompensa contra Maduro como retaliação ao seu novo mandato presidencial, o que gerou uma revolta quase mundial. Conforme Constituição Venezuelana, desde 2009 está estipulado que não há nenhum problema no fato de um presidente se manter no poder, indefinidamente, desde que a cada 4 anos ele continue sempre vencendo as eleições. Entende, né? A grande questão não foi maduro permanecer como presidente, mas sim as inúmeras denúncias de fraude e manipulação eleitoral que a sua eleição enfrentou. Estados Unidos, União Europeia e vários países da América Latina, como o próprio Brasil incluído no meio, ainda não reconhecem formalmente Nicolás Maduro como presidente legítimo da Venezuela. Quando os Estados Unidos deixaram de reconhecer Maduro como um líder legítimo, eles logo apoiaram Edmundo Gonzales, o principal opositor de Maduro. Eles chegaram até mesmo a reconhecê-lo como presidente legítimo da Venezuela. Em 2019, durante o seu governo, Trump impôs várias sanções à Venezuela, além de ter reconhecido Juan Gaidó como o verdadeiro presidente do país. Na época, ele visava a derrubada de Maduro do poder, porém não conseguiu alcançar esse objetivo. Agora, em 2025, Donald Trump retomou a antiga recompensa por Maduro, mas não sem antes fazer um acordo com o próprio governo venezuelano. Em julho de 2025, uma semana antes de divulgar o cartaz procurado, os Estados Unidos enviaram representantes até a Venezuela, onde os dois países negociaram troca de prisioneiros. Richard Granell foi o enviado da Casa Branca, tendo se reunido diretamente com Nicolás Maduro. O acordo entre as duas nações era de que os mais de 200 migrantes venezuelanos detidos nos Estados Unidos seriam enviados de volta à Venezuela, enquanto a Venezuela enviava aos Estados Unidos 10 presos políticos. Na ocasião, esse acordo entre os dois países pegou todo mundo de surpresa. O especialista em segurança e defesa do escritório de Washington, Adam Isaacson, chegou até mesmo a comentar que entre os governos de Trump e Maduro não há amor, mas certamente há menos tensão do que durante os anos Biden. Uma semana depois, Nicolás Maduro já tinha um prêmio milionário pairando sob sua cabeça. Mais recentemente, no dia 7 de agosto, essa recompensa subiu para incríveis 50 milhões de dólares, uma recompensa maior até mesmo do que a que os Estados Unidos ofereceram pela captura de Osama bin Laden logo após o atentado no dia 11 de setembro. A procuradoraagal dos Estados Unidos, Puny, reforçou que na visão americana Maduro é um dos maiores narcotraficantes do mundo, representando uma ameaça à segurança nacional. Ela ainda afirmou que a Agência de repressão às drogas, a DEA ou Dian, o americano, confiscou cerca de 30 toneladas de drogas que estariam diretamente relacionadas ao governo Maduro e seus aliados, sendo que o próprio Maduro teve bens avaliados em 700 milhões de dólares confiscados. Em suas palavras, ela afirma que o Departamento de Justiça confiscou mais de 700 milhões de dólares em ativos ligados a Maduro, incluindo dois jatos privados, nove veículos e outros bens. Por isso, dobramos a recompensa para 50 milhões de dólares. Sob a liderança do presidente Trump, Maduro não escapará da justiça e vai responder pelos seus crimes. Depois de todas essas ameaças e de um prêmio milionário Recorde, por onde será que Maduro estaria se escondendo, hein? Bom, talvez se escondendo não seja a palavra certa, já que Maduro continua na presidência da Venezuela, seguindo a sua agenda, participando de atividades oficiais e fazendo exatamente as mesmas coisas que sempre fez. Na Venezuela, o governo afirma que não se preocupa com a medida e a rotina de Maduro segue normalmente. Em declaração, Ivan Gil, o chanceler da Venezuela, disse que a recompensa patética de Pamela Bondy é a cortina de fumaça mais ridícula que já vimos. O seu show é uma piada, uma distração desesperada de suas próprias misérias. A dignidade de nossa pátria não está à venda. Repudiamos essa operação grosseira de propaganda política. Mas mesmo com a Venezuela repudiando essa recompensa dos Estados Unidos, Maduro mantendo a sua rotina, as coisas podem não acabar bem. Atualmente, a Venezuela vem enfrentando um enorme isolamento diplomático, não apenas por parte dos Estados Unidos, mas também pela União Europeia e todos que ainda se recusam a reconhecer as últimas eleições presidenciais. A situação, do ponto de vista da política internacional não é nada favorável. Isso significa então que os Estados Unidos poderiam invadir a Venezuela e capturar Nicolás Maduro à força? Bom, apesar de ser impossível prevermos o futuro ou as ações de Donald Trump, as chances de que isso aconteça são baixas. Apesar de toda a pressão que a Venezuela vem enfrentando, ela ainda conta com importantes aliados internacionais, como China, Irã e Rússia. Uma invasão norte-americana seria vista com maus olhos, tanto por esses países como também por toda a comunidade internacional, a qual já vem discordando com várias atitudes tomadas pelo líder norte-americano. No momento, as ações que os Estados Unidos vêm realizando, além de aplicar sanções aos líderes venezuelanos, estão nas recompensas ofertas. Porém, esse tipo de recompensa é considerado mais como um artifício para fazer pressão contra o governo de Maduro do que uma tentativa séria de levá-lo à prisão. Se formos levar em consideração o histórico passado, essa é a terceira vez que os Estados Unidos estipulam uma recompensa por Maduro. Dessa vez, logo depois dos países terem feito acordos bilaterais. Ou seja, não é de hoje que os governos norte-americanos, sejam através de Trump ou Biden, tentam tirar Maduro da presidência. O grande diferencial é que essa é a primeira vez que um prêmio tão alto é oferecido. Se alguém irá atrás de Maduro para reivindicar uma recompensa de 50 milhões de dólares, é o que o futuro pode dizer. E você acha que essa recompensa será suficiente para derrotar Maduro? Deixe nos comentários. Nós agradecemos muitíssimo a sua companhia especial. A gente se vê num próximo vídeo.







