‘Oumuamua era uma nave alienígena? Tudo o que sabemos até agora!!

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Em 2017, o Muamua fez uma visita até o nosso sistema solar e nós só notamos quando ele já tinha ido embora. Em 2019 foi a vez do Borisov chegar bem perto da gente e também vindo de bem longe. Agora em 2025 os cientistas acabaram de detectar que outro objeto misterioso de fora do nosso sistema solar está vindo em nossa direção. Um bem maior e muito mais rápido do que os anteriores. Nesse vídeo você vai conferir o que nós sabemos sobre esse novo visitante misterioso que vem até nós e quais os riscos que ele pode trazer consigo. Dessa vez, nós temos a vantagem da antecipação e sabemos exatamente quando ele atingirá o ponto mais próximo possível da Terra. Apesar de não termos a tecnologia necessária para interceptá-lo, trata-se de uma chance única de poder estudar esse viajante que vem literalmente do outro lado do universo. E que bom podermos estar juntos novamente. Espero que esteja tudo bem com você. Sempre que falamos em escalas astronômicas, é difícil compreendermos o quão distante um objeto é do outro. Para entender melhor sobre o impacto desses objetos vindos até nós, como o Mua Mua e agora o 3 e Atlas, primeiro temos de entender a dimensão da nossa própria vizinhança. Para começar, nós temos os planetas, como a Terra, que é onde nós vivemos. Ele é um dos vários planetas que giram ao redor do Sol e formam o nosso sistema solar, que pode ser comparado a um bairro. Ao redor do bairro há vários outros sistemas estelares, como Alfa Centaure, sendo que cada um tem a sua própria, vamos dizer, família de planetas. Esses são os nossos bairros vizinhos, OK? Todos esses bairros fazem parte da nossa galáxia, conhecida como Via Láctea. E nessa analogia seria a nossa cidade. Mas claro, essa não é a única cidade que existe. Há várias outras próximas, como Andrômeda e a Galáxia do Triângulo. Todas essas galáxias juntas fazem parte do superaglomerado de Virgem, o qual seria o nosso estado cósmico. Subindo ainda mais, nós chegamos a Laniaker, um super aglomerado gigantesco que pode ser visto como o nosso país. Por fim, tudo isso se conecta através de filamentos cósmicos, a maior estrutura do universo, que une todo o resto numa rede continental do universo. E acima de tudo isso, ao próprio universo em si, ou seja, o mundo inteiro em que vivemos. Esse pequeno comparativo é só para que possamos entender melhor a a dimensão do espaço, como ele se divide e onde nós estamos. Agora você deve estar se perguntando onde entram os nossos visitantes nessa história, né? O Muama, Borisov e o 3 e Atlas são considerados viajantes interestelares ou que vem de fora do nosso sistema solar, diretamente do bairro vizinho. De qual bairro especificamente? Isso é algo que nós não temos a menor ideia. Nós só sabemos que não é da nossa vizinhança. Mas ainda que não tenhamos identificado de onde eles vêm, eles são os viajantes mais longincos que nós já recebemos. Até o momento, nós nunca encontramos nenhum objeto físico que tenha vindo de outra galáxia, ou seja, de outra cidade vizinha. O primeiro viajante a chegar até nós foi o homoomô. Você se lembra? em 2017. Mas com importante detalhe, nós só percebemos que ele veio quando ele já tinha ido embora, visita de médico, né? Quem descobriu foi o telescópio Pan Stars S1, localizado no Havaí. E por isso ele foi batizado com o nome havaiano, Omua Muaua, que em havaiano significa mensageiro do passado distante. O misterioso objeto tinha cerca de 230 m de comprimento e tudo o que sabemos é que ele entrou na nossa vizinhança sem avisar, chegou perto do sol, deu uma voltinha nele e depois seguiu viagem rumo ao espaço interestelar. Tudo no omuamua era diferente, o que levou muita gente a até mesmo acreditar que ele pudesse ser uma nave alienígena. A trajetória que ele fez formou uma hipérbole, algo que nós não tínhamos observado antes. No momento em que ele chegou bem perto do sol, a sua trajetória mudou, de tal modo que muitos cientistas teorizaram ter sido uma mudança manual, apesar da maioria tratar como um fenômeno natural ainda não totalmente compreendido. Para completar a lista de esquisites, ele chegou até nós com uma velocidade de 26 km/s, fazendo dele o objeto mais rápido a deixar o nosso sistema solar. Bem, pelo menos naquele momento, até hoje, os cientistas não sabem se ele era um asteroide, um cometa ou algo no meio dessas duas categorias. Há aqueles como cientista e professor da Universidade de Harvard, Evobe, que ainda creem que se trata de uma nave alienígena. Infelizmente é impossível termos a resposta para essa pergunta, ainda mais agora que nós não temos a menor ideia de por onde anda o Mua. O grande azar foi só termos tomado conhecimento quando ele já tinha ido embora tarde demais. Algo bem diferente do Borisov. Em agosto de 2019, a Terra recebeu seu segundo visitante interestelar, o cometa Borisov. Dessa vez, já estávamos atentos à possível visita de viajantes de outros bairros do universo. E o astrônomo Guinade Borissov foi capaz de detectar o cometa se aproximando em direção ao nosso sistema solar. Essa antecipação deu aos cientistas tempo suficiente para se prepararem, o que fez com que fosse possível catalogar o misterioso viajante. E ao contrário do Omuomoa, que nós ainda não temos certeza do que era, o Borissov, nós sabemos que era um cometa. Em dezembro de 2019, Borisov chegou a 180 milhões de quilômetros da Terra, sendo esse o mais perto que ele já chegou de nós. Dessa vez, pela primeira vez na história, os cientistas puderam analisar um objeto interestelar chegar e partir. Inclusive podemos ver ele se fragmentar enquanto se afastava. Apesar de ter sido um grande feito, isso apenas levantou mais dúvidas ainda sobre o omua. Afinal de contas, porque ele também não se fragmentou, como aconteceu com Borisov? Essa é uma das perguntas que ele levantou. Em vez de se despedaçar, ele simplesmente continuou reto, sabe-se lá para onde. Bem, mas ainda há muitas dúvidas a serem respondidas sobre esses viajantes misteriosos. Mas agora na primeira semana de julho de 2025, os cientistas acabaram de fazer uma descoberta impressionante. Há um terceiro objeto interestelar vindo em nossa direção. Esse objeto foi descoberto pelo telescópio Atlas e antes mesmo de chegar até nós já vem chamando atenção de cientistas de todo o mundo. Isso porque já supera em muito o omomoa em tamanho e velocidade. Enquanto o Omoa Moa contava com 230 m de comprimento e uma velocidade de 26 km/s, segs, o 3 Atlas possui uma velocidade de 60 km/s, além de impressionantes 20 km de comprimento. Mas esse tamanho pode acabar sendo um pouco menor, pois conforme as análises, esse objeto é totalmente composto de gelo. Justamente por isso, os cientistas estão ansiosos para estudá-lo. quanto antes. Sobre isso, Chris Lint da Universidade de Oxford diz: “A pressa nesse momento é que queremos observá-lo antes de aquecer enquanto se dirige para o nosso sistema. Estamos interessados em estudá-lo como uma relíquia congelada de outro sistema planetário, não uma relíquia congelada de um sistema planetário que foi bem cozida e derretida pelo nosso sol. As primeiras observações da NASA classificam o objeto como um cometa. No entanto, são necessárias mais análises antes que possamos saber com certeza, o que ele é. A única coisa que nós sabemos é que ele vem em nossa direção, mas claro, não necessariamente muito perto, pois o estimado é que ele chegue no máximo a 240 milhões de quilômetros da Terra. Então pode ficar sossegado, nós não estamos em rota de colisão. Que alívio, né? Após os astrônomos do mundo inteiro voltarem seus telescópios ao 3 e atlas, eles descobriram que ele chegará ao seu ponto mais perto do sol por volta de outubro. Quando ele estiver sob a gravidade solar, as estimativas indicam que a velocidade dele será ainda maior do que 60 km/s, o que, por si só faz dele o objeto mais veloz a entrar e sair do nosso sistema solar. Bem, infelizmente, mesmo que saibamos quando chegará, nós ainda não temos a tecnologia necessário para interceptá-lo com uma sonda ou um satélite. Sobre isso, o astrônomo Mark Norris da Universidade de Lancashire, no Reino Unido, diz que se lançássemos hoje, a coisa já teria desaparecido. Nos próximos anos, as coisas podem mudar. A Agência Espacial Europeia planeja enviar a sua missão Comet Interceptor ao espaço em 2029, em que aguardará para atacar cometas recém-escobertos ou até mesmo um objeto interestelar. Se apenas estudar um objeto vindo de outro sistema planetário já é algo incrível, quando pudermos interceptá-lo e trazê-lo até nós, as possibilidades, sem dúvida, serão ilimitadas. Em outubro, o visitante chega ao nosso bairro e, pelo menos dessa vez, ele anunciou a sua vinda. No momento, tudo o que podemos fazer é aguardar e estudar o objeto, o que por si só é algo incrível. Tudo começou com Omuomora, que veio e se foi, deixando inúmeras perguntas para trás. Depois tivemos o Borisov, que podemos estudar, mas ainda que brevemente. Agora nós estamos prestes a receber a visita do 3 e Atlas, o maior e mais veloz dos três. A grande verdade é que mesmo que os cientistas clamem saber exatamente qual será a trajetória dele, trata-se de um objeto totalmente diferente de tudo que nós já vimos antes. Um bloco de gelo de 20 km de comprimento, viajando a mais de 60 km/s. O que acontecerá com esse objeto? Quando ele chegar perto demais do sol, o gelo irá derreter, mudando a sua trajetória ou a velocidade dele? Ou melhor, o gelo irá derreter, revelando ter algo mais no seu interior? Bem, essas são algumas perguntas que, por mais que os cientistas tenham feito cálculos, nós só teremos certeza quando isso de fato vier acontecer. Pelo menos agora, nós sabemos que essas visitas são mais comuns do que imaginávamos e talvez no futuro sejamos capazes de forçar um desses visitantes a ficarem por aí mesmo. E quanto a você, arrisca algum palpite sobre o que o 3 e Atlas realmente é? Será que é um novo omuom ou apenas mais um cometa? Diz aí pra gente. E muito obrigado pela sua companhia, sempre muito especial. A gente se vê num próximo vídeo.

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