“Passar uma lei” não vão combater exploração de menores

O Felc, youtuber, produtor de redes sociais, aí fez um vídeo muito bom expondo como se usa redes sociais, principalmente o Instagram, para divulgar, promover e comercializar pornografia infantil e sexualização de menores. O vídeo teve um grande sucesso, que é merecido porque o vídeo é muito bom, é um assunto muito importante, mas infelizmente isso tá sendo usado agora pela esquerda e alguns outros elementos censuradores para falar. É por isso que nós precisamos então aprovar um projeto de regulação de redes sociais, que na verdade quem entende o que é esse projeto e entende o histórico do que o PT fala, é um projeto de censura de redes sociais disfarçado de vamos cuidar das crianças. E isso engana muita gente, porque muitas pessoas caem no, tá, mas a gente sabe que isso acontece, o que nós vamos fazer sobre isso? E caem vários argumentos de o que que nós vamos fazer, quais são as leis, como é que as redes sociais vão ser responsabilizadas. Então vamos conversar sobre isso, certo? Vamos entender. Primeiro o que que o Felca tava expondo ali, resumidamente. Segundo, por que que criar mais leis ou ah, o estado tem que resolver, não vai resolver porque eles já têm todos os dispositivos que eles queiram, que eles podem querer para resolver isso. Não resolvem porque eles não querem, não existe interesse do Estado em resolver isso. E vamos discutir mais profundamente também como isso na verdade revela uma falha, uma fraqueza, um analfabetismo moral na população. Não só de quem pratica isso, porque quem pratica isso é doente mental e tem que ser, eu ia falar preso, mas na verdade é mais uma cura por alta inserção de chumbo em grande velocidade. Mas das outras pessoas que estão ao redor disso que vem isso acontecendo e ficam quietas falando: “É pai, mas isso aqui deixa”. ou que acham isso normal. Pra gente entender que isso vem também de uma grande falta moral da nossa sociedade, o que me volta o argumento de regulação do estado também, que é para falar que que você acha que vai acontecer numa sociedade com morais extremamente fragilizadas quando o estado tem poder de dizer o que que é censurável ou não, né? Então vamos lá. Então primeiro, para quem não viu o vídeo dele ou não tá muito perdendo o que tá acontecendo, o que que ele fez? É um vídeo extremamente importante que eu achei muito bom de mostrar. Olha, especialmente no Instagram, mas em todas as redes sociais acontece, tem gente postando conteúdo de crianças que é conteúdo sexualizado ou conteúdo assim que às vezes não tem nenhuma maldade, mas que pedófilo olha e encontra a maldade, porque é um doente mental que precisava ser executado. E além disso, existem pessoas também que t negócio, que tem um business de pegar menores, sexualizar, adultizar, né? Tanto que o nome do livro do do vídeo dele é adultização, colocar como se fosse um adulto e colocar para fazer coisas assim que o senão ele fala: “Cara, isso aqui é para um público doente mental consumir. Ele mostra como, e isso acontece, ele mostra como isso se torna um negócio, ele mostra como você pode usar o algoritmo do Instagram para isso.” E algumas pessoas entenderam, ah, não, ele tá falando que o algoritmo no Instagram ajuda a isso. E obviamente a esquerda vai ter o interesse em detorpar falar: “Não é de fato o argumento do Instagram favorece pedofilia”. Não, o que ele tá falando é o seguinte: se você entrar no seu algoritmo de qualquer rede social e começar a procurar alguma coisa e curtir, assistir, engajar, o Instagram vai mandar mandar mais disso para você ou qualquer rede social, na verdade. Então, se você fizer uma conta com esse olhar maldoso e começar a a curtir esse tipo de conteúdo, a rede social vai entender que ah, você gosta de ver conteúdo de criança, vou mandar essas coisas. E aí você conseguiu transformar o negócio numa arma. E ele mostra inclusive como tem gente usando isso para criar perfil com link de venda de conteúdo e tudo mais. Você fala: “Gente, é isso aqui é tá sendo usado como um pipeline de venda de pedofilia, fim de de material que não tem discussão. E ele fala: “Não, tem is tem que ter soluções. Isso aqui tem que ser isso aqui tem que ser combatido e tem que ter medidas”. Ele fala de algumas medidas, como, por exemplo, CPF para criar conta, algumas coisas assim. a gente vai entrar nisso mais paraa frente, a gente volta nisso aqui. Mas o ponto principal aqui é que ele expôs isso e muito rapidamente a galera de esquerda que é a favor de E é legal você ver os perfis dos caras porque assim tem uma galera que tá preocupada com isso assim genuinamente, mas você vê o perfil de quem tava falando isso é foto do Marx Lenin Mal Setung, bandeirinha de cuba, foicinha, entendeu? A galera que s ali e fala: “Cara, eu sei o que você quer”. Começou a usar isso para falar, tá vendo? Por causa disso, nós precisamos aprovar projetos que regulam mais as redes sociais, porque não tem lei para responsabilizar isso. E aí muita gente cai nesse argumento de não tem lei e esquece que para começo de conversa existe Marco Civil na internet e Estatuto da Criança do Adolescente. O Estatuto da Criança do Adolescente e Conselho Tutelar e várias outras coisas já podem ser usados hoje para tirar a guarda pais que participam disso. Porque ele mostra ele, cara, tem a mãe vendendo a criança. Isso acontece. Hoje já existem os dispositivos legais para isso. Ah, por que que não acontece? Porque o estado não está interessado de ir atrás, caçar e punir. Crime. Ponto. E isso não é pedofilia, isso é qualquer crime. Me fala a última vez que você foi assaltado que os caras foram lá, caçaram, que foi resolveu e você conseguiu suas coisas de volta. E isso não é só nas coisas pequenas. Olha o INSS. Não existe interesse do estado em ir atrás de crime. Aí você fala: “Ah, mas o estado brasileiro, a lista do”. Para quem não conhece o caso, ostein era um cara que tinha uma ilha a onde tinha exploração sexual de menores, entre várias coisas. E pessoas foram transportadas no jatinho pessoal dele para ir lá visitar, participar. E a lista de quem estava, quem foram os clientes dele é conhecida. Ele foi preso, ele se matou na cadeia, né? Inclusive a pilota do avião, Gislane Maxwell está presa por isso. E agora estão dizendo que não é uma mentira, é um Hes. Isso aí nunca existiu. Ah, sim. Ele se matou por um H e ela tá presa por uma mentira. Foi, foi tudo mal entendido, né? Essa lista existe e o governo Biden não publicou e o governo Trump não está publicando isso. Não existe interesse, não é do Estado brasileiro, não existe interesse do estado de resolver os seus problemas. Porque aqui já é para você entender um ponto libertário muito importante. O estado não existe para proteger você ou seus filhos. O estado existe para cobrar imposto de você. O resto que ele coloca é umas firula pra galera achar que tá ganhando alguma coisa e cala a boca. OK? Isto posto. Voltando, existem instrumentos legais hoje? Sim, existe o estatuto da criança e do adolescente, Conselho Tutelar, Polícia e tudo mais para caçar mães, pais que estão fazendo isso e derrubar. Por que que eles não fazem? Porque não é prioridade. E se tivesse mais uma lei ia continuar não sendo feito. Ah, mas o mas isso aí tá na internet e tudo mais. Já existe o marco civil da internet para regular isso. Já existem os dispositivos hoje. E não precisa nem falar de lei. Até porque, vamos lembrar, precisa de lei não é mais argumento no Brasil. Se uma coisa foi demonstrada pelo Alexandre de Moraes e pelo STF nos últimos anos, é que você não precisa de uma lei para fundamentar suas ações. Você na Suprema Corte pega o seu martelo, bate na mesa e fala: “É para fazer, porque se nós, que somos quem decide o que é a lei, falamos que é”. É, não interessa se está escrito ou não. Não interessa se é constitucional, inconstitucional. Nós falamos faça-se, isso é o regime que nós temos no Brasil hoje. Então assim, não ter lei, mesmo que fosse, também não seria argumento. E falando de Supremo, o atual ministro da justiça, ex-ministro do STF, Lewandowski, é comandante da Polícia Federal. Institucionalmente, a Polícia Federal responde ao Ministério da Justiça, certo? Ele poderia hoje, nesse momento, enquanto nós estamos falando, abrir o celular dele, criar um grupo do Zapar o diretor da PF e alguém do Banco Central, o Galipolo, presidente do Banco Central, e falar: “Ó, acabou, eu quero operação infiltrada, bota a gente para ir atrás disso, tá? Os os perfis estão lá, bota a gente para falar disso, cria uns fake lá, fala com os cara, rastrei os pics, Banco Central, rastrei os Pix. Vocês têm os dados todos, essa definição do Pix, vocês sabem para onde faz cada centavo. É por isso que ninguém foi preso no INSS, inclusive, porque eles sabem para onde foi o dinheiro. Mas a gente tem como fazer isso. Então, eu quero que se investigue, eu quero que se prenda e eu quero no mínimo 25 pedófilo aqui na minha frente em um mês e nós vamos tacar no presídio para enfiarem vassoura no cu deles. Ele podia ter feito isso a qualquer momento da carreira dele como ministro da justiça. Por que que não fez? Então, esse papo de não existem instrumentos hoje para combater o crime, para ir atrás de pedófilos, não sei o quê, é simplesmente de quem fala, quem é instruído é mentira e de quem é população comum é ignorância. Mas existem. Inclusive isso é politizado, porque quando teve votações para endurecer penas em crimes edos, a esquerda votou contra. Quando teve as denúncias de tráfico de criança, de tráfico sexual na ilha de Marajó, boa parte da esquerda tirou sarro da Damares que denunciou isso. E eu entendo que a Damares tem lá os seus defeitos, tá? Agora, vocês lembram que teve assim tentativa de CP, teve um monte de coisa e o pessoal do esquerda parece que era contra. Por quê? Porque era mais importante não deixar a direita ter um ponto certo e denunciar algo grave, investigar, punir e falar resolvemos do que de fato resolver. Essa era a prioridade política deles. Então assim, entendam isso é politizado, já tem os instrumentos, o governo simplesmente caga para isso. Como última evidência, ele forneço, foi aprovada uma lei que cria uma base de dados nacional de pedófilos, de infratores sexuais. E a notícia de junho é que já tem 7 meses em junho que estava tudo pronto, aprovado e o governo Lula ainda não fez o database disso. Então já tem uma lei aprovada que vai ajudar a combater isso. E o governo Lula não implementa nem essa. Então se ele não consegue nem usar essa, por que que a gente acha que colocar outra vai resolver? Porque não é sobre combater pedofilia. Porque vamos lá, segundo ponto, essa lei de regulação de redes sociais, para quem não conhece ainda, deixa eu dar uma explicação rapidinha, é uma lei que, na verdade, cria um instrumento de censura. a ideia do projeto que tentaram votar em 2022 e falhou, que tentaram para votar em 2023 e falhou, que tentaram ressuscitar de outras formas e que no fim das contas o STF teve que canetar que é lei porque sim, eu disse acabou, o que de novo acaba com o argumento de não tem lei. Se se o STF quisesse eles canetavam amanhã que está implícito do não sei o que que tem que ter e acabou. O STF teve que canitear essa lei dizendo de dever de cuidado e tudo mais. O que de novo também acaba com o argumento de já tem lei porque já tá no acordão do STF, que eles canetearam para virar lei uma coisa, sendo que não teve nem votação e tudo mais. O que a que essas que essa lei faz, o que elas diferentes estruturas foram propostas se resume a uma coisa. O governo vai ter o poder de dizer pras redes sociais: “Eu não gosto de certas coisas e vocês têm que combater elas”. Se eu achar que vocês não estão combatendo elas da forma adequada, na minha opinião completamente subjetiva, que vocês não tm como prever, eu posso sancionar vocês, multar, interferir ou proibir. Quais são as coisas? Você e rede social tem que adivinhar quais são as coisas que eu não gosto. Vocês têm que adivinhar as coisas que podem ser consideradas por mim o governo como ataques à democracia, como ou seja lá o que for. E vocês têm que adivinhar o que vocês têm que fazer para combater isso. Se vocês não corretamente divinarem o que era para fazer, de que jeito e como, eu posso controlar vocês. O que gera uma segurança, insegurança jurídica gigantesca, em que redes sociais teriam que então preemptivamente banir certos conteúdos ou certos produtores para falar assim: “Cara, pode ser que algum ministro não goste disso, então faca nesse troço todo”. E aí falou: “Ah, mas é que isso aqui também vai ser usado para combater pornografia infantil. Já existem todos os instrumentos hoje e não são usados. Vamos lembrar que, e não é nem só o governo Lula, todos os estados brasileiros, o governo de estado, o que for, eles não conseguem evitar celular, golpe, maconha e prostituição dentro da cadeia. Por que que você se convence que eles então vão falar assim: “Vamos então desmontar redes de pedófilos no Brasil? Vamos dar para eles o poder de regular redes sociais e o que tá sendo falado amplamente para eles então usarem o que eles já têm para fazer o que eles já podiam fazer e não querem fazer.” Só que aí o curioso é que quando eu critiquei isso no Twitter, surge uma galera, tem uma galera canalha, desoneste de esquerda e tudo mais que é blocamente, tem a galera que olha para isso e pensa assim: “Pô, mas então o que que você sugere?” E e eu entendo, mas às vezes é curioso até que vem um tom de assim, pô, então você acha que é para fazer nada? Isso é uma confissão da falência moral desse país. Além do vídeo do Felka, além dele expor isso, né? tudo que eles pôs, não tô dizer que o vídeo é eh, mas o que ele põe, além de tudo que aconteceu, as pessoas olharem e falarem assim: “Eu não consigo conceber nada na minha cabeça além de pedir para um político resolver. Você entende que isso é uma falência moral? Vamos lá. O que que a gente pode fazer sobre isso? Primeiro, a gente precisa entender que isso aqui acontece as claras. Ah, porque é culpa da rede social, porque é culpa do não sei o quê. Mesma coisa que falar que assalto é culpa das armas ou do carro que o cara usa para fugir ou o que for. Isso aqui acontece primeiro porque tem gente doente, mental, pedófila e segundo isso acontece as claras. Tem programa disso, tá tá nas redes, tá no mundo real, porque pessoas ao redor ou começaram a achar isso normal ou olham para isso e fala: “Tá errado”. Mas eu vou me omitir porque eu não vou me arranjar problema, porque eu preciso ganhar o meu dinheiro, entendeu? Então eu vou deixar para lá. Esse cara não tava fazendo, os caras que ele mostra ali não estavam fazendo isso dentro de uma caverna. Quem que tava vendendo as roupas? Quem que tava gravando, editando? Quem que era os produtores? Quem que tava alugando os imóveis? Quem que via isso acontecendo na rua? Quem que os pais? Cadê tudo isso? Claro, tem gente ali que é de fato pedófilo e concorda com isso aí. Tem cadeia, tem execução, isso aí é outra discussão. Quando tô falando assim, quem passou, quem viu isso de alguma forma, eu fui lá, sei lá, limpar a piscina e vi. Todas essas pessoas ou acharam isso, né, mais um dia normal no Brasil ou resolveram ficar quieto. E aí nós começamos a ter a resposta de por que rede social não caça isso. Porque ele está correto, o Felka tá muito correto em falar, é irresponsabilidade a rede social cagar para isso aqui porque se ele consegue, ele criar um perfil, bater umas pesquisinhas ali simples e encontrar os cara, a moderação de redes sociais também consegue. Então, por que que as redes sociais ignoraram isso? E aí vem até uma coisa curiosa, porque às vezes a galera vê assim, não, mas pô, o Rafael, ele defende capitalismo, né, livre mercado, empresa, então naturalmente ele vai falar que a empresa tá sempre certa. Tem pessoas que tm esse entendimento assim meio simples, não, as empresas erram também. E aqui não tem discussão, as redes sociais estão erradas. É incompreensível não ter um batalhão lá dentro que passa o dia inteiro caçando esse troço para denunciar de alguma forma. Mas eu consigo imaginar uma resposta deles que é: a gente vai caça, bane o perfil, pega o CPF, pega todos os dados, dá paraa polícia, a polícia fala: “Ah, vou, vou, que bonito o seu desenho, vou colocar aqui. Aí eu vou ver e te falo.” Eu eu imagino uma rede social respondendo isso. Agora, a rede social deveria fazer alguma coisa sobre isso? Eu acho que sim. Só que perceba que a rota correta é justamente o que o Felca fez, expor isso, educar o público sobre isso, gerar revolta sobre isso para que pessoas olhem e falem: “OK, eu quero cobrar soluções disso, eu vouar isso em redes sociais, eu vou cobrar disso e eu vou fazer e vamos criar um movimento para que isso seja visto, porque isso pega nas marcas e nos anunciantes. Você quer que alguma coisa aconteça em redes sociais? pega nos anunciantes. É o que fizeram para tentar derrubar o Elon Musk quando ele comprou o Twitter e tudo mais. Foram nos anunciantes e falaram: “Ah, agora vai poder ter nazismo, antissemitismo, pornografia infantil, não sei o quê, no Twitter, não sei o quê”. Os anunciantes saíram e de fato teve um problema. E aí o Lomas que teve que se espertar, colocar CEO, colocar toda uma estrutura de, ó, estamos verificando, combatendo isso aqui e mostrar pros anunciantes que tava sendo e os caras voltaram. Dá para fazer a mesma pressão aqui falar anunciantes. Olha, você nunca sabe quando o teu anúncio da Gillete ou da Coca-Cola ou do teu carro ou do que for vai cair no meio de um conteúdo desses. Então, né, pode ser um problema. Ah, mas Rafael, isso pode ser usado de forma canalha também. Sim, tem organizações aí que fal que inventam que o cara é nazista, o que for lá e tentam cortar os anunciantes dele. Sim. Agora assim, o fato que eles fazem isso funciona, mostra que é uma estratégia, ela pode ser usada pro bem também, sabe? Se tiver pressão forte nos anunciantes, se tiver revolta em cima disso, vai ter uma medida de redes sociais de atrás disso. Eu acho altamente provável, porque eu conheço essa galera de dentro redes sociais e eles vão se preocupar muito com o faturamento, eles vão se preocupar muito com imagem. Inclusive isso cria também um diferencial competitivo que alguém pode falar: “Olha, pera aí, e se eu, pô, pera aí, quanto que custa criar uma equipe para caçar isso? Se eu fosse eu, essa é minha primeira pergunta. Quanto custa para criar uma equipe disso?” Vamos lá. Custa quanto por mês? 100 pau. Tá bom? Ok. Então, se a gente criar isso e for atrás, caçar e derrubar todas as contas, começar a fazer relatório todo mês de quantas a gente derrubou e tudo mais, quantos por quanto mais de anúncio a gente consegue catar só por causa disso, pô? tá dando de você entende que imediatamente vai dar dinheiro ir atrás disso agora que ele transformou em um diferencial. Porque às vezes parece que as pessoas acham que a a rede social não se importa e tudo bem e dane-se nada. E isso sim falar também do lado moral disso, porque outra coisa que pode muito bem acontecer é agora as diretorias de redes sociais olharem e falarem: “É, agora zedou, tava na nossa lista de problemas, agora subiu pra primeira porque o cara chamou atenção. Vamos resolver. E se for o caso, parabéns, Felca”. Mas isso também mostra pra gente que você não precisa botar o estrume de um político no meio de alguma coisa para resolver. E por último, tem um outro problema aqui que precisa ser discutido, que é a impunidade. Eu dei a dica ali atrás porque tava na pauta, eu pensei, pô, mas na verdade se encaixa aqui. Eu devia ter pensado isso na pauta, mas desculpa, eu não tive muito tempo para planejar isso aqui. O Brasil é o país da impunidade, não só para pedófilos. Lembra da manchete? foi, acho que semana passada do cara que foi detido pela polícia 86 vezes e o juiz falou: “Não, vamos soltar porque a gente não tem como fazer o exercício de futurologia de saber se ele vai delinquir de novo.” Isso é em todos os crimes, desde soltarem o Lula até o vagabundo que já roubou, que já fez tudo, tem 350.000 passagem, ser solto de novo e fazer de novo. A gente sabe que esse é o país aonde bandido não vai pra cadeia. E o crime acontece porque indivíduos de moral fragilizada fazem uma conta. Qual é a recompensa que eu ganho se o meu crime der certo? Qual é a chance de eu ser pego? E se eu for pego, qual é a minha punição? Se ele achar que a multiplicação da chance dele ser pego da punição é maior do que o ganho, ele não faz. Se ele achar que vale a pena, ele faz. Até por isso daí vem a expressão inteira vale a pena. Então você pode criar vários instrumentos, você pode criar apenas, não vai ser execução, vai ser 85.000 anos de cadeia, vai ser vassoura no cu todo dia, tal. Se o cara sabe que ele vai ser pego e pode comprar o juiz, que ele pode, porque isso vive acontecendo, se ele for preso e ele sabe que o processo vai demorar 15 anos e que dá para fazer um monte de coisa, ele vai fazer. O sistema brasileiro é sobrecarregado de processos, tudo demora. Isso imaginando que chega no processo, né? Se a polícia vai lá até fazer, porque a polícia também é sobrecarregada. E aí você cria um ciclo vicioso, porque é o seguinte, se todo mundo sabe que cometer crime vale a pena, porque no Brasil vale. No Brasil quem é honesto é honesto por escolha, porque você olha, calcula e fala: “Vale a pena cometer crime, sim e não vai dar nada. E você escolhe ser honesto. O Brasil é isso, a gente sabe. Então, se as pessoas sabem que é isso, vai ter muita gente cometendo crime. Então, a polícia vai estar sempre sobrecarregada e a justiça vai estar sempre sobrecarregada, o que aumenta a impunidade, porque reduz a chance de você ser pego porque tem muita gente para correr atrás e reduz a chance de você ser condenado porque vai levar 15 anos para ser julgado na primeira instância o que você fez. E aí você tem um ciclo vicioso explosivo. Se você combate impunidade, vai cair a sobrecarga da polícia, vai cair a sobrecarga da justiça e você tem menos impunidade. Começa a resolver isso. Só que volta pro que eu falei lá atrás. Quem que faz a polícia? O estado. Quem que faz a legislação? O estado. Quem que faz a operação e da justiça? O estado se não funciona e se sabe que não funciona há muito tempo e se não fazem nada para resolver o fato de que não funciona, que é o que acontece há muito tempo, significa de que não inter não existe um interesse do estado de políticos de proteger você, de fazer justiça. Essa é a realidade que nós temos hoje. E isso leva a vários crimes, inclusive pedofilia. A rota de saída disso aqui, assim como várias outras coisas, e mesmo que não fosse isso aqui um problema, ainda seria um problema gigantesco, essa rota de saída, é as pessoas pararem de se exentar moralmente diante de coisas abjetas, pararem de olhar e ver o que tá errado e falar assim: “Ah, cara, me chamaram aqui para gravar, eu vou gravar, pagar minhas contas e vou ficar quieto.” Me chamaram para agenciar, me chamaram para fazer publicidade, me chamaram para fazer um negócio. Vou participar aqui, vou ficar quieto. E a gente parar de achar que isso aí é normal, porque também tem coisas na nossa cultura que fazem isso ser normalizado. Quantos funk tem por aí com a palavra novinha dentro? Ao ponto em que as pessoas começaram a achar normal. Quantas coisas diferentes, não vou nem falar na cultura nossa descultura, existem que estão normalizando isso. Quantos vídeos você já viu passar na sua frente de criança rebolando na escola e a galera achando legal? Na escola aonde era para chegar professor, diretor, dar um cheque mate do tamanho da casa nesse negócio e toca. Quantos programas estatais diferentes financiam esses tipos de cultura que normalizam, que sexualizam menores adolescentes. Tem financiamento estatal nisso aqui. Quando eu tava concorrendo a vereador em São Paulo ano passado, eu realmente perdi a seriedade quando eu vi a manchete de que eles iam gastar milhões de lei ranê para construir escola de funk em Paraisópolis, uma das maiores favelas do Brasil. Como é que você olha para uma favela daquelas e fala, sabe o que que tá falando faltando aqui? Escola de funk para ensinar as gurias a rebolar. É isso que tá precisando. Para ensinar o pessoal a fazer mais música de novinha. financiado com dinheiro público e a pessoa depois achando bonito. Tem que acabar isso. Tem que parar de ter financiamento público de coisas que normalizam, que sexualizam menores. Tem que parar de ter financiamento público. ponto vírgula também de coisas que financiam esse tipo de sexualização, que normalizam esse tipo de coisa, porque a gente tá vendo isso e as pessoas vão achando normal e vão se exentando e isso gera povo de moral fraca, que inclusive é um argumento que eu falei previamente num vídeo que eu tava falando sobre xadriz e funk. Qual dos dois o estado prefere financiar? No longo prazo, ele vai preferir funk porque cria indivíduos mais eh dóceis, mais incapazes de resolver sua própria vida e que vão então, né, gostar de mais estado. A gente como sociedade precisa melhorar ao ponto em que empresas olham e falam: “É, isso é um assunto grande, as pessoas se importam, então se a gente se manifestar contra isso e tomar ações contra isso, a gente vai ser bem visto. ou pior, se a gente, aliás, ou melhor, né, ou melhor, se a gente não tiver nada, vai ser extremamente suspeito e esquisito. Então, a gente tem que entender que dentro desse nosso produto de rede social ou o que for, tem que ter e combate esse tipo de coisa, porque senão nosso produto não vai ser aceito ou recebido, porque esse é o meu cliente. Quando a gente como sociedade melhorar isso, muitas coisas vão melhorar, inclusive esse tipo de coisa. E por último, eu falei para vocês lá atrás que eu ia finalizar e daí eu falei por mais 10 minutos, eu menti para vocês, desculpa, mas com esse todo raciocínio chegando até aqui, se a gente admite que a gente tem essa população com um lixo moral nesse nível, por é que políticos eles vão eleger? Os que a gente tem. E você fala: “Então vamos pegar esses políticos que são o mais absoluto estrume da sociedade e vamos dar a eles o poder de regular o que vai poder ter na rede social, de o que que vai ser bom de o que que vai ser moral, do que que é ódio, do que que não é.” Claramente eles não vão abusar isso. Claramente os piores seres humanos disponíveis na sociedade, eleitos pelo melhor processo de selecionar psicopata que a política, eleitos por uma população sem espinha moral, claramente eles não vão abusar desses poderes e eles vão se pegar isso e usar pro bem. Não vai dar problema, né? M.