“Pena de morte financeira”: como sanções podem mexer com o STF e o Congresso

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É outra questão internacional destaque no Financial Times. O jornal traz a seguinte manchete: “Estados Unidos planejam novas sanções ao Brasil”, diz filho de Jair Bolsonaro. Eduardo, deputado prevê que Donald Trump aumentará as penas no julgamento do ex-presidente por acusações de golpe. E aí o Globo, através da Bela Megali traz o seguinte aspecto, que Gilmar Mendes e a Columbre serão foco da reunião de Eduardo Bolsonaro com os Estados Unidos sobre sanções. Essa reunião marcada para esta quarta-feira, o Eduardo Bolsonaro teria sido chamado por assessores de Donald Trump para atualizar sobre a situação jurídica aqui do Brasil, eh, para quem sabe tomar aí novas atitudes. Luiz Felipe, queria comentar. Olha, eh, não só nesse ponto, né? Não só nesse ponto que o Eduardo Léo e o o tanto o Eduardo quanto o Paulo Figueiredo, eles estão até ajudando no no sentido positivo de dar chance ao judiciário reagir. Seram até que eles trabalharam para segurar por enquanto as sanções. A Barroso, né? Exatamente. Estão dando assim, estão dando parcimônia, né? né? Estão dando aquela aquela aquele calibre político para que não só dê dê chance aos aos reatores reagirem, né? E é isso que eu acho que é importante a gente colocar aqui. Agora, eu acho, eu acho, não, eu sempre falo, eu acho quando eu tenho certeza. Eu tenho certeza. O Estados Unidos tem todo o interesse de escalar isso, porque o Brasil já está escalando. O Brasil já está escalando, como eu coloquei aqui no grupo, se quiserem eh eh compartilhar, é que houve pouso de um avião russo de carga bélica, que é um avião que é sancionado pelos Estados Unidos, ou seja, é proibido de e ao menos de est gravitando dentro da esfera hegemônica norte-americana. Ele não vai estar olhando isso com bons olhos. Não saiu na grande mídia essa notícia, né? Eu vi no Twitter, eu vi em alguns lugares, mas ninguém deu muito destaque. Pois. Exatamente. Mas isso aí, essa ideia, por quê? Porque o que vai prevalecer agora pra América Latina é a guerra contra o narcotráfico. É a guerra contra o narcotráfico e o alinhamento dos países da América Latina junto a Rússia e China. Então, vai muito além dessa questão pessoal, personalística e começa a entrar no âmbito geopolítico. E nesse sobre esse aspecto, o que o Paulo e Eduardo estão fazendo, eles não têm muito como controlar, né? Quando vier sanção de Estados Unidos para o Brasil, se o Brasil, se o governo brasileiro continuar se posicionando junto aos inimigos mais ferozes dos Estados Unidos e ajudando e continuar aí recebendo barco iraniano, avião russo, eh uma série de coisas da China, tem tem lá a imagem lá. Pois é, ninguém consegue segurar a ação de o dos Estados Unidos, cujo Brasil, ou menos o governo já se declarou inimigo e os Estados Unidos já declarou o governo brasileiro inimigo. Pronto. Agora o que que falta? Estamos naquele momento da da Primeira Guerra, da Segunda Guerra Mundial, em que a Alemanha invade a Polônia e a Inglaterra declara guerra à Alemanha. E o que acontece durante 9 meses? Nada. É, foi chamado do sitak. O momento em que os dois tavam assim, ó. E aí, como é que vai? Como é que vai fazer? Éí, você você vai virar inimigo, a gente vai te atacar, vou te atacar. Como é que foi? Mas ficou meses de sitreck. A gente tá vivendo o nosso sitreck agora, nesse momento. Os dois lados já declararam guerra um contra o outro. a coisa pode escalar rapidamente aí alguma coisa muito além de uma do embate político que a gente tá mencionando aqui. Então, só queria dar esse pano de fundo porque eu acho que isso é mais sério. Aí tem dois aspectos exó fora dessa questão política de de violação de direitos humanos e e violação de liberdade de expressão. Tem dois aspectos, eu mencionei, guerra contra o narcotráfico e posicionamento geopolítico do Brasil com os inimigos eh declarados dos Estados Unidos. Então, esses dois aspectos pode acirrar as sanções, pode acelerar as sanções, pode ampliar o quadro de quem será sancionado de uma maneira muito rápida e grande. Então, eh, só queria deixar essa variável aí, comentar porque pode ser um dos fatores aí a a a a pautar em nosso futuro. E as sanções, obviamente, começam a movimentar também os bastidores, inclusive dentro do próprio Supremo. O Globo traz o seguinte, olha só o que ministros do Supremo ouviram dos banqueiros em reunião tensa sobre crise com Trump. Então, houve uma reunião eh com banqueiros importantes, intermediada pelo Rodrigo Maia, veja só, ex presidente da Câmara, juntou ali o André Esteves, outros outras figuras importantes do setor bancário para explicar para os ministros qual o alcance aí dessas sanções. E aí essa é a manchete. Lá dentro dessa reportagem tem o seguinte trecho também. Olha só. Depois da reunião com os banqueiros, Morais e Maia receberam um grupo liderado pelo presidente do Senado, Davi Columbri, para negociar um acordo para encerrar a crise provocada no Congresso pela prisão de Bolsonaro e a implantação de tornozeleira eletrônica no senador Marcos Duval. Nesse segundo encontro estavam também o presidente o Supremo Luís Roberto Barroso e Edson Faquim, que assumirá a presidência em setembro. Toda essa movimentação mostra o quanto o Supremo está incomodado e preocupado com a ofensiva de Trump e seus efeitos no Brasil, mesmo que em público façam ironias e não e procurem não passar recibo aqui, segundo as palavras do Globo. Eh, o Lobuer, eh, muita gente fala que é realmente aí tem aquela expressão, né, a pena de morte financeira. E aí a gente vai ver até mais para frente uma manifestação de hoje do Morais. Ele não parece disposto a recuar em nenhum momento para tentar alguma negociação, algum tipo de saída negociada. Eh, os outros ministros e até com esse interesse todo se informar, querer saber, será que eles vão até o fim também junto com o Morais? Então, isso aí é bola de cristal, né? Mas eu vou traçar aqui um cenário que eu acho mais provável, já aproveitando para explicar um pouco porque que eu tenho eh sido de certa maneira crítico à atuação do do Eduardo Bolsonaro. Eh, não porque ele não esteja fazendo a coisa certa. E começo por aí. Eh, eu acho que se se eu fosse filho do presidente Bolsonaro, eu iria em busca da justiça a todas as instâncias que eu pudesse ir. E é um caso clássico no mundo inteiro. Quando a pessoa tá sofrendo num ambiente autoritário ou totalitário, ela vai para onde? Vai pros Estados Unidos da América, né? Ou vai pras Nações Unidas, mas vai paraos Estados Unidos da América. que é lá onde você pode realmente buscar algum abrigo, algum alguma voz de liberdade, alguma instituição que proteja os seus direitos individuais, etc. Então, acho que ele tá fazendo certo e eu faria a mesma coisa. O que eu acho que tá um pouco confuso aí é esse hiperprotagonismo como se ele estivesse ah ele e o Paulo Figueiredo, enfim, o grupo tivesse dando a agenda pro presidente dos Estados Unidos, porque não estão e ninguém tá, nem o Elon Musk conseguiu. Então o que eu acho é que existe aí um exercício interessante de buscar justiça fora daqui, porque aqui dentro não há justiça. Então, sublinho. Mas por outro lado, os Estados Unidos vão fazer aquilo de acordo com seus interesses. A possibilidade dele abandonar eh o o o Eduardo ou Paulo ou quem seja, a hora que ele bem entender, é grande. Eu acho que ele vai olhar sempre do interesse nacional, interesse americano no Brasil. E acho que do ponto de vista geral, ele não quer que o Brasil siga por um caminho de alinhamento com seus com os com essas figuras exóticas do mundo autoritário, chine e e Russo em particular. Acha só uma observação, acho que até o próprio o Paulo e o Eduardo falam: “Olha, a gente não manda em nada, a gente leva as informações, quem resolve é o é o cabecinha”. Acho importante que digam isso mesmo, porque esse é o meu ponto. O que é percebido aqui vai contra eles. Muita gente simpática a eles do ambiente empresarial, do ambiente da agricultura, do ambiente do Brasil que trabalha e paga imposto e cria riqueza. vê com dificuldade esse protagonismo. Esse eu acho que é o ponto que ele tá sendo mal calculado. Você acha que eles deviam agir mais? Eu acho que deveria desde o início ter agido sem tanto barulho, low profile ou nunca ter anunciado nada. Fariam o mesmo serviço sem ter que ser protagonista, porque o efeito político vai ser muito ruim. Eu posso ter enganado, mas eu acho que esse essa é a crítica que eu fiz e continuo fazendo. De qualquer maneira, eh o que que eu acho que vai acontecer? Eu acho que eh o o o Alexandre Moraes não vai ceder e o Supremo também não vai, o executivo também não vai. Eles não vão ceder. O o presidente Bolsonaro, ele é o objeto de negociação. E objeto de negociação significa dizer o seguinte: ele não vai ser candidato a presidente da República. Se não for assim, as instituições brasileiras não vão fazer nada. E se realmente o o lado americano insistir nesse ponto, como tá sendo dito, essa a gente tá num impasse que vai até outubro de 2026. E é esse meu ponto. Em outubro de 2026 ou no ambiente eleitoral a gente vai ter alternativas. Eu acho que a alternativa que seja a derrocada desse governo por influência direta ou indireta, como foi no governo Biden através desses desse apoio do AID que tá comprovado a tem que ser muito mais investigado ainda, porque tem coisa aí, tem muito dinheiro que foi pra ONG aqui, que foi para partido político, que sa foi para outras instâncias que a gente nem sabe, mas é muito dinheiro e aconteceu e é fato, também vai acontecer em 2026 de outra maneira mais explícita. Eu não quero, os Estados Unidos dizendo, eu não quero mais o governo do PT no Brasil e eu não quero mais essa essa esse hiper protagonismo do STF. Então eu acho que vai acontecer que nós vamos viver esse ano com todas essas provocações dos dois lados e quando chegar o ano que vem a alternativa que for vai ser aceita pelos americanos. Vai ser um acordo alternativa ao PT, você disse. É, e provavelmente sem a figura do do presidente Bolsonaro, entendeu? Eu não falo isso com, não falo isso com, com alegria, com com eh com parcimônia, não. Não, eu tô dizendo, eu acho que é o que tá desenhado no quadro. Você acha que vai acontecer? Ele é objeto de negociação. Sim. Entende? Ele vai ter que fazer um acordo com alguém que o substitua no poder, na transição que venha ser Tarcío, seja lá quem for. E e o o Supremo, por sua vez, vai ter que engolir um acordo se aposentando ou não se aposentando. Juizes como Barroso, eh, e, e, e Alexandre vão ter que assumir uma posição de provavelmente sai do mapa, sai do protagonismo, sai da foto, sai do filme. Acho que esse é um pouco o desenho.

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